COLUNA DO TIMM 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 18 julho – Sextamos!

                                               Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

A previsão do tempo para sexta-feira é de Sol, com pancadas de chuva de manhã e muitas nuvens à tarde. À noite, tempo firme. Temperatura entre  12°/ 16°

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

A mensagem de Trump em carta a Lula

“Conheci e tratei com o ex presidente Jair Bolsonaro e o respeitei profundamente, (...) a maneira como o Brasil o tem tratado (...) é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. Trata-se de uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!

 

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

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               Vídeos em destaque :

ABUELAS DE PLAZA DE MAYO :El nieto 140 es hijo de una pareja de Neuquén: "Están entre nosotros"- Este anuncio ocurre a seis meses de la identificación de la nieta 139. Estela de Carlotto se refirió al acontecimiento y destacó: "Para nosotros, y creo que para toda la Argentina, cuando vamos encontrando estos nietos robados, y sobre todo que hay una hermana que lo busca junto con nosotros, esto es el éxito que vamos teniendo”.

https://www.lmneuquen.com/neuquen/el-nieto-140-es-hijo-una-pareja-secuestrada-cutral-co-neuquen-n1198635

Terra de Areia e Dor - TERRA DE AREIA E DOR- Um filme dirigido pelo Mestre Ivan Terra, a partir de um conto de Evanise Bossle.

Trump Tarifaço sobre BRASIL

Ideologia, big techs, China: os bastidores da investida dos EUA ao Brasil Jamil Chade  Ideologia, big techs, China: bastidores da investida dos EUA ao Brasil

Fernando Dourado Filho

10 de julho às 21:14  · 

Um animal político em ação

Num momento relativamente ruim do seu mandato, eis que Trump deu a Lula todo o oxigênio de que ele precisava para se cacifar, a pouco mais de um ano das eleições presidenciais.

Para além da burrice de Trump - da falta de visão histórica, da irresponsabilidade, do gangsterismo e do amadorismo econômico -, ele deu a um animal político uma cor que começava a sumir.

Para quem não sabe do que eu estou falando, veja a entrevista ao vivo que Lula acabou de dar ao Jornal Nacional. Nessas horas, falta muito a um dono de cassino para enfrentar um sobrevivente.

Sob o ponto de vista econômico, começamos a ver que a taxação absurda não é o fim do mundo comparada com a dor de cabeça interna que isso provocará no consumidor americano.

Quanto a Lula, há de se reconhecer que, além de tudo, tem sorte. Sob o ponto de vista político, não poderia haver presente maior no momento que vivemos internamente.

Poucas vezes nesses últimos dois anos ele deu uma entrevista tão redonda, tão tecnicamente perfeita, tão precisa em cada palavra - como ele já não vinha mais conseguindo fazer.

Como pano de fundo, uma aliança de biltres que se aventuram a conceitualizar a democracia. O daqui, que conhecemos bem, tem como ídolo um coronel acusado de torturar presos políticos.

O Brasil, de ontem para hoje, saiu mais forte. Quem mandou entregar a oferenda? Cobre-se dele e do seu núcleo. Em tempo: não tenho vontade alguma de votar em Lula.

Mas certas ações nos ajudam a sobrevoarmos as vontades.

 

Participe também do Movimento Somos 99%. Com sua ajuda, podemos enfrentar o maior problema do Brasil... https://99porcento.com.br

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Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

Um outro país está surgindo debaixo do nosso nariz e não nos damos conta. Vale a pena ver esses dois O QUE É SER BRASILEIRO:

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

O que é ser brasileiro , BAND NEWS, Tiganá Santana - O Que É Ser Brasileiro? #20 Tiganá Santana - YouTube - “Devemos retomar novas práticas de existência que não sejam europeias” –

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Top 15 em investimento estrangeiro, Vietnã reinventa socialismo e consolida protagonismo global  - LEIA MAIS em Diálogos do Sul

Brasil está virando paraíso fiscal de data centers, alerta especialista sobre plano de Haddad -  LEIA MAIS em Diálogos do Sul

Rota da Seda define relações no século 21 e o Brasil está fora-Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

PORTO NÃO!

ESPAÇO PLUIRAL – PORTO NÃO! Dia 7 julho 25 – Com Professores Carlos Paiva, ECONOMISTA, Antonio Filomena, oceanógrafo e Nance Nardi, bióloga - https://www.youtube.com/live/qTPcZ6zk03U?si=f7c2QsnqUcKZHjl3

(1248) ESPAÇO PLURAL - YouTube – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL - (1263) ESPAÇO PLURAL - YouTube

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo –

china-shock-economy-manufacturing.html

 China - Guest Essay do NYT de dois economistas especalistas em China. - china-shock-economy-manufacturing.html

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Quando os caixões vencem os berços – RED -https://red.org.br/noticias/uando-os-caixoes-vencem-os-bercos/

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscito-popular-por-selvino-heck/

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL – YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL 

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ 

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Estudo identifica 142 empresários do agronegócio envolvidos em tentativa de golpe=De Olho na PolíticaDe Olho no AgronegócioEm destaqueGoverno BolsonaroMultinacionaisPrincipalPublicaçõesÚltimas

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

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Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

CONEXÕES CULTURAIS – Adeli Sell e P.Timm em  Encontro com Escritor : Rossyr Berny– 10 jul 25 - https://www.youtube.com/live/j-sipPHE8Cc

Jeffrey Sachs no Parlamento Europeu - fev 25 - ttps://www.ocafezinho.com/2025/02/23/exclusivo-video-legendado-do-debate-historico-de-jeffrey-sachs-no-parlamento-europeu/

Julio de Castilhos, Patrono da República no RS

ESPAÇO PLURAL RED/Brasil Progressista TV e Cultural FM Torres RS– Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

ESPAÇO PLURAL - RED/Brasil Progressista TV e Cultural FM Torres RS, Dia 9 de julho : Giovanni Mesquita, Hisoriador,  fala sobre Julio de Castilhos.

 ESPAÇO PLURAL – RED/Brasil Progressista TV e Cultural FM Torres RS Dia 16/jul-25 : Miguel do Espírito Santo, Pres. Instituto H. e Geográfico do RS

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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Índice quinta-feira, 17 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Trump abriu brecha para Lula reverter declínio de popularidade - O Globo  - Pesquisa revela que reprovação caiu depois do tarifaço, mas estratégia ‘ricos contra pobres’ tem limites

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou na chantagem feita ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma brecha para reverter sua acentuada queda de popularidade, como mostra pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira. Depois do anúncio do tarifaço de 50% para as exportações do Brasil, a desaprovação ao governo Lula recuou de 57% (resultado obtido em maio) para 53% . A aprovação subiu de 40% para 43%. Embora as variações estejam dentro da margem de erro, a distância entre reprovação e aprovação caiu de 17 para 10 pontos percentuais. É a primeira recuperação desde julho de 2024, quando a popularidade de Lula começou a esfarelar em meio à sucessão de crises. CONTINUAR LEITURA

Linha tênue - Merval PereiraO Globo   Não houve histrionismo, não abusaram do patriotismo como bandeira de campanha política, não ameaçaram romper relações

O dado mais interessante da nova pesquisa Quaest/Genial divulgada ontem é a confirmação de que a recuperação de parte da popularidade do presidente Lula se deve à adesão de um número expressivo de eleitores de centro-direita à maneira como o governo reagiu às sanções impostas pelo governo de Donald Trump a nosso comércio internacional. Não houve histrionismo, não abusaram do patriotismo como bandeira de campanha política, não ameaçaram romper relações. Uma reação dura, mas necessária, que teve boa receptividade da maioria da população. É uma linha tênue que o governo deve respeitar, sob o risco de reverter o apoio.

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Strike provocado por tarifaço de Trump começou pela direita bolsonarista -Malu Gaspar - O Globo

Ainda não dá para cravar se Donald Trump imporá mesmo aos produtos brasileiros uma tarifa de importação de 50%, de 20% ou nenhuma, mas não há dúvida sobre o tamanho do estrago do tarifaço na direita nacional. Os primeiros prejudicados foram os Bolsonaros — Jair, cujo processo no Supremo Tribunal Federal (STF) foi usado como pretexto, e It, que pedia sanções contra Alexandre de Moraes e acabou levando à retaliação contra o país inteiro.

Depois do anúncio, ficou sepultada qualquer esperança do ex-presidente de um alívio no processo sobre a trama golpista no Supremo ou da aprovação no Congresso de anistia aos presos do 8 de Janeiro. Eduardo, ao buscar se cacifar como articulador da medida, deu ao STF motivos para processá-lo por obstrução de Justiça — além de demonstrar que seu patriotismo acaba quando começam os interesses da família Bolsonaro. Se voltar ao Brasil, poderá ser preso ou se tornar inelegível.

O governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), que ensaiou apoiar Trump contra Lula — e ainda foi ao Supremo propor a devolução do passaporte a Bolsonaro para ir aos Estados Unidos negociar —, perdeu em um dia todo o trabalho com que tentava convencer a elite empresarial de que, caso venha a ser candidato a presidente em 2026, não será para agir como capacho do ex-chefe.

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Rendição ou negociação - Míriam Leitão - O Globo  Carta enviada pelo governo brasileiro lembra que sempre houve disposição de negociar e propostas. Mas o que Trump quer é a rendição

O Brasil teve onze conversas — quatro ministeriais, e sete de nível técnico — com a área de comércio dos Estados Unidos, desde março. O governo tenta conversar a sério. Mas o que o presidente Donald Trump quer é a rendição institucional do país. A estratégia é isolar a parte “ultrajante” e criar musculatura para negociar comércio, ouvindo empresários, e buscando aliados na economia americana. Nas reuniões com os empresários há segmentos que mostram situação dramática. Trinta por cento de toda produção de laranja vão para os Estados Unidos. No caso da Embraer é um enorme tiro no pé: perto de metade de cada avião da empresa é de peças e componentes americanos.

A carta que foi enviada ontem ao governo americano lembrou que desde o início o Brasil mostrou disposição negociadora, apresentou propostas de áreas específicas e pôs temas na mesa. Como acelerar emissão de patentes, combater a pirataria. Aliás, o próprio USTR, na avaliação que divulgou em maio, de acompanhamento que faz do Brasil, pela Seção 301, reconheceu que o Brasil tem tido avanços nessas duas áreas.

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Trump deu a Lula uma bandeira nacional: “O Pix é nosso!” - Luiz Carlos Azedo  - Correio Braziliense  - Qual a verdadeira razão de Trump mandar investigar o Pix? Por trás da sua decisão, estão interesses da Meta e das bandeiras de cartão de crédito Mastercard e Visa

Depois do tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras, o presidente Donald Trump resolveu abrir investigações sobre supostas violações das relações comerciais entre os dois países, cujos alvos vão do comércio da Rua 25 de Março, em São Paulo, o maior mercado fornecedor de pequenos empreendedores do país, à utilização do Pix como meio de pagamento. Isso deu de bandeja para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma bandeira popular até então improvável: “O Pix é do Brasil e dos brasileiros”.

Em janeiro passado, a fake news de que as operações com o Pix seriam taxadas pelo governo federal foi o principal gatilho para a queda abrupta de popularidade de Lula, num momento em que a economia registrava crescimento, pleno emprego e elevação da renda média. Agora, o que foi uma de suas maiores dores de cabeça, o Pix virou bálsamo para o governo, em meio à maior crise diplomática e comercial com os Estados Unidos.

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Quem pariu o apoio de Trump deixa para Lula embalá-lo -Maria Cristina Fernandes  - Valor Econômico  - Lula colhe vitórias no Congresso, no STF e arregimenta o empresariado e a finança

O bolsonarismo deu sinais visíveis de arrependimento em relação ao pedido de ajuda a Donald Trump. Tarcísio Freitas começou a falar em colaborar com o Itamaraty, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou ter feito as pazes com o governador de São Paulo, a quem chamara de “subserviente servil às elites” e até seu pai passou a dizer que é o governo Lula que deve negociar com o governo americano e não ele.

Tudo em vão. Trump está sem freio e quem pariu seu apoio agora se mostra incapaz de embalá-lo. A investigação aberta pelo escritório de representação comercial dos EUA mostrou que a defesa de Jair Bolsonaro foi apenas pretexto para destampar um pote até aqui de mágoas contra o Brasil. O escopo da investigação, do etanol ao desmatamento, passando pela pirataria, legislação anticorrupção e meios de pagamento, é a soma de embates ancestrais que tem, no arsenal de porretes de Trump, sua janela de oportunidades.

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A hora dos predadores - Assis Moreira - Valor Econômico - As novas elites tecnológicas não têm nada em comum com os tecnocratas de Davos; seu modo de vida não se baseia no gerenciamento competente do que existe, mas sim no desejo de fazer bagunça

Em livrarias em Paris, neste verão, logo na entrada aparece em destaque um pequeno livro que tem a ambição de ajudar a compreender o caos no qual nos encontramos hoje. De autoria do conselheiro político ítalo-suíço Giuliano da Empoli, “A Hora dos Predadores” examina contornos de uma nova ordem mundial, uma realidade que o autor considera “fruto apodrecido” de aliança de gigantes da tecnologia e dirigentes populistas, onde o uso da força bruta se torna o modo de funcionamento.

Antigo assessor do ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi (centro-esquerda) e acompanhante frequente do presidente francês Emmanuel Macron em viagens ao exterior, esse professor da Science Po, famosa universidade parisiense, faz curtos e inquietantes perfis de membros da chamada “internacional reacionária”, indo de Donald Trump a Nayib Bukele, presidente de El Salvador, e o príncipe saudita Mohammed bin Salman, além de patrões de grandes companhias tecnológicas como Elon Musk e Sam Altman (da OpenAI).

A constatação é de que o mundo muda velozmente marcado por avanços da inteligência artificial, ataques reiterados contra a democracia, multiplicação de conflitos militares. Como ele nota em diferentes entrevistas, há momentos em que a realidade tem mais imaginação que a ficção.

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A conta não fecha - Felipe Salto  - O Estado de S. Paulo - O Brasil combina, hoje, o que tem de pior em matéria de justiça tributária com o que existe de mais retrógrado na condução do gasto público

No ano corrente, o governo precisa cumprir uma meta fiscal (receitas menos despesas) igual a zero; os instrumentos de que dispõe devem ser suficientes. Desafio muito menos trivial apresenta-se para 2026. No ano que vem, o déficit é estimado em R$ 108,9 bilhões e a meta proposta, um superávit de R$ 34,5 bilhões. Nem mesmo os descontos contábeis e as bandas legais darão conta de tapar um buraco tão grande.

Em 2025, a saída dos efeitos do decreto do IOF precisará ser coberta. A Medida Provisória (MPV) n.º 1.303, que tributa os títulos isentos (a exemplo das LCI e LCA) e providencia certo aperto de cintos em benefícios sociais e auxílios, é fundamental. A já aprovada MPV n.º 1.291, que permitirá ao governo rifar receitas futuras de petróleo, também ajuda.

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A pergunta de Trump - William Waack- O Estado de S. Paulo - O presidente americano expôs um Brasil vulnerável e sem estratégia

O sonolento Brasil foi sacudido em seu berço esplêndido, mas o pesadelo mal começou. A brutal pressão desencadeada por Donald Trump tem aspectos específicos intratáveis, como a imposição de tarifas para interferir na política doméstica. Simplesmente inaceitável.

Ainda mais preocupante, porém, é a exposição do grau de vulnerabilidade geopolítica de um país tão grande e, do ponto de vista geográfico, tão afastado do principal eixo de conflito. O fato de o Brasil estar encurralado e com poucas opções vem do fato de que pensamento estratégico, planejamento e defesa nacional nunca ocuparam lugar central no debate político.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:23:00 Nenhum comentário:  

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Trump e sua guerra comercial contra o Brasil - Roberto Macedo - O Estado de S. Paulo = Na sua argumentação, Trump misturou um assunto político ligado a Bolsonaro e errou ao dizer que seu país tem um déficit comercial com o Brasil

O tarifaço de 50% é o aspecto mais importante dessa guerra, mas a carta em que Donald Trump informou ao presidente Lula sobre essa taxação contém mais aspectos dignos de nota. Para tratar deles, vou começar com um resumo da missiva.

“Conheci e tratei com o ex presidente Jair Bolsonaro e o respeitei profundamente, (...) a maneira como o Brasil o tem tratado (...) é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. Trata-se de uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:15:00 Nenhum comentário:  

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Genial/Quaest: Lula segue como favorito para 2026, em todos os cenários - Rosana Hessel / Correio Braziliense - O presidente lidera pesquisa, com 41% a 43% das intenções de voto em um eventual segundo turno. Além disso, amplia a vantagem sobre os rivais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudou a melhorar a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após anunciar o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, e ampliou a distância entre os concorrentes da direita na corrida eleitoral de 2026. É o que revela a quarta edição da Pesquisa Genial/Quaest sobre as eleições presidenciais do próximo ano, divulgada nesta quinta-feira (17/07).

De acordo com o levantamento, o petista lidera em todos cenários elaborados pelo levantamento, com a preferência variando de 41% a 43% entre os eleitores em um eventual segundo turno. No primeiro turno, o chefe do Executivo também lidera, com 30% a 32% das intenções de votos dos eleitores nos no primeiro turno nos quatro cenários pesquisados.

Caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continue inelegível, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), segue indicado como candidato da direita por 15% no cenário estimulado. O percentual é inferior ao da pesquisa anterior, realizada em maio, de 17%, provavelmente por ter demonstrado apoio ao presidente dos Estados Unidos quando a nova sobretaxa aos produtos brasileiros foi anunciada. 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) recebeu 13% das respostas dos entrevistados – abaixo dos 16% computados em maio. Para 19% dos eleitores, nenhum dos nomes apontados deveria ser o candidato da direita em 2026 e 17% não souberam, ou não opinaram.

Para 62% dos entrevistados, Bolsonaro deveria abandonar a disputa e apoiar outro candidato. O ex-presidente, que está inelegível e é réu no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga os culpados do ataque às instituições democráticas de 8 de janeiro de 2023, e, segundo a pesquisa ainda tem 26% da preferência entre os entrevistados em um eventual primeiro turno. Nenhum outro candidato da direita conseguiu 20% das respostas nos quatro cenários do levantamento.

Segundo turno

A pesquisa Quaest, realizada em parceria com a Genial Investimentos, elaborou oito cenários para o segundo turno e Lula lidera em todos eles, inclusive, ampliou a vantagem sobre Tarcísio de Freitas na comparação com a edição anterior.

Em maio, quando o placar estava em 41% para o chefe do Executivo e 40% para o governador paulista. Na edição deste mês, o petista manteve o mesmo percentual de preferência quanto a intenção de voto em Tarcísio e recuou para 37%.

Em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, Lula tem uma vantagem maior do que a de Tarcísio, de 43% a 37%. Em um cenário contra Michelle Bolsonaro, Lula vence pelo placar mais amplo, de 43% a 36%. Em uma disputa entre Lula e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), o placar passa para 41% contra 36% – o mesmo do petista contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD) e contra o deputado Eduardo Bolsonaro. 

De acordo com a pesquisa, 44% dos eleitores têm mais medo de Bolsonaro voltar ao Palácio do Planalto. Na pesquisa anterior, esse percentual era de 45%. Enquanto isso, 41% dos entrevistados têm mais medo de que Lula continue no poder, percentual levemente acima dos 40% computados em maio.

A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 14 de julho. Foram entrevistados 2.004 brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Ampliação da Câmara dos Deputados

Ontem, a Quaest divulgou levantamento sobre a aprovação do governo Lula, que voltou a subir após o episodio do novo tarifaço de Trump. Entre maio e julho, a aprovação de Lula entre os eleitores subiu de 40% para 43% e a desaprovação caiu de 57% para 53%. 

Em um recorte dessa pesquisa divulgado hoje, os entrevistados foram questionados sobre o aumento no número de cadeiras na Câmara dos Deputados de 513 para 531 e a desaprovação foi de 85%. A maior rejeição foi entre os homens, de 89%. Entre as mulheres, esse percentual foi de 79%.

Veja alguns destaques da pesquisa:

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:07:00 Nenhum comentário:  

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Como Zeus insano, Trump lança raios sobre mundo acoelhado - Marcos Augusto Gonçalves - Folha de S. Paulo - Americano recorre à intimidação tarifária, países afetados não reagem com firmeza e EUA colhem resultados em dólares

A exploração econômica das colônias com a imposição de monopólios e impostos abusivos marcou as relações entre países europeus e suas possessões pelo mundo. São famosos os casos do quinto do ouro e das derramas, no Brasil, e da Lei do Chá, nos Estados Unidos —por iniciativa de Portugal e Reino Unido.

Os dois episódios provocaram revoltas contra as metrópoles. No Brasil, a Inconfidência Mineira; nos EUA, a Festa do Chá e, poucos anos depois, a Independência.

Donald Trump, séculos depois, está empenhado em restaurar uma perspectiva imperial pela coação alfandegária. O que poderíamos chamar de Imperador das Tarifas está a distribuir taxas como Zeus distribuía raios para demonstrar seu poder. Ah, o Judiciário brasileiro está julgando um golpista amigo meu? Raio neles. E tome 50% de tarifa. Ah, o México não está ajudando o suficiente com o tráfico de drogas para uso de americanos? Raio neles também.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:32:00 Nenhum comentário:  

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Congresso quer os lobos cuidando das galinhas do agro - Thiago Amparo - Folha de S. Paulo = Ignoram-se os riscos ambientais como se o planeta esquecesse destes riscos e não voltasse para cobrar a conta

Se aprovado, o principal impacto do PL do Licenciamento, em pauta nesta semana na Câmara dos Deputados, será impor ao agronegócio e à mineração do país o selo de devastação. Aprovado, consumidores nacionais e estrangeiros que adquirirem nossas commodities deverão saber que estão consumindo junto com nossa carne, café, suco de laranja, aço e outros uma boa quantidade de devastação e anistia para toda sorte de ilícitos ambientais cujo lobby convenceu o Congresso.

Fora as razões de proteção ao meio ambiente e de segurança jurídica que atestam contra o PL 2.159/2021, há outra razão instrumental: impor ao agro e à mineração a pecha de devastadores é um tiro no pé de dois pilares da economia nacional. Às vésperas da votação, o deputado federal Zé Vitor (PL-MG) voltou a incluir a mineração no projeto de lei, dando base legal para que o setor se valha do licenciamento ambiental para inglês ver apadrinhado pelo presidente do Senado, ou seja, para que a extração no país ocorra sem que sejam sequer avaliados os riscos.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:30:00 Nenhum comentário:  

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Pix é queridinho do brasileiro e não cabe retrocesso - Adriana Fernandes 0 Folha de S. Paulo - Não há nada que vá barrar o avanço da engenhoca e de suas mil possibilidades

É absurda a tentativa de Donald Trump de barrar o avanço do Pix ao listá-lo como suspeito de prática desleal em relação a serviços de pagamentos eletrônicos na investigação aberta contra o Brasil. É como se a Inglaterra do século 19, que popularizou o motor a vapor, falasse para outros países que estão proibidos de migrar para o motor a combustão.

A escolha do Pix como alvo expôs com clareza os interesses econômicos que norteiam os ataques. O Pix está incomodando muita gente poderosa, como as big techs e as empresas de cartão de crédito.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:28:00 Nenhum comentário:  

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Como arruinar uma potência - Maria Hermínia Tavares  -  Folha de S. Paulo - Nas ações de Trump há ideologia, defesa de interesses seus e de financiadores, ignorância, egolatria e pura insânia

Há muitas formas de levar um país à breca —e todas sempre incluem a política exterior. A mais notável delas é iniciar uma guerra e perdê-la. Na versão eletrônica da revista americana "Foreign Policy", Stephen M. Walt, professor da Universidade Harvard, acaba de publicar o artigo "How to ruin a country" (Como arruinar um país), no qual descreve passo a passo a destruição da política externa dos Estados Unidos empreendida por Donald Trump.

Segundo o autor, são cinco atos letais, todos já cometidos pelo titular da Casa Branca. O primeiro é demitir funcionários capazes —com autonomia de pensamento— e substituí-los por sicofantas incompetentes, leais até a medula e totalmente dependentes da vontade do chefe. O segundo ato consiste em brigar com o maior número possível de países, a começar dos aliados.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:26:00 Nenhum comentário:  

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E se os Bolsonaros cometem novos crimes - Conrado Hübner Mendes- Folha de S. Paulo

O jogo de Jair, Eduardo e Flávio pode configurar coação e obstrução da Justiça

Instituições brasileiras sempre trataram Jair Bolsonaro como filho pródigo. Por mais de 30 anos, o Superior Tribunal Militar, a Câmara dos Deputados, o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República funcionaram como casas de tolerância à delinquência política. A leniência se estendeu à sua família.

Durante sua Presidência, pedidos para investigar violações de direitos, crimes de incitação, crimes sanitários e contra a administração, crimes eleitorais e de responsabilidade ocorreram sem consequências jurídicas ou políticas. Mortes evitáveis da pandemia ficaram impunes. Em 2023, Jair foi condenado à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral, que continua sem julgar outras ações contra ele.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:25:00 

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RIO GRANDE DO SUL – POA

TORRES E REGIÃO

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

 

INTERESSE PÚBLICO

 

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO-

O ESP-

FSP –

ZH –

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS -

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

 

O Assunto g1 dia          

Café da Manhã Podcast Folha Uol

EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 16 julho – 4a. virtuosa

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com muitas nuvens. Temperatura entre 13° / 19°

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 Dia do Comerciante no Brasil. Esta data foi oficializada em 1953, por meio da Lei nº 2.048. A data foi escolhida para homenagear José Maria da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, reconhecido por suas contribuições ao desenvolvimento do comércio no Brasil.

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

 

Objetivos principais do BRICS , 39% da economia mundial, quase metade da população do globo - Fortalecimento da cooperação econômica, política e social, aumento da influência geopolítica do bloco e mudanças no modelo de governança global, condenação a políticas restritivas ao comércio global, papel ativo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e criação de um Banco de Reservas Financeiras, maior uso de moedas locais nas transações do bloco, defesa do multilateralismo

               Vídeos em destaque :

ABUELAS DE PLAZA DE MAYO :El nieto 140 es hijo de una pareja de Neuquén: "Están entre nosotros"- Este anuncio ocurre a seis meses de la identificación de la nieta 139. Estela de Carlotto se refirió al acontecimiento y destacó: "Para nosotros, y creo que para toda la Argentina, cuando vamos encontrando estos nietos robados, y sobre todo que hay una hermana que lo busca junto con nosotros, esto es el éxito que vamos teniendo”.

https://www.lmneuquen.com/neuquen/el-nieto-140-es-hijo-una-pareja-secuestrada-cutral-co-neuquen-n1198635

Terra de Areia e Dor - TERRA DE AREIA E DOR- Um filme dirigido pelo Mestre Ivan Terra, a partir de um conto de Evanise Bossle.

Trump Tarifaço sobre BRASIL

Ideologia, big techs, China: os bastidores da investida dos EUA ao Brasil Jamil Chade  Ideologia, big techs, China: bastidores da investida dos EUA ao Brasil

Participe também do Movimento Somos 99%. Com sua ajuda, podemos enfrentar o maior problema do Brasil... https://99porcento.com.br

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Neurologista com PHD em Harvard: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

Um outro país está surgindo debaixo do nosso nariz e não nos damos conta. Vale a pena ver esses dois O QUE É SER BRASILEIRO:

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

O que é ser brasileiro , BAND NEWS, Tiganá Santana - O Que É Ser Brasileiro? #20 Tiganá Santana - YouTube - “Devemos retomar novas práticas de existência que não sejam europeias” –

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas  

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscito-popular-por-selvino-heck/

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 15 julho – 3ª. oblíqua

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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Sol com muitas nuvens e períodos de céu nublado. À noite forma-se nevoeiro. Temperatura entre 13° /16°

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Dia do Homem - Neste dia, busca-se debater temas como prevenção do câncer de próstata, tabagismo, saúde mental, igualdade de gênero e paternidade -- tudo voltado à saúde do homem.

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

 

Objetivos principais do BRICS , 39% da economia mundial, quase metade da população do globo - Fortalecimento da cooperação econômica, política e social, aumento da influência geopolítica do bloco e mudanças no modelo de governança global, condenação a políticas restritivas ao comércio global, papel ativo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e criação de um Banco de Reservas Financeiras, maior uso de moedas locais nas transações do bloco, defesa do multilateralismo

               Vídeos em destaque :

ABUELAS DE PLAZA DE MAYO :El nieto 140 es hijo de una pareja de Neuquén: "Están entre nosotros"- Este anuncio ocurre a seis meses de la identificación de la nieta 139. Estela de Carlotto se refirió al acontecimiento y destacó: "Para nosotros, y creo que para toda la Argentina, cuando vamos encontrando estos nietos robados, y sobre todo que hay una hermana que lo busca junto con nosotros, esto es el éxito que vamos teniendo”.

https://www.lmneuquen.com/neuquen/el-nieto-140-es-hijo-una-pareja-secuestrada-cutral-co-neuquen-n1198635

Terra de Areia e Dor - TERRA DE AREIA E DOR- Um filme dirigido pelo Mestre Ivan Terra, a partir de um conto de Evanise Bossle.

Entrevista com Edinho, novo Pres. PT - ESPAÇO PLURAL - YouTube

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Um outro país está surgindo debaixo do nosso nariz e não nos damos conta. Vale a pena ver esses dois O QUE É SER BRASILEIRO:

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

O que é ser brasileiro , BAND NEWS, Tiganá Santana - O Que É Ser Brasileiro? #20 Tiganá Santana - YouTube - “Devemos retomar novas práticas de existência que não sejam europeias” –

PORTO NÃO!

ESPAÇO PLURAL- PORTO NÃO ! Dia 14 julho 25 – Com Dep. Federal Alexandre Lindenmeyer PT/RS, Prof. Jeferson , Doutor em Glaciologia, Prof. Geografia URGS, Luiz Múller, Comunicador. - https://www.youtube.com/live/JzMPwOxVK5w?si=gZfAI1HpxEbKEPeA  

ESPAÇO PLURAL – PORTO NÃO! Dia 7 julho 25 – Com Professores Carlos Paiva, ECONOMISTA, Antonio Filomena, oceanógrafo e Nance Nardi, bióloga - https://www.youtube.com/live/qTPcZ6zk03U?si=f7c2QsnqUcKZHjl3

(1248) ESPAÇO PLURAL - YouTube – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL - (1263) ESPAÇO PLURAL - YouTube

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

O "PL da Devastação" e a absurda proposta de um Porto em Arroio do Sal. Assista o debate e Leia: https://luizmuller.com/2025/07/14/o-pl-da-devastacao-e-a-absurda-proposta-de-um-porto-em-arroio-do-sal-assista-o-debate-e-leia/

 

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

 

CONEXÕES CULTURAIS – Adeli Sell e P.Timm em  Encontro com Escritor : Rossyr Berny– 10 jul 25 - https://www.youtube.com/live/j-sipPHE8Cc

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

O presidente americano ameaçou com tarifas a Rússia, se não fizer um acordo de paz com a Ucrânia. E também estão na mira países como o Brasil, que negociam com os russos.

Governo Trump faz nova ameaça ao Brasil e diz acompanhar 'de perto' situação de Bolsonaro

Tarifaço de Trump: Clientes dos EUA recuam e contêineres com toneladas de mel são embarcados

Taxa de Trump: Alckmin e Tarcísio marcam reuniões com empresários no mesmo horário = Conflito de agendas nesta terça-feira (15) expõe falta de coordenação entre governo federal e estadual. Representante dos EUA é esperado na reunião em São Paulo.

Barroso diz em carta que tarifa de Trump se baseia em 'compreensão imprecisa dos fatos'; leia íntegra = Presidente do STF ainda disse que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade".

Brasil volta à lista dos países com mais crianças não vacinadas no mundo, mostram Unicef e OMS - O país havia deixado a lista em 2023 com o avanço nas imunizações, mas, um ano depois, voltou para o ranking. Brasil ocupa a 17ª posição

Tarifaço de Trump: governo Lula seguirá na defesa da soberania para fragilizar Bolsonaro e seu grupo- No campo técnico, na terça governo vai baixar decreto regulamentando Lei da Reciprocidade e preparar reuniões com empresários.

A cúpula dos Brics e as reações destemperadas dos EUA = por Paulo Nogueira Batista Jr.- A cúpula dos Brics e as reações destemperadas dos EUA - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Jeffrey Sachs no Parlamento Europeu - fev 25 - https://www.ocafezinho.com/2025/02/23/exclusivo-video-legendado-do-debate-historico-de-jeffrey-sachs-no-parlamento-europeu/

Jamil Chade -

Trump pode espernear e dar coices à vontade. Isso não vai paralisar os Brics. Assim como o padrão-ouro e o colonialismo ruíram sob o peso de suas próprias contradições, o excepcionalismo do dólar também chegará ao fim. A questão não é se, mas como: será por meio de uma transição coordenada ou de uma crise que deixará cicatrizes ainda mais profundas na economia global? Tomaz Pickety = A fragilidade financeira dos EUA - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Mais avançado do mundo e 'provocação' à Rússia: conheça o Patriot, sistema de defesa aérea que Trump vai enviar à Ucrânia e que será pago pelos países europeus = Presidente americano disse, em reunião com secretário-geral da Otan na Casa Branca, que baterias do poderoso sistema antimísseis serão enviadas nos próximos dias à Ucrânia

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NACIONAIS

O presidente Lula assinou o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade. O governo escalou quatro ministérios para compor a comissão que vai estudar uma resposta à chantagem tarifária de Donald Trump. A Primeira Turma do STF ouviu testemunhas de acusação de um núcleo da trama golpista. PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado - Alegações finais do Ministério Público Federal também pedem condenação oito réus, entre  ex-ministros e ex-comandantes militares, denominado núcleo crucial de vários crimes contra o Estado de Direito Democrático, por organização criminosa e atos contra a democracia. Mauro Cid é tratado como réu colaborador. - Resumão diário do JN: Governo monta comissão para estudar resposta à chantagem tarifária de Trump; STF ouve testemunhas de acusação contra núcleo da trama golpista | Resumão Diário | G1

Mais de cinquenta ônibus foram alvos de novos ataques em São Paulo. O  reconhecimento facial em estádios reforça a busca de foragidos da Justiça e desaparecidos. E produtores rurais do Amazonas acumulam perdas com a cheia dos rios.

Trama golpista: servidor diz que governo Bolsonaro pediu análise de dados que vinculasse Lula a facção criminosa - Clebson Ferreira era analista de inteligência do Ministério da Justiça à época das eleições

Apenas 3 escolas públicas estão entre as 50 melhores no Enem 2024 - Mesmo com uma queda no desempenho médio, estudantes de escolas privadas conseguiram as melhores notas na edição. Todas as escolas públicas no top 50 são federais.

 

Editorial dos “Jornalões” critica chantagem de Trump e ataque bolsonarista ao Brasil – RED - https://red.org.br/noticias/rascunhoeditoriais-trump-tarifas-bolsonaro-automatico/

Editorial ESP 14 julho : “Fiéis à desonestidade intelectual do padrinho, governadores bolsonaristas que aspiram à Presidência culpam Lula pela ameaça de tarifaço de Trump. A direita pode ser muito melhor que isso

A direita brasileira que se pretende moderna e democrática, se quiser construir um legítimo projeto de oposição ao governo Lula da Silva, precisa romper definitivamente com Jair Bolsonaro e tudo o que esse senhor representa de atraso para o Brasil. Não se trata aqui de um imperativo puramente ideológico, e sim de uma exigência mínima de civilidade, decência e compromisso com os interesses nacionais.

O recente ataque do presidente americano, Donald Trump, às instituições brasileiras, supostamente em defesa de Bolsonaro, é só uma gota no oceano de males que o bolsonarismo causa e ainda pode causar aos brasileiros. A vida pública de Bolsonaro prova que o ex-presidente é um inimigo do Brasil que sempre colocou seus interesses particulares acima dos do País. A essa altura, portanto, já deveria estar claro para os que pretendem herdar os votos antipetistas que se associar a Bolsonaro, não importa se por crença ou pragmatismo eleitoral, significa trair os ideais da República e arriscar o progresso da Nação.

Por razões óbvias, Bolsonaro não virá a público condenar o teor da famigerada carta de Trump a Lula. Isso mostra, como se ainda houvesse dúvidas, até onde Bolsonaro é capaz de ir – causar danos econômicos não triviais ao País – na vã tentativa de salvar a própria pele, imaginando que os arreganhos de Trump tenham o condão, ora vejam, de subjugar o Supremo Tribunal Federal e, assim, alterar os rumos de seu destino penal.

Nesse sentido, é ultrajante a complacência de governadores como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO) diante dos ataques promovidos pelo presidente dos EUA ao Brasil. As reações públicas dos três serviram para expor a miséria moral e intelectual de uma parcela da direita que se diz moderna, mas que continua a gravitar em torno de um ideário retrógrado, personalista, francamente antinacional e falido como é o bolsonarismo.

 

Tarcísio, Zema e Caiado, todos aspirantes ao cargo de presidente da República, usaram suas redes sociais para tentar impingir a Lula, cada um a seu modo, a responsabilidade pelo “tarifaço” de Trump contra as exportações brasileiras. Nenhum deles se constrangeu por tergiversar em nome de uma “estratégia eleitoral”, vamos chamar assim, que nem de longe parece lhes ser benéfica – haja vista a razia que a associação ao trumpismo provocou em candidaturas mundo afora.

Tarcísio afirmou que “Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado”, atribuindo ao petista a imposição de tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA – muitas das quais saem justamente do Estado que ele governa. Classificando, na prática, a responsabilidade de Bolsonaro como uma fabricação, o governador paulista concluiu que “narrativas não resolverão o problema”, como se ele mesmo não estivesse amplificando uma narrativa sem pé nem cabeça.

Caiado, por sua vez, fez longa peroração, com direito a citação do falecido caudilho venezuelano Hugo Chávez, antes de dizer que, “com as medidas tomadas pelo governo americano, Lula e sua entourage tentam vender a tese da invasão da soberania do Brasil”. Por fim, coube a Zema encontrar uma forma de inserir até a primeira-dama Rosângela da Silva no script para exonerar Bolsonaro de qualquer ônus político pelo prejuízo a ser causado pelo “tarifaço” americano se, de fato, a medida se concretizar.

O Brasil não merece lideranças que relativizam os próprios interesses nacionais em nome da lealdade a um projeto autoritário, retrógrado e personalista. Até quando a direita brasileira permitirá ser escrava de um desqualificado como Bolsonaro? Não é essa a direita de um país decente. Não é possível defender o Estado Democrático de Direito e, ao mesmo tempo, louvar e defender um ex-presidente que incitou ataques às urnas eletrônicas, ameaçou as instituições republicanas, sabotou políticas de saúde pública e usou a máquina do Estado em benefício próprio e de sua família ao longo de uma vida inteira.

O Brasil precisa, sim, de uma direita responsável, madura e comprometida com o futuro – não de marionetes de um golpista contumaz.

RIO GRANDE DO SUL – POA

CPI do DMAE: Depoente aponta aliado de Leite como Chefe de Esquema de propinas e Desmonte na autarquia https://luizmuller.com/2025/07/14/cpi-do-dmae-depoente-aponta-aliado-de-leite-como-chefe-de-esquema-de-propinas-e-desmonte-na-autarquia/

O "PL da Devastação" e a absurda proposta de um Porto em Arroio do Sal. Assista o debate e Leia: https://luizmuller.com/2025/07/14/o-pl-da-devastacao-e-a-absurda-proposta-de-um-porto-em-arroio-do-sal-assista-o-debate-e-leia/


Cópia sistemática em sentenças leva à exoneração de juíza

247 - O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul informou que a juíza Angélica Chamon Layoun, 39 anos, usou decisões idênticas em cerca de 2 mil processos na comarca do município de Cachoeira do Sul.

De acordo com a instituição, a magistrada copiou as decisões em casos cíveis para "aumentar a produtividade". O presidente do TJ-RS, o desembargador Alberto Delgado Neto, assinou a demissão no último dia 3. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) transitou em julgado no mês de maio.- Continue lendo no Brasil 247

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15 de julho de 2025
Edição reduzida, fechada às 7h. Assine para receber mais cedo a versão completa

Oi! A repórter Valentina Bressan mostra que o Guaíba conta com um novo sistema de previsão de cheias capaz de antecipar os riscos de inundação na capital com maior antecedência.

Matinal de hoje fala ainda do ex-secretário de Eduardo Leite citado em denúncia sobre corrupção no Dmae, da reforma de casas de bomba da capital e do número de hospitalizações e mortes por gripe no estado.

 

Roger Lerina escreve sobre Dreams, filme vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Na Parêntese, um texto de Jairo Ferreira sobre a comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, e o caso ocorrido na semana passada.

Hoje à tarde, os assinantes dos planos Completo e Comunidade recebem em primeira mão a Newsletter do Juremir, com uma crônica sobre Trump e o tarifaço e muito mais. Se você também gostaria de receber, considere assinar a matinal.

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TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Muitas áreas em praias do Sul de Torres não recebem melhorias porque estão judicializadas

Capacitação em parada cardiorrespiratória efetuada para Profissionais do Pronto Atendimento de Torres

REVISITANDO MEMÓRIAS: A Casa azul da Rua Alfiero Zanardi, em Torres

"A Casa Azul permanece como um símbolo. Não só de uma arquitetura que resiste, mas de uma época em que as pessoas batiam à porta, sentavam, conversavam. Um tempo em que a pressa ainda não tinha tomado conta de tudo" (acesse o link para ler a coluna completa do turismólogo Roni Dalpiaz)

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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INTERESSE PÚBLICO

EUA aprovam taxa extra para visto americano; veja passo a passo para emitir autorização de viagem  - Medida ainda não tem data para entrar em vigor, mas aumenta em mais de duas vezes o valor total para quem quer tirar um visto e viajar ao país.

Banana: descubra 6 benefícios da fruta e um alerta - Fruta fortalece a imunidade, regula a pressão, melhora o sono e ajuda na prevenção de cãibras, AVC e problemas intestinais. G1

 

“Quando toca o despertador, você desconfia de que sofre de disania? Talvez, se não tivesse assistido a um filme de terrir ontem à noite, os pesadelos fossem evitados… O pior é que não dá nem para esperar pelas férias. Com a pejotização do mercado de trabalho, bate aquela saudade de ser CLT.

Calma, se você não entendeu totalmente o parágrafo acima, não se preocupe — ele traz 3 palavras que ainda não existem no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). “Disania”, “terrir” e “pejotização” fazem parte de uma “lista de espera”: ainda dependem da decisão dos lexicógrafos da Academia Brasileira de Letras (ABL) para serem incorporadas oficialmente ao idioma. G1

  • quais outras palavras estão entre as candidatas ao Volp;
  • que termos foram recentemente aprovados (spoilers: telemedicina, homoparental, sororidade e covid-19 são alguns deles);”

===============================================================JJuiz afirma que etapa é prática e experimental, essencial para avaliar planos de emergência antes de decisão do Ibama sobre perfuração na região

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, será o relator de uma ação que busca interromper o andamento do processo sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 — caso no qual o próprio Bolsonaro figura como réu.- A solicitação foi apresentada por Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro, que também responde à denúncia no núcleo 2 da trama investigada pela Procuradoria-Geral da República. O recurso, protocolado como agravo regimental, faz uma série de pedidos: o reconhecimento da suposta incompetência do STF e da Primeira Turma para julgar o caso, a suspeição dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, a reconsideração de testemunhas negadas e a revogação de medidas cautelares impostas ao réu - Continue lendo no Brasil 247

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- - Brasil tentará negociar exceções ao tarifaço para setores da econo9mia.

O ESP- PGR pede ao STF condenação de Bolsonaro por trama golpista. Em alegações finais Gonet atribui a Bolsonaro vários crimes

FSP – Lula assina decreto que permite resposta do país à tarifa de Trump: Regulamentação da Lei de Reciprocidade.

ZH – Alkmin convoca indústria e agro para discutir medidas contra tarifaço de Trump

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS - Centro Histórico de Porto Alegre reage e busca novos caminhos

 

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

 

O Assunto g1 dia - O STF e a chantagem tarifária de Trump         

O STF e a chantagem tarifária de Trump - O Assunto #1510 | O Assunto | G1

Logo nas primeiras linhas da carta enviada a Lula na semana passada, o presidente dos EUA citou o Supremo Tribunal Federal. Trump fez referência a julgamentos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e criticou decisões da Corte contra empresas de tecnologia com sede nos EUA.

A primeira resposta a Trump foi dada pelo Executivo. E na noite do domingo, outra veio a público: o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, escreveu uma nota intitulada “Em defesa da Constituição, da Democracia e da Justiça”.

O texto afirma que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade ou negar os fatos concretos que todos viram e viveram". E faz uma retomada histórica sobre momentos em que houve tentativa de ruptura institucional no Brasil.

Para explicar os significados do conteúdo da carta e como a chantagem de Trump repercutiu na Suprema Corte brasileira, Julia Duailibi conversa com o jornalista Felipe Recondo e com o advogado Rafael Mafei.

Escritor e pesquisador da história do STF, Recondo explica como a carta de Barroso foi articulada e quais seus efeitos em processos em curso na Corte. Professor da Faculdade de Direito da USP e da ESPM, Mafei analisa a estratégia usada pelo presidente do STF, a quem a nota é endereçada. Ele também relembra outros momentos da história em que o Supremo agiu em defesa da soberania nacional.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação nesta semana: Julia Duailibi.

 

Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast discute papel de empresários na reação a Trump - 15/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast analisa disputa política e papel de empresários na reação a ameaça de Trump. Lula e Tarcísio convocam reuniões com setor produtivo para discutir tarifaço de 50% dos EUA

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EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

Por que Trump teme os BRICS - Por Paulo Nogueira Batista Jr - Boletim Outras Palavras

Há base objetiva para a reação destemperada da Casa Branca: cúpula do Rio teve enorme êxito. Quais os novos passos para a criação de uma ordem financeira e monetária pós-ocidental? Onde estão os entraves? Como enquadrar a resistência dos Bancos Centrais?

Foi bem-sucedida a cúpula dos BRICS, diferentemente do que muitos temiam (inclusive eu). Preocupado com o que me parecia o risco de um insucesso, enviei sugestões e manifestei receios diversas vezes, tanto em público quanto em diálogos com integrantes do governo. Fiquei contente com os resultados e parabenizo as equipes do governo brasileiro e de outros países que contribuíram para o sucesso, notadamente a Rússia.

Não foi por acaso que Donald Trump passou a exorbitar outra vez, durante e depois da cúpula dos BRICS, pois ela confirmou que o grupo é, de fato, o principal contraponto no mundo à hegemonia dos Estados Unidos e seus aliados. Na verdade, os resultados da cúpula no Rio de Janeiro surpreenderam para melhor.

Na área econômico-financeira, algumas iniciativas importantes foram reafirmadas e desenvolvidas, algumas outras foram lançadas. E o trabalho continuará – espero – no segundo semestre da presidência brasileira. Deve-se notar que esses resultados positivos foram alcançados mesmo com problemas consideráveis que afetam o funcionamento dos BRICS. O artigo tratará desses problemas, de um lado, e das instituições e iniciativas financeiras do grupo, do outro.

Para não alongar demais o texto, deixo de lado as questões diplomáticas e políticas. Tratarei apenas das reações políticas e econômicas de Trump.

E é tão vasta a agenda econômica dos BRICS que nem poderei sequer abordar todas as iniciativas do grupo nesse campo.

Lula e Trump

Começo com os destemperos de Donald Trump. Foi interessante a declaração do presidente Lula, logo antes da cúpula, de que os BRICS precisam criar uma moeda alternativa para transações internacionais. Declaração destemida, pois ignora, e faz bem de ignorar, as repetidas ameaças de Trump contra os BRICS e qualquer país que atue para destronar o dólar da sua condição de moeda de reserva internacional.

Durante a nossa cúpula, Trump voltou a ameaçar: “Qualquer país que venha a se alinhar com as políticas antiamericanas dos BRICS terá de pagar uma tarifa ADICIONAL de 10%”, escrevendo em letras maiúsculas mesmo, e acrescentando que “não haverá exceções a esta política”.

Logo depois da cúpula, Trump fez declarações ainda mais agressivas, dizendo que os BRICS têm a intenção de “destruir o dólar” e que o grupo “foi criado para desvalorizar a nossa moeda”. E foi enfático: “O dólar é rei. Vamos mantê-lo assim. Se as pessoas quiserem desafiá-lo, podem. Mas terão que pagar um alto preço”. Estipulou, além disso, que as novas tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto.

No dia seguinte, deu um coice ainda maior: enviou uma carta aberta a Lula em que anunciou uma tarifa extra de 50% sobre a importação de produtos do Brasil a partir de 1º de agosto, justificando esse tarifaço, entretanto, sobretudo com questões políticas internas nossas, em especial uma suposta caça às bruxas contra o ex-presidente Bolsonaro, que “deve terminar IMEDIATAMENTE” (mais uma vez em maiúsculas), além de reclamar das “centenas de ordens de censura do Supremo Tribunal Federal brasileiro, SECRETAS e ILEGAIS (outra vez em caixa alta), dirigidas a plataforma de mídia social dos Estados Unidos”. Reclamou, também, das barreiras tarifárias e não-tarifárias praticadas pelo Brasil. Curiosamente, os Estados Unidos têm expressivos superávits comerciais com o Brasil há muito anos, o que dá um caráter totalmente descabelado à carta de Trump.

Ao mesmo tempo, Trump disparou de novo a sua metralhadora giratória tarifária contra diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alguns deles dos BRICS.

Foi perfeita a nota do presidente Lula em resposta a Trump. Chama atenção a diferença de qualidade entre a missiva de Trump e a réplica de Lula. A primeira totalmente aloprada (mais um sintoma da decadência dos EUA); a segunda, firme e bem fundamentada.

Lula acenou com retaliação, dizendo que o Brasil se reserva o direito de responder à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica, caso o tarifaço entre mesmo em vigor. Postura altiva do nosso presidente, pois a carta aberta de Trump já ameaçara com aumentos adicionais de tarifas em caso de o Brasil aumentar suas tarifas sobre as exportações dos EUA. E Trump ainda teve o desplante de escrever que, se Lula “eliminar as tarifas e barreiras não-tarifárias”, ele “talvez considere” ajustar a sua carta.

O que dizer de tudo isso? Bem, Trump chegou a falar, em ocasiões anteriores, em tarifas de 100% e até 200% sobre os BRICS por causa da suposta ameaça ao dólar. Progresso, portanto!

Enfim, foram novas grosserias do presidente dos Estados Unidos. Embora ele não tenha mencionado os BRICS na carta a Lula , é razoável admitir que o sucesso da cúpula do Rio tenha contribuído para a explosão de Trump.

Os BRICS e o sistema monetário e financeiro controlado pelo Ocidente

Diferentemente do que disse Trump nos dias recentes, repetindo várias declarações anteriores do mesmo naipe, os BRICS não pretendem atuar deliberadamente para destronar ou enfraquecer e muito menos “destruir o dólar”, mas sim criar alternativas aos sistemas internacionais dominados pelo Ocidente e centrados na moeda dos EUA. “Vamos com calma. Não somos contra o dólar, o dólar é que às vezes é contra nós”, disse o presidente Putin, sem ironia, em resposta a uma pergunta que tive a oportunidade de fazer a ele, em encontro anual do Clube Valdai em novembro do ano passado. Veja, leitor ou leitora, mesmo a Rússia, que está efetivamente em guerra com o Ocidente, adota até agora uma linguagem moderada em relação a propostas de desdolarização.

Mas a verdade é que o sistema monetário e financeiro internacional existente, controlado pelo Ocidente – isto é, o Fundo Monetário Internacional; o Banco Mundial e os bancos regionais de desenvolvimento tradicionais; a centralidade do dólar como moeda internacional; o esquema SWIFT de pagamentos transfronteiriços; as três principais agências de classificação de risco, entre outros elementos – apresenta claramente diversas deficiências graves. É excludente, ineficiente e não atende às necessidades dos países dos BRICS e do resto do Sul Global. Trata-se, no essencial, de um instrumento de poder e coerção para os países do Atlântico Norte e seus aliados em outras partes do mundo. Por isso, precisamos criar mecanismos alternativos e independentes do Ocidente, sem deixar de participar, na medida do possível e conveniente, do sistema atualmente existente.

Acredito que os BRICS, ou uma parte do grupo, continuarão a desenvolver, com paciência e profissionalismo, um novo sistema – não anti-Ocidental, mas pós-Ocidental, para lançar mão de uma expressão utilizada por Zhao Long, um economista chinês, em debate de que participei no Rio de Janeiro na semana passada.

Isso será feito ao longo dos próximos anos quer Trump queira, quer não. E é lamentável que o presidente dos Estados Unidos não saiba controlar minimamente os seus destemperos.

O peso do grupo BRICS

Trump tem motivos para temer os BRICS? Provavelmente sim. Fazem parte do nosso grupo todos os maiores países do Sul Global. Agora somos 10 membros plenos (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Indonésia, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos), além de outros 10 países parceiros. Os BRICS têm enorme peso econômico, demográfico e territorial. Considerando só os membros plenos, os BRICS ou BRICS+ respondem por nada menos que 50% da população do planeta (graças especialmente à Índia e à China), quase 40% do PIB mundial (graças à China principalmente) e 30% do território global (graças sobretudo à Rússia, à China e ao Brasil). Não é à toa que o nosso grupo atrai tanta atenção no mundo inteiro.

(Uma nota de rodapé: a Arábia Saudita foi convidada para ser membro pleno em 2023, mas ainda não respondeu, nem positiva, nem negativamente. A Argentina, convidada na mesma época, recusou. O que mostra, diga-se de passagem, que por motivos políticos nem todos os países do Sul Global estão prontos para aderir aos BRICS.)

Outra comparação relevante para os BRICS: quando se consideram os top-10 do mundo em termos de população, PIB (medido por paridade de poder de compra) e território, verifica-se o seguinte. Cinco dos BRICS (Índia, China, Indonésia, Brasil e Rússia) figuram na lista dos 10 maiores países em população. Os mesmos cinco BRICS estão entre os 10 maiores países em termos de tamanho da economia. E quatro deles fazem parte da relação dos 10 maiores em extensão geográfica (dos já mencionados, todos menos a Indonésia).

O Brasil está nessas três listas, ressalte-se, e por isso mesmo intitulei o meu penúltimo livro O Brasil não cabe no quintal de ninguém. O problema, entretanto, é que muitos brasileiros cabem no quintal de qualquer um, inclusive e destacadamente Jair Bolsonaro, que Trump compreensivelmente tanto defende. Os americanos adoram vassalos. Mas não quero me desviar do assunto e volto aos BRICS.

Não devemos exagerar a importância real dos BRICS enquanto grupo

Cabe reconhecer, entretanto, que percentuais e listas como os acima mencionados podem dar uma ideia exagerada do peso real prático dos BRICS enquanto grupo. Há algumas dificuldades que ainda impedem os BRICS de exercer papel correspondente a seu peso relativo no mundo e isso vem prejudicando, como era de esperar, a presidência brasileira do grupo em 2025. Sem pretender esgotar o assunto e nem mesmo listar todas essas dificuldades, vou falar um pouco de três delas: uma de natureza conjuntural – o risco de encurtamento da presidência brasileira; e outras duas, mais estruturais e interligadas, que devem persistir no que resta de 2025 e nos anos seguintes – os riscos de expansão excessiva dos BRICS e os riscos de paralisia do grupo por causa da nossa arraigada tradição de decidir por consenso.

  1. Risco de encurtamento da presidência brasileira

O governo brasileiro cometeu o erro de marcar a cúpula para o meio do ano, algo muito pouco usual e que arrisca reduzir a presidência brasileira dos BRICS a um semestre apenas. O argumento, muito fraco, é que o Brasil sedia a COP30 em novembro e que o país não teria condições de organizar dois eventos internacionais em datas próximas. Para lá de questionável. O Brasil, sendo como é um dos principais países do mundo, tem sim como fazer isso, se não pensar pequeno. E, depois, convenhamos, a COP30 não deverá alcançar resultados práticos relevantes e será provavelmente apenas mais uma ocasião para discursos e slogans simpáticos. Já os BRICS constituem o grupo de países que melhores condições tem de modificar o quadro internacional.

Esse problema foi mitigado no Rio de Janeiro pelo fato de ficarem previstas na Declaração dos Líderes e em outros documentos, diversas reuniões ministeriais, de bancos centrais, de xerpas e assessores ao longo do segundo semestre. Faltou, porém, até onde pude perceber, um gancho fundamental – marcar uma reunião dos líderes dos BRICS para novembro por ocasião da cúpula do G20 na África do Sul, em Joanesburgo, para a qual convergiriam as negociações que ocorrerão no segundo semestre. E não venham me dizer que isso é impossível. Não é nem difícil. Os líderes do grupo já fizeram diversas reuniões desse tipo, a primeira por iniciativa de Dilma Rousseff em 2011, e várias depois, inclusive no governo Bolsonaro, com comunicado público e tudo. São simples de organizar, e eu sei perfeitamente disso, pois participei desse processo em vários anos. Fazíamos reuniões em salas pequenas, com cerca de 25 a 30 pessoas presentes, os cinco líderes e mais alguns assessores. Hoje, é um pouco mais complicado, pois o número de países membros dobrou. Mas é só reduzir o número de pessoas que cada líder traz consigo, permitindo uma reunião menor e mais íntima, como ocorria antes da expansão do grupo. Ressalte-se que esse encontro dos líderes não é uma segunda cúpula. com toda a parafernália das cúpulas, mas um encontro que, embora mais informal, costuma terminar com um comunicado do qual podem constar assuntos importantes.

Por exemplo, as negociações do Arranjo Contingente de Reservas (ACR), o fundo monetário dos BRICS, foram lançadas, sob liderança do Brasil e da China, e mais do Brasil do que da China, numa reunião desse tipo que ocorreu em 2012, em Los Cabos, à margem da cúpula do G20 no México. E devo dizer, entre parênteses, que essas negociações só foram lançadas naquele momento por causa do empenho da presidente Dilma, que não sossegou enquanto não foram vencidas as resistências da Índia. (Um relato dessa negociação difícil e até tumultuada em Los Cabos pode ser encontrado em O Brasil não cabe no quintal de ninguém, 2ª edição, páginas 256 a 261.)

Note-se que dos 10 membros atuais dos BRICS, quatro países – Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã não fazem parte do G20. Mas isso não é problema. Bastaria a África do Sul convidar esses quatro países para vir a Joanesburgo, não para participar da cúpula do G20, mas para se encontrar com os demais líderes dos BRICS – um encontro que pode ser, aliás, mais importantes do que o do G20, agrupamento que está praticamente paralisado pelo agravamento do quadro geopolítico mundial e pela confrontação entre EUA e Europa, de um lado, e China e Rússia, do outro.

  1. Riscos decorrentes da expansão dos BRICS e do modo de decidir do grupo

Não foi anunciado nenhum novo convite para a entrada de novos países, como membros plenos ou como parceiros. Bom ponto! O grupo já ficou grande demais, a expansão por pressão da China foi apressada e mal planejada. Os critérios de escolha dos novos países não foram bem definidos. Faltou, por exemplo, assegurar o compromisso dos novos membros com princípios já consolidados do grupo, o que parece já estar tumultuando as negociações internas dos BRICS.

Hora de sustar qualquer expansão adicional. A razão é que um grupo maior e mais heterogêneo tende a ter dificuldade de tomar decisões práticas, especialmente se entrarem países muito vulneráveis às pressões econômicas e políticas do bloco ocidental.

Tanto mais que os BRICS –ponto fundamental e pouco conhecido – são muito agarrados à tradição de decidir por consenso, entendido rigidamente como unanimidade. Assim, cada país individual tem poder de veto, o que dificulta o avanço em temas controvertidos. Obviamente, quanto maior o grupo, mais difícil fica alcançar consenso. Já era difícil quando tínhamos apenas cinco países. Posso dar o meu testemunho de como sofríamos para alcançar consenso mesmo com só cinco países. Com 10, as dificuldades crescem. Se o número de membros plenos aumentar para 15 ou 20, o grupo corre o risco de se tornar inoperante, uma espécie de talk shop, uma instância para discursos e proclamações, não para decisões de ordem prática.

Quando prevalece a exigência de consenso, repito, cada país membro tem poder de veto, especialmente os maiores, mas também os menores. É uma receita para paralisia. A Índia, por exemplo, se vale desse noddo modo de decidir para bloquear propostas em várias áreas e, particularmente, iniciativas monetárias e financeiras que possam ferir interesses dos Estados Unidos, país com o qual ela deseja manter proximidade como contrapeso à China, sua tradicional adversária. Esse comportamento da Índia já se notava há muito tempo, mas se intensificou no governo Modi e, mais ainda, acredito, com a volta de Trump à presidência e suas repetidas ameaças.

A solução é permitir que certas iniciativas possam ser levadas adiante por um subgrupo dos BRICS, em base voluntária, ficando aberta a porta para aqueles que não desejem participar desde o início. A cúpula do Rio reafirmou essa possibilidade, dando sequência ao que ocorreu na cúpula de Kazan, na Rússia, em outubro de 2024. Agora é colocar em prática.

Apesar das dificuldades, houve progresso considerável no Rio

Não obstante todas essas dificuldades, a presidência brasileira alcançou resultados significativos na área financeira. Explico brevemente alguns deles, sem seguir uma ordem de importância ou prioridade.

Primeiro resultado: a Declaração dos Líderes foi impecável nas orientações que deu às duas principais iniciativas financeiras dos BRICS – o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como Banco dos BRICS, e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR).

O NBD, que eu ajudei a fundar, é de longe a mais importante das duas. Foi criado, recordo, para ser um banco do Sul Global para o Sul Global, servindo como de alternativa ao Banco Mundial e aos bancos regionais de desenvolvimento. Ainda não conseguimos chegar lá. A Declaração dos Líderes frisou corretamente (“we strongly support”) a expansão adicional do número de países membros do NBD, o que é indispensável para que ele seja, de fato, um banco global, como planejávamos desde o início. Depois de 10 anos de existência, o NBD tem apenas 11 países membros. A ex-presidente Dilma, que atualmente preside o banco, está empenhada nessa questão e já teve algum sucesso, trazendo a Argélia, além da Colômbia e do Uzbequistão, novos membros anunciados na cúpula do Rio.

Além disso, a Declaração recomendou, com toda razão, que o NBD realize mais operações com moedas nacionais dos países membros. Também aqui o banco progrediu pouco nos seus 10 primeiros anos e continua predominantemente dolarizado tanto no lado do ativo como do passivo. Dilma Rousseff está trabalhando para elevar para 30% a participação das moedas dos países membros do banco nas suas operações.

Falta, ainda, melhorar a) a transparência e a comunicação do NBD, que é inferior à do Banco Mundial e do FMI; b) preencher posições importantes que estão vagas (por exemplo, a de economista-chefe do banco); e c) garantir que o NBD sempre respeite rigorosamente as suas regras de governança, algo que infelizmente não tem ocorrido. Mais importante ainda: a qualidade e efetividade dos empréstimos do NBD precisam provavelmente melhorar – se bem que não se sabe exatamente como esse aspecto crucial está evoluindo, uma vez que, como mencionei, não há suficiente transparência do banco. O segredo a respeito levanta a suspeita de que nem tudo está indo bem nesse aspecto.

O ACR – cuja negociação foi liderada por minha cadeira no FMI, sob orientação do ministro Guido Mantega – avançou nos seus 10 primeiros anos bem menos do que esperávamos e menos do que o NBD, tendo ficado quase totalmente congelado pelo conservadorismo dos nossos bancos centrais. Ele foi concebido por nós, recorde-se, para servir como alternativa ao FMI, objetivo que ainda está muito distante.

A Declaração dos Líderes dos BRICS acerta em cheio quando frisa a conveniência de desdolarizar um arranjo que é 100% dependente do dólar. Acerta, também, quando pede que os novos membros dos BRICS possam ser incluídos como membros do ACR.

Não me espantaria, entretanto, que os bancos centrais dos cinco países fundadores do ACR (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ou alguns deles, estejam fazendo corpo mole com esses dois assuntos. Cabe às autoridades políticas, especialmente às presidências dos países e seus ministérios da finanças, garantir que os objetivos dos líderes do grupo sejam alcançados sem demoras desnecessárias.

Faltou na Declaração dos Líderes, menção a alguns outros pontos indispensáveis para o funcionamento do ACR. Por exemplo, a necessidade de ampliar o valor total do arranjo, que é pequeno demais para permitir que ele funcione como alternativa ao FMI. E a necessidade de desvinculá-lo gradualmente do Fundo, uma vez que apenas 30% do valor da quota de cada país podem ser utilizados sem a existência de um acordo de alta condicionalidade com o FMI. Isso defeats the purpose, obviamente. Para o leitor ou leitora ter uma ideia do ridículo de certos posicionamentos, o Banco Central do Brasi nas negociações que levaram à criação do ACR chegou a defender 100% de vinculação ao FMI, causando espanto geral.

Para permitir que a parcela livre, desvinculada do FMI, possa aumentar gradualmente para além dos 30% atuais, chegando no futuro a 100%, isto é, à desvinculação total, é essencial que se constitua uma Unidade de Monitoramento Macroeconômico, como está previsto no Tratado que constituiu o ACR, assinado em 2014. Mais de 10 anos depois, pouco ou nada foi feito para criar essa unidade.

Os chineses costumam pleitear que ela seja localizada em Xangai, no prédio do NBD. Não é má ideia, uma vez que facilitaria a sinergia entre as duas instituições. Porém, não é a melhor alternativa, pois transformaria Xangai na nova Washington, sede do banco e do fundo monetário dos BRICS.

Uma ideia melhor, do ponto de vista do Brasil e de outros membros dos BRICS, seria sediar a nova unidade dos BRICS no Rio de Janeiro. O prefeito Eduardo Paes manifestou a vontade de acolher um eventual secretariado do grupo. Uma forma de começar seria encontrar um espaço para estabelecer essa nova unidade. (Não precisa ser grande, pois não seria grande o número requerido de economistas e outros funcionários.)

Percebo, leitor ou leitora, que o artigo está ficando longo demais. Fiquei empolgado com o sucesso da presidência brasileira no primeiro semestre de 2025. Apresso-me então a concluir.

Os BRICS não se limitaram a tratar dos mecanismos financeiros já existentes, o NBD e o ACR. Lançaram ou reforçaram diversas iniciativas financeiras novas ou recentes. Não posso deixar de pelo menos mencioná-las. Destaco as seguintes : a) o uso crescente de moedas nacionais em transações entre os países (bypassando o dólar); b) a construção de uma plataforma de pagamentos internacionais alternativa ao Swift (que é a plataforma controlada e manipulada pelo Ocidente); c) a criação de um esquema de garantias multilaterais no âmbito do NBD; d) a criação de uma bolsa de mercadorias alternativa à de Chicago; e e) de mecanismos para melhorar capacidade dos nossos países de oferecer seguros e resseguros. Em todas essas áreas, os EUA e outros países do Ocidente manipulam, distorcem e fazem uso político, no pior sentido da palavra, dos instrumentos existentes. Tudo isso foi explicado, em linhas gerais, na Declaração dos Líderes e em outros documentos da cúpula do Rio.

Por último, menciono um assunto que também está próximo do meu coração – a reforma do FMI, instituição em que estive por oito anos, como diretor executivo pelo Brasil e outros 10 países. O documento apresentado na cúpula, “BRICS Rio de Janeiro Vision for IMF Quota and Governance Reform”, está excelente. Além de reiterar nossas posições tradicionais em matéria de quotas e votos (que são nos tempos atuais essencialmente inalcançáveis), o documento especifica, o que é mais importante na prática, alguns objetivos mais viáveis porque melhoram o FMI, mas não tocam nas mudanças de governança bloqueados pelos EUA e pela Europa. Por exemplo, a criação de um quinto vice-diretor na Administração do Fundo, alocando essa nova posição para nacionais de países do Sul Global. Outro exemplo: a defesa do aumento dos votos básicos, o que favorece países pequenos, inclusive vários no nosso grupo no FMI, e que dentro de certos limites é perfeitamente possível (isto é, desde que não ameace o poder de voto de pelo menos 15%, que dá aos EUA possiblidade de exercer veto em diversas decisões fundamentais, aquelas que exigem supermaioria de 85%).

E a nova moeda de reserva?

Faltou um ponto central na Declaração dos Líderes: a criação de uma nova moeda de reserva, apoiada pelo presidente Lula. Esse é o passo mais importante, mas enfrenta resistência cerrada da Índia.

Além disso, os nossos banco centrais também atrapalham chegam a ponto de se dar o direito de interferir em questões geopolíticas! O Banco Central do Brasil costuma ser um dos piores. Muito independente (em relação ao governo eleito, mas não ao mercado financeiro), o nosso Banco Central se comporta frequentemente, nas negociações do grupo, como se fosse um país separado – um 11º BRICS. Isso acontecia na minha época e continua acontecendo agora.

Falta, portanto, enquadrar o Banco Central.

Ressalto, para terminar, que foi muito precisa a declaração do presidente Lula a esse respeito. O que ele disse, reparem bem, foi que a nova moeda serviria para transações internacionais.

Diversos economistas russos, chineses e brasileiros, estão trabalhando em alternativas para chegar a uma nova moeda. Eu mesmo desenhei um caminho, que talvez não seja o melhor. Não vou abordá-lo de novo. Queria frisar um ponto apenas: uma nova moeda dos BRICS, ou de um subconjunto de países dos BRICS, não seria uma moeda única, com um banco central comum, como existe na Europa. Nenhum dos economistas que participam dessa discussão tem isso em mente. É por ignorância ou má-fé daqueles que querem obstruir o processo que esse espantalho aparece volta e meia. Uma nova moeda, se vier a ser criada, seria uma moeda digital, paralela, para fins de transações internacionais e detenção de reservas. Desempenharia todas as funções clássicas de uma moeda – meio de pagamento, unidade de conta e instrumento de reserva – sem entretanto substituir as moedas nacionais dos países participantes e sem criar um banco central comum.

Vamos discutir essas alternativas, sem medo e de modo profissional! O resto do Sul Global espera avanços dos BRICS nessa área crucial. O sistema monetário e financeiro internacional, dominado pelos EUA e seus aliados (ou vassalos), não será reformado de forma fundamental e corre até o risco de entrar em colapso.

Trump pode espernear à vontade e fazer muitos estragos, mas não escapará de apressar, por incompetência e descontrole, o declínio do Império Americano. Como nas tragédias gregas, a tentativa dos protagonistas de fugir a seu destino só faz assegurar a sua realização.

[Uma pequena parte deste artigo foi publicada na Folha de S.Paulo.]

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OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice segunda-feira, 14 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Reação ao tarifaço deve proteger soberania e economia brasileiras - Valor Econômico - A resposta à agressão do presidente Trump deve, na medida do possível, sempre resguardando a nossa soberania, ser calibrada de forma a preservar nossas cadeias de valor

O Brasil é uma economia fechada, e nossas exportações para os Estados Unidos representam menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas não há  engano: o conflito tarifário desencadeado pelo presidente Donald Trump pode ter repercussões negativas de curto, médio e longo prazos sobre nossa economia.

Por isso, as negociações e eventuais medidas de reciprocidade adotadas pelo Brasil devem ser, ao mesmo tempo, firmes na defesa da soberania nacional, diante da inaceitável carta do presidente dos EUA, Donald Trump, e inteligentes  para resguardar os interesses econômicos do país.

Reportagem publicada pelo Valor nesta sexta (11/7) mostra como, a essa altura, é difícil avaliar o prejuízo potencial ao Brasil. Do ponto de vista macroeconômico, as estimativas dos especialistas são muito amplas. De um lado,  indicam uma perda, em termos de crescimento do PIB, de até 0,3% em 2025 e de até 0,5% em 2026. De outro,  apontam  impacto mais moderado, de 0,05% do PIB em 2026.

CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:55:00 Nenhum comentário:  

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STF: Barroso divulga carta sobre tarifaço de Trump e faz defesa da democracia - Guilherme Pimenta / Valor Econômico - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou uma carta na noite deste domingo sobre o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump ao Brasil, ao fazer uma longa defesa da democracia brasileira e do Poder Judiciário. Segundo ele, as sanções impostas "por um tradicional parceiro comercial" foram "fundadas em compreensão imprecisa dos fatos ocorridos no país nos últimos anos".

O republicano, ao anunciar a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, afirmou que o Brasil faz uma "caça às bruxas" ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo, acusado de tentativa de golpe de estado em 2022, quando perdeu as eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O presidente americano também criticou decisões do Judiciário brasileiro contra big techs. Barroso afirma no início do documento que "cabia ao Executivo e, particularmente, à Diplomacia – não ao Judiciário – conduzir as respostas políticas imediatas, ainda no calor dos acontecimentos".

Passada a reação inicial, pontuou, "considero de meu dever, como chefe do Poder Judiciário, proceder à reconstituição serena dos fatos relevantes da história recente do Brasil e, sobretudo, da atuação do Supremo Tribunal Federal".

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O fim dos honorários e o ajuste fiscal sem impostos - Bruno Carazza - Valor Econômico - Advogados públicos têm a receber fundo bilionário da União, e o fazem sem nenhuma transparência

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BC precisa de socorro para lutar contra as fraudes - Alex Ribeiro  - Valor Econômico - A realidade preocupante é que faltam ao Banco Central funcionários em número suficiente e o dinheiro necessário para investir em tecnologia, o que deixa o sistema vulnerável e sob risco de gerar crises bancárias

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As lições do tarifaço - Diogo Schelp  - O Estado de S. Paulo  - Tarcísio demorou para entender o significado da medida de Trump e de suas motivações

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Trump e o Brasil - Denis Lerrer Rosenfield - O Estado de S. Paulo  - O País não pode se curvar a tais mandamentos, seja por dignidade nacional, seja por suas próprias instituições

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Três vias para fazer Trump recuar - Oliver Stuenkel - O Estado de S. Paulo  - Incerteza decorrente da ameaça tarifária enfraquece presença americana no Brasil e fortalece a chinesa  CONTINUAR LEITURA

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O que aprender com as meninas do Texas – Fernando Gabeira - O Globo  - Economia de fato é investir na prevenção. Perdas humanas e a destruição material são um preço muito mais alto

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Vermelho de ódio – Miguel de Almeida - O Globo

Não lembro ao certo, mas acho que aprendi sobre ódio com Lula. Sob seus discursos, exercitei minha raiva contra o PSDB, contra o ex-presidente Fernando Henrique e vi o Brasil cindido em dois na grotesca oposição Nordeste x Sudeste. Com olhos ensandecidos, ouvi sobre a herança maldita dos tucanos.

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Uma aposta ruim - Irapuã Santana  - O Globo  - Tudo bem que o brasileiro gosta de fazer uma fezinha. Mas recentemente o país registrou salto muito além do histórico nas apostas

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Ainda é cedo para servir o café frio a Lula - Lara Mesquita - Folha de S. Paulo - Faltando mais de um ano para a eleição, ninguém deveria se arriscar a vaticinar seu desfecho

Nas últimas semanas, tornou-se comum encontrar articulistas anunciando o fim da era Lula (PT).

Matérias sobre desempenho do governo na aprovação de sua agenda legislativa e sobre as disputas em torno do Orçamento da União corroboraram essa leitura,

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'Graças a Deus, o presidente é fraco!' - Marcus André Melo - Folha de S. Paulo - Para parlamentar que não é parte da base, o principal problema da democracia é o poder excessivo dos presidentes

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A Democracia, os Três Poderes e a Sociedade - Ricardo Marinho* -

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Casta Intocável - Manfredo Oliveira* - O Povo (CE) - A desigualdade persistirá enquanto deixarmos de taxar, adequadamente, o topo da pirâmide subtributada CONTINUAR LEITURA

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A TERRA É REDONDAwww.aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros. Pesquise os títulos aqui.

De Burroso a Barroso             - Por JORGE LUIZ SOUTO MAIOR: Se o Burroso dos anos 80 era um personagem cômico, o Barroso dos anos 20 é uma tragédia jurídica. Seu 'nonsense' não está mais no rádio, mas nos tribunais – e, dessa vez, a piada não termina com risos, mas com direitos rasgados e trabalhadores desprotegidos. A farsa virou doutrina

Jean-Claude Bernardet (1936-2025) - Por MARIAROSARIA FABRIS: Homenagem ao crítico de cinema, escritor, ator e cineasta, recém-falecido

Brasil duplo Estado - Por LUIZ MARQUES: O duplo Estado é a expressão máxima de um pacto perverso: de um lado, a Constituição; de outro, os conchavos que a esvaziam. Rompê-lo exige mais que denúncias – exige reconstruir a democracia não como ritual eleitoral, mas como exercício diário de desobediência aos donos do poder

O arranjo do desarranjo  - Por MANFRED BACK & LUIZ GONZAGA BELLUZZO: Em meio ao caos monetário, o fantasma de Keynes ressurge – não mais em Bancor, mas em bytes. O mBridge pode ser a ponte digital que faltava para atravessar as águas turbulentas do dólar, transformando desarranjos em um novo arranjo

50 anos do jornal Movimento - Por SÉRGIO BRAGA: Celebrando meio século de Movimento: um marco na imprensa alternativa que desafiou a ditadura e inspirou gerações de jornalista e ativistas brasileiros

Inimigo do Brasil - Por GABRIEL SANTOS: Em um mundo em transformação, o Brasil deve escolher entre submeter-se ao imperialismo decadente ou buscar um caminho de soberania e desenvolvimento sustentável

 

 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV You Tube e Face Book

– Cultural FM dia 14 julho – 2ª. compacta Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX A previsão do tempo para segunda-feira é de Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com muitas nuvens. Temperatura entre 13°/16°

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 14 de julho Revolução Francesa https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-francesa.htm A Revolução Francesa é o acontecimento que inaugura a Idade Contemporânea e institui novas perspectivas políticas que até hoje exercem efeitos no mundo ocidental. A Revolução Francesa, que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da França do século XVIII. Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado. Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população. Ao logo da segunda metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor industrial. Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores. A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou. Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, dentre outros pontos. A partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792. A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia. Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano. O último rei do absolutismo francês, Luís XVI, e sua esposa, Maria Antonieta, foram guilhotinados pelos revolucionários Com o fim da Monarquia Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conheciso como a fase do Terror (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação. Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina. Um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, Napoleão Bonaparte, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão encontrou um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que ele passou a figurar como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois como imperador da França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo. zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz A mensagem de Francisco O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”. ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões) O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil. Despesas obrigatórias —Veja Orçamento Fácil www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig… Objetivos principais do BRICS , 39% da economia mundial, quase metade da população do globo - Fortalecimento da cooperação econômica, política e social, aumento da influência geopolítica do bloco e mudanças no modelo de governança global, condenação a políticas restritivas ao comércio global, papel ativo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e criação de um Banco de Reservas Financeiras, maior uso de moedas locais nas transações do bloco, defesa do multilateralismo Vídeos em destaque : ABUELAS DE PLAZA DE MAYO :El nieto 140 es hijo de una pareja de Neuquén: "Están entre nosotros"- Este anuncio ocurre a seis meses de la identificación de la nieta 139. Estela de Carlotto se refirió al acontecimiento y destacó: "Para nosotros, y creo que para toda la Argentina, cuando vamos encontrando estos nietos robados, y sobre todo que hay una hermana que lo busca junto con nosotros, esto es el éxito que vamos teniendo”. https://www.lmneuquen.com/neuquen/el-nieto-140-es-hijo-una-pareja-secuestrada-cutral-co-neuquenn1198635 Terra de Areia e Dor - TERRA DE AREIA E DOR- Um filme dirigido pelo Mestre Ivan Terra, a partir de um conto de Evanise Bossle. Participe também do Movimento Somos 99%. Com sua ajuda, podemos enfrentar o maior problema do Brasil... https://99porcento.com.br Participe também do Movimento Somos 99%. Com sua ajuda, podemos enfrentar o maior problema do Brasil... https://99porcento.com.br Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD Um outro país está surgindo debaixo do nosso nariz e não nos damos conta. Vale a pena ver esses dois O QUE É SER BRASILEIRO: O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube O que é ser brasileiro , BAND NEWS, Tiganá Santana - O Que É Ser Brasileiro? #20 Tiganá Santana - YouTube - “Devemos retomar novas práticas de existência que não sejam europeias” – 'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-quepresidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-deanistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro 'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidariosbolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48 Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-dafaria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voceanistia-a-atos-antidemocraticos/ Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagembrasileira-1/ A brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48 Top 15 em investimento estrangeiro, Vietnã reinventa socialismo e consolida protagonismo global - LEIA MAIS em Diálogos do Sul Brasil está virando paraíso fiscal de data centers, alerta especialista sobre plano de Haddad - LEIA MAIS em Diálogos do Sul Rota da Seda define relações no século 21 e o Brasil está fora-Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo "A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg DEBATE PLURAL – RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube ESPAÇO PLURAL PORTO NÃO! ESPAÇO PLUIRAL – PORTO NÃO! Dia 7 julho 25 – Com Professores Carlos Paiva, ECONOMISTA, Antonio Filomena, oceanógrafo e Nance Nardi, bióloga - https://www.youtube.com/live/qTPcZ6zk03U?si=f7c2QsnqUcKZHjl3 (1248) ESPAÇO PLURAL - YouTube – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL - (1263) ESPAÇO PLURAL - YouTube DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_ Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-emduas-decadas Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U 'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-quepresidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-deanistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro 'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidariosbolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48 Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo - Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-dafaria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voceanistia-a-atos-antidemocraticos/ Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagembrasileira-1/ A brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48 Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube Quando os caixões vencem os berços – RED - https://red.org.br/noticias/uando-os-caixoes-vencem-os-bercos/ ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscitopopular-por-selvino-heck/ DEBATE PLURAL – RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL – YouTube ESPAÇO PLURAL Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_ Estudo identifica 142 empresários do agronegócio envolvidos em tentativa de golpe=De Olho na Política, De Olho no Agronegócio, Em destaque, Governo Bolsonaro, Multinacionais, Principal, Publicações, Últimas Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo "A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg CONEXÕES CULTURAIS – Adeli Sell e P.Timm em Encontro com Escritor : Rossyr Berny– 10 jul 25 - https://www.youtube.com/live/j-sipPHE8Cc xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxEu sou PAULO TIMM e registro os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e enviamos a todos os interessados. 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Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Martins é autor de uma vasta e diversificada obra que compreende mais de 40 livros e capítulos publicados no Brasil e no exterior. Três desses livros foram vencedores do prêmio Jabuti na categoria Ciências Humanas: Subúrbio (Editora Unesp), A Chegada do estranho (Hucitec Editora) e A aparição do demônio na fábrica (Editora 34). Curador do prêmio Jabuti Acadêmico e ex-reitor da Unicamp, Marcelo Knobel afirmou que a indicação é “um reconhecimento justo para quem tanto se dedicou e contribuiu para estudar a sociedade contemporânea brasileira”. Seu último livro, publicado pela Editora Unesp, Capitalismo e Escravidão na Sociedade Pós-Escravista, analisa o fenômeno da servidão contemporânea e sua importância dentro do sistema de produção capitalista, um tema ao qual o pesquisador dedicou boa parte de sua trajetória profissional. Durante 12 anos (1996 a 2007), Martins atuou como representante das Américas na Junta de Curadores do Fundo Voluntário da ONU contra as Formas Contemporâneas de Escravidão. Em 2002 coordenou voluntariamente uma comissão da Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça que elaborou o Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Escravo. Nesta entrevista para o Jornal da Unesp, Martins discute as linhas de pesquisa que têm orientado sua extensa produção acadêmica, que ele descreve como “conjunto complexo de linhas conexas de investigação sociológica”, além de analisar algumas das causas da persistência da escravidão na sociedade brasileira. *** O senhor recebeu o prêmio Personalidade Acadêmica no Prêmio Jabuti Acadêmico 2025 pelo conjunto da sua obra. Seus livros abordam uma diversidade grande de temas, como questões agrárias, imigração italiana, linchamentos no Brasil, escravidão moderna, história de São Paulo, entre outros. Existe um eixo principal que orientou esse seu percurso intelectual? José de Souza Martins: Existe um eixo, mas não apenas um eixo. Um eixo principal que vai do meu livro A Imigração e a Crise do Brasil Agrário, que é sobre a imigração italiana, mas que na verdade discute a formação do capitalismo no Brasil. O capitalismo no Brasil não é uma cópia do capitalismo de outros países. Fernando Henrique Cardoso, que foi meu professor, já havia chamado a atenção para isso na tese de doutorado dele Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional, e eu continuei investigando o tema. Contudo, à medida que a pesquisa andava, eu notei que haviam temas correlacionados mais abertos, que pediam uma investigação adicional. Então eu fui ampliando a pesquisa até esse livro mais recente, que é o Capitalismo e escravidão na sociedade pós-escravista, publicado pela Editora Unesp, em que praticamente eu fecho essa linha de análise da realidade brasileira. Durante esses meus estudos sempre surgem temas paralelos. Por exemplo, eu estava no campo durante pesquisa na região amazônica e começaram a surgir informações paralelas à pesquisa sobre linchamentos na região. Houve um episódio famoso em Matupá (MT), nos anos 90, quando dois ladrões assaltaram um banco numa pequena localidade do estado e foram bestialmente linchados e queimados vivos pela população local, tudo isso transmitido pela televisão. Então eu comecei uma linha adicional de pesquisa sobre linchamentos que durou 20 anos e resultou no meu livro Linchamentos: A justiça popular no Brasil. Ou seja, são temas correlatos, eles não estão separados. Ao mesmo tempo, eu desenvolvi uma linha de trabalho, também paralela, sobre Francisca Julia da Silva, uma grande poetisa paulista, que se matou em 1920. Apesar de ser uma poetisa conservadora, ela era uma romântica, e ainda assim acabou se tornando uma espécie de musa dos modernistas. Este é o tipo de contradição que me interessa. Minhas pesquisas todas estão baseadas nessas contradições, seja em que plano for. Essa é minha tese: o Brasil é uma sociedade do avesso. Isso aparece em alguns autores, como Guimarães Rosa e Walnice Galvão, e aparece também nos movimentos sociais. Minha obra é um conjunto complexo de linhas conexas de investigação sociológica e de explicação do que é o Brasil. O que você quer dizer com o Brasil, um país do avesso? José de Souza Martins: A dinâmica do Brasil é uma dinâmica oculta. Não é o que sai no jornal. Não é o que sai nas análises políticas. Nós estamos de cabeça para baixo. Tudo funciona do avesso. Nessa dinâmica, existe um protagonismo histórico das populações simples, dos desvalidos, dos marginalizados, dos excluídos. Eles fazem história indiretamente. Um dos meus livros, A sociabilidade do Homem Simples, é sobre isso. A Guerra de Canudos foi marcada por esse protagonismo do homem simples e a Guerra do Contestado também. Esse inclusive é o tema do meu próximo livro, que está quase pronto, pela Editora Unesp. Nós não nos explicamos pelo modelo europeu de história. Nós somos a antihistória. Nós somos a margem do mundo. Então nós nunca temos uma consciência política verdadeira, nunca sabemos exatamente o que está acontecendo, mas achamos que sabemos. Somos um país anômalo e anômico, ou seja, aquilo que funciona com regras invertidas. Essa realidade que nós estamos vivendo hoje no Brasil atualmente é escandalosamente isso. O avesso marginalizado não protagoniza as decisões da história do país. É claro que para poder entender isso que eu estou tentando dizer tem que ler os livros. O seu livro mais recente tem como título Capitalismo e Escravidão na Sociedade Pós-Escravista. O que é essa sociedade pós-escravista, exatamente, e por que a gente vê a perseverança da escravidão no Brasil ainda nos dias de hoje? José de Souza Martins: Porque nós não somos um país civilizado. Nós não somos um país capitalista. A gente acha que é, mas na verdade não somos. Nós temos um capitalismo que nunca chegou lá, nunca concluiu, nunca se fechou. É um capitalismo periférico, subdesenvolvido, que usa recursos précapitalistas para fazer acumulação de capital. É um capitalismo que depende, por exemplo, de grilagem de terra e de especulação imobiliária. Nós nunca chegamos a ser aquilo que foi o capitalismo inglês, o capitalismo alemão, o capitalismo francês, o capitalismo norte-americano. Nós somos sempre um aquém. Nós não chegamos lá. Nós temos escravidão até hoje no Brasil. Há uns três ou quatro anos tinha um sujeito vendendo dois escravos na feira do Pari, aqui na cidade de São Paulo. Isso é algo atual. Isso não é uma aberração. É uma contradição. Nós estamos vivendo um período pós-escravista legal aqui no Brasil. Estamos longe de 1888 e no entanto a escravidão ainda se reproduz. E por que o Brasil não se percebe do avesso? O Brasil se percebe uma grande economia capitalista, tanto que esses episódios que o senhor citou costumam causar reações de espanto na sociedade. José de Souza Martins: Porque as sociedades contemporâneas dependem de alienação para existirem. Você tem que acreditar que a sociedade é uma coisa que de fato ela não é. Isso ocorre também nos Estados Unidos, na Inglaterra ou na França. É a chamada alienação. E nós temos a nossa alienação. Nós achamos que somos o país mais interessante do mundo, ou o “país do futuro”, como disse o escritor Stefan Zweig. Nós não somos o Brasil do futuro, infelizmente. Nós não somos sequer o país do presente. Nós estamos sempre por chegar lá, mas a gente nunca chega. O pós-escravismo é isso: um capitalismo que não depende de criatividade empresarial e industrial. Ele depende de especulação financeira, da renda da terra, da especulação imobiliária, depende de grilagem de terra. Atualmente, nós temos no Brasil quase 30 milhões de hectares de grandes empreendimentos agrários em terras griladas. Terras que foram obtidas de forma criminosa. No fim das contas, o crime é que governa o Brasil. Nós vimos nos últimos dez ou vinte anos a sociedade brasileira dar uma forte guinada para a direita, se tornando mais conservadora. Isso foi visto por muitas pessoas como uma surpresa e surgiram várias tentativas para explicar essa guinada. Uma dessas explicações é internacionalista, e entende essa mudança como algo que ocorre em outros lugares do mundo e relacionado às novas tecnologias. Existe uma forma de entender esse movimento com base na própria história do país? José de Souza Martins: Sim. Nós nunca fomos um país de esquerda e a nossa esquerda sempre foi fragmentada, de classe média. Esse é um grande problema. Nós não temos uma esquerda operária clássica no Brasil. Existe o movimento de São Bernardo do Campo, mas não temos uma esquerda consolidada como você tem na Itália ou na França, por exemplo. Então, quando as contradições se agudizam, como se agudizaram nos últimos vinte ou trinta anos, é claro que vem para fora esse lado oculto. A ditadura militar nunca terminou no Brasil, esse é o primeiro detalhe. Essa gente que está aí, estava conspirando já antes da ditadura militar acabar. Bolsonaro é filho da ditadura e foi criado para cumprir o papel dele: desmantelar o sistema democrático no Brasil. Nós temos uma ilusão que somos de esquerda. Na verdade, nós queremos ser de esquerda, mas não sabemos ser de esquerda. Somos um país que temos marxistas que nunca leram a obra de Karl Marx, que é complicadíssima. O pensamento de Marx é um pensamento científico. O capitalismo não é para ser contra, é para ser superado. Você constroi alternativas ao capitalismo em cima da práxis política. A práxis é a contradição de repetição e inovação. Os movimentos populares que poderiam ser a expressão de uma inovação na práxis política são subestimados e combatidos, ao invés de serem devidamente interpretados. A universidade tem uma responsabilidade nisso. Ela tem que se ajustar e interpretar a realidade como ela é. Isso depende de método científico. Isso não depende de ideologia política. RIO GRANDE DO SUL – POA TORRES E REGIÃO https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres INTERESSE PÚBLICO Capas dos grandes jornais do centro do país. O GLOBOO ESPFSP – ZH – JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS - https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts O Assunto g1 dia Café da Manhã Podcast Folha Uol EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = TARIFAÇO = DEMOCRACIA X SOBERANIA O tarifaço jamais foi só sobre evitar a prisão de Jair Bolsonaro. É fruto da convergência dos interesses de grupos ideológicos, de empresários de tecnologia e dos anti-China. O Brics, o avanço do Brasil sobre as plataformas digitais e a pressão da ala mais radical da direita americana por socorrer seus aliados bolsonaristas levaram à medida. A meta: criar condições para que a eleição de 2026 no Brasil abra espaço para um governo alinhado aos interesses políticos e econômicos de Trump. – Jamil Chad, Colunista UOL dia 14 – In China, Bigtechs etc. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Formatado: Fonte: Itálico No auge da Legalidade, em 1961, China e Cuba ofereceram apoio a Brizola. Ele agradeceu. Dispensou. Obrou bem.. Brizola não era bobo. Se aceitasse a OFERTA de China e CUBA, estaria liquidado. Não existe AJUDA DE FORA. Estados não têm amigos, têm interesses. E sempre que um líder PEDE AJUDA EXTERNA , cai em desgraça. Ou perde o pescoço. LUIZ XVI, Rei da França, ficou lá no seu canto, na REVOLLUÇÃO de 1789. Em 1992 resolveu pedir AJUDA aos Reis do resto da Europa. Sifu. Foi pra guilhotina. O mesmo ocorreu agora com BOLSONARO. É traidor. Vai perder o pescoço , levando o TARCÍSIO com ele. Lula estava quase nas cordas. Renasceu. TRAIÇÃO é o único pecado para o qual não existe PERDÃO. Isso é velho como Matusalém... A questão não pode se reduzir , TAMBÉM, à disputa eleitoral interna, como parece que Lula está fazendo. É mais séria. Os EUA não impuseram tarifas absurdas sobre o Brasil. Deram um ULTIMATO de rendição da soberania do país, paralelo à imposição das elevadas tarifas como SANÇÃO. Não tem nada a ver com o Trump Tarifaço. Foi muito mais além. E isso não foi, nem por acaso, nem por um ímpulso irracional de Trump. Foi um MOVIMENTO que tem a ver com sua visão de respeito aos GRANDE BLOCOS de PODER, afirmando o Poder dos EUA sobre a AMÉRICA como um todo. Isso passa pela ANULAÇÃO do Brasil como POTENCIA INTERMEDIÁRIA com Política Externa Independente. O papel do Lula , neste caso, é o de CONDUZIR POLÍTICAMENTE a defesa do BRASIL em escala internacional: Conselho de Segurança da ONU, Parlamento Europeu, CELAC, Mercosul, OEA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB) DENUNCIA BOLSONARISTAS! "Como diplomata, estou acostumado a tomar muito cuidado com as palavras que pronuncio. A palavra é um meio de trabalho de um diplomata, e ele precisa ser prudente e moderado. Mas agora sairei desses constrangimentos e dizer algo muito duro. Trata-se de um caso claro de traição à pátria. Isso é traição à pátria por parte do senhor Bolsonaro e de sua família. Nada menos do que isso. É um crime contra o Brasil. Não conheço bem a legislação sobre essa área de segurança nacional, mas há previsões sobre essas hipóteses de um brasileiro trabalhar contra os interesses do Brasil. No caso, 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Boletim jornalístico da Cultural FM Torres e Brasil Progressista TV / BPRV

You Tube e Face Book – Dia 11 julho – Sextamos!!!

Assista, recomende, siga  www.culturalfm875.com

Um programa da CULTURAL FM  com o apoio cultural

MOVIMENTO TORRES ALÉM VERANEIO, empenhado na construção da CASA MUNICIPAL DE CULTURA DE TORRES

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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A previsão do tempo para sexta-feira é de Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com muitas nuvens. Temperatura entre

11°/ 16°

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Brasileiros 'invadem' perfil de Trump e dominam comentários: 'Deixe o Brasil em paz' . Tarifaço de Trump foi um 'tiro no pé', admite a oposição- Líderes de partidos chamaram reunião de emergência ainda ontem; eles admitem revés de imagem e racha na direita.

Agro e indústria dizem que sobretaxas de Trump são injustas e ameaçam empregos - CNI afirma que não há nenhuma justificativa econômica para uma taxa de 50% sobre exportações brasileiras e que, ao contrário do que diz Trump, o Brasil não tem superávit no comércio com os EUA. Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados emitem nota pífia e considerada pela Midia como “covarde”, sem condenar a interferência de Trump sobre a soberania brasileira.

Lei da Reciprocidade G1: entenda o texto citado por Lula para responder tarifaço de Trump - Lei brasileira, sancionada por Lula em abril, prevê contramedidas em casos de retaliações comerciais externas. Presidente Donald Trump anunciou tarifa de 50% aos produtos do Brasil


Trump anuncia tarifa de 35% sobre importações do Canadá; cartas já foram enviadas a 23 países -
O republicano começou a notificar líderes globais na segunda-feira (7). De forma geral, ele definiu taxas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 20% e 50%, a depender do país, com validade a partir de 1º de agosto.


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Josep Borrell, ex-vice-presidente

da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Dia Mundial da População, criado pela ONU em 1989 para comemorar a chegada dos cinco bilhões de pessoas no mundo em 1987. Hoje somos 8 bilhões. Em 2050 seremos 9,6 bilhões. O desenvolvimento não alcança toda essa população e o resultado tem sido a “favelização” do mundo, resultando em inúmeras guerras regionais e disseminação da violência nas grandes cidades.

RÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

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ABUELAS DE PLAZA DE MAYO :El nieto 140 es hijo de una pareja de Neuquén: "Están entre nosotros"- Este anuncio ocurre a seis meses de la identificación de la nieta 139. Estela de Carlotto se refirió al acontecimiento y destacó: "Para nosotros, y creo que para toda la Argentina, cuando vamos encontrando estos nietos robados, y sobre todo que hay una hermana que lo busca junto con nosotros, esto es el éxito que vamos teniendo”.

https://www.lmneuquen.com/neuquen/el-nieto-140-es-hijo-una-pareja-secuestrada-cutral-co-neuquen-n1198635

Participe também do Movimento Somos 99%. Com sua ajuda, podemos enfrentar o maior problema do Brasil... https://99porcento.com.br

Objetivos principais do BRICS , 39% da economia mundial – Fortalecimento da cooperação econômica, política e social, aumento da influência geopolítica do bloco e mudanças no modelo de governança global, condenação a políticas restritivas ao comércio global, papel ativo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e criação de um Banco de Reservas Financeiras, maior uso de moedas locais nas transações do bloco, defesa do multilateralismo

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente, baseada em fatos verdadeiros e defesa de princípios da Constituição e dos Direitos Humanos como fundamentos da democracia. A emissora que tem a    cultura em primeiro lugar e que se constitui como lugar de fala da comunidade torrense. Lugar de fala" é a posição em que cada um se coloca no mundo, intencionalmente, por escolha. Sem nenhum determinismo de nascimento, de raça, de gênero, de nacionalidade ou seja lá o que for.

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NOTÍCIAS  DO DIA – Cultural FM – Torres RS    2025

INTERNACIONAIS

Ataques de Israel matam mais 52 em Gaza e genocídio de palestinos já pode estar em 80 mil mortos, principalmente mulheres e crianças. O território de Gaza está completamente destruído e a população, com fome e sem assistência humanitária, compelida a ir para o sul, onde os planos- de limpeza étnica da região -  de Trump e Netanyahu são de forçá-los a “optar” pela emigração. O Plano de trégua por 60 dias, entretanto, está avançando, mas Israel resiste à exigência do Hamas de retirar suas tropas de Gaza. Hamas libertaria mais dez reféns.  O mundo assiste a tudo isso entre perplexo e impotente.

Catástrofe global nos espera em 2026, alerta físico- História de Stars Insider

Segundo o físico Heinz von Foerster, 2026 será um ano horrível para a humanidade. À medida que a população mundial continua a aumentar, juntamente com a insegurança alimentar, a urbanização, a desmatamento das florestas e as alterações climáticas, van Foerster prevê que 2026 será o ano em que estes fatores atingirão um ponto de ebulição. Como ele chegou a essa previsão e o que podemos fazer para evitar esse destino terrível?

Será o Juízo Final? Na galeria, saiba o que pode acontecer e como podemos potencialmente contribuir para salvar o mundo!

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NACIONAIS

O Jornal Nacional entrevistou o presidente Lula sobre as tarifas anunciadas por Donald Trump. Lula disse que o Brasil quer negociar, cobrou respeito às decisões brasileiras, admitiu responder com tarifas iguais se não houver acordo e negou que as críticas que fez aos Estados Unidos tenham motivado uma retaliação de Trump. A chantagem tarifária contra o Brasil ecoou no mundo todo. A imprensa internacional registrou o espanto com o ataque a empresas como punição pelo julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. O prêmio Nobel de Economia Paul Krugman descreveu a ação do presidente americano como perversa e megalomaníaca, classificando-o literalmente como “louco”.. Os americanos têm superávit nas relações comerciais dos dois países. A preocupação dos economistas e empresários com os efeitos sobre empregos, PIB e inflação.

Diante da pressão da indústria e do campo, setores influentes das forças de direita que atuam no país, e forte predominância nas Redes de postagens condenatória aos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou, nesta manhã, que poderá tentar negociar diretamente junto à Casa Branca. O Governador Tarcísio, depois de responsabilizar Lula pelo tarifaço de Trump, na tentativa de politizar a questão, voltou atrás e procura compatibilizar seu discurso ao dos empresários paulistas.

As reações:

Por Redação – de Brasília  Tarifas: Bolsonaro tenta consertar "besteira" que '02' fez nos EUA

O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) tem sido alvo de pesadas críticas do empresariado que sustenta sua presença na política brasileira, desde a edição das tarifas de 50% dos EUA contra os produtos brasileiros que, segundo analistas políticos, ocorreram praticamente “a pedido” do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ou o filho ’02’ como é conhecido, que se mudou para o Estado norte-americano da Flórida com a missão de pressionar o governo daquele a país a intervir no Judiciário brasileiro e tentar livrar o pai da cadeia. Um grande empresário do agronegócio, ouvido na manhã desta quinta-feira pela reportagem do Correio do Brasil, no entanto, afirma que “dessa vez, (Bolsonaro) foi longe demais” in CORREIO DO BRASIL = BSB/DF

 

Nelsinho Trad defende diplomacia e lidera resposta do Senado a tarifa de 50% dos EUA sobre exportações brasileiras - Senador articula missão parlamentar a Washington para preservar exportações do agronegócio nacional

Por Diplomacia Businessjulho 10, 2025 - Foto: Agência Senado

 

A Comissão de Relações Exteriores do Senado reagiu na quarta-feira (9) ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma tarifa adicional de 50% sobre todas as exportações brasileiras. Em carta enviada ao presidente Lula, Trump classificou o julgamento de Jair Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e vinculou diretamente o novo tarifaço a críticas contra o Judiciário e plataformas americanas. Também determinou a abertura de uma investigação contra o Brasil com base na Seção 301.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) afirma que o colegiado acompanha a pauta tarifária desde o início da atual gestão e reforçou o caminho da diplomacia parlamentar como resposta institucional. “São mais de 200 anos de relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos. Temos que buscar a pacificação desse entendimento para que o nosso comércio não seja prejudicado”, afirmou.

O presidente da CRE revelou ainda que o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA — atual responsável pela missão diplomática no Brasil — propôs a formação de uma comissão de parlamentares para ir a Washington em busca de diálogo direto com o Legislativo americano. A missão está prevista para setembro e tem o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Setores produtivos brasileiros demonstraram preocupação com a nova tarifa. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) alertou que a medida representa um entrave ao comércio internacional e pode comprometer o abastecimento e a segurança alimentar global. Mato Grosso do Sul, estado do senador Nelsinho Trad, encerrou 2024 com produção recorde de mais de 1 milhão de toneladas de carne bovina e foi um dos maiores exportadores do país. No primeiro semestre de 2025, o produto respondeu por 14,37% de todas as exportações do estado, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.

A comissão também conta com um grupo técnico interno voltado à agenda de exportações e defesa comercial. O objetivo, segundo Trad, é buscar saídas institucionais com equilíbrio, estratégia e responsabilidade.

Fonte: Assessoria do Senador Nelsinho Trad- Nelsinho Trad defende diplomacia e lidera resposta do Senado a tarifa de 50% dos EUA sobre exportações brasileiras - Diplomacia Business

 

Há uma tentativa de golpe, e de novo com o apoio dos EUA

Por Jamil Chade, de Nova York =https://noticias.uol.com.br/.../ha-uma-tentativa-de-golpe...

A carta de 9 de julho de 2025 entrará para a história política e diplomática do Brasil. Trata-se de uma prova contundente de um processo de golpe com o envolvimento de uma potência estrangeira.

Já vimos esse filme antes. Mas na versão anterior, ele era em branco e preto e os documentos apenas surgiram décadas depois.

Agora, temos as provas de forma instantânea, assinadas e orgulhosamente apresentadas por seus autores nas redes sociais.

Ao justificar seus argumentos para abalar a economia brasileira, Donald Trump argumentou que precisava ver acontecer no Brasil um processo de estupro da democracia.

Questionou uma eleição livre e transparente, e pediu anistia para um grupo acusado de crimes contra o estado de direito.

Em outras palavras, anunciou que existe uma operação para abalar uma república soberana, suas instituições e sua independência.

Como um mafioso, o gesto é calculado para fazer dano e o impacto sem dúvida promete ser profundo. As tarifas ameaçam alguns dos elementos que uma sociedade em desenvolvimento mais precisa: empregos e crescimento econômico

Trump colocou um preço para a democracia...incapaz de entender que nem todos estamos à venda.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2025/07/09/ha-uma-tentativa-de-golpe-e-de-novo-com-o-apoio-dos-eua.htm?cmpid=copiaecola

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 O Prêmio da Conciliação: BRICS, Desdolarização e a Retaliação Americana. Por Heldo Siqueira. Os Estados Unidos anunciaram ontem uma taxa de 50% sobre as importações brasileiras, um dia após a cúpula dos BRICS realizada no Brasil… - https://x.com/brasil_paraiso/status/1943299278039843008?s=48

Obrigado, Trump!

247 – Em artigo publicado nesta quinta-feira 10 no Estado de S. Paulo, o jornalista William Waack analisou as graves consequências da ofensiva política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. Segundo Waack, o ataque não tem precedentes históricos e deverá atingir em cheio a direita bolsonarista, que ainda se identifica com o líder norte-americano. “A direita brasileira identificada com Trump vai sofrer graves danos eleitorais”, escreveu.- Waack prevê graves danos para a direita bolsonarista após a agressão de Trump

Finalmente, os vassalos conseguiram o posto máximo na hierarquia dos ‘lacaios do imperialismo norte-americano’, com a ameaça do presidente Donald Trump de taxar em 50% os produtos brasileiros.

É inacreditável a reação positiva dos seguidores do lesa-pátria nas redes sociais. Os influenciados comemoram o desemprego de milhões de trabalhadores brasileiros, como os do Vale do Aço, em Minas Gerais, por exemplo.

A taxação prejudica a exportação de café e petróleo, além de impactar a indústria e o agronegócio. O estado de São Paulo seria uma das unidades federativas mais prejudicadas; mesmo assim, o oportunista governador Tarcísio tenta lacrar com o grupo de eleitores manipulados e úteis.

Incomodado com o avanço do BRICS e o possível enfraquecimento do dólar na economia global, o chefe da Casa Branca usou o espectro sombrio de Bolsonaro como pano de fundo para atacar o bloco.

O réu inelegível e covarde aproveita-se da carta de Trump como troféu, para reverter a situação e colocar na conta de Lula e Moraes a responsabilidade pelas bravatas de Trump.

Os criminosos golpistas que atentaram contra a democracia e o Estado Democrático de Direito veem em Trump a última instância para a anistia; por isso, querem coagir o Judiciário. O Brasil é soberano e não uma colônia subserviente, como querem e insistem os ‘Josés Silvério’.

Tarcísio toma partido de Trump contra o Brasil

Obrigado, Trump! - Brasil247·9h - Pablo Yuri Raiol Santana

Do Golpe de 1964 à Lava Jato, e da Lava Jato ao ‘Taxanaro’ de 50%: A Saga das Ingerências do Império em Agonia.

É de pasmar a obstinação com que o Império em decomposição teima em intervir nos rumos do Brasil e do resto do mundo, agem como um velho bêbado que, mesmo cambaleante, insiste em ditar as regras do baile. Começou bem antes, mas o marco dessa ingerência no Brasil em 1964, com um golpe orquestrado a partir de Washington, passou pela Lava Jato — operação que, sob o verniz de combate à corrupção, serviu como cavalo de Troia para desestabilizar a soberania nacional — e destruir a economia e a engenharia brasileira agora desemboca nessa pérola de absurdidade: um 'Ditador yankee', Donald TrumpNero (aquele adolescente ricaço mimado que adora incendiar parquinhos alheios), a sugerir, em pleno delírio presidencial, um imposto de 50% sobre o Brasil. A Taxanaro. Sem.embasamento econômico, apenas ideologicamente fascista.

Não bastasse a grotesca hipocrisia de um país que há décadas espalha caos pelo mundo — e cuja dívida pública beira o abismo — agora quer nos taxar como se fôssemos sua colônia de férias. É o auge da decadência: quando o Império já não consegue competir no mercado das ideias, apela para o extorsão descarada.

Lula, um estadista é claro, em sua nota reagiu como deve ser. Afinal, não há paciência que resista a tanta ignomínia. Mas o que chama atenção é o desespero por trás dessa manobra. Os EUA, outrora capazes de reerguer-se com os truques reaganianos dos anos 1980, hoje são um gigante com pés de barro, sem margem para reverter seu declínio. A Taxanaro tem uma via dupla, medo dos BRICS e apoio ideológico ao genocida Bozolino. A única saída que lhes resta é aumentar o tom das ameaças, como um bully envelhecido que, sem força para brigar, grita obscenidades da varanda.

E assim caminha a desumanidade: enquanto o Sul global avança, ainda que a duras penas, o Norte apodrecido se apega a truques sujos, cada vez mais ridículos, menos ardilosos e mais nojentos. Resta saber quanto tempo levará até que o mundo perceba que o rei está nu — e, pior, que ele usa uma peruca de Trump.

Se os EUA querem mesmo taxar alguém, que comecem por taxar a própria arrogância. Talvez salvaria o próprio país da dívida gigantesca e quem sabe salvaria-os do próprio destino decadente, assim quem sabe ainda sobre dinheiro para pagar a terapia coletiva de que tanto precisam. Yankees no divã 

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CULTURAL FM Torres RS informa OPINIÕES  www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti = DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quinta-feira, 10 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Coisa de mafiosos - O Estado de S. Paulo = Que o Brasil não se vergue diante dos arreganhos de Trump. E que aqueles que são verdadeiramente brasileiros não se permitam ser sabujos de um presidente americano que envergonha a democracia

CONTINUAR LEITURA

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Abusos autoritários - Merval Pereira - O Globo  - Trump quer impor sua pós-verdade, ao mundo e acusa o governo brasileiro de promover perseguição a Bolsonaro e a sua família por razões políticas - CONTINUAR LEITURA

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Tiro contra Brasil atingirá a direita - Míriam Leitão  - O Globo  = Se as tarifas subirem para 50% em agosto, a economia brasileira sofrerá. E o grupo bolsonarista será o responsável pelos estragos   -, CONTINUAR LEITURA

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2026 com cara de 2006 - Paulo Celso Pereira* - O Globo  Lula começa a encarnar o defensor dos eleitores de classes média e baixa, como fez em 2006   CONTINUAR LEITURA

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Trump escala estresse com Lula e anuncia tarifaço de 50% ao nosso comércio - Luiz Carlos AzedoCorreio Braziliense  -  O Brasil estava fora da linha de fricção dos EUA com países que sempre foram seus aliados, como México e Canadá. Agora, o jogo mudou: Trump meteu a colher na política brasileira    CONTINUAR LEITURA

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Quando a ideologia supera a razão econômica - Dani Rodrik*  - Valor Econômico  O ‘belo e grande’ plano fiscal de Trump subverteu o pensamento convencional de que as decisões políticas tendem a se concentrar nos custos e benefícios econômicos = CONTINUAR LEITURA

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Tarcísio intensifica apoio a Bolsonaro e endossa pauta de anistia e críticas ao STF 0 Cristiane Agostine e Lilian Venturini / Valor Econômico   -  Governador reforça apoio e declarações de lealdade a Bolsonaro  CONTINUAR LEITURA

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Itamaraty devolve carta de Trump à embaixada americana, classificando-a como 'ofensiva' - Andrea Jubé / Valor Econômico  = O Ministério das Relações Exteriores devolveu a carta à representação americana, por considerar o documento ofensivo e com erros factuais, disse uma fonte diplomática a par do assunto   CONTINUAR LEITURA

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Krugman diz que tarifa de Trump sobre o Brasil é “maligna e megalomaníaca” = Por Lucas de Vitta / Valor Econômico  - Para Nobel de Economia em 2008, presidente americano nem sequer faz questão de dar justificativa comercial na carta enviada ao governo brasileiro

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Uma ética escalafobética - Eugênio Bucci  - O Estado de S. Paulo  = Hoje, tiranos e ladravazes, desde que vencedores, não são mais objeto de repúdio, mas de adoração

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Jogos de azar, moeda de dor e sofrimento - José Serra  -  O Estado de S. Paulo  - Sem ação firme e coordenada, as apostas continuarão transformando promessas vazias em tragédias reais    CONTINUAR LEITURA

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O império ataca o Brasil - Celso Ming   O Estado de S. Paulo   Foi, sim, uma bomba, mas é preciso entender melhor a sua motivação. Essa supertaxação de 50% de todas as exportações do Brasil aos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto, anunciada nesta quarta-feira pelo presidente Donald Trump, não tem motivação comercial e, se tiver alguma motivação econômica, não parece relevante.

É uma clara punição, que tem intenção de produzir grave impacto sobre os interesses do Brasil, mas com efeitos práticos pouco claros.

O comunicado do presidente Trump acusa o governo brasileiro de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro e de impedir sua candidatura a qualquer cargo político. Desde já, fica incompreensível que uma divergência política, ainda que séria, possa ser combatida eficazmente com megaimpostos alfandegários. É a primeira vez que se tem notícia de que um processo em andamento no Supremo deva ser combatido com um tarifaço comercial.  CONTINUAR LEITURA

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Prepotência burra - William Waack   -  O Estado de S. Paulo   O ataque de Donald Trump ao Brasil não tem paralelos históricos. Trata-se sobretudo de uma agressão política, cujos termos são por definição inegociáveis. Trump age com a prepotência de quem, de fato, escolheu dividir o mundo em esferas onde os fortões fazem o que querem, e os fracos – como o Brasil – que se virem.    CONTINUAR LEITURA

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A culpa do tarifaço é dos Bolsonaros - Thiago Amparo   -  Folha de S. Paulo   Em algum lugar da Flórida, a nata bolsonarista abre agora um espumante gargalhando

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Não deu certo tentativa de afrouxar a LRF – Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo  - Disputa amplificou o debate sobre contas públicas de uma forma que não acontecia antes, mesmo em meio à polarização   CONTINUAR LEITURA

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Qual é a sua ditadura favorita? – Ruy Castro  - Folha de S. Paulo    A do STF prevê até dois anos de idas e vindas no tribunal. A dos militares era rápida, só tinha as idas a um porão

Psiquiatras fazem uma festa quando, mesmo que em camisa de força e acorrentado, um bolsonarista lhes cai às mãos. O bolsonarista típico —todo bolsonarista é típico— é portador de uma antologia de transtornos de personalidade, incluindo delírios (crenças falsas e fixas sem base na realidade), alucinações (a sensação de ele ou um dos seus estar sendo perseguido) e grave confusão mental (dificuldade em organizar os pensamentos, resultando em falas confusas ou desconexas). Um dos problemas do bolsonarista está no conceito de ditadura.CONTINUAR LEITURA

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O Supremo conciliador - Maria Hermínia Tavares   -- Folha de S. Paulo   - STF tem ido além do seu papel de baluarte da Constituição e, com frequência, tem atuado na mediação e conciliação   CONTINUAR LEITURA

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As eleições do PT - Emanuel Freitas da Silva*  -  O Povo (CE)  No Brasil, esse é o quadro partidário geral. Muitos presidentes, caciques, acordos tudo a portas fechadas, ou dentro do núcleo diretor. Quem detém poder eleitoral tende a dar as cartas no interior do partido

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Lula não é um Trump com os sinais trocados - Regina Ribeiro*  -  O Povo (CE)  É importante que se diga que, mesmo que Lula esteja equivocado em muitas coisas, ele não é um iliberal que atenta contra as instituições e que despreza os ritos democráticos  CONTINUAR LEITURA

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RIO GRANDE DO SUL – POA

Criança que caiu de Cânion Fortaleza, no RS, é encontrada morta após 10 horas

 

JORNAL MATINAL POA/ RS11 de julho de 2025
Edição reduzida, fechada às 7h. Assine para receber mais cedo a versão completa

Opa! É sexta-feira. A repórter Valentina Bressan mostra que a prefeitura de Porto Alegre foi intimada pela Justiça a dar transparência sobre os conselhos municipais, que não contam com informações organizadas e acessíveis.

Reportagem de Tiago Medina fala sobre o parecer técnico pedindo a suspensão da revisão do Plano Diretor da capital.

Juremir Machado escreve sobre a tarifa de Trump e a tentativa de intervir no Brasil.

Ricardo Romanoff conversa com a turma do Favelinha na Estrada, que promove batalha de funk e traz seu espetáculo para a capital.

Na Tudo é Gênero, que chega logo mais na caixa de entrada dos assinantes dos planos Completo ou Comunidade, Marcela Donini fala sobre a última tentativa de censura da turma do Escola Sem Partido. O texto principal já está no ar. E no sábado, também exclusivo para nossos assinantes, uma nova edição da revista Parêntese com a crônica Cores e Valores, do escritor José Falero, um ensaio fotográfico de Eduardo Vieira da Cunha e a reportagem de Marina Terres sobre o Dopinho, um dos centros de tortura que operaram em Porto Alegre durante a ditadura militar. Considere fazer uma assinatura da Matinal para receber tudo isso e muito mais.

 

 

TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Criança cai do Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul - Vítima já foi localizada

Prefeitura de Torres realiza mutirão de exames laboratoriais buscando avançar na redução de filas - Ações foram realizadas nas ESFs São Jorge e São Brás, e mutirões do tipo estão previstos para ocorrer em todas as unidades de saúde municipais (FONTE - Prefeitura de Torres)

Grave acidente em Arroio do Sal: carro invade academia e deixa cinco feridos = Na manhã desta quinta-feira (10), por volta das 8h30, um grave acidente mobilizou equipes de resgate no balneário de Rondinha, em Arroio do Sal.

Senac Torres com inscrições abertas para o curso de Inglês para Viagens - As aulas iniciam dia 21 de Agosto e ocorrerão nas Quintas-feiras, das 19:00 às 22H. (FONTE - Senac Torres)

 

Literatura : PLANANDO NAS ALTURAS – Por Solange Carlos Borges, de Torres

Costumava chegar em casa à noite, depois de cinco períodos de aula no Jorge Lacerda, ouvir música e beber um cálice de vinho. para relaxar. Muitas vezes dançava suavemente ouvindo música. Música sempre me transporta, me possui. Talvez até a um estado alterado de consciência.

Neste clima, só eu e a música, me senti uma águia planando acima de planícies e vales. Por muito tempo fiquei entre o Céu e a Terra, apenas vendo, vazia de pensamentos.

A música parou e a águia sumiu na montanha. Voltei para o mundo real pensando onde estaria a águia.

Dezembro/011

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Capas dos grandes jornais do centro do país e POA

O GLOBO – Governo mira patentes e bens culturais em reação “pontual” à tarifaço de Trump. Lula diz que vai recorrer à OMC , mas avalia retaliar em cima de filmes e medicamentos

O ESP – Brasil adia resposta a tarifaço e avalia quebrar patentes de remédios. Planalto decide esperar; lei prevê suspensão de propriedade industrial

FSP – Lula diz que falará com Trump e promete que retaliará focada se falhar. Editorial: Chantagem rasteira de Trump não passará. Crer que intimidação fará um judiciário independente deixar de processar Bolsonaro é devaneio autoritário.

ZH  - Publicidade

JORNAL DO COMÉRCIO POA- Centros de inovação e startups levam avanços ao interior do Rio Grande do Sul

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O Assunto g1 dia - A reação à chantagem de Trump com o Brasil 

A reação à chantagem de Trump com o Brasil - O Assunto #1508 | O Assunto | G1

O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (10) querer negociar com Donald Trump, mas pediu respeito às decisões brasileiras. Lula disse que, caso não haja acordo com o governo americano, o Brasil vai responder com tarifais iguais às anunciadas por Trump contra todos os produtos brasileiros. Um dia antes, o presidente americano anunciou que vai impor tarifas de 50% ao Brasil a partir de 1° de agosto.

Além da reação do governo brasileiro, a quinta-feira foi marcada por críticas a Trump. A imprensa internacional destacou o uso das tarifas para chantagear o Brasil. O economista Paul Krugman, vencedor do Nobel de economia de 2008, classificou a decisão como “maléfica e megalomaníaca”. Para alguns empresários, as tarifas de 50% podem inviabilizar os negócios do Brasil com os EUA.

Neste episódio, Julia Duailibi recebe o diplomata Roberto Abdenur, que atuou por 45 anos no serviço diplomático brasileiro e foi embaixador em Washington, Pequim e em Berlim. Conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Abdenur classifica o momento como “o mais grave da relação” entre EUA e Brasil. Ele avalia as possibilidades de resposta econômica e diplomática que o governo brasileiro pode dar a Trump.

Depois, a conversa é com o cientista político Guilherme Casarões. Professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita, Casarões analisa a resposta dada pelo governo Lula até aqui. E explica de que forma a interferência do presidente dos EUA em um processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro no Brasil integra a estratégia global da extrema-direita.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação nesta semana: Julia Duailibi.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: As reações brasileiras à tarifa de Trump - Folha - 11/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast discute reações brasileiras à tarifa de Trump na economia e na política. Governo fala em desrespeito à soberania e aposta em desgaste para bolsonarismo; aliados do ex-presidente tentam colar tarifa em Moraes 

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Editorial  Cultural FM Torres RS -  www.culturalfm875.com

O TRANCO QUE DESTRAVOU LULA

Henri Kissinger diz, em uma de suas inumeráveis obras, que os líderes operam, em suas épocas e lugares, como corolário de um conjunto de circunstâncias que os antecedem e circunscrevem, mas sem dizer, jamais, “como” fazê-lo. Às vezes é um acidente de percurso, como os famosos “acontecimentos” a que se refere o filósofo E. Kant, outras vezes um “insight” , outras, o resultado de ações externas. ‘A vida como ela é’... É o que está acontecendo com Lula, preso num parlamentarismo de ocasião, de maioria conservadora,  que lhe tolhe a capacidade de execução orçamentária, levando-o às cordas, com a perda crescente de popularidade. Duas coisas, sucessivas, porém,  lhe acontecem, virando o curso de seu Governo: 1º.  O açodamento do Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, máscara  de riquinho saído das telas de algum filme sobre nazismo, ao suspender o Decreto do IOF, que deu a Lula o mote do “nós contra eles” ; 2º. A Carta do destrambelhado Presidente Trump, em defesa de Bolsonaro, com a cobrança da sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos. Com a primeira, Lula reverteu seu rumo; com a segunda levantou vôo. Volta a ter grandes possibilidades de vitória se for candidato ano que vem.  É, enfim, um homem, além de talentoso,  de sorte...

Eis por exemplo como o insuspeito O ESTADO DE SÃO PAULO  definiu o tarifaço, num coro, aliás de toda a grande imprensa: COISA DE MAFIOSOS - Editorial do ESP – O  Estadão, 10.07.25

     “O presidente americano, Donald Trump, enviou carta ao presidente Lula da Silva para informar que pretende impor tarifa de 50% para todos os produtos brasileiros exportados para os EUA.

     Da confusão de exclamações, frases desconexas e argumentos esquizofrênicos na mensagem, depreende-se que Trump decidiu castigar o Brasil em razão dos processos movidos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado e também por causa de ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas que administram redes sociais tidas pelo STF como abrigos de golpistas.

     Trump, ademais, alega que o Brasil tem superávit comercial com os EUA e, portanto, prejudica os interesses americanos.

Não há outra conclusão a se tirar dessa mixórdia: trata-se de coisa de mafiosos. Trump usa a ameaça de impor tarifas comerciais ao Brasil para obrigar o País a se render a suas absurdas exigências.

     Antes de mais nada, os EUA têm um robusto superávit comercial com o Brasil. Ou seja, Trump mentiu descaradamente na carta para justificar a medida drástica.

     Ademais, Trump pretende interferir diretamente nas decisões do Judiciário brasileiro, sobre o qual o governo federal, destinatário das ameaças, não tem nenhum poder.

     Talvez o presidente dos EUA, que está sendo bem-sucedido no desmonte dos freios e contrapesos da república americana, imagine que no Brasil o presidente também possa fazer o que bem entende em relação a processos judiciais.

     Ao exigir que o governo brasileiro atue para interromper as ações contra Jair Bolsonaro, usando para isso a ameaça de retaliações comerciais gravíssimas, Trump imiscui-se de forma ultrajante em assuntos internos do Brasil.

     É verdade que Trump não tem o menor respeito pelas liturgias e rituais das relações entre Estados, mas mesmo para seus padrões a carta endereçada ao governo brasileiro passou de todos os limites.

     A reação inicial de Lula foi correta. Em postagem nas redes sociais, o presidente lembrou que o Brasil é um país soberano, que os Poderes são independentes e que os processos contra os golpistas são de inteira responsabilidade do Judiciário. E, também corretamente, informou que qualquer elevação de tarifa por parte dos EUA será seguida de elevação de tarifa brasileira, conforme o princípio da reciprocidade.

     Esse espantoso episódio serve para demonstrar, como se ainda houvesse alguma dúvida, o caráter absolutamente daninho do trumpismo e, por tabela, do bolsonarismo.

     Para esses movimentos, os interesses dos EUA e do Brasil são confundidos com os interesses particulares de Trump e de Bolsonaro.

     Não se trata de “América em primeiro lugar” nem de “Brasil acima de tudo”, e sim dos caprichos e das ambições pessoais desses irresponsáveis.

     Diante disso, é absolutamente deplorável que ainda haja no Brasil quem defenda Trump, como recentemente fez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que vestiu o boné do movimento de Trump, o Maga (Make America Great Again), e cumprimentou o presidente americano depois que este fez suas primeiras ameaças ao Brasil por causa do julgamento de Bolsonaro.

    Vestir o boné de Trump, hoje, significa alinhar-se a um troglodita que pode causar imensos danos à economia brasileira.

     Caso Trump leve adiante sua ameaça, Tarcísio e outros políticos embevecidos com o presidente americano terão dificuldade para se explicar com os setores produtivos afetados.

     Eis aí o mal que faz ao Brasil um irresponsável como Bolsonaro, com a ajuda de todos os que lhe dão sustentação política com vista a herdar seu patrimônio eleitoral.

     Pode até ser que Trump não leve adiante suas ameaças, como tem feito com outros países, e que tudo não passe de encenação, como lhe é característico, mas o caso serve para confirmar a natureza destrutiva desses dejetos da democracia.

     Que o Brasil não se vergue diante dos arreganhos de Trump, de Bolsonaro e de seus associados liberticidas.

     E que aqueles que são verdadeiramente brasileiros, seja qual for o partido em que militam, não se permitam ser sabujos de um presidente americano que envergonha os ideais da democracia.”

 

CULTURAL FM Torres RS informa OPINIÕES  www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti = DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quinta-feira, 10 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Coisa de mafiosos - O Estado de S. Paulo = Que o Brasil não se vergue diante dos arreganhos de Trump. E que aqueles que são verdadeiramente brasileiros não se permitam ser sabujos de um presidente americano que envergonha a democracia

O presidente americano, Donald Trump, enviou carta ao presidente Lula da Silva para informar que pretende impor tarifa de 50% para todos os produtos brasileiros exportados para os EUA. Da confusão de exclamações, frases desconexas e argumentos esquizofrênicos na mensagem, depreende-se que Trump decidiu castigar o Brasil em razão dos processos movidos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado e também por causa de ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas que administram redes sociais tidas pelo STF como abrigos de golpistas. Trump, ademais, alega que o Brasil tem superávit comercial com os EUA e, portanto, prejudica os interesses americanos.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:52:00 Nenhum comentário:  

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Abusos autoritários - Merval Pereira - O Globo  - Trump quer impor sua pós-verdade, ao mundo e acusa o governo brasileiro de promover perseguição a Bolsonaro e a sua família por razões políticas

Se fosse um político americano, Jair Bolsonaro poderia disputar as eleições presidenciais mesmo tendo sido condenado e governar de dentro da cadeia. Como Bolsonaro não é americano, não poderá nem disputar a campanha presidencial do ano que vem, muito menos governar tendo sido condenado. Foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político, pois usou as dependências de um palácio presidencial para divulgar mentiras sobre as urnas eletrônicas, mandando a televisão estatal transmitir a reunião com embaixadores estrangeiros em que fez tais acusações.

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Tiro contra Brasil atingirá a direita - Míriam Leitão  - O Globo  = Se as tarifas subirem para 50% em agosto, a economia brasileira sofrerá. E o grupo bolsonarista será o responsável pelos estragos

Um olhar sobre a balança bilateral mostra que, do ponto de vista comercial, a artilharia tarifária de Donald Trump contra o Brasil nos prejudica, mas a eles também. Metais podem vir a pagar 100% para entrar nos Estados Unidos se as tarifas se somarem. O Brasil perderá empregos e atividade econômica, mas os EUA terão encarecimento de produtos. Há um comércio intrafirmas, de multinacionais americanas instaladas aqui que exportam para suas matrizes. Do ponto de vista político, é evidente que a maior prejudicada é a direita, grupo que Trump pretendeu favorecer.

O anúncio de que, para defender Jair Bolsonaro e proteger as grandes empresas de tecnologia, ele abriria guerra comercial contra o Brasil é bizarro. Se as tarifas de fato subirem em 1º de agosto para 50%, a economia brasileira sofrerá. O grupo bolsonarista será o responsável pelos estragos. Eles pediram, em gestão junto ao governo americano, que punisse o Brasil. Venderam a falsa perseguição política a Bolsonaro, restrição da liberdade e da democracia. Eles pediram o ataque americano.

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2026 com cara de 2006 - Paulo Celso Pereira* - O Globo  Lula começa a encarnar o defensor dos eleitores de classes média e baixa, como fez em 2006

Exatamente há 20 anos, Lula estava mergulhado na mais grave crise de seu primeiro mandato. O mensalão havia sido denunciado por Roberto Jefferson em meados de junho. O mês de julho começava com dirigentes do PT afastados e novas revelações sobre o operador Marcos Valério. Inicialmente, Lula tentou minimizar a crise, afirmando que o PT repetira o que sistematicamente era feito no Brasil. Dias depois, tirou a cabeça d’água e sentenciou:

— Não vai ser a elite brasileira que vai me fazer baixar a cabeça.

Lula sangrou, se recuperou e venceu a eleição de 2006. O “nós contra eles” foi uma das marcas de seu governo após o mensalão, a ponto de, em 2010, ele pregar que o DEM, à época o mais aguerrido partido de oposição, fosse “extirpado” da política brasileira. A volta do petista ao poder em 2022 envolveu uma guinada de discurso, proporcionada pelo radicalismo bolsonarista. Lula buscou apoio de ex-tucanos e navegou na promessa de conciliação nacional e defesa da democracia. Com Bolsonaro inelegível e centenas de golpistas condenados, essa agenda já não tem o mesmo apelo.

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Trump escala estresse com Lula e anuncia tarifaço de 50% ao nosso comércio - Luiz Carlos AzedoCorreio Braziliense  -  O Brasil estava fora da linha de fricção dos EUA com países que sempre foram seus aliados, como México e Canadá. Agora, o jogo mudou: Trump meteu a colher na política brasileira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escalou seu estresse político e diplomático com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que exigem mais responsabilidades das redes sociais e da atuação do Brasil no Brics — que se reuniu no fim de semana no Rio de Janeiro, sob a presidência do Brasil. Em decisão inédita em relação ao comércio entre os dois países, ontem, mandou uma carta desaforada ao chefe do Planalto, na qual anunciou um aumento de 50% nas tarifas cobradas sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto.

Antes de a carta ser encaminhada, a embaixada dos EUA no Brasil já havia emitido uma nota manifestando defesa e apoio a Bolsonaro e sua família diante das recentes investigações e seu julgamento pelo Supremo. A declaração teve muita repercussão e aumentou a tensão diplomática entre as duas nações. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre as críticas à Suprema Corte e manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Quando a ideologia supera a razão econômica - Dani Rodrik*  - Valor Econômico  O ‘belo e grande’ plano fiscal de Trump subverteu o pensamento convencional de que as decisões políticas tendem a se concentrar nos custos e benefícios econômicos

Entre os desastres do “grande e belo projeto de lei” fiscal de Donald Trump, há um que é particularmente doloroso para os economistas políticos. O projeto de lei elimina radicalmente os subsídios para as fontes de energia limpa adotados durante o governo do presidente Joe Biden há três anos. Muitos consideravam esses subsídios imunes a mudanças de presidentes, uma vez que eles criaram novos empregos e oportunidades de lucro para empresas em Estados “vermelhos”, como são conhecidos os que costumam votar mais no Partido Republicano. Por mais alérgico que o Partido Republicano controlado por Trump seja às políticas verdes, a legenda não ousaria tirar esses benefícios, dizia o pensamento convencional. Só que ousou.

Onde o pensamento convencional errou? Acadêmicos que estudam como as decisões políticas são feitas tendem a concentrar-se nos custos e benefícios econômicos. Pela lógica deles, leis que criam ganhos materiais para grupos organizados, bem relacionados, à custa de perdas difusas para o resto da sociedade têm mais chances de aprovação. Muitos elementos do projeto de lei de Trump, de fato, podem ser bem explicados por esse ponto de vista: em particular, o projeto engendra uma dramática transferência de renda para os mais ricos, à custa dos mais pobres.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:16:00 Nenhum comentário:  

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Tarcísio intensifica apoio a Bolsonaro e endossa pauta de anistia e críticas ao STF 0 Cristiane Agostine e Lilian Venturini / Valor Econômico   -  Governador reforça apoio e declarações de lealdade a Bolsonaro

Cotado como possível candidato da direita à Presidência em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou neste ano as declarações de lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os gestos para atrair bolsonaristas. Além da participação assídua em atos pró-Bolsonaro, Tarcísio tem usado suas redes sociais para defender a proposta de anistia ao ex-presidente e endossar as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Judiciário brasileiro. Nas redes sociais do governador, o número de publicações com elogios a Bolsonaro até essa quarta-feira (9) é cinco vezes maior do que as feitas em 2023 e mais do que o dobro de 2024, nesse mesmo período, de janeiro até 9 de julho.

Tarcísio, no entanto, não se manifestou até o fechamento desta edição sobre o anúncio de Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:06:00 Nenhum comentário:  

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Itamaraty devolve carta de Trump à embaixada americana, classificando-a como 'ofensiva' - Andrea Jubé / Valor Econômico  = O Ministério das Relações Exteriores devolveu a carta à representação americana, por considerar o documento ofensivo e com erros factuais, disse uma fonte diplomática a par do assunto

Depois da resposta institucional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à carta pública do presidente Donald Trump, o Ministério das Relações Exteriores convocou, pela segunda vez, o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, desta vez, para explicar o comunicado que anunciou tarifa de 50% na relação comercial entre os dois países.

Nesse encontro, o Itamaraty devolveu a carta à representação americana, por considerar o documento ofensivo e com erros factuais, conforme relato de uma fonte diplomática a par do assunto ao Valor.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:55:00 Nenhum comentário:  

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Krugman diz que tarifa de Trump sobre o Brasil é “maligna e megalomaníaca” = Por Lucas de Vitta / Valor Econômico  - Para Nobel de Economia em 2008, presidente americano nem sequer faz questão de dar justificativa comercial na carta enviada ao governo brasileiro

O economista americano Paul Krugman fez nesta quarta-feira (09) duras críticas à tarifa de 50% imposta ao Brasil por Donald Trump. Para o vencedor do Nobel de Economia em 2008, a notificação comercial enviada pelo presidente americano nem sequer faz questão de dar justificativas econômicas à alíquota. Trata-se, apenas, de “punir o Brasil por levar Jair Bolsonaro a julgamento”.

Crítico de longa data do republicano, Krugman considerou que a carta é “megalomaníaca e maligna”. Embora ressalte que esta não é a primeira vez que o governo americano usa o sistema de comércio global com objetivos políticos, ele afirma que a carta do republicano inaugura um novo capítulo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:42:00 Nenhum comentário:  

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Uma ética escalafobética - Eugênio Bucci  - O Estado de S. Paulo  = Hoje, tiranos e ladravazes, desde que vencedores, não são mais objeto de repúdio, mas de adoração

A confiança virou pó. Não se pode acreditar em mais ninguém. A boa-fé não existe, a não ser como fachada. A honestidade se reduz a uma reles desculpa para o fracassado: é a única virtude da qual o pobre pode se orgulhar e, pior, é da boca para fora.

Só vai enriquecer quem souber substituir a palavra “amor” pela palavra “interesse”. Todos os ricos são crápulas. Na classe dominante, só não é calhorda quem sofre dos nervos: as madames alcoólatras e as socialites deprimidas. O único trabalho verdadeiramente lucrativo é a pilantragem profissional. Os trouxas insistem na integridade. Os trouxas são perdedores.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:29:00 Nenhum comentário:  

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Jogos de azar, moeda de dor e sofrimento - José Serra  -  O Estado de S. Paulo  - Sem ação firme e coordenada, as apostas continuarão transformando promessas vazias em tragédias reais

No final de 1945, num discurso histórico no Parlamento britânico, Winston Churchill fez um alerta sobre os perigos dos vícios numa sociedade abalada pela Segunda Guerra Mundial: “Os vícios nos jogos de azar são pagos com a moeda da dor e do sofrimento humano.” Naquele momento, o Reino Unido enfrentava um aumento preocupante do vício em jogos de azar, que corroía o tecido social e desviava o foco da reconstrução e do apoio mútuo entre os cidadãos. Décadas depois, suas palavras ecoam no Brasil, onde o crescimento desenfreado das apostas esportivas transformou o jogo num mecanismo de exclusão social. O setor explora os mais vulneráveis e aprofunda desigualdades, comprometendo o futuro de famílias inteiras.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:21:00 Nenhum comentário:  

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O império ataca o Brasil - Celso Ming   O Estado de S. Paulo   Foi, sim, uma bomba, mas é preciso entender melhor a sua motivação. Essa supertaxação de 50% de todas as exportações do Brasil aos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto, anunciada nesta quarta-feira pelo presidente Donald Trump, não tem motivação comercial e, se tiver alguma motivação econômica, não parece relevante.

É uma clara punição, que tem intenção de produzir grave impacto sobre os interesses do Brasil, mas com efeitos práticos pouco claros.

O comunicado do presidente Trump acusa o governo brasileiro de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro e de impedir sua candidatura a qualquer cargo político. Desde já, fica incompreensível que uma divergência política, ainda que séria, possa ser combatida eficazmente com megaimpostos alfandegários. É a primeira vez que se tem notícia de que um processo em andamento no Supremo deva ser combatido com um tarifaço comercial.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:15:00 Nenhum comentário:  

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Prepotência burra - William Waack   -  O Estado de S. Paulo   O ataque de Donald Trump ao Brasil não tem paralelos históricos. Trata-se sobretudo de uma agressão política, cujos termos são por definição inegociáveis. Trump age com a prepotência de quem, de fato, escolheu dividir o mundo em esferas onde os fortões fazem o que querem, e os fracos – como o Brasil – que se virem.

A última vez em que um presidente americano agiu contra o Brasil por questões políticas ocorreu sob Jimmy Carter em meados da década de 1970. As semelhanças são remotas dada a brutalidade – e a irracionalidade ideológica – exibida por Trump neste momento.

Naquela época dois fatores haviam se combinado: a pressão contra a ditadura militar brasileira por violações de direitos humanos e o acordo nuclear do Brasil com a Alemanha, que incluía a transferência de tecnologia sensitiva. O presidente era o general Ernesto Geisel, que reagiu cancelando um acordo de cooperação militar com os EUA. O Brasil fez um programa nuclear paralelo e a democratização liquidou a questão dos direitos humanos.

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A culpa do tarifaço é dos Bolsonaros - Thiago Amparo   -  Folha de S. Paulo   Em algum lugar da Flórida, a nata bolsonarista abre agora um espumante gargalhando

A responsabilidade pela tarifa de 50% ao Brasil anunciada na quarta-feira (9) pelo presidente dos EUA tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro, e quem disse isso foi o próprio Donald Trump já na primeira linha de sua carta ao governo brasileiro. O presidente dos EUA qualifica como "desgraça internacional" punir o perdedor de eleições limpas que, incapaz de aceitar a derrota, orquestrou um golpe, liderou a depredação de prédios dos três Poderes e previu supostamente a prisão e a morte de autoridades.

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Não deu certo tentativa de afrouxar a LRF – Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo  - Disputa amplificou o debate sobre contas públicas de uma forma que não acontecia antes, mesmo em meio à polarização

Prevaleceu o mínimo de bom senso do Senado em recuar e desistir de votar o projeto que afrouxa a Lei de Responsabilidade Fiscal ao permitir a retirada dos gastos com terceirização do limite de despesa de pessoal.

Incluído na pauta de votação nesta semana, o projeto, já aprovado na Câmara, é uma daquelas bombas para as finanças públicas com efeitos prolongados. Uma avenida para o descontrole das contas, principalmente dos municípios. As prefeituras pisaram no acelerador e ultrapassaram os estados na liderança de gastos com pessoal entre os entes da federação. A virada se deu no momento em que as contas de cada vez mais municípios entram no vermelho, com despesas em alta.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:34:00 Nenhum comentário:  

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Qual é a sua ditadura favorita? – Ruy Castro  - Folha de S. Paulo    A do STF prevê até dois anos de idas e vindas no tribunal. A dos militares era rápida, só tinha as idas a um porão

Psiquiatras fazem uma festa quando, mesmo que em camisa de força e acorrentado, um bolsonarista lhes cai às mãos. O bolsonarista típico —todo bolsonarista é típico— é portador de uma antologia de transtornos de personalidade, incluindo delírios (crenças falsas e fixas sem base na realidade), alucinações (a sensação de ele ou um dos seus estar sendo perseguido) e grave confusão mental (dificuldade em organizar os pensamentos, resultando em falas confusas ou desconexas). Um dos problemas do bolsonarista está no conceito de ditadura.

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O Supremo conciliador - Maria Hermínia Tavares   -- Folha de S. Paulo   - STF tem ido além do seu papel de baluarte da Constituição e, com frequência, tem atuado na mediação e conciliação

A revoada a Portugal de parlamentares, autoridades e VIPs do meio jurídico para participar do Fórum Jurídico de Lisboa nestes primeiros dias do mês é mais do que uma oportunidade para aproveitar o verão europeu, comer bem e discutir à distância os dilemas do país. É uma demonstração efusiva do poder político do STF na pessoa de seu decano, Gilmar Mendes. Criado por ele em 2013 para fomentar o debate jurídico das grandes questões do Estado e do Direito contemporâneos, o Gilmarpalooza, como a mídia apropriadamente batizou o evento, cresceu de importância em paralelo à atuação —a uma só vez extensa e sem limites precisos— da Suprema Corte brasileira na vida política do país.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:28:00 Nenhum comentário:  

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As eleições do PT - Emanuel Freitas da Silva*  -  O Povo (CE)  No Brasil, esse é o quadro partidário geral. Muitos presidentes, caciques, acordos tudo a portas fechadas, ou dentro do núcleo diretor. Quem detém poder eleitoral tende a dar as cartas no interior do partido

Partidos políticos existem, em tese, para canalizar, expressar e representar interesses da sociedade. Classes sociais, categorias profissionais, agendas políticas, ideologias (com seus valores e crenças), projetos futuros de sociedade essas são algumas das clivagens das quais os partidos visariam ser expressão. Partidos são, antes de tudo, partes da sociedade, em condições de democracia.

Na Ciência Política, contudo, há um considerável número de produções que dão conta de elementos internos da vida partidária que vão de encontro ao que seriam elementos democráticos necessários para seu desenvolvimento. Uma dessas produções é Sociologia dos Partidos Políticos, de Robert Michels, publicada em 1911. Nela está enunciada a famosa tese da oligarquização dos partidos, que pode ser assim enunciada:

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:26:00 Nenhum comentário:  

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Lula não é um Trump com os sinais trocados - Regina Ribeiro*  -  O Povo (CE)  É importante que se diga que, mesmo que Lula esteja equivocado em muitas coisas, ele não é um iliberal que atenta contra as instituições e que despreza os ritos democráticos

Desde que o presidente Trump assumiu o poder nos Estados Unidos, o bolsonarismo se alimenta da expectativa de ter ganho um aliado forte na esperança de livrar Jair Bolsonaro de responder pelos seus atos, todos comprovados, contra a democracia brasileira.

O líder estadunidense, que não está nem aí para democracia nenhuma, nem no País dele nem em lugar algum, decidiu se pronunciar na última segunda-feira no seu característico, além de ameaçar os países que se alinharem com os Brics com mais taxas, novo instrumento de pressão usado pelo iliberal Trump no mercado internacional.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:25:00 

 

 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Boletim jornalístico da Cultural FM Torres e Brasil Progressista TV / BPRV

You Tube e Face Book – Dia 10 junho – Agri-doce 5ª. feira

Assista, recomende, siga  www.culturalfm875.com

Um programa da CULTURAL FM  com o apoio cultural

MOVIMENTO TORRES ALÉM VERANEIO, empenhado na construção da CASA MUNICIPAL DE CULTURA DE TORRES

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

*

A previsão do tempo para quinta-feira é de Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com poucas nuvens. Temperatura entre

9°/16°

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DIA MUNDIAL DA PIZZA : São Paulo produz quase 4 pizzas por segundo

 

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente, baseada em fatos verdadeiros e defesa de princípios da Constituição e dos Direitos Humanos como fundamentos da democracia. A emissora que tem a    cultura em primeiro lugar e que se constitui como lugar de fala da comunidade torrense. Lugar de fala" é a posição em que cada um se coloca no mundo, intencionalmente, por escolha. Sem nenhum determinismo de nascimento, de raça, de gênero, de nacionalidade ou seja lá o que for.

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         FIQUE CONOSCO. ACESSE E DIVULGUE CULTURAL FM

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ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

 

Vídeos em destaque :

Terra de Areia e Dor - TERRA DE AREIA E DOR- Um filme dirigido pelo Mestre Ivan Terra, a partir de um conto de Evanise Bossle.

Participe também do Movimento Somos 99%. Com sua ajuda, podemos enfrentar o maior problema do Brasil... https://99porcento.com.br

Objetivos principais do BRICS , 39% da economia mundial – Fortalecimento da cooperação econômica, política e social, aumento da influência geopolítica do bloco e mudanças no modelo de governança global, condenação a políticas restritivas ao comércio global, papel ativo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e criação de um Banco de Reservas Financeiras, maior uso de moedas locais nas transações do bloco, defesa do multilateralismo

 

Cinema -PIAUI- leia aqui.- “Vou virar a minha fala” - No site da piauí, o cineasta Eduardo Escorel escreve sobre o documentário Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, que conta a jornada de Sueli Maxakali em busca de seu pai, Luiz Kaiowá

 

 

 

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

 

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscito-popular-por-selvino-heck/

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

 

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NOTÍCIAS  DO DIA – Cultural FM – Torres RS    2025

INTERNACIONAIS

Não é só “guerra comercial”, é guerra mesmo...

O presidente americano Donald Trump impôs tarifas de 50% em todos os produtos brasileiros de exportação. Numa carta dirigida ao presidente do Brasil, ele atacou ações no STF sobre Jair Bolsonaro e as gigantes das redes sociais. Apesar do superávit americano, afirmou que as relações comerciais entre os dois países são injustas para os Estados Unidos e provocou espanto ao colocar em risco milhões de empregos no Brasil para defender aliados ideológicos.

Apesar da alegação de Trump, o relacionamento comercial do Brasil com os Estados Unidos é marcado por predominância da economia norte-americana, segundo números da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A compilação de dados, que tem início em 1997, mostra um saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior. Leia mais.
Trump determina investigação comercial contra o Brasil;
Presidente dos EUA citou lei de 1974 para apurar práticas injustas ou desleais do Brasil contra o comércio norte-americano. Investigação pode resultar em mais tarifas ou sanções.

Veja a carta na íntegra:

9 de julho de 2025
Sua Excelência
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil
Brasília

Prezado Sr. Presidente:

Conheci e tratei com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!

Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes. Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa de 50% estarão sujeitas a essa tarifa mais alta.

Além disso, tivemos anos para discutir nosso relacionamento comercial com o Brasil e concluímos que precisamos nos afastar da longa e muito injusta relação comercial gerada pelas tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil. Nosso relacionamento, infelizmente, tem estado longe de ser recíproco.

Por favor, entenda que os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual. Como o senhor sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos tudo o possível para aprovar rapidamente, de forma profissional e rotineira — em outras palavras, em questão de semanas.

Se por qualquer razão o senhor decidir aumentar suas tarifas, qualquer que seja o valor escolhido, ele será adicionado aos 50% que cobraremos. Por favor, entenda que essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil, que causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos. Esse déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional!

Além disso, devido aos ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais desleais, estou instruindo o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301 sobre o Brasil.

Se o senhor desejar abrir seus mercados comerciais, até agora fechados, para os Estados Unidos e eliminar suas tarifas, políticas não tarifárias e barreiras comerciais, nós poderemos, talvez, considerar um ajuste nesta carta. Essas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo do relacionamento com seu país. O senhor nunca ficará decepcionado com os Estados Unidos da América.

Muito obrigado por sua atenção a este assunto!

Com os melhores votos, sou,
Atenciosamente,
DONALD J. TRUMP
PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


'Agressiva', 'retaliação', 'pessoal': imprensa internacional repercute tarifa de Trump contra o Brasil

Tarifa de 50%: Brasil enfrenta a maior taxa entre países notificados por Trump; veja lista. Veja também a lista dos produtos exportados para os EUA e que sofrerão com a sobretaxa, provocando desemprego e crise: evela os principais produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos entre janeiro e junho de 2025:

 

 Numa rede social, o presidente Lula disse que haverá resposta com uso da Lei de Reciprocidade Econômica.
Brasil diz a representante dos EUA que devolve carta de Trump e a chama de ofensiva e inaceitável

Na Copa do Mundo de Clubes, o Paris Saint-Germain goleou o Real Madrid e enfrenta o Chelsea na final


Parlamentares dizem que tarifaço de Trump contra o Brasil tem participação da família Bolsonaro; oposição critica Lula e o responsabiliza por não “obedecer EUA”...

Em Defesa da Soberania Nacional, a Certeira Resposta do Presidente Lula a Trump https://luizmuller.com/2025/07/09/em-defesa-da-soberania-nacional-a-certeira-resposta-do-presidente-lula-a-trump/

NACIONAIS

Coisas da vida: O núcleo político que defendeu a intervenção militar como fórmula de “prorrogação” do mandato de Bolsonaro, o qual  não se intimidou em elogiar publicamente um dos principais algozes contra os brasileiros que se levantaram contra a ditadura nos porões do repressão, agora fala em "mundo livre", "democracia" e "direitos humanos". Sem pejo, usam bonés de Trump, com os dizeres MAKE AMERICA GREAT AGAIN - MAGA - e se enrolam em bandeiras de outros países. Ó Liberdade, quantos crimes são cometidos em teu nobre nome

 

CULTURAL FM Torres RS informa OPINIÕES -www.culturalfm875.com.br

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quarta-feira, 9 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Taxação dos ultrarricos é debate internacional - Correio Braziliense - Requer atenção a proposta apresentada por sete ganhadores do Nobel de Economia, que defendem "uma taxa mínima de 2% sobre a fortuna dos bilionários" em todo o globo

A mais recente divergência entre os poderes Executivo e Legislativo no Brasil tem como principal pano de fundo a busca por justiça tributária. Enquanto o governo procura diminuir desigualdades, a partir de medidas como o aumento do IOF e a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, a maioria do Congresso defende corte de gastos sem aumento de tributos, a chamada austeridade, como alternativa para equilibrar essa balança. Não se trata de embate apenas brasileiro.

Dados do Relatório Mundial sobre Desigualdade, publicado em 2022, indicam a necessidade de uma discussão internacional sobre a distribuição de renda. O levantamento mostra que apenas 10% da população global concentra 52% da renda dos países. "Em média, um indivíduo dos 10% mais ricos da distribuição de renda global ganha 87.200 euros (cerca de R$ 560 mil) por ano, enquanto um indivíduo da metade mais pobre da distribuição de renda global ganha 2.800 euros (cerca de R$ 18 mil) por ano", ressalta a publicação. 

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:18:00 Nenhum comentário:  

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O ataque de Trump à grandeza americana - Martin Wolf  - Valor Econômico / Financial Times-Em seis meses, o presidente dos EUA fez grandes avanços na implementação de uma agenda contra tudo o que tornou o país bem-sucedido

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Tebet defende 'mexer no andar de cima' - Por Guilherme PimentaCaetano TonetRuan Amorim e  Lu Aiko Otta / Valor Econômico

Em audiência no Congresso, ministra do Planejamento endossa discurso do governo por "justiça social"  - CONTINUAR LEITURA

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Vizinhos de olho em portos do Nordeste - Lu Aiko Otta - Valor Econômico - Questão do IOF precisa ser resolvida antes do dia 15, quando STF promove audiência de conciliação

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Inquéritos sobre emendas seguem o rastro do dinheiro – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense  - PF apura desvios de verbas destinadas a prefeituras, em inquéritos a cargo dos ministros do STF Flávio Dino, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Nunes Marque    CONTINUAR LEITURA

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Vergonha oficializada - Rodrigo Craveiro  - Correio Braziliense  - São 2,2 milhões de palestinos submetidos a uma punição coletiva cruel e degradante, uma vingança desmedida conta o massacre dantesco de 7 de outubro de 2023 - CONTINUAR LEITURA

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A tradução do ‘nós contra eles’ - Vera Rosa  - O Estado de S. Paulo

O governo Lula e o PT lançam hoje a segunda fase da campanha sobre a reforma da renda, desta vez para fazer a ligação direta entre o discurso de combate aos privilégios e a vida real.

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Tarcísio pede a bola - Vera Magalhães - O Globo  - Governador de São Paulo vem dando demonstrações ostensivas, algumas até arriscadas, como o aplauso a Trump, de que está empenhado em receber a unção de Bolsonaro como candidato - CONTINUAR LEITURA

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De Pedro II@edu para Lula@gov – Elio Gaspari  - O Globo - Ignore e Trump, eu engoli um sapo muito maior

Estimado presidente, a última vez que escrevi a vosmecê, em fevereiro, disse-lhe que as reformas ministeriais são um pesadelo inútil. Foi o que sucedeu com a sua. Escrevo-lhe agora porque almocei ontem com meus confrades republicanos, e veio à mesa a fala do presidente Trump defendendo o capitão Bolsonaro.   CONTINUAR LEITURA

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Presente de gringo - Bernardo Mello Franco - O Globo - Republicano presenteou petista com bandeira de defesa da soberania nacional

Desde que Donald Trump se elegeu, Jair Bolsonaro estava ansioso. O capitão sempre acreditou que só poderia escapar da cadeia com ajuda dos Estados Unidos. Em apuros no Brasil, clamava por uma boia lançada pela Casa Branca.

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Por que o liberalismo não é popular? - Deirdre Nansen McCloskey - Folha de S. Paulo - Argumentos estatísticos, socio-científicos e econômicos não convencem a maioria das pessoas - CONTINUAR LEITURA

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O desmonte de uma democracia ao vivo – Wilson Gomes - Folha de S. Paulo  - Essa forma de desmonte ocorre por dentro do sistema, usando métodos legais e a fachada de legitimidade eleitoral  - CONTINUAR LEITURA

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Ruim com ele, pior sem ele - Dora Kramer - Folha de S. Paulo - Campanha de difamação do Congresso, mesmo defeituoso, resulta em estímulo à antipolítica  -CONTINUAR LEITURA

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Lula x Trump, ou o roto e o esfarrapado - Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - Presidentes deveriam evitar meter-se em assuntos internos de nações amigas e razoavelmente democráticas  CONTINUAR LEITURA

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O Simplesmente isto: é preciso enfrentar o adversário - Roberto Amaral* - “Há uma luta de classes, sim. Mas é a minha classe, a classe rica, que está fazendo a guerra, e estamos ganhando". 
— Warren Buffett, magnata estadunidense.

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O Supremo Tribunal Federal e o IOF - Martônio Mont'Alverne* - O Povo (CE) - O assunto caiu na opinião pública, que parece já ter compreendido a arapuca armada no Congresso. O STF está na ordem do dia para não permitir que a política sem limites viole a Constituição

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"Jabutis" em acordos internacionais - Aylê-Salassié Filgueiras Quintão*

O instinto de repórter emerge curioso, vez por outra,  sobretudo  quando se propaga que o o Presidente do Brasil  vai viajar para o exterior com a finalidade de  assinar  acordos de cooperação internacionais  . CONTINUAR LEITURA

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Políticas públicas na era digital - Por MARCIO POCHMANN: Da Paz de Westfália ao SINGED (Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados), a história mostra que dados são poder. Se outrora os censos moldaram Estados nacionais, hoje a soberania estatística se vê ameaçada pelas big techs

Três grandes cidades reconstruídas- Por ADELTO GONÇALVES: Obra recente do historiador inglês Kenneth Maxwell recupera a história da reconstrução por que passaram Londres, Lisboa e Paris

A cúpula dos BRICS de 2025 - Por JONNAS VASCONCELOS: O Brasil da presidência dos BRICS: prioridades, limitações e resultados diante de um cenário global turbulento

Os véus de Maya - Por OTÁVIO A. FILHO: Entre Platão e as fake news, a verdade se esconde sob véus tecidos por séculos. Maya – palavra hindu que fala das ilusões – nos ensina: a ilusão é parte do jogo, e desconfiar é o primeiro passo para enxergar além das sombras que chamamos de realidade

O altar e o algoritmo - Por GUILHERME DEFINA: A fé católica, que antes se manifestava através de gestos e rituais, agora disputa clique e engajamento nas plataformas digitais. Assim, a liturgia, que sempre teve algo de espetáculo, agora precisa também se adaptar à lógica algorítmica da viralização

Contar ou invisibilizar? - Por CARLOS VIÁFARA LÓPEZ & YONÁ DOS SANTOS: O genocídio estatístico da população negra na Colômbia e os avanços no Brasil

RIO GRANDE DO SUL – POA

 

 

10 de julho de 2025
Edição reduzida, fechada às 7h15. Assine para receber mais cedo a versão completa

Bom dia! A repórter Valentina Bressan ouviu moradores de áreas inundadas na recente cheia do Guaíba e mostra que a capital ainda não conta com um sistema de informação capaz de orientar a população diante de cenários de risco.

A Matinal fala ainda da população em situação de rua na Região Metropolitana e do início das medições do leito do Guaíba.

No destaque da Parêntese, João Batista Santafé Aguiar, jornalista especializado em direito ambiental e urbanístico, analisa as propostas do novo Plano Diretor de Porto Alegre apresentadas na terça pela prefeitura.

Claudia Tajes escreve sobre a indicação de Trump para o Nobel da Paz — feita por Benjamin Netanyahu e sem efeitos para este ano —, sem deixar de lado as tarifas sobre o Brasil anunciadas ontem pelo presidente dos Estados Unidos.

Logo mais, a News do Roger chega para os assinantes dos planos Completo e Comunidade. Assine a Matinal para ficar ainda mais por dentro da agenda cultural da cidade.  

TORRES E REGIÃO

A FOLHA – Torres RS

“Vida na Praça, Plante Amor, Adote Vidas”

No próximo sábado, 12 de julho, a Praça Getúlio Vargas será palco do evento “Vida na Praça, Plante Amor, Adote Vidas”, uma iniciativa que une sustentabilidade, proteção animal e educação ambiental. A programação, que ocorrerá das 9h às 16h, inclui doação de mudas nativas, feira de adoção de pets, plantio de ipês e divulgação de projetos ambientais.

A partir das 9h, os participantes poderão retirar mudas nativas gratuitamente, enquanto às 10h haverá um plantio coletivo de ipês no canteiro em frente à Praça Benjamim Constant. Quem desejar adotar um animal de estimação poderá visitar a feira de adoção, que acontece das 10h às 14h.

Além disso, o evento contará com a divulgação do “Um Dia do Parque”, promovido pelas unidades de conservação Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Itapeva e Parque Estadual de Itapeva. No período da tarde, das 14h às 16h, o Projeto Farol das Baleias, do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do RS, apresentará suas ações de preservação marinha. - FONTE: @prefeituratorres

Atletas do handebol feminino de Torres são tricampeãs dos Jogos Universitários Gaúchos -

PESCA ESPORTIVA: Final do Robalo Master Brasil 2025 vai ocorrer novamente em Torres- A prova, que será realizada neste final de semana (12/07 e 13/07), no sistema pesque e solte no Rio Mampituba, incentiva o desenvolvimento da pesca esportiva por meio da conscientização ambiental de participantes. Além do campeonato, pesquisadores marcarão peixes e coletarão dados dos robalos em Torres

Passarela em Passo de Torres recebe placas de sinalização para coibir tráfego irregular de motocicletas. A Prefeitura de Passo de Torres iniciou a instalação de placas de sinalização. - Comentário

Carmem Gislaine de Bortoli - Ninguém respeita placas, infelizmente

 

INTERESSE PÚBLICO

Capas dos grandes jornais do centro do país e POA

O GLOBO – Trump  retalia Brasil com taxa de 50% e cita Bolsonaro;Lula reage e defende “soberania” .

O ESP – Trump taxa em 50% o Brasil por papel no BRICS  e julgamento de Bolsonaro. Governo brasileiro indicou que haverá reciprocidade  e devolveu carta

FSP – Trump impõe tarifa de 50% ao Brasil em reação a julgamento de Bolsonaro. Americano menciona perseguição a ex presidente

ZH – Trump sobretaxa Brasil em 50% e critica decisões do STF sobre bigtechs e Bolsonaro

JORNAL DO COMÉRCIO POA - Clássico restaurante preserva a tradição do mocotó há quase três décadas em P.Alegre: Rei do Mocotó.

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INTERESSE PÚBLICO –


O que é terapia celular, tratamento eficaz contra o câncer que Padilha quer no SUS.
Ministro da Saúde anunciou parceria com Brics para produção do tratamento; custo é alto, mas é o que há de mais promissor contra o câncer

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O Assunto g1 dia - Trump x Brasil: carta a Lula e tarifaço de 50%

Trump x Brasil: carta a Lula e tarifaço de 50% - O Assunto #1507 | O Assunto | G1

A última quarta-feira (9) inaugurou uma fase de incertezas nas relações entre os Estados Unidos e o Brasil. Começou com um posicionamento oficial da diplomacia americana: a Embaixada do país divulgou uma nota reforçando a posição do presidente Donald Trump em defesa de Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente seria vítima de “perseguição política”. O Itamaraty reagiu imediatamente e convocou o encarregado de negócios americano para prestar esclarecimentos – os EUA não têm embaixador no Brasil desde a posse de Trump, em janeiro.

A tensão aumentou quando o presidente americano disse que o “Brasil não tem sido bom” para os EUA e ameaçou impor novas tarifas. E a crise se estabeleceu de vez quando o governo dos Estados Unidos enviou ao presidente Lula uma carta anunciando a taxação de todos os produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto. E o principal motivo não é comercial, mas político: críticas à ação do Supremo Tribunal Federal e nova defesa a Bolsonaro.

Neste episódio, Julia Duailibi conversa com o economista Daniel Sousa, comentarista da GloboNews, professor do Ibmec e criador do podcast Petit Journal, sobre as consequências imediatas para a economia brasileira e quais setores serão mais prejudicados caso as tarifas realmente sejam aplicadas.

Participa deste episódio também Carlos Gustavo Poggio, professor de ciência política do Berea College, no Kentucky (EUA). Ele explica quais são os interesses de Trump por trás do tarifaço e o grau da gravidade de envolver alinhamento ideológico com política comercial e equipamentos diplomáticos.

                                                                          O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação nesta semana: Julia Duailibi.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: O elogio a Hitler por IA de Musk e outros riscos - 10/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast trata de elogio a Hitler por IA de Musk e da tarifa de Trump para o Brasil. Café da Manhã detalha alegações para sobretaxa de 50% e depois analisa riscos da inteligência artificial

Editorial  Cultural FM Torres RS -  www.culturalfm875.com

Hackers ou analfabytes: quem comanda as redes e quem governa o Brasil na Era Digital?

Publicado em julho 9, 2025 por Luiz MüllerDeixe um comentário

Como ter Soberania Nacional num mundo onde tudo é digitalizado, se a gente compra serviços digitais justamente das BighTechs, quando poderia criar as próprias alternativas a partir do Software Livre, como Países da Europa tem avançado??

Reproduzo artigo de BEÁ TIBIRIÇÁ , diretora do Coletivo Digital, e UIRÁ PORà, hacker, gestor público e co-idealizador do Movimento FeliciLab pela urgência e importância e necessidade de debatermos a SOBERANIA DIGITAL do Brasil que na minha visão de leigo, ainda não existe.

A seguir, o artigo:

Nós, que atuamos com cultura digital no Brasil há mais de duas décadas — e nos identificamos como hackers — já vivemos muitas vezes uma cena comum. Quase sempre que vamos conversar com gestores públicos, parlamentares e lideranças sociais sobre políticas para o mundo digital, ouvimos, quase como um gesto de culpa e cumplicidade:

“Olha, eu sou analfabeto digital.” ou “Eu não entendo muito desse assunto.”

Essas frases, geralmente ditas com humildade e sinceridade, não são um problema em si. Mas revelamos algo muito importante: o reconhecimento de que existe uma dimensão da vida pública — a dimensão digital — que ainda está distante das pessoas que tomam decisões sobre ela.

Mas esse reconhecimento também nos convida a olhar para um desafio maior. A tecnologia não é centro da economia, da cultura, do trabalho, da educação, da segurança pública e da democracia. Se o Estado não tem gente que entende profundamente esses sistemas — suas lógicas, suas infraestruturas, seus códigos —, quem vai ter esse poder? A resposta, na prática, tem sido uma só: as grandes empresas de tecnologia. É por isso que queremos falar sobre a importância das pessoas hackers.

E quando dizemos “hackers” não estamos falando de criminosos ou invasores de sistemas. Esse é um estereótipo equivocado, muitas vezes, reforçado pela mídia. Hacker, na origem do termo, é alguém que entende profundamente como as coisas funcionam — e usa esse conhecimento para explorar, melhorar, adaptar e resolver problemas de forma criativa.

Um bom exemplo é o chaveiro. O chaveiro conhece as fechaduras. Sabe abrir, desmontar, renovar, criar chaves. Isso o torna perigoso? Não. Isso o tornará útil. E, como em qualquer profissão, o uso desse conhecimento depende da ética. Um hacker ético — que é o que defendemos e representamos — não arromba casas: ele ajuda a abrir portas quando as chaves quebram.

A internet foi criada por pessoas assim. Os protocolos abertos, os softwares livres, as redes distribuídas, a cultura digital colaborativa — tudo isso tem raízes no trabalho de comunidades hackers. Essas pessoas não só entendem o funcionamento do mundo digital, como constroem alternativas para ele. No Brasil, há décadas, desenvolvemos tecnologias livres, redes comunitárias, metodologias de ensino, formas de cuidado com os dados e com as pessoas.

O problema é que, por muito tempo, essas pessoas ficaram fora do governo. E o resultado é o que vivemos hoje: uma enorme distância entre o conhecimento técnico e a formulação das políticas públicas. Mas algo está mudando.

Em maio de 2025, durante o encontro da Rede Sacix, um grupo de pessoas hackers participou de uma roda de conversa com um deputado federal. Foi tudo, de forma direta e respeitosa, que colocamos o que há muito tempo precisa ser aqui: o Brasil só vai conseguir garantir sua soberania digital se incorporar esse conhecimento à gestão pública. Essa conversa foi o ponto de partida para uma articulação iniciada entre sociedade civil, movimentos sociais, comunidade técnica e parlamentares.

Dessa semente nasceu o que hoje chamamos de Frente pela Soberania Digital. E, neste (8 e 9/julho) e amanhã, em Brasília, vamos realizar o Encontro Nacional Soberania Já! (www.soberania.digital/encontro), com uma aula pública e o início da construção coletiva de um Plano Nacional pela Soberania Digital. Esse plano não é só técnico, é tecnopolítico. É sobre garantir que o Brasil tenha capacidade de decidir seu próprio destino no mundo digital — com justiça, transparência, inclusão e inteligência coletiva.

O reconhecimento de que “não entendemos muito bem esse assunto” é o primeiro passo. O segundo é convidar quem pretende construir junto. Não para dominar o debate, mas para compartilhar saberes. E, a partir daí, desenhar políticas públicas à altura dos desafios que vivemos. Estamos indo para Brasília com esforço coletivo, vaquinhas e recursos próprios — porque pensamos que essa mudança não é só possível, é necessária.

Nos primeiros governos, Lula sempre esteve rodeado de hackers. Foi um ministro hacker, Gilberto Gil, que abriu as portas do Ministério da Cultura para o software livre, a cultura digital e a colaboração em rede, criando políticas digitais reconhecidas no mundo inteiro.

Agora, voltamos a nos apresentar. Não para pedir cargas ou favores, mas para dizer que estamos aqui para garantir que as tecnologias digitais deixem de ser ferramentas de dominação de bilionários e extremistas, e sejam cumpridas pelo povo brasileiro, para servir à vida, ao meio ambiente e à democracia.

O Artigo foi originalmente Publicado no Correio Braziliense

Hackers ou analfabytes: quem comanda as redes e quem governa o Brasil na Era Digital? | Luíz Müller Blog

CULTURAL FM Torres RS informa OPINIÕES -www.culturalfm875.com.br

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quarta-feira, 9 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Taxação dos ultrarricos é debate internacional - Correio Braziliense - Requer atenção a proposta apresentada por sete ganhadores do Nobel de Economia, que defendem "uma taxa mínima de 2% sobre a fortuna dos bilionários" em todo o globo

A mais recente divergência entre os poderes Executivo e Legislativo no Brasil tem como principal pano de fundo a busca por justiça tributária. Enquanto o governo procura diminuir desigualdades, a partir de medidas como o aumento do IOF e a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, a maioria do Congresso defende corte de gastos sem aumento de tributos, a chamada austeridade, como alternativa para equilibrar essa balança. Não se trata de embate apenas brasileiro.

Dados do Relatório Mundial sobre Desigualdade, publicado em 2022, indicam a necessidade de uma discussão internacional sobre a distribuição de renda. O levantamento mostra que apenas 10% da população global concentra 52% da renda dos países. "Em média, um indivíduo dos 10% mais ricos da distribuição de renda global ganha 87.200 euros (cerca de R$ 560 mil) por ano, enquanto um indivíduo da metade mais pobre da distribuição de renda global ganha 2.800 euros (cerca de R$ 18 mil) por ano", ressalta a publicação. 

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O ataque de Trump à grandeza americana - Martin Wolf  - Valor Econômico / Financial Times-Em seis meses, o presidente dos EUA fez grandes avanços na implementação de uma agenda contra tudo o que tornou o país bem-sucedido

Às vezes é preciso olhar para o quadro geral. Em 4 de julho de 2026, os EUA celebrarão seu 250º ano de independência. A própria declaração de independência afirmava que: "Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo seu Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade." Essas ideias foram realizadas de forma imperfeita. Uma guerra civil e o movimento pelos direitos civis ainda estavam por vir. No entanto, o nascimento dos Estados Unidos da América seria um momento extremamente significativo.

Os EUA tinham o potencial de se tornar a primeira república verdadeiramente poderosa desde a romana, que pereceu na batalha de Ácio em 31 a.C. Sem o poder dos EUA, uma ditadura alemã ou russa certamente teria conquistado a Europa. Sem o exemplo dos EUA, o capitalismo democrático não teria se espalhado pelo mundo. Este seria um mundo muito mais pobre, assolado por todos os males do despotismo.

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Tebet defende 'mexer no andar de cima' - Por Guilherme PimentaCaetano TonetRuan Amorim e  Lu Aiko Otta / Valor Econômico

Em audiência no Congresso, ministra do Planejamento endossa discurso do governo por "justiça social"

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou na terça-feira (8) que é preciso rever gastos tributários e “mexer no andar de cima”. Esta foi a primeira vez que ela endossou, publicamente, o discurso do governo por “justiça social” desde o imbróglio causado pelas mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ao se pronunciar sobre o assunto, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) para falar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Tebet citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que era preciso “colocar uma lupa” e ter “ honestidade intelectual” para reconhecer que “nós já mexemos muito com o andar de baixo”.

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Vizinhos de olho em portos do Nordeste - Lu Aiko Otta - Valor Econômico - Questão do IOF precisa ser resolvida antes do dia 15, quando STF promove audiência de conciliação

A perspectiva de assinatura, no final deste ano, do acordo Mercosul-União Europeia fez chegar ao gabinete da ministra do Planejamento, Simone Tebet, a preocupação de países vizinhos como Chile, Peru, Colômbia, Paraguai e Bolívia em estabelecer um caminho logístico até os portos do Nordeste brasileiro, geograficamente mais próximos do velho continente.

A ministra lidera o programa Rotas de Integração Sul-Americana, iniciado em 2023, a partir da constatação que o agronegócio se expande para o Oeste do país. O objetivo original do programa é interligar as áreas produtoras do país aos portos do Pacífico, de onde o trajeto até o principal mercado consumidor, a China, é mais curto. São cinco rotas que buscam viabilizar o acesso do Brasil aos portos de Chile e Peru, entre outros.

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Inquéritos sobre emendas seguem o rastro do dinheiro – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense  - PF apura desvios de verbas destinadas a prefeituras, em inquéritos a cargo dos ministros do STF Flávio Dino, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Nunes Marques

A 316km de Fortaleza, a cidade de Nova Russas tem 102 anos e nunca viu tanto dinheiro como agora. Com 742 km² e 30 mil habitantes, no Sertão de Crateús, semiárido nordestino, com um PIB de R$ 118 milhões anuais, ao sopé da Chapada do Ibiapaba, é um “case” de como funcionam os esquemas de desvios de verbas das emendas parlamentares. Às margens dos rios Acaraú, Poti e Curtume, terras que já pertenceram aos tabajaras, caratiú e os temidos tupinambás, a cidade é o principal alvo da Operação Underhand (Desonesto), da Polícia Federal.

Sob autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, a PF cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e em outras quatro cidades do Ceará: Fortaleza, Eusébio, Canindé e Baixio, além de Nova Russas. O alvo principal é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), suspeito de atuar como cabeça de uma organização criminosa que desviava emendas parlamentares e manipulava eleições municipais em até 51 cidades cearenses.

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Vergonha oficializada - Rodrigo Craveiro  - Correio Braziliense  - São 2,2 milhões de palestinos submetidos a uma punição coletiva cruel e degradante, uma vingança desmedida conta o massacre dantesco de 7 de outubro de 2023

Primeiro, você destrói prédios, casas, infraestrutura. Torna inabitável cidades inteiras. Força o deslocamento massivo das pessoas reiteradas vezes. Ataca hospitais e ambulâncias. Bloqueia o acesso à ajuda humanitária e usa drones e tanques de guerra para disparar contra civis indefesos e famintos, que clamam por comida. Depois, anuncia a criação de uma "cidade humanitária" para abrigar 600 mil pessoas, que serão revistadas na entrada e impedidas de sair. Enquanto isso, você e um grande amigo telefonam para conhecidos de outros países e os sondam sobre a possibilidade de receberem a população de um território habitado há décadas por ela.

É preciso "dar nome aos bois". O que está colocado aqui em cima é exemplo de diáspora forçada, crime contra a humanidade, limpeza étnica, segundo especialistas. São 2,2 milhões de palestinos submetidos a uma punição coletiva cruel e degradante, uma vingança desmedida conta o massacre dantesco de 7 de outubro de 2023. Diga-se de passagem: horrível, torpe e totalmente injustificável. Tudo isso acontece com a cumplicidade e anuência de um amigo poderoso ante o silêncio do restante do mundo. 

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A tradução do ‘nós contra eles’ - Vera Rosa  - O Estado de S. Paulo

O governo Lula e o PT lançam hoje a segunda fase da campanha sobre a reforma da renda, desta vez para fazer a ligação direta entre o discurso de combate aos privilégios e a vida real. A primeira etapa jogou os holofotes sobre o conceito de justiça tributária, na esteira do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), rejeitado pelo Congresso. Agora, vídeos que serão postados nas redes sociais vão investir em comparações.

A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT vai tentar reduzir o ruído provocado pela estratégia do “nós contra eles”. Um dos vídeos mostra que o custo do programa Bolsa Família, no Orçamento de 2025, é de R$ 158 bilhões. “É o mesmo valor que o governo dá de isenção tributária para os mil maiores produtores rurais”, afirmou o publicitário Otávio Antunes, que faz a campanha do PT. “Mas não se trata de um enfrentamento com o Congresso nem de ‘nós contra eles’. A não ser que o ‘nós contra eles’ seja 99% contra 1%.”

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Tarcísio pede a bola - Vera Magalhães - O Globo  - Governador de São Paulo vem dando demonstrações ostensivas, algumas até arriscadas, como o aplauso a Trump, de que está empenhado em receber a unção de Bolsonaro como candidato

A pressão intensa dos partidos do Centrão, do empresariado e do mercado financeiro parece ter surtido efeito junto a Tarcísio de Freitas: o governador de São Paulo vem dando demonstrações cada vez mais incisivas, por isso mesmo arriscadas, de que está pronto para receber a indicação de Jair Bolsonaro como seu candidato a presidente no ano que vem. Parece disposto até a arcar com os ônus dessa exposição prematura.

Ao reproduzir e endossar a fala de Donald Trump segundo a qual Bolsonaro é vítima de perseguição política e a Justiça brasileira não é legítima para julgar o ex-presidente, que deveria ser avaliado pelos eleitores, Tarcísio deixa de lado a cautela com que costumou navegar nos mares turbulentos da relação entre seu padrinho político e o Supremo Tribunal Federal para mergulhar de cabeça no puro suco do bolsonarismo-raiz. O governador do estado mais rico e mais populoso do país toma lado numa disputa que tem muitas camadas: política, diplomática, jurídica e até comercial.

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De Pedro II@edu para Lula@gov – Elio Gaspari  - O Globo - Ignore e Trump, eu engoli um sapo muito maior

Estimado presidente, a última vez que escrevi a vosmecê, em fevereiro, disse-lhe que as reformas ministeriais são um pesadelo inútil. Foi o que sucedeu com a sua. Escrevo-lhe agora porque almocei ontem com meus confrades republicanos, e veio à mesa a fala do presidente Trump defendendo o capitão Bolsonaro. Coisa rara, concordamos em que, na sua primeira fala, vosmecê fez muito bem ao dizer que tem assuntos mais importantes a tratar. (O Figueiredo ficou calado porque seu neto Paulo está metido com o Trump.)

Getúlio Vargas e Ernesto Geisel falaram dos sapos que engoliram lidando com presidentes americanos. O Getúlio reconheceu que o Franklin Roosevelt estava certo ao querer que o Brasil declarasse guerra aos alemães. Afinal, no início de 1939, antes que começasse a Segunda Guerra Mundial, os americanos olhavam para o Saliente Nordestino, essencial para que suas tropas atravessassem o Oceano Atlântico. O Geisel disse que só deu o troco ao Jimmy Carter depois que ambos haviam deixado o governo. Negou-se a recebê-lo e não atendeu o telefone quando ele ligou.

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Presente de gringo - Bernardo Mello Franco - O Globo - Republicano presenteou petista com bandeira de defesa da soberania nacional

Desde que Donald Trump se elegeu, Jair Bolsonaro estava ansioso. O capitão sempre acreditou que só poderia escapar da cadeia com ajuda dos Estados Unidos. Em apuros no Brasil, clamava por uma boia lançada pela Casa Branca.

Depois de meses de expectativa, o republicano finalmente falou —ou melhor, tuitou. Trump descreveu Bolsonaro como vítima inocente de uma “caça às bruxas”. Acrescentou que ele não seria culpado de nada, exceto de ter “lutado pelo povo”.

O capitão ficou eufórico, mas alguém precisa avisá-lo que a declaração não deve surtir muito efeito fora da bolha da extrema direita. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe e se complicou ainda mais ao ser interrogado no Supremo. Os ministros não varrerão as provas para baixo do tapete para agradar Trump.

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Por que o liberalismo não é popular? - Deirdre Nansen McCloskey - Folha de S. Paulo - Argumentos estatísticos, socio-científicos e econômicos não convencem a maioria das pessoas

Por que nem todo mundo é um "liberal essencial", como eu? Acabei de passar meia hora produtiva conversando com um colega brilhante do Cato Institute, refletindo sobre o triste fato de que a maioria das pessoas é socialista, fascista, racista, protecionista ou liberal "social", imune ao que, para nós dois, parece ser a verdade óbvia do liberalismo essencial.

Falamos sobre imigração. É um tema quente hoje nos EUA, e o principal apelo de Trump —que quer impedir a "invasão" de pessoas negras e pardas. Meu colega apontou que muitos conservadores defensores do livre mercado reagem muito mal à previsão de que a crescente diversidade da população norte-americana produzirá maiorias do Partido Democrata no futuro. Os conservadores estão muito dispostos a abandonar seus fracos compromissos com o livre comércio de capital, bens e trabalho quando imaginam os negros e pardos votando.

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O desmonte de uma democracia ao vivo – Wilson Gomes - Folha de S. Paulo  - Essa forma de desmonte ocorre por dentro do sistema, usando métodos legais e a fachada de legitimidade eleitoral

Se Levitsky e Ziblatt ajudaram a popularizar a ideia de que democracias morrem devagar, em seu livro "Como as Democracias Morrem", a pesquisa mais recente aprofundou os mecanismos desse processo: repressão seletiva, captura institucional e legitimação permanente. E é cada vez mais claro que o trumpismo não foi um acidente, mas um laboratório global do que vem sendo chamado de erosão democrática ou autocratização progressiva.

Fala-se em deterioração porque se trata de um declínio incremental, sem ruptura formal. Inclui, entre outras ações, retóricas de deslegitimação de elites específicas e da democracia liberal. Autocratização, por sua vez, ocorre quando se combinam três dimensões: repressão seletiva contra adversários, captura de instituições e construção de narrativas que justifiquem medidas autoritárias.

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Ruim com ele, pior sem ele - Dora Kramer - Folha de S. Paulo - Campanha de difamação do Congresso, mesmo defeituoso, resulta em estímulo à antipolítica

Congresso não anda fazendo um bom serviço aos olhos da população, sabemos disso. Recente pesquisa do Datafolha aponta que quase 60% dos brasileiros sentem vergonha da conduta de deputados federais e senadores.

O mesmo estudo mostra que a Presidência da República e o Supremo Tribunal Federal estão em situação parecida. O STF é visto com desdouro por 58% dos pesquisados e 56% não veem motivo para se orgulhar do desempenho do presidente.

Estão, portanto, todos navegando em barco que requer uma correção de rumos. Evidência da qual decorre que talvez não seja aconselhável e muito menos adequada a ideia do governo de tentar recuperar a popularidade de Lula (PT) jogando a culpa dos males da nação nas costas de um Parlamento inimigo dos pobres.

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Lula x Trump, ou o roto e o esfarrapado - Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - Presidentes deveriam evitar meter-se em assuntos internos de nações amigas e razoavelmente democráticas

O mais recente embate entre Lula e Trump tem algo de o roto falando do esfarrapado. O presidente brasileiro queixou-se, com razão, da defesa que o americano fez de Jair Bolsonaro –uma interferência indevida em assuntos políticos e judiciais de nação amiga. O problema é que o petista é contumaz em também meter-se em questões internas de outros países.

Na semana passada, ele visitou a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que cumpre pena de prisão domiciliar por corrupção, e pediu sua libertação, ignorando que foi uma decisão "soberana" da Justiça platina que a colocou em cana.

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O Simplesmente isto: é preciso enfrentar o adversário - Roberto Amaral* - “Há uma luta de classes, sim. Mas é a minha classe, a classe rica, que está fazendo a guerra, e estamos ganhando". 
— Warren Buffett, magnata estadunidense.

O governo Lula, quase tardiamente, ensaia algo que pode sugerir o início de uma reforma fiscal, cutucando os superlucros dos super-ricos. São o 1% que nos governa — na democracia e nas ditaduras, nos governos de direita e nos governos de centro-esquerda. É o grande capital, que controla a vida econômica e, por consequência, a vida política, nela incluídos os espaços do poder republicano.

Embora tímida, a proposta do governo pôs em pé de guerra a Faria Lima e suas adjacências — a saber, o Congresso e a grande imprensa (aparelho ideológico da classe dominante), os dois territórios privilegiados onde atuam seus agentes e procuradores.

À margem dos poderes clássicos da República, a política econômico-financeira do país foi posta sob o controle de burocratas onipotentes, nada obstante despojados de delegação da soberania popular; abrigam-se sob o teto largo e alto do Banco Central — a um tempo santuário e bunker do rentismo que asfixia a economia nacional.

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O Supremo Tribunal Federal e o IOF - Martônio Mont'Alverne* - O Povo (CE) - O assunto caiu na opinião pública, que parece já ter compreendido a arapuca armada no Congresso. O STF está na ordem do dia para não permitir que a política sem limites viole a Constituição

Toda questão de controle da constitucionalidade é questão de poder constituinte. Trata-se de saber se quem legisla ultrapassou o limite estabelecido pelo constituinte. Assim, é inexorável, nestes casos, a presença do elemento do político para qualquer tribunal constitucional. Porém, do político devidamente regulado pelo poder constituinte, não do convencimento pessoal de quem julga. Juízes não são neutros, como ninguém o é. Mas têm a obrigação de serem imparciais perante a ordem constitucional democrática, imposta pela democracia de um poder constituinte, como o brasileiro de 1987/88.

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"Jabutis" em acordos internacionais - Aylê-Salassié Filgueiras Quintão*

O instinto de repórter emerge curioso, vez por outra,  sobretudo  quando se propaga que o o Presidente do Brasil  vai viajar para o exterior com a finalidade de  assinar  acordos de cooperação internacionais  . Lula, em particular, realizou 139 viagens  a 80 países nos dois primeiros mandatos, e 33 na sua terceira Presidência. Para justificar os supostos excessos,  o Itamarati tenta explicar  , genericamente , que se tratam de acordos nos  campos da ciência, do meio ambiente, da  energia, dos transportes, da infraestrutura, da aviação, e outros. 

 

Cabe ao jornalista  "ligar  pontos  visíveis com tramas imaginárias", segundo ensina Vinicius Mota, secretário de redação do jornal Folha de São Paulo. Aquela semântica inocente pode estar escondendo   "jabutis", ou seja, compromissos, cujos conteúdos   são de  conhecimento  de poucos, senão  dos autores e interessados. O cenário da vez  -  dilema do IOF, o escândalo do INSS, ou as tarifas de Trump -   encarrega-se de desviar as atenções, respaldadas no desconhecimento público dos  "instrumentos"  que lhes dão legitimidade, consagrados na política e no direito  internacional : Cartas, Acordos, Ajustes, Declarações, Protocolos, Tratados, Convenções,  Compromissos, Manifestações de Interesse. 

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:24:00 

 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Boletim jornalístico da Cultural FM Torres e Brasil Progressista TV / BPRV

You Tube e Face Book – Dia 9 julho – 4ª. virtuosa

Assista, recomende, siga  www.culturalfm875.com

Um programa da CULTURAL FM  com o apoio cultural

MOVIMENTO TORRES ALÉM VERANEIO, empenhado na construção da CASA MUNICIPAL DE CULTURA DE TORRES

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite com poucas nuvens. Temperatura entre 11°/ 14°

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Julho não tem feriados nacionais, mas nesta quarta-feira (9), o estado de São Paulo celebra a Revolução Constitucionalista de 1932, uma reação conservadora contra a Revolução de 30

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9 JULHO 80,  MORRE VINICIUS -

A música popular entra no paraíso

Drummond sobre Vinicius, publicado no Jornal do Brasil, capa do Caderno B, em 11 de julho de 1980.

Deus - Quem é este baixinho que vem aí, ao som do violão, de copo cheio na mão?

São Pedro - Senhor, pelos indícios, só pode ser o vosso servo Vinicius, Menestrel da Gávea e dos amores inumeráveis.

Deus - Será que ele vem fazer alaúza no céu, perturbando o coro dos meus anjos-cantores, diplomados pela Schola Cantorum do mestre São Jorge, o Grande?

São Pedro (hesitante) - Bem... Eu acho, com a devida licença, que ele traz um som novo, mais terrestre, menos beatífico, é certo, mas com uma suavidade brasileira inspirada nos seresteiros seus avós, os quais já têm assentos cativos junto ao vosso trono, Senhor. Coisa mui digna de vossa especial atenção.

Deus - Hum, hum...

São Pedro - Posso continuar, Senhor?

Deus - Vá dizendo, Pedro. É sabido que você tem um fraco por essa gente que canta de noite, esteja ou não pescando, principalmente não estando.

São Pedro - Pois eu digo, Senhor, que esse baixinho aí, todo simpatia e delicadeza, é um de vossos bons servidores na Terra, pois combateu a maldade pela ternura, a injustiça pela fraternidade, e compôs os cânticos profanos que, elevando o coração dos ouvintes, fazem o mesmo que os cânticos sagrados.

Deus (surpreso) - O mesmo?

São Pedro - O mesmo, Senhor, porque vós permitistes ao homem trilhar a vida direta ou a vida indireta, conforme o gosto dele. Este poetinha escolheu a segunda, por inclinação natural, e manifestou à sua maneira própria o amor à humanidade, distribuindo-o de preferência, na medida do possível, a umas quantas eleitas.

Deus - Não terá sido antes dispersão do que concentração?

São Pedro - As duas coisas, mas unidas tão sutilmente! E essa unidade paradoxal, mas espontânea, produziu os hinos do amor carnal, nos quais foi glorificado o corpo que concedestes às criaturas, e por essa forma glorificou-se a vossa divina Criação.

Deus - Menos mal, se assim foi. Então Psse... como lhe chamas?

São Pedro - Vinicius, não o patrício romano, que o amor conduziu do paganismo à fé cristã, mas o de Melo Moraes, filho de pais que curtiam o Quo Vadis. Este nasceu diretamente para o amor, e não precisou meter-se nas embrulhadas do paganismo de Nero para achar o rumo de sua alma. Ele já estava traçado pelas estrelas de outubro, vossas mensageiras. Vinicius nasceu com a célula poética, e esta desabrochou em cânticos variados, na voz de seus lábios e na dos instrumentos. Com estes cânticos ele encantou o seu povo. E era um povo necessitado de canto, um canto tão necessitado mesmo!

Deus - Ele deu alegria ao meu povo?

São Pedro (exultante) - Se deu, Senhor! E para isso não precisava sempre compor canções alegres. Ia até o fundo das canções tristes, mas dava-lhes uma tal doçura e meiguice que as pessoas, ouvindo-as, não sabiam se choravam ou se viam consoladas velhas mágoas. Era um coração se desfazendo em música, Senhor. Deu tanta alegria ao povo, que até a última hora de sua vida (esta não chegou a ser longa, mas se alongou em canção) trabalhou com seu fiel parceiro Toquinho para levar às crianças um tipo musical de felicidade. Morreu pois a vosso serviço, Senhor.

Deus (disfarçando a emoção) - Mande entrar, mande entrar logo esse rapaz. Vinicius entra rodeado de anjos, crianças, virgens e matronas que entoam mansamente:

Se todos fossem iguais a você,
que maravilha viver!
Uma canção pelo ar,
uma mulher a cantar,
uma cidade a cantar,
a sorrir, a cantar, a pedir
a beleza de amar,
como o sol, como a flor, como a luz,
amar sem mentir nem sofrer.
Existiria a verdade,
verdade que ninguém vê,
se todos fossem no mundo
iguais a você!

De vários pontos, vêm-se aproximando Sinhô, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Ciro Monteiro, Noel Rosa, Dolores Duran, Orfeu, Eurídice, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Portinari, Murilo Mendes, Mayza, Lúcio Rangel, Tia Ciata, Santa Cecília, Antônio Maria, Bach, Ernesto Nazaré, Jaime Ovalle, Chiquinha Gonzaga e outros e outros e outros que não caberiam neste relato mas cabem na imensidão do céu e som, e unem-se ao coral:

Teu caminho é de paz e de amor.
Abre os teus braços e canta
a última esperança,
a esperança divina
de amar em paz!

 

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e enviamos a todos os interessados.

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NOTÍCIAS  DO DIA – Cultural FM – Torres RS    2025

INTERNACIONAIS

Junho de 2025 foi o 3º mais quente da história, aponta observatório europeu - Mês registrou temperatura 1,30°C acima da média pré-industrial 

A chuva forte atrapalhou o trabalho de resgate no Texas. Há 111 mortos, principalmente crianças e cento e setenta pessoas estão desaparecidas nas enchentes. Em outro Estado, Novo México, também há grandes enchentes com mortos e desaparecidos.  O presidente Donald Trump repetiu a ameaça de taxa extra contra o Brics. No encontro com o primeiro-ministro da Índia, o presidente Lula reafirmou que os países do grupo são soberanos.. Na Copa do Mundo de Clubes, o Chelsea venceu o Fluminense com dois gols de João Pedro.
Ferrovia para ligar o Atlântico ao Pacífico: veja o que se sabe até agora do projeto do Brasil com a China- Veja g1

O projeto de Netanyahu e Trump para Gaza: Confinar a população numa “Cidade Humanitária”, ao sul, junto a Rafah, da qual os palestinos seriam estimulados a sair \”voluntariamente”. A isso se dá o nome de “limpeza étnica” , o que é crime.

 

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NACIONAIS

A Polícia Federal apreendeu documentos e equipamentos no gabinete do deputado federal Júnior Mano, do PSB, e suspeita que ele tenha desviado dinheiro de emendas parlamentares para campanhas eleitorais. Vândalos atacaram mais dezenas de ônibus em São Paulo. O desmoronamento de um lixão contaminou rios em Goiás e expôs os riscos semelhantes em dois mil municípios. A chuva forte atrapalhou o trabalho de resgate no Texas. Cento e setenta pessoas estão desaparecidas nas enchentes. Lula não deverá sancionar projeto que aumento número de deputados federais. Neste caso, o Projeto volta para o Congresso e deverá ser imediatamente sancionado pelo senador ALCOLUMBRE. Lula reafirma, ao lado do Primeiro Ministro indiano, que não aceita interferência externa e defende soberania do Brasil.

Criança morre e outras duas ficam feridas após adolescente invadir escola no RS com faca

Entenda em 5 pontos a reivindicação do Brasil por uma 'ilha submersa' rica em 'minerais do futuro' - Elevação do Rio Grande é uma formação geológica submersa do tamanho da Espanha, localizada a cerca de 1.200 km da costa do RS e submersa a 5 mil metros de profundidade.

CORRESPONDENTE POLÍTICO: Desempenho digital fortalece Lula na corrida eleitoral - 7 de julho de 2025 - Por RUDOLFO LAGO*, do Correio da Manhã Pesquisas trecking realizadas pelo governo foram apresentadas esta semana - CORRESPONDENTE POLÍTICO: Desempenho digital fortalece Lula na corrida eleitoral - RED

Pesquisas trecking realizadas pelo governo foram apresentadas esta semana a ministros no Palácio do Planalto. Elas apontam uma recuperação na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois da virada de chave nas redes sociais conseguida nos últimos dias. Treckings são acompanhamentos rotineiros feitos com grupos menores de pessoas para consumo interno. Precisarão ser confirmadas ainda de fato pelas pesquisas oficiais. Mas geraram grande animação no governo. E reanimaram Lula na corrida presidencial. Como o Correio Político mencionara, os seguidos reveses estavam fazendo o presidente considerar não disputar a reeleição para não correr o risco de terminar sua vitoriosa carreira política com uma derrota.

Redes

Os treckings são reflexos do desempenho do governo nas redes sociais depois da decisão de reagir à derrota sofrida no Congresso na questão do IOF. A confrontação fez a esquerda liderar pela primeira vez a batalha das redes, que a direita até então dominava.

Hashtags

Hashtags como “Congresso da Mamata” e “Congresso dos Ricos” passaram ao topo nas redes. Segundo a Quaest, 61% das menções críticas nas redes sociais eram ao Congresso até a quinta-feira (3). Milhões de pessoas foram alcançadas pelas diversas postagens.

Governo avalia ter deixado oposição sem discurso

Após a análise dos treckings, a avaliação no governo é que o movimento nas redes tinha acuado a oposição no Congresso. Que se viu desnorteada e momentaneamente sem discurso. Até então, toda negociação dura que o governo fazia com o Congresso ajudava a resultar numa onda de desgaste. Que fazia a oposição repetir os bordões de que o governo não seria austero, não saberia cortar gastos, repetindo que “a conta não fecha”. Neste momento, o governo teria conseguido reverter para o Congresso a responsabilidade de apontar onde cortar gastos e fazer com que a conta feche. A “mamata” agora estaria na conta do Congresso.

Emendas

O golpe foi tão sentido que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já admitia na sexta-feira (4) cortar nos próprios R$ 50 bilhões de emendas parlamentares, até então consideradas intocáveis por quem mandava o governo cortar programas sociais.

Social

No governo, há quem avalie que os movimentos a partir da derrota no IOF teriam voltado a fazer parte da população temer pela perda dos programas sociais. Até então, consolidara-se na população a impressão de o Bolsa-Família já tinha virado política de Estado.

Risco

De fato, virou, depois que se viu que mesmo Jair Bolsonaro, que o criticava, o manteve. Mas reforçou-se agora a impressão de que os programas sociais não são intocáveis. Há como colocá-los em risco. E a hipótese desse risco passa pelo comportamento do Congresso.

Congresso

Se há um Congresso que não abre dos R$ 50 bi de emendas e que aumenta seus próprios gastos com a história do maior número de deputados, isso significa que cortes acabarão tendo que ser feitos pelo governo em outras áreas. Que poderão ser saúde, educação e o social.

*Rudolfo Lago é jornalista do Correio da Manhã / Brasília, foi editor do site Congreso e é diretor da Consultoria Imagem e Credibilidade.

Publicado originalmente no Correio da Manhã.

 

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Zé Dirceu fala sobre conjuntura - (1253) JOSÉ DIRCEU FALA SOBRE OS DESAFIOS DA POLÍTICA E O FUTURO DO PT - YouTube   19 junho

O PT lidou muito bem com isso, porque nós fizemos a reforma política no país, acabamos como financiamento das pessoas jurídicas e criamos o fundo partidário e o fundo eleitoral. Em relação à corrupção na Petrobras, cada um respondeu por ela, e o governo pagou um preço por isso, também. Não podemos, porque foram anulados os processos, não houve corrupção, não houve desvios. Aliás, agora tivemos o problema do INSS, o que mostra que é preciso voltar com o sistema de controle interno que existia nos ministérios, chamado Siset, que fazia uma auditoria permanente nos ministérios. (...) É preciso cada vez mais criar condições para combater a corrupção”, diz o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu sobre mensalão e petrolão, os escândalos de corrupção que marcaram o governo do PT. “Eu considero que fui cassado politicamente para me retirar da vida política e institucional do país”, diz José Dirceu.

Dirceu: fui transformado em bandido em 24 horas; ex-ministro fala sobre processos que respondeu após deixar o governo. “Temos que ter duas ou três candidaturas em São Paulo fortíssimas”, diz José Dirceu, e cita Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Marta Suplicy e Márcio França. “Vamos ter que construir uma aliança para enfrentar. Tudo indica que os partidos de direita vão se unir ao bolsonarismo e vão buscar um candidato único se Bolsonaro permitir, que seria o Tarcísio de Freitas. Mas o Tarcísio não é invencível”, diz José Dirceu sobre eleições de 2026. “O governo fez o arcabouço fiscal, deu uma garantia, e está sendo cumprido. Inclusive de fazer contingenciamento. Todos os órgãos do governo, todos os ministérios estão reclamando do contingenciamento. (...) Então o problema é estrutural. O que o país precisa? Que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o empresariado, os sindicatos e o presidente chamem para um pacto nacional. Cortar, o Senado e Câmara não querem, e se pode, sim, criticar a Câmara e o Senado, se não, por que elegemos deputados a cada quatro anos? A Câmara poderia ter aprovado as renúncias tributárias que o (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad propôs, e não o fez. E está aumentando em 24% ao ano as emendas impositivas. (...) Os problemas do Brasil são maiores que a dívida pública, e basta olhar o mundo. Talvez isso vá se resolver em 2026, se vamos seguir o caminho do (Javier) Milei na Argentina ou se vamos continuar num caminho socialdemocrata. Essa são as opções, e tem o problema do fascismo, da extrema-direita”, diz o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu sobre o problema de corte de gastos. Há problemas de coordenação e comunicação no governo Lula 3, diz José Dirceu. “O PT, como organização partidária, se desorganizou”, afirma José Dirceu, ex-ministro do governo Lula (2003). “As instâncias deixaram de funcionar muitas vezes.” "A esquerda não errou porque, apesar de tudo o que aconteceu conosco entre 2013 e 2019, nós voltamos ao governo em 2022. Nós ganhamos 5 eleições. Agora, a esquerda se debilitou muito, saiu dos territórios, não conseguiu se empoderar nas redes, o discurso, muitas vezes, é de um Brasil que não existe mais (...)", diz José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil. "A base do governo Lula é de centro-direita", diz José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil. Questionado de quem foi o erro sobre crise do IOF, José Dirceu diz que não há erro, mas “uma realidade” no Congresso. “Tínhamos que ter construído uma mesa da frente ampla, como uma mesa da esquerda, com lideranças, com visibilidade, para a sociedade ver. Não é o Lula, não é o PT. É um governo de frente”, diz José Dirceu.

À flor da pele, o conflito favorece Lula e o governo. Carlos Melo

 

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Índice terça-feira, 8 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Reforma do IR aproxima Brasil de ‘justiça tributária’ - O Globo  Mesmo que não seja ideal, mudança enviada ao Congresso traria avanço bem maior que aumento do IOF  CONTINUAR LEITURA

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Melhora na popularidade vai manter aliados com Lula, diz o novo presidente do PT, Edinho Silva - Andrea Jubé e Isadora Peron / Valor Econômico - Alinhado ao ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação, Edinho reconhece a crise de popularidade do governo, mas diz estar “confiante” de que a aprovação do presidente vai crescer no 2º semestre

Eleito com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, disse ao Valor, na primeira entrevista exclusiva após a divulgação do resultado da eleição petista, que, antes de tomar posse, vai procurar dirigentes e líderes partidários da base para deflagrar as conversas sobre os palanques para 2026 e tentar reeditar a frente ampla de 2022. “Temos que consolidar rapidamente um diagnóstico, Estado por Estado.”

Ele vai ser o responsável por coordenar a campanha de Lula à reeleição. Alinhado ao ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho reconhece a crise de popularidade do governo, mas diz estar “confiante” de que a aprovação do presidente vai crescer já no segundo semestre. A se confirmar esse quadro, diz que a “perspectiva de vitória” vai conter a eventual debandada de aliados.

Conhecido pelo estilo conciliador, ele chega ao posto num clima de tensão política, em pleno confronto do governo com o Congresso, após a derrota imposta a Lula no episódio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele rebateu críticas de que o PT estaria estimulando a divisão da sociedade.

“Achar que impõem uma derrota ao Lula e que isso não teria reação é muita ingenuidade, mas não significa que ele tenha aberto mão do diálogo.”

Próximo do ministro da FazendaFernando Haddad, ele disse que o PT não terá uma postura passiva sobre a economia, mas “não vai trabalhar contra o governo”. Igualmente ligado ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, Edinho criticou os juros altos, mas defendeu o “voto de confiança” no chefe da política monetária.

Quatro vezes prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) de Dilma Rousseff, Edinho assume o PT após o mandato de oito anos de Gleisi Hoffmann, hoje ministra da articulação política, e de cinco meses do senador Humberto Costa (PE), que comandará a transição no cargo. A posse dele ocorrerá no início de agosto.

Representante da tendência hegemônica Construindo um Novo Brasil (CNB), Edinho também terá de pacificar o PT, que saiu rachado da eleição nacional. O principal embate interno ainda mira o controle da Secretaria de Finanças, hoje com Gleide Andrade, aliada de Gleisi.

A seguir os principais pontos da entrevista ao Valor:

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Ajuste fiscal não precisa ser cruel nem abrupto - Pedro Cafardo - Valor Econômico - O congelamento do mínimo e o corte de gastos com o Bolsa Família e outros programas sociais dariam alívio imediato aos cofres da Previdência e às contas públicas, mas é cruel querer resolver o problema fiscal empurrando a conta do ajuste para idosos, deficientes e pobres  CONTINUAR LEITURA

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Na reunião do Brics, Lula reage à interferência indevida de Trump - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense - Somos um país do Ocidente, porém, com a globalização, nossa vocação natural de produtor de commodities de minérios e alimentos fez da China nosso principal parceiro comercial = CONTINUAR LEITURA

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Brics escancara ambiguidades globais - Hélio Schwartsman  - Folha de S. Paulo - Declaração final não esconde divergências no bloco, que é mais autoritário do que antiocidental - CONTINUAR LEITURA

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Tarcísio vai se Lula estiver mal – Dora Kramer- Folha de S. Paulo -Decisão do governador de disputar o Planalto depende de como o presidente chegará a 2026  - CONTINUAR LEITURA

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PSDB perdeu a direita e cavou a própria cova com rachas e traições - Marcio Aith* - Folha de S. Paulo - [RESUMO] Partido do Real e da modernização do Estado brasileiro, o PSDB por duas décadas protagonizou com o PT os rumos da política nacional, vangloriando-se de possuir os mais bem preparados quadros políticos e técnicos do país. Com o mesmo esmero, suas lideranças dedicavam-se nos bastidores a sucessivas traições e sabotagens. Denúncias de corrupção e o surgimento de Bolsonaro acentuaram a crise e rasgaram a superfície de polida competência do partido, que hoje depende de fusão ou federação com outras siglas para sobreviver. CONTINUAR LEITURA

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Qual o problema do 'nós contra eles'? - Joel Pinheiro da Fonseca - Folha de S. Paulo - Gestão federal toma medidas que, se viessem da oposição, tacharia de elitistas

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Brasileiro (não) paga muito imposto? - Michael França - Folha de S. Paulo - Afirmação não é totalmente incorreta, mas é manipuladora - CONTINUAR LEITURA

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De bruxas e bruxarias - Eliane Cantanhêde  - O Estado de S. Paulo - E se, em nome da soberania, Milei cobrasse Lula pelo ‘Cristina libre’ em plena Argentina? CONTINUAR LEITURA

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O Brasil no Brics - Rubens Barbosa - O Estado de S. Paulo - O Brics é visto, em Brasília, como instrumento-chave para reequilibrar a ordem mundial, contrapondo o domínio do G-7 - CONTINUAR LEITURA

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Os hackers do Pix - Pedro Doria -O Globo - Ninguém precisou forçar o acesso a nenhum sistema, senha alguma teve de ser adivinhada. As falhas de segurança, que certamente existiram, até aqui não parecem ter sido do Banco Central   CONTINUAR LEITURA

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Brics encara incoerências - Merval Pereira - O Globo -Eventuais acertos do grupo, como a ideia de negociar com suas moedas, perdem-se diante do acúmulo de incoerências e da defesa de ditaduras e invasões. CONTINUAR LEITURA

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As contradições internas do Brics - Míriam Leitão - O Globo - A ampliação do Brics elevou a contradição interna. O resultado foi um comunicado fraco, apesar de algumas boas falas de Lula - CONTINUAR LEITURA

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Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.  Pesquise os títulos aqui.

Alcançando ou ficando para trás? - Por ELEUTÉRIO F. S. PRADO: O desenvolvimento desigual não é acidente, mas estrutura: enquanto o capitalismo promete convergência, sua lógica reproduz hierarquias. A América Latina, entre falsos milagres e armadilhas neoliberais, segue exportando valor e importando dependência

Régis Bonvicino (1955-2025) - Por TALES AB’SÁBER: Homenagem ao poeta recém-falecido

Inteligência artificial ou extorsão? - Por EMILIO CAFASSI: A inteligência artificial prometia ser uma ferramenta de libertação, mas sob o capitalismo digital, transforma-se em mais um mecanismo de subjugação. Seu brilho futurista esconde a velha lógica da exploração

Um imposto mínimo para os super-ricos - Por DARON ACEMOGLU, GEORGE AKERLOF, ABHIJIT BANERJEE, ESTHER DUFLO, SIMON JOHNSON, PAUL KRUGMAN & JOSEPH STIGLITZ: A introdução de um imposto mínimo sobre os ultrarricos, como proposto por diversos economistas renomados, visa corrigir a injustiça tributária atual

A tempestade vai passar - Por SALEM NASSER: Israel se nomeia ‘leão’, mas age como vento: forte na destruição, fugaz na permanência. Enquanto isso, a Palestina é o chão que não se deixa arrancar – e o Irã, a rocha que não se dissolve na tempestade

7 de Julho de 1978 - Por PAULO FERNANDES SILVEIRA: A voz dos filósofos nas ruas: de Paris a São Paulo, a luta contra o racismo e a discriminação racial

A nova geopolítica dos saberes - Por FERNANDO HORTA: A geopolítica material do século XIX – território, recursos e fronteiras

A “revolução cultural” de Stalin - Por CELSO FREDERICO: Sob Stalin, a literatura soviética passou por uma metamorfose, onde a criação artística foi direcionada para servir à construção do socialismo, resultando em uma produção literária marcada pela monotonia e pela propaganda política

Favela gay - Por FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JÚNIOR: Comentário sobre o filme dirigido por Rodrigo Felha

Culto neoliberal = Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: Um olhar crítico e satírico sobre a adoração ao mercado, comparando suas práticas à liturgia de um culto religioso, revelando suas contradições e a natureza quase religiosa de suas crenças

O ataque de Donald Trump aos BRICS - Por TIAGO NOGARA: As ameaças de Trump refletem não apenas a estratégia da política externa dos EUA, mas também o impacto das iniciativas BRICS em âmbito internacional

A universidade no espelho do capital fictício-Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: A universidade pública, neste novo regime, abandona sua função originária de mediação entre saber e sociedade. Passa a ser mediadora entre o capital e a imagem

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RIO GRANDE DO SUL – POA MATINAL

 

TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Iniciada em Torres a construção de 10 casas populares pelo programa “A Casa é Sua” - O investimento total supera R$ 1,2 milhão, sendo R$ 800 mil do Governo do Estado, R$ 460 mil da Prefeitura de Torres - além de terreno disponibilizado pelo município (Com Prefeitura de Torres)

 O acendedor de lampiões em Torres - "Antes da implantação das linhas elétricas, a iluminação pública provinha de lampiões. Aqui em Torres, existiam os lampiões nas ruas da cidade, e o acendedor era uma figura muito conhecida na comunidade. Elói Krás Borges residia na casa de número 838, na Rua Júlio de Castilhos" (acesse o link para ler o texto completo do pesquisador Roni Dalpiaz)

 

Poesia

Pura emoção.

 

Ontem na festa,

recordei o passado,

quando tinha

meu pai ao meu lado.

A tainha assada,

a bandinha animada.

Saudades do tempo

em que íamos juntos

almoçar em família,

doce diversão.

O som do helicóptero

a sobrevoar,

tendo como cenário

a lagoa e o mar.

Encanto e emoção,

lembranças do coração.

Evanise G. Bossle

INTERESSE PÚBLICO

O consumo excessivo de remédios para dor de cabeça torna as enxaquecas mais dolorosas

Capas dos grandes jornais do centro do país e POA

O GLOBO – STF amplia ofensiva sobre emendas e aponta desvios para fins eleitorais. Investigação contra o deputado Junior Mano é uma das dezenas envolvendo verbas geridas por parlamentares

O ESP – Projeto de isenção do I.R. pode ter alíquota mais baixa para alta renda. De 10% para 8%

FSP – Consignado para menor de idade atinge 492 mil benefícios. Norma de 2022 flexibilizou o acesso ao crédito. Justiça suspende novos empréstimos

ZH – Câmara  aprova urgência de  projeto que estabelece corte de 10% em benefícios sociais

JORNAL DO COMÉRCIO POA- Investimento na distribuição gaúcha de energia passará de R$ 12,5 bilhões até 2029

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O Assunto g1 dia - A hegemonia do dólar: passado, presente e futuro

A hegemonia do dólar: passado, presente e futuro - O Assunto #1506 | O Assunto | G1

"O dólar é rei", declarou Donald Trump nesta terça-feira (8). E completou: "vamos mantê-lo assim”, ao dizer que a perda da hegemonia da moeda dos EUA seria equivalente à “derrota em uma guerra”.

As declarações de Trump são uma reação aos Brics que, após o encontro sediado no Rio de Janeiro, publicaram um documento defendendo o uso de moedas locais em transações comerciais. Foi imediatamente após a declaração conjunta dos Brics que o presidente dos EUA ameaçou taxar países que se alinhassem com a política do grupo – que chama de “antiamericanas”.

O uso de moedas locais é uma demanda antiga do grupo, o que põe em risco a supremacia econômica e de influência dos EUA no sistema de comércio global. Neste episódio, Julia Duailibi recebe o economista Octaviano Canuto, que foi vice-presidente do Banco Mundial e diretor-executivo do FMI, para explicar o momento atual do dólar e o que significaria uma desdolarização da economia.

Canuto, que também é membro sênior do Policy Center for the New South e professor da Universidade George Washington, relembra quando o dólar passou a ser o meio hegemônico de negociação entre países. Ele analisa quais seriam as consequências políticas e econômicas de a moeda americana perder protagonismo global.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação nesta semana: Julia Duailibi

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast discute conceito de soberania de um país - Folha - 09/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast discute conceito de soberania na diplomacia em meio a tensão entre Trump e Lula. Apoiadores do governo criticam defesa que americano fez de ex-presidente e ameaças ao Brics como ataque estrangeiro

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Editorial  Cultural FM Torres RS -  www.culturalfm875.com

BRASIL TERÁ EMPRESAS ESTRATÉGICAS DE SAÚDE , por Renato S. Oliveira

Ontem à noite foi votado de surpresa na Câmara, um projeto de lei que institui a Estratégia Nacional de Saúde, articulada, em tese, com o fortalecimento do SUS, via fortalecimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde. Entre outros dispositivos, o projeto institui a figura das Empresas Estratégicas da Saúde (EES), produtoras de itens críticos do setor, especialmente de alta tecnologia, empresas que, por suposto, desenvolvam capacidade de inovação e que terão tratamento fiscal e tributário diferenciado. A ABIMO estava articulando, como um dos critérios para a definição das EES, o controle majoritário do seu capital votante por brasileiros. Isto chegou a ser incluído numa versão preliminar do projeto. No entanto, o projeto aprovado ontem suprimiu isto, o que significa que uma empresa chinesa, por exemplo, poderá se instalar no Brasil para produzir itens críticos de saúde gozando de vantagens fiscais e tributárias. Desnecessário dizer que isto não acontece em lugar nenhum do mundo. Com seu enorme mercado interno de saúde, o Brasil dará um enorme fôlego a empresas que estão enfrentando barreiras alfandegárias nos EUA e Europa. A Europa, por exemplo, não está mais aceitando empresas chinesas nas licitações dos países membros, o que provocou retaliação da China no mesmo sentido.

Em suma, o Brasil está entrando de vestal no baile da zona.

 

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Índice terça-feira, 8 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Reforma do IR aproxima Brasil de ‘justiça tributária’ - O Globo  Mesmo que não seja ideal, mudança enviada ao Congresso traria avanço bem maior que aumento do IOF

O governo federal se diz empenhado por “justiça tributária”. Petistas têm promovido campanha pelo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), resgatando o discurso “ricos contra pobres”. Essa propaganda polarizadora nada traz de bom. Mas, se aumentar o IOF e rachar a sociedade é o modo errado de promover “justiça tributária”, isso não significa que os impostos brasileiros sejam justos. Não são. E o próprio governo, como O GLOBO afirmou em editorial de março, já encaminhou ao Congresso projeto que, apesar das limitações, avança ao corrigir injustiças — a reforma do Imposto de Renda (IR).

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:09:00 Nenhum comentário:  

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Melhora na popularidade vai manter aliados com Lula, diz o novo presidente do PT, Edinho Silva - Andrea Jubé e Isadora Peron / Valor Econômico - Alinhado ao ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação, Edinho reconhece a crise de popularidade do governo, mas diz estar “confiante” de que a aprovação do presidente vai crescer no 2º semestre

Eleito com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, disse ao Valor, na primeira entrevista exclusiva após a divulgação do resultado da eleição petista, que, antes de tomar posse, vai procurar dirigentes e líderes partidários da base para deflagrar as conversas sobre os palanques para 2026 e tentar reeditar a frente ampla de 2022. “Temos que consolidar rapidamente um diagnóstico, Estado por Estado.”

Ele vai ser o responsável por coordenar a campanha de Lula à reeleição. Alinhado ao ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho reconhece a crise de popularidade do governo, mas diz estar “confiante” de que a aprovação do presidente vai crescer já no segundo semestre. A se confirmar esse quadro, diz que a “perspectiva de vitória” vai conter a eventual debandada de aliados.

Conhecido pelo estilo conciliador, ele chega ao posto num clima de tensão política, em pleno confronto do governo com o Congresso, após a derrota imposta a Lula no episódio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele rebateu críticas de que o PT estaria estimulando a divisão da sociedade.

“Achar que impõem uma derrota ao Lula e que isso não teria reação é muita ingenuidade, mas não significa que ele tenha aberto mão do diálogo.”

Próximo do ministro da FazendaFernando Haddad, ele disse que o PT não terá uma postura passiva sobre a economia, mas “não vai trabalhar contra o governo”. Igualmente ligado ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, Edinho criticou os juros altos, mas defendeu o “voto de confiança” no chefe da política monetária.

Quatro vezes prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) de Dilma Rousseff, Edinho assume o PT após o mandato de oito anos de Gleisi Hoffmann, hoje ministra da articulação política, e de cinco meses do senador Humberto Costa (PE), que comandará a transição no cargo. A posse dele ocorrerá no início de agosto.

Representante da tendência hegemônica Construindo um Novo Brasil (CNB), Edinho também terá de pacificar o PT, que saiu rachado da eleição nacional. O principal embate interno ainda mira o controle da Secretaria de Finanças, hoje com Gleide Andrade, aliada de Gleisi.

A seguir os principais pontos da entrevista ao Valor:

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Ajuste fiscal não precisa ser cruel nem abrupto - Pedro Cafardo - Valor Econômico - O congelamento do mínimo e o corte de gastos com o Bolsa Família e outros programas sociais dariam alívio imediato aos cofres da Previdência e às contas públicas, mas é cruel querer resolver o problema fiscal empurrando a conta do ajuste para idosos, deficientes e pobres

A batalha do IOF fez brotar nas redes sociais o que o presidente da Câmara, Hugo Motta, chamou de polarização social. Na definição governista, “ricos x pobres”.

Ao impor seguidas derrotas ao governo, entre elas a do IOF, a oposição, inclusive a interna, adotou a óbvia estratégia pré-eleitoral da extrema direita: ir sangrando Lula para que continue perdendo popularidade até o pleito de 2026.

Ao revidar com o “ricos x pobres”, duas palavras que políticos e analistas evitam usar, o governo escancarou sua contraestratégia: colocar a extrema direita na situação desconfortável de quem pretende tirar renda dos pobres e impedir a taxação das classes mais favorecidas da sociedade.

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Na reunião do Brics, Lula reage à interferência indevida de Trump - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense - Somos um país do Ocidente, porém, com a globalização, nossa vocação natural de produtor de commodities de minérios e alimentos fez da China nosso principal parceiro comercial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu, ontem, a declaração feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro. O petista disse que “a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito”.

Trump havia publicado um texto em defesa de Bolsonaro no final da manhã. Segundo ele, o ex-presidente brasileiro e seus parentes sofrem uma “caça às bruxas”. Para o norte-americano, ele “não é culpado de nada”. Disse: “O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil – chama-se eleição. Deixem o Bolsonaro em paz!”. De pronto, o ex-chefe do Executivo agradeceu o apoio.

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Brics escancara ambiguidades globais - Hélio Schwartsman  - Folha de S. Paulo - Declaração final não esconde divergências no bloco, que é mais autoritário do que antiocidental

O mundo é um lugar ambíguo e uma boa prova disso vem de organizações multilaterais como o Brics, que não escondem os interesses conflitantes daqueles que pretendem formar um grupo coeso.

O Brics surgiu em 2001 como acrônimo dos países emergentes em que investidores deveriam ficar de olho; Brasil, Rússia, Índia e China (a África do Sul, o S, entrou depois). Mas os países mencionados gostaram da ideia de formar um bloco que se orientaria por interesses econômicos comuns e o formalizaram.

As divergências logo surgiram e se agravaram. A China se tornou superpotência em atrito com os EUA. É a Guerra Fria 2.0. Por seu peso gravitacional, Pequim é quem mais influencia o clube.

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Tarcísio vai se Lula estiver mal – Dora Kramer- Folha de S. Paulo -Decisão do governador de disputar o Planalto depende de como o presidente chegará a 2026

Tarcísio de Freitas (Republicanos) não desmente nem confirma candidatura à Presidência da República quando a conversa entre aliados envereda por aí. Deixa a hipótese no ar. Não estimula nem desestimula, enquanto em público nacionaliza o discurso.

Deu um tempo nas cortesias administrativas, passou a criticar o presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e incorporou o desafio ao Sul Global em suas falas.

O governador ultrapassa as fronteiras de São Paulo quando fala de segurança pública referindo-se à necessidade de reestruturação das Forças Armadas, na economia diz que conhece a solução para o equilíbrio fiscal do país e na política anuncia frente de direita para 2026.

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PSDB perdeu a direita e cavou a própria cova com rachas e traições - Marcio Aith* - Folha de S. Paulo - [RESUMO] Partido do Real e da modernização do Estado brasileiro, o PSDB por duas décadas protagonizou com o PT os rumos da política nacional, vangloriando-se de possuir os mais bem preparados quadros políticos e técnicos do país. Com o mesmo esmero, suas lideranças dedicavam-se nos bastidores a sucessivas traições e sabotagens. Denúncias de corrupção e o surgimento de Bolsonaro acentuaram a crise e rasgaram a superfície de polida competência do partido, que hoje depende de fusão ou federação com outras siglas para sobreviver.

Era uma manhã de março de 2016 quando o destino tocou a campainha do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Aécio Neves, então senador, recém-desembarcado em Congonhas, atravessava a cidade com uma comitiva de repórteres. Não vinha para conversar. Queria arrastar o governador Geraldo Alckmin até a avenida Paulista, onde fervilhava a maior manifestação pró-impeachment de Dilma Rousseff.

"Isso é uma armadilha", murmurou o governador, seco, a dois assessores. Sabia que, se não fosse, os jornais do dia seguinte o carimbariam como o responsável pelo racha tucano. Suspirou, entrou na van e partiu. No trajeto, os dois homens, que um dia representaram o futuro do país, viajaram lado a lado, calados, como estranhos no mesmo velório.

Na Paulista, antes do cheiro de fritura dos ambulantes, vieram as vaias. Cartazes pediam cadeia. Um manifestante gritou "corrupto" diretamente a Aécio. Para quem conhecia o ninho tucano por dentro, era o início do fim de um projeto que prometera civilizar a política nacional —e acabava linchado no meio da rua.

Alckmin via nas pedaladas fiscais atribuídas ao governo Dilma não um crime, mas uma farsa. Dizia aos próximos que, sob aquele microscópio ideológico, nenhum prefeito passaria sem arranhões. Para ele, o impeachment era juridicamente frágil e politicamente perigoso, um precedente que poderia ser usado contra qualquer governante.

A irritação do governador não era só jurídica. O PSDB começava a flertar com um terreno que jamais fora o seu: polarização sem freios, rua ensandecida, populismo do ódio. "Já não era um movimento que nos cabia bem", admite hoje Aécio Neves, em entrevista à Folha. "Era uma coisa esquisita, radicalizada."

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Qual o problema do 'nós contra eles'? - Joel Pinheiro da Fonseca - Folha de S. Paulo - Gestão federal toma medidas que, se viessem da oposição, tacharia de elitistas

O "nós contra eles" é indissociável da política, que é feita, afinal, de grupos em luta pelo poder. E, quando um grupo consegue associar a si mesmo com "o povo" e pintar o adversário como "as elites", o discurso vira uma arma poderosa. Não foi invenção de Marx, não. Desde a mais remota antiguidade o conflito entre grupos —especialmente pobres e ricos— sempre deu a tônica da política. Das campanhas pela reforma agrária dos irmãos Graco na Roma republicana à Revolução Francesa, essa polarização sempre esteve presente. Às vezes, ela aflora. A vantagem da democracia é dar vazão a essas polaridades sem necessidade de guerra civil.

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Brasileiro (não) paga muito imposto? - Michael França - Folha de S. Paulo - Afirmação não é totalmente incorreta, mas é manipuladora

Dizer que o brasileiro paga muito imposto não é necessariamente uma mentira, mas trata-se de uma meia-verdade usada de forma seletiva. O Brasil apresenta uma carga tributária, ou seja, a proporção entre o total de impostos arrecadados e o Produto Interno Bruto (PIB), considerada de nível médio a alto.

No entanto, ao observarmos comparações internacionais, especialmente com países desenvolvidos, percebemos que ela está longe de ser uma das mais elevadas do mundo.

Aqui, ela gira em torno de 32% do PIB. Isso é mais ou menos o mesmo nível de países da OCDE com Estado de bem-estar social moderado, como Portugal ou Espanha, e bem inferior ao de países como França, Dinamarca ou Suécia, onde a carga supera 40%.

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De bruxas e bruxarias - Eliane Cantanhêde  - O Estado de S. Paulo - E se, em nome da soberania, Milei cobrasse Lula pelo ‘Cristina libre’ em plena Argentina?

Quem atira a primeira pedra? Se Donald Trump, presidente dos EUA, está errado – e está – ao chamar os processos contra Jair Bolsonaro no Supremo de “perseguição” e “caça às bruxas”, o que dizer de Lula, presidente do Brasil, que visitou Cristina Kirchner e tirou foto com o cartaz “Cristina libre” em plena Buenos Aires?

Trump, que se sente imperador dos EUA e age como dono do mundo, ficou mal-humorado com o Brics no Rio e ameaça impor tarifas adicionais a países que se alinharem com o bloco, que tem China, Rússia e agora Irã. De quebra, se meteu também com a Justiça brasileira, ao defender e dizer que Bolsonaro só queria o bem do povo brasileiro (?). Julgou, absolveu e anunciou sua sentença ao mundo.

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O Brasil no Brics - Rubens Barbosa - O Estado de S. Paulo - O Brics é visto, em Brasília, como instrumento-chave para reequilibrar a ordem mundial, contrapondo o domínio do G-7

No contexto atual de incertezas e insegurança global, o governo brasileiro organizou ontem, no Rio de Janeiro, o encontro de cúpula do Brics, sem a presença dos líderes da Rússia, China, Egito, Turquia, Irã e México.

O Brics, hoje, ampliado, é integrado pelos cinco países originais (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) e agora pelos novos membros, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes. Foi igualmente criada uma categoria de Países Associados, tendo sido convidados Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria, Indonésia, Argélia, Bielorrússia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã e Uganda. A expansão do Brics permitirá um maior conhecimento e novas oportunidades de ampliação do intercâmbio comercial entre os países-membros. Existem cerca de 200 mecanismos de interação entre os países-membros, com reuniões entre ministérios e instituições oficiais e privadas que vão nessa direção. No tocante ao funcionamento do bloco, o Brasil apoiou a expansão do grupo (2023-2024) e defende termos de referência para a entrada de novos membros para preservar a coerência e eficácia do bloco. Há cerca de 35 países que manifestaram interesse em se juntar ao Brics.

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Os hackers do Pix - Pedro Doria -O Globo - Ninguém precisou forçar o acesso a nenhum sistema, senha alguma teve de ser adivinhada. As falhas de segurança, que certamente existiram, até aqui não parecem ter sido do Banco Central

Quando alguém fala de qualquer crime envolvendo hackers, é inevitável que nos venha a imagem: um rapaz branquelo, espinhas no rosto, moletom de capuz e longas horas diante do computador. Pizzas, refrigerantes, energéticos. O desvio de dinheiro pelo sistema Pix ocorrido na semana passada, com perdas de R$ 400 milhões ou mais, não envolveu o estereótipo. A ação foi profissional, feita por quem sabia exatamente o que fazia e, principalmente, limpa. Ninguém precisou forçar o acesso a nenhum sistema, senha alguma teve de ser adivinhada. As falhas de segurança, que certamente existiram, até aqui não parecem ter sido do Banco Central.

Para que o Pix funcione e possamos fazer transferências imediatas, saindo da minha conta e entrando na sua, é preciso que três componentes distintos funcionem. Primeiro, as Contas de Pagamentos Instantâneos, ou Contas PI. Depois, o SPI, Sistema de Pagamentos Instantâneos. Por fim, o DICT, Diretório de Identificadores de Contas Transacionais.

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Brics encara incoerências - Merval Pereira - O Globo -Eventuais acertos do grupo, como a ideia de negociar com suas moedas, perdem-se diante do acúmulo de incoerências e da defesa de ditaduras e invasões.

Inicialmente Bric, grupo que reunia Brasil, Rússia, Índia, China e ganhou o plural para receber a África do Sul (South Africa em inglês) nasceu da inventividade de Jim O'Neill, economista do Goldman Sachs que criou o acrônimo para identificar os países que mais cresceriam economicamente no futuro e entrariam no grupo dos mais desenvolvidos. Seriam “os tijolos” dessa nova configuração. Isso foi há 25 anos. Não aconteceu exatamente assim, mas não há dúvida de que três dos países originários (China, Brasil e Índia) estão entre as maiores economias do mundo e de que a Rússia continua como um dos mais influentes.

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As contradições internas do Brics - Míriam Leitão - O Globo - A ampliação do Brics elevou a contradição interna. O resultado foi um comunicado fraco, apesar de algumas boas falas de Lula

O presidente Lula falou em fim do uso de combustíveis fósseis, mesmo num grupo, o Brics, que tem produtores de petróleo e grandes emissores. Falou em igualdade de gênero e direitos reprodutivos da mulher, num bloco com integrantes que oficialmente discriminam mulheres, como os países árabes e o Irã. Apesar disto, essa cúpula ampliada mostrou que as contradições internas tornaram o comunicado mais fraco em diversos pontos fundamentais, como na reivindicação brasileira de ter um assento no Conselho de Segurança da ONU.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:37:00

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7 de julho de 2025

 

BRICS afirma que o Ocidente deve pagar pela transição energética do Sul global

 

 

 

Enquanto isso, o presidente Donald Trump ameaçou impor tarifas adicionais de 10% aos membros do BRICS e a qualquer país que faça negócios com eles, acusando-os de "políticas antiamericanas".

 

CLIQUE E LEIA A NOTÍCIA COMPLETA

 

O ataque de Donald Trump aos BRICS

 

por Tiago Nogara

 

 

As ameaças de Trump refletem não apenas a estratégia da política externa dos EUA, mas também o impacto das iniciativas BRICS em âmbito internacional

 

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Leia mais notícias e artigos no site

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 8 julho – 3ª. oblíqua

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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Dia de sol com algumas nuvens e névoa ao amanhecer. Noite com poucas nuvens. Temperatura 11° / 19°

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8 de julho - Este é o Dia Nacional da Ciência  - Comemorado em 8 de julho, o Dia Nacional da Ciência foi estabelecido pelo Congresso nacional para incentivar a atividade científica no país. O Brasil é um país que conta com grandes cientistas em diversas áreas e, por isso, tem dado contribuições significativas ao desenvolvimento científico mundial. Mas, tanto o Governo quanto a iniciativa privada brasileira ainda investem menos do que deviam na área. A data comemorativa foi criada como um primeiro passo para pôr em destaque a ciência. Então, vamos aproveitar o dia 8 de julho para você entender melhor o que é essa atividade e descobrir sua importância. - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/0708---dia-nacional-da-ciencia.htm?cmpid=copiaecola

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

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Objetivos principais do BRICS , 39% da economia mundial – Fortalecimento da cooperação econômica, política e social, aumento da influência geopolítica do bloco e mudanças no modelo de governança global, condenação a políticas restritivas ao comércio global, papel ativo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e criação de um Banco de Reservas Financeiras, maior uso de moedas locais nas transações do bloco, defesa do multilateralismo

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Top 15 em investimento estrangeiro, Vietnã reinventa socialismo e consolida protagonismo global  - LEIA MAIS em Diálogos do Sul

Brasil está virando paraíso fiscal de data centers, alerta especialista sobre plano de Haddad -  LEIA MAIS em Diálogos do Sul

Rota da Seda define relações no século 21 e o Brasil está fora-Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

(1248) ESPAÇO PLURAL - YouTubeDEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo -

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Quando os caixões vencem os berços – RED -https://red.org.br/noticias/uando-os-caixoes-vencem-os-bercos/

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscito-popular-por-selvino-heck/

 

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

O presidente dos Estados Unidos ameaçou aplicar mais impostos sobre produtos importados do Japão, da Coreia do Sul e de mais 12 países. Líderes das nações dos BRICS reagiram contra a inclusão entre os alvos de sobretaxas americanas. Donald Trump criticou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e o Palácio do Planalto respondeu que o Brasil não aceita interferência de quem quer que seja. Trump reúne-se com Netanyahu na expectativa de construir nova trégua em Gaza, mas procuram lugares no mundo para realocar seus moradores, o que, se ocorrer, incorrerá em crime de guerra. Jantar na Casa Branca. Expulsão de palestinos, armas para Ucrânia e Nobel da Paz marcam encontro entre Trump e Netanyahu

 Brasil e China firmam parceria que prevê ferrovia ligando Atlântico e Pacífico

 E aumentaram os números de uma tragédia climática: passaram de cem as mortes nas enchentes do estado americano do Texas. Fluminense enfrenta Chelsea hoje, 16h.

NACIONAIS

Um policial militar de São Paulo matou um marceneiro que tinha acabado de sair do trabalho — um homem negro que se apressava para pegar o ônibus para casa. O primeiro semestre teve mais saques do que depósitos nas cadernetas de poupança. Edinho Silva, aliado de Lula no PT, moderado, defensor de aliança com o Centro, foi eleito o novo Presidente do Partido.

Hugo Motta distribui R$ 11 milhões extras para cada deputado direcionar em emendas de comissão- O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos, PB), distribuiu R$ 11 milhões extras para cada deputado direcionar em emendas de comissão destravada. 

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Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice:

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Opinião do dia - Karl Marx* (herança democrática)

“Finalmente, os comunistas trabalham pela união e pelo entendimento dos partidos democráticos de todos os países.”

*Karl Marx (1818-1883), “Manifesto Comunista”, Fevereiro, 1848. Boitempo Editorial, p.69. São Paulo, 2005.

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:54:00 Nenhum comentário:  

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

COP30 corre risco de frustrar expectativas - O Globo - Reuniões preparatórias obtiveram consenso em alguns temas, mas resultados foram tidos como ‘mornos’

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Há uma luta de classes, e os ricos estão ganhando - Camila Rocha - Folha de S. Paulo - Os tais 10% da faixa proposta aos super-ricos brasileiros corresponde à faixa mais baixa dos contribuintes norte-americanos  - CONTINUAR LEITURA

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A crise atual: instituições constantes, incentivos variáveis - Marcus André Melo - Folha de S. Paulo - A questão principal é por que a crise se agudizou agora se não houve mudança nas regras institucionais - CONTINUAR LEITURA

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Congresso mimado por penduricalhos - Lygia Maria - Folha de S. Paulo  - Dada a carência da população brasileira, além do serviço débil prestado pelo Legislativo, nada justifica a montanha de gastos  - CONTINUAR LEITURA

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Decisão marca inflexão na relação entre STF e Executivo - Maria Cristina Fernandes- Valor Econômico - Conciliação buscada pelo ministro, na verdade, ainda não apaziguou o embate, e o presidente Lula, no relato de um ministro, teria ficado desagradado com a decisão

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Este é o pior Congresso da história brasileira? - Bruno Carazza  - Valor Econômico  -Dados legislativos ajudam a investigar se a profecia de Ulysses Guimarães se cumpriu

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Os vários riscos da retórica do ‘nós contra eles’ - Sergio Lamucci - Valor Econômico - Estratégia pode dificultar o avanço da agenda da equipe econômica no parlamento, além de piorar a qualidade do debate sobre política fiscal e sobre a agenda para reduzir a injustiça tributária - CONTINUAR LEITURA

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Estado brasileiro não é grande nem pequeno, é desigual - Preto Zezé - O Globo - No Brasil, a cada R$ 1 de renúncia fiscal dado aos grandes, não há exigência proporcional de geração de empregos - CONTINUAR LEITURA

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No consultório da doutora IA – Fernando Gabeira - O Globo  - Se substituímos a força de trabalho humana pela máquina, quem responde pelos eventuais erros que ela possa cometer?  CONTINUAR LEITURA

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O fardo dos juízes de preto - Demétrio Magnoli - O Globo

Ao declarar a inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, o STF conferiu poderes censórios ilimitados às plataformas de redes sociais. De agora em diante, elas terão a obrigação de excluir postagens que poderiam, hipoteticamente, ser definidas como ilegais por um juiz.  - CONTINUAR LEITURA

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Justiça tributária ou populismo? - Carlos Pereira* - O Estado de S. Paulo - Guinada populista de Lula mira menos 2026 e mais a manutenção da hegemonia do PT sobre a esquerda

É uma máxima do jogo eleitoral: diante da perspectiva de derrota, radicaliza-se o discurso para fidelizar a base – mirando a próxima rodada. - CONTINUAR LEITURA

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PTB de Roberto Jeferson agora é Partido de Esquerda

Paulo Cappelli - METRÓPOLE

PTB que foi de Roberto Jefferson ressurge como partido de esquerda

Partido que já foi presidido por Roberto Jefferson, PTB é refundado como legenda de esquerda: “Volta às origens”, diz novo presidente

02/07/2025 02:00, atualizado 02/07/2025 10:25

Brasileiro (PTB), que já foi presidido por Roberto Jefferson, foi refundado como legenda de esquerda.

O novo presidente da sigla, Vivaldo Barboza, classifica a iniciativa como uma “volta às origens do trabalhismo”.

“O PTB presidido por Roberto Jefferson foi extinto quando se fundiu com o Patriota e deu origem ao PRD. Entramos em meio a esse vazio. O PTB vai voltar a ser um partido de esquerda e nacionalista”, informou Barboza à coluna. Ele se desfiliou do PSB.

Coleta de assinaturas

Para poder abrigar candidaturas nas urnas eletrônicas, contudo, o novo PTB precisará, antes, passar por processo de coleta de assinaturas.

“Já fizemos a parte inicial de cartório, Diário Oficial, autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Agora, estamos coletando assinaturas, que é uma fase difícil. Temos que ter um mínimo de 547 mil assinaturas”, disse o dirigente, que manterá a logomarca do partido.

Segundo Barboza, há deputados federais que demonstraram interesse em migrar para a sigla caso as assinaturas sejam atingidas.

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RIO GRANDE DO SUL – POA

Os deputados estaduais Valdeci Oliveira e Sofia Cavedon são os vencedores à disputa pela presidência do PT no Estado e disputarão  segundo turno. Chamou a atenção o grande número de candidatos, representando as diversas tendências internas ao Partido.

 

 

8 de julho de 2025
Edição reduzida, fechada às 7h. Assine para receber mais cedo a versão completa

Olá, gente! O repórter Tiago Medina apresenta os alertas da comunidade científica sobre o programa de desassoreamento de grandes rios anunciado pelo governo Leite. Sem eficácia contra novas inundações, a iniciativa pode colocar Porto Alegre em risco.

Matinal de hoje também fala da decisão contra a paridade nas eleições da UFRGS e do plano da prefeitura de repassar o Gasômetro reformado para a iniciativa privada.

Roger Lerina escreve sobre Pedaço de Mim, vencedor de três prêmios no Festival de Veneza.

Hoje à tarde, os assinantes dos planos Completo e Comunidade recebem em primeira mão a Newsletter do Juremir. Se você também gostaria de receber, considere assinar a matinal.

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TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Intensificada limpeza de valos e preparo de pastagem de inverno na região rural torrense- A Secretaria de Desenvolvimento Rural e Pesca de Torres está direcionando seus esforços, entre junho e agosto, para a limpeza de valos, sangas e sistemas de escoamento em propriedades rurais, além da manutenção da infraestrutura pública

 TORRES: Iniciados preparativos para aguardada construção de Unidade Básica de Saúde na Praia Itapeva - A obra, financiada pelo governo federal com investimento de R$ 1.584.200,00 (R$ 1.58 milhão), está prevista para ser finalizada até agosto de 2026. Anúncio inicial dos recursos foi feito ainda durante o governo anterior, do ex-prefeito Carlos Souza

Conselho da Pessoa Idosa de Torres recebe prêmio nacional por programa implantado na cidade - Entidade também comemorou resultado da Conferência Municipal, realizada com participação de cerca de 200 pessoas

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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INTERESSE PÚBLICO

20 marcas de azeite já foram alvo de proibição neste ano; confira lista

 Resultados promissores- Novo tratamento pode eliminar necessidade de insulina em diabéticos

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Trump diz haver “caça às bruxas” a Bolsonaro e Lula rejeita a interferência.

O ESP- Novo tarifaço de Trump inclui Japão, Coreia do Sul e mais 12 países. Taxas de importação vão de 25% a 40% e incluem aliados históricos

FSP – Trump defende Bolsonaro, critica ação no Supremo e ameaça BRICS. Lula reage, diz que não aceita interferência no Brasil e que o mundo não quer um “ imperador “.

ZH – Lula e outros líderes do BRICS rebatem ameaças dos EUA a países aliados do bloco

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS -

Energia limpa e porto projetam nova rota de crescimento no Litoral Norte?

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O Assunto g1 dia -O maior ataque hacker ao sistema financeiro brasileiro

O maior ataque hacker ao sistema financeiro brasileiro - O Assunto #1505 | O Assunto | G1

Mais de R$ 500 milhões. Este foi o valor desviado das chamadas contas de reserva do banco BMP em apenas duas horas e meia durante a madrugada da última quarta-feira (2). Hackers invadiram o sistema de empresas responsáveis por intermediar transferências entre bancos e fizeram o maior ataque do tipo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Para explicar como este mega ataque foi feito, Natuza Nery conversa com Darlan Helder, repórter de tecnologia do g1, e com Ronaldo Lemos, cientista-chefe do Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS) do Rio de Janeiro.

Darlan detalha como a ofensiva foi feita e as suspeitas que recaem sobre um técnico de TI da empresa de tecnologia B&M. Preso, ele confessou ter repassado para hackers sua senha para entrar no sistema sigiloso que conecta bancos ao PIX. Em troca, ele diz ter recebido R$ 15 mil. Foi com a senha dele que os criminosos conseguiram desviar milhões de reais – fontes da TV Globo estimam que a quantia pode chegar a R$ 800 milhões.

Depois, Ronaldo Lemos explica por que, ao mirar o “coração do sistema financeiro”, o ataque se tornou tão emblemático. Ronaldo avalia as brechas dos sistemas de segurança dos bancos e aponta o que pode ser feito para corrigir falhas. Para ele, é preciso a criação de um “alarme” para alertar quando transações suspeitas estão em curso.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: A responsabilização do Congresso na crise fiscal - 08/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast trata da responsabilização do Congresso na crise fiscal. Em meio a crise com governo, parlamentares elevam gastos, e debate sobre papel do Legislativo ganha força

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EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

Brasil x Estados Unidos: Nossas Diferenças

O Brasil na Imprensa Internacional, viaCarmen Lícia Palazzo. Compartilho do post do Walmyr Buzatto. Importantíssimo!

"Notícia publicada no The Washington Post em 29/06/2025 pelo chefe do escritório do jornal no Rio de Janeiro. Fiz uma tradução rápida com os recursos da IA complementados pela IH (minha) e, ao final, orgulhoso de nosso SUS, só posso recomeçar ao jornal que pague melhor seu funcionário para este poder ter um carro melhor, caramba!

Para quem tem acesso ao WP, vale a pena ler os comentários dos leitores em inglês. Segue o link para a matéria original:

https://www.washingtonpost.com/.../brazil-health-care.../...

Consegui uma carona de ambulância, tomografia computadorizada e atendimento ao pronto-socorro no Brasil. Minha conta: US$0.

Enquanto Washington luta pelo acesso aos cuidados de saúde, a experiência de um jornalista do Washington Post em um hospital público no Brasil lançou luz sobre um sistema fundamentalmente diferente.

Por Terrence McCoy

PARATY, Brasil — Meu filho estava com febre alta, então minha esposa e eu decidimos encurtar nossas férias na praia e ir para casa, preocupados com a qualidade dos cuidados de saúde até agora do Rio de Janeiro. Arrumei nossas malas, dei uma última olhada na paisagem da costa e saí para carregar o carro.

Abri a tampa do porta-malas do nosso hatchback e comecei com aquele intrincado jogo de Tetris praticado por todos os pais de férias.

Eu tinha notado semanas antes que a ferrugem estava corroendo uma das vigas de suporte da tampa do porta-malas, mas não tinha pensado muito nisso - não, pelo menos, até que ela de repente quebrou e o peso total da porta caiu em mim.

Eu tropecei e agarrei minha cabeça, apenas percebendo o quanto eu havia me machucado quando olhei minha mão e vi que estava coberta de sangue. Havia mais nas minhas roupas e na chão embaixo. Eu caí no chão, gritei pela minha esposa e, de repente tonto, ouvi vozes abafadas começando a gritar para que alguém chamasse uma ambulância.

Mesmo depois de seis anos no Brasil como chefe do escritório do The Washington Post no Rio de Janeiro, confesso que um dos meus primeiros pensamentos foi teimosamente americano. Naquela tontura do momento, veio com clareza repentina: Quanto isso vai me custar?

Seis horas depois — depois de uma viagem de ambulância, tomografia computadorizada, raio-X do crânio e seis pontos na minha cabeça — eu tinha minha resposta: US$0.

Em um momento em que os cuidados de saúde continuam sendo uma das questões mais controversas em Washington — e o Escritório de Orçamento do Congresso estima que a nova lei orçamentária assinada pelo presidente Donald Trump poderia deixar mais milhões de americanos sem seguro — minha admissão inesperada em um hospital público brasileiro serviu como uma espécie de educação sobre um sistema fundamentalmente diferente.

Os cuidados de saúde são um direito básico no Brasil, consagrado na constituição. Cada um de seus 215 milhões de cidadãos — além de 2 milhões de residentes estrangeiros — tem direito a cuidados gratuitos no que se tornou o maior sistema de saúde pública do mundo.

O governo diz que o Sistema Único de Saúde — conhecido por todos aqui como SUS — conta com surpreendentes 2,8 bilhões de atendimentos por ano. Mais de 7 em cada 10 brasileiros dependem inteiramente disso, recebendo tudo, desde cuidados básicos até cirurgias complexas por conta do público.

O SUS está longe de ser perfeito. Os pacientes esperam em longas filas por cuidados especializados. Os legisladores o deixam subfinanciado. Os trabalhadores rotineiramente fazem greve. Ele balançou durante os piores dias da pandemia de coronavírus e os hospitais começaram a recusar pacientes, levando a cenas de desespero em todo o país e inflamando as divisões políticas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, um conservador de linha dura, tentou privatizar o sistema, mas rapidamente recuou após a reação pública, organizada sob a bandeira “Brasil precisa do SUS”. O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um esquerdista que há muito defende uma robusta rede de segurança social, desde então prometeu aliviar a pressão sobre o SUS com um novo pacote de financiamento.

“Não vamos deixar este programa falhar”, disse ele. “Porque os pobres precisam ser tratados como pessoas.”

Talvez porque eu estivesse mais confortável com um sistema mais semelhante ao dos Estados Unidos, minha família e eu sempre optamos pela rede privada de saúde do Brasil, onde os melhores hospitais rivalizam com qualquer coisa no mundo desenvolvido. Nosso filho nasceu e recebe seus cuidados pediátricos no sistema privado do Rio de Janeiro.

Então, naquela fatídica manhã de sexta-feira, quando a febre do meu filho aumentou nesta cidadezinha à beira-mar, onde o único hospital é público, ligamos para o pediatra dele e decidimos dirigir as quatro horas para casa. Mas a tampa do porta-malas tinha um plano diferente. Os socorristas pegaram meus sinais vitais, enfaixaram minha cabeça e me ajudaram a entrar em uma ambulância que havia sido despachada pelo Hospital Hugo Miranda. Lá fomos nós.

O contraste com o sistema americano foi imediatamente aparente — não pelo que a equipe do hospital pediu, mas pelo que eles não pediram. Ninguém perguntou sobre nossa cobertura de seguro. Ninguém sequer anotou meu número de identificação fiscal, que é solicitado aqui, mesmo ao pagar parquímetros ou comprar um tubo de pasta de dente.

Eu fui levado em uma cadeira de rodas de consultório em consultório. Primeiro, um canto onde recebi uma injeção de analgésico. Em seguida, uma sala apertada onde um médico injetou um anestésico local e fechou meu corte de seis centímetros com seis pontos. Em seguida, para a área de imagens onde foram feitos raios-X para certificar que a lesão era superficial. E, finalmente, para um centro adjacente, onde um exame de tomografia computadorizada foi realizado para verificar se não havia sangramento no cérebro.

Com o passar das horas, vi a diversidade do Brasil em exibição nos corredores do hospital. A população de Paraty é de apenas 47.000, mas a histórica cidade portuária serve como âncora regional para uma vasta dispersão de comunidades litorâneas. Muitas pessoas viajam de barco por enormes distâncias para chegar ao hospital. Na sexta-feira, eles se aglomeravam em áreas de espera e salas de exames ao lado da classe trabalhadora urbana e ricos de fora da cidade - a todos sendo garantido o mesmo nível de atendimento. Por 40 minutos enquanto esperava para receber os pontos, sentei-me quieto ao lado de um homem descalço com apenas um olho.

No início da tarde, fui chamado de volta para ver o médico que havia realizado minha recepção. Ela aconselhou o descanso, prescreveu analgésicos e antibióticos e me mandou embora.

Mas enquanto eu estava melhorando, a febre do meu filho chegou a 40 graus. Também procuramos tratamento para ele no mesmo Hospital Hugo Miranda, que o admitiu imediatamente; depois de uma hora de espera, seu nome foi chamado.

Dez minutos com um pediatra era tudo o que precisávamos para um diagnóstico: amigdalite.

A pediatra prescreveu antibióticos e Tylenol para reduzir a febre, depois chamou o próximo paciente em sua lista.

A conta do hospital do meu filho era a mesma que a minha: US$0."

 

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice:

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Opinião do dia - Karl Marx* (herança democrática)

“Finalmente, os comunistas trabalham pela união e pelo entendimento dos partidos democráticos de todos os países.”

*Karl Marx (1818-1883), “Manifesto Comunista”, Fevereiro, 1848. Boitempo Editorial, p.69. São Paulo, 2005.

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:54:00 Nenhum comentário:  

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

COP30 corre risco de frustrar expectativas - O Globo - Reuniões preparatórias obtiveram consenso em alguns temas, mas resultados foram tidos como ‘mornos’

São pouco promissoras as perspectivas para a Conferência do Clima da ONU, a COP30, agendada para novembro em Belém. Ainda é possível reagir, mas vai se estreitando o tempo para que a conferência se torne um marco com consequências. É grande o risco de ela frustrar as expectativas.

A comunidade internacional tem seguido um roteiro atribulado desde o Acordo de Paris, que assumiu em 2015 o compromisso de evitar alta de mais de 2°C na temperatura global em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial — e, de preferência, inferior a 1,5°C. Desde então, tem havido mais desencontro do que acordo sobre aspectos cruciais relacionados ao objetivo de conter o aquecimento do planeta, causa de desastres climáticos com consequências negativas nos planos social e econômico.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:53:00 Nenhum comentário:  

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Há uma luta de classes, e os ricos estão ganhando - Camila Rocha - Folha de S. Paulo - Os tais 10% da faixa proposta aos super-ricos brasileiros corresponde à faixa mais baixa dos contribuintes norte-americanos

Warren Buffett é o quinto homem mais rico do mundo. Sua fortuna é estimada em US$ 166 bilhões, quase R$ 1 trilhão. No dia 26 de novembro de 2006, o escritor e comentarista político Ben Stein escreveu uma coluna para o The New York Times sobre uma conversa que teve com Buffett sobre algo que preocupava o bilionário: o sistema tributário.

Nos Estados Unidos, há um sistema progressivo de taxação. As faixas variam de 10% a 37%. Em 2025, por exemplo, quem ganhar até pouco menos de US$ 12 mil anuais irá pagar 10%. Quem ganhar mais de US$ 626 mil anuais está na faixa mais alta de contribuição, 37%.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:52:00 Nenhum comentário:  

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A crise atual: instituições constantes, incentivos variáveis - Marcus André Melo - Folha de S. Paulo - A questão principal é por que a crise se agudizou agora se não houve mudança nas regras institucionais

Há duas posições rivais na interpretação da atual crise nas relações Executivo-Legislativo. A primeira sustenta que o presidencialismo de coalizão se esgotou e perdeu sua funcionalidade devido ao enfraquecimento do Executivo. O resultado é a fragmentação da coalizão de apoio ao Executivo, incapacitando-o de implementar sua agenda. Esta dinâmica é vista como produto de uma usurpação de poderes do Executivo progressista pelo Legislativo conservador.

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Congresso mimado por penduricalhos - Lygia Maria - Folha de S. Paulo  - Dada a carência da população brasileira, além do serviço débil prestado pelo Legislativo, nada justifica a montanha de gastos

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi criticada nas redes sociais por contratar maquiadores como assessores parlamentares. Na Justiça, uma juíza federal deu 20 dias para que ela explique a contratação de uma empresa de segurança que possuiria atuação e registro nebulosos.

Hilton se diz 
perseguida por ser trans, o que não passa de ad hominem. Escrutinar o uso de dinheiro público é função básica da imprensa, e o mau uso desse dinheiro por políticos no Brasil é histórico, independentemente de identidade de gênero ou partido.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:44:00 Nenhum comentário:  

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Decisão marca inflexão na relação entre STF e Executivo - Maria Cristina Fernandes- Valor Econômico - Conciliação buscada pelo ministro, na verdade, ainda não apaziguou o embate, e o presidente Lula, no relato de um ministro, teria ficado desagradado com a decisão

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender ambos os decretos, o do Congresso e o do Executivo, na disputa do IOF revelou um ponto de inflexão na relação entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal. A invalidação dos decretos tira a bola de campo de um jogo em que os dois times estão em guerra, mas, na prática, suspende os efeitos da majoração do imposto. A conciliação buscada pelo ministro, na verdade, ainda não apaziguou o embate, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no relato de um ministro, teria ficado desagradado com a decisão.

A mensagem no X do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, registra o acolhimento, pelo ministro, da tese da separação dos Poderes contida na ação governista que pediu a suspensão do decreto legislativo do Congresso, mas a declaração do presidente da Câmara de que a decisão de Moraes está em sintonia com a Casa não deixa dúvida de que Hugo Motta (Republicanos-PB) faturou esta decisão como uma vitória, que, de fato, ocorreu.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:37:00 Nenhum comentário:  

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Este é o pior Congresso da história brasileira? - Bruno Carazza  - Valor Econômico  -Dados legislativos ajudam a investigar se a profecia de Ulysses Guimarães se cumpriu

“Está achando ruim este Congresso? Então espera o próximo: será pior. E pior, e pior” A frase, atribuída a Ulysses Guimarães (1916-1992), teria sido dita ao final da Assembleia Nacional Constituinte, presidida por ele.

O “Senhor Diretas” tinha visão. Deputado federal por onze mandatos consecutivos e presidente da Câmara em três ocasiões (1956-1958, 1985-1987 e 1987-1989), doutor Ulysses já antevia ao que levaria o sistema eleitoral previsto na nova Constituição.

Nos últimos anos, com a intensificação das crises entre os Poderes, o vaticínio de Ulysses vem sendo repetido.

Em parte, essa sensação pode estar associada a uma mudança geracional e, como decorrência, também a um novo estilo de se fazer política no Brasil.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:25:00 Nenhum comentário:  

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Os vários riscos da retórica do ‘nós contra eles’ - Sergio Lamucci - Valor Econômico - Estratégia pode dificultar o avanço da agenda da equipe econômica no parlamento, além de piorar a qualidade do debate sobre política fiscal e sobre a agenda para reduzir a injustiça tributária -

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Estado brasileiro não é grande nem pequeno, é desigual - Preto Zezé - O Globo - No Brasil, a cada R$ 1 de renúncia fiscal dado aos grandes, não há exigência proporcional de geração de empregos

Há quem defenda um “Estado mínimo” para justificar cortes de serviços e direitos sociais. Curiosamente, essa visão raramente se aplica aos grandes grupos econômicos, que continuam sendo generosamente amparados por isenções, subsídios e desonerações bilionárias. Para os pequenos e médios empresários — especialmente aqueles que empreendem nas favelas e periferias —, sobram burocracia e crédito caro, e falta apoio. É uma contradição que mostra o verdadeiro problema do Estado brasileiro: ele não é grande nem pequeno — é desigual.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:12:00 Nenhum comentário:  

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No consultório da doutora IA – Fernando Gabeira - O Globo  - Se substituímos a força de trabalho humana pela máquina, quem responde pelos eventuais erros que ela possa cometer?

Desde o tempo do Google, costumo consultar a plataforma a qualquer pequena doença, incômodo físico ou ziquizira. Com o advento da inteligência artificial, as consultas se tornaram mais frequentes. As respostas, copiosas, oferecem mais dados, indicam novos exames, novos caminhos de pesquisa. Na aparência, um superconsultório médico.

Em contato com a médica Adrienne Moreno, que me atende já há alguns anos, comentei o desempenho da inteligência artificial e ouvi o que, de certa forma, desconfiava: as coisas não são tão positivas quanto parecem. Na opinião dela, o uso dessas consultas sem treinamento especial traz vários perigos, mesmo para os médicos.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:05:00 Nenhum comentário:  

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O fardo dos juízes de preto - Demétrio Magnoli - O Globo

Ao declarar a inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, o STF conferiu poderes censórios ilimitados às plataformas de redes sociais. De agora em diante, elas terão a obrigação de excluir postagens que poderiam, hipoteticamente, ser definidas como ilegais por um juiz. Os juízes de capa preta imaginam-se regulando a liberdade de expressão de milhões de brasileiros. De fato, terceirizam a robôs decisões delicadas sobre crimes de palavra.

Um trecho do voto de Cármen Lúcia esclarece o argumento dos oito juízes que formaram a maioria:

— A censura é proibida constitucionalmente, mas não se pode permitir que nós estejamos numa ágora em que haja 213 milhões de pequenos tiranos soberanos. Soberano é o Brasil, soberano é o direito brasileiro.

Os cidadãos são, então, “pequenos tiranos” — bárbaros ou crianças irresponsáveis. Cabe ao “direito brasileiro” — ao soberano STF — conter a massa ignara, restaurando o primado da civilização.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:59:00 Nenhum comentário:  

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Justiça tributária ou populismo? - Carlos Pereira* - O Estado de S. Paulo - Guinada populista de Lula mira menos 2026 e mais a manutenção da hegemonia do PT sobre a esquerda

É uma máxima do jogo eleitoral: diante da perspectiva de derrota, radicaliza-se o discurso para fidelizar a base – mirando a próxima rodada.

A guinada à esquerda de Lula, reeditando a narrativa “ricos contra pobres”, sinaliza que o PT já considera difícil vencer em 2026. Mais que estratégia para vencer, parece tentativa de manter o PT como protagonista da esquerda. Para vencer, Lula teria que repetir a tática de 2022: moderar o discurso e buscar votos no centro. Mas isso colocaria em risco o domínio do PT sobre o campo progressista no caso de derrota.

O lema é claro: entrega-se o Planalto para salvar a hegemonia do PT.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:47:00 Nenhum comentário:  

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Boletim jornalístico da Cultural FM Torres e Brasil Progressista TV / BPRV

You Tube e Face Book – Dia 7 julho – 2ª. compacta

Assista, recomende, siga  www.culturalfm875.com

Um programa da CULTURAL FM  com o apoio cultural

MOVIMENTO TORRES ALÉM VERANEIO, empenhado na construção da CASA MUNICIPAL DE CULTURA DE TORRES

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

A previsão do tempo para segunda-feira é de Sol o dia todo sem nuvens no céu. Noite de tempo aberto ainda sem nuvens. Temperatura entre

10°/19°

 

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ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

 

Vídeos em destaque :

Cinema -PIAUI- leia aqui.- “Vou virar a minha fala” - No site da piauí, o cineasta Eduardo Escorel escreve sobre o documentário Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, que conta a jornada de Sueli Maxakali em busca de seu pai, Luiz Kaiowá

 

 

 

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

O que é ser brasileiro? BandNews jul/25 - (1245) O Que É Ser Brasileiro? #19 | Joildo - Comunicação nas favelas, inovação e superação de desafios - YouTube

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscito-popular-por-selvino-heck/

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL – YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL  

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ  

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

 

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente, baseada em fatos verdadeiros e defesa de princípios da Constituição e dos Direitos Humanos como fundamentos da democracia. A emissora que tem a    cultura em primeiro lugar e que se constitui como lugar de fala da comunidade torrense. Lugar de fala" é a posição em que cada um se coloca no mundo, intencionalmente, por escolha. Sem nenhum determinismo de nascimento, de raça, de gênero, de nacionalidade ou seja lá o que for.

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NOTÍCIAS  DO DIA – Cultural FM – Torres RS    2025

INTERNACIONAIS

A Rússia fez o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra. E, na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a vitória de 2 a 1 sobre o Al-Hilal classificou o Fluminense para as semifinais. Brasil reivindica ilha submersa no Atlântico do tamanho da Espanha rica em 'minerais do futuro'; entenda. Trump anuncia tarifa adicional de 10% para 'qualquer país que se alinhar às políticas do Brics'.


Tarifaço de Trump: 5 dos 10 itens mais vendidos do Brasil para os EUA tiveram queda com as tarifas. Demanda reduzida e a maior concorrência com outros países também prejudicaram as exportações brasileiras de parte dos produtos. Número geral, porém, é positivo e foi recorde em maio.
Sobe para 82 número de mortos, sendo 28 crianças, por enchentes no Texas; resgate continua em meio a previsão de mais chuva

A COLOMBIA ensina o caminho - TV DIÁLOGOS DO SUL GLOBAL - 🎙️ Redação DSG | Petro enfrenta o Congresso e inspira Lula? - YouTube 

Brigado com Trump, Musk anuncia criação de 'Partido da América' e diz que 'não será difícil' rivalizar com republicanos e democratas - Anúncio ocorre após aprovação pelo Congresso dos EUA de megapacote tributário e orçamentário de Trump, criticado por Elon Musk. O presidente dos EUA chamou o anúncio de 'ridículo'.

A sequência de erros graves que fez um navio dos EUA abater um avião de passageiros do Irã em 1988 - 65 crianças estavam na lista de 290 mortos. Americanos aceitaram indenizar famílias, mas nunca pediram desculpas formais.

'Demissão silenciosa': por que até os japoneses estão fazendo só o mínimo no trabalho? - Movimento no qual profissionais fazem o mínimo possível no emprego encontra terreno fértil no país que era sinônimo de trabalho árduo. Japoneses não querem mais sacrificar vida pessoal pela carreira.

 

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NACIONAIS

Foram suspensas as decisões sobre o aumento do IOF. O ministro do STF Alexandre de Moraes convocou uma audiência de conciliação entre governo e Congresso. Um homem preso em São Paulo confessou ter facilitado o ataque hacker à empresa que conecta bancos ao sistema Pix. Juliana Marins foi enterrada em Niterói, 13 dias depois da queda num vulcão na Indonésia. O Rio Uruguai voltou a subir no Rio Grande do Sul. Bairros centrais de Manaus sofrem com a subida do rio Negro.

Sem regras federais de fiscalização, pilhas de rejeito de mineração substituem barragens e avançam pelo país- Após as tragédias de Mariana e Brumadinho, mineradoras têm priorizado opção com menor potencial de dano em vez das tradicionais barragens. Em dezembro, montanha de rejeitos desmoronou em MG e tirou mais de 250 pessoas de casa. Governo federal prevê regulamentação da prática até 2026.

Aeronáutica intercepta 3 aviões, detecta 81 drones e proíbe que 170 levantem voo; entenda a restrição do espaço aéreo no Brics

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Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

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Índice  domingo, 6 de julho de 2025

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Cúpula consolida Brics como veículo do poder da China- O Globo - Expansão do bloco tem se dado em direção à Ásia, ampliando esfera de influência chinesa

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País a reiventar - Merval Pereira - O Globo - Estamos chegando a um ponto de saturação em que provavelmente o próximo presidente encontrará condições propícias para enfrentar uma reforma administrativa de verdade, que coloque as finanças públicas nos trilhos

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Quem é radical e onde mora o perigo - Míriam Leitão - O Globo  = Na visão da oposição, o governo ir ao STF sobre o IOF é um ato radical. Já a ameaça golpista contra o Supremo não provoca reação alguma   CONTINUAR LEITURA

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Motta encurralou Lula, porém, sofreu desgaste irreversível de imagem - Luiz Carlos AzedoCorreio Braziliense - O presidente da Câmara foi demonizado, não teve musculatura para enfrentar um adversário carismático e cascudo como Lula, que já disputou sete campanhas presidenciais   CONTINUAR LEITURA

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Pastor de palanque - Bernardo Mello Franco  - O Globo  Silas Malafaia não gostou de “Apocalipse nos trópicos”, o novo documentário de Petra Costa. Convidado para uma sessão especial na quinta-feira, o pastor saiu aos berros da sala de cinema. Deve ter se irritado com a própria performance diante das câmeras.  CONTINUAR LEITURA

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Prouni revela mais uma estatística do atraso - Elio Gaspari -  Globo

O Ministério da Educação divulgou a lista de ofertas de 211 mil bolsas de estudo do Prouni em faculdades particulares. Encabeçam a relação os cursos de Administração (13,8 mil vagas), Direito (13,2 mil), Pedagogia (11,3 mil) e Educação Física (9 mil).

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O esporte sem grandeza de Trump – Dorrit Harazim - O Globo  O presidente prefere a pancadaria crua de uma luta de MMA, é incapaz de compreender essência do esporte olímpico    CONTINUAR LEITURA

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O lento avanço da razão sobre as tribos - Claudio de Moura Castro - O Estado de S. Paulo

Qualquer imbecilidade pode virar uma crença grupal, como eram as superstições na Idade Média. E como naquela época, não se sabe lidar com o contraditório   CONTINUAR LEITURA

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O fantasma de Trump sobre os Brics - Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo - O que se espera de Lula nos Brics: pragmatismo, equilíbrio e discurso lido, sem improvisos

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Pacote fiscal lança EUA no imprevisível - Lourival Sant’Anna - O Estado de S. Paulo Se frustrassem Donald Trump, republicanos poderiam nem sair candidatos em 2026

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É fraude, é roubo, é a falta de segurança - Celso Ming = O Estado de S. Paulo

As pessoas sentem medo por falta de segurança. É fator que explica a origem do estado, como ensinou Thomas Hobbes. Quando não oferece segurança aos membros da tribo ou aos cidadãos dos seus países, o estado entra em crise.  CONTINUAR LEITURA

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O sequestro da democracia brasileira: o plano Safra - Fernando Horta - Brasil 247 A mudança de posição do governo é sempre bem-vinda. Antes tarde do que mais tarde, entendemos que em sistemas polarizados ganha quem for mais para os extremos

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Cinismo institucional e a perpetuação da desigualdade no Brasil - Florestan Fernandes Jr,

PensarPiaui - Para Hugo Motta e seus aliados da extrema-direita, o problema não é a desigualdade brutal que marca nosso país, mas sim qualquer tentativa de enfrentá-la?

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A culpa da crise entre o Planalto e o Congresso é de Lula? - Celso Rocha de Barros - Folha de S. Paulo  - Presidencialismo de coalizão parou de funcionar sem coalizão com emendas e com crise de identidade do centrão  CONTINUAR LEITURA

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A política cede lugar ao Supremo – Dora Kramer - Folha de S. Paulo  - Fracassam os políticos quando não conseguem resolver suas questões na seara da delegação popular

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A negação ativa do horror - Muniz Sodré  - Folha de S. Paulo  É um mecanismo de defesa, individual ou coletivo, em geral por cinismo ou perturbação mental profunda

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Lugares implacáveis - Hélio Schwartsman   Folha de S. Paulo   -- Livro de acadêmico de Chicago esmiúça facetas menos conhecidas da violência por armas de fogo nos EUA

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A TERRA É REDONDA = aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.  - Pesquise os títulos aqui.

O companheiro Oscar Ferreira - Por FLAVIO AGUIAR: Restaram os livros esquecidos em bibliotecas andinas, as palavras sussurradas contra o vento da história e o fulgor nos olhos de um morto que a ditadura não apagou. Oscar Ferreira voou, enfim — não como o pardal que salvou na infância, mas como um pássaro que ainda assombra os céus da América

Na próxima vez em que encontrar um poeta - Por URARIANO MOTA: Na próxima vez em que encontrar um poeta, lembre-se: ele não é um monumento, mas um incêndio. Suas chamas não iluminam salões — consomem-se no ar, deixando apenas o cheiro de enxofre e mel. E quando ele se for, você sentirá falta até de suas cinzas

Populismos divergentes - Por EMMANUEL TODD: O que emerge nos EUA e na Europa não é um populismo monolítico, mas um arquipélago de revoltas nacionais — cada uma moldada por traumas próprios e ilusões coletivas. Se o século XX foi a era das ideologias universais, o XXI é o tempo da desintegração: onde até as derrotas são solitárias

Distopia como instrumento de contenção - Por GUSTAVO GABRIEL GARCIA: A indústria cultural utiliza narrativas distópicas para promover o medo e a paralisia crítica, sugerindo que é melhor manter o status quo do que arriscar mudanças. Assim, apesar da opressão global, ainda não emergiu um movimento de contestação ao modelo de gestão da vida baseado do capital

A política, antes de tudo, é conflito = Por ANA CAROLINA DE BELLO BUSINARO: A esperança de que a governabilidade virá apenas pela compostura é uma ilusão que esteriliza qualquer vocação transformadora mantendo o status quo. Afinal, governar em tempos de tensão social não é escolher entre paz e guerra, mas decidir de que lado do embate histórico se está

A crise de representação do herói - Por LÁZARO VASCONCELOS OLIVEIRA: Se o herói clássico sucumbiu à espetacularização do real, talvez a saída não esteja na busca por novos mitos, mas na desconstrução da própria ideia de heroísmo. Afinal, em um mundo onde a política se dissolve em algoritmos e a revolução se reduz a hashtags, o verdadeiro ato de coragem pode ser recusar-se a representar qualquer papel

Conexões para um mundo sem rumo - Por JOSÉ CASTILHO MARQUES NETO: Num mundo à deriva, onde elites apostam na desumanização, a leitura persiste como ato revolucionário: cada livro aberto em La Carcova ou nas prisões brasileiras é um tijolo arrancado do muro da barbárie. A paisagem que nos salvará será feita de estantes

O império universal e seus antípodas = Por MARCOS DEL ROIO: Trecho da introdução doa autor ao livro recém-lançado

Brasil, campeão mundial da usura e da desigualdade = Por PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.: A usura como política de Estado não é técnica – é opção política. Enquanto o Brasil liderar rankings de desigualdade e juros reais, seguirá refém de um sistema que transfere riqueza do trabalho para o capital, do público para o privado, do futuro para o presente

BRICS Arts Association = Por SERGIO COHN: Em tempos de hegemonias desafiadas, a arte do Sul Global não pede licença: escreve seu próprio roteiro. A BRICS Arts Association é mais que uma plataforma — é um manifesto de reinvenção, onde a amizade vira alicerce e a cultura, um ato político de liberdade

Mulheres matemáticas no Brasil = Por CHRISTINA BRECH & MANUELA DA SILVA SOUZA: Revisitar as lutas, contribuições e avanços promovidos por mulheres na Matemática no Brasil ao longo dos últimos 10 anos nos dá uma compreensão do quão longa e desafiadora é a nossa jornada na direção de uma comunidade matemática verdadeiramente justa

Homens ou deuses? - Por WAGNER PIRES: O pior Congresso da história é um clube de ricos, fazendeiros, e extremistas tanto religiosos quanto de direita, cujo apreço à democracia é nulo

RIO GRANDE DO SUL – POA MATINAL

 

TORRES E REGIÃO

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Debate Plural HOJE NA CULTURAL – 14H – O porto Não! Acompanhe na RED e Cultural Torres www.culturalfm.com.br

INTERESSE PÚBLICO

O que é câncer de pâncreas, que acometeu Edu Guedes; conheça sintomas e tratamentos- Tumor é um dos mais agressivos entre os tipos de câncer; diagnóstico precoce é raro, mas pode salvar vidas.

Noites mal dormidas? Conheça hábitos que sabotam seu descanso. Vitamina D: veja benefícios, sintomas da falta e como repor

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer” - Estado de Minas - Em foco https://share.google/50FrBEEODTpu8e7FD

Capas dos grandes jornais do centro do país e POA

O GLOBO – Sem reformas, gastos com Previdência e BPC subirá a R$

O ESP – Cúpula do BRICS condena ataques ao Irã , pede saída de Israel de Gaza e poupa Rússia. Grupo evitou confrontar com Estados Unidos

FSP – Decisão do STF para driblar o arcabouço limita gasto do Judiciário. Tribunal e outros órgãos terá que cortar R$ 1,5 bilhão

ZH – Cresce violência contra médicos e enfermeiros no RS. Foram 38 mil  Boletins de Ocorrência entre 2013 e 2024

JORNAL DO COMÉRCIO POA

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https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

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O Assunto g1 dia - Sessão de terapia: com robôs

Sessão de terapia: com robôs - O Assunto #1504 | O Assunto | G1

Um levantamento recente de uma revista de Harvard mostra que está em alta a busca para aconselhamento terapêutico ou mesmo para simular sessões de terapia em chatbots. Esse tipo de interação está na primeira posição do ranking de como as pessoas estão usando a IA, segundo o estudo da revista.

Para entender como o uso da inteligência artificial para fins terapêuticos avança em um campo que parecia fora do seu alcance, Natuza Nery conversa com Paulo Beer, doutor em psicologia social, professor convidado da USP e do Instituto Gerar de Psicanálise. Paulo explica como “uma tempestade perfeita” estimula o uso de inteligência artificial por pessoas com questões relacionadas à saúde mental. Ele avalia que as terapias tradicionais, feitas com profissionais humanos, são as únicas capazes de fazer o paciente refletir, de fato, sobre suas dores e angústias.

Depois, a conversa é com Ilana Pinsky, autora do livro "Saúde Emocional: como não pirar em tempos instáveis" e colunista da revista Veja. Ilana, que foi professora da Unifesp e da Universidade de Columbia (EUA), fala sobre os resultados de um estudo feito com aproximadamente 200 pessoas que foram expostas a chatbots treinados para uso terapêutico.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast discute rumos da esquerda no mundo - Folha - 07/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast discute perspectivas para a esquerda que pende mais à esquerda. Lula aposta em discurso de justiça tributária, socialista Mamdani triunfa em prévias de NY e Chile terá candidata comunista

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Editorial  Cultural FM Torres RS -  www.culturalfm875.com

A Federação Israelita de São Paulo divulgou, ontem, uma severa nota de condenação a Lula pelas suas palavras na reunião do BRICS 2025, no Rio de Janeiro, quando, renovou sua convicção de que há, sim, um genocídio em Gaza. domingo, 6 de julho de 2025. Esta Federação, entretanto, esqueceu que não só Lula, mas grande parte da Mídia, de analistas e atores públicos, os quais também se referem aos atos de Israel em Gaza como genocídio. Eis, abaixo, como Dorrit Harazin, que creio ser judia, e Moniz Sodré, tratam o assunto. Finalmente, na mesma reunião do Brics, citada, a Mensagem Final do encontro, também condenou Israel e pediu a retirada deste país em Gaza, reiterando a decisão da ONU, em 1948, da criação de dois Estados na região, Israel e Palestina:

“A negação ativa do horror - Muniz Sodré

Folha de S. Paulo

É um mecanismo de defesa, individual ou coletivo, em geral por cinismo ou perturbação mental profunda

Negação ativa é o que ocorre quando diante de um fato claro e simples, uma evidência, o sujeito finge que não vê, para aplacar a consciência. É um mecanismo de defesa, individual ou coletivo, em geral por cinismo ou perturbação mental profunda. Aplica-se bem à indiferença generalizada a uma postagem do famoso produtor de televisão israelense Elad Barashi: "Não consigo entender as pessoas aqui no Estado de Israel que não querem encher Gaza com chuveiros de gás... ou vagões de trem... e acabar com essa história! Que haja um Holocausto em Gaza!" (5/5/2025).

"O horror, o horror", balbuciaria o atormentado Kurtz de "Coração das Trevas" (Joseph Conrad). Mas houve reação da mídia internacional à gravidade dessa linguagem. Embora muitos cidadãos israelenses reajam a isso, os círculos oficiais não criticaram os comentários de Barashi, que pertence à TV Canal 14, porta-voz de ultradireita do premier Netanyahu. Entre nós, o destaque ao fato deveu-se apenas à forte voz semanal da jornalista Dorrit Harazim.

Tão grave quanto naturalizar o horror é a negação ativa por parte de vozes públicas. Disso não está isenta a grande imprensa, focada na "objetividade" da contagem dos mortos na represália da máquina de morte de Netanyahu ao pogrom terrorista do Hamas.

Entre nós, um paralelo chocante é a espetacularização jornalística da Marcha para Jesus, em que o governador e o prefeito de São Paulo desfilaram enrolados nas bandeiras de Israel. Aos leigos em religião, muitos, cabem dúvidas sobre a pertinência desse estandarte no evento. O judaísmo não cultua Jesus, e deve ter havido confusão entre israelenses e os hebreus das Escrituras. Mesmo esses não tinham Jesus nem bandeira, muito menos aquela que a polícia remove à força dos bairros da zona norte do Rio agrupados por traficantes como Complexo de Israel, onde matadores formam o Bonde de Jesus.

Não se trata da mesma divindade venerável da Hebreia. A menos que as identificações remontem às passagens do Velho Testamento, em que o combativo Davi, divina escolha para governar a nação de Israel e Judá, se mostrava crudelíssimo para com os inimigos, filisteus ou amalequitas, quase todos exterminados, mulheres, crianças até o gado. Nesse caso, a inflexibilidade bíblica explica a retórica genocida de Barashi: "Gaza merece a morte. Os 2,6 milhões de terroristas em Gaza merecem a morte! Homens, mulheres e crianças, de todas as formas possíveis (...) Sem medo, sem hesitação, simplesmente espatifar, erradicar, massacrar, demolir, desmoronar, esmagar, estilhaçar". Edward Said, o grande intelectual da causa palestina, se espantaria: ele reconhecia e abominava a Shoah, o holocausto dos judeus.

Esse terror passa ao largo do pacifismo da marcha. Mas por que marchar, perguntaria o leigo, se Jesus caminhava a passos crísticos com seus seguidores? Sem resposta cívico-militar: o argumento impositivo seriam os 590 milhões injetados no comércio pelo evento, na mesma semana do aumento das isenções tributárias às igrejas. Algo contraposto ao Evangelho (Lucas, 6:13), de que não se pode servir ao mesmo tempo a Deus e a Mamon (demônio bíblico das finanças). Disso não sabe ou esqueceu o governador em sua retórica teocrática. Aliás, também esqueceu em casa o boné de Trump.”

 

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Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

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Índice domingo, 6 de julho de 2025

Opinião do dia – Karl Marx*

“Toda vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que levam a teoria para o misticismo encontram a sua solução racional na práxis humana e na compreensão dessa práxis.”

*Karl Marx (1818-1883), Teses sobre Feuerbach (1845)

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:07:00 Nenhum comentário:  

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Cúpula consolida Brics como veículo do poder da China- O Globo - Expansão do bloco tem se dado em direção à Ásia, ampliando esfera de influência chinesa

A cúpula do Brics, que ocorre hoje e amanhã no Rio, tende a consagrar o viés antiocidental que acompanha o bloco desde a criação por Brasil, Rússia, Índia e China, em 2009. A ausência de Xi Jinping em nada muda o uso que os chineses têm feito dele como veículo e plataforma para exercer liderança sobre outros países, em contraponto a americanos e europeus. Sinal disso tem sido a contínua expansão do Brics na Ásia, ampliando a esfera de influência chinesa. Xi — representado pelo primeiro-ministro Li Qiang — não precisa estar no Rio para que o Brics continue a ser útil a Pequim.

Depois do acréscimo do “s”, com a entrada da África do Sul em 2011, o Brics foi ampliado em 2024, com a chegada de Irã, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, afastando-se das pretensões de defender as liberdades e valores democráticos. Em janeiro, a Indonésia também aderiu ao bloco. Malásia, Tailândia e Vietnã acabam de decidir tornar-se associados, primeiro passo para ser membros titulares. O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) é fator de atração no Sudeste Asiático, assim como o mecanismo que oferece a bancos centrais do bloco acesso a fundos de emergência.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:06:00 Nenhum comentário:  

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País a reiventar - Merval Pereira - O Globo - Estamos chegando a um ponto de saturação em que provavelmente o próximo presidente encontrará condições propícias para enfrentar uma reforma administrativa de verdade, que coloque as finanças públicas nos trilhos

Ir para a cadeia é o maior temor de Bolsonaro. Fará tudo para negociar uma prisão domiciliar, e mesmo sabedor de que um indulto presidencial não o tornará elegível, quer ser livre para poder continuar fazendo política. Do ponto de vista jurídico, o futuro presidente da República, a ser eleito ano que vem, não perderá nada indultando-o, pois não poderá se candidatar tão cedo. Como, para ser indultado, o candidato que apoiar precisa vencer a eleição, é provável que Bolsonaro já tenha se convencido de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o melhor candidato da direita que se pode encontrar.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:04:00 Nenhum comentário:  

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Quem é radical e onde mora o perigo - Míriam Leitão - O Globo  = Na visão da oposição, o governo ir ao STF sobre o IOF é um ato radical. Já a ameaça golpista contra o Supremo não provoca reação alguma

Há quase dois meses, o senador Flávio Bolsonaro avisou ao país que o bolsonarismo ainda pensa em golpe de Estado. Ele foi enfático ao dizer que o grupo só dará apoio ao candidato que se comprometer a impor ao STF a aceitação do indulto ao seu pai. Quando as repórteres que fizeram a entrevista perguntaram como seria essa imposição ao Supremo, o senador não deixou dúvidas: “a gente está falando do uso da força”. Passaram-se as semanas, desde o domingo 15 de junho, e não houve repúdio de qualquer político da direita a essa fala. O mais cotado dos pré-candidatos conservadores, o governador Tarcísio de Freitas, não apenas silenciou como apareceu em palanques com o ex-presidente depois disso. Dos outros também, o mesmo silêncio.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:59:00 Nenhum comentário:  

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Motta encurralou Lula, porém, sofreu desgaste irreversível de imagem - Luiz Carlos AzedoCorreio Braziliense - O presidente da Câmara foi demonizado, não teve musculatura para enfrentar um adversário carismático e cascudo como Lula, que já disputou sete campanhas presidenciais

Nos meios sindicais, a expressão “chumbo trocado não dói” é um jargão que sinaliza a disposição de diálogo depois de uma acirrada disputa entre as partes. No Congresso, onde não existe o interesse comum classista, não é bem assim que coisa funciona: dói e deixa ressentimentos que vão comprometer os entendimentos entre as partes e gerar desconfianças insuperáveis.

É mais ou menos o que aconteceu entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que derrubou o decreto que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e submeteu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma derrota acachapante no Congresso.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:56:00 Nenhum comentário:  

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Pastor de palanque - Bernardo Mello Franco  - O Globo  Silas Malafaia não gostou de “Apocalipse nos trópicos”, o novo documentário de Petra Costa. Convidado para uma sessão especial na quinta-feira, o pastor saiu aos berros da sala de cinema. Deve ter se irritado com a própria performance diante das câmeras.

O filme mostra como o crescimento dos evangélicos e a ascensão de pastores fundamentalistas influenciaram a política brasileira na última década. Personagem desses tempos estranhos, Malafaia não se constrange em usar o nome de Deus para direcionar o voto dos fiéis.

O pastor pulou de galho em galho em sua peregrinação palanqueira. Apoiou Lula, José Serra e Aécio Neves até firmar aliança com Jair Bolsonaro às vésperas da eleição de 2018. Dois dias depois da vitória, o capitão marchou até a igreja de Malafaia, onde foi recebido com o coro de “Mito!”.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:54:00 Nenhum comentário:  

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Prouni revela mais uma estatística do atraso - Elio Gaspari -  Globo

O Ministério da Educação divulgou a lista de ofertas de 211 mil bolsas de estudo do Prouni em faculdades particulares. Encabeçam a relação os cursos de Administração (13,8 mil vagas), Direito (13,2 mil), Pedagogia (11,3 mil) e Educação Física (9 mil).

Atrás vêm 8,2 mil bolsas para estudantes de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Engenharia Civil (8,6 mil). Disso resulta que algum dia o ProUni terá produzido 22 mil advogados ou professores de Educação Física e 16,8 mil engenheiros civis e desenvolvedores de sistemas. Tudo bem para quem sonha com um país de gente litigante e musculosa.

O Censo de 2022 mostrou que o Brasil tinha 2,5 milhões de advogados para 518 mil engenheiros. A China tem 6,7 milhões de estudantes de Engenharia, número superior aos quatro milhões de brasileiros matriculados em toda a sua rede de ensino superior, pública e privada.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:44:00 Nenhum comentário:  

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O esporte sem grandeza de Trump – Dorrit Harazim - O Globo  O presidente prefere a pancadaria crua de uma luta de MMA, é incapaz de compreender essência do esporte olímpico

Se há um espécime humano incapaz de compreender a essência do esporte olímpico, ou ver grandeza no esporte em geral, esse espécime se chama Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos prefere a pancadaria crua de uma luta de MMA, a que assiste presencialmente na boca do octógono. Fora isso, só mesmo a prática do golfe — e, mesmo assim, apenas num dos 15 clubes e resorts de sua propriedade (11 nos Estados Unidos, dois na Escócia, um na Irlanda, um nos Emirados Árabes — e algum dia, quem sabe, sonhe com um em Gaza?), onde é de bom-tom dos convidados deixá-lo ganhar. A ideia de competir sem vencer lhe é existencialmente indigesta. A ponto de, em 2018, ainda no primeiro mandato, referir-se aos soldados americanos tombados na Primeira Guerra e enterrados no cemitério francês de Aisne-Marne como “otários e perdedores”. Dificilmente teria tido empatia pelo maratonista John Stephen Akhwari, da Tanzânia, que na Olimpíada de 1968, no México, celebrou cruzar a linha de chegada em último lugar, mais de uma hora depois do vencedor. Questionado por que não desistira da prova quando sofreu uma queda e deslocou o joelho, Akhwari respondeu com naturalidade:

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O lento avanço da razão sobre as tribos - Claudio de Moura Castro - O Estado de S. Paulo

Qualquer imbecilidade pode virar uma crença grupal, como eram as superstições na Idade Média. E como naquela época, não se sabe lidar com o contraditório

Nos anos mais sombrios da Idade Média, a conformidade era imposta. A Igreja pontificava e todos seguiam. Pensava-se igual, porque apenas isso era admitido. A individualidade era asfixiada. A tribo unida era forçada a pensar unida.

O Renascimento começa a romper essa masmorra intelectual. Os descobrimentos abrem horizontes. O indivíduo floresce. Apesar de acidentes de percurso, podia-se pensar e agir com a própria cabeça.

No Iluminismo, proclama-se o Império da Razão. Chegaríamos mais longe, pensando certo e com rigor. Sob a tutela da razão, as nossas concepções seriam ordenadas e o progresso viria. Que se enxotem os preconceitos e superstições. As emoções e valores tinham que achar os seus lugares, mais modestos.

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O fantasma de Trump sobre os Brics - Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo - O que se espera de Lula nos Brics: pragmatismo, equilíbrio e discurso lido, sem improvisos

Segundo o presidente Lula, ao lado do trumpista Javier Milei, na Cúpula do Mercosul, “a Ásia (não os EUA...) é o centro dinâmico da economia mundial”. Foi uma senha para o que está em jogo numa cúpula muito mais poderosa, a dos Brics, que começa hoje no Rio de Janeiro e reúne oito países asiáticos, a começar da China e da Rússia e, para piorar, o Irã, o que empurra o foco da reunião para o “outro lado”, Estados Unidos e Israel. Com o presidente de Cuba, Miguel Diaz Canel, presente...

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Pacote fiscal lança EUA no imprevisível - Lourival Sant’Anna - O Estado de S. Paulo Se frustrassem Donald Trump, republicanos poderiam nem sair candidatos em 2026

A aprovação do pacote fiscal de Donald Trump lança os EUA em um experimento econômico de consequências sociais e políticas imprevisíveis. As projeções dos técnicos apontam para o agravamento da situação dos mais pobres e das contas públicas.

A renúncia tributária de US$ 4,5 trilhões introduzida por Trump em 2017, em vigor até o fim deste ano, torna-se permanente. Foram acrescentadas promessas de campanha como isenção de impostos sobre gorjetas e horas extras e dedução de US$ 6 mil para idosos com renda até US$ 75 mil.

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É fraude, é roubo, é a falta de segurança - Celso Ming = O Estado de S. Paulo

As pessoas sentem medo por falta de segurança. É fator que explica a origem do estado, como ensinou Thomas Hobbes. Quando não oferece segurança aos membros da tribo ou aos cidadãos dos seus países, o estado entra em crise.

O mundo mudou, o Brasil mudou. Política de segurança pública não é apenas prender bandido ou impedir a invasão de piratas ou de potências inimigas fronteira adentro, como no passado. São os efeitos dessa transformação que o governo Lula parece não levar em conta.

Nesta primeira semana de julho, o noticiário apontou um ataque hacker que desviou cerca de R$ 800 milhões do sistema que liga bancos ao Pix. Foi o que se soube. E o que acontece e a gente não fica sabendo?

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O sequestro da democracia brasileira: o plano Safra - Fernando Horta - Brasil 247 A mudança de posição do governo é sempre bem-vinda. Antes tarde do que mais tarde, entendemos que em sistemas polarizados ganha quem for mais para os extremos

A mudança de posição do governo é sempre bem-vinda. Antes tarde do que mais tarde, entendemos que em sistemas polarizados ganha quem for mais para os extremos. Antagonizar com um parlamento débil é a certeza de retomar o apoio da esquerda e colocar a bola da dúvida na quadra do bolsonarismo: vão execrar este Congresso que eles elegeram (ainda que a contragosto pois são claramente anti-democracia)? Ou os bolsonaristas vão se postar como defensores de Motta e Alcolumbre e destruírem seu discurso “anti sistema”?

A comunicação de guerra é o caminho para a eleição de 2026. A direita faz, o centrão faz e agora a esquerda cansou de ser “boazinha”.

Porém, há que se discutir outras coisas. A sociedade capitalista somente funciona com “incentivos” para ações se queiram repetir. O tal “presidencialismo de coalizão” (que não existe mais) existia quando o executivo premiava o legislativo por ser confiável. Votou com Fernando Henrique Cardoso, leva a “emenda” estabelecida. Isso não existe mais. Desde Cunha, passado por Lyra e com a anuência do fraco Bolsonaro, o Congresso tomou de assalto o orçamento e se desligou completamente das responsabilidades de governar. Como a mídia aceitou e achou que seria um bom momento para colocar todas as culpas no presidente Lula, era o plano perfeito.

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Cinismo institucional e a perpetuação da desigualdade no Brasil - Florestan Fernandes Jr,

PensarPiaui - Para Hugo Motta e seus aliados da extrema-direita, o problema não é a desigualdade brutal que marca nosso país, mas sim qualquer tentativa de enfrentá-la?

É um cinismo institucionalizado afirmar que no Brasil "somos todos iguais", ou que não há um conflito entre classes — o famoso “nós contra eles”. Essa ideia é uma falácia perigosa, repetida por aqueles que se beneficiam da estrutura desigual do país. Embora o Brasil figure entre as 10 maiores economias do mundo, ocupa, ao lado do Congo, o vergonhoso 14º lugar no ranking global de desigualdade social. Na ponta da nossa pirâmide, o 1% mais rico ganha 32,5 vezes mais que a metade mais pobre da população. Isso não é acaso, é projeto.

A recente queda de braço entre o governo e o Congresso em torno da alíquota do IOF escancarou esse cenário. O presidente da Câmara, Hugo Motta, acusou o governo de acionar o Supremo Tribunal Federal para “promover a volta da indesejável polarização social”. Ora, então para Motta e seus aliados da extrema-direita, o problema não é a desigualdade brutal que marca nosso país, mas sim qualquer tentativa de enfrentá-la?

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A culpa da crise entre o Planalto e o Congresso é de Lula? - Celso Rocha de Barros - Folha de S. Paulo  - Presidencialismo de coalizão parou de funcionar sem coalizão com emendas e com crise de identidade do centrão

Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo de 2 de julho de 2025, o cientista político Carlos Pereira argumentou que a responsabilidade da crise entre o Planalto e o Congresso é de Lula. Em suas palavras, "quem falha hoje é o Executivo, ao não saber jogar o jogo do presidencialismo de coalizão".

É sempre esclarecedor debater com Carlos, um dos grandes cientistas políticos brasileiros. Mas ele está errado: o presidencialismo brasileiro está em crise. Não está muito claro se o jogo ainda tem regras, ou, ao menos, as mesmas regras.

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A política cede lugar ao Supremo – Dora Kramer - Folha de S. Paulo  - Fracassam os políticos quando não conseguem resolver suas questões na seara da delegação popular

Situações muito mais complicadas que a agora posta no Supremo Tribunal Federal para decidir sobre a constitucionalidade de ações do Executivo e do Legislativo já foram resolvidas no país pela via da política.

Foi assim na transição democrática, na sucessão de Tancredo Neves após cair doente na véspera da posse, nos embates na Assembleia Constituinte e nos processos de impeachment de dois presidentes. Isso para citar exemplos mais recentes e eloquentes em que os donos de delegação popular souberam vencer obstáculos e resolver seus impasses sem ferir protocolos oficiais.

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A negação ativa do horror - Muniz Sodré  - Folha de S. Paulo  É um mecanismo de defesa, individual ou coletivo, em geral por cinismo ou perturbação mental profunda

Negação ativa é o que ocorre quando diante de um fato claro e simples, uma evidência, o sujeito finge que não vê, para aplacar a consciência. É um mecanismo de defesa, individual ou coletivo, em geral por cinismo ou perturbação mental profunda. Aplica-se bem à indiferença generalizada a uma postagem do famoso produtor de televisão israelense Elad Barashi: "Não consigo entender as pessoas aqui no Estado de Israel que não querem encher Gaza com chuveiros de gás... ou vagões de trem... e acabar com essa história! Que haja um Holocausto em Gaza!" (5/5/2025).

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Lugares implacáveis - Hélio Schwartsman   Folha de S. Paulo   -- Livro de acadêmico de Chicago esmiúça facetas menos conhecidas da violência por armas de fogo nos EUA

Para a esquerda, o crime é resultado de disparidades econômicas. Para a direita, é uma questão moral. Gente ruim, as famosas maçãs podres, é que se mete em comportamentos antissociais.

Não é que as duas visões estejam totalmente erradas. Determinantes sociais estão na origem de parte da criminalidade e psicopatas são uma realidade. Mas ambas explicam pouco. E explicam particularmente pouco do tipo de crime que mais nos incomoda, que são os assassinatos.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:24:00 

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REVISTA SERÁ

Recife, 4 de julho de 2025

Índice

 

Gilmarpallosa e o Baile da Ilha Fiscal - editorial

O fim da submissão do governo ao Centrão? - Rui Martins

SOS ao domínio das redes pela direita - Celina Côrtes

O Frágil, Zoado e Glorioso Proust - Paulo Gustavo

A Força do Exemplo - José Paulo Cavalcanti Filho.

Psicanálise, Cultura e Sociedade (3) – Premissas - João Rego

Última Página, a charge de Elson

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2026: Primeiro retrato da grande disputa

 

 

 

   
 

Centrão humilha o governo e prepara novas investidas antipopulares no Congresso. Campo lulista reage e anuncia que convocará as ruas. Três textos sobre uma peleja em que ainda falta o mais importante: um novo projeto de país

Por Antonio Martins

 

 

 

 

 

Como Lula 3 trata a agricultura familiar

 

 

 

   
 

O grande avanço: aumento de créditos para camponeses. Porém, faltam orçamento e articulação. Política de assentamentos é pífia e feita sem diálogo com movimentos. Governo precisa superar a apatia – e de coragem para enfrentar o agro

Por Sérgio Botton Barcellos

 

 

 

 

 

Uma comunista surpreende o Chile

 

 

 

   
 

Jeanette Jara venceu as primárias da esquerda com folga e será candidata à Presidência. Sua origem humilde e atuação como ministra do Trabalho são trunfos. Ela avança nas pesquisas e desafia o favoritismo e a campanha suja da ultradireita

Por Tomás Leighton

 

 

 

 

 

Seriam irrelevantes os leitores digitais?

 

 

 

   
 

Cada vez mais brasileiros têm as telas como suporte principal para leitura. Fenômeno acentua-se entre jovens e nas periferias. Políticas para difusão literária não podem desprezar, por preconceitos ou elitismo, este público – já oprimido social e economicamente

Por Jéferson Assumção

 

 

 

 

 

Em Gaza, os jogos da morte do sionismo

 

 

 

   
 

Depois das bombas, Israel fabrica a fome – e a cilada: “ajuda humanitária” animalizada. Mercenários distribuem farinha; e soldados, tiros e granadas. Corpos são pisoteados. 400 morreram no último mês. Ambulâncias temem se aproximar. “Que escolha temos?”

Por Ahmed Ahmed e Ibtisam Mahdi

 

 

 

 

 

Hospital Estadual Sumaré: batalha contra as OSS em SP

 

 

 

   
 

Administrado pela Unicamp via convênio, equipamento já foi eleito o melhor hospital público do país. Agora, Tarcísio quer privatizar sua gestão. Risco é de queda na qualidade do atendimento, precarização do trabalho e perda das atividades de estágio e formação

Por Guilherme Arruda, no Outra Saúde

 

 

Outra Saúde apresenta o Seminário SUS 35 anos

 

 

 

   
 

De 18 a 19 de setembro, em São Paulo, um evento que busca ir além de um balanço da saúde brasileira. Propomos debates para pensar em como enfrentar os desafios postos hoje à ampliação do sistema público e universal brasileiro. Veja a programação e inscreva-se

Por Redação Outra Saúde

 

 

 

 

 

Água: o preço exclui os brasileiros

 

 

 

   
 

Tarifa social foi conquista. Mas não basta, num contexto de superendividamento das famílias e privatização dos serviços de saneamento. Um esforço de juristas e urbanistas tenta resgatar a pauta da universalidade do bem essencial

Por Vívian Alves de Assis e Rosângela Lunardelli Cavalazzi

 

 

 

 

 

“Finanças sustentáveis”: Radiografia de uma farsa

 

 

 

   
 

Voracidade e negacionismo são a alma do rentismo. Não busca marketing ou evitar futuras crises que afetem lucros, mas usar “placebos” para evitar regulação que limite seu poder global. E muitos ativistas caem no conto do capitalismo ético…

Por João Telésforo

 

 

 

 

 

A segunda privatização da Vale do Rio Doce

 

 

 

   
 

Até 2017, Estado influenciava as decisões da empresa. Mas tudo ruiu. Hoje, megafundos financeiros como a BlackRock controlam mineradora estratégica ao Brasil – e impõem reprimarização selvagem, sem investimento em tecnologia ou respeito às leis ambientais

Por Gabriel Cavalcante

 

 

 

 

 

Como enquadrar as big techs – sem tiros no pé

 

 

 

   
 

Responsabilizar plataformas por conteúdos ilegais é tarefa urgente – e o STF deu um grande passo. Porém, ao dar amplo poder para elas removerem conteúdos, pode criar ambiente de censura seletiva feita por corporações já coniventes com a extrema direita

Por Flávia Lefèvre

 

 

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Por que não o Paraíso?
 
https://paraisobrasil.org/

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A semana na PIAUI

anais da jogatina -Tigrinho engole políticos, juízes e celebridades

Encerrada sem relatório final, a CPI das Bets nada fez de concreto, mas deixou entrever uma aliança poderosa dos donos da jogatina online com certos políticos, juí­zes, artistas e bicheiros. A piauí teve acesso aos Relatórios de In­teligência Financeira (RIFs) obtidos pela comissão e mantidos em sigilo até agora. Neles, há informações que sugerem transações suspeitas de figurões do mundo das bets. Leia aqui.

 ALESSANDRA MEDINA E JOÃO BATISTA JR. -

anais da guerra e da diplomacia - A era do soco na mesa: Os bombardeios ao Irã não deflagraram, por ora, a Terceira Guerra Mundial, como alguns temiam. Mas, na visão de analistas e diplomatas, a agressão parece ter aberto um novo momento da geopolítica mundial. “Esse ataque estabeleceu que, a partir de agora, passa a imperar a lei do mais forte. Não existe mais razão para a existência dos organismos internacionais, ou do Tratado de Não Proliferação Nuclear”, diz o embaixador aposentado José Maurício Bustani. Leia na reportagem.

 

CONSUELO DIEGUEZ

carta dos estados unidos      O sonho americano em frangalhos - “Caro leitor, você não tem ideia de como a coisa está braba por aqui. Eu sei, você acompanha as notícias e pode inclusive di­zer exatamente isso: que as coisas nos Estados Unidos estão brabas e tal. Mas braba é uma palavra genérica, incapaz de pontuar o quanto, o como e o para quem, o até quando e o porquê. Os fatos, o cli­ma, as consequências, a rápida erosão de um sistema de governo democrático”, escreve a jornalista Martha Batalha, da Califórnia. Na edição de julho da piauí, ela conta a rotina tensa de quem vive sob o desmonte e as ameaças de Trump. Confira aqui.

vultos do crime organizado - O mafioso que desapareceu no Brasil - Antonio Bardellino, conhecido pelos pares como Don Antonio, foi um dos pioneiros do tráfico internacional de cocaína na América do Sul. Integrante da Nuova Famiglia, um dos vários cartéis que compõem a temida Camorra italiana, ele foi dado como morto em Búzios em 1988. Agora, documentos da Polícia Federal sugerem que ele pode estar vivo. Leia aqui.

ANDREA PALLADINO

anais da mobilidade - Como avança a tarifa zero  - Estudos recentes demonstram que a gratuidade do transporte fortalece a economia, reduz emissões e reelege prefeitos. O Brasil é hoje o país que tem mais cidades com gratuidade no transporte, seguido de Estados Unidos, Polônia e França. . Leia aqui..

 

ROBERTO ANDRÉS – podcasts  - A iniquidade tributária, um grito rouco na Paulista e um freio às redes sociais

O Foro de Teresina desta semana comenta a decisão do governo de judicializar a derrota do IOF, o ato bolsonarista na Avenida Paulista e a decisão do STF que modifica o Marco Civil da Internet.

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questões cinematográficas

 

“Vou virar a minha fala”

No site da piauí, o cineasta Eduardo Escorel escreve sobre o documentário Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, que conta a jornada de Sueli Maxakali em busca de seu pai, Luiz Kaiowá. “Além de restabelecer o elo com seu pai, Sueli procura resgatar a memória do que causou a separação deles por tanto tempo.” Leia aqui.

 

 

cartuns

 

Cartum de Adão Iturrusgarai

 

 

humor

 

 

 

Trump negocia cessar fogo entre governo Lula e Hugo Motta.

 

Enviado por revista piauí

   
 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Boletim jornalístico da Cultural FM Torres e Brasil Progressista TV / BPRV

You Tube e Face Book – Dia 4 julho – Sextamos!

Assista, recomende, siga  www.culturalfm875.com

Um programa da CULTURAL FM  com o apoio cultural

MOVIMENTO TORRES ALÉM VERANEIO, empenhado na construção da CASA MUNICIPAL DE CULTURA DE TORRES

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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A previsão do tempo para sexta-feira é de Dia de sol com névoa fraca ao amanhecer. À noite as nuvens aumentam bastante. Temperatura entre 10°/ 17°

Frio aumenta risco de infarto e AVC em até 30% no inverno; veja como se proteger.  - Risco aumenta ainda mais quando as temperaturas ficam menores que 14 ºC; medidas diárias podem prevenir problemas graves.

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4 de Julho – INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

O direito à felicidade está presente na Declaração de Independência dos Estados Unidos, que afirma que todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis, incluindo a procura da felicidade1A Suprema Corte americana tem invocado o direito fundamental à felicidade como fundamento para decidir casos paradigmáticos, garantindo a igualdade, vedando a discriminação e promovendo a dignidade humana2.

 Os Estados Unidos juntos contra os britânicos?

Guerra Revolucionária também colocou norte-americanos contra norte-americanos em grande número. Talvez 15% a 20% de todos fossem leais que apoiavam a coroa Britânica, de acordo com o Museu Nacional do Exército do Reino Unido. Muitos outros tentaram ficar de fora da luta.

Os registros do período são, na melhor das hipóteses, incompletos, mas estima-se que 50 mil norte-americanos serviram como soldados britânicos ou milicianos em um momento ou outro durante o conflito, uma força significativa contra um Exército Continental que pode ter incluído 100 mil soldados regulares durante a guerra.

 Os indígenas nativos norte-americanos ficaram do lado dos britânicos?

"(Ele) se esforçou para trazer para os habitantes de nossas fronteiras, os impiedosos índios selvagens, cuja regra conhecida de guerra é a destruição indistinta de todas as idades, sexos e condições."

Declaração de Independência fez essa afirmação contra o Rei George 3º, e muitos nativos norte-americanos acabaram lutando com os britânicos. Porém, muitos outros ficaram do lado dos povos das colônias ou simplesmente tentaram ficar fora do conflito, de acordo com o historiador da Faculdade de Dartmouth, Colin Galloway, autor do livro “The American Revolution in Indian Country: Crisis and Diversity in Native American Communities”.

maioria dos indígenas da Nova Inglaterra apoiou os continentais, e a poderosa Confederação Iroquois foi dividida pelo conflito. Os nativos "casacas vermelhas" lutaram não por amor ao Rei George, mas na esperança de salvar suas próprias terras – que eles achavam que seriam os despojos da Guerra pela Independência.

Aqueles que se aliaram aos britânicos viram suas terras serem perdidas no tratado da Paz de Paris, mas os nativos norte-americanos que apoiaram os brancos norte-americanos não se saíram muito melhor no longo prazo da história do país.

O que se comemora em 4 de julho nos Estados Unidos? A data tem origem histórica | National Geographic

 

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Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente, baseada em fatos verdadeiros e defesa de princípios da Constituição e dos Direitos Humanos como fundamentos da democracia. A emissora que tem a    cultura em primeiro lugar e que se constitui como lugar de fala da comunidade torrense. Lugar de fala" é a posição em que cada um se coloca no mundo, intencionalmente, por escolha. Sem nenhum determinismo de nascimento, de raça, de gênero, de nacionalidade ou seja lá o que for.

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Destaques

ESPAÇO PLURAL – Dia 2/jul-25 -Claudio Knierin e Paulo Timm falam sobre importância de Julio de Castilhos na formação riograndense - https://www.youtube.com/live/H-MAJHguKUY?si=BHWq2SETA7eHQKoo

Pra acordar a Nação, Bem antes da Eleição, em 2025 tem Plebiscito Popular e Começa neste dia 1º de Julho. Saiba como participar: https://luizmuller.com/2025/06/27/pra-acordar-a-nacao-bem-antes-da-eleicao-em-2025-tem-plebiscito-popular-por-selvino-heck/

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL – YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL  

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ  

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Estudo identifica 142 empresários do agronegócio envolvidos em tentativa de golpe=De Olho na PolíticaDe Olho no AgronegócioEm destaqueGoverno BolsonaroMultinacionaisPrincipalPublicaçõesÚltimas

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

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NOTÍCIAS  DO DIA – Cultural FM – Torres RS    2025

INTERNACIONAIS

Argentina e Brasil expuseram divergências entre os presidentes no encontro do Mercosul. Javier Milei criticou restrições impostas pelo bloco. Lula afirmou que a união protege os países integrantes e, depois, visitou a ex-presidente e adversária de Milei, Cristina Kirchner, que está em prisão domiciliar. Lula defende ampliação de Sistema de Transações Comerciais com moedas locais no MERCOSUL https://luizmuller.com/2025/07/03/lula-defende-ampliacao-de-sistema-de-transacoes-comerciais-com-moedas-locais-no-mercosul/

Nos Estados Unidos, deputados aprovaram definitivamente o projeto de Donald Trump que muda impostos e corta serviços sociais

Palmeiras e Fluminense decidem vaga nas semis da Copa do Mundo de Clubes

NACIONAIS

Uma campanha na internet com ataques ao Congresso provocou preocupação e apelos por moderação. Brasileiras se alistaram nas Forças Armadas numa disputa de vinte e três candidatas por vaga.

Hugo Calderano impedido de entrar nos EUA: como funciona a regra que barrou o atleta por ter visitado Cuba - Calderano submeteu formulário antes da viagem. Regra restringe entrada de viajantes que visitaram países "banidos". Cuba está na lista, e o mesatenista foi ao país caribenho em 2023 para disputar um campeonato.

Projeto da Anistia pode aparecer na pauta da Câmara antes mesmo do recesso - Presidente da Câmara prepara versão alternativa do PL da Anistia para contemplar oposição sem afrontar o Judiciário.

Minha Casa, Minha Vida: compra de usados dispara e preocupa setor de construção; Em 2024, programa habitacional atingiu maior número de contratos para imóveis usados na história. Embora modalidade amplie opções a compradores, construtoras defendem que regras priorizem projetos novos — para manter o setor aquecido.

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CULTURAL FM Torres RS – OPINIÕES – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quinta-feira, 3 de julho de 2025

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões- Governo extrapola ao recorrer ao STF para manter alta do IOF - O Globo -Decisão é juridicamente frágil e contribui para acirrar tensões em momento que exige negociação - +CONTINUAR LEITURA

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Os fatos nas palavras - Merval Pereira - O Globo  -A partir do momento em que um deputado se recusou a ser ministro, partiu-se o cristal. Acredito que o governo Lula, para este Congresso, está acabado

CONTINUAR LEITURA

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Semipresidencialismo ganha força como saída para crises - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense  - É um sistema de governo que combina o presidencialismo e o parlamentarismo. Os dois modelos clássicos são os da França e de Portugal. Duas PECs tramitam no Congresso

CONTINUAR LEITURA

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Brics: a busca da agenda concreta - Míriam Leitão  - O Globo -Mesmo com a sombra dos conflitos globais, o desejo do Brasil na presidência do bloco é ter uma pauta para enfrentamento de problemas reais

CONTINUAR LEITURA

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Sem recuo à vista no #congresso damamata - Maria Cristina Fernandes  Valor Econômico - Governo escalou o tom nas redes para abrir espaço ao armistício   -CONTINUAR LEITURA

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Por um orçamento compreensível - Maria Clara R. M. do Prado - Valor Econômico -A ignorância alija o cidadão da possibilidade de influenciar o conteúdo dos orçamentos públicos - CONTINUAR LEITURA

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Os donos do poder - Felipe Salto  - O Estado de S. Paulo  - Sem respeito ao dinheiro público, todos brigam, quase ninguém tem razão e o pão continua a faltar. O essencial, cuidar dos interesses dos que mais dependem do Estado, torna-se secundário  - CONTINUAR LEITURA

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Estratégia tresloucada - William Waack  - O Estado de S. Paulo

É óbvio que o PT sem Lula corre o sério risco de resvalar para o ocaso. As últimas decisões políticas do chefão estão acelerando esse processo.

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IOF colocou a corrida eleitoral na rua - Adriana Fernandes - Folha de S. Paulo   Não havia outra saída para Lula, porque é uma questão de sobrevivência

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Lula vs. Congresso ou justiça tributária? - Thiago Amparo - Folha de S. Paulo  - A imprensa está perdendo a oportunidade de debater seriamente a justiça tributária  - CONTINUAR LEITURA

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Sem mágicas no Brasil real - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo-O conservadorismo do Congresso não é o efeito espúrio do sistema eleitoral

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Onde a fome se junta à vontade de jantar - Conrado Hübner Mendes - Folha de S. Paulo  - Quem tem boca vai a Lisboa; só a ingenuidade não foi convidada  - CONTINUAR LEITURA

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A TERRA É REDONDAwww.aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.  Pesquise os títulos aqui.

Aura e estética da guerra em Walter Benjamin - Por FERNÃO PESSOA RAMOS: A "estética da guerra" em Benjamin não é apenas um diagnóstico sombrio do fascismo, mas um espelho inquietante de nossa própria era, onde a reprodutibilidade técnica da violência se normaliza em fluxos digitais. Se a aura outrora emanava a distância do sagrado, hoje ela se esvai na instantaneidade do espetáculo bélico, onde a contemplação da destruição se confunde com o consumo

Síndrome da apatia - Por JOÃO LANARI BO: Comentário sobre o filme dirigido por Alexandros Avranas, em exibição nos cinemas.

A primeira guerra de trinta anos - Por LÍGIA OSÓRIO SILVA: Texto inédito da socióloga, falecida recentemente

Humanismo transcendental - Por JOSÉ CRISÓSTOMO DE SOUZA: Karl Marx esconde um avesso filosófico problemático, não examinado?

Quanto tempo falta? - Por ANDRÉ MÁRCIO NEVES SOARES: A guerra da Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio refletem a complexidade da geopolítica moderna, onde interesses estratégicos e ideológicos se entrelaçam

O cesarismo semiparlamentar brasileiro - Por JALDES MENESES: O governo Lula 3 manteve até 2025, aos trancos e barracos e o custo de uma derrota eleitoral em 2024, um equilíbrio precário, cedendo espaços nobres do aparelho do executivo e a fatia de 51 bi das emendas parlamentares no orçamento para preservar uma governabilidade mitigada

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RIO GRANDE DO SUL – POA

 

TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Histórias que a SAPT guarda – Turismo e pensamento urbano: ‘o futuro é em Torres’- "Na década de 1940, Torres ainda era uma vila litorânea com paisagens de tirar o fôlego, mas pouca infraestrutura. A cidade carecia de saneamento, energia elétrica regular, planejamento urbano e vias de acesso seguras. Foi nesse cenário que a Sociedade dos Amigos da Praia de Torres – SAPT passou a exercer um papel muito além do recreativo

Justiça proíbe o ingresso de novos detentos na Penitenciária Modulada de Osório por superlotação - Também foi limitado em 1.545 o número de detentos na instituição, proibindo novos ingressos até que esse patamar seja respeitado. Hoje, taxa de ocupação está 245% acima do contingente ideal

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INTERESSE PÚBLICOG1

Por que comer uma maçã por dia pode te deixar longe da farmácia

Nova substância reduz peso em até 24% e pode superar Ozempic e Mounjaro - Amicretina é a primeira a simular a ação dos hormônios GLP-1 e amilina no corpo. Com resultados positivos, testes vão avançar para a fase 3.

'Prova de fogo': de quantos erros de português você é capaz de escapar em reuniões de trabalho ou e-mails? Faça QUIZ

Na tentativa de 'falar bonito' e de impressionar seu chefe, vem aquela tentação de usar uma palavra com a qual você não tem tanta intimidade

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Capas dos grandes jornais do centro do país e POA

O GLOBO – IA barateia, agiliza e expande guerra política nas redes.

O ESP – Alcolumbre quer impor limite para partidos irem ao STF contra o Congresso. Tentativa do PSOL  de derrubar decreto legislativo faz com que Pres. Senado peça “urgência”.

FSP – Congresso quer obrigar Governo a pagar Emendas antes de 2026. Discussão ocorre após Presidente da CÂMARA romper acordo com PT

ZH – Supremo dá aval a acordo para ressarcir vítimas de fraude. Previsão do governo é começar a pagar 1,2 milhão de pessoas a partir do dia 24.

JORNAL DO COMÉRCIO POA- Em busca de agilizar processos, franquias adotam estratégias de IA

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O Assunto g1 dia - O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal

O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal - O Assunto #1503 | O Assunto | G1

Diante de um orçamento inexequível para 2023, o recém-eleito governo Lula negociou com o Congresso uma PEC que liberava gastos na casa dos R$ 145 bilhões; em contrapartida, o Executivo deveria apresentar uma nova regra fiscal para controlar as contas públicas. Ela veio: o chamado arcabouço fiscal foi aprovado no Legislativo e até celebrado por parte do mercado financeiro. Pouco mais de dois anos depois, ele dá sinais de que não para de pé.

Um problema multifatorial. O Executivo insiste em tentar buscar o equilíbrio fiscal apenas pelo lado da receita, a partir da elevação da carga tributária, sem indicar como vai conter o crescente aumento das despesas. E ignora os problemas estruturais das contas públicas.

O Congresso perde a oportunidade de avançar com uma agenda capaz de equacionar a crise fiscal e mantém um orçamento turbinado sob seu controle: são R$ 50 bilhões apenas neste ano, 25% de todo o gasto discricionário do governo – um percentual que foge, e muito, à média mundial.

O mesmo se vê no Judiciário, que custa 1,43% do PIB brasileiro, muito acima da média de economias emergentes (0,5%) e de economias avançadas (0,3%).

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Bruno Carazza para explicar o que pode ser feito para que o Brasil desate seu nó fiscal. Comentarista do Jornal da Globo e colunista do jornal Valor Econômico, Bruno dimensiona qual o tamanho da “bomba” brasileira. Ele, que também é professor da Fundação Dom Cabral, desenha alternativas para solucionar o problema e conclui como decisões tomadas pelos três Poderes aumentam as despesas públicas.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol - Podcast: por que filmes são filmados fora de Hollywood - 04/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast explica a crise que leva indústria do cinema a deixar Hollywood. Outras regiões dos EUA e do mundo atraem produtores; governador da Califórnia tenta reagir, e Trump ameaça com tarifas

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Editorial  Cultural FM Torres RS -  www.culturalfm875.com

Visão da conjuntura nacional nos formadores de opinião

Artigos publicados a 3 de julho de 2025

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões- Governo extrapola ao recorrer ao STF para manter alta do IOF - O Globo -Decisão é juridicamente frágil e contribui para acirrar tensões em momento que exige negociação - +CONTINUAR LEITURA

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Os fatos nas palavras - Merval Pereira - O Globo  -A partir do momento em que um deputado se recusou a ser ministro, partiu-se o cristal. Acredito que o governo Lula, para este Congresso, está acabado

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Semipresidencialismo ganha força como saída para crises - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense  - É um sistema de governo que combina o presidencialismo e o parlamentarismo. Os dois modelos clássicos são os da França e de Portugal. Duas PECs tramitam no Congresso

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Brics: a busca da agenda concreta - Míriam Leitão  - O Globo -Mesmo com a sombra dos conflitos globais, o desejo do Brasil na presidência do bloco é ter uma pauta para enfrentamento de problemas reais

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Sem recuo à vista no #congresso damamata - Maria Cristina Fernandes  Valor Econômico - Governo escalou o tom nas redes para abrir espaço ao armistício   -CONTINUAR LEITURA

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Por um orçamento compreensível - Maria Clara R. M. do Prado - Valor Econômico -A ignorância alija o cidadão da possibilidade de influenciar o conteúdo dos orçamentos públicos - CONTINUAR LEITURA

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Os donos do poder - Felipe Salto  - O Estado de S. Paulo  - Sem respeito ao dinheiro público, todos brigam, quase ninguém tem razão e o pão continua a faltar. O essencial, cuidar dos interesses dos que mais dependem do Estado, torna-se secundário  - CONTINUAR LEITURA

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Estratégia tresloucada - William Waack  - O Estado de S. Paulo

É óbvio que o PT sem Lula corre o sério risco de resvalar para o ocaso. As últimas decisões políticas do chefão estão acelerando esse processo.

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IOF colocou a corrida eleitoral na rua - Adriana Fernandes - Folha de S. Paulo   Não havia outra saída para Lula, porque é uma questão de sobrevivência

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Lula vs. Congresso ou justiça tributária? - Thiago Amparo - Folha de S. Paulo  - A imprensa está perdendo a oportunidade de debater seriamente a justiça tributária  - CONTINUAR LEITURA

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Sem mágicas no Brasil real - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo-O conservadorismo do Congresso não é o efeito espúrio do sistema eleitoral

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Onde a fome se junta à vontade de jantar - Conrado Hübner Mendes - Folha de S. Paulo  - Quem tem boca vai a Lisboa; só a ingenuidade não foi convidada  - CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:27:00 Nenhum comentário:  

 

O cesarismo semiparlamentar brasileiro - Por JALDES MENESES: O governo Lula 3 manteve até 2025, aos trancos e barracos e o custo de uma derrota eleitoral em 2024, um equilíbrio precário, cedendo espaços nobres do aparelho do executivo e a fatia de 51 bi das emendas parlamentares no orçamento para preservar uma governabilidade mitigada – in www.aterraeredonda.com.br

 

CULTURAL FM Torres RS – OPINIÕES – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quinta-feira, 3 de julho de 2025

Opinião do dia - Ulysses Guimarães*

“O inimigo mortal do homem é a miséria. Não há pior discriminação do que a miséria. O estado de direito, consectário da igualdade, não pode conviver com o estado de miséria. Mais miserável do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria.”

*Trecho de discurso em 5 de outubro de 1988, durante a sessão de promulgação da nova Constituição brasileira.

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:47:00 Nenhum comentário:  

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões- Governo extrapola ao recorrer ao STF para manter alta do IOF - O Globo -Decisão é juridicamente frágil e contribui para acirrar tensões em momento que exige negociação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou uma decisão temerária ao orientar a Advocacia-Geral da União (AGU) a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a derrubada do decreto legislativo que suspendeu o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A iniciativa acirra o conflito entre Executivo e Legislativo num momento em que o país não precisa de mais tensão, mas de tranquilidade e capacidade de negociação para pôr em ordem as finanças públicas.

O Executivo não deveria ter insistido na estratégia de aumentar impostos para cobrir buracos no Orçamento. O risco político era evidente. Líderes do Congresso haviam deixado claro ser contra ampliar a carga tributária já excessiva. A reação era previsível. Em derrota acachapante para o Planalto, a Câmara aprovou por 383 votos a 98 o decreto legislativo anulando o aumento do IOF, referendado no Senado por votação simbólica. Para espanto de ninguém, a derrubada contou com a votação maciça de parlamentares da base governista. A raridade da decisão — desde 1989, a Câmara aprovou menos de 1% dos projetos de decreto legislativo que visavam à suspensão de atos presidenciais — demonstra o grau de insatisfação no Parlamento.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:46:00 Nenhum comentário:  

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Os fatos nas palavras - Merval Pereira - O Globo  -A partir do momento em que um deputado se recusou a ser ministro, partiu-se o cristal. Acredito que o governo Lula, para este Congresso, está acabado

O Brasil, onde na teoria vigora o regime presidencialista, na prática hoje exercita um sistema semiparlamentarista, tendo já passado pelo hiperpresidencialismo muito recentemente. O povo brasileiro já reafirmou sua preferência pelo presidencialismo em pesquisas e plebiscitos. Parece fadada ao insucesso a tentativa de mudar o regime para o parlamentarismo, que já adotamos numa emergência política depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, para que o vice João Goulart fosse aceito pelos militares.

Há ainda propostas para adotarmos o semipresidencialismo, que vige em Portugal e na França. Todos esses regimes são tentativas de superar problemas político-partidários que nos perseguem, pois não conseguimos alcançar um equilíbrio institucional que permita ao país se desenvolver. O hiperpresidencialismo recente anulava o Congresso, que era manipulado pelos presidentes por meio da distribuição de emendas parlamentares, cargos públicos e até ministérios. Regimes presidencialistas como os Estados Unidos têm uma divisão de Poderes bastante rígida, tanto que um parlamentar que queira virar ministro (secretário por lá) de um governo precisa abrir mão do mandato que ganhou nas urnas para representar os eleitores. No Brasil, há muito tempo o presidencialismo tem uma porta giratória por onde entram e saem políticos, num vaivém constante entre Executivo e Legislativo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:45:00 Nenhum comentário:  

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Semipresidencialismo ganha força como saída para crises - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense  - É um sistema de governo que combina o presidencialismo e o parlamentarismo. Os dois modelos clássicos são os da França e de Portugal. Duas PECs tramitam no Congresso

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume a presidência do Mercosul, em Buenos Aires, na Argentina, a elite política e a alta magistratura brasileira se reúnem no Fórum Jurídico de Lisboa, criado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos autores da proposta de implantação do semipresidencialismo no Brasil. Ao saudar os presentes, entre eles o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou o caráter transdisciplinar e internacional do evento, que conta com 57 painéis, quase 500 palestrantes de várias nacionalidades e estimativa de 2,5 mil participantes. “O Fórum se consolidou como um ponto de encontro fundamental para o diálogo entre o Brasil e a Europa”, afirmou.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:39:00 Nenhum comentário:  

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Brics: a busca da agenda concreta - Míriam Leitão  - O Globo -Mesmo com a sombra dos conflitos globais, o desejo do Brasil na presidência do bloco é ter uma pauta para enfrentamento de problemas reais

Os negociadores que preparam a reunião de cúpula do Brics estão tentando fechar declarações à parte sobre três assuntos: saúde, clima e inteligência artificial. Isso além da declaração conjunta dos chefes de Estado. O objetivo do Brasil é fortalecer a agenda de desenvolvimento nos debates e buscar avanços concretos. Mesmo assim, a sombra dos conflitos globais estará presente. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, não virá mais. Ele chegou a confirmar a presença logo após o ataque de Israel, mas quando houve o bombardeio americano, avisou que não poderia deixar o país.

O que o Brasil quer é menos geopolítica e mais agenda de desenvolvimento que foque na natureza econômica do bloco. Um diplomata que está no centro da negociação dos documentos me explicou a visão brasileira.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:33:00 Nenhum comentário:  

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Sem recuo à vista no #congresso damamata - Maria Cristina Fernandes  Valor Econômico - Governo escalou o tom nas redes para abrir espaço ao armistício

A estética do confronto chegou para ficar como condição necessária, ainda que insuficiente, para o governo chegar ao armistício com o Congresso. O primeiro sinal de que o bombardeio #congressodamamata incomodou foram os recibos passados pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), (“Quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”) e pelo presidente do União, Antônio Rueda, (“Não consegue resolver o problema fiscal e joga a culpa no Congresso”).

Esta percepção, de um ministro que é conselheiro de colegas petistas sem nunca ter sido do PT, e tem linha direta com os presidentes da Câmara e do Senado, não se restringe a aplaudir a reação governista até aqui. Advoga que o próprio presidente da República vá pra cima nas redes sociais dizendo que o Congresso não quer votar a isenção do IR ou o aumento de imposto para rico e pretende congelar o salário-mínimo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:24:00 Nenhum comentário:  

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Por um orçamento compreensível - Maria Clara R. M. do Prado - Valor Econômico -A ignorância alija o cidadão da possibilidade de influenciar o conteúdo dos orçamentos públicos

PPA, LDO, LOA. Quem consegue entender essas siglas? Pouca gente. Por certo, os especialistas em orçamento, os analistas fiscais e, talvez, alguns congressistas. Todas dizem respeito a procedimentos relacionados às contas públicas do governo federal, uma trata do planejamento com metas para quatro anos, outra aponta as orientações para o orçamento e a terceira define receitas e despesas para cada ano. Sem dúvida, são providências importantes nos trâmites do Orçamento Geral da União, mas nada dizem aos contribuintes brasileiros que sustentam as despesas públicas.

Despesas, diga-se, em boa parte arbitradas ao sabor de quem detém poder na cúpula de Brasília. Em nome do povo, tomam-se decisões nem sempre benéficas à uma sociedade seccionada por um fosso profundo, uma realidade conhecida há pelo menos dois séculos e que tende a se agravar com a polarização entre a direita e a esquerda.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:17:00 Nenhum comentário:  

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Os donos do poder - Felipe Salto  - O Estado de S. Paulo  - Sem respeito ao dinheiro público, todos brigam, quase ninguém tem razão e o pão continua a faltar. O essencial, cuidar dos interesses dos que mais dependem do Estado, torna-se secundário

O clássico  Os donos do poder, de Raymundo Faoro, publicado em 1958, nunca foi tão atual. Na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, onde me graduei, ganhei um exemplar das mãos do estimado Professor Marcos Fernandes Gonçalves da Silva, há 20 anos.

Apreendi sua mensagem, que é muito clara: o Estado brasileiro compõe-se, em muitos casos, de estamentos, fatias ou nacos de poder voltados a interesses privados. Atacar esses interesses desperta os instintos mais primitivos dos que operam esse sistema não republicano.

O episódio do decreto presidencial do IOF, especialmente no capítulo mais recente – sua derrubada pelo Congresso seguida de judicialização – é sintomático. Vivemos uma situação delicada e perigosa, em que a responsabilidade fiscal é confrontada diuturnamente.

Sem respeito ao dinheiro público, todos brigam, quase ninguém tem razão e o pão continua a faltar. O essencial, cuidar dos interesses dos que mais dependem do Estado, torna-se secundário. O privilégio aos amigos do rei, principal. Responsabilidade fiscal não é tecnicismo de especialista, mas o único caminho para promover políticas públicas sustentáveis, fazendo cumprir a Constituição Cidadã.

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Estratégia tresloucada - William Waack  - O Estado de S. Paulo

É óbvio que o PT sem Lula corre o sério risco de resvalar para o ocaso. As últimas decisões políticas do chefão estão acelerando esse processo.

A causa principal é a perda de leitura da realidade por parte do próprio Lula. Leia-se mudanças sociais no País, alteração das relações de força entre os poderes e o enfraquecimento das capacidades físicas e intelectuais do líder.

Tem remotas possibilidades de sucesso as mais recentes decisões “estratégicas” para ganhar as eleições de 2026 e reverter poderes do Congresso. De novo, pelo óbvio: não reúne a massa crítica política necessária nem para um nem para o outro.

Lula se encontra hoje vítima da tática “boa constrictor” (o nome científico da jiboia) do Centrão, e sua ida ao STF para anular o decreto legislativo que anulou o decreto executivo não vai folgar o aperto dos anéis dessa gulosa serpente. Ao contrário, qualquer que seja a decisão do Supremo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:52:00 Nenhum comentário:  

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IOF colocou a corrida eleitoral na rua - Adriana Fernandes - Folha de S. Paulo   Não havia outra saída para Lula, porque é uma questão de sobrevivência

A crise política gerada pelo decreto de alta do IOF do ministro Fernando Haddad colocou a corrida eleitoral de 2026 na rua.

Ainda que os principais atores da disputa façam gestos na direção de abertura do diálogo, como fez nesta quarta-feira (02), Davi Alcolumbre ao receber o número 2 da Fazenda, a guerra está em curso e com chance quase nenhuma de um acordo de paz até o desfecho eleitoral no final do ano que vem.

Não havia outra saída para o presidente Lula. Trata-se de uma questão de sobrevivência. Como ele mesmo explicitou ao reconhecer que, se não fosse ao STF contra a derrubada do IOF pelo Congresso, não governaria mais.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:34:00 Nenhum comentário:  

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Lula vs. Congresso ou justiça tributária? - Thiago Amparo - Folha de S. Paulo  - A imprensa está perdendo a oportunidade de debater seriamente a justiça tributária

A cobertura da imprensa nacional, inclusive da Folha, sobre o decreto do IOF superdimensiona a linha editorial Lula vs. Congresso e, assim, perde a oportunidade de debater seriamente a justiça tributária.

Ao leitor vende-se a ideia de que a notícia do dia é, para usar a famosa metáfora jornalística, que o cachorro mordeu seu dono, quando na verdade estamos diante da rara situação em que desta vez foi o dono que mordeu seu cão: no debate sobre IOF, estamos diante não de mais um episódio corriqueiro de picuinhas políticas, mas sim de um momento atípico, em que se discutem, finalmente, projetos distintos de país.

No vale-tudo dos jornais —no qual o debate sobre taxação de super-ricos é traduzido como pauta antiCongresso e de polarização social—, sabe-se mais sobre quem almoçou com quem e quem ignorou a ligação de quem e menos sobre os interesses privados que sustentam a pouca ou nula taxação de super-ricos no país e como esses interesses interseccionam com os de parlamentares dispostos a sacrificar a estabilidade fiscal.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:30:00 Nenhum comentário:  

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Sem mágicas no Brasil real - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo-O conservadorismo do Congresso não é o efeito espúrio do sistema eleitoral

O conflito entre o Executivo e o Congresso sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) põe a nu tensões de várias origens.

De um lado, trata-se de um capítulo do rearranjo das relações entre os dois Poderes, requerido pelas mudanças nas respectivas forças relativas.

Como se sabe, a Presidência perdeu em parte sua capacidade de controlar a agenda legislativa e o Parlamento ganhou mais protagonismo, por força de mudanças institucionais que se sucederam ao longo dos anos. Entre elas, a regulamentação das medidas provisórias; o crescimento, em tipo e valor, das emendas impositivas; e o aumento do fundo partidário, que fortaleceu as lideranças das legendas representadas na Câmara e no Senado.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:28:00 Nenhum comentário:  

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Onde a fome se junta à vontade de jantar - Conrado Hübner Mendes - Folha de S. Paulo  - Quem tem boca vai a Lisboa; só a ingenuidade não foi convidada

Começou o mais bonito encontro da conciliação colonial. O "Festival do Arranjinho", nas palavras da mídia portuguesa, apegada à letra e ao antieufemismo.

Onde jabá corporativo e dinheiro público alimentam a corrupção supramagistocrática. Onde a fome por lobby se junta à vontade de jantar. De jantar muitos jantares com empresários, políticos, magistrados e ministros de governo. De entreter conversas anódinas, de risadas amigas e programadas.

Onde presidente da Câmara, o do Senado e o anfitrião devem pedir pacificação: supersalários e subsídios não se discutem; tributação equânime entre ricos e pobres, entre professor de escola pública, policial militar, médico do SUS e CEOs não se discute; cortar recursos da saúde e de políticas de redução da pobreza se discute. Em mais uma vitoriosa conciliação nacional.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:27:00 Nenhum comentário:  

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia  3 julho – Doce 5ª. feira

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

 

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

 

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo -

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Quando os caixões vencem os berços – RED -https://red.org.br/noticias/uando-os-caixoes-vencem-os-bercos/

 

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

NACIONAIS

RIO GRANDE DO SUL – POA

TORRES E REGIÃO

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INTERESSE PÚBLICO

 

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO-

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O Assunto g1 dia                                                             

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia  2 julho – 4ª. virtuosa

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

Dia de sol com muitas nuvens à tarde e à noite, mas sem chuva. Temperatura entre  6°/14°

Frio avança pelo Centro-Sul nesta quarta; mínimas chegam a ficar abaixo de 0°C

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

 

 

A Consolidação das Contas Públicas de 2023 abrangem: União; 26 estados, Distrito Federal, e 5.266 municípios. Estudo completo clique abaixo: https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:52399

Jeffrey Sachs denuncia lideranças ocidentais como gangsters -Exclusivo! Vídeo legendado do debate histórico de Jeffrey Sachs no Parlamento Europeu - O Cafezinho

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

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INTERNACIONAIS

Trump anuncia possível trégua de 60 dias em Gaza. Rússia prossegue em sua ofensiva sobre Ucrânia.

Câmara dos EUA deve votar nesta 4ª projeto de Trump que reduz impostos e aumenta verba contra imigrantes. - Redução em programas sociais e mais gasto militar: o que diz a medida. Especialistas alertam que medida deve aumentar dívida em US$ 3 trilhões

Beliches, alambrados e cercado por répteis: saiba como é a 'Alcatraz dos Jacarés', que vai receber imigrantes detidos nos EUA.
Batidas contra imigrantes esvaziam fazendas nos EUA; colheitas estão apodrecendo, dizem produtores

Fazendeiros relatam perdas após operações da Imigração norte-americana afastarem trabalhadores imigrantes. Frutas e verduras estão apodrecendo nos campos, segundo produtores e funcionários.

Vamos ter que dar uma olhada nisso', diz Trump sobre possibilidade de deportar Musk. Ameaça do presidente dos EUA é novo capítulo de ruptura com o bilionário sul-africano radicado nos EUA, dono da Tesla, X e SpaceX. Musk critica megapacote fiscal proposto por Trump, que está em tramitação no Congresso americano

Elon Musk indica ter se arrependido de erguer motosserra ao lado de Milei em evento: 'Faltou empatia'

 

Uma nevasca retém caminhoneiros brasileiros na fronteira da Argentina com o Chile. Setenta cidades gaúchas enfrentam o frio abaixo de zero. Na Copa do Mundo de Clubes, Fluminense e Palmeiras se preparam para as quartas de final.

Governo brasileiro reage a críticas da 'The Economist' sobre Influência de Lula no exterior e perda de popularidade no Brasil - Documento destaca papel de Lula na presidência do G20, posição contrária a ataques ao Irã e à Ucrânia, e defesa da democracia e do multilateralismo.

Uruguai x Brasil: como parque eólico no RS fez ressurgir disputa territorial centenária entre os dois países. -Usina levou Uruguai a questionar soberania sobre área conhecida como Rincão de Artigas. Governo brasileiro entende que território faz parte de município gaúcho.

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NACIONAIS

Mais de 170 mil vítimas de descontos ilegais em benefícios do INSS contestaram as justificativas das associações que retiraram o dinheiro. Aposentados disseram que até mensagens de áudio autorizando os descontos são de outras pessoas. Idosos também são alvos de fraudes com identificação facial. Chegou ao Rio o corpo da brasileira acidentada num vulcão da Indonésia. Setenta cidades gaúchas enfrentam o frio abaixo de zero. No Amazonas, o nível do rio Negro começou a se estabilizar. O governo tenta no Supremo restabelecer o aumento do IOF. Na Copa do Mundo de Clubes, Fluminense e Palmeiras se preparam para as quartas de final.

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OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/ - Índice terça-feira, 1 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Lula é quem mais tem a perder com o ‘nós contra eles’- O Globo - PT erra ao tentar manter aumento de impostos e ao dizer que só os mais ricos pagarão a conta

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:11:00 Nenhum comentário:  

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Os bastiões democráticos - Merval Pereira - O Globo - O Congresso, mesmo com seus defeitos, tem as qualidades necessárias para ser a garantia democrática no país

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:10:00 Nenhum comentário:  

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A nova política digital - Pedro Doria - O Globo  Muçulmano de 33 anos gastou seu dinheiro, principalmente, em vídeos curtos no TikTok e no Instagram - CONTINUAR LEITURA

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A natureza da crise não é econômica - Míriam Leitão - O Globo  Nada há de desesperador na economia que justifique tamanha gritaria política e esse clima de fim de mundo

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IOF atrai o STF para estresse entre Poderes – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense - A judicialização do caso do imposto é mais um episódio da crise de governabilidade estrutural entre Lula e o Congresso. Alexandre de Moraes será testado mais uma vez

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Governo dobra a aposta e vai ao Supremo pelo IOF - Por Danandra RochaWal Lima e Fabio Grecchi / Correio Braziliense

Ação será impetrada hoje pela AGU e entregue ao ministro Alexandre de Moraes para relatá-la. Mais cedo, presidente da Câmara, Hugo Motta, publicou vídeo com recados ao Palácio do Planalto deixando claro que congressistas não vão recuar

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Partidos negociam federações para 2026 e tentam superar divergências - Joelmir Tavares - Valor Econômico - Siglas intensificam conversas pensando em fortalecimento e sobrevivência, mas experiências fracassadas, como PSDB/Cidadania, evidenciam riscos do arranjo - CONTINUAR LEITURA

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Avenida sem povo escancarou estratégias - Maria Cristina Fernandes  - Valor Econômico

Fracasso de público barateia o pedágio que Tarcísio terá que pagar ao ex-presidente, mas Bolsonaro aposta na eleição do Congresso para ser o fiador de quem vencer em 2026

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As raízes socioeconômicas do Trumpismo - Luiz Gonzaga Belluzzo - Valor Econômico Trump exprime o declínio dos valores e das ideias que inspiraram os EUA na construção da ordem mundial do pós-guerra  CONTINUAR LEITURA

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Dados ou dogmas? O Brasil na encruzilhada - Luiz SchymuraValor Econômico- Autoridade dos dados não vem apenas de planilhas precisas, mas de um equilíbrio delicado entre rigor científico, confiança política e uso pela sociedade   CONTINUAR LEITURA

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Quem o Congresso derrotou - Jorge J. Okubaro - O Estado de S. Paulo - Ao contrário do que pareceu, o Congresso não protegeu a maioria da população ao derrubar o decreto de aumento do IOF   CONTINUAR LEITURA

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Sem paixão, sem esperança - Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo - 2026 aponta para a direita radical contra uma direita não radical travestida de centro

Na crise de inércia que assola Brasília e se acentua nesta semana, todos disputam força, poder e espaço, sem compreender que não há vencedores, só vencidos, e o maior exemplo veio do domingo na Avenida Paulista, onde Bolsonaro pôde sentir ao vivo o declínio de sua liderança e relevância. Nem 13 mil pessoas, para quem sacudia o País com multidões acachapantes?

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Ou repensamos as emendas ou adotamos o parlamentarismo - Joel Pinheiro da Fonseca -Folha de S. Paulo - Seja qual for o governo, ele precisará encontrar propostas suas que convirjam com a maioria do Congresso - CONTINUAR LEITURA

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Na dúvida, censure - Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - Regulamentação de redes criada pelo STF é pouco clara e deverá promover exclusão preventiva de postagens

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Pacto não escrito entre Poderes - Dora Kramer - Folha de S. Paulo - Legislativo, Executivo e Judiciário deixam intacto o que interessa de fato a uns e aos outros

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O principal alvo de Alcolumbre e Motta é Dino; Lula, o bônus - Alvaro Costa e Silva - Folha de S. Paulo - Com fome de poder e dinheiro, Congresso age de maneira disfuncional

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Partido Comunista do Chile terá protagonismo inédito após vitória de Jeannette Jara nas primárias  - Rafael Carneiro / O Estado de S. Paulo - Militante do partido desde 1999, a esquerdista tem um perfil mais moderado e poderá enfrentar embates com a sua sigla

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As aventuras de Daniel na Cova da Democracia - Vagner Gomes* - “Uma das obras mais antigas no cânone do pensamento político, A República, de Platão, escrita por volta do ano 400 a.C., oferece uma avaliação franca da centralidade das mentiras para a política. Platão defendeu o que chamou  de ‘mentira nobre’ para justificar o que, de outra forma, poderia ser considerado injustificável: uma ordem social desigual. Seu argumento era que apenas algumas pessoas são adequadas para governar. (…)” - Simon Tormey, Populismo: uma breve introdução. P. 158.

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A TERRA É REDONDAwww.aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.  - Pesquise os títulos aqui.

A próxima cúpula dos BRICS - Por CLAUDIO KATZ: A ampliação dos BRICS revela sua força e sua fragilidade: atrai países cansados da dominação ocidental, mas dilui a coesão em meio a interesses divergentes. Enquanto China e Rússia pressionam por desdolarização, Brasil e Índia insistem em "não antagonizar ninguém". O desafio do Rio é provar que o bloco é mais que uma soma de contradições

Passagens cariocas - Por ANNATERESA FABRIS & MARIAROSARIA FABRIS: Considerações sobre Anna Bella Geiger como videoartista, por ocasião de sua exposição retrospectiva em São Paulo, que apresenta essa faceta menos conhecida de sua obra

Outro legislativo é possível? - Por CHICO WHITAKER: Se o Congresso atual parece uma caricatura da sociedade brasileira – branco, masculino e milionário –, a culpa não é só do sistema eleitoral, mas da nossa passividade. Aceitar a compra de votos como "normal" é compactuar com a distorção da democracia

Os mantras dos economistas - Por LUIZ GONZAGA BELLUZZO & MANFRED BACK: Se a dívida pública é um risco insolúvel, por que os bancos centrais e o mercado financeiro a abraçam como ativo seguro? A resposta está na contradição que os economistas positivistas se recusam a enxergar:o Estado não é uma família, e sua moeda não é uma mercadoria

Sionismo – estágio final- Por FRÉDÉRIC LORDON: O genocídio não é uma reviravolta infeliz, muito menos o ato de um líder monstruoso que precisa apenas ser removido. Pois a verdade é que uma proporção assustadora da sociedade israelense literalmente enlouqueceu

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RIO GRANDE DO SUL – POA

 

 

2 de julho de 2025

 

Olá! A Matinal de hoje destaca o alerta para risco de sarampo no Rio Grande do Sul, que está com a cobertura vacinal contra a doença muito abaixo da meta.

 

A edição fala também das embalagens de fertilizante na orla do Guarujá e do vídeo publicado por um influenciador porta-voz do MBL com ofensas à escritora Eliane Marques. E mais: um chamado por justiça climática entregue ao papa Leão XIV pelo arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler.

 

Roger Lerina escreve sobre Stella: Vítima e Culpada, que acompanha a tragédia de uma judia na Berlim nazista.

 

Juremir comenta o trágico acidente com Juliana Marins, brasileira que morreu enquanto escalava um vulcão da Indonésia, chamando a atenção para uma cultura que estimula o risco.

 

Comovido pelo mesmo caso, Alfredo Fedrizzi publica um belo texto na Parêntese sobre sua relação com as montanhas. Assinantes da Matinal nos planos Completo Comunidade recebem ensaios como esse em primeira mão, sempre aos sábados, pela manhã. Clique aqui para assinar e não perder nenhum conteúdo.

 

 

Mais de 75 mil alunos da rede estadual estão sem biblioteca

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TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.brMunicipalidade entrega cobertores a pessoas em situação de rua de Torres em meio à frente fria

Torres recebe primeira etapa do Circuito Gaúcho de Surf Amador neste final de semana

 Praia Grande (SC) terá boletim técnico diário para reforçar segurança nos voos de balão- Comentário : Denisio Dasilva- Acho que precisa um bombeiro civil por vôo para ajudar o piloto, um vôo com 20 pessoas é muita coisa, não precisam ganhar tanto dinheiro, dá para repartir um pouco e ter mais segurança. A favor de um bombeiro civil por vôo e mais dois extintores.

RETROFIT EM TORRES (O MILAGRE DA I.A. - "Com a ajudinha de modernas e super úteis (até demais) ferramentas, muitos dos prédios históricos, patrimônios edificados da nossa cidade, foram “restaurados” virtualmente.... O resultado deste trabalho está no Instagram da Gabriela Mello (@

Novos reservatórios já garantem incremento de 250% no abastecimento de Passo de Torres

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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INTERESSE PÚBLICO


CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever-
Concurso vai oferecer 3.652 vagas, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 16,4 mil. Inscrições começam nesta quarta-feira (2).

 

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Governo vai ao STF e deputados veem “guerra declarada”. Governo contesta na Justiça derrota no Congresso, sob risco de agravar crise política

O ESP- Ida do Governo ao Supremo por IOF ameaça  isenção maior do IR

FSP – Supremo avalia conciliação entre Governo e Congresso na crise do IOF. Alexandre de Moraes  deve liderar  conciliação

ZH – Governo aciona o Supremo  por alta no IOF ; deputados reagem

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS - Mapa aponta novas oportunidades para as Regiões Sul, Centro-Sul, Campanha e Fronteira Oeste

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O Assunto g1 dia - O governo Lula dobrando a aposta – 

O governo Lula dobrando a aposta - O Assunto #1501 | O Assunto | G1

Depois de ser derrotado no Congresso, o governo resolveu recorrer ao Supremo Tribunal Federal para restabelecer o aumento do IOF. Ao entrar com um recurso no STF, o governo eleva a temperatura política com o Congresso e dobra a aposta, avalia Thomas Traumann em conversa com Natuza Nery neste episódio.

Comentarista da GloboNews, o jornalista avalia a situação política do governo e os riscos que Lula corre ao adotar a antiga tática do “nós contra eles”, ao opor ricos e pobres, como fez em suas administrações anteriores. Ele conclui ainda o que o país perde com o embate entre os poderes.

Depois, Natuza conversa com Mary Elbe Queiroz, advogada especialista em Direito Tributário. Presidente do Centro Nacional para Prevenção e Resolução de Conflitos Tributários (Cenapret) e fundadora do Queiroz Advogados, ela explica os impactos da judicialização para a credibilidade do sistema tributário brasileiro.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: a disputa jurídica em torno da alta do IOF - 02/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast discute frente jurídica da disputa entre governo Lula e Congresso por IOF. AGU aciona STF para tentar manter decreto derrubado pelo Legislativo, e oposição fala em declaração de guerra

EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

A difícil conjuntura nacional reedita o março de 1964

O arrefecimento da guerra entre Israel e Irã, a despeito da retomada dos ataques injustificáveis de Israel sobre o Norte de Gaza, elevando o número de mortos, que pode estar chegando ao lamentável número de 80 mil, maior parte mulheres e crianças, fora os feridos, deslocou as atenções da Mídia para os assuntos internos. Com efeito, a decisão da Câmara dos Deputados, logo avalizada pelo Senado, denunciando inequívoca e “sospechosa” articulação política  dos Presidentes destas casas, teve um efeito bombástico na conjuntura nacional. Emparedou Lula, que depois de várias reuniões e determinada contra ofensiva, decidiu ingressar no Supremo, na expectativa de derrubar, por inconstitucional, o ato do Congresso. Com isso acabou transferindo a decisão final do caso para, nada mais, nada menos do que o Ministro Alexandre de Moraes, já estigmatizado pela Oposição como o algoz dos bolsonaristas. Daí sua proposta de tentar uma negociação entre Congresso e Poder Executivo, na expectativa de escapar à mais uma crise institucional. De qualquer forma, os ânimos estão exaltados embora Hugo Motta, Presidente da Câmara dos Deputados insista na tese de que “não traiu” o Planalto e o Senador Alcolumbre, Presidente do Senado insista que não se trata de uma guerra, apenas um episódio. Tudo poderia passar em branco, porém, não estivéssemos num ano crítico: final de Lula III e véspera de eleições gerais. Lula acusou o golpe e parece disposto a deflagrar um discurso eleitoral, reeditando o “nós x eles”. Para tanto, retoma os ataques a Bolsonaro, justificando, inclusive os altos juros como o resultado da “admistração anterior”. Já Bolnaro, em nítido refluxo em suas mobilizações, que veem caindo das multidões superiores a 50 mil para os últimos 12mil no último domingo em São Paulo, começa a admitir que poderá não ser candidato, ao propor a seus seguidores o voto em deputados e Senadores com vistas ao controle das decisões estratégicas sobre o país. Tanto ele, aliás, como o próprio Lula, parece que começam a avaliar com cuidado cada vez maior seus possíveis candidatos ao Senado, pois aí poderá recair a possibilidade não só de cassação de Juízes do Supremo, ou Diretores do Banco Central, como o sopro capaz de introduzir o parlamentarismo no Brasil.

Como a história costuma se reproduzir, nunca é demais lembrar o epílogo do regime da Constituição de 1946, nos idos de 1964. O Presidente João Goulart, também emparedado por um Congresso conservador, a despeito de uma popularidade medida na época pelo IBOPE em torno de 70% , diante da rejeição formal de sua proposta de Reforma Agrária, decide decretá-la em praça pública, no comício da Central no 13 de março. A 31, capitulava sob as armas da sublevação golpista. Hoje como ontem, a propósito, a mídia corporativa, ecoa o conservadorismo e levanta sua voz contra o Presidente de República. Já não vivemos sob o império da Midia, mas as Redes Sociais, enfim, reverberam seus editoriais inflamando o ambiente político. Eis o Editorial de ontem, por exemplo, de O GLOBO:

No embate com o Congresso em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT optaram mais uma vez pela tática do “nós contra eles”. Em vídeos feitos para redes sociais, o “povo” carrega pesados fardos nas costas (os impostos), enquanto personagens bem vestidos, representando os “ricos”, levam pequenas sacolas simbolizando taxação leve. Mais uma vez, o governo tenta justificar sua tentativa de promover um ajuste fiscal aumentando receitas, em vez de cortar gastos. A tática usada para fustigar o Congresso é um equívoco tanto do ponto de vista econômico quanto do político.

É verdade que a estrutura de impostos brasileira é regressiva (em termos proporcionais, as faixas de renda mais alta arcam com carga menor de impostos). Pode fazer sentido, por isso, corrigir a base de cálculo do Imposto de Renda em benefício das faixas de menor renda. Mas é absurdo acreditar que a alta do IOF afete apenas os mais ricos. O tributo recai sobre empréstimos, cartões de crédito e outras operações financeiras. Seu aumento nas transações cambiais encarece importações, alimentando a inflação e punindo os mais pobres. O empréstimo rotativo do cartão, usado sobretudo pelos pobres, também fica mais caro. E saem perdendo os microempreendedores individuais (MEIs), que buscam crédito para financiar equipamentos como carrinhos de venda ou máquinas de costura.

Diante disso, Roberto Amaral, ex Ministro de C&T do Governo Lula II, conclui em recente artigo:
 

A ordem político-institucional herdada da reconstitucionalização de 1988 foi posta em recesso com o impeachment de Dilma Rousseff. Morria ali a Nova República anunciada por Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. O golpe de Estado de 2016 se consolidou com o regime-tampão do vice perjuro, ponte para a ascensão do neofascismo, pela vez primeira no Brasil a escalar o poder pela via eleitoral.

O presidencialismo espatifa-se como bola de cristal caída ao chão e, com seus estilhaços, a direita concerta o quebra-cabeça como novo Leviatã: poderoso mostrengo que devora as instituições republicanas e impõe a ingovernabilidade como estágio preparatório do caos, indispensável para a revogação do que ainda podemos chamar de “ordem democrática” – frágil, nada obstante sua permanente conciliação com o grande capital, no que se esmera o atual Congresso, implacável no desmonte do que quer que seja que possa sugerir um Estado de bem-estar social.

Esta é a circunstância que nos domina: um Poder Executivo acuado, impedido de exercer o dever da governança; um Legislativo que não arrecada, mas é senhor dos gastos; uma democracia representativa que prescinde da soberania popular. Um Executivo se esvaindo numa sangria de poder que parece não ter fim, prisioneiro de um Congresso abusivamente reacionário, na tocaia contra qualquer sinal de avanço civilizatório. Em seu nome fala e age sua escória, chorume poderosíssimo que não cessa de crescer em número de militantes, em ousadia e em chantagens contra o governo. O quadro funesto se completa com uma Faria Lima descolada do país e de seu povo: seus interesses deitam raízes em Wall Street. 

Lição dos dias que demoram a passar: no Brasil de hoje, em cenário no qual o centro e a social-democracia (depois da falência dos liberais) aderiram ao conservadorismo larvar, a direita e a extrema-direita governam independentemente do resultado das eleições que ainda se realizam – as quais, assim, deixam de ser decisivas, e sobretudo deixam de ser instrumento de mudança, pois qualquer mudança que não aprofunde a exploração de classe será vista como subversiva da ordem na qual a classe dominante (que também atende pela alcunha de “mercado”) se alimenta.”

Quem viver, verá...

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Índice terça-feira, 1 de julho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Lula é quem mais tem a perder com o ‘nós contra eles’- O Globo - PT erra ao tentar manter aumento de impostos e ao dizer que só os mais ricos pagarão a conta

No embate com o Congresso em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT optaram mais uma vez pela tática do “nós contra eles”. Em vídeos feitos para redes sociais, o “povo” carrega pesados fardos nas costas (os impostos), enquanto personagens bem vestidos, representando os “ricos”, levam pequenas sacolas simbolizando taxação leve. Mais uma vez, o governo tenta justificar sua tentativa de promover um ajuste fiscal aumentando receitas, em vez de cortar gastos. A tática usada para fustigar o Congresso é um equívoco tanto do ponto de vista econômico quanto do político.

É verdade que a estrutura de impostos brasileira é regressiva (em termos proporcionais, as faixas de renda mais alta arcam com carga menor de impostos). Pode fazer sentido, por isso, corrigir a base de cálculo do Imposto de Renda em benefício das faixas de menor renda. Mas é absurdo acreditar que a alta do IOF afete apenas os mais ricos. O tributo recai sobre empréstimos, cartões de crédito e outras operações financeiras. Seu aumento nas transações cambiais encarece importações, alimentando a inflação e punindo os mais pobres. O empréstimo rotativo do cartão, usado sobretudo pelos pobres, também fica mais caro. E saem perdendo os microempreendedores individuais (MEIs), que buscam crédito para financiar equipamentos como carrinhos de venda ou máquinas de costura.

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Os bastiões democráticos - Merval Pereira - O Globo - O Congresso, mesmo com seus defeitos, tem as qualidades necessárias para ser a garantia democrática no país

O Brasil recente tem vários responsáveis por manter a democracia a salvo de usurpadores. Além da imprensa independente, o Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de golpe bolsonarista, ou as Forças Armadas, que negaram apoio ao golpe, mesmo que alguns de seus integrantes estivessem metidos nele. Assim como partidos políticos de centro, ou mesmo de direita não radical, ajudaram a equilibrar o cenário político quando surgiram ameaças, como nos primeiros governos petistas.

Quando o PMDB aderiu ao petismo, havia a certeza de que eventuais tentativas de avanços autoritários seriam barradas, o mesmo acontecendo com o Centrão. O Congresso, de maneira geral, tem sido o esteio democrático, pelo simples fato de que partidos políticos não se dão bem com ditaduras. Ao mesmo tempo, nossos salvadores passaram a se achar merecedores de licenças especiais para seus privilégios e benefícios e não aceitam críticas a desvios que se mostram cada vez mais frequentes, como as emendas parlamentares ou os penduricalhos do Judiciário.

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A nova política digital - Pedro Doria - O Globo  Muçulmano de 33 anos gastou seu dinheiro, principalmente, em vídeos curtos no TikTok e no Instagram

A escolha pelo Partido Democrata do deputado estadual Zohran Mamdani como seu candidato a prefeito de Nova York abre algumas conversas sobre o momento da política. Mamdani é muçulmano, bastante jovem aos 33, bem de esquerda para padrões americanos e era um completo desconhecido até uns meses atrás. Ainda assim, os filiados ao partido o preferiram ao ex-governador Andrew Cuomo, próximo da liderança tradicional democrata. Um dos aspectos mais interessantes da eleição primária pode ser o seguinte: acabou a fase Twitter das campanhas eleitorais e entramos numa fase TikTok. As duas plataformas são muito diferentes, e o predomínio de uma sobre a outra muda como pensamos a transformação das democracias pelo meio digital.

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A natureza da crise não é econômica - Míriam Leitão - O Globo  Nada há de desesperador na economia que justifique tamanha gritaria política e esse clima de fim de mundo

O governo decidiu judicializar a questão do IOF por entender que houve, por parte do Congresso, uma invasão de suas competências. O Executivo pode mudar a alíquota do IOF. O Projeto de Decreto Legislativo só seria cabível caso o governo tivesse indo além das suas prerrogativas. A ideia de que isso pode aumentar a temperatura do conflito não faz muito sentido, pois já está elevada e há pouco que o governo possa fazer para amenizar o clima. Normalmente, esse ambiente político surge quando a economia está em crise. Não é o caso agora, considerando que há uma série de indicadores bons.

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IOF atrai o STF para estresse entre Poderes – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense - A judicialização do caso do imposto é mais um episódio da crise de governabilidade estrutural entre Lula e o Congresso. Alexandre de Moraes será testado mais uma vez

A decisão de redistribuir para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a relatoria da ação movida pelo PSol contra a sustação do decreto do IOF amplia e transfere o estresse entre Executivo e Legislativo para a Corte. Ainda mais porque o ministro é o relator das ações contra os golpistas de 8 de janeiro de 2023, que estão sendo julgadas na Primeira Turma, sendo o ex-presidente Jair Bolsonaro o mais importante dos réus. Embora a constitucionalidade da decisão do Congresso seja uma questão técnica, o que está em xeque é a relação de poder entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

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Governo dobra a aposta e vai ao Supremo pelo IOF - Por Danandra RochaWal Lima e Fabio Grecchi / Correio Braziliense

Ação será impetrada hoje pela AGU e entregue ao ministro Alexandre de Moraes para relatá-la. Mais cedo, presidente da Câmara, Hugo Motta, publicou vídeo com recados ao Palácio do Planalto deixando claro que congressistas não vão recuar

Apesar das advertências de setores do governo e do próprio PT, o Palácio do Planalto decidiu dobrar a aposta feita pelo Congresso e vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolará hoje a ação, que será imediatamente encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes — que analisa medida semelhante impetrada pelo PSol.

A decisão tem tudo para acirrar, ainda mais, a crise entre o Executivo e o Legislativo, e trazer o Judiciário para o ringue. O governo, porém, pretende argumentar junto aos líderes partidários do Congresso dois pontos: 1) que a medida tem base jurídica, conforme a análise feita à AGU e repassada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e 2) que não se trata de afrontar o Congresso, mas, sim, defender uma prerrogativa do Executivo.

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Partidos negociam federações para 2026 e tentam superar divergências - Joelmir Tavares - Valor Econômico - Siglas intensificam conversas pensando em fortalecimento e sobrevivência, mas experiências fracassadas, como PSDB/Cidadania, evidenciam riscos do arranjo

A aproximação do calendário eleitoral de 2026 intensificou as negociações entre partidos para a formação de federações, como alternativa para o ganho de musculatura política ou a própria sobrevivência. Apesar da multiplicação de tratativas entre dirigentes nos bastidores, o fechamento de acordos esbarra em interesses locais e na disputa de comando. A iniciativa mais recente é a da aliança entre Solidariedade e PRD, que foi anunciada na semana passada e adotou estratégia para tentar se blindar de atritos.

No arranjo da federação, que começou a funcionar no país em 2021, duas ou mais legendas fazem uma espécie de consórcio para disputar eleições e devem atuar em conjunto, no território nacional, por no mínimo quatro anos. Na prática, cada uma mantém sua identidade, mas a atuação delas precisa ser alinhada. Hoje o Brasil tem, oficialmente, três federações: PT/PCdoB/PV, Psol/Rede e PSDB/Cidadania. Outras, no entanto, estão em processo de formação ou discussão.

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Avenida sem povo escancarou estratégias - Maria Cristina Fernandes  - Valor Econômico

Fracasso de público barateia o pedágio que Tarcísio terá que pagar ao ex-presidente, mas Bolsonaro aposta na eleição do Congresso para ser o fiador de quem vencer em 2026

O ato mais esvaziado do bolsonarismo desde que o ex-presidente deixou o poder foi também aquele que mais explicitou a estratégia de seu campo político. A caminho da condenação, Jair Bolsonaro evitou melindrar o STF. Preferiu se voltar contra o PT e o lulismo.

Parece convencido de sua inelegibilidade, mas não pediu voto nem mesmo para o governador de São Paulo, ao seu lado. Só quer que o eleitor lhe dê metade do Congresso e destine a outra metade para o Centrão.

O público de 12,4 mil pessoas sugere um bolsonarismo de fogo morto, mas enquanto for bancado pela maior legenda da Câmara, sua estratégia importa - até porque não mais se limita a sua autodefesa. A ausência da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sugere que o ex-presidente não põe suas fichas no único nome viável da família.

Além da rejeição majoritária, registrada nas pesquisas, o foco na eleição proporcional é resultado também de uma opção pelo bolsonarismo de resultados. Foi a carona a parlamentares do PL como Nikolas Ferreira (MG), Cleitinho (MG), Sóstenes Cavalcante (RJ), e Paulo Bilynski (SP) que, em grande parte, garantiu a sobrevida ao fundamentalismo bolsonarista - na religião, na segurança e nos costumes da República.

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As raízes socioeconômicas do Trumpismo - Luiz Gonzaga Belluzzo - Valor Econômico Trump exprime o declínio dos valores e das ideias que inspiraram os EUA na construção da ordem mundial do pós-guerra

Avaliado em seus próprios termos e objetivos, o projeto iluminista da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, está fazendo água diante da alucinante e alucinada competição entre as lideranças contemporâneas e seus asseclas para mergulhar o planeta nos esgotos da barbárie.

O filósofo Fredric Jameson, no livro “A Cultura do Dinheiro” já advertia no início do milênio: “Os quatro pilares ideológicos, jurídicos e morais do alto capitalismo — constituições, contratos, cidadania e sociedade civil — são, hoje, vadios maltrapilhos, mas sempre lavados, barbeados e vestidos com roupas novas para esconder sua verdadeira situação de penúria”. Não podemos colher outro ensinamento dos embates travados por Trump para tornar a América Grande Outra Vez.

Peço licença ao leitor para retomar considerações a respeito da Grande América, o país que emergiu dos sofrimentos das Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial.

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Dados ou dogmas? O Brasil na encruzilhada - Luiz SchymuraValor Econômico- Autoridade dos dados não vem apenas de planilhas precisas, mas de um equilíbrio delicado entre rigor científico, confiança política e uso pela sociedade

Um sistema de estatísticas de qualidade tem papel central no mundo contemporâneo. Não por acaso, pois na democracia de massas não há agenda nacional legítima sem alicerce estatístico. Na verdade, sem dados, a democracia vira um cabo de guerra de narrativas (exemplo: negacionismo da pandemia). As estatísticas representam o único campo de diálogo no qual governo, oposição e sociedade podem debater fatos. Contudo, é preciso frisar que a autoridade dos dados não vem apenas de planilhas precisas, mas de um equilíbrio delicado entre três pilares: rigor científico, confiança política e uso pela sociedade. Quando uma dessas frentes falha - seja por manipulação, isolamento técnico ou descrédito popular -, os dados perdem poder. Por conta disso, a autoridade dos dados não é dada: deve ser conquistada e mantida a cada dia.

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Quem o Congresso derrotou - Jorge J. Okubaro - O Estado de S. Paulo - Ao contrário do que pareceu, o Congresso não protegeu a maioria da população ao derrubar o decreto de aumento do IOF

Uma interpretação conveniente para a preocupante derrota que o Congresso impôs ao governo na semana passada, ao derrubar com grande rapidez e facilidade o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é a de que, mais uma vez, os interesses da população foram protegidos. De fato, com a decisão – cuja constitucionalidade é tema de controvérsia –, senadores e deputados evitaram um aumento da tributação. E devolveram ao Executivo a tarefa de realizar o ajuste das contas especialmente pelo lado das despesas.

É preciso, no entanto, examinar qual é a base de cálculo do tributo e, assim, quem seria afetado. O aumento incidiria sobre operações financeiras como câmbio, compras com cartões internacionais e crédito para empresas. É difícil imaginar que a maioria da população viesse a ter sua segurança financeira comprometida com isso. Mas, certamente, haveria contribuintes afetados. Não é difícil imaginar qual é a parte da sociedade que realiza tais operações com intensidade suficiente para que um aumento do IOF afete suas finanças pessoais ou corporativas. Por isso, ao contrário do que pareceu, o Congresso não protegeu a maioria da população. Derrotou-a.

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Sem paixão, sem esperança - Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo - 2026 aponta para a direita radical contra uma direita não radical travestida de centro

Na crise de inércia que assola Brasília e se acentua nesta semana, todos disputam força, poder e espaço, sem compreender que não há vencedores, só vencidos, e o maior exemplo veio do domingo na Avenida Paulista, onde Bolsonaro pôde sentir ao vivo o declínio de sua liderança e relevância. Nem 13 mil pessoas, para quem sacudia o País com multidões acachapantes?

A força mobilizadora de Bolsonaro está se desmilinguindo a olhos vistos, como a do PT e do próprio presidente Lula há muito mais tempo, desde mensalão e petrolão. Não há mais líderes capazes de atrair povo nas ruas, não há mais paixão, crença, confiança. Tudo somado, a esperança evaporou?

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Ou repensamos as emendas ou adotamos o parlamentarismo - Joel Pinheiro da Fonseca -Folha de S. Paulo - Seja qual for o governo, ele precisará encontrar propostas suas que convirjam com a maioria do Congresso

O governo é o defensor abnegado de gastos sociais e do bem público, enquanto o Congresso, com sua sede por emendas, defende os interesses privados escusos do "andar de cima". Tem sido essa a tônica dos discursos de apoio ao governo Lula em meio às derrotas que tem sofrido nas mãos dos parlamentares. Na realidade, tanto os sempre crescentes gastos do governo quanto as emendas parlamentares atendem a setores da população (andar de cima e de baixo) e estão sujeitos à corrupção.

Deixando de lado o discurso maniqueísta, cabe reconhecer que há sim uma relação cronicamente conflituosa entre Congresso e Executivo. De uns anos para cá, o lado mais forte tem sempre sido o Congresso. Quem tentou antagonizá-lo —DilmaBolsonaro em seu primeiro ano de governo— levou a pior.

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Na dúvida, censure - Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - Regulamentação de redes criada pelo STF é pouco clara e deverá promover exclusão preventiva de postagens

Se há um tema que não me comove, é o das redes sociais, que não uso. Do mesmo modo que não entendo como alguém pode gostar de sexo masoquista, não entendo como uma pessoa pode desperdiçar um bem escasso como o tempo com telas de rolagem infinitas que alternam entre irrelevâncias e disparates.

O mundo precisa de mais edição e não de menos. Eu ao menos gasto uma boa soma de dinheiro com a assinatura de publicações cujos editores selecionam para mim material de leitura que seja importante e tenha qualidade.

Estou ciente, porém, de que seres humanos variam enormemente em gostos e preferências. Assim como aceito sem problema que masoquistas extraiam prazer da dor, também aceito sem problema que pessoas dediquem suas vidas às redes sociais, se assim desejarem.

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Pacto não escrito entre Poderes - Dora Kramer - Folha de S. Paulo - Legislativo, Executivo e Judiciário deixam intacto o que interessa de fato a uns e aos outros

Nessa série de atitudes passivo-agressivas entre os três Poderes —vide corte de gastos do Executivo, supersalários do Judiciário e aumento de cadeiras no Legislativo—, há uma evidência em forma de pacto não escrito: nenhum deles interfere nos interesses corporativos e/ou ideológicos do outro.

O Parlamento eleva despesas, o governo propõe, mas não trabalha efetivamente pelo fim dos privilégios de magistrados, e o Supremo Tribunal Federal faz de conta que não é com ele, aludindo, quando convém, ao princípio da não interferência.

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O principal alvo de Alcolumbre e Motta é Dino; Lula, o bônus - Alvaro Costa e Silva - Folha de S. Paulo - Com fome de poder e dinheiro, Congresso age de maneira disfuncional

Quando o roubo é rotineiro, fácil de executar e há por trás dele uma rede de proteção, os cuidados para ocultar o dinheiro diminuem. Pense nos políticos acostumados a guardar bufunfa viva para comprar apartamentos. Usavam como esconderijo panelas, meias, cuecas, até as nádegas.

Hoje qualquer lugar serve. Na sexta (27), a PF achou maços de dinheiro —no total, R$ 3,2 milhões— espalhados num guarda-roupa ao deflagrar a quarta etapa da operação Overclean, cujo objetivo é desarticular organizações criminosas envolvidas no desvio de emendas parlamentares. Ligados ao deputado Félix Mendonça (PDT-BA), três prefeitos foram afastados.

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Partido Comunista do Chile terá protagonismo inédito após vitória de Jeannette Jara nas primárias  - Rafael Carneiro / O Estado de S. Paulo - Militante do partido desde 1999, a esquerdista tem um perfil mais moderado e poderá enfrentar embates com a sua sigla

SANTIAGO - A escolha de Jeannette Jara como candidata governista nas eleições presidenciais do Chile, que serão realizadas no final do ano, marcam um feito histórico. Pela primeira vez, desde a redemocratização, em 1990, o Partido Comunista terá um candidato para disputar o principal cargo do Executivo. No último domingo, 29, a ex-ministra do governo de Gabriel Boric obteve 60,16% dos votos, derrotando com facilidade os seus adversários.

Fundado em 1922, o Partido Comunista do Chile tem sua origem ligada aos movimentos trabalhistas e sociais do início do século 20, à difusão da filosofia política marxista e à Revolução Russa, de 1917. Após o fim da ditadura militar, quando foi considerado ilegal pelo governo de Augusto Pinochet, o partido ressurgiu no cenário político avançou de maneira lenta. Em 1999, fez oposição à Concertação (antiga coalizão de centro-esquerda), em 2010 conquistou cadeiras no parlamento e somente em 2014 conseguiu integrar um governo. Isso ocorreu no segundo mandato de Michelle Bachelet por meio da coalizão Nova Maioria. Ainda assim, sem protagonismo. Oito anos depois, o partido esteve na base que ajudou a eleger Boric.

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As aventuras de Daniel na Cova da Democracia - Vagner Gomes* - “Uma das obras mais antigas no cânone do pensamento político, A República, de Platão, escrita por volta do ano 400 a.C., oferece uma avaliação franca da centralidade das mentiras para a política. Platão defendeu o que chamou  de ‘mentira nobre’ para justificar o que, de outra forma, poderia ser considerado injustificável: uma ordem social desigual. Seu argumento era que apenas algumas pessoas são adequadas para governar. (…)”

Simon Tormey, Populismo: uma breve introdução. P. 158.

A literatura brasileira se enriquece com a publicação de Esquema de Jessé Andarilho. Literatura e antropologia política se entrelaçam numa história que impacta por expor como as camadas populares, sob as margens das políticas públicas, exercem uma luta pela sobrevivência na constante recorrência ao “jeitinho brasileiro”. Temos um romance que nos faz reencontrar o clássico Carnavais, Malandros e Heróis (1979) de Roberto DaMatta no personagem Daniel Piloto que de motorista de transporte alternativo ascende ao universo da política sempre por caminhos distantes da honestidade.

A interpretação da ascensão política do voto bolsonarista na Zona Oeste carioca por duas eleições seguidas é um desafio que ainda precisa ser mais bem pesquisado pelos especialistas em comportamento político e eleitoral. Entretanto, nessa ficção, há alguns indícios etnográficos que os investigadores têm condições de mensurar. Assim como Nestor Duarte (1902 – 1970) nos permitiu uma interpretação sobre o vaqueiro no sistema político baiano no romance Gado Humano (1937), Jessé Andarilho deixa indícios de que a mencionada “polarização afetiva” seria um mito carnavalizado num universo em que a variável constante é o conservadorismo da sociedade brasileira.

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Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.  Pesquise os títulos aqui.

A próxima cúpula dos BRICS - Por CLAUDIO KATZ: A ampliação dos BRICS revela sua força e sua fragilidade: atrai países cansados da dominação ocidental, mas dilui a coesão em meio a interesses divergentes. Enquanto China e Rússia pressionam por desdolarização, Brasil e Índia insistem em "não antagonizar ninguém". O desafio do Rio é provar que o bloco é mais que uma soma de contradições

Passagens cariocas -  Por ANNATERESA FABRIS & MARIAROSARIA FABRIS: Considerações sobre Anna Bella Geiger como videoartista, por ocasião de sua exposição retrospectiva em São Paulo, que apresenta essa faceta menos conhecida de sua obra

Outro legislativo é possível? - Por CHICO WHITAKER: Se o Congresso atual parece uma caricatura da sociedade brasileira – branco, masculino e milionário –, a culpa não é só do sistema eleitoral, mas da nossa passividade. Aceitar a compra de votos como "normal" é compactuar com a distorção da democracia

As mantras dos economistas - Por LUIZ GONZAGA BELLUZZO & MANFRED BACK: Se a dívida pública é um risco insolúvel, por que os bancos centrais e o mercado financeiro a abraçam como ativo seguro? A resposta está na contradição que os economistas positivistas se recusam a enxergar:o Estado não é uma família, e sua moeda não é uma mercadoria

 

Sionismo – estágio final - Por FRÉDÉRIC LORDON: O genocídio não é uma reviravolta infeliz, muito menos o ato de um líder monstruoso que precisa apenas ser removido. Pois a verdade é que uma proporção assustadora da sociedade israelense literalmente enlouquece

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 01 julho – 3ª. oblíqua

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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Sol com aumento de nuvens à tarde. Muitas nuvens à noite, mas não chove. Temperatura entre 6° / 12°
Nova onda de frio começou nesta segunda; Sul deve registrar temperaturas negativas
Massa o Sul e partes do Centro-Oestxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
O dia 1 de julho é marcado por datas comemorativas importantes, como o Dia Internacional do Reggae e Dia Mundial da Arquitetura. Além disso, neste dia, no ano de 1908, o SOS foi adotado como sinal internacional de socorro. Essa data é também marcada pela forte presença de anjos, orixás e santos.

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

ORÇAMENTO DA UNIÃO - O orçamento traz Despesas obrigatória, que respondem por 92% do total de gastos e que o governo não pode deixar de fazer, e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberdade de decidir, aí residindo a margem para realização de Investimentos. As despesas obrigatórias – determinadas pela Constituição Federal, por leis aprovadas pelo Congresso Nacional ou pelos contratos firmados pelo Governo Federal – representaram 92% das despesas primárias no orçamento de 2024. Os destaques nesse grupo são os Benefícios da Previdência Social (R$ 913,7 bilhões), transferências constitucionais (R$ 516,5 bilhões) e gastos com pessoal (R$ 380,4 bilhões)

O Orçamento Fácil é uma série de animações, criada pelo Senado, para explicar a importância do orçamento público e como ele é elaborado no Brasil.

          Despesas obrigatórias —Veja  Orçamento Fácil

                  www12.senado.leg.br/orcamentofacil/4.-lei-orcamentaria-anual/despesas-obrig…

Estudo identifica 142 empresários do agronegócio envolvidos em tentativa de golpe- : deolhonosruralistas.com.br/2025/06/25/relatorio-agrogolpistas

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

DEBATE PLURAL –  RED/ Brasil Progressista TV / Cultural fm Torres -Flavio W. Aguiar fala de sua vida e obra – dia 30 jun 25 - ESPAÇO PLURAL - YouTube

ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Quando os caixões vencem os berços – RED -https://red.org.br/noticias/uando-os-caixoes-vencem-os-bercos/

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

Nos Estados Unidos, jurados começaram a decidir o destino do rapper acusado de tráfico sexual. O verão da Europa tem a primeira onda de calor extremo. A vitória de dois a zero sobre a Inter de Milão pôs o Fluminense nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.

Trump sugere que DOGE analise incentivos do governo recebidos por Musk: 'Muito dinheiro para economizar'

Onda de calor sufoca Europa com temperaturas recorde; veja FOTOS g1 - Temperaturas passaram dos 46°C em vários países; autoridades emitiram avisos por riscos à saúde e incêndios florestais.

 'The Economist' diz que Lula perdeu influência no exterior e está cada vez menos popular no Brasil. Segundo a revista britânica, presidente brasileiro tem se afastado da linha de pensamento dos EUA e outros países ocidentais.

Chile – por Raul Carrion, 30.06.25

Nas primárias realizadas no Chile neste domingo, para indicar a candidatura da coalizão UNIDAD POR CHILE- que aglutina as forças de esquerda e de centro-esquerda - venceu Jennette Jara, indicada pelo Partido Comunista do Chile, com mais de 60% dos votos. O candidato indicado por Boric teve um baixo desempenho. Apesar de derrotado nas primárias, Boric fez um apelo pela unidade. Da mesma forma, a ex-presidenta Michele Bachelet anunciou que não será candidata e conclamou à unidade das forças de centro-esquerda.Avizinha-se uma acirrada batalha na Chile contra a ultra direita, a qual exigirá muita amplitude, aprofundamento da luta de ideias e uma ampla mobilização do povo chileno, que vem de recentes e vitoriosas jornadas!

https://revistaforum.com.br/global/2025/6/29/primarias-no-chile-comunista-vence-boric-faz-apelo-por-unidade-182432.html

NACIONAIS

Jovens do skate de esquerda  Invadiram o ato bolsonarista no domingo passado gritando “bolsonaro vai tomar suco de caju”. Não houve reação. Policiais prenderam suspeitos de usar a internet como território do crime: a promoção de lutas entre crianças e adolescentes e chantagens que obrigavam jovens a mutilar o próprio corpo foram alguns dos casos investigados.. O verão da Europa tem a primeira onda de calor extremo. A chuva levou Porto Alegre a fechar as comportas do Guaíba. No Amazonas, o rio Negro atingiu o maior nível em três anos. A vitória de dois a zero sobre a Inter de Milão pôs o Fluminense nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.

O hospital das despedidas, onde os pacientes vão para morrer com dignidade-BBC News Brasil esteve no primeiro — e, até o momento, o único — hospital de cuidados paliativos do SUS, onde não há pronto-socorro nem UTI.


'São extremamente fortes', diz professor de Muay Thai que imobilizou pitbulls ao ser atacado em MS -
Ataque aconteceu na manhã de domingo (29) quando a vítima fazia corrida matinal em Ponta Porã (MS). Lutador teve ferimentos e foi encaminhado para o hospital.

CNPJ terá letras e números: quem será afetado? O que muda? Veja 10 perguntas e respostas - Novo modelo entra em vigor em julho de 2026 e valerá para novas inscrições, incluindo profissionais liberais; atuais CNPJs continuam válidos.

Em meio à crise com Lula, União Brasil pressiona pelos Correios e Banco do Brasil - Partido quer mais espaço no governo federal e, no caso dos Correios, conta com apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para trocar atual presidente da estatal – indicado pelo Grupo Prerrogativas


Polícia mira quadrilha que compartilhava fotos íntimas de meninas e mulheres na internet e forçava vítimas a automutilação -
Operação acontece em 8 estados e no DF. De acordo com as investigações, crimes eram cometidos contra meninas e mulheres com idades entre 11 e 19 anos.


Organizadores de vaquinha voltam atrás e dizem que vão repassar dinheiro para Agam sem taxas -
Cancelamento de vaquinha, que arrecadou mais de R$ 500 mil, havia sido anunciado após críticas por cobrança de 20% de taxa. Quem quiser, pode ter o dinheiro de volta, segundo o Razões Para Acreditar

 

CONVOCAÇÃO URGENTE À COMUNIDADE DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL EM DEFESA DOS BIOMAS

A hora é agora. Estamos diante de uma ameaça real aos nossos biomas, aos nossos territórios, às nossas águas e vidas. O Projeto de Lei 2159, conhecido como o PL da Devastação, representa um ataque direto ao meio ambiente e à soberania popular, ao tentar flexibilizar o licenciamento ambiental e abrir as porteiras para a destruição.

 

📣 Por isso, reforçamos o chamado à MOBILIZAÇÃO NACIONAL UNIFICADA NO DIA 13 DE JULHO, com atos nas

 

capitais e em diversas cidades de todo o país. Será um dia de resistência, visibilidade e união em defesa dos nossos bens comuns e das gerações futuras.

 

🚨 Antes disso, convocamos toda a comunidade para uma PLENÁRIA NACIONAL no dia 2 de julho (quarta-feira), às 19h (horário de Brasília), via Google Meet.

Vamos compartilhar estratégias de mobilização, escutar experiências dos territórios, construir ações conjuntas e lançar o nosso ABAIXO-ASSINADO NACIONAL em defesa do meio ambiente e contra o PL 2159.

📅 Plenária Nacional

🗓 Data: 2 de julho (quarta-feira)

⏰ Hora: 19h (horário de Brasília)

📍 Plataforma: Google Meet

Confirme presença: https://calendar.app.google/JJTfuuiuGtU1XdxP9

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice dia 30 junho de 25

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões - Explosão de gastos com BPC exige mudança profunda - O Globo  - São positivas tentativas de disciplinar concessão. Mas é essencial rever correção acima da inflação

O aumento sem controle dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um exemplo perfeito de como as melhores intenções podem agravar o desequilíbrio crônico das contas públicas. O BPC foi criado pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) em 1993, com o objetivo de garantir sustento a idosos com mais de 65 anos ou a pessoas com deficiência, de famílias cuja renda mensal per capita não ultrapasse 25% do salário mínimo (R$ 379). Hoje atende 6,7 milhões. O gasto com o benefício em 2026 será de R$ 133 bilhões, de acordo com previsão do governo. Mantidas as atuais regras de acesso e reajuste, tal despesa chegará a R$ 1,48 trilhão em 2060 — alta superior a 1.000%, muito além da projetada para a população de beneficiários idosos (192%) ou com deficiência (55%).

O BPC não para de emitir sinais de alarme. Só nos primeiros quatro meses deste ano, as despesas com o benefício cresceram 11,6% acima da inflação em relação a 2024. Em 31 meses, o número de beneficiários deu um salto de 33%, abrigando mais 1,6 milhão de pessoas. Mais de 25% das concessões hoje dependem de decisão judicial.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:25:00 Nenhum comentário:  

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Atualidade e desdobramentos possíveis da demagogia política - Paulo Fábio Dantas Neto* - Reclamar da política é sempre uma opção para políticos em dificuldades eleitorais. Impõe-se quando, numa democracia, outra opção lhes falta, seja por uma situação objetiva que os limita, seja por uma atitude subjetiva que os orienta, estrategicamente.  CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:24:00 Nenhum comentário:  

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O cercadinho do Hugo Motta - Miguel de Almeida - O Globo  - O posto de deputado ou senador é um empregão como poucos para tanta falta de responsabilidade

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Perde-perde - Irapuã Santana  - O Globo - Mais uma vez, amplia-se o custo da máquina pública quando o momento exige contenção e responsabilidade fiscal

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Congresso aprova medidas que vão custar R$ 106 bilhões aos cofres públicos neste ano - Por Cássia Almeida / O Globo - Iniciativas do Legislativo ou mudanças em projetos do Executivo ampliam gastos ou barram cortes em benefícios fiscais CONTINUAR LEITURA

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Mulheres são a esperança no Irã – Fernando Gabeira - O Globo - É preciso reconhecer que regimes revolucionários não caem por impulso externo. Será preciso que a oposição derrube

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:39:00 Nenhum comentário:  

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Por que os lobbies são tão fortes no Brasil? - Bruno Carazza - Valor Econômico - Uma ampliação da discussão proposta por Samuel Pessôa sobre os motivos de o Congresso brasileiro ser tão facilmente capturado por grupos de pressão

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BC mira 2026 com juro alto por muito tempo - Alex Ribeiro  - Valor Econômico  - A estratégia é cumprir objetivo de levar a inflação para a meta no horizonte relevante de política monetária  - CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:25:00 Nenhum comentário:  

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Esquerda chilena escolhe comunista como candidata - O Estado de S. Paulo - Ex-ministra do Trabalho vence prévias da esquerda e será candidata governista na disputa pela sucessão de BoricCONTINUAR LEITURA

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Fadiga na Paulista - Diogo Schelp - O Estado de S. Paulo - Há desconexão entre o que Bolsonaro tenta ser para seus apoiadores e o que pode fazer por eles

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Construir pontes, não muros - Antonio Cláudio Mariz de Oliveira - O Estado de S. Paulo - O apelo de Francisco aplica-se aos países e aos sistemas políticos e econômicos que internamente criam barreiras entre os vários segmentos sociais  - CONTINUAR LEITURA

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Israel, Irã e o Ocidente - Denis Lerrer Rosenfield - O Estado de S. Paulo  - O Irã terminou indiretamente por confessar a sua fraqueza, implicitamente a sua derrota CONTINUAR LEITURA

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Quem responde pelo uso do dinheiro público? - Lara Mesquita* -  -olha de S. Paulo- Se deputados e senadores querem continuar a definir os rumos do Orçamento, é preciso discutir a responsabilização do Legislativo - CONTINUAR LEITURA

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Razões do mal-estar em relação à democracia brasileira - Marcus André Melo - Folha de S. Paulo - Quando os parceiros de coalizão são rejeitados pelos seus apoiadores, a avaliação do sistema piora  -CONTINUAR LEITURA

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A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros. Pesquise os títulos aqui.

O desenvolvimento econômico do Mercosul - Por RENATO STECKERT DE OLIVEIRA: Enquanto soja e minério dominam as exportações, a desindustrialização transforma economias em "fábricas de pobres". O desafio do Mercosul não é apenas firmar acordos, mas reinventar um projeto tecnológico comum que escape à armadilha da commodity

A redução sociológica - Por BRUNO GALVÃO: Comentário sobre o livro de Alberto Guerreiro Ramos

Economia da felicidade versus economia do bom viver         -Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: Diante do fetichismo das métricas globais, o “buen vivir” propõe um pluriverso de saberes. Se a felicidade ocidental cabe em planilhas, a vida em plenitude exige ruptura epistêmica — e a natureza como sujeito, não como recurso

Universidade inacabada - Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR & EVERTON FARGONI: Mais que denúncia, "Universidade Inacabada" é um manifesto pela desobediência epistêmica. O livro desmonta a farsa da modernização conservadora e revela a universidade como instrumento do capital dependente

O ataque à educação pública em São Paulo - Por VERA BOHOMOLETZ HENRIQUES: Salta aos olhos a ocupação de todo o estado de São Paulo por escolas cívico-militares, desde o rio Paraná até o litoral, do Vale da Ribeira à fronteira com Minas Gerais. A privatização da gestão escolar alcança amplitude semelhante

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Discurso de Tarcísio na Paulista irrita bolsonaristas e amplia desconfiança da família Bolsonaro - Governador de SP evitou críticas ao STF e foi visto como candidato à Presidência, gerando incômodo entre aliados e familiares de Jair Bolsonaro - Leia mais »

Lula vai intensificar agenda nas periferias para defender tributar os ricos em resposta à crise política  - Com foco na reeleição, presidente reforça discurso popular, mira base social e reage a pressões do Congresso e críticas sobre a condução f

 

Trama golpista: Moraes marca depoimento do 'núcleo 2'. Carlos e Eduardo Bolsonaro serão ouvidos - Filhos de Jair Bolsonaro serão ouvidos como testemunhas de Filipe Martins, ex-assessor do ex-mandatário, acusado de elaborar a "minuta do golpe"
Leia mais »

 

Ministros do STF veem desespero em ato flopado de Bolsonaro na Paulista - Manifestações esvaziadas são interpretadas como sinal de enfraquecimento político às vésperas do julgamento do núcleo golpista no STF  Leia mais »

Partidos de direita que integram base aliada de Lula fazem campanha contra tributação dos super-ricos- União Brasil e Progressistas lançam vídeo em tom alarmista contra a reforma do Imposto de Renda, mas projeto busca justiça fiscal Leia mais »

Brasil assume presidência do Mercosul nesta semana com viagem de Lula à Argentina - Presidente participa da 66ª cúpula em Buenos Aires para receber o comando do bloco, acelerar o acordo Mercosul-União Europeia e relançar a integração - Leia mais »

PT vê sabotagem de Alcolumbre e Motta e tentativa de enfraquecer Lula para 2026 - Após derrota com IOF, aliados do presidente e base fiel no Congresso preparam embate e mobilização popular para garantir governabilidade de Lula  Leia mais »

Enquanto estrangula o governo por ajuste fiscal, Congresso amplia gastos bilionários e beneficia os super-ricos. Congresso aumenta número de deputados, mantém isenções fiscais e blinda os mais ricos do Imposto de Renda - Leia mais »

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RIO GRANDE DO SUL – POA

 

 

1º de julho de 2025

 

Olá! A repórter Valentina Bressan mostra que o Rio Grande do Sul está longe de cumprir a Lei da Universalização das Bibliotecas. Mais de 75 mil estudantes da rede estadual de ensino frequentam escolas sem biblioteca.  

Matinal de hoje também destaca o nível do Guaíba, informação que ganhou atenção de quem vive em Porto Alegre desde a enchente do ano passado. Vamos manter o dado na abertura das edições desta semana, assim como em outros momentos de eventos climáticos mais críticos.

Você vai ler ainda sobre o pedido para barrar um novo loteamento na Lomba do Pinheiro e o plano de trabalho da CPI do Dmae.  

Tem também o texto de Ricardo Romanoff sobre a peça A Mulher que Virou Bode: A História Perdida de Jurema Finamour, em cartaz no reaberto Teatro Renascença.

Hoje à tarde, os assinantes dos planos Completo e Comunidade recebem em primeira mão a Newsletter do Juremir, com uma análise da decisão do STF sobre a responsabilização das Big Techs pelos conteúdos publicados por usuários, entre outros conteúdos extras. Se você também gostaria de receber, considere assinar a matinal.

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TORRES E REGIÃO - afolhatorres.com.br

Pedal Solidário de apoio à APAE em Três Cachoeiras ocorre dia 6 de julho

Festa do Colono e Agricultor de Torres movimentou a comunidade do Jacaré- A comunidade do Jacaré celebrou a cultura rural no último sábado (28 de junho), em evento com várias atrações (Com i Inform

Torres recebe quase R$ 5 milhões em junho no acumulado do Fundo de Participação dos Municípios – (

Corsan está deixando as ruas de Torres “como a Faixa de Gaza”, afirma presidente da Câmara -  Prefeitura de Torres)                                   Jucileine Rodrigues Da Rosa: Engraçado!! Faz muito tempo que a corsan faz isso,só agora que notaram?

 

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Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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INTERESSE PÚBLICO

Imposto de Renda 2025: 2º lote de restituição começa a ser pago nesta segunda; veja se vai receber - Serão contemplados mais de 6,5 milhões de contribuintes, com um crédito bancário total de R$ 11 bilhões.

Por que nova IA do Google virou a queridinha no TikTok — mesmo paga. Dá para identificar texto gerado por inteligência artificial?

CNU 2025: cronograma, política de cotas e reserva de vagas para mulheres na 2ª fase; veja novidades - Detalhes sobre a nova edição do 'Enem dos Concursos' foram anunciados pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, nesta segunda (30).

 

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Governo investe em discurso de “nós contra eles” e Congresso rebate. Motta critica “polarização social”.

O ESP- Programas em que o governo mais investe têm baixa eficiência. TCU aponta que Governo não cumpriu metas com a PrevidênciaSocial, educação, saúde e rodovias

FSP – Lula decide ir ao Supremo para restaurar decreto que aumenta IOF .

ZH – Na queda de braço do IOF, governo e Congresso disputam controle da narrativa

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS -  Nível do Guaíba volta a subir e prefeitura de Porto Alegre fecha comportas

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O Assunto g1 dia - O arsenal dos CACs sob fiscalização da PF

O arsenal dos CACs sob fiscalização da PF - O Assunto #1500 | O Assunto | G1

Até dezembro do ano passado, quase 950 mil pessoas tinham algum registro de CAC, como são conhecidos os caçadores, atiradores e colecionadores de armas no país. Com essas pessoas estão mais de 1 milhão de armas – uma quantidade 560% maior do que 10 anos atrás, segundo dados do Exército fornecidos ao Instituto Sou da Paz.

O aumento do número de armas, no entanto, não foi acompanhado pelo crescimento na fiscalização. A partir desta terça-feira (1°), a Polícia Federal passa a ser responsável por fiscalizar o arsenal dos CACs. Antes, estava sob a tutela do Exército Brasileiro.

Para entender o que muda a partir desta terça-feira, Natuza Nery conversa com Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal. E para explicar as consequências do aumento exponencial do número de CACs no país, Natuza ouve David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

 

Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast:Manoel Pires e Zeina Latif debatem corte de gastos - 01/07/2025 - Podcasts - Folha

Podcast: economistas debatem onde e como é possível cortar gastos públicos. Episódio reúne Manoel Pires e Zeina Latif para discutir como balancear interesses dentro de orçamento restrito

EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Fonte IBGE - Base: trimestre encerrado em maio de 2025

No trimestre encerrado em maio de 2025, existiam 177,4 milhões de pessoas em idade de trabalhar, sendo 66,7 milhões fora da força de trabalho.

 No trimestre encerrado em maio de 2025, existiam 110,7 milhões de pessoas na força de trabalho, sendo 6,8 milhões de desocupadas e 39,3 milhões de informais.

 No trimestre encerrado em maio de 2025, existiam apenas 64,6 milhões de brasileiros formais, sendo apenas 40,6 milhões de declarantes de imposto de renda.

Resumindo: O Brasil é um acampamento de refugiados.

PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 6,2% e taxa de subutilização é de 14,9% no trimestre encerrado em maio 

27/06/2025 

A taxa de desocupação (6,2%) no trimestre encerrado em maio de 2025 teve variação negativa (-0,6%) frente ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e caiu 1,0 p.p. ante o trimestre móvel de março a maio de 2024 (7,1%).

  

Indicador/Período

Mar-abr-mai 2025

Dez-jan-fev 2025

Mar-abr-mai 2024

Taxa de desocupação

6,20%

6,80%

7,10%

Taxa de subutilização

14,90%

15,70%

16,80%

Rendimento real habitual

R$3.457

R$3.442

R$3.354

Variação do rendimento habitual em relação a:

(estável) 0,4%

3,10%

 

A população desocupada (6,8 milhões) diminuiu 8,6% (menos 644 mil pessoas) em comparação com o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (7,5 milhões). No confronto com igual trimestre do ano anterior (7,8 milhões), apresentou queda de 12,3% (menos 955 mil pessoas).

 A população ocupada (103,9 milhões) aumentou 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,5%, mostrando um incremento de 0,6% no trimestre (58,0%) e variando 1,0 p.p. no ano (57,6%).

 A taxa composta de subutilização (14,9%) caiu 0,8 p.p. no trimestre (15,7%) e 1,9 p.p. no ano (16,8%). A população subutilizada (17,4 milhões) teve redução de 4,8% (menos 879 mil pessoas) no trimestre (18,3 milhões) e recuou 10,5% (menos 2,0 milhões de pessoas) no ano (19,4 milhões).

 A população subocupada por insuficiência de horas (4,7 milhões) mostrou expansão de 3,8% (mais 175 mil pessoas) no trimestre e queda de 9,1% no ano (menos 474 mil pessoas). A população fora da força de trabalho (66,7 milhões) não teve variações significativas em nenhuma das duas comparações.

 

A população desalentada (2,9 milhões) diminuiu 10,6% (menos 344 mil pessoas) no trimestre e 13,1% (menos 434 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,5%) recuou 0,3 p.p. no trimestre (2,9%) e 0,4 p.p. no ano (3,0%).

 O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi recorde: 39,8 milhões. Houve estabilidade (mais 202 mil pessoas) no trimestre e alta de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) ficou estável no trimestre e no ano.

 O número de empregados no setor público (13,0 milhões) mostrou aumento de 4,9% no trimestre e expansão de 3,4% (mais 423 mil pessoas) no ano.

 O número de trabalhadores por conta própria (26,2 milhões) cresceu 1,3% no trimestre e, no ano, subiu 2,8% (mais 724 mil pessoas). Já o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) apresentou estabilidade no trimestre e no ano.

 A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais), contra 38,1% (ou 39,1 milhões) no trimestre encerrado em fevereiro e 38,6% (ou 39,1 milhões) no trimestre de março a maio de 2024.

 O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.457) mostrou estabilidade no trimestre e crescimento de 3,1% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 354,6 bilhões) foi novo recorde, aumentando 1,8% (mais R$ 6,2 bilhões) no trimestre e 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano.

 Estudo completo clique abaixo: 

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/43835-taxa-de-desocupacao-recua-e-emprego-com-carteira-bate-recorde-no-trimestre-encerrado-em-maio

Ricardo Bergamini - ricardobergamini25@gmail.com - ricardobergamini@ricardobergamini.com.br  - www.ricardobergamini.com.br

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 30 junho – 2ª. compacta

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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A previsão do tempo para segunda-feira é de Sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. Noite de céu limpo. Temperatura entre  10°/ 13°

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A NOITE DAS FACAS LONGAS , em 30 de junho de 1934, marca o fim das ilusões populares com o nazi-fascismo. Foi quando o grande aliado de HITLER, E.Rohm, foi assassinado, junto com vários outros líderes das S.A. – Sturm Apteilung - pela emergente S.S., uma força do próprio Exército aristocrático alemão. A partir daí Hitler conduziu o rearmamento alemão em preparação para a guerra. . Sempre assim, os mais próximos, ditos sinceros, verdadeiros inocentes úteis, como os que jogaram na aventura do 8 de janeiro de 23,  são os primeiros a serem devorados pela barbárie autoritária. Inspirou até um título de livro no Brasil: " A revolução que devora a si mesmo". Depois devoram o resto: esquerdistas, liberais , gays, ciganos, deficientes, judeus, negros. Até que batem à sua porta...---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Noit das Facas Longas

Acontecimento - https://www.youtube.com/watch?v=a3EJQKk88Y8   

 

O episódio é retratado no filme de Luchino Visconti – Os deuses malditos

 

A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Globo Reporter Personalidades homenageou na última sexta feira a intérprete MARIA BETANIA. Homenagem justa. Comovente.- Maria Bethânia é homenageada no ‘Globo Repórter Personalidades’ desta sexta-feira, 27 | Rede Bahia | Rede Globo

"A base da pirâmide sustenta o Estado" - (Haddad)- Bing Vídeos. -Bing Vídeos - https://www.facebook.com/share/v/1WxPH8VASF/?mibextid=wwXIfr

Ponte mais colorida do mundo está no Brasil e tornou cidade um atrativo turístico - CPG Click Petroleo e Gas https://share.google/6AKP9ATQB72VeT0Fg

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Quando os caixões vencem os berços – RED -https://red.org.br/noticias/uando-os-caixoes-vencem-os-bercos/

 

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

Cúpula do Mercosul tem primeira viagem de Lula a Buenos Aires após posse de Milei; veja os temas de interesse para o Brasil - É a primeira vez que o presidente Lula viaja para a Argentina desde a posse de Javier Milei como presidente do país vizinho. Integração no Mercosul deve dominar conversas.. Controvérsia sobre visita de Lula à C.Kirschner

Piloto ucraniano morre e caça F-16 é perdido durante defesa contra ataque da Rússia, diz exército da Ucrânia - Segundo os militares, essa foi a terceira perda de um F-16 durante a guerra. O exército informou ainda que a Rússia lançou 477 drones e 60 mísseis de vários tipos contra a Ucrânia durante a noite

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NACIONAIS

O IBGE apresentou mais um retrato do Brasil. As mulheres estão tendo menos filhos. Aumentou o número das que adiaram a maternidade para depois dos trinta. E São Paulo teve mais saídas do que entradas de pessoas de outros estados. A Polícia Federal prendeu prefeitos suspeitos de desviar dinheiro de emendas parlamentares. Um ex-prefeito guardava em casa mais de três milhões de reais. Autoridades da Indonésia divulgaram a causa da morte de Juliana Marins, na trilha de um vulcão. No Rio Grande do Sul, voluntários acolhem animais resgatados da inundação. Católicos celebraram a inauguração de um sino gigante, em Goiás. E Caruaru entrou nas últimas vinte e quatro horas da festa de São João.

Débitos indevidos: queixas de clientes dispararam após 2020, e bancos atribuem a mudança de norma do BC

Vaquinha para alpinista voluntário no resgate do corpo de Juliana Marins é cancelada- Em comunicado oficial, organizações informaram que farão a devolução integral e automática das doações a partir desta segunda-feira (30); mobilização virtual arrecadou mais de R$ 522 mil. Razão: reclamações sobre taxa de 20% a título de administração.


CNHs suspensas despencam mesmo com recorde de multas-
Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que, apesar do reforço na fiscalização, mortes no trânsito aumentaram com afrouxamento das punições. Segundo eles, código de trânsito flexibilizou as suspensões ao elevar limite de pontos e reduzir multa para uso de CNPJ.

'Maconha de playboy’: uso do Ice avança entre jovens de classe média alta e preocupa autoridades

Presidente ganha o mesmo que deputado federal: os salários das altas autoridades da República- Salários brutos das autoridades públicas são determinados por lei.

Em ato – 12.600 pessoas - na Paulista, Bolsonaro se defende de acusações e pede apoio para eleger 50% do Congresso - Ex-presidente lamentou a derrota em 2022, voltou a criticar o STF, falou sobre as eleições de 2026 e disse que é processado por 'fumaça de golpe'. Segundo ele, com apoio no Congresso, 'mudaria o destino do Brasil', mesmo sem ser presidente.

 

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Índice dia 29 junho 25

O que a mídia pensa | Editoriais /Opiniões

Bomba fiscal exige ajuste de 3% do PIB - O Globo - Cálculo do Banco Mundial deve orientar Executivo e Legislativo em programa para conter dívida pública

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Disputa pelo bolso - Merval Pereira - O Globo - O governo não tinha outra saída ao recorrer à Corte, a não ser que admitisse capitular diante da afronta do Congresso. - CONTINUAR LEITURA

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O Congresso no teatro de sombras - Míriam Leitão - O Globo  O Congresso pensou estar derrotando o governo, mas estava onerando o país, ofendendo eleitores e descumprindo seu papel - CONTINUAR LEITURA

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Senhores das emendas - Bernardo Mello Franco  O Globo  Em dia de operação da PF, chefes do Congresso faltam a audiência sobre farra orçamentária  -- CONTINUAR LEITURA

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Para que mais 18 deputados federais? - Jairo Nicolau  - O Globo - Por incrível que pareça, no agregado, a distorção da representação dos estados piorou em relação ao que é hoje

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Crise de hegemonia do governo vai além do Congresso – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense - O Centrão farejou o animal ferido na floresta, a oposição bolsonarista foi para cima, o mercado não aceita financiar a "economia do afeto" — e a reeleição subiu no telhado

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:00:00 Nenhum comentário:  

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O palpite de um criminalista - Elio Gaspari - O Globo

Um criminalista que já viu de tudo leu a ata da acareação do tenente-coronel Mauro Cid com o general Braga Netto e achou que o ministro Alexandre de Moraes pegou leve com os dois militares. Com Mauro Cid ele já conseguiu um acordo de colaboração e com Braga Netto as provas podem se revelar ralas.

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De Gulag a Gatsby – Dorrit Harazim - O Globo  - Cinquenta e três nações já foram convencidas em sigilo a virar depósitos de deportados, segundo reportagem

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Soam os tambores da guerra? - Raul Jungmann*  - Correio Braziliense - A desglobalização ganha mais impulsão, com uma transformação profunda nas relações econômicas, políticas e sociais entre os países, marcada por maior ênfase no nacionalismo, na autossuficiência e na proteção de interesses locais CONTINUAR LEITURA

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‘A direita pode vencer em 2026 mesmo se entrar fragmentada no 1º turno’, diz cientista político - Por José Fucs / O Estado de S. Paulo - - Para Christopher Garman, uma candidatura do chamado ‘centro democrático’ só terá chance de decolar se for além do discurso contra a polarização e incorporar o sentimento antissistema que contagia boa parte do eleitorado

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:14:00 Nenhum comentário:  

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O Supremo e seus espinhos - Eliane Cantanhêde  - O Estado de S. Paulo - Tudo embolado, IOF, emendas, internet, golpe, 2026 e lulismo contra bolsonarismo. O STF que se vire

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Cadê o sindicato que estava aqui? - Celso Ming - O Estado de S. Paulo - Engana-se quem acredita que o fim do imposto sindical pela Reforma Trabalhista de Temer foi o tiro de canhão que tirou força dos sindicatos e da atividade sindical enquanto instrumentos de defesa do trabalhador e de pressão política. CONTINUAR LEITURA

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Refrega entre Poderes - Oscar Vilhena Vieira* - Folha de S. Paulo  Embora o presidencialismo de coalizão não tenha morrido, o fato é que o pêndulo da dominância foi se deslocando do Executivo para o Legislativo

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A pobreza de Lula 3 e a desigualdade - Vinicius Torres Freire Folha de S. Paulo - Iniquidade horrível de renda não vai diminuir com essa conversa; tiro pode sair pela culatra  CONTINUAR LEITURA

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O Congresso está maluco? - Celso Rocha de Barros   Folha de S. Paulo - Em algum momento, o centrão vai ter que recuar e aceitar a restauração de uma democracia funcional

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Fragilidade no contra-ataque - Dora Kramer - Folha de S. Paulo  Indo ao Supremo, governo pode até ganhar na Justiça, mas perderá de novo na política - CONTINUAR LEITURA

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A lógica do me engana que eu gosto - Muniz Sodré - Folha de S. Paulo - É que a mentira atrai como uma espécie de heresia, uma sutil desconfiança da realidade por adesão às aparências  CONTINUAR LEITURA

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Brasil acima da lucidez - Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - Livro compõe um retrato do país buscando entender argumentos dos dois lados do espectro ideológico - CONTINUAR LEITURA

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Socióloga que investigou 2013 vê possibilidade de direita voltar às ruas - Congresso em Foco  - Angela Alonso desmonta o mito de protestos espontâneos e explica por que a conjuntura atual pode reacender mobilizações da direita. CONTINUAR LEITURA

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Congresso em festa, País de joelhos – Juliana Diniz* - O Povo (CE) - Foram duas medidas-bomba em dias. Uma disposição para o trabalho que chamou atenção, considerando que o Congresso tradicionalmente fica mais lento e ausente no mês mercado pelas festas juninas CONTINUAR LEITURA

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Desdemocratização e crise de governabilidade – Paulo Henrique Martins*- O Povo (CE) - A onda crítica atinge o modelo típico da democracia que são os Estados Unidos. Ela se espalha nos estados nacionais centrais e periféricos, fazendo brotar o medo de retorno de regimes de exceção

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A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.  Pesquise os títulos aqui.

 O governo Lula e sua esfinge - Por LISZT VIEIRA: A esfinge de Lula não pergunta enigmas, mas exige respostas: ou o governo rompe com a política de conciliação que o enfraquece, ou será devorado pela história. O tempo do "bom moço" acabou – só um projeto claro e corajoso salvará seu legado das urnas famintas por mudança

Florestan Fernandes’ critical sociology - Por LUCAS TRINDADE: Comentário sobre o livro de Diogo Valença de Azevedo Costa & Eliane Veras Soares

 

Quem paga a conta? - Por EDERSON DUDA: Enquanto a justiça tributária permanecer refém de privilégios, a democracia brasileira seguirá manca, incapaz de romper o ciclo perverso que transforma desigualdade em destino. É preciso coragem política para confrontar os mitos meritocráticos que blindam a riqueza e estrangulam o futuro coletivo

Por que Lula não rompe com Israel? - Por EDUARDO VASCO: O governo não rompe com Israel por medo de confrontar a burguesia e o imperialismo dentro do Brasil. Por medo de se desfazer das relações que mantiveram há décadas com os seus representantes. Porque muitos políticos do próprio PT dependem dessas relações

Uma visita ao “Dia da vitória” - Por ALICE ITANI: A guerra está presente na cultura russa. E pode ser compreendida ao ler os muitos períodos de invasão, conflitos e guerras vividos, ao longo da história, seja por território, seja por ambição sobre os recursos naturais

O drama do Brasil de hoje - Por LUIS FELIPE MIGUEL: Congresso corrupto cresce diante de governo apático

Levados pelas marés - Por JOSÉ GERALDO COUTO: Comentário sobre o filme dirigido por Jia Zhangke, em exibição nos cinemas

Como se formam os golpistas? - Por EUGÊNIO BUCCI: Fora o acerto da lei, o que vemos hoje na corte não é bom. Algo na voz dos réus, na sua maneira de olhar ou de desviar o olhar, deixa ver que, para eles, o golpismo é um ato de bravura

O novo marco civil da internet - Por MARCELO AITH: A nova interpretação pelo STF do Artigo 19 busca um equilíbrio mais robusto entre a liberdade de expressão e a proteção de direitos no ambiente digital

Máquinas intencionais, limites morais - Por MÁRCIO MORETTO RIBEIRO: Em um mundo onde máquinas simulam intenções e humanos projetam direitos sobre o artificial, a verdadeira fronteira moral não está no que a tecnologia pode fazer, mas no que nós, como sociedade, decidimos valorizar. Reconhecer a agência instrumental das IAs não nos obriga a conceder-lhes dignidade

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RIO GRANDE DO SUL – POA

 

 

 

                               30 de junho de 2025

 

Mais de um ano depois da enchente histórica que atingiu Porto Alegre, a prefeitura ainda recorre a alternativas improvisadas para ampliar a proteção no sistema anti-cheias, conforme mostramos nesta edição, que também atualiza a situação no interior do estado, onde diversos rios superaram a cota de inundação.

Você também vai ler sobre o concurso de samba-enredo que será promovido pela Portela no Rio Grande do Sul. A escola vai homenagear a cultura afro-gaúcha no Carnaval de 2026.

Falando em Portela, na Tudo É Gênero, Marcela Donini destaca um trecho exclusivo da entrevista com Fernanda Oliveira, professora no curso de História da UFRGS e enredista da Portela. O conteúdo faz parte da newsletter enviada todas as sextas para assinantes dos Planos Completo e Comunidade da Matinal. A edição traz ainda análises, sugestões de leitura e uma curadoria de notícias sobre gênero, diversidade e direitos humanos. Assine a Matinal e receba mais conteúdos exclusivos por e-mail!

TORRES E REGIÃO

Festa do Peixe em Tramandaíl- Conheça a Vila Açoriana, recriada na 33ª Festa do Peixe pelo artista plástico Getúlio Souza Velho

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

Segunda feira do Cineclube Torres com o filme de animação para adultos "9 - A salvação" de 2009, dia 30/06 às 20h, com entrada franca.

O filme encerra mais um mês de programação, a de junho sobre a inteligência artificial na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto da UP Idiomas.

A animação é uma produção de Tim Burton, realizada pelo diretor Shane Acker que no filme expande a ideia de um seu curta-metragem, "9".

O curta foi indicado aos Oscars em 2006 e premiado naquele ano com o Student Academy Award, por ter sido produzido enquanto era estudante na UCLA.

O n.9 é um boneco, mal acabado, feito de saco de juta, que ganha vida num mundo pós-apocalíptico em que humanos não mais existem e os únicos sinais de vida são bonecos como ele, inexoravelmente caçados por máquinas.

A animação é caracterizada por uma atmosfera sombria e visualmente impressionante, com elementos de fantasia, ficção científica e terror.

Na sessão será exibida a versão original do filme, com as interpretações de excelentes atores, como os veteranos Christopher Plummer e Martin Landau, Elijah Wood dando a voz ao protagonista e, única mulher da trupe de bonecos, Jennifer Connelly, na personagem da aventureira n.7.

Após muita ficção científica, escolhida pela ala jovem do Cineclube Torres, inspirada num problema real e contemporâneo como a I.A., na programação do próximo mês, o Cineclube Torres vai trazer um tema de grande atualidade na cidade, numa perspectiva humanista e da garantia dos direitos humanos.

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com qyase 14 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso Apenas com os amantes de cinema e com a parceria da Up Idiomas Torres.

Resistimos, apesar de tudo

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

 

 

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Congresso aprova medidas com custo de R$ 106 bilhões.

O ESP- Preço faz 69% desistirem de algum item no supermercado.Com alta nos alimentos 44% vão para produtos mais baratos

FSP – MEIS representam déficit futuro de R$711 bilhões nas contas da Previdência. Modalidade responde por 12% dos segurados, e só 1%da receita

ZH – Piratini busca com União prazo para pagar Precatórios. Pela regra atual o RS teria até final de 29   para pagar o estoque de R$ 17 bilhõies. Pretende estender até 2034

JORNAL DO COMÉRCIO – POA RS -Sindienergia-RS estima primeira licença para projeto eólico offshore gaúcho em 2026

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS -

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

 

O Assunto g1 dia - A guerra invisível na África

A guerra invisível na África - O Assunto #1499 | O Assunto | G1

Um conflito que se arrasta há décadas já matou mais de 5 milhões de pessoas no coração do continente africano. No leste da República Democrática do Congo, milícias armadas se enfrentam numa guerra que é a mais mortal desde a 2ª Guerra Mundial.

O gatilho para que conflitos étnicos escalassem para uma guerra brutal foi genocídio em Ruanda, em 1994. O governo ruandês é acusado de apoiar o grupo rebelde M23 para invadir e controlar territórios na República Democrática do Congo. Sobre a RDC, pesa a acusação de proteger milícias Hutus, herdeiras dos algozes do genocídio.

Para além das batalhas entre etnias, há também uma disputa por riquezas minerais. Nos territórios conflagrados estão alguns dos materiais mais valiosos do mundo: caso do ouro, do cobre, do cobalto e do coltan, importante para a produção de computadores e smartphones – minérios e metais que têm como compradores as maiores empresas de tecnologia do mundo.

Neste episódio, Natuza Nery recebe o jornalista Pedro Borges, da agência de notícias Alma Preta. Ele, que está há 40 dias na RDC testemunhando de perto a situação da região em guerra, conta o que viu em seus deslocamentos pelo país e como é um dos campos de refugiados que visitou. Pedro detalha ainda o que prevê a nova tentativa de acordo assinada entre a RDC e Ruanda na última sexta-feira (27), em Washington, sob a mediação do governo americano.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

A “besta” nazista foragida em Atibaia-

A “besta” nazista foragida em Atibaia | Outras Palavras

Ensaio histórico sobre um facínora do Reich. Protegido e auxiliado por um bispo em Roma, fugiu ao Brasil. Virou fazendeiro, mas se matou, temendo ser assassinado. Suas atrocidades em Sobibor, campo de extermínio que matou 250 mil judeus, estão insepultas

OutrasPalavras -por Daniel Afonso da Silva  - Publicado 26/06/2025 às 18:48

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Foi no Brasil. No 3 de outubro de 1980. Na pequena Atibaia. Interior de São Paulo. Que adormeceu, à tout jamais, o último facínora de Sobibor. Gustav Franz Wagner (1911-1980). Por alcunha, “besta”. Por verdade, “demônio”. “Besta” e “demônio” de Sobibor. Que, no Brasil, suicidou-se. E o fez pelo receio de ser assassinado. Pois um medo intenso que rondava o seu espírito. Feito materialização da lei do retorno. Trazendo de volta e contra ele todo o ódio que ele aplicara no extermínio de judeus nos tempos do Reich.

O mundo inteiro desejava-o vivo ou morto. Agora, 1978-1980, mais que nunca. Ele havia cometido crimes abomináveis em favor de Hitler e do Reich. Infringindo todos os tratados, declarações e convenções disponíveis – Declaração de São Petersburgo de 1868, Convenções de Haia de 1889 e 1907, Declaração dos Aliados de 1915 referente aos “crimes contra a humanidade e civilização” perpetrados contra os armênios, Convenção de Genebra de 1929, Declaração da Polônia e da Tchecoslováquia de 1940, Carta do Atlântico de 1941, Declaração de Moscou de 1943, assim como o espírito da Carta das Nações Unidas de 1945. Para, adiante, fugir dos aliados. Esconder-se em sua Áustria natal. Seguir para Roma. De Roma ao Vaticano. Indo à Igreja e aos católicos. Localizando o bispo Alois Hudal (1885-1963), o “anjo da guarda” dos nazistas em fuga. Que lhe faria chegar à América do Sul. No Brasil. Em 1950. Para recomeçar a vida. Sem Hitler nem o Reich. E também sem Sobibor. Apenas com a memória de tudo. Das vidas que se foram no inferno que ele promovera em Sobibor.

Uma vez no Brasil, foi para São Paulo. E, em São Paulo, instalou-se em Atibaia. Onde contraiu matrimônio. Fez família. Criou filhos. Tornou-se trabalhador rural. Caseiro. Aprendeu português. Interiorizou o savoir vivre à brasileira. Cultivou amizades. Aderiu aos cigarros fatto a mano. Palheiros. Enveredou pelos jogos. Carteado. Virou “amigo” dos amigos. Produziu redes de confiança.

Aparentando-se sempre homem humilde, rural, do campo, campeiro. Sem passado. Nova persona. Anônimo nas montanhas ermas de Atibaia. Mesmo figurando nas principais listas de criminosos nazistas procurados desde o fim da guerra.

Tudo ia bem. Simon Wiesenthal (1908-2005) e o Mossad pareciam terem se olvidado dele. Até que Franz Stangl (1908-1971), no crepúsculo da vida, em 1970, quebrou o silêncio e revelou o seu paradeiro. Em São Paulo, no Brasil. Que, em descoberto, concorreria para o desfecho do 3 de outubro de 1980. Com suicídio.

Mas o começo de tudo foi Hitler.

Hitler, Mein Kampf, ressentimentos, animosidades e desejos implacáveis de vingança. Que desembocaram em martírios. A superação da república de Weimar. A ascensão dos nazistas ao poder em 1933. O desmantelamento do espírito de 1918. A mobilização de toda a sociedade alemã – população, economia e Estado – para batalhas existenciais e guerras finais. A imposição do sentimento de fins de tempos e fins do mundo. Tudo em favor do Reich e para o bem do império. Destruindo o que restava das tópicas liberais do presidente Wilson. Abdicando das instituições e dos arranjos saídos de Versalhes. Saindo, assim, subitamente, da Sociedade de Nações. Projetando a França e os franceses como inimigos magnânimos. Afirmando a anexação da Áustria como desejo ancestral.

Impondo germanizações implacáveis em todas as partes. Especialmente à Leste. Inicialmente na Polônia. Avançando-se, também, como alternativa ao Mundo Livre. Contaminando rápido a Itália e a Espanha. Alcançado o Japão. E, logo, estabelecendo parcerias em todas as partes do mundo.

Por esses ideais, Gustav Franz Wagner – nascido em Viena, em 1911 – ingressou no partido em 1931. Ascendeu à SS em 1933. Viu de dentro e de perto toda a progressão do Reich. Fundiu-se a ele em 1940, quando foi tornado assistente Franz Stangl no extermínio calculado de judeus, mediante banhos de gás. Tornando-se um dos maiores especialistas no ofício. Merecendo, assim, a alcunha de “besta”.

Franz Stangl, seu mentor, era o homem de confiança do Reich para a construção da dimensão racial do império alemão. Aquele da superioridade germânica vis-à-vis do extermínio e limpeza étnica de “indesejados”. Judeus à frente. Deficientes físicos e mentais adiante. E, nessa condição, foi o diretor do sinistro Castelo de Hartheim, na Áustria, onde iniciou Wagner. Que, sem tardar, tornou-se expert em matar rápido, sem remorso, contrição, penitência nem perdão. Ampliando o prestígio do empreendimento nazista e o seu próprio. Sendo admirado e respeitado pelo seu instrutor, Stangl; mas, também e sobretudo, nos altos círculos do Reich em Berlim. Que eram atualizados diuturnamente dos feitos de Hartheim. Regozijando-se pela eficiência, pela performance e pelo volume do extermínio de “indesejados”. Que de maio de 1940 a agosto de 1941 ultrapassariam os 18 mil judeus e deficientes físicos e mentais assassinados. Tendo entre as vítimas a bisneta do imperador Pedro II do Brasil, a princesa brasileira Maria Carolina de Saxe-Coburgo Braga.

Com o rompimento do pacto germano-soviético em 1941, o avanço do Reich para Leste amplificou a escala de brutalizações. Especialmente pela modificação do modus operandi dos extermínios. Que teve os corriqueiros fuzilamentos profissionalizados com batalhões que interceptavam, reuniam e fuzilavam judeus em números impressionantes. Quinhentos, seiscentos, mil, três mil, cinco mil, 23 mil e seiscentos por vez. O que, após análise, revelou-se custoso e danoso. Custoso pela logística. Que envolvia extenso quantitativo de munição empregada. Danoso pela brutalidade da atrocidade. Que impingia desvios significativos na saúde mental dos verdugos.

Ciente disso, Himmler rogou ao Führer alternativa mais perspicaz e “humanitária”. Pois, em contrário, a “pobre soldadesca nazista” poderia perder o seu vigor. O que sensibilizou Hitler. Que solicitou a Reinhard Heydrich (1904-1942) – alto oficial do Reich – uma solução. Que desembocou no Programa Reinhard. Imediatamente renomeado “Solução Final”. Com a passagem do extermínio por fuzilamento para o uso massivo de gás em campos de concentração. [Veja-se Em uma palavra: bandidos. Em muitas: demônios, gentilmente publicado no Jornal da USP].

Nessa mudança de approach, Franz Stangl, por sua expertise, foi mobilizado para construir os campos de concentração de Belzec, Treblinka e Sobibor. Todos no interior da Polônia. Todos à Leste de Varsóvia. De onde a maior parte dos judeus e “indesejados” era despachada em trens da morte para jamais voltar.

Feito Sobibor, em inícios de 1942, Franz Stangl seguiu para construir Treblinka, deixando Gustav Franz Wagner como plenipotenciário.

Uma escolha previsível. Wagner era o sucessor natural de Stangl. Mas, uma vez no comando, superou-o. Tornando-se mais sádico, mais violento e mais temido. Adicionando terror e desespero ao cotidiano de Sobibor. Que ceifaria a vida de mais de 250 mil pessoas nos seus 18 meses de existência. E extinguir-se-ia por descuido. Quando das férias de Wagner em 1943.

Foi complexo.

A “besta” saiu em férias e os internos promoveram uma extensa insurreição. Emboscando guardas. Assassinando-os. E fugindo. Pondo fim a Sobibor. (Sendo ainda hoje muito útil a leitura das memórias de Stanislaw Szmajzner, Inferno em Sobibor, que foi o primeiro relato sobre a insurreição de Sobibor e sobre martírios impetrados por Wagner.)

Mas nada estava garantido mesmo assim. O ano era 1943. A ofensiva soviética era importante. O desembarque aliado na África e no Mediterrâneo tinha sido determinante. Mas a Wehrmacht resistia em todas as frentes. Impondo aos sobreviventes de Sobibor tornarem-se recrutas das forças soviéticas, norte-americanas ou britânicas para seguir-se o combate. Que seguiria implacável até 1945. Após imponentes batalhas. De Moscou a Berlim, da Normandia a Berlim, da Varsóvia eterna a Berlim. (Jamais vai demais ressaltar a bravura das forças polonesas de resistência lideradas pelo general Sikorski, que trocaram a Polônia pela França em 1939 e a França pela Inglaterra em 1940 para seguir combatendo o nazismo até o fim.)

Vencendo-se Berlim, Hitler e o Reich, impôs-se julgá-los. Mas para tanto era preciso, antes, interceptar os responsáveis. Que muitos fugiram. Outros morreram. Alguns seguiram anônimos. Sendo o caso dos facínoras de Sobibor.

Franz Stangl caiu preso dos norte-americanos em 1945. Entregando-se como soldado raso. Inofensivo. Cumpridor de ordens do Reich. Levando os aliados a ignorá-lo, a ponto de ele fugir dois anos depois. Reconquistar a sua Áustria natal, onde ele nascera em Altmünster, em 1908. Asilar-se em Graz e aconselhar-se na Igreja Católica local. Onde reencontrou Gustav Franz Wagner. Com quem seguiu em segurança para Roma. Onde teve com o bispo Alois Hudal. Que facilitaria a fuga dos dois para o Brasil. Wagner em 1950. E ele, apenas em 1951, após passar pela Síria, em Damasco, para recuperar a sua família – mulher e filhos.

No Brasil e em São Paulo, eles dois seguiram nazistas e nostálgicos de Hitler e do Reich. Encontravam-se com frequência. Falavam alemão. Mantinham contatos com os alemães. Promoviam festas alemãs. Cultivavam a culinária alemã. Celebravam – em todo 20 de abril – o aniversário do Führer. E acompanhavam a situação europeia e alemã. Wagner instalado em Atibaia. Stangl morando em São Paulo e trabalhando na Volkswagen, em São Bernardo do Campo. Tudo tranquilo e bem até a captura de Adolf Eichmann, em Buenos Aires, em 1960.

A espetacularização desse feito e, em seguida, a ostentação do julgamento em Jerusalém causaram apreensão em todos os nazistas em fuga em todas as partes e notavelmente na América do Sul. Klaus Barbie (1913-1991) – o açougueiro de Lyon – estava na Bolívia. Josef Mengele (1911-1979), transitando pela América do Sul. Wagner e Stangl, em São Paulo. Mas, para todos os fins, mantiveram-se todos calmos. Até que imponderáveis começaram a modificar o lado da sorte.

Era um dia corriqueiro de trabalhos triviais no Centro de Documentação Judaica em Viena. 22 de fevereiro de 1964. Quando um visitante, aturdido e apressado, irrompeu no ambiente em busca de Simon Wiesenthal informando portar informação de valor. Wiesenthal recebeu-o. A conversação foi curta, direta e franca. O cidadão – que não se identificou nominalmente – dizia saber do paradeiro de Stangl; e que estaria disposto a revelar por US$ 7 mil. Wiesenthal anuiu. Mas comprometeu-se a saldar o montante apenas após averiguar a veracidade e a consistência da informação.

O visitante, de sua parte, também anuiu. Fazendo-se, assim, um trato sem garantias de parte a parte. Apenas com a indicação dos endereços de Stangl. Todos no Brasil. Um em São Paulo e outro em São Bernardo do Campo.

Wiesenthal mandou averiguar. Mobilizou os seus informantes no país. Uns em São Paulo. Outros no Rio. Alguns em Brasília. Todos profissionais e discretos. Que, sem dificuldades, atestaram que sim: era ele mesmo. Stangl. Que vivia tranquilamente com sua mulher e filhos numa confortável residência num bairro nobre da capital paulista.

Ciente da situação e ciente que não seria simples, Wiesenthal iniciou manobras para levá-lo a julgamento na Europa.

O Brasil estava conflagrado. Os militares vinham de tomar o poder. Certa euforia tomava conta das principais capitais. Perseguições políticas, ideológicas e físicas multiplicavam-se por todas as partes. Deixando apreensivas as comunidades de estrangeiros. Sobretudo as alemãs e alemãs nostálgicas do Reich. Que seguiam atônicas com o andamento dos fatos. Sendo contrárias ao modelo cubano e ao modelo norte-americano. Levando Wiesenthal a redobrar a prudência. Esperando em silêncio a composição de alguma estabilidade no Brasil. Sobretudo no campo jurídico.

Essencialmente no plano burocrático. Com a designação de novas autoridades. Juízes, promotores, delegados, investigadores. Para se sondar a melhor forma de interditar Stangl.

Outro movimento imprevisto ocorreu em Berlim naquele mesmo ano de 1964. No mês de outubro. Quando – na senda do processo de Eichmann, em Jerusalém – teve início o julgamento de dez ex-SS acusados de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. Frente a isso, Wiesenthal deslocou a sua atenção de Brasília e São Paulo para Berlim. Onde percebeu, de saída, que Stangl não constava de nenhum dos processos. Evidenciando que a sua participação na guerra era ignorada. O que para Wiesenthal beirava a ignomínia.

Diante disso, Wiesenthal voltou aos arquivos e começou a produzir um dossiê detalhado sobre a atuação de Stangl pelo Reich. Tão logo constituído, esse dossiê seria decisivo na sensibilização das autoridades brasileiras. Que tomariam conhecimento do assunto entre 1967 e encarregariam o delegado Romeu Tuma (1931-2010) de investigar, prender e proceder os encaminhamentos para a extradição de Stangl.

Conduzido para julgamento em Düsseldorf, Stangl manteve a altivez de um alto funcionário do Reich e seguiu o exemplo de Eichmann ao afirmar-se um “simples cumpridor de ordens”. Foi assim pelos mais de dois anos de julgamento. Que terminou no dia 22 de dezembro de 1970. Com o veredito indicando a sua prisão perpétua pelo assassinato de pelo menos 900 mil pessoas em campos de concentração nazistas.

Tudo parecia encerrado. Wiesenthal – que esteve na audiência final em Düsseldorf – respirava aliviado. Vestido da sensação de missão cumprida. Mais um criminoso nazista na cadeia.

Mas novos imponderáveis voltaram a emergir.

Quatro meses após o fechamento do caso Stangel, Stangl aceitou conceder entrevista a Ghita Sireni (1921-2012) – austríaca, intelectual, historiadora e jornalista em busca das razões das barbaridades do Reich. Nessa conversa, Stangl recontou a sua vida promovendo acerto de contas consigo mesmo. Lembrando do passado, de Hitler, do Reich, dos amigos, da causa. Mas também ressentindo de sua família fixada no Brasil. Já era do conhecimento de todos que o delator de seu paradeiro em São Paulo fora um antigo genro seu. Um rapaz de meia idade que, após divorciar-se litigiosamente de uma de suas filhas, cego de raiva e rancor, fora bater às portas de Wiesenthal. Sabia-se também que sua mulher e filhas eram perseguidas em todas as partes. Mesmo sob o amparo das comunidades alemãs em São Paulo. Stangl sentia-se impotente. Arruinado. Exangue. Perto do fim da partida. O que o levou – por lapso ou por razão – a mencionar que o seu discípulo, Gustav Franz Wagner, estava vivo e bem vivo. Vivendo confortavelmente no Brasil.

Essa informação tornou-se logo pública. Estarrecendo o mundo inteiro. Trazendo ao Brasil e a São Paulo a imagem de refúgio de nazistas. Colocando Wiesenthal na senda de Wagner. Voltando, assim, novamente, a focar no Brasil. Novamente em São Paulo. Mas, agora, sem endereço nem pistas precisas.

Após muito investigar, foi encontrada uma cópia do passaporte que Wagner utilizara ao ingressar no Brasil em 1950 e nela figurava um endereço. Que, por claro, não servia mais.

As investigações se sucediam.

O tempo ia passando e o desânimo, chegando.

Passou-se, assim, a suspeitar que Wagner estivesse em fuga. Em outra cidade ou país. Quem sabe, até morto.

O que levou Wiesenthal a reduzir as esperanças.

Até que a sorte bateu novamente às portas da justiça.

Era mais um dia corriqueiro de trabalhos triviais na redação do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, quando chegou um material – a ser publicado como classificado; portanto, matéria patrocinada – contendo um convite para a celebração do nonagésimo aniversário de Hitler num hotel em Itatiaia. Poderia ser broma, gozação ou similar. Mas poderia não ser. Por via das dúvidas, o responsável do setor no jornal despachou a jornalista Cyntia Brito para averiguar. E ela foi e encontrou o local. Itatiaia, interior do Rio de Janeiro, Hotel Till. Um local tipicamente alemão. Onde, sim, convivas alemães nostálgicos do nazismo festejavam.

Era inverossímil e inimaginável. Mas era real.

Para atestar, Cyntia Brito registrou várias fotos – de ambientes decorados com suásticas e de pessoas trajadas em alemães de antanho homenageando o Reich –, produziu um relato e encaminhou para o jornal.

Tão logo publicado, sob a headline de Nazismo como nos velhos tempos, a matéria escandalizou o mundo inteiro. Levando Wiesenthal, em pessoa, a ligar para a redação do Jornal do Brasil solicitando mais informações e a integralidade das fotos. Que foram, urgentemente, encaminhadas para Viena. Onde Wiesenthal observou, cotejou e se frustrou. Wagner não constava em nenhuma delas. Os convivas alemães de Itatiaia eram aparentemente gente do comum. Simplórios nostálgicos do Reich. Anônimos. Sem maiores implicações. Mas significativos da presença fervorosa de nazistas no Brasil.

O foco de Wiesenthal era Wagner. Wagner não esteve em Itatiaia. Mas Wiesenthal pressentiu que ele estava, sim, vivo e, sim, no Brasil. Sendo, assim, importante avivar-se as investigações sobre o seu paradeiro.

Nesse sentido, entre as fotos de Itatiaia, ele apanhou uma cujo fotografado mais se assemelhava a Wagner, inscreveu o número da matrícula da SS de Wagner no verso, compôs um relato de seus crimes em Sobibor, mandou traduzir para o português e enviou para publicar no Jornal do Brasil.

Ainda era o mês de abril e ainda do ano de 1978.

O estarrecimento geral continuou. O proprietário do hotel de Itatiaia foi hostilizado e o alemão indicado como Wagner, assassinado. O clima ficou pesado para alemães e para alemães nazistas no Brasil. Levando o legítimo Gustav Franz Wagner a aparecer e apresentar-se.

Foi em fins de maio. Ainda em 1978. Numa delegacia de Atibaia. Foi lá que a “besta de Sobibor” apareceu e se apresentou. E o fez para dizer que era, sim, Gustav Franz Wagner, mas, em contrário, que não tinha nada que ver com o relato de Wiesenthal no Jornal do Brasil. Tanto que, seguia ele, a foto estampada no jornal era de outra pessoa, não ele. Promovendo-se, assim, seguia ele, uma exposição indevida de seu nome. Colocando-o em perigo.

Ele queria, assim, proteção. Acreditava-se perseguido.

Mas o delegado decidiu encaminhá-lo ao 3º Batalhão de Polícia de Choque, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na cidade de São Paulo, para procedimentos mais definitivos. Que, de súbito, tornaram-se nacionais e mundiais.

Tão logo noticiada a sua aparição e presença, rumores emergiram de todas as partes indicando ser ele, ele mesmo. Nesse ínterim, apareceu um sobrevivente de Sobibor. Stanislaw Szmajzner (1927-1989). Para dizer que sim: ele, Wagner, era ele mesmo: Gustav Franz Wagner.

Stanislaw Szmajzner era um judeu que fora levado para Sobibor em 1942. Onde perdeu sua família, pais e irmãos, exterminados pelas mãos de Wagner. Tendo sido poupado devido a sua qualidade de ourives, ofício muito útil ao Reich. E, em seguida, pela sua participação na insurreição de 1943. Finda a guerra, ele migrou para o Brasil em 1947. Veio para o Rio de Janeiro. Contraiu matrimônio. Fez família. Teve filhos. Separou-se. Foi para Goiânia. Onde esperava terminar seus dias feliz. Até que soube da prisão de Stangl em São Paulo em 1967 e, agora, da aparição de Wagner em 1978.

Sim: Wagner era Wagner.

Atestou Stanislaw e atestaram tantos outros.

O mundo inteiro, agora, sabia quem era a “besta” e onde era o seu paradeiro. Wiesenthal, nisso, encaminhou dossiês alentados sobre os seus crimes para os grandes jornais do mundo inteiro.

Nesses termos, Áustria, Polônia, Israel e Alemanha solicitaram a sua imediata extradição. Mas ele foi levado preso de São Paulo para Brasília, onde seria julgado e absolvido pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, que considerou seus crimes todos prescritos.

Mas de que adiantava a liberdade com tanta gente querendo a sua morte?

O saudoso Carlos Heitor Cony (1926-2018), pela Manchete, foi à prisão de Brasília perguntar isso ao Wagner. Wagner hesitou em responder. Seguindo, assim, no dilema.

Um dilema que o consumiu pelos seus últimos meses de vida. Levando-o a alucinações, manias de perseguição e instabilidades mentais e emocionais permanentes. Que, ao cabo, impuseram-no a decisão de suicidar-se. Um suicídio tentado várias vezes. Tendo êxito em Atibaia, naquele 3 de outubro de 1980.

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Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

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Índice dia 29 junho 25

Opinião do dia - Jürgen Habermas*

“As mídias não estão alijadas da lamentável mudança de forma da política. De uma parte, os políticos se deixam seduzir pela suave pressão das mídias, fazendo encenações de curto fôlego. De outra parte, a configuração dos programas da própria mídia se deixa contaminar pela ânsia de ocasionalismo. Os (as) moderadores (as) animados (as) dos numerosos talk shows servem, com suas personagens sempre iguais, um mingau de opiniões que priva até o último espectador da esperança de que possa haver ainda razões que contêm no tocante a temas políticos.”

*Jürgen Habermas, filósofo e sociólogo alemão. ‘Sobre a Constituição da Europa’, p.142, Editora Unesp, 2012.

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O que a mídia pensa | Editoriais /Opiniões

Bomba fiscal exige ajuste de 3% do PIB -  O Globo- Cálculo do Banco Mundial deve orientar Executivo e Legislativo em programa para conter dívida pública

Um novo relatório do Banco Mundial descreve como o Brasil criou uma bomba fiscal que, para ser desarmada, exige um ajuste nas contas públicas da ordem de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). A constatação não é nova nem surpreendente. Mas é importante ter a dimensão do desafio. Em vez de travar batalhas políticas estéreis, Executivo e Legislativo deveriam se debruçar sobre o estudo. Não porque seja à prova de crítica, mas porque expõe um problema que a classe política brasileira finge não existir ou não reconhece em sua plena extensão. “É fundamental interromper a trajetória de crescimento da dívida pública”, afirma o relatório. Do contrário, estarão em risco a estabilidade econômica e, com ela, qualquer ambição de desenvolvimento social.

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Disputa pelo bolso - Merval Pereira - O Globo - O governo não tinha outra saída ao recorrer à Corte, a não ser que admitisse capitular diante da afronta do Congresso.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes adora uma disputa política que lhe traga responsabilidades de mediação, mas ao ser sorteado relator da disputa entre o governo e o Congresso sobre a derrubada do aumento do IOF — prenúncio de uma crise institucional —, o magistrado, em despacho na noite de sexta-feira, sugeriu que Moraes ocupasse a função. Se isso ocorrer, o PSOL ficará feliz, já que o partido tinha feito um pedido para que Moraes ocupasse a relatoria. Isso significa que, nas disputas políticas, os demandantes têm ministros preferidos, pela tendência política presumida de suas decisões recentes.

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O Congresso no teatro de sombras - Míriam Leitão - O Globo  O Congresso pensou estar derrotando o governo, mas estava onerando o país, ofendendo eleitores e descumprindo seu papel

O Brasil vive um episódio sério de crise de governabilidade, que é um pouco mais grave e complicado do que parece. Ao derrubar os vetos do presidente Lula na energia, o Congresso comprometeu os próximos governos, não apenas o atual, e onerou o consumidor atual e do futuro. Quando revogou um decreto do Executivo, o fez sem olhar os limites de cada poder. Quando aumentou o número de deputados, minou ainda mais a relação entre os eleitores e os representantes políticos. Tudo isso enfraquece, não o governo, mas a democracia, que anda passando por maus bocados nos últimos anos.

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Senhores das emendas - Bernardo Mello Franco  O Globo  Em dia de operação da PF, chefes do Congresso faltam a audiência sobre farra orçamentária

Na manhã de sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou mais uma operação contra o desvio de emendas parlamentares. Os agentes apreenderam R$ 3,2 milhões em dinheiro vivo na casa de um ex-prefeito de Paratinga, no interior da Bahia. O município tem 30 mil habitantes e um dos piores índices educacionais do país. Agora debutou no noticiário nacional por causa de um escândalo de corrupção.

Enquanto os policiais ainda contavam os maços de dinheiro encontrados num guarda-roupa, o Supremo iniciou, em Brasília, uma audiência pública sobre as emendas. Os presidentes da Câmara e do Senado confirmaram presença, mas desistiram na última hora. Escaparam de um constrangimento e tanto. Durante mais de oito horas, economistas, pesquisadores e representantes da sociedade civil empilharam críticas ao Congresso pela farra orçamentária.

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Para que mais 18 deputados federais? - Jairo Nicolau  - O Globo - Por incrível que pareça, no agregado, a distorção da representação dos estados piorou em relação ao que é hoje

O Brasil terá mais 18 deputados federais. O Congresso decidiu pelo aumento na semana passada. A proposta foi aprovada no Senado, por 41 votos (o mínimo necessário), com o plenário esvaziado em virtude das festas de São-João. Em meio às discussões sobre o que fazer com o IOF e o desempenho dos times brasileiros no Mundial de Clubes, pouca gente deu atenção à notícia.

A Constituição, no artigo 45, dá um tratamento genérico ao tema. O texto estabelece que o total de deputados e a representação por estado e pelo Distrito Federal devem ser proporcionais à população, com os ajustes necessários, realizados no ano anterior às eleições. Esses ajustes devem ser feitos respeitando a regra de que nenhum estado pode ter menos de oito ou mais de 70 deputados.

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Crise de hegemonia do governo vai além do Congresso – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense

O Centrão farejou o animal ferido na floresta, a oposição bolsonarista foi para cima, o mercado não aceita financiar a "economia do afeto" — e a reeleição subiu no telhado

O veterano deputado Rui Falcão (PT-SP) defende a tese de que o governo Lula está em disputa, porém, os aliados do Centrão não fazem questão de cargos e verbas — eles querem o poder. O sinal veio logo depois das eleições municipais, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaiou atrair para o governo os ex-presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que declinaram.

As eleições municipais revelaram que o governo perdera a hegemonia política. Hegemonia, a palavra-chave por trás da afirmação "governo em disputa",  fora entendida de cabeça para baixo. O conceito é associado ao controle do poder e exercício da força. Entretanto, não se tratava de cargos e verbas da Esplanada, mas da conquista de corações e mentes dos eleitores. Hegemonia depende do consentimento, é fruto da satisfação popular, de consensos sociais e requer liderança moral.

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O palpite de um criminalista - Elio Gaspari - O Globo

Um criminalista que já viu de tudo leu a ata da acareação do tenente-coronel Mauro Cid com o general Braga Netto e achou que o ministro Alexandre de Moraes pegou leve com os dois militares. Com Mauro Cid ele já conseguiu um acordo de colaboração e com Braga Netto as provas podem se revelar ralas.

Como o Alexandre bonzinho não existe, é possível que ele esteja mandando sinais de fumaça para o outro lado da montanha. Lá está, preso desde novembro passado, o general da reserva Mario Fernandes. Em novembro de 2022 ele era o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e imprimiu no Palácio do Planalto o mirabolante projeto do Punhal Verde-Amarelo. Ele previa o assassinato de Alexandre de Moraes, de “Jeca” (Lula, presidente eleito), “Joca” (Geraldo Alckmin, seu vice) e “Juca”, provavelmente o ex-ministro José Dirceu.

O relatório das investigações da Polícia Federal e a denúncia da Procuradoria-Geral da República deram ao Punhal Verde-Amarelo o devido crédito, mas podem ter exagerado encurtando a distância entre querer e fazer.

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De Gulag a Gatsby – Dorrit Harazim - O Globo  - Cinquenta e três nações já foram convencidas em sigilo a virar depósitos de deportados, segundo reportagem

Dia sim, outro também, tanto no Oriente Médio como na Europa prossegue a selvagem “exibição fálica de armas”, expressão cunhada pelo sociólogo Muniz Sodré. Nada de novo no front além dos 408kg de urânio enriquecido iraniano que escapuliram do tonitruante bombardeio americano de dias atrás, da obliteração de mais famintos em Gaza e da devastação contínua na Ucrânia. É o horror a céu aberto.

Bem mais opaco é o negócio que o governo Donald Trump decidiu oferecer a dezenas de países para fazer sumir levas de imigrantes não documentados e “liberar” os Estados Unidos desse sangue indesejável. Segundo investigação do jornalista americano Nick Turse publicada no Intercept, o plano resultaria na criação de uma espécie de gulag global onde despejar essa gente.

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Soam os tambores da guerra? - Raul Jungmann*  - Correio Braziliense - A desglobalização ganha mais impulsão, com uma transformação profunda nas relações econômicas, políticas e sociais entre os países, marcada por maior ênfase no nacionalismo, na autossuficiência e na proteção de interesses locais

Ingressamos no que se afigura uma nova era de conflitos e tensões que reverberam por todo o planeta. Os sons das guerras atuais — na Ucrânia, no Oriente Médio, no Irã — não são apenas ecos de batalhas isoladas, mas sinais de uma transformação profunda na ordem mundial.

Podemos dividir em três eixos os conflitos e as guerras em curso. A decaída da governança global e do multilateralismo, com a falência gradual, mas acelerada de instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Conselho de Segurança e a Organização Mundial do Comércio (OMC), cada vez com menos voz e influência nas questões internacionais. 

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‘A direita pode vencer em 2026 mesmo se entrar fragmentada no 1º turno’, diz cientista político - Por José Fucs / O Estado de S. Paulo - - Para Christopher Garman, uma candidatura do chamado ‘centro democrático’ só terá chance de decolar se for além do discurso contra a polarização e incorporar o sentimento antissistema que contagia boa parte do eleitorado

O cientista político Christopher Garman tem um retrospecto respeitável em suas previsões. Diretor-executivo para as Américas da Eurasia, uma consultoria americana especializada na avaliação de riscos políticos, ele foi um dos poucos entre seus pares a afirmar, em meados de 2018, seis meses antes das eleições, que o então candidato Jair Bolsonaro tinha grandes chances de ir para o segundo turno e vencer o pleito.

No fim de 2014, logo depois da reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, Garman antecipou que ela corria o risco de ser atingida ´por uma “tempestade perfeita”, formada por um governo sem sustentação política e baixa credibilidade no mercado, pela descoberta de um escândalo de corrupção bilionário como o petrolão e por uma economia que mergulhava na recessão. Dois anos depois, com o impeachment de Dilma, seu diagnóstico se mostrou certeiro outra vez.

Neste entrevista, ele analisa o atual quadro político do País e as perspectivas das eleições de 2026. Ao contrário de muitos analistas, Garman diz que, mesmo se a direita não marchar unida já no primeiro turno da disputa, terá chances de vencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua provável tentativa de reeleição.

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O Supremo e seus espinhos - Eliane Cantanhêde  - O Estado de S. Paulo - Tudo embolado, IOF, emendas, internet, golpe, 2026 e lulismo contra bolsonarismo. O STF que se vire

Enquanto o governo e o Congresso se engalfinham, o Supremo avança em temas essenciais e espinhosos, tentando se arranhar o menos possível, ou não se arranhar mais ainda. O plenário ampliou a responsabilização das plataformas por conteúdos digitais, o processo das emendas está pronto para votação e do julgamento do “núcleo crucial” do golpe entra na reta final. Justamente agora, cai nova bomba no STF: a crise do IOF.

Depois de quatro horas de reunião fechada, no dia do julgamento, o plenário aprovou uma forma consensual, de meio termo, para a responsabilização das big techs por conteúdos nas redes sociais. O ponto central da discussão foi o artigo 19 do Marco Civil da Internet, aprovado pelo Congresso em 2014, que exige ordem judicial para a retirada de posts. O STF se dividiu em três posições: manter como estava, mudar tudo ou chegar a uma solução intermediária. Foi o que ocorreu, por 8 a 3.

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Cadê o sindicato que estava aqui? - Celso Ming - O Estado de S. Paulo - Engana-se quem acredita que o fim do imposto sindical pela Reforma Trabalhista de Temer foi o tiro de canhão que tirou força dos sindicatos e da atividade sindical enquanto instrumentos de defesa do trabalhador e de pressão política.

O imposto sindical era a contribuição correspondente a um dia de salário por ano que todo trabalhador era obrigado a fazer em favor do sindicato.

Há tempos os sindicatos vêm se debilitando, em consequência das transformações tecnológicas que mudaram as relações de trabalho no mundo. Também atuou na mesma direção a disseminação do uso de aplicativos e a expansão das fronteiras de contratação, que favoreceram o teletrabalho e o home office. O esvaziamento do chão de fábrica, do chão de loja e do chão da agência bancária, por onde atuava o movimento sindical, abalou a atividade sindical.

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Refrega entre Poderes - Oscar Vilhena Vieira* - Folha de S. Paulo  Embora o presidencialismo de coalizão não tenha morrido, o fato é que o pêndulo da dominância foi se deslocando do Executivo para o Legislativo

A chapa voltou a subir na praça dos Três Poderes, nesta semana, com a derrubada do IOF. Nada surpreendente, em face da decisão do eleitor de escolher um presidente mais à esquerda e um parlamento bem mais à direita. Mais uma vez o Supremo está no meio da refrega.

Para alguns cientistas políticos, especialmente estrangeiros, a conjugação entre presidencialismo e multipartidarismo adotada pela Constituição de 1988 tornaria o regime brasileiro ingovernável. O fato é que o chamado presidencialismo de coalizão se demonstrou mais funcional do que se imaginava, permitindo aos presidentes Itamar, FHC, Lula e Dilma 1, governar, sem grandes sobressaltos, por mais de duas décadas.

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A pobreza de Lula 3 e a desigualdade - Vinicius Torres Freire Folha de S. Paulo - Iniquidade horrível de renda não vai diminuir com essa conversa; tiro pode sair pela culatra

Defender o "andar de baixo" e cobrar mais "da cobertura" se tornou o mote da propaganda política de Lula 3. A mudança de atitude, ou de ênfase, é reação a campanhas e situações que imprensaram de vez um governo com muitas fraquezas, várias causadas por tiros no pé. O motivo imediato é um combate com o objetivo de remendar as contas públicas e de manter dinheiro para bancar planos de impacto eleitoral.

É obrigação atacar a aberrante desigualdade brasileira. Mas é duvidoso que um governo possa fazer algo de relevante a respeito no médio prazo (até meia década); menos ainda virá mudança com esses remendos no Orçamento. Os mais ricos têm de pagar o ajuste fiscal, mas o problema depende também de contenção de despesa.

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O Congresso está maluco? - Celso Rocha de Barros   Folha de S. Paulo - Em algum momento, o centrão vai ter que recuar e aceitar a restauração de uma democracia funcional

Congresso Nacional, inteiramente controlado pela direita, está fazendo três coisas: guerra contra o STF, em especial contra o ministro Flávio Dino, pelo direito de continuar roubando dinheiro da saúde; guerra contra Haddad para garantir que o ajuste fiscal será feito exclusivamente em cima dos pobres; e campanha para eleger Tarcísio, com o apoio indispensável dos golpistas de Bolsonaro.

Digamos que tudo dê certo para os congressistas de direita: Lula sangra sem conseguir aprovar nada até perder a eleição, Tarcísio se elege e a aliança de ladrões e golpistas se consagra com os impeachments de Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

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Fragilidade no contra-ataque - Dora Kramer - Folha de S. Paulo  Indo ao Supremo, governo pode até ganhar na Justiça, mas perderá de novo na política

No cardápio de providências cogitadas para reagir à pesada ofensiva do Congresso, o governo inscreve soluções gastas para dar conta de um problema relativamente novo. Na mais contundente delas, recorre ao Supremo Tribunal Federal. Pode até ganhar na Justiça, mas perderá de novo na política.

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A lógica do me engana que eu gosto - Muniz Sodré - Folha de S. Paulo - É que a mentira atrai como uma espécie de heresia, uma sutil desconfiança da realidade por adesão às aparências

Na doxa platônica (esfera das opiniões e experiências pessoais), Fídias, o cretense, afirma que todos os cretenses são mentirosos. O paradoxo é logicamente insolúvel, nunca poderemos saber se ele fala a verdade ou mente. Agora, trocando Creta por Brasil, topamos com o mesmo impasse angustiante: se a mentira alcança o status de princípio social, mergulhamos no vazio de marcadores existenciais. Não mais um episódio pitoresco da doxa, nem mesmo ficcional do tipo "Black Mirror". A distopia encontrou lugar entre nós.

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Brasil acima da lucidez - Hélio Schwartsman - Folha de S. Paulo - Livro compõe um retrato do país buscando entender argumentos dos dois lados do espectro ideológico

"Brasil Acima da Lucidez", de Fabiano Lana, é um livro interessante e oportuno, considerando que nos encaminhamos para mais uma eleição presidencial polarizada em 2026. Não é que a obra de Lana resolverá o problema, mas sua leitura pode ajudar aqueles que lamentam essa situação a entender melhor o que está acontecendo e quem sabe mudar suas atitudes para ao menos não piorar o clima de intolerância.

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Socióloga que investigou 2013 vê possibilidade de direita voltar às ruas - Congresso em Foco  - Angela Alonso desmonta o mito de protestos espontâneos e explica por que a conjuntura atual pode reacender mobilizações da direita.

Professora de Sociologia da USP e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Angela Alonso dedicou anos a investigar o maior ciclo de manifestações da democracia brasileira, tema do seu livro Treze - A política de rua de Lula a Dilma. Em entrevista ao Congresso em Foco, ela refuta a ideia de que as manifestações de junho de 2013 tenham sido meramente explosões de indignação popular e alerta: a direita pode voltar a ocupar as ruas em breve, caso encontre um novo motivo mobilizador.

Angela aponta que a direita construiu ao longo dos últimos anos redes sólidas, conectadas e persistentes, que continuam ativas e podem ser rapidamente reativadas. Ela explica que, historicamente, a direita só recorre à política de rua quando está fora do poder, mas tem estrutura para se reorganizar e protestar contra governos de esquerda. Questões sensíveis, como a reforma fiscal e mudanças na política de impostos, podem reacender essa mobilização conservadora.

"A direita não precisa ir à rua toda hora", resume a socióloga. "Ela vai à rua quando não está no governo. A política institucional e a política de rua estão umbilicalmente ligadas." Segundo ela, basta um estopim como uma pauta tributária impopular ou um fato inesperado para reunir novamente multidões.

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Congresso em festa, País de joelhos – Juliana Diniz* - O Povo (CE) - Foram duas medidas-bomba em dias. Uma disposição para o trabalho que chamou atenção, considerando que o Congresso tradicionalmente fica mais lento e ausente no mês mercado pelas festas juninas

É difícil não repetir certas críticas quando observamos um cenário de descontrole perigoso para o país. Refiro-me ao comportamento do Congresso Nacional, em uma semana em que o Parlamento, conforme definiu um líder do Centrão citado no jornal O Globo, "deixou o governo de joelhos". Penso que não só o governo, mas a sociedade também foi derrotada.

Foram duas medidas-bomba em dias. A disposição para o trabalho chama atenção, considerando que o Congresso tradicionalmente fica mais lento e ausente no mês de festas juninas. A primeira foi a derrubada do decreto sobre o IOF; a segunda, a aprovação, em tempo recorde, de uma PEC que aumenta o número de deputados federais. São dezoito vagas a mais, a um custo anual de dezenas de milhões de reais. Dane-se o esforço de cortar gastos, dane-se a racionalidade e a opinião pública: nossos senadores e deputados estão preocupados em onerar ainda mais o orçamento.

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Desdemocratização e crise de governabilidade – Paulo Henrique Martins*- O Povo (CE) - A onda crítica atinge o modelo típico da democracia que são os Estados Unidos. Ela se espalha nos estados nacionais centrais e periféricos, fazendo brotar o medo de retorno de regimes de exceção

O termo desdemocratização ganha relevo no debate acadêmico ao apontar para processos de corrosão da política: enfraquecimento da participação cidadão e aumento da desigualdade social na base da pirâmide, por um lado, e avanço do corporativismo, do mercantilismo e do aumento da concentração de renda no topo da pirâmide do poder nacional, por outro lado. A desdemocratização tem relação com a natureza do neoliberalismo como padrão de poder que não tolera a participação social.

A onda da desdemocratização atinge o modelo típico da democracia que são os Estados Unidos. Ela se espalha nos estados nacionais centrais e periféricos, fazendo brotar o medo de retorno de regimes de exceção. As reações contra a participação popular são forjadas por forças conservadoras que buscam manter o monopólio da mídia e dos mecanismos de apropriação e distribuição de recursos produtivos.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:21:00

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TEMA DESTAQUE EM JUNHO

Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada - O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil - Lucianne Carneiro - Valor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Recife, 27 de Junho de 2025 - ANO XIII Nº664 - A SEMANA NA REVISTA SERÁ?

Desde 2012 acompanhando o fluxo da história.

ANO XIII Nº664 - www.revistasera.info

Índice

A guerra na Esplanada – editorial

Uma certa ordem internacional. Ou as rosas cálidas - Luiz Otavio Cavalcanti.

Guerra Israel, EUA, Irã: Informação e Contrainformação - Rui Martins

Um Brasil Bestialógico - José Paulo Cavalcanti Filho

Histórias de Urso - Paulo Gustavo

Psicanálise, Cultura e Sociedade (2): o pensamento social de Freud - João Rego

Última Página, a charge de Elson.

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OUTRAS PALAVRAS- Outras Palavras

Assim Israel cava sua própria ruína - Custo do terror não é apenas moral e geopolítico. O genocídio e a agressão ao Irã desgastam economia. Emergem crise na agricultura, risco de colapso de serviços públicos e êxodo de jovens. E impactos ambientais do belicismo são incalculáveis - Por Luiz Marques

Pode haver saúde mental em tempos de guerra? - Em Gaza, um palhaço faz crianças sorrirem – e, em meio aos escombros, celebram-se casamentos. Não estará na psiquiatria um antídoto para o sofrimento causado por conflitos. Mas,  omo sugere Franco Rotelli, na resistência da “sensatez do pequeno ato da vida”- por Cláudia Braga, no Outra Saúde

 

Convite a desbravar a obra de Byung-Chul Han - Pensador coreano mergulha nos meandros da crise civilizatória. Mostra: cansaço, autoexposição e o novo perpétuo são os atuais paradigmas de dominação. As saídas: a “república dos vivos”, a partir da imaginação, tempo livre e laços coletivos- Por Josh Cohen-Convite a desbravar a obra de Byung-Chul Han | Outras Palavras

Como o Congresso sequestra a democracia? - No pós-golpe, o Legislativo sequestrou o orçamento e, agora, controla boa parte da agenda política nacional. Presidencialismo de coalizão entra em crise e emerge uma espécie de “governo congressual”. Lula acumula derrotas e ainda insiste em velhas fórmulas - Por Glauco Faria

A “besta” nazista foragida em Atibaia - Ensaio histórico sobre um facínora do Reich. Protegido e auxiliado por um bispo em Roma, fugiu ao Brasil. Virou fazendeiro, mas se matou, temendo ser assassinado. Suas atrocidades em Sobibor, campo de extermínio que matou 250 mil judeus, estão insepultas - Por Daniel Afonso da Silva

“Indicadores”, ardil para privatizar a Educação - Ordem de afastamento de 25 diretores da rede municipal pela prefeitura de SP escancara gestão meritocrática, que pune os mais vulneráveis, sem focar em soluções reais – e o controverso critério de avaliações do Ideb, agora usado para justificar intervenção nas escolas - Por Barbara Pontes e Cláudio Marques da Silva Neto

IA: Quem tem as chaves da programação? - Tecnologia abre brechas para democratizar a linguagem dos códigos – o “latim da Era Digital”. Mas sem pensamento crítico e luta por transparência algorítmica, o controle da “sintaxe” é vazio… E inovação continuará sob o domínio das elites técnicas e do capital - Por Cristian Arão- IA: Quem tem as chaves da programação? | Outras Palavras

Por que os patrões amam robôs? - Exame das ideologias de automação nos últimos cem anos – da otimista, que emanciparia trabalhadores, à apreensão em torno da IA. Como justificam a precarização. Suas faces na sociedade pós-industrial. E as novas frentes de luta por trabalho digno no século XXI = Por Chris Tilly- Por que os patrões amam robôs? | Outras Palavras

“Finanças sustentáveis”: Radiografia de uma farsa - Voracidade e negacionismo são a alma do rentismo. Não busca marketing ou evitar futuras crises que afetem lucros, mas usar “placebos” para evitar regulação que limite seu poder global. E muitos ativistas caem no conto do capitalismo ético… -Por João Telésforo

Sly Stone e o som como provocação coletiva - Homenagem ao músico que funkeou a contracultura e a “ressaca estadunidense”. Brilhante, rejeitou o marketing e foi, aos poucos, apagado. Enquanto outros se “refaziam”, ele desaparecia como gesto de crítica e coerência. Nos deixou este mês… - Por Ricardo Queiroz Pinheiro,

 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 27 junho – Sextamos!!!

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

A previsão do tempo para sexta-feira é de Sol e muitas nuvens à tarde. À noite o céu ainda fica com muita nebulosidade, mas não chove. 12°/ 17°

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27 de junho: Dia Nacional do Progresso

Esse dia foi escolhido para fazer jus ao lema da bandeira brasileira — “Ordem e Progresso”. Além disso, celebra a conquista dos nossos direitos como cidadãos, os Direitos Humanos e o progresso da sociedade, por meio das lutas e de outras formas para pressionar o Governo

Dia Internacional da Pequena e Média Empresa, criado pela ONU em 2017 no contexto da Agenda 2030

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Bancos centrais priorizam ouro sobre dólar para reservas, mostra pesquisa | CNN Brasil https://share.google/hPuFM9fn4DI7la7Yx

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente,  cultura em primeiro lugar, o lugar de fala da comunidade torrense

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- STF amplia responsabilização das redes pelo que publicam

O ESP- Big Techs responderá por postagem criminosa de usuário , decide STF . Ministros pedem ao Congresso regulação das redes

FSP – Haddad diz que saída para IOF é ir ao STF , fazer cortes ou buscar nova receita

ZH – Puxado pelo agro, PIB do Estado cresce 1,3% no primeiro trimestre

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS -

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

 

O Assunto g1 dia  - A guerra política e fiscal em Brasília – 

A guerra política e fiscal em Brasília - O Assunto #1498 | O Assunto | G1

O Congresso impôs uma derrota acachapante ao governo Lula na noite da quarta-feira (25), ao derrubar o decreto do IOF. Foi a primeira vez desde 1992 que parlamentares derrubaram um decreto presidencial. Ministros do governo estão divididos sobre levar ou não o caso ao STF – a oposição diz que, caso recorra ao Supremo, o governo vai ampliar a crise em Brasília.

Com a queda do decreto, o Congresso sustou a ideia do governo de arrecadar R$ 10 bilhões a mais e, com isso, ficar mais perto de atingir a meta fiscal. O impacto da batalha política, portanto, tem consequências fiscais graves. Economistas alertam que o Estado brasileiro corre o risco de ficar paralisado em 2026 caso as contas públicas não sejam equilibradas.

Para explicar a gravidade da situação em Brasília, Natuza Nery recebe Flávia Oliveira. “Foi mais do que um tratoraço. Foi um rolo compressor”, resume a comentarista da GloboNews, colunista do jornal O Globo e da rádio CBN. Para ela, mais do que uma derrota do governo, o que se passa em Brasília é “uma derrota para país. É um Congresso que tem agido e votado em proveito próprio”.

Depois, Natuza Nery fala com o cientista político e sociólogo Sérgio Abranches. Criador do termo “presidencialismo de coalizão”, no fim da década de 1980, Sérgio avalia o momento político atual. “O sistema de governo está disfuncional. É um Congresso que não representa. E um Executivo que não consegue mais governar”, afirma.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

O atropelo do Congresso na disputa do IOF - Folha - 26/06/2025 - Podcasts - Folha

Podcast analisa atropelo que Congresso impôs ao governo Lula na disputa do IOF. Câmara e Senado derrubam decretos do Executivo que previam aumento do Imposto sobre Operações Financeiras

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INTERNACIONAIS

Fortuna do 1% mais rico poderia acabar com a pobreza 22 vezes, aponta estudo  - Novo relatório da Oxfam mostra que a elite global concentrou US$ 33,9 trilhões (cerca de R$ 185 trilhões) em uma década, enquanto 3,7 bilhões de pessoas sobrevivem com apenas R$ 45 por dia.


Aliados da Otan optam pela bajulação para assegurar a convivência amistosa com Trump =
Presidente americano é elogiado e sai vitorioso de Haia, após obter dos sócios da aliança o compromisso de aumentarem os gastos com defesa.

Copa do Mundo de Clubes: quem são os jogadores mais bem pagos e quanto ganham; veja ranking - Segundo a Forbes, cinco grandes nomes do futebol acumulam US$ 381 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) em ganhos no último ano; confira o ranking. - Blog da Sandra Cohen g1

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NACIONAIS
Lula vai ligar para Alcolumbre e Motta para retomar diálogo; equipe presidencial quer judicializar derrota

Brasil corre o risco de 'apagão', caso governo e Congresso não aprovem ajustes de despesas, apontam especialistas - Ao mesmo tempo em que mostra resistência a cortar gastos, Congresso Nacional também pode onerar mais o consumidor ao elevar o custo da conta de luz. Pelos cálculos de entidades, a queda dos vetos do presidente Lula vai custar para os consumidores R$ 195 bi até 2050.

O Supremo Tribunal Federal ampliou a responsabilidade das redes sociais pelo que publicam. As plataformas devem remover posts considerados criminosos ou ilícitos, mesmo sem ordem judicial.

Marco Civil da Internet = Entenda decisão e o que muda após STF ampliar obrigações das redes por conteúdo publicado. A união de Câmara e Senado para derrubar o decreto do IOF expôs problemas do governo: a fragilidade da base de apoio político e a bomba-relógio das contas públicas. Economistas afirmam que ela pode paralisar o país no ano que vem e indicam soluções para a redução dos gastos. O ministro Fernando Haddad considera recorrer à Justiça contra a decisão do Congresso.

Deputado do MDB destina R$ 2,2 milhões em emenda pix para recapear ruas de condomínio de luxo onde mora em SP

Lula diz que vai mudar regra sobre custeio de translados de corpos do exterior para o Brasil após morte de Juliana na Indonésia. Decreto de 2017 impede que governo brasileiro custeie o transporte de corpos para o país. Jovem de 26 anos foi encontrada morta na terça (24) após cair de uma trilha do segundo maior vulcão na Indonésia.

Vaquinha arrecada mais de R$ 350 mil para alpinista voluntário no resgate do corpo de Juliana Marins . Meta inicial de R$ 100 mil foi para R$ 200 mil e, na sequência, para R$ 350 mil. Agam é alpinista e guia na Indonésia e foi quem alcançou o corpo de Juliana Marins e passou madrugada com ela.

Derrubada do IOF e resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento; entenda - Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que bloqueios e contingenciamentos serão o provável caminho adotado pelo governo para cumprir a meta fiscal. O essencial, porém, segue fora do foco do Executivo e do Legislativo: medidas estruturais para equilibrar as contas públicas.


Para conter endividamento do Brasil, Banco Mundial propõe desvinculações, reforma e imposto sobre combustíveis fósseis -
Estudo propõe corte amplo de gastos públicos, incluindo áreas sociais, mas contempla também alta de impostos, como a tributação de lucros e dividendos e de combustíveis fósseis.

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OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quinta-feira, 26 de junho de 2025

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O que a mídia pensa | Editorials / Opiniões

Apagão fiscal está mais próximo do que se imagina - O Globo  -Sem medidas estruturais de controle de gastos, IFI prevê dificuldade para governo funcionar já em 2026

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Como se formam os golpistas? - Eugênio Bucci - O Estado de S. Paulo  O enredo que nos trouxe até aqui, misturando degradação institucional, escárnio escrachado e realismo fantástico, tem se mostrado imprevisível

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A verdadeira representatividade - Merval Pereira  - O Globo  Qualquer eleição pode ser influenciada por diversos fatores que desvirtuam a vontade real da maioria

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:55:00 Nenhum comentário:   

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A perversidade do juro alto para o desenvolvimento - José Serra        -O Estado de S. Paulo   Passar um ano com taxa real de 9% é crer que a violência do instrumento é um fim em si mesmo, não contra a inflação, mas contra a própria economia

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O Congresso impede ajuste - Míriam Leitão  O Globo   O governo tenta cortar gastos e aumentar a arrecadação, mas esbarra em um Congresso que sabota medidas de ajuste fiscal

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Derrotas d  governo na Câmara e no Senado refletem desaprovação de Lula - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense    O presidente foi emparedado pela oposição, que conseguiu atrair as bancadas do Centrão. São dois grupos: um quer inviabilizar o governo e o outro faz chantagens

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Congresso acua o Executivo - William Waack   O Estado de S. Paulo    Derrotas são sinal de clara deterioração política do Lula 3       CONTINUAR LEITURA

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Os rojões desgovernados de Motta e Alcolumbre - Maria Cristina Fernandes  - Valor Econômico  - Governo é atingido no momento em que buscava recompor forças

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Tarifas levarão comércio dos EUA a redução brutal, diz Krugman - Marcos de Moura e Souza / Valor Econômico

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Um abismo entre os trabalhadores por conta própria - João Saboia* - Valor Econômico -As políticas públicas voltadas para os trabalhadores por conta própria devem levar em consideração essas diferenças   CONTINUAR LEITURA

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Congresso espanca, Lula 3 - Vinicius Torres Freire - Folha de S. Paulo  No mundo encantado de Brasília, se falava de 'surpresa', uma fofoca sobre assunto grave

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Por que o Congresso não gosta de pobres? - Thiago Amparo   Folha de S. Paulo  Porque eles próprios não são pobres e medidas antirricos os afetam pessoalmente

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As ideias do eleitor não alinhado - Maria Hermínia Tavares  Folha de S. Paulo   É um erro dizer que empreendedores são pobres precarizados sem consciência de sua situação

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:33:00 Nenhum comentário:   

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Andar de cima x andar de baixo – Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo   Fim de privilégios à renda mais alta é necessário para a saúde das contas públicas  CONTINUAR LEITURA

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Brasil precisa de um novo Plano Real para as contas públicas, diz presidente da Fiesp

Adriana Fernandes / Folha de S. Paulo  - Filho de José Alencar, vice de Lula de 2003 a 2010, Josué Gomes afirma que petista precisa dialogar mais - CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:27:00 Nenhum comentário:   

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'Hoje, não vejo o Brasil à beira de um precipício fiscal', diz Giannetti - Julia Moura / Folha de S. Paulo - Em debate, economistas defendem desindexação de gastos para melhorar contas públicas   CONTINUAR LEITURA

 

A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Nosso site possui mais de 600 resenhas de livros.

Ideologia, cultura, marxismo -Por CELSO FREDERICO: Introdução do autor ao livro recém-publicado

Do caráter utilitário da arte - Por FLÁVIO R. KOTHE: Nem propaganda, nem conceito, nem devoção: a arte pura é um salto no vazio que só se completa quando alguém ousa cair junto

A urgência de um pacto social planetário - Por LEONARDO BOFF: O pacto social planetário não é um sonho distante, é a única fronteira que ainda nos resta cruzar. Ou nos reinventamos como espécie coletiva, ou seremos apenas um breve capítulo na história da Terra

Estado e extermínio - Por EDERGÊNIO NEGREIROS VIEIRA: Uma análise da violência policial e a seletividade racial no contexto goiano e brasileiro

As origens da língua portuguesa - Por HENRIQUE SANTOS BRAGA & MARCELO MÓDOLO: Em tempos de fronteiras tão rígidas e identidades tão disputadas, lembrar que o português nasceu no vaivém entre margens – geográficas, históricas e linguísticas – é, no mínimo, um belo exercício de humildade intelectual - As origens da língua portuguesa -

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RIO GRANDE DO SUL – POA

JORNAL MATINAL – POA RS 27 de junho de 2025

Bom dia! A edição de hoje destaca o papel de Fernanda Oliveira, professora da UFRGS, no desfile da Portela de 2026, que vai celebrar a cultura negra no Rio Grande do Sul. Em entrevista à Marcela Donini, a historiadora, que é a única gaúcha entre os autores do enredo, fala sobre o processo de elaboração do tema e sobre a experiência de ser uma pessoa negra no estado.

Em reportagem de Valentina Bressan, Fernando Dornelles, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, avalia o cenário com Guaíba ainda elevado e previsão de novas chuvas. A edição de hoje fala ainda da retomada das obras de reforço e elevação do dique do Sarandi e do relatório paralelo da CPI da Pousada Garoa que acusa o prefeito Sebastião Melo de homicídio.

Juremir Machado apresenta trechos de um editorial do jornal Correio do Povo de 1928 sobre as cheias recorrentes na capital. O texto segue atual.

Tem também uma entrevista de Roger Lerina com o ator Othon Bastos, em cartaz na cidade com o monólogo Não me Entrego, Não!. 

Na Tudo é Gênero, que chega logo mais na caixa de entrada dos assinantes dos planos Completo ou Comunidade, Marcela Donini fala mais sobre o papo com Fernanda Oliveira, enredista da Portela. E sábado, também exclusivo para aqueles que nos assinam, uma edição da Parêntese com um conto de Stela Rates, o segundo capítulo do folhetim de Tônio Caetano e a série Centenária, em que Tiago Maria narra a vida de sua avó, que está perto de completar 100 anos. Considere fazer uma assinatura da Matinal para receber tudo isso e muito mais.

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TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

ARROIO DO SAL: Projeto Bem-Estar Animal e novo mutirão de castração de cães e gatos em destaque -


Tragédia do balão em Praia Grande (SC): investigação encontra extintor, ouve sobreviventes e faz reconstituição - A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou nesta quinta-feira (26) que já ouviu os 13 sobreviventes da queda do balão em chamas com 21 pessoas a bordo em Praia Grande (SC) no sábado (21), e localizou o extintor de incêndio que não teria funcionado no momento do acidente

Assinado contrato que irá viabilizar implantação da coleta seletiva em Arroio do Sal

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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INTERESSE PÚBLICO

Andressa Urach relata dor e medo de ficar cega após cirurgia para mudar cor dos olhos; veja riscos do procedimento

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EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

À medida em que chegamos ao ano eleitoral de 2026, quando enfrentaremos a dura decisão de avançar no rumo socialdemocrata e progressista da proposta protagonizada por Lula, seja ele, ou não, candidato, com os riscos que isso implica do ponto de vista da polarização política do país, ou retrocedemos a um bolsonarismo mitigado, na candidatura do Governador de São Paulo. Ambos, com seus aliados, procuram ampliar suas respectivas imagens, à esquerda e à direita, com conquista de aliados capazes de conformar, não um polo ideológico, mas uma Frente. Com efeito, se cerca de 30% dos eleitores se inclinam à esquerda e outros 30%, à direita, há uma margem de 40% que medeia,  ao centro, correspondendo, mais ou menos , à classe média, nada desprezível. Lula, entretanto, mesmo atento à perseguição de uma Frente Democrática, como já demonstrou em 2002/6 e 2022, disposto, inclusive à manutenção do diálogo com os Presidentes da Câmara e Senado, inequivocamente inclinados à direita e ao emparedamento do seu Governo, volta ao discurso em defesa dos “pobres e oprimidos”. Insiste no discurso que, outrora, não só o consagrou, como consagrou, no passado, a popularidade de Getúlio Vargas. No plano da governança, a disputa também retorna ao passado como a opção entre Desenvolvimento com inclusão social ou Estabilidade Fiscal e Monetária. Haddad, Ministro da Fazenda de Lula, mais do que qualquer outro Ministro, tem sido o intérprete desta alternativa, enfrentando com firmeza o desafio de sustentar a política de inclusão, sem perder, naturalmente, as rédeas da inflação, que, aliás vem diminuindo. Poucos se dão conta que o Brasil, no cenário internacional, não só tem apresentado bom índice de crescimento, com avanço no poder de compra das famílias, como tem baixo nível de inflação. Na Alemanha, país tradicionalmente estável, guardião do neoliberalismo, tem uma inflação de 10%, sendo o dobro deste número, quanto a alimentos, e quatro vezes este número, quanto ao aumento da energia. Quase se poderia repetir o que, aliás, um general Presidente, Ernesto Geisel, dizia em 1975: -“O Brasil é uma ilha de prosperidade no mar revolto do mundo”. Da mesmo forma que àquela época, também enfrentamos o desafio de garantir o crescimento da economia, com o mínimo de tensões, ao tempo em que lutamos pelo aprofundamento da democracia-entre-nós não só na defesa das instituições, como através da construção da economia de bem estar proposta pela Constituição Cidadã de 1988. Esse, a propósito, o desafio e o trunfo do Brasil, ainda pouco percebido por muitos analistas. Temos cumprido o Pacto Constitucional graças a forte presença no nosso espectro político da corrente social-progressista. Desafio difícil, eis que,  além dos desafios externos, contemporizados pela nossa extraordinária capacidade para exportar, que nos garantiu uma reserva cambia de US $350 bilhões, temos que amenizar as diferenças sociais num país em que a desigualdades são as maiores do mundo. Não obstante, a corrida eleitoral já está em curso, senão nos procedimentos, no discurso dos principais protagonistas. A decisão virá nas urnas, ano que vem.

ANEXO

Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’, veja os números e se é verdade

Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’, veja os números e se é verdade - Estadão

Presidente infla dados e ignora renúncias para produtos da cesta básica, medicamentos e pequenos negócios do Simples; rever isenções aumentaria arrecadação, mas não resolveria o problema fiscal

Por Alvaro Gribel - 25/06/2025 | 09h30 Atualização: 25/06/2025 | 11h26

Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou durante viagem ao município de Mariana, em Minas Gerais, que o Brasil gasta “R$ 860 bilhões” em isenções fiscais para os mais ricos. Disse, também, que só há críticas ao seu governo quando os gastos são voltados para os mais pobres.

“Vocês sabem quanto que nós gastamos com os ricos? Sabem quantos bilhões a gente dá de isenção para os ricos deste país que não pagam imposto? R$ 860 bilhões. É quatro vezes o Bolsa Família”, afirmou Lula.

Especialistas explicam, contudo, que o presidente não só inflou o número mas também desconsiderou uma série de benefícios que são voltados para a população mais pobre. Além disso, passou a considerar programas voltados para o setor produtivo — e que geram empregos — como medidas voltadas para os mais riscos.

 

Lula na entrega de máquinas agrícolas a municípios mineiros pelo Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola, em Contagem Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O que os dados da Receita mostram é que a isenção tributária prevista para 2025 é de R$ 587 bilhões, ou 4,74% do Produto Interno Bruto (PIB). O presidente Lula subiu o número para R$ 860 bilhões, tendo como base declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas que ainda não foram detalhadas pela pasta.

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Haddad afirma que esse dado mais elevado é uma projeção da Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirb), um documento novo, que começou a ser encaminhado pelas próprias empresas à Receita no ano passado, expondo o quanto de impostos deixaram de ser pagos e para quais programas.

O Demonstrativo de Gasto Tributário (DGT), por sua vez, que acompanha a Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2025 (Ploa), estima as isenções em R$ 587 bilhões. Esse é o documento que tem a série histórica de referência, desde 1989, sobre as renúncias e permite a comparação com anos anteriores.

Simples está no topo das renúncias

A maior isenção acontece com o Simples Nacional, que tem uma perda de receita estimada em R$ 127,73 bilhões este ano. O benefício é voltado para empresas dos setores de comércio, serviços e indústria com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano.

Para o especialista em política fiscal da XP Investimentos, Tiago Sbardelotto, não dá para afirmar que o Simples é uma política voltada para os mais ricos, já que gera empregos para os mais pobres, além de ser direcionada para pequenas e médias empresas.

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“É temerário dizer que o Simples é voltado para os ricos, porque existem efeitos indiretos do benefício tributário que podem ajudar também os mais pobres, mesmo nesses benefícios que são direcionados a empresas”, afirmou. “O caso do Simples é emblemático. Embora seja um benefício para empresas, é, em geral, voltado para pequenos empresários que nem de longe podem ser considerados ricos.”

João Pedro Leme, economista da Tendências Consultoria, aponta, contudo, que muitas empresas fazem planejamento tributário para se manter enquadradas no Simples, e assim pagarem menos impostos. Ou seja, o programa atende pequenos empresários, de um lado, mas, por não passar por processos de revisão e medição de resultados, acaba também beneficiando os mais ricos. O erro do presidente é considerar toda a renúncia como se fosse voltada para os mais ricos.

“É bastante claro que a desburocratização na abertura da empresa e a redução da carga favorecem a formalização de pequenos empreendimentos, tocados por pessoas pessoas comuns”, aponta. “Mas também é fato que muitas empresas e empresários mais ricos se aproveitam do limite anual bastante generoso de R$ 4,8 milhões para fazer planejamento tributário: desenham juridicamente suas operações para pagarem pouco imposto e aproveitar também a distribuição isenta de lucros”, diz.

Cesta básica

Depois do Simples, a segunda maior renúncia acontece com produtos da cesta básica, que levam a uma perda de R$ 50,6 bilhões. A redução de tributos contempla itens como arroz, feijão, farinha de mandioca, milho, leite, queijos, pães, ovos, frutas hortaliças.

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Se, por um lado, o presidente Lula pode alegar que essa política é horizontal, ou seja, beneficia ricos e pobres, ou qualquer um que consuma esses produtos; por outro, um aumento de alíquotas atingiria também os mais necessitados.

Durante a tramitação da reforma tributária no Congresso, a equipe econômica defendeu a reoneração da cesta básica, mas com a criação de um cashback (devolução de impostos) para as famílias de baixa renda.

A proposta, contudo, foi derrubada com apoio do PT e de partidos da base aliada, sendo mantidas a isenção total para alguns itens e a inclusão de outros na lista com alíquota reduzida de 60%.

Despesas médicas

A terceira maior renúncia acontece com as despesas médicas, que com estimativa de R$ 35,86 bilhões. Contribuintes que fazem a declaração anual completa de Imposto de Renda (IR) podem descontar da base de cálculo os gastos com saúde. A medida, de fato, beneficia os mais ricos, que conseguem pagar por serviços de saúde particulares, mas também a população de classe média.

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IR para aposentados por ‘moléstia grave ou acidente’

Outra despesa entre as principais da lista da Receita e que não pode ser considerada para os “ricos”, como aponta o presidente Lula, é a isenção de IR para aposentadoria “por moléstia grave ou acidente”. A renúncia é a quarta maior e representa R$ 28,5 bilhões em perda de receitas.

Quais também estão entre as 10 principais renúncias

Completam a lista das 10 maiores renúncias:

  • Zona Franca de Manaus (R$ 28,26 bilhões), em 5º lugar;
  • Exportação de produtos agrícolas (R$ 22,8 bi), em 6º;
  • Entidades filantrópicas (R$ 21,24 bilhões), em 7º;
  • Aposentadoria de quem tem mais de 65 anos (R$ 21,22 bilhões), em 8º;
  • Assistência médica e odontológica para empregados (R$ 17,43 bilhões), em 9º; e
  • Títulos de crédito para o setor imobiliário e agronegócio (R$ 16,76 bilhões), 10º.

Aumento nos governos do PT

Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, diz que é importante o presidente querer rever os gastos tributários, mas lembra que o aumento das isenções federais ocorreu principalmente nos governos do PT.

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No segundo mandato do próprio presidente Lula, elas romperam a casa dos 3% do PIB, e nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff ultrapassaram a marca de 4% do PIB.

“O presidente precisa lembrar que quem explodiu o gasto tributário foram os governos do PT na sua maior parte. Isso reflete o olhar de que o fiscal é impulsionador de crescimento. Muito importante o governo querer rever os gastos, mas falta a mão na consciência de reconhecer seus erros no passado”, afirma.

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Quem mais recebe benefícios tributários e deixa de pagar impostos no Brasil? Veja gráficos

 

Além disso, Vale pondera que rever isenções fiscais aumentaria a arrecadação do governo, mas não resolveria o problema estrutural do arcabouço fiscal, relacionado ao aumento dos gastos primários obrigatórios, e que vão comprimir os gastos discricionários (que o governo é livre para gastar) e levar a uma paralisia da máquina pública.

“Não tem como escapar de reestruturação dos gastos. A questão fiscal chegou a tal ponto que demandará um esforço em várias frentes para ajuste. Os gastos tributários não podem ser vistos como elemento único de ajuste“, diz.

 

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice quinta-feira, 26 de junho de 2025

Opinião do dia – Antonio Gramsci*

I. Alguns pontos preliminares de referência

Nota IV. Criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente descobertas “originais”; significa também, e sobretudo, difundir criticamente verdades já descobertas, “socializá-las” por assim dizer; e, portanto, transformá-las em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual e moral. O fato de que uma multidão de homens seja conduzida a pensar coerentemente e de maneira unitária a realidade presente é um fato “filosófico” bem mais importante e “original” do que a descoberta, por parte de um “gênio” filosófico, de uma nova verdade que permaneça como patrimônio de pequenos grupos intelectuais.

*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, v. 1, p.95-6. 5ª edição – Civilização Brasileira, 2011.

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O que a mídia pensa | Editorials / Opiniões

Apagão fiscal está mais próximo do que se imagina - O Globo  -Sem medidas estruturais de controle de gastos, IFI prevê dificuldade para governo funcionar já em 2026

Com um governo que só quer saber de gastar e um Congresso que só defende a austeridade da boca para fora, não poderia ser diferente. A irresponsabilidade crônica cobrará um preço alto. O apagão fiscal está mais próximo do que se costuma imaginar. O risco de colapso da capacidade administrativa do governo é iminente, de acordo com os cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI). A persistirem as regras atuais de indexação de gastos, o contingenciamento necessário para cumprir a meta do arcabouço fiscal aumentará a ponto de, já no ano que vem, tornar inviáveis as despesas do governo com custeio da máquina pública e investimentos.

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Como se formam os golpistas? - Eugênio Bucci - O Estado de S. Paulo  O enredo que nos trouxe até aqui, misturando degradação institucional, escárnio escrachado e realismo fantástico, tem se mostrado imprevisível

Pela primeira vez na História do Brasil, militares de alta patente, acompanhados de um ex-presidente da República, tomam assento no banco dos réus. Eles são acusados de organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes. A notícia é tão inusitada que parece boa, mas, na verdade, é apenas um começo.

Por certo, o processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) reluz pelo ineditismo. Diferentemente do que se via no passado, o Brasil não deixa mais por isso mesmo. Agora, há um esforço para responsabilizar os que atentaram contra a normalidade democrática. As coisas avançam semana a semana. Os integrantes do “núcleo crucial” da trama, conforme o nomeou a Procuradoria-Geral da República, tiveram de comparecer aos interrogatórios. Agora, houve uma acareação momentosa entre o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto.

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A verdadeira representatividade - Merval Pereira  - O Globo  Qualquer eleição pode ser influenciada por diversos fatores que desvirtuam a vontade real da maioria

Já escrevi diversas vezes que não considero correta a tese de que a composição do Congresso represente o povo brasileiro. Equivaleria a dizer que críticas a decisões dos parlamentares seriam críticas aos cidadãos que os colocaram lá. Como se não houvesse manipulação na lista apresentada pelos partidos aos eleitores, ou se os votos de cabresto não existissem mais.

A cada indício de que as máquinas governamentais são usadas na captura de votos; a cada indicação de que milícias ou facções criminosas aumentam seus interesses nas decisões políticas, escolhendo candidatos; sempre que o aumento da influência das religiões na política se evidencia; quando os lobbies econômicos interferem nas votações — tudo isso deixa claro que o resultado da composição da Câmara dos Deputados, do Senado, das Assembleias Legislativas e das Câmaras dos Vereadores tem mais a ver com interferências externas do que com a representação da sociedade.

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A perversidade do juro alto para o desenvolvimento - José Serra        -O Estado de S. Paulo   Passar um ano com taxa real de 9% é crer que a violência do instrumento é um fim em si mesmo, não contra a inflação, mas contra a própria economia

O País foi brindado com um novo aumento da taxa de juros básica da economia, na semana passada. O Copom alterou a taxa Selic, base das operações financeiras da economia, de 14,75% para 15% ao ano. Lógico que há uma inflexão ante aumentos que foram de 1% e de 0,5% nos momentos mais duros do ciclo de elevação da taxa, vividos a partir de setembro de 2024.

Vale compreender o que isso significa. Como a política monetária persegue uma meta de inflação, medida pelo IPCA, de 3% ao ano, com uma banda que pode atingir 4,5%, a inflação anual medida até maio de 2025, de 5,32% ao ano, é excessiva. Essa diferença expressa a tão falada e pouco demonstrada desancoragem das expectativas.

Perguntar sobre a eficácia da Selic no ancoramento da inflação contém seus riscos. Segundo a mediana das expectativas dos analistas econômicos, capturadas e expressas no Relatório Focus (do Banco Central), acredita-se que a inflação, medida pelo IPCA, terminará 2025 em 5,24%, portanto ainda acima do teto da meta de inflação (4,5% ao ano).

A mesma fonte de impressões dos analistas de mercado aponta que a inflação de 2026 finalmente trará uma convergência para o limite superior da meta de inflação, em 4,5%. Portanto, um movimento discreto de convergência das expectativas terá sido conseguido por meio de uma violenta restrição monetária.

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O Congresso impede ajuste - Míriam Leitão  O Globo   O governo tenta cortar gastos e aumentar a arrecadação, mas esbarra em um Congresso que sabota medidas de ajuste fiscal

O Congresso atual criou despesas e derrubou propostas de redução de gastos. No caso específico do IOF, o Projeto de Decreto Legislativo aprovado ontem é inconstitucional, porque só cabe um PDL se o governo tivesse extrapolado de suas competências. Mas a alíquota de IOF é decisão do Executivo. O governo pode entrar no STF, porém teme o custo político. No mesmo dia, o Senado aprovou o projeto vergonhoso de aumento do número de deputados. Isso depois de uma revoltante coleção de jabutis para atender lobbies que eles dependuraram no projeto das eólicas no mar.

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Derrotas d  governo na Câmara e no Senado refletem desaprovação de Lula - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense    O presidente foi emparedado pela oposição, que conseguiu atrair as bancadas do Centrão. São dois grupos: um quer inviabilizar o governo e o outro faz chantagens

A escritora cearense Rachel de Queiroz (1910-2003), natural de Quixadá, foi uma grande jornalista, tradutora e dramaturga, sendo a primeira mulher a receber o “Prêmio Camões” (1993) e a ocupar uma vaga na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Com 20 anos, em 1930, publicou seu primeiro romance, “O Quinze”, no qual retrata a seca de 1915 no Nordeste do país e a realidade dos retirantes nordestinos. Foi o primeiro de uma vasta obra literária, na qual se destacam “As Três Marias” (1939), “Dora Doralina” (1975) e “Memorial de Maria Moura” (1992).

Em 2002, Raquel de Queiroz publicou a coletânea infantil Meninos, eu conto (Record), no qual se destaca a fábula sobre a maternidade Bezerro sem mãe, que transcrevo a seguir:

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Congresso acua o Executivo - William Waack   O Estado de S. Paulo    Derrotas são sinal de clara deterioração política do Lula 3

Há requintes de maldade na maneira como o Congresso partiu para cima do Executivo ao reverter o aumento do IOF. Parece até um caso de etarismo, pois se trata de ataque a um governo velho, que promove ideias velhas abraçado a táticas políticas idem.

O uso pelo Executivo de velhas ferramentas na relação com o Congresso traduz enorme senilidade política, além da incompetência geral dos quadros encarregados da “articulação”. Chega a ser fascinante observar como o Planalto ignora a profunda alteração da relação de força entre os poderes.

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Os rojões desgovernados de Motta e Alcolumbre - Maria Cristina Fernandes  - Valor Econômico  - Governo é atingido no momento em que buscava recompor forças

Mal o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia terminado sua entrevista à Record TV na noite de terça-feira, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), publicou nas suas redes a pauta da Casa na manhã seguinte.

Como a Casa está em recesso branco, em função das festas juninas, não se esperavam votações importantes, mas o deputado mostrou que voltara a Brasília com seus rojões ainda acesos e apontados na direção do Palácio do Planalto. Pautou e aprovou por placar acachapante (383 x 98) e em sessão híbrida porque ninguém é de ferro, a derrubada do aumento do IOF.

O rojão arrisca cair em cima do Minha Casa Minha Vida. A alternativa proposta para compensar a receita perdida é a dos leilões dos excedentes de óleo e gás dos contratos de partilha, prevista na MP do Fundo Social do pré-sal aprovada ontem na Câmara.

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Tarifas levarão comércio dos EUA a redução brutal, diz Krugman - Marcos de Moura e Souza / Valor Econômico

O economista americano e prêmio Nobel Paul Krugman afirmou ontem que os EUA ainda não começaram a sentir para valer os impactos da alta repentina das tarifas a produtos importados, mas que se nada mudar nas novas regras, a maior economia do mundo vai assistir a uma redução brutal em seu comércio com o mundo.

“Saímos de uma tarifa de menos de 3% em média para uma alíquota próxima de 17% em média hoje, é a tarifa mais alta nos EUA desde 1936. Ou seja, revertemos 90 anos de liberalização do comércio com uma canetada do presidente”, disse Krugman, em São Paulo. Ele foi principal orador do evento realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o Anbima Summit 2025.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou novas tarifas no início de abril. Depois, adiou a entrada em vigor de algumas delas. Enquanto isso, as tarifas médias seguem muito mais altas do que eram até então. “É um choque imenso para o sistema e se continuarmos com as tarifas atuais”, disse Krugman, “o comércio americano com o um todo vai cair 50%”. “É uma reversão de toda a globalização que os EUA promoveram desde os anos 80.”

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Um abismo entre os trabalhadores por conta própria - João Saboia* - Valor Econômico -As políticas públicas voltadas para os trabalhadores por conta própria devem levar em consideração essas diferenças

Há décadas a análise do mercado de trabalho no Brasil tem sido desenvolvida separando os segmentos formal e informal. Em geral, a produtividade e as condições de trabalho são muito melhores no primeiro que no segundo. Além disso há a ideia de que o segmento informal funciona como uma espécie de esponja, absorvendo as pessoas que perdem seus empregos formais em momentos de crise e as devolvem quando a conjuntura melhora.

Trata-se de uma descrição muito simplificada do comportamento da economia que tem sido testada nos últimos anos mostrando resultados ambíguos. Na crise da covid, por exemplo, os trabalhadores informais foram muito mais atingidos do que os formais, tendo sido necessária a criação do auxílio emergencial para que pudessem sobreviver naquele período. Em outras crises, efetivamente, o setor informal cresceu e, de certa forma, absorveu parte daqueles expelidos do setor formal da economia.

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Congresso espanca, Lula 3 - Vinicius Torres Freire - Folha de S. Paulo  No mundo encantado de Brasília, se falava de 'surpresa', uma fofoca sobre assunto grave

Foi um dia típico do mundo encantado de Brasília. Um dia depois do São João, nas férias juninas, causou sensação que o presidente da Câmara, Hugo Mota, tenha botado para quebrar. O aumento do IOF caiu com 75% dos votos do total dos deputados (80% dos presentes). O Senado enterrou o cadáver.

Houve conversinha sobre governo e deputados terem sido pegos de "surpresa". E daí? Isso é espuma ou sintoma de coisa pior e sabida. É fofoca, "bastidor", sobre interesses da política politiqueira, de escassa relação com problemas reais do país.

A redução de despesa e os superávits fiscais a partir de 2027, que constam do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, são um cenário "fictício", diz a Instituição Fiscal Independente (IFI, ligada ao Senado, mas autônoma, responsável por analisar as contas públicas).

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Por que o Congresso não gosta de pobres? - Thiago Amparo   Folha de S. Paulo  Porque eles próprios não são pobres e medidas antirricos os afetam pessoalmente

Deveria chocar toda a população, porque obscena, a ofensiva do Congresso contra qualquer discussão séria sobre tributar os mais ricos, ao mesmo tempo em que se lambuza com a liberação das emendas, que dobrou em apenas um dia —chegou a R$ 1,72 bilhão na terça-feira (24).

Faz sentido olhar como parlamentares antipobres têm buscado reverter a narrativa: fala-se em aumento da tributação, apelando para o senso comum de que se tributa muito no país.

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As ideias do eleitor não alinhado - Maria Hermínia Tavares  Folha de S. Paulo   É um erro dizer que empreendedores são pobres precarizados sem consciência de sua situação

As próximas eleições presidenciais serão decididas por cerca de 10% dos eleitores, que não se identificam com o campo político lulista ou bolsonarista. Metade desse contingente de não comprometidos é composta pelos chamados microempreendedores.

Em 2022, votaram no candidato petista 52% deles. Agora, aprovam seu governo não mais de 45%. Os dados são do pesquisador Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da Fundação Getúlio Vargas. Se outros motivos não houvessem, bastaria esse a demandar que se entenda o que move tal grupo de trabalhadores, ocupantes de pouco menos da metade do mercado informal, estimado em 2023 pelo IBGE em 38,7% da força de trabalho.

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Andar de cima x andar de baixo – Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo   Fim de privilégios à renda mais alta é necessário para a saúde das contas públicas

A decisão do presidente Hugo Motta (Câmara) de surpreender e pautar o projeto de derrubada do decreto de alta do IOF tem por trás um componente de revolta com a estratégia do governo Lula de apostar na polarização econômica entre o andar de cima versus o andar de baixo da população brasileira nas discussões das medidas de ajuste fiscal.

Entre as lideranças, inclusive aliados de primeira hora de Lula nas eleições de 2022, a percepção é que o presidente e seus ministros esticam a corda do conflito aberto após a rejeição do Congresso à alta de impostos e cobranças por corte de despesas.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:28:00 Nenhum comentário:   

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Brasil precisa de um novo Plano Real para as contas públicas, diz presidente da Fiesp

Adriana Fernandes / Folha de S. Paulo  - Filho de José Alencar, vice de Lula de 2003 a 2010, Josué Gomes afirma que petista precisa dialogar mais

presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Josué Gomes da Silva, diz à Folha que o Brasil precisa de um novo Plano Real para resolver a expansão das despesas do Orçamento, cortar incentivos corporativos e permitir a redução das taxa de juros para um patamar civilizado.

"O que frustra é ver um debate eleitoral antecipado. Não digo que é um lado só. O pior é que vemos, a portas fechadas, muitas vezes as pessoas se recusando a debater, porque querem só resolver o problema de 2025 e 2026 para ver o que acontece a partir de 2027", afirma.

Filho de José Alencar, vice-presidente nos governos Lula 1 e 2, o empresário dono do grupo têxtil Coteminas diz que o chefe do Executivo precisa fazer o que sabe: dialogar mais.

Citado em eleições passadas como vice dos sonhos e convidado para ser o ministro da Indústria no início do terceiro mandato de Lula, o empresário nega planos políticos e diz que deixa o comando da entidade neste ano com perfil ultraliberal. Ele defende isonomia de condições para todas as empresas e setores e vê necessidade de repensar as regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:27:00 Nenhum comentário:   

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'Hoje, não vejo o Brasil à beira de um precipício fiscal', diz Giannetti - Julia Moura / Folha de S. Paulo - Em debate, economistas defendem desindexação de gastos para melhorar contas públicas

Para o economista e filósofo Eduardo Giannetti, o Brasil ainda tem tempo hábil de fazer um ajuste fiscal, antes que uma crise econômica seja desencadeada.

"Não vejo o Brasil hoje à beira de um precipício fiscal. Estamos no momento de entender, antecipar e agir. É melhor agir antes que as coisas piorem muito. Assim como no caso de uma doença, o diagnóstico antecipado é melhor", afirmou o autor de livros como "Vícios privados, benefícios públicos?" durante o Anbima Summit, nesta quarta-feira (25).

Segundo projeção da IFI (Instituição Fiscal Independente), do Senado Federal, as contas públicas do Brasil terão um déficit primário de R$ 83,1 bilhões ao fim de 2025. Ainda assim, elas ficarão dentro da meta prevista no arcabouço fiscal, definida pelo atual governo.

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Nova Carta Aberta Para Ciro Ferreira Gomes por Luis Filipe Chateaubriand

 

Sua soberba está acima de todas as virtudes

26 de junho de 2025, 08:34 h -Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’, veja os números e se é verdade - Estadão

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Prezado Ciro Ferreira Gomes,

Fui seu maior admirador político por nada menos que 27 anos – de 1991 a 2018.

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Sua oratória, sua inteligência surreal, sua capacidade de gestão, sua formação, seu currículo, seu projeto nacional de desenvolvimento, sua social-democracia, sua visão de centro esquerda, etc, etc, etc.

Votei em você para Presidente da República três vezes, em 1998, em 2002 e em 2018.

Na eleição de 1998, inclusive, trabalhei voluntariamente em sua campanha – e, nas últimas duas vezes, trabalhei informalmente.

Fui obrigado a ler a declaração de uma amiga minha, em 2018, que “o Ciro Gomes é aquele político que afina o instrumento com a esquerda e toca com a direita”.

Fiquei indignado.

Pois... eis que ela estava certa!

Nas eleições presidenciais, resolveu se afastar, oportunisticamente, de Luiz Inácio Lula da Silva.

Temia que a farsesca operação Lava Jato contaminasse suas intenções de votos.

Pressionou Fernando Haddad a pedir para Luiz Inácio Lula da Silva abdicar de sua candidatura, em favor de você.

Luiz Inácio Lula da Silva, preso, se negou a abdicar da sua candidatura, por dois motivos:

  • Queria levar sua candidatura até o máximo que pudesse, para defender o seu legado.
  • Queria evitar que a estridente militância petista protestasse, pois eles só admitiriam candidatura própria do partido.

No entanto, você, Ciro, “pavio curto” que é, preferiu se sentir melindrado, ao invés de continuar negociando.

Tempos depois, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, lhe convidou para ser candidato a Vice-Presidente, na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva.

A estratégia parecia bem clara: Luiz Inácio Lula da Silva seria impedido de concorrer, por estar preso; e você, Ciro Ferreira Gomes, assumiria a cabeça de chapa, concorreria em uma aliança com o Partido dos Trabalhadores, e se elegeria Presidente da República.

Só que não!

Você se recusou a ser Vice de Luiz Inácio Lula da Silva.

Por vaidade, por egocentrismo, por ser um péssimo estrategista em campanhas eleitorais.

Teve medo de ganhar.

Aliás, você se treme de medo de ganhar, desde sempre.

Aí, o Partido dos Trabalhadores foi obrigado a lançar Fernando Haddad, que foi para o segundo turno contra o príncipe das trevas.

Bom, aí todos acharam que você iria apoiar Fernando Haddad, contra a possibilidade do príncipe das trevas se eleger.

Só que não!

Preferiu, cinicamente, ir para Paris e para Roma, a passeio, para não ter que apoiar Fernando Haddad.

E o príncipe das trevas venceu.

Por culpa sua.

Absolutamente sua.

Inequivocamente sua.

Traiu a esquerda.

E, aí, de nada vale sua oratória, sua inteligência surreal, sua capacidade de gestão, sua formação, seu currículo, seu projeto nacional de desenvolvimento, sua social-democracia, sua visão de centro esquerda, etc, etc, etc.

Sabe por quê?

Porque sua soberba está acima de todas essas virtudes.

Ao deixar a soberba prevalecer sobre suas outras virtudes, se perde... perde para si próprio, sempre.

E este modesto escriba, que tanto se empenhou para lhe eleger, desde 2018 não mais o faz e trabalhará, doravante, contra isso.

Segura o instrumento com a esquerda e toca com a direita?

Pode ser.

Ou, melhor, deve ser.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer,

 

 

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia  26 junho – Doce 5ª. feira

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

A previsão do tempo para quinta-feira é de Chuvoso durante o dia e à noite. Temperatura entre  11° / 16°

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 25 jun.25 – Convidados: Carlos Paiva, Paulo de Vasconcelos (move) E Ana Lucia (Agapan). ESPAÇO PLURAL

DEBATE PLURAL – O “impossível” Porto em Arroio do Sal. Dia 18jun.25 – Convidados: Carlos Paiva e Dra. Nance, Biólogo,Prof. Ap. da URGS, da Ass. De Proteção Ambiental do Litoral            , Dep. Haley PT, Everton da Agapan.- https://www.youtube.com/live/6FKDtp_TrqA?si=Ay1oofzSZ37glYdJ

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -DEBATE PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente,  cultura em primeiro lugar, o lugar de fala da comunidade torrense

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INTERNACIONAIS

Enquanto arrefece a guerra Israel-Irã, prossegue o genocídio em Gaza. Em um mês, 400 palestinos foram assassinados. Ontem, num atentado do Hamas, em represália aos ataques de Israel , o Hamas matou sete soldados israelenses.
Depois do Irã, Coreia do Norte pode ser o próximo alvo para ataque?

Os danos do ataque ao arsenal nuclear do Irã dividem o governo americano. O presidente Trump disse que foram devastadores, mas não é o que informam os relatórios oficiais. Criticou acidamente órgãos da imprensa americana que vazaram esses relatórios. Presente à reunião da OTAN na Europa, conseguiu o compromisso dos Estados membros de gastar 5% em defesa e ameaçou a Espanha com tarifaço, caso não venha a cumprir tal exigência. A Mensagem final do Encontro reitera a obrigação de qualquer membro apoiar qualquer das nações da OTAN que venham a ser atacadas. Nova York poderá ter Prefeito socialista que promete cobrar impostos de milionários para financiar programas sociais. eco

Parlamento do Irã aprova suspensão da cooperação com agência de supervisão nuclear da ONU após ataques de Israel e EUA. Aprovação ocorreu no dia seguinte ao cessar-fogo no conflito direto entre Israel e Irã, após 12 dias de troca de ataques aéreos. Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspeciona programas nucleares pelo mundo e pediu para retomar avaliações nas instalações iranianas.

 NACIONAIS

A Câmara derrubou o decreto do governo que aumentava o IOF. O Senado aprovou a ampliação do número de deputados federais. No mesmo dia aumenta o número de deputados para 531 membros, com gasto adicional superior a R$ 150 milhões.

Restrições à entrada de estrangeiros nos Estados Unidos mudam os planos de pesquisadores e estudantes brasileiros. O empate do Fluminense garantiu a presença de todos os clubes brasileiros nas oitavas da Copa do Mundo de Clubes.

Derrubada do IOF e resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento. Sem IOF, governo diz que perderá R$ 10 bilhões em arrecadação neste ano. Banco Mundial propõe ao Brasil alta de imposto para conter endividamento

Lei brasileira não prevê que Itamaraty pague translado do corpo de Juliana, morta na Indonésia – Lei de 1997 especifica que assistência consular não inclui translado nem pagamento de despesa com sepultamento de brasileiros mortos no exterior; família e amiga terão de arcar com os custos.

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OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com – Dia 25 jun

Gilvan Cavalcanti – DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice – quarta-feira, 25 de junho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

STF não deve abrir exceção ao julgar artigo do Marco Civil – O Globo – Excluir crimes contra honra da regra que responsabiliza plataformas por conteúdo favorecerá os criminosos

O julgamento sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, já resultou em avanço considerável. A Corte formou maioria para tornar as plataformas digitais corresponsáveis pelo conteúdo que veiculam a partir do momento em que notificadas de violações à lei — e não apenas depois de a Justiça determinar a exclusão desse conteúdo. Sete dos 11 ministros votaram para considerar o artigo inconstitucional no todo ou em parte. Falta, porém, estabelecer de modo objetivo as regras que passarão a vigorar.

Em meio à regulação deficiente — resultado da omissão do Congresso, onde o PL das Redes Sociais não avançou —, as redes sociais se tornaram campo propício ao florescimento de ódio e crimes. Não se pode achar normal que sejam usadas para incentivar automutilação ou suicídio de crianças, articular massacres em escolas, disseminar extremismo ou organizar golpes contra a democracia, entre tantas outras aberrações. É preciso chamar as plataformas à responsabilidade.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:23:00 Nenhum comentário:  

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Nem tudo é culpa do governo – Vera MagalhãesO Globo  - Bolhas consolidadas, ministros acovardados e falhas na comunicação e no trânsito no Congresso aumentam impressão de que tudo de errado é responsabilidade do Executivo

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Judiciário está com parafuso solto – Elio GaspariO Globo  -O rei da Inglaterra estava doido, mas degolaram o francês  =   CONTINUAR LEITURA

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Fora da ordem – Bernardo Mello FrancoO Globo  - Ao atacar Irã sem aval da ONU, americano ajuda a demolir o que resta da ordem mundial  CONTINUAR LEITURA

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Trégua de Trump entre Israel e Irã não inclui fim da guerra em Gaza – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense – Conflitos na Ucrânia, na Palestina e a escalada militar entre Tel Aviv e Teerã, com envolvimento dos Estados Unidos, mudaram os paradigmas de defesa contemporâneos   CONTINUAR LEITURA

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“Imortalidades” do Giannetti – Cristovam Buarque* - Correio Braziliense   - Costumamos dizer que, no parto, a mãe “dá à luz” ao filho, mais exato seria dizer que ela “dá o tempo”, seu primeiro minuto: a luz conquistamos ao longo da vida — sempre em busca de não morrer cedo e de transcender à morte   CONTINUAR LEITURA

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A hora do ouro – Fábio AlvesO Estado de S. Paulo  - Em meio ao aumento na demanda, preço do metal caminha para nova alta nas próximas semanas  CONTINUAR LEITURA

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O desabafo de Freire Gomes para Toffoli – Vera Rosa  - O Estado de S. Paulo – Comandante disse, em 2022, que Moraes extrapolava funções e ministro revidou: ‘Código do Marechal’

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Baixo compromisso com o centro da meta – Nilson Teixeira  - Valor Econômico  -A sinalização dada pelo Copom de interrupção do ciclo de alta da Selic é prematura, pois diversos fatores ainda justificariam a manutenção do aperto monetário  CONTINUAR LEITURA

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Guerra no Irã gera desafio adicional para a cúpula do Brics – Fernando ExmanValor Econômico – Desafio da diplomacia brasileira será viabilizar a construção de um comunicado final que atenda a Irã, China e Rússia e, ao mesmo tempo, contemple aliados regionais dos EUA   CONTINUAR LEITURA

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O STF e a questão existencial do Congresso – Lu Aiko OttaValor Econômico  - Debate sobre impositividade das emendas ao Orçamento é uma discussão sobre quem dá as cartas na capital federal    CONTINUAR LEITURA

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Entidades de saúde respondem por R$ 34 bi de dívidas com a União, diz Haddad  - Por Renan Truffi e Ruan Amorim / Valor Econômico   - A principal novidade do programa é que o governo vai permitir que as empresas com dívidas façam o abatimento de seus débitos junto à União a partir da oferta de serviços de saúde para o público do SUS   - CONTINUAR LEITURA

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Desequilíbrios globais importam – Martin Wolf*    Valor Econômico    Se os EUA quiserem acelerar um debate mundial sobre os desequilíbrios por meio uma intervenção de política econômica, a mais óbvia não seria aplicar tarifas, mas sim um imposto sobre os fluxos de capital   CONTINUAR LEITURA

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A doutrina Trump e uso da força – Vinicius Torres Freire  -- Folha de S. Paulo – Vance, vice-presidente dos EUA, diz que se forma uma diretriz trumpista de política externa

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A ilusão da regulação digital – Wilson Gomes*  Folha de S. Paulo   A crença de que novas leis resolverão os males da internet só pode gerar expectativas sociais impossíveis e frustração

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Parlamentares não vieram de Marte – Hélio Schwartsman  Folha de S. Paulo   - Congresso é ruim, mas foram os eleitores que escolheram os deputados e senadores que aí estão

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Em busca do tempo perdido – Dora Kramer  - Folha de S. Paulo   - A partir de agora, qualquer gesto do governo e da oposição será visto sob a ótica da disputa de 2026

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Boletim AEPET

Margem Equatorial: petróleo, pobreza e os desafios do desenvolvimento brasileiro – Extrair bilhões de barris petróleo na Margem Equatorial deve ser alavanca para erradicar a pobreza energética em terra firme – ttps://mail.google.com/mail/u/0/?hl=pt-BR#inbox/FMfcgzQbfpMSwvxMqfJBQDgbPhzHBVrN?projector=1

O Brasil de Lula dobra a aposta no dinheiro do petróleo, por Irina Slav- O governo Lula está buscando novos leilões de petróleo e expansões de refinarias, apesar das ambiciosas metas de zero líquido, visando segurança energética e aumento da receita do petróleo.

Desafios da Margem Equatorial – paulotimm@gmail.com – Gmail

ACELERAR PRIVATIZAÇÃO

DA PETROBRAS, SAÍDA

PARA A CRISE FISCAL

 

CÉSAR FONSECA – Foto Brasil 247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os líderes conservadores, no Congresso, senador Davi Alcolumbre(UB-AP), e na Câmara, deputado Hugo Motta(Republicanos-PB), ancorados na maioria de direita e ultradireita parlamentares, acertam, nesta semana, uma saída com o mercado financeiro para fazer o ajuste fiscal ao gosto da Faria Lima. Trata-se de acelerar os leilões de venda de óleo bruto de propriedade da União na bacia do pre sal.

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A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Assista ou ouça nosso canal de entrevistas

Ladainha da responsabilidade fiscal = Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: Austeridade fiscal é a liturgia neoliberal que sacrifica vidas no altar da dívida. Enquanto os mercados rezam por juros altos, o povo paga a conta com saúde e educação. A justiça tributária? Uma heresia no catecismo do capital 

Sobre o ofício da crítica  - Por EDGARD PEREIRA: Além de avaliar, a crítica literária é um mergulho profundo na essência da obra, guiado pela ética e pela vocação. Um convite à compreensão que transcende o nacionalismo, resgata vozes esquecidas e oxigena o cânone, revelando a força e o valor intrínseco do texto

Uma guerra imprevisível = Por VALERIO ARCARY: A guerra contra o Irã revela a ilusão da invencibilidade: mesmo nações poderosas aprendem, tarde demais, que a soberania não se destrói com bombas, mas se fortalece na resistência de um povo. A história julgará não apenas os vencedores, mas os que calaram quando era preciso falar

Transformação digital em um mundo polarizado = Por IVAN DA COSTA MARQUES, LUCAS BUOSI, FABRÍCIO NEVES & CAROLINE PEREIRA: A verdadeira soberania digital exigirá não apenas infraestrutura, mas também a capacidade de negociar em um tabuleiro global onde tecnologia e poder são indivisíveis

Green card entre EUA e China = Por MARIANA LINS COSTA: Elon Musk é o bilionário da anomalia que redefine a disputa entre EUA e China

A paz esteja convosco, Palestina! – Por SAMUEL KILSZTAJN: Embora o mundo não esteja muito interessado nos palestinos, o Estado de Israel está sim interessado em alastrar o confronto com os palestinos para uma guerra regional que corre o risco de se transformar em uma guerra mundial

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RIO GRANDE DO SUL – POA

JORNAL MATINAL – POA/RS 26 de junho de 2025

Olá! A Matinal de hoje fala do nível elevado do Guaíba, dos alagamentos na cidade, do vazamento no dique do Sarandi e das cobranças por maior agilidade nas obras de proteção contra inundações.  

O transbordamento do Guaíba também é tema de Claudia Tajes, que escreve sobre a aflição de quem, mais uma vez, se vê desamparado pelo poder público.

A edição destaca ainda o dia mais frio do ano na capital e a recriação da Secretaria da Mulher no RS.

Tem também uma das enredistas da Portela falando que o debate sobre verba pública para o desfile sobre a negritude gaúcha é marcado por racismo. Amanhã, a Tudo é Gênero publica uma entrevista exclusiva com Fernanda Oliveira, falando do processo de criação do enredo e da cultura afro no RS. Professora da UFRGS e historiadora, ela é a única gaúcha a assinar o enredo.

Marcelo Carneiro da Cunha fala de Tehran e a arte israelense de fazer as séries que pegam.

Logo mais, a News do Roger chega para os assinantes dos planos Completo e Comunidade com reportagens sobre o monólogo Não Me Entrego, Não!, estrelado por Othon Bastos, o espetáculo que resgata a trajetória da jornalista e escritora Jurema Finamour e a mostra 8 ½ Festa do Cinema Italiano, entre outros destaques. Assine a Matinal para ficar ainda mais por dentro da agenda cultural da cidade.

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TORRES E REGIÃO – afolhatorres.com.br

TORRES: Abertas inscrições de Processo Seletivo da Prefeitura para estagiários de nível Superior e Médio As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site da CIEEE entre 26 de junho e 21 de julho de 2025, até às 23h59.

 DOM PEDRO: Deputada federal Franciane Bayerdestina R$ 400 mil para novo trecho de pavimentação na Estrada do Coqueiro

Missão de revalidação da UNESCO ao Geoparque Mundial Caminhos dos Cânions do Sul efetuada

Opinião- MAIS LINHAS DE ÔNIBUS PARA AS PRAIAS DO SUL – Coluna do Fausto

Comentáio – Júlio Selle- Povo pacífico, políticos despreocupados!!!!!!Se o povo acordar eles é que não dormiram mais!!!!

 

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Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

 

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Congresso derruba alta do IOF, e Lula tem pior derrota no mandato. Partidos com Ministérios dão dois terços dos 283 votos

O ESP- Congresso derruba tarifaço de Lula, mas aumenta número de deputados

FSP – Congresso impõe derrota ao Governo Lula e derruba decreto que subiu o IOF

ZH –

JORNAL DO COMÉRCIO POA RS – Família que produz azeite no RS aposta em marca de cosméticos a partir das folhas das oliveiras

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O Assunto g1 dia – A tragédia de Juliana Marins no Monte Rinjani

A tragédia de Juliana Marins no Monte Rinjani – O Assunto #1497 | O Assunto | G1

Quase 5 dias depois de ter despencado cerca de 200 metros dentro da cratera de um vulcão na Indonésia, o corpo da jovem brasileira de 26 anos foi resgatado nesta quarta-feira (26). O corpo dela foi encontrado por socorristas voluntários, a 600 metros da trilha que ela fazia rumo ao topo do Monte Rinjani.

A família de Juliana Marins diz que, antes do acidente, ela foi deixada sozinha pelo guia do grupo – o alerta às autoridades foi enviado apenas 5 horas depois. A família de Juliana acusa as autoridades da Indonésia de negligência.

Para explicar as particularidades do monte e apontar possíveis erros que podem ter levado à morte da brasileira, Natuza Nery ouve Carlos Santalena, escalador e guia de expedições. Carlos, que já escalou o Monte Everest quatro vezes e subiu o Rinjani em 2015, relata sobre como é subir o monte em que Juliana estava e fala sobre os sinais de que houve negligência no resgate.

Depois, Natuza ouve Silvio Neto, presidente da Associação Brasileira de Guias de Montanha. Ele fala sobre como deve ser a capacitação de guias para fazer turismo de aventura, o tipo de informação que as pessoas precisam ter para praticar atividades de escalada em segurança.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 161 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 12,4 milhões de visualizações.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Editorial  FM Torres – www.culturalfm.com dia 26 junho

Ladainha da responsabilidade fiscal

Austeridade fiscal é a liturgia neoliberal que sacrifica vidas no altar da dívida. Enquanto os mercados rezam por juros altos, o povo paga a conta com saúde e educação. A justiça tributária? Uma heresia no catecismo do capital

O discurso da austeridade fiscal é um dos mais saturados por eufemismos tecnocráticos e “palavrinhas mágicas”. Elas naturalizam o sacrifício das maiorias em nome de uma suposta responsabilidade.

Abaixo, apresento um texto padrão, com linguagem típica da imprensa ou de Inteligências Artificiais. Depois, contraponho uma versão crítica, taxativa e politicamente situada.

Texto padrão (estilo imprensa/ inteligência artificial) neoliberal

“Ajuste fiscal e sustentabilidade das contas públicas”

“Diante do cenário de crescimento da dívida e limitações orçamentárias, muitos países — incluindo o Brasil — enfrentam o desafio de equilibrar suas contas públicas. Nesse contexto, políticas de austeridade, como a contenção de gastos, são frequentemente adotadas para garantir a sustentabilidade fiscal e preservar a confiança dos investidores.

Especialistas defendem o controle de despesas ser fundamental para evitar desequilíbrios; Eles comprometem o crescimento econômico de longo prazo. Embora haja debate sobre os efeitos sociais dessas medidas, elas são vistas por muitos analistas como necessárias para manter a credibilidade e atrair investimentos.

Ainda assim, é importante buscar formas de preservar os programas sociais essenciais, enquanto se promove uma gestão responsável dos recursos públicos.”

Versão crítica, taxativa e sistêmica (e vista como esquerdista)

“Austeridade fiscal é um projeto de classe”

“O discurso da austeridade — baseado no corte de gastos sociais em vez da taxação dos mais ricos — não é uma necessidade econômica, mas uma escolha política orientada por interesses de classe.

A ideia de o “controle de gastos” ser condição para a “confiança dos investidores” serve como chantagem permanente contra qualquer política de redistribuição. O chamado de “sustentabilidade fiscal” é, na prática, a priorização sistemática do pagamento de juros da dívida pública em detrimento da saúde, educação, moradia e infraestrutura.

Enquanto isso, a tributação sobre lucros, dividendos e grandes fortunas continua simbólica ou inexistente. A carga tributária brasileira segue fortemente regressiva: penaliza o consumo e a renda do trabalho, enquanto preserva os privilégios do capital.

O ajuste fiscal não é neutro: impõe o custo da “responsabilidade” aos de baixo para proteger a rentabilidade dos de cima. Cortar despesas sociais, enquanto se recusa a mexer nas receitas, é uma forma disfarçada de manutenção da desigualdade estrutural.

A saída não passa por mais cortes, mas por uma reforma tributária verdadeiramente progressiva. Ela enfrentará os interesses do topo e reoriente o orçamento para a reprodução da vida — não da dívida.”

Seja à direita, seja à esquerda, os lugares-comuns são contumazes e cansativos. Tampouco são operantes. Afinal, os leitores saltam o já sabido… e não se surpreendem com “mais do mesmo” como a eterna “denúncia do capitalismo”.

A sátira é uma irônica ferramenta pedagógica para desnaturalizar esses discursos hegemônicos. É engraçada uma narrativa satírica em forma de ladainha neoliberal, inspirada no estilo jornalístico econômico em Terrae Brasilis — repleta de “palavrinhas mágicas”, jargões corporativos e abstrações vazias. Eles se repetem como um mantra tecnocrático.

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Ladainha da responsabilidade fiscal: um rosário neoliberal em sete pontos

Em nome do tripé, da âncora e da confiança, amém.

Irmãos e irmãs, é chegada a hora de fazer o dever de casa.

Pois o cenário desafiador exige ajustes estruturais — em nome do ambiente de negócios e da previsibilidade macroeconômica.

O Estado inchado deve ser contido com firmeza e responsabilidade.

Cortar é preciso, sangrar é necessário, pois gastar mais não é solução sustentável.

Afinal, não há almoço grátis — salvo para quem lucra com os juros.

Louvados sejam o teto de gastos e o arcabouço fiscal, instrumentos sagrados capazes de nos livrarem da tentação de investir em gente.

Porque o foco deve estar na eficiência, e a eficiência, como sabemos, mora onde o Estado não chega.

Tributação sobre grandes fortunas?!

Tema complexo, pouco viável, difícil de implementar.

Melhor ampliar a base, modernizar os cadastros… e, acima de tudo, estimular o empreendedorismo.

O rico, afinal, é um herói da meritocracia, não um contribuinte.

O Mercado reagiu bem.

O relatório foi bem recebido.

A agência de avaliação de risco elevou a perspectiva.

E a confiança do investidor, essa entidade mística e exigente, sorriu discretamente diante do novo contingenciamento na saúde.

Persistem, é claro, os desafios sociais.

Mas é importante preservar o compromisso com as reformas.

Avançar na consolidação fiscal, reduzir ineficiências, ajustar o mix de políticas públicas ao novo normal do capital globalizado.

Em nome do primário positivo, do spread controlado e da governança intertemporal da dívida, seguimos na fé da sustentabilidade fiscal de longo prazo.

E oremos para nunca nos faltar a confiança dos mercados, mesmo caso nos falte pão.

Amém

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OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti – DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

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Índice:

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Opinião do dia – Antonio Gramsci*

I.                 Alguns pontos preliminares de referência

Nota III. Se é verdade que toda linguagem contém os elementos de uma concepção do mundo e de uma cultura, será igualmente verdade que, a partir da linguagem de cada um, é possível julgar a maior ou menor complexidade da sua concepção do mundo. Quem fala somente o dialeto ou compreende a língua nacional em graus diversos participa necessariamente de uma intuição do mundo mais ou menos restrita e provinciana, fossilizada, anacrônica em relação às grandes correntes de pensamento que dominam a história mundial. Seus interesses serão restritos, mais ou menos corporativistas ou economicistas, não universais. Se nem sempre é possível aprender outras línguas estrangeiras a fim de colocar-se em contato com vidas culturais diversas, deve-se pelo menos conhecer bem a língua nacional. Uma grande cultura pode traduzir-se na língua de outra grande cultura, isto é, uma grande língua nacional historicamente rica e complexa pode traduzir qualquer outra grande cultura, ou seja, ser uma expressão mundial. Mas, com um dialeto, não é possível fazer a mesma coisa.

*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, v. 1, p.95. 5ª edição – Civilização Brasileira, 2011.

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:24:00 Nenhum comentário:  

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

STF não deve abrir exceção ao julgar artigo do Marco Civil – O Globo – Excluir crimes contra honra da regra que responsabiliza plataformas por conteúdo favorecerá os criminosos

O julgamento sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, já resultou em avanço considerável. A Corte formou maioria para tornar as plataformas digitais corresponsáveis pelo conteúdo que veiculam a partir do momento em que notificadas de violações à lei — e não apenas depois de a Justiça determinar a exclusão desse conteúdo. Sete dos 11 ministros votaram para considerar o artigo inconstitucional no todo ou em parte. Falta, porém, estabelecer de modo objetivo as regras que passarão a vigorar.

Em meio à regulação deficiente — resultado da omissão do Congresso, onde o PL das Redes Sociais não avançou —, as redes sociais se tornaram campo propício ao florescimento de ódio e crimes. Não se pode achar normal que sejam usadas para incentivar automutilação ou suicídio de crianças, articular massacres em escolas, disseminar extremismo ou organizar golpes contra a democracia, entre tantas outras aberrações. É preciso chamar as plataformas à responsabilidade.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:23:00 Nenhum comentário:  

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Nem tudo é culpa do governo – Vera MagalhãesO Globo  - Bolhas consolidadas, ministros acovardados e falhas na comunicação e no trânsito no Congresso aumentam impressão de que tudo de errado é responsabilidade do Executivo

Num momento em que boa parte da sociedade parece ter escolhido viver confinada em câmaras de eco e só dar ouvidos àquilo que lhe parece correto e familiar, pouco se importando com os fatos, o iminente aumento na conta de luz resultante da derrubada de vetos de Lula ao marco das eólicas offshore tem tudo para ser atribuído... ao próprio Lula.

Isso porque explicar tudo nessa história é uma complicação a que nenhum ministro se dedicou até agora. Quais eram as medidas em discussão? O que exatamente Lula vetou? Que encargos abusivos o Congresso resolveu restabelecer (atendendo a que interesses econômicos silenciosos e bem articulados)? E quanto isso custará para o consumidor?

É por essa dificuldade de jogar uma luz sobre suas negociações de bastidores que deputados e senadores nem enrugaram a testa ao espetar a conta bilionária em todos os consumidores, ou seja, em seus próprios eleitores. Afinal, imaginavam que a maré já está tão ruim para os lados do Planalto que essa bomba também estouraria lá, do outro lado da praça.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:17:00 Nenhum comentário:  

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Judiciário está com parafuso solto – Elio GaspariO Globo  -O rei da Inglaterra estava doido, mas degolaram o francês

O paralelo pode parecer exagerado, mas o caso é o seguinte: em 1788, depois de ter perdido as colônias da América do Norte, George III, rei da Inglaterra, ficou maluco.

Um ano depois, deu-se uma revolução na França. Luís XVI foi deposto, preso e guilhotinado. Degolaram também sua mulher e barbarizaram a vida de seu filho, uma criança.

A Revolução aconteceu na França porque lá o andar de cima perdeu a cabeça na defesa de privilégios e honrarias absurdos, pouco se lixando para a defesa das instituições que lhes pareciam sólidas. A cegueira dos franceses foi tamanha que madame Du Barry, namorada do avô de Luís XVI, fugiu para Londres e vivia bem, até que decidiu voltar à França. Presa, foi para a lâmina.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:10:00 Nenhum comentário:  

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Fora da ordem – Bernardo Mello FrancoO Globo  - Ao atacar Irã sem aval da ONU, americano ajuda a demolir o que resta da ordem mundial

Em setembro de 1990, George Bush, o pai, anunciou o início de uma “nova ordem mundial”. A Guerra Fria e a ameaça de hecatombe nuclear haviam ficado para trás. Com o declínio da União Soviética, o caminho estava livre para a hegemonia americana.

Sem rivais à altura, os EUA prometiam fortalecer as Nações Unidas, buscar a paz e liderar pelo exemplo. Na nova ordem, disse o presidente, os fortes respeitariam os fracos e o Estado de Direito prevaleceria sobre a lei da selva. Se o discurso lido no Capitólio chegou a ser levado a sério, foi rasgado de vez por Donald Trump.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:05:00 Nenhum comentário:  

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Trégua de Trump entre Israel e Irã não inclui fim da guerra em Gaza – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense – Conflitos na Ucrânia, na Palestina e a escalada militar entre Tel Aviv e Teerã, com envolvimento dos Estados Unidos, mudaram os paradigmas de defesa contemporâneos

Com proclamações de vitória de todos os envolvidos, inclusive do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a trégua entre Israel e Irã se manteve durante todo o dia de ontem, apesar das acusações mútuas de que, na segunda-feira, houve violações de parte a parte. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e o comandante das Forças de Defesa de Israel (IDF), general Eyal Zamir, reconheceram publicamente o acordo imposto pela Casa Branca, depois de um alerta de Trump contra novos ataques de Israel contra o Irã, que ameaçava revidar com novos mísseis e drones. A trégua não incluiu, porém, as operações de Israel em Gaza, que massacram a população civil, ao combater o Hamas. Os palestinos estão órfãos.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:55:00 Nenhum comentário:  

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“Imortalidades” do Giannetti – Cristovam Buarque* - Correio Braziliense   - Costumamos dizer que, no parto, a mãe “dá à luz” ao filho, mais exato seria dizer que ela “dá o tempo”, seu primeiro minuto: a luz conquistamos ao longo da vida — sempre em busca de não morrer cedo e de transcender à morte

A história do pensamento mostra que os intelectuais brasileiros se dedicam aos problemas do Brasil, enquanto os europeus abordam grandes temas da humanidade. De tempos em tempos, surgem exceções, como Eduardo Giannetti, que eleva nossa contribuição ao debate universal. Em suas obras, já ofereceu reflexões sobre felicidade, ética e racionalidade. Agora, com o livro Imortalidades, Giannetti une beleza literária à sólida base da história do pensamento e da reflexão filosófica, para tratar de assunto essencial à condição humana: a ideia de que a vida possa transcender sua curta duração biológica.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:49:00 Nenhum comentário:  

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A hora do ouro – Fábio AlvesO Estado de S. Paulo  - Em meio ao aumento na demanda, preço do metal caminha para nova alta nas próximas semanas

O ouro caminha para ameaçar a posição do dólar como o grande refúgio dos investidores em busca de proteção a um ambiente global de aguda incerteza, especialmente diante da escalada do conflito no Oriente Médio, após os Estados Unidos se juntarem a Israel com ataques militares contra o Irã. Não há quem descarte novo recorde de alta no preço do metal ao longo das próximas semanas caso a turbulência geopolítica aumente.

Esse movimento não reflete apenas as características do ouro como um ativo de reserva de valor ou de proteção à inflação, mas é também uma história de corrosão do dólar e de outras moedas fortes, a exemplo do iene e até do euro, como refúgio para momentos de crise ou de grande instabilidade dos mercados globais.

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O desabafo de Freire Gomes para Toffoli – Vera Rosa  - O Estado de S. Paulo – Comandante disse, em 2022, que Moraes extrapolava funções e ministro revidou: ‘Código do Marechal’

Em agosto de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli e o então procurador-geral da República, Augusto Aras, foram convidados para uma reunião reservada com os comandantes militares na casa do chefe da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, em Brasília. Havia no ambiente a preocupação de que as tropas fugissem do controle se Jair Bolsonaro perdesse as eleições.

Mais do que isso, um sentimento parecia prevalecer na cúpula militar, às vésperas do 7 de Setembro: a irritação com o ministro Alexandre de Moraes, que acabara de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O general Freire Gomes, à época comandante do Exército e hoje testemunha da Procuradoria-Geral da República na ação da trama golpista, estava exasperado. Dizia que Moraes usurpara suas funções ao chamar os 27 comandantes das polícias militares para discutir a segurança das eleições. Queria providências.

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Baixo compromisso com o centro da meta – Nilson Teixeira  - Valor Econômico  -A sinalização dada pelo Copom de interrupção do ciclo de alta da Selic é prematura, pois diversos fatores ainda justificariam a manutenção do aperto monetário

O Copom elevou a taxa Selic em 25 pontos-base para 15% na sua reunião de 18 de junho, seu maior valor desde meados de 2006. Mesmo sendo contrária à expectativa da maioria dos participantes de mercado, a decisão foi acertada. O comunicado e a ata sinalizaram, porém, a provável interrupção do aperto monetário em julho, mantendo os juros estáveis por “período bastante prolongado” para avaliar se o nível atual assegura a convergência da inflação à meta.

Essa previsão de interrupção é prematura, pois diversos fatores ainda justificariam a manutenção do aperto monetário:

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Guerra no Irã gera desafio adicional para a cúpula do Brics – Fernando ExmanValor Econômico – Desafio da diplomacia brasileira será viabilizar a construção de um comunicado final que atenda a Irã, China e Rússia e, ao mesmo tempo, contemple aliados regionais dos EUA

Era madrugada de 17 de maio de 2010 em Teerã quando a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva irrompeu pela porta do saguão do hotel e, ignorando a imprensa, entrou apressada no elevador. As perguntas sobre o resultado das negociações sobre o programa nuclear iraniano ficaram para trás, sem respostas. Enquanto aceleravam os passos, as autoridades brasileiras se limitaram a dizer que era preciso aguardar a manhã seguinte para saber das novidades, quando os presidentes deveriam se pronunciar oficialmente.

Vivia-se uma época de grande projeção de Lula na cena global. O Brasil colocara a conquista de uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas como prioridade da política externa e, naquele momento, crescia a inquietação da comunidade internacional com o avanço do programa nuclear iraniano.

A despeito da desconfiança de outros líderes ocidentais, para quem a iniciativa apenas faria o Irã ganhar tempo para atingir seus objetivos não-pacíficos, Lula decidiu aproveitar sua interlocução com as autoridades de Teerã para tentar mediar um acordo histórico. E de fato a expectativa naquela madrugada havia crescido, sobretudo devido à informação de que o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, também decidira de última hora se deslocar até o Irã para se reunir com os demais líderes naquela reta final das tratativas. Especulava-se que ele não viajaria se não houvesse um bom motivo, ou seja, um anúncio positivo a fazer.

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O STF e a questão existencial do Congresso – Lu Aiko OttaValor Econômico  - Debate sobre impositividade das emendas ao Orçamento é uma discussão sobre quem dá as cartas na capital federal

Está marcada para a próxima sexta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma audiência pública sobre um tema que está na raiz mais profunda do mau humor do Congresso Nacional em relação ao Executivo: se a impositividade das emendas ao Orçamento está ou não de acordo com a Constituição.

Sob um ângulo específico, é uma discussão sobre quem dá as cartas na capital federal.

Até 2015, deputados e senadores tinham uma cota na casa dos R$ 5 milhões para propor emendas individuais ao Orçamento. Eles conseguiam, dessa forma, direcionar recursos federais para obras e serviços que consideravam importantes para suas bases eleitorais.

Se essas obras ou serviços seriam executados, era outra conversa. Dependeria da disponibilidade do caixa, das prioridades de cada ministério, da chamada vontade política. Daí porque se tornou frequente parlamentares dizerem, na virada do século, que o Orçamento era uma peça de ficção. Porque a emenda estava lá, mas aquilo não queria dizer muita coisa em termos de realização. Podia nunca sair do papel.

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Entidades de saúde respondem por R$ 34 bi de dívidas com a União, diz Haddad  - Por Renan Truffi e Ruan Amorim / Valor Econômico   - A principal novidade do programa é que o governo vai permitir que as empresas com dívidas façam o abatimento de seus débitos junto à União a partir da oferta de serviços de saúde para o público do SUS

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o programa “Agora Tem Especialistas” foi criado porque, muitas vezes, a União não consegue cobrar as dívidas de hospitais privados e instituições de saúde filantrópicas. Segundo o chefe da equipe econômica, “quase todas as instituições de saúde” têm hoje uma dívida com o governo federal. Segundo o ministro, a União teria R$ 34 bilhões para receber de empresas privadas da área da saúde.

“As entidades de saúde respondem por R$ 34 bilhões de dívidas. Quase todas as instituições têm uma dívida. No âmbito desse programa, a transação abre a possibilidade dessas entidades oferecerem um serviço em troca de compensação”, explicou o ministro da Fazenda.

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Desequilíbrios globais importam – Martin Wolf*    Valor Econômico    Se os EUA quiserem acelerar um debate mundial sobre os desequilíbrios por meio uma intervenção de política econômica, a mais óbvia não seria aplicar tarifas, mas sim um imposto sobre os fluxos de capital

Ninguém tem como saber o rumo futuro da nova guerra no Oriente Médio nem seus possíveis efeitos econômicos. Escrevi o que pude a respeito em um artigo intitulado “As consequências econômicas da guerra”, em 31 de outubro de 2023. A grande questão, argumentei, era se a conflagração se estenderia à produção e ao transporte de petróleo proveniente da região do Golfo Pérsico. A região abriga 48% das reservas mundiais comprovadas e produziu 33% do petróleo mundial em 2022. Também tem um gargalo para as exportações no Estreito de Ormuz. Essas realidades continuam existindo. A questão agora, em grande medida, gira em torno a Donald Trump: será que ele sabe como acabar com esta guerra?

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A doutrina Trump e uso da força – Vinicius Torres Freire  -- Folha de S. Paulo – Vance, vice-presidente dos EUA, diz que se forma uma diretriz trumpista de política externa

O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, tuitou que vai sendo criada uma “Doutrina Trump”. O bombardeio do Irã seria um exemplo prático dessa diretriz.

“Estamos vendo o desenvolvimento de uma doutrina de política externa que vai mudar o país (e o mundo) para melhor: 1) defina claramente o interesse americano; 2) negocie de modo agressivo para garantir o seu interesse; 3) use força esmagadora quando necessário”.

O fato de Trump ser ególatra, ignorante e “transacional” (negocista, no caso) tanto determina quando dificulta o entendimento das ações de seu governo, que não brotam apenas dos seus sentimentos de autopreservação e do que seria o interesse americano

Trump também é levado por correntes ideológicas ou de ideias acadêmicas e da burocracia estatal. Pelo interesse econômico grosso ou pela reação da elite econômica (vide o recuo nas “tarifas”). Pela política que lidera e o impulsiona, o MAGA e os Republicanos

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A ilusão da regulação digital – Wilson Gomes*  Folha de S. Paulo   A crença de que novas leis resolverão os males da internet só pode gerar expectativas sociais impossíveis e frustração

Algumas coisas me preocupam nas disseminadas reivindicações de regulação do universo digital. Digo “universo digital” na falta de expressão melhor para abarcar tudo o que costuma ser fragmentado: redes sociais, plataformas, big techs, algoritmos, fake news e, até, “a internet”.

A própria imprecisão na designação do objeto a ser regulado já indica a confusão em torno de uma demanda apresentada com senso de urgência e até de “já passou da hora”.

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Parlamentares não vieram de Marte – Hélio Schwartsman  Folha de S. Paulo   - Congresso é ruim, mas foram os eleitores que escolheram os deputados e senadores que aí estão

Como qualquer ser humano normal, acho que o Congresso brasileiro é, em termos qualitativos, uma porcaria. E ainda acredito na profecia atribuída a Ulysses Guimarães, segundo a qual quem considera ruim a atual composição do Parlamento deve esperar pela próxima, porque ela será com certeza ainda pior.

Isso posto, é preciso reconhecer que nenhum de nossos senadores e deputados é um produto extraviado de Marte que caiu em Brasília. Todos eles foram eleitos pela população. No caso da Câmara, por um método de votação que, embora não sem problemas, pode ser descrito como um dos mais democráticos do mundo.

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Em busca do tempo perdido – Dora Kramer  - Folha de S. Paulo   - A partir de agora, qualquer gesto do governo e da oposição será visto sob a ótica da disputa de 2026

Perdido o primeiro semestre com escaramuças entre os três Poderes, avizinha-se a segunda metade do ano sem boas perspectivas de que a situação se altere.

A campanha que oficialmente dura 45 dias a partir do início da propaganda em rádio e televisão no ano eleitoral, desta vez já está em andamento e só tende a ganhar velocidade daqui em diante.

Qualquer gesto vindo dos campos do governo ou da oposição —e até mesmo do Judiciário— será visto e julgado sob a ótica da disputa política.

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Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada – O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração – novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão – voluntariamente ou não – ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil – Lucianne CarneiroValor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM  dia 25 junho – 4ª. Virtuosa

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

Sol o dia todo sem nuvens no céu. Noite de tempo aberto ainda sem nuvens. Temperatura entre  8° /17°

Onda de frio atinge pico nesta quarta e mínima pode chegar a 5°C em SP; veja capitais mais geladas

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Brasileira que caiu na Indonésia é achada morta. Críticas ao Governo da Indonéia são absolutamente corretas, mas o Governo brasileiro, preocupado com a guerra no Oriente Médio, não se deu conta da importância pública do caso.

INFOGRÁFICO g1: como foi a queda de brasileira achada morta em vulcão na Indonésia. Juliana Marins caiu durante uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani no sábado (21).


Em 5 anos, trilhas de vulcão onde brasileira caiu registraram 180 acidentes e 8 mortes, segundo o governo da Indonésia

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A mensagem de Francisco

O QUE VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Flavio W. Aguiar – A Europa diante da crise. ESPAÇO PLURAL - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -ESPAÇO PLURAL - https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo -

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Israel e Irã aderem à cessar-fogo e adotam narrativa de vitória. Dimensão da destruição de plano nuclear iraniano é incerta

O ESP- Hospital privado poderá trocar até 50% de    dívida com União se atender pelo SUS. Governo Lula procura criar “marca” na saúde

FSP – Guerra Israel Irã arrefece; relatório sobre instalações iranianas contradiz Trump- Ação dos Estados Unidos apenas atrasou plano nuclear.

ZH – Sob pressão de Trump Israel e Irã aderem a cessar -fogo e prometem encerrar  ataques. Ambos declararam vitória

https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts

JORNAL DO COMÉRCIO POA/RS - Cachoeirinha receberá investimento de R$ 1 bilhão em fábrica de semicondutores

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O Assunto g1 dia - A tentativa de golpe e suas versões –

A tentativa de golpe e suas versões - O Assunto #1496 | O Assunto | G1

Nesta terça-feira (24), Mauro Cid e Braga Netto se sentaram cara a cara em uma sala do Supremo Tribunal Federal. Réus no processo sobre a tentativa de golpe de Estado, o ex-ajudante de ordens e o ex-ministro da Defesa e Casa Civil de Jair Bolsonaro deram suas versões sobre uma mesma acusação: uma reunião conspiratória na casa de Braga Netto e uma quantia que teria financiado a organização criminosa golpista. Ao serem confrontados, ambos mantiveram seus depoimentos anteriores.

Depois deles, foi a vez do ex-ministro Anderson Torres se sentar frente a frente com o ex-comandante do Exército Freire Gomes, testemunha no caso. Neste episódio, Natuza Nery recebe Fernando Abrucio para explicar como a acareação mexe com o processo.

Professor da FGV, comentarista da GloboNews e colunista do jornal Valor Econômico, Abrucio relembra o papel de Mauro Cid, Braga Netto e de Anderson Torres na trama golpista e analisa as versões apresentadas pelos réus. Ele avalia ainda como o entorno dos réus e do ex-presidente se movimentam para impedir ou reverter uma provável condenação no Supremo.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

 

Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast discute acareação de Cid e Braga Netto - Folha - 25/06/2025 - Podcasts - Folha

Podcast: a acareação de Cid e Braga Netto e o confronto de versões na trama golpista. Militares mantiveram relatos conflitantes; delação premiada de ex-ajudante de ordens é alvo de debates

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INTERNACIONAIS

irã e Israel desrespeitaram o cessar-fogo de Donald Trump e, depois de doze dias de bombardeios, os dois países se declararam vitoriosos.

A Europa finalmente acordou militarmente, diz chefe da UE em cúpula para debater Irã e Rússia - Cúpula da Otan tem anúncio de expansão nos gastos de países-membros da aliança com Defesa para um mínimo de 5% do PIB, e falas sobre rearmamento diante da ameaça representada pela Rússia.


De olho em Ucrânia e Irã, Otan anuncia expansão de gastos e investimentos em defesa aérea e tanques de guerra.
Agora, países-membros da aliança militar terão que gastar um mínimo de 5% do PIB, segundo secretário-geral, Mark Rutte. Despesas com defesa aérea quintuplicarão em reação ao 'terror mortal' de bombardeios russos na Ucrânia. Conflito direto entre Israel e Irã também foi tema da cúpula.

Bolsista, aluna brasileira tem a nota mais alta entre os formandos da Universidade de Harvard em 2025. Sarah Aguiar Monteiro Borges é uma das vencedoras do Sophia Freund Prize 2025, concedido apenas a estudantes que alcançam o mais alto desempenho acadêmico da turma.

PCC é mapeado em 28 países, se infiltra em presídios no exterior para recrutar novos membros e expande tráfico de drogas e armas. Mapeamento obtido com exclusividade pela GloboNews e g1 mostra que facção criminosa se instalou em pelo menos quatro continentes para cometer crimes transnacionais, como lavagem de dinheiro. O relatório tem sido apresentado a embaixadas e consultados fora do país para cooperação internacional no combate a crimes transnacionais.

 

 

Jamil Chade

Paulo Figueiredo, neto do último ditador brasileiro João Baptista Figueiredo, foi ironizado por um dos principais expoentes da defesa dos direitos humanos na Câmara dos Deputados dos EUA nesta terça-feira, em Washington.

O bolsonarista esteve na Comissão de Direitos Humanos do Congresso americano, repetindo as mentiras sobre a existência de uma suposta ditadura no Brasil.

Se congressistas republicanos aliados ao movimento de extrema direita americana lhe dão atenção, a realidade foi bem diferente quando chegou a vez do deputado democrata Jim McGovern tomar a palavra, nesta terça-feira.

“Fico feliz que você (Figueiredo) se sinta seguro como jornalista nos EUA. Não tenho certeza se me sinto seguro como político nos EUA, mas essa é a realidade”, disse o co-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, arrancando risadas da sala e rebatendo uma fala do brasileiro que fazia supostas denúncias de repressão no Brasil.

Neste momento, o neto do ex-presidente brasileiro interrompeu o deputado e questionou se existia algum político americano preso.

“Um senador foi levado ao chão e algemado. E tivemos assassinatos políticos”, rebateu o deputado, imediatamente.

McGovern se referia ao senador democrata Alex Padilla, da Califórnia. Na semana passada, ao tentar fazer uma pergunta para uma secretária do governo Trump, o senador foi algemado e jogado ao chão. O caso gerou uma onda de indignação na classe política americana.

Já o assassinato mencionado se referia à senador estadual de Minnesota, Melissa Hortman. O autor dos disparos tinha uma lista de alvos a serem atingidos e a polícia temia que ele também estivesse interessado em causar mortes entre os manifestantes contra Trump.

Figueiredo tentou ser irônico, convidando o deputado americano a ir ao Brasil “e tentar”. “Estou tentando salvar a nossa democracia”, rebateu McGovern, encerrando o diálogo com o neto do ditador.

Leia coluna completa no link no stories

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NACIONAIS

Imagens de satélite registraram cicatrizes de fogo e revelaram um recorde na destruição da Amazônia e da Mata Atlântica no ano passado. No Rio Grande do Sul, milhares de desalojados pelos alagamentos enfrentam o frio. O governo propôs um calendário para devolver o dinheiro descontado ilegalmente de aposentados e pensionistas. Numa entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, o príncipe William, da Inglaterra, explicou porque o Brasil sediará um dos prêmios de sustentabilidade mais importantes do mundo. A ação penal que investiga a tentativa de golpe teve acareações no STF. Veja também os gols e os confrontos da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti  - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice:

terça-feira, 24 de junho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Brasil decepciona com avanço lento do ensino  -  O Globo          -Dados frustrantes do IBGE traduzem incapacidade crônica de o país alcançar educação de qualidade

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:27:00 Nenhum comentário:  

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Temos um Congresso disfuncional, diz Sérgio Abranches  Joelmir Tavares / Valor Econômico    Cientista político vê 'enrascada de governabilidade' que não ficará restrita a Lula

A seguir, os principais trechos:

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O futuro assusta Bolsonaro - Merval Pereira   - O Globo   - Os ventos eleitorais parecem favorecer o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que uniria a liderança política da centro-direita ao apoio dos radicais do bolsonarismo

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É urgente cortar privilégios - Carlos Minc* - O Globo  Mazelas decorrem do poder de corporações poderosas, públicas e privadas, que enriquecem à custa do contribuinte

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:59:00 Nenhum comentário:  

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O estreito que a economia teme - Míriam Leitão  - O Globo  - O fechamento do Estreito de Ormuz, pelo qual passam 20% de todo o petróleo do mundo, parece algo que o governo do Irã ameaça, porém teme realizar  CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:49:00 Nenhum comentário:  

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IA militar dos EUA é preocupante - Pedro Doria  - O Globo  - Esse é um governo que viola regras não escritas, ignora decisões judiciais e não parece muito preocupado com liberdades civis   CONTINUAR LEITURA

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXIImpasse do IOF dá pistas do ajuste de 2027 - Christopher Garman*  Valor Econômico  O intenso debate atual sobre a necessidade de reformas nos gastos públicos é um sinal positivo para 2027

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O mundo ficou mais perigoso com entrada de Trump na guerra com o Irã - Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense  = De todos os personagens envolvidos nos conflitos do Oriente Médio, o grande vitorioso é Netanyahu. Por ironia, pode ser preso quando a guerra acabar.

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Por que o Brics não pode brincar com o poderoso dólar - Pedro Cafardo  Valor Econômico

Com Trump ou qualquer outro presidente, porém, os EUA não abrirão mão tão facilmente de suas poderosas e confortáveis regalias globais    CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:27:00 Nenhum comentário:  

As chances de o cessar-fogo prosperar no Irã - Maria Cristina Fernandes   Valor Econômico

Cotação do petróleo caiu para abaixo dos US$ 70 e ficou claro que o conflito seria contido

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Hora da verdade - Rubens Barbosa*   O Estado de S. Paulo    Os que defendem uma posição equidistante dos radicalismos ideológicos da esquerda e da direita têm uma palavra a oferecer no cenário político nacional   CONTINUAR LEITURA

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O novo desafio de Lula - Eliane Cantanhêde   O Estado de S. Paulo   Com líderes de Irã, Rússia e China no Rio, para a cúpula dos Brics, o risco é o Brasil se meter onde não deve

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O scotch junino de Hugo Motta - Carlos Andreazza  = O Estado de S. Paulo

Não sei quantas vezes li e escrevi sobre a paralisia de Brasília em 2025. Paralisia de Brasília – a partir do Congresso. Paralisada a atividade parlamentar; não as gestões dos parlamentares. E assim vamos – sob o São João estendido – até meados de julho.

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Carl Schmitt x Aristóteles - Joel Pinheiro da Fonseca   Folha de S. Paulo   Preferimos atacar e expor contradições a se engajar em um debate construtivo

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Às favas a maioria- Dora Kramer   Folha de S. Paulo   Indiferente à opinião pública, parlamentares apoiam duas propostas rejeitadas em pesquisas   CONTINUAR LEITURA

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Ação dos EUA contra Irã amplia incertezas - Hélio Schwartsman  - Folha de S. Paulo  - Entrada de americanos no conflito dificulta saída diplomática; mudança de regime em Teerã pode dar lugar a caos ou endurecimento

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Os novos reizinhos do Brasil - Alvaro Costa e Silva  - Folha de S. Paulo  É mais um projeto que passa por cima da lei para defender grupos específicos   CONTINUAR LEITURA

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Da sala de aula para um gabinete ministerial - Aylê -Salassié Filgueiras Quintão*

O que são políticas públicas? CONTINUAR LEITURA

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A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Assista ou ouça nosso canal de entrevistas

ladainha da responsabilidade fiscal  = Por FERNANDO NOGUEIRA DA COSTA: Austeridade fiscal é a liturgia neoliberal que sacrifica vidas no altar da dívida. Enquanto os mercados rezam por juros altos, o povo paga a conta com saúde e educação. A justiça tributária? Uma heresia no catecismo do capital

 

sobre o ofício da crítica - Por EDGARD PEREIRA: Além de avaliar, a crítica literária é um mergulho profundo na essência da obra, guiado pela ética e pela vocação. Um convite à compreensão que transcende o nacionalismo, resgata vozes esquecidas e oxigena o cânone, revelando a força e o valor intrínseco do texto

Uma guerra imprevisível  = Por VALERIO ARCARY: A guerra contra o Irã revela a ilusão da invencibilidade: mesmo nações poderosas aprendem, tarde demais, que a soberania não se destrói com bombas, mas se fortalece na resistência de um povo. A história julgará não apenas os vencedores, mas os que calaram quando era preciso falar

Transformação digital em um mundo polarizado- Por IVAN DA COSTA MARQUES, LUCAS BUOSI, FABRÍCIO NEVES & CAROLINE PEREIRA: A verdadeira soberania digital exigirá não apenas infraestrutura, mas também a capacidade de negociar em um tabuleiro global onde tecnologia e poder são indivisíveis

Green card entre EUA e China - Por MARIANA LINS COSTA: Elon Musk é o bilionário da anomalia que redefine a disputa entre EUA e China

A paz esteja convosco, Palestina! - Por SAMUEL KILSZTAJN: Embora o mundo não esteja muito interessado nos palestinos, o Estado de Israel está sim interessado em alastrar o confronto com os palestinos para uma guerra regional que corre o risco de se transformar em uma guerra mundial

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RIO GRANDE DO SUL – POA

JORNAL MATINAL POA -RS – Dia 25 junho

Há muitas maneiras de se medir o impacto do jornalismo, e uma delas é acompanhar o que fazem governos em resposta a reportagens de denúncia. Nos últimos três meses, temos dois exemplos do impacto que matérias da Matinal geraram na gestão Eduardo Leite.

Essas reportagens só puderam ser produzidas porque somos financiados majoritariamente por leitores e leitoras,  o que garante a nossa independência. Apoie a Matinal também!

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No dia 2 de junho, uma matéria de Sílvia Lisboa denunciou que a Secretaria Estadual de Saúde estava sem repassar verbas liberadas pelo governo federal, em 2024, a ONGs que atuam na prevenção e no tratamento da aids. O texto também mostrava que, há nove anos, o governo não repassa verba a despeito da epidemia em curso – para ser considerada uma epidemia, a prevalência de HIV deve ultrapassar 1% e, na Grande Porto Alegre, o índice é de 1,64%.

 

Quinze dias depois da publicação da denúncia, em 17 de junho, o governo estadual lançou um edital para apoiar, com até 1,65 milhão de reais, projetos de promoção à saúde e prevenção do HIV, aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

 

Outro exemplo que sugere que a gestão Eduardo Leite nos lê e reage às nossas denúncias é mais uma reportagem de Sílvia Lisboa, publicada no dia 17 de abril. A matéria mostrou que 6,5 bilhões de reais liberados pelo governo federal para proteção contra cheias estavam disponíveis para o governo estadual desde dezembro de 2024, mas estavam parados porque o governo estadual era o responsável pela elaboração dos projetos e licitações, mas não havia apresentado soluções.

 

Logo após a nossa denúncia, o governador Eduardo Leite (PSDB) enviou um ofício pedindo a liberação imediata de 3 bilhões de reais. A informação foi publicada em 18 de abril, na coluna da jornalista Rosane de Oliveira, em GZH. Na coluna, porém, Leite afirma que não havia pedido os recursos porque aguardava as diretrizes para aplicação das verbas. Em nota, publicada em 23 de abril, a Casa Civil desmentiu o governador. Segundo a pasta, o governo do RS não enviou, junto ao ofício de pedido de recursos, nenhum projeto para licitação de reforma e melhorias, etapa imprescindível para a liberação dos recursos.

 

O nosso jornalismo gera impactos reais para a população de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. No entanto, o jornalismo investigativo depende de investimento. Por isso, o seu apoio é fundamental para que sigamos fiscalizando o poder e cobrindo a transparência na gestão pública.

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TORRES E REGIÃO - afolhatorres.com.br

GOTA D’ÁGUA OU FOGO AMIGO? – Coluna do Fausto

Obra da Casa de Cultura de Três Cachoeiras está avançando

Convênio Mata Atlântica: Mais autonomia para Arroio do Sal nos processos de licenciamento ambiental

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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Editorial  FM Torres – www.culturalfm.com  - Dia 25 junho 25

Kadesh de novo: 1274AC e 2025

A região é, mais ou menos a mesma, os povos e nações que a habitam, rivais, o confronto, armado, igualmente destruidor. Depois da batalha, seus respectivos governos se declaram vencedores. O mundo gira e tudo parece se repetir eternamente...Em 1274 AC, egípcios e hititas se engalfinharam na famosa Batalha de Kadesh. Desgastados, sem nenhum vencedor, voltaram pra casa e registraram a vitória.  Mentira. Em 2025, Israel ataca o Irã, engalfinham-se, ambos são forçados por uma terceira potência a suspenderem os ataques e repetem a dose da Kadesh: Declaram-se, ambos vencedores. Discutível. (Cessar fogo foi DECRETADO por Trump, sobretudo sobre NETANYAHU, o qual procura, então, dizer que os objetivos de ISRAEL foram cumpridos. Não foram. Nem está excluída a continuidade do programa nuclear do Iran, nem caiu seu regime. Tudo Frágil. Muito frágil, apesar das proclamações "condoreiras" do Presidente americano).

A dita Batalha de Kadesh ocorreu entre o Egito, sob a égide de Ramessés II, e o Império Hitita, comandado por Muatal II, às margens do rio Orontes, junto à cidade-fortaleza de Cades (localizada na moderna Síria)1Batalha de Kadesh, envolvendo os exércitos egípcios e hititas, ocorreu por volta do ano de 1274 a.C. Dezesseis anos depois, por inédita e suposta ação da esposa de Ramsés II, Nefertari, ambos firmaram o que teria sido o primeiro Tratado de Paz conhecido no mundo  =https://www.bing.com/videos/riverview/relatedvideo?q=o+primeiro+tratado+de+paz+no+mundo+sobre+KADESH&mid=35C9F657C68B43CA4C4C35C9F657C68B43CA4C4C&mmscn=stvo&FORM=VIRE . “Um exemplar completo do tratado, atualmente em exposição no Museu Arqueológico de Istambul, foi descoberto em escavações arqueológicas nos grandes arquivos do palácio real da capital hitita, Hatusa.[8] Os escribas que escreveram a versão egípcia do tratado que se encontra gravada nas paredes do templo mortuário de Ramessés II em Tebas, no Egito (atual Luxor), incluíram descrições de figuras e selos que constavam da tabuleta de prata hitita.”-  

"O sucessor de Mutawalli, Hatussili III, entrou em acordo com Ramsés no que dizia respeito aos direitos dos refugiados de ambos os lados em conflito, bem como na criação de um pacto de não agressão cumprido por egípcios e hititas. Hatussili III ofereceu ainda a Ramsés II sua filha para que o faraó se casasse com ela." - https://brasilescola.uol.com.br/guerras/batalha-kadesh-egipcios-versus-hititas.htm

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti  - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice:

terça-feira, 24 de junho de 2025

Opinião do dia – Antonio Gramsci* - I. Alguns pontos preliminares de referência

Nota II. Não se pode separar a filosofia da história da filosofia, nem a cultura da história da cultura. No sentido mais imediato e determinado, não se pode ser filósofo — isto é, ter uma concepção do mundo criticamente coerente — sem a consciência da própria historicidade, da fase de desenvolvimento por ela representada e do fato de que ela está em contradição com outras concepções ou com elementos de outras concepções. A própria concepção do mundo responde a determinados problemas colocados pela realidade, que são bem deter minados e “originais” em sua atualidade. Como é possível pensar o presente, e um presente bem determinado, com um pensamento elaborado em face de problemas de um passado frequentemente bastante remoto e superado? Se isto ocorre, significa que somos “anacrônicos” em face da época em que vivemos, que somos fósseis e não seres que vivem de modo moderno. Ou, pelo menos, que somos bizarra mente “compósitos”. E ocorre, de fato, que grupos sociais que, em determinados aspectos, exprimem a mais desenvolvida modernidade, em outros manifestam-se atrasados com relação à sua posição social, sendo, portanto, incapazes de completa autonomia histórica.

*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, v. 1, p.94-5. 5ª edição – Civilização Brasileira, 2011.

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Brasil decepciona com avanço lento do ensino  -  O Globo          -Dados frustrantes do IBGE traduzem incapacidade crônica de o país alcançar educação de qualidade

São frustrantes os dados revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Educação de 2024, divulgada pelo IBGE. Mais uma vez, o Brasil se mostra incapaz de elevar a escolaridade da população até as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014. Embora tenha havido progresso nas taxas de analfabetismo e no total de anos de estudo, o país continua distante de onde deveria estar. É certo que a pandemia provocou um choque com impacto nefasto. Mesmo assim, houve tempo suficiente para ajustar políticas e criar programas mais eficazes. Prova de que faltou determinação foi o atraso na reforma do ensino médio, que só agora entrou em vigor.

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Temos um Congresso disfuncional, diz Sérgio Abranches  Joelmir Tavares / Valor Econômico    Cientista político vê 'enrascada de governabilidade' que não ficará restrita a Lula

O Brasil “está numa enrascada de governabilidade”, que vai além das deficiências do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avalia o cientista político e sociólogo Sérgio Abranches. Em 1988, ele criou o conceito de “presidencialismo de coalizão” para descrever o modelo brasileiro em que a Presidência da República monta aliança ampla no Congresso para avançar sua agenda.

Em entrevista ao Valor, Abranches avalia que o Legislativo esvaziou funções do Executivo, com a disparada no valor de emendas parlamentares. Além disso, deixou de “pensar no coletivo” para se ocupar de interesses próprios e da busca por reeleição de seus membros. “Com esse tipo de Congresso, nenhuma reforma estrutural vai acontecer”, afirma.

A seguir, os principais trechos:

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O futuro assusta Bolsonaro - Merval Pereira   - O Globo   - Os ventos eleitorais parecem favorecer o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que uniria a liderança política da centro-direita ao apoio dos radicais do bolsonarismo

Ao insinuar que o candidato à Presidência escolhido por seu pai deverá se comprometer a atuar até com “uso da força” para que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite o indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro demonstra claramente que não entende o quadro político que está desenhado. Em primeiro lugar, o que o ex-presidente tem de fazer é uma chapa capaz de vencer a eleição do ano que vem, sem a qual o indulto não virá.

Esse candidato, em vez de ser um cão raivoso que saia ameaçando todo mundo, terá de ser um político habilidoso que amplie o alcance eleitoral da direita brasileira, assim como Lula em 2022 ampliou a esquerda para derrotar Bolsonaro. O fato de o atual presidente não ter cumprido na prática seus compromissos com um governo de união nacional não significa que estivesse errado em sua postura na campanha. Ao contrário, mostra apenas que Lula e seu PT não cumprem os acordos e estão acostumados a usar seus aliados em manobras políticas rasteiras para se manter no poder.

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É urgente cortar privilégios - Carlos Minc* - O Globo  Mazelas decorrem do poder de corporações poderosas, públicas e privadas, que enriquecem à custa do contribuinte

A necessidade de ajuste fiscal escancarada com a tensão entre o Congresso e o governo em razão do aumento do IOF gerou uma oportunidade inusitada de diminuir subsídios e isenções tributárias injustificáveis e de fazer uma efetiva reforma administrativa, que aumente a eficiência do serviço público e limite gastos estruturais.

Essas mazelas decorrem do poder de corporações poderosas, públicas e privadas, que conseguem — pela via de privilégios legais explícitos ou pela manipulação da lei — enriquecer à custa do contribuinte. No setor privado, urge que quaisquer benefícios tributários, financeiros e creditícios, hoje na casa de centenas de bilhões de reais, sejam limitados em valor e criteriosamente acompanhados de estudo que demonstre o retorno econômico e social da medida e a racionalidade de sua concessão.

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O estreito que a economia teme - Míriam Leitão  - O Globo  - O fechamento do Estreito de Ormuz, pelo qual passam 20% de todo o petróleo do mundo, parece algo que o governo do Irã ameaça, porém teme realizar

A última carta que o Irã vai usar nesse conflito será o fechamento do Estreito de Ormuz, acredita o professor da USP Feliciano Guimarães. Portanto, o temor sob o qual a economia amanheceu ontem, pode não acontecer. “É uma ficha de barganha de ultrassensibilidade que, se usada, abre um espaço para uma retaliação tão grande dos Estados Unidos, dos países europeus e dos países árabes, que o risco é muito alto. Acho mesmo improvável”. O presidente Donald Trump anunciou um cessar-fogo, não confirmado por nenhum dos dois países.

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IA militar dos EUA é preocupante - Pedro Doria  - O Globo  - Esse é um governo que viola regras não escritas, ignora decisões judiciais e não parece muito preocupado com liberdades civis

Na semana passada, a OpenAI assinou seu primeiro grande contrato com o governo americano. É um contrato de desenvolvimento de modelos avançados de inteligência artificial para o Departamento de Defesa com teto fixado em US$ 200 milhões. Na madrugada entre sábado e domingo, os Estados Unidos usaram a bomba mais potente de seu arsenal, excluindo as nucleares. Não foi uma, foram 14. Fizeram um ataque que George W. Bush, Barack Obama e Joe Biden poderiam ter feito, tiveram a possibilidade de fazer, as razões para fazer e que, no fim, não fizeram. Uma notícia parece não ter nada a ver com a outra. Mas tem.

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XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXIImpasse do IOF dá pistas do ajuste de 2027 - Christopher Garman*  Valor Econômico  O intenso debate atual sobre a necessidade de reformas nos gastos públicos é um sinal positivo para 2027

O governo enfrenta um impasse em suas contas fiscais. Diante da falta de receitas para cumprir as metas estabelecidas, anunciou um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que gerou uma onda de críticas tanto do setor privado quanto do Congresso. A reação levou o governo a recuar e, após negociações com as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, foi anunciada a Medida Provisória 1.303 - que trouxe uma série de alternativas de arrecadação, além de algumas medidas de contenção de gastos. Na última semana, porém, ficou claro que essa saída também encontrará resistência no Congresso.

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O mundo ficou mais perigoso com entrada de Trump na guerra com o Irã - Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense  = De todos os personagens envolvidos nos conflitos do Oriente Médio, o grande vitorioso é Netanyahu. Por ironia, pode ser preso quando a guerra acabar

A ideia de guerra justa (bellum iustum) é um conceito filosófico, ético e jurídico greco-romano e cristão. Estabelece critérios morais para legitimar o uso da força militar. Seus princípios são a defesa contra agressão, a proteção de inocentes e/ou a restauração de direitos violados. Seu objetivo deve ser a paz e não a vingança, a conquista e/ou interesse econômico. Segundo Santo Agostinho de Hipona (séc. V) e Tomás de Aquino (séc. XIII), os três critérios básicos de uma guerra justa são a autoridade legítima, a causa justa e a intenção reta.

A justiça na condução da guerra (jus in bello) exige separar combatentes e não combatentes; uso da força proporcional ao objetivo; tratamento digno para prisioneiros e feridos. A resistência aos nazistas na Segunda Guerra Mundial; a intervenção internacional no Kosovo (1999) para evitar um genocídio; e a resposta inicial dos Estados Unidos ao 11 de setembro, com ataque ao Talibã no Afeganistão (2001), são consideradas guerras justas.

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Por que o Brics não pode brincar com o poderoso dólar - Pedro Cafardo  Valor Econômico

Com Trump ou qualquer outro presidente, porém, os EUA não abrirão mão tão facilmente de suas poderosas e confortáveis regalias globais

Em meio a guerras estúpidas e ao massacre humano dos últimos meses, pouco espaço tem sobrado para o debate sobre a poderosa arma representada pelo dólar na atual geopolítica mundial. Antes mesmo de tomar posse, em novembro do ano passado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma ameaça aos países-membros do Brics: se o bloco insistir em criar uma moeda própria para negócios internacionais, os produtos dos países integrantes serão taxados em até 100% ao entrar no mercado americano.

Após a posse, no fim de janeiro, Trump renovou a ameaça da taxação e disse que iria exigir um compromisso desses países, liderados por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, de não criar nem apoiar a criação de uma unidade monetária para substituir o dólar americano. “Eles podem procurar outra nação ingênua. Não há chance de o Brics substituir o dólar dos EUA no comércio internacional, ou em qualquer outro lugar, e qualquer país que tente isso deve dar as boas-vindas às tarifas e dar adeus à América”, escreveu Trump em seu perfil na Truth Social.

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As chances de o cessar-fogo prosperar no Irã - Maria Cristina Fernandes   Valor Econômico

Cotação do petróleo caiu para abaixo dos US$ 70 e ficou claro que o conflito seria contido

Os agentes financeiros se anteciparam ao comandante-em-chefe. No início da tarde, a cotação do petróleo caiu para abaixo dos US$ 70 e ficou claro que o conflito seria contido. Contribuiu para isso o ataque iraniano contra as bases americanas no Catar com aviso prévio, sem aviões no solo, mísseis interceptados e sem feridos - uma jogada ensaiada, em resumo, de um ataque “para persa ver”.

Além disso, não havia mais dúvida de que o estreito de Ormuz, por onde trafegam os petroleiros iranianos, permaneceria aberto. Fechá-lo seria equivalente ao Irã impor sanções à própria economia. O maior prejudicado seria a China, principal destino do seu petróleo.

Até Vladimir Putin contribuiu para desescalar o conflito com seu jogo dúbio. Ao receber o primeiro-ministro iraniano na manhã de segunda-feira (23), tanto disse que o ataque americano contra o Irã não tinha “nenhuma justificativa” quanto afirmou que a Rússia estaria agindo para abaixar o tom da crise e ajudar os iranianos.

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Hora da verdade - Rubens Barbosa*   O Estado de S. Paulo    Os que defendem uma posição equidistante dos radicalismos ideológicos da esquerda e da direita têm uma palavra a oferecer no cenário político nacional

Apesar de indicadores positivos na economia (crescimento, inflação, desemprego, câmbio, reservas), o Brasil enfrenta uma situação interna de extrema complexidade sem uma liderança que expresse os anseios de todos por uma economia estável e um regime político funcional, que represente a maioria da população e que favoreça uma sociedade mais justa. O grau alarmante de corrupção e de violência, facilitadas pela interferência e ineficiência do Estado todo-poderoso, contamina a vida política e econômica do País e clama pelo fim da impunidade. Perdeu-se o sentido de autoridade e de garantia de segurança ao cidadão.

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O novo desafio de Lula - Eliane Cantanhêde   O Estado de S. Paulo   Com líderes de Irã, Rússia e China no Rio, para a cúpula dos Brics, o risco é o Brasil se meter onde não deve

A Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, dias 6 e 7 de julho, será um enorme desafio para o Itamaraty, ao reunir Irã, China e Rússia nesses tempos preocupantes em que os Estados Unidos aderiram aos ataques de Israel a usinas iranianas de enriquecimento de urânio. No início da noite de ontem, Donald Trump anunciou um cessar-fogo em seis horas. O governo Lula, porém, mantém o risco de, no Brics, assumir um lado numa disputa que extrapola o Oriente Médio e divide as potências.

O Brics foi criado por Brasil, Rússia, Índia e China como resistência a um “mundo unipolar”, ou seja, à hegemonia norte-americana. A eles, se uniram a África do Sul e, em janeiro de 2024, mais cinco países, inclusive o Irã. A reunião do Rio nada tem oficialmente com o atual conflito, mas o Irã estará entre parceiros que se opõem aos ataques de EUA e Israel.

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O scotch junino de Hugo Motta - Carlos Andreazza  = O Estado de S. Paulo

Não sei quantas vezes li e escrevi sobre a paralisia de Brasília em 2025. Paralisia de Brasília – a partir do Congresso. Paralisada a atividade parlamentar; não as gestões dos parlamentares. E assim vamos – sob o São João estendido – até meados de julho.

Eis o ritmo do Legislativo que votou o Orçamento de 2025 em março de 2025; e que ora reclama da morosidade do Executivo em desembaraçar emendas. Tudo parado. O maledicente diria que não será de todo ruim a cousa atravancada, dada a agenda da rapaziada.

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Carl Schmitt x Aristóteles - Joel Pinheiro da Fonseca   Folha de S. Paulo   Preferimos atacar e expor contradições a se engajar em um debate construtivo

Foi Carl Schmitt quem definiu com muita propriedade: a política se funda na distinção entre amigo e inimigo. Por trás de todas as discussões técnicas, de todos os argumentos e do embate de valores abstratos há a realidade mais básica do conflito irreconciliável entre dois grupos humanos que estão dispostos a matar para preservar seu modo de vida. Isso vale sobretudo para a relação entre povos —e seus Estados— mas está cada vez mais presente na política doméstica de cada país, também ela constituída de identidades coletivas que enxergam no outro uma ameaça.

Contra Schmitt, com milênios de distância, está Aristóteles, cuja filosofia política era acima de tudo sobre como bem governar a sociedade. Diferentes formas de governo e diferentes leis devem ser conhecidas e discutidas para garantir uma ordem social justa e que permita o florescimento humano.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:31:00 Nenhum comentário:  

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Às favas a maioria- Dora Kramer   Folha de S. Paulo   Indiferente à opinião pública, parlamentares apoiam duas propostas rejeitadas em pesquisas

"Esta casa faz o que o povo quer." A frase indicativa do dever de representação popular do Parlamento nos idos de 1992 funcionou como a senha dada pelo então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, à aprovação do impedimento de Fernando Collor da Presidência da República.

Hoje o lema é para lá de discutível frente a decisões que privilegiam interesses internos. Está especialmente em xeque em dois temas que contrapõem as posições dos congressistas às opiniões da maioria dos brasileiros, captadas em recentes pesquisas do Instituto Datafolha.

O aumento do número de deputados e o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos são propostas rejeitadas por 76% e 57% dos consultados, respectivamente. Ainda assim, os parlamentares tendem a aprová-las sem levar em conta o que seus representados pensam a respeito.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:29:00 Nenhum comentário:  

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Ação dos EUA contra Irã amplia incertezas - Hélio Schwartsman  - Folha de S. Paulo  - Entrada de americanos no conflito dificulta saída diplomática; mudança de regime em Teerã pode dar lugar a caos ou endurecimento

Netanyahu conseguiu arrastar Trump para sua guerra contra o Irã.

lançamento das megabombas americanas contra instalações atômicas iranianas dificulta muito uma saída diplomática para a crise, pela qual Teerã renunciaria de forma crível a seus projetos nucleares bélicos em troca do fim das sanções econômicas. Essa, sem dúvida, teria sido a solução menos traumática para as partes envolvidas e para o mundo.

A questão que se coloca agora é a de saber como a teocracia responderá aos ataques. E ela não tem muitas opções. O regime está militarmente debilitado e sofre contestação política interna. Uma retaliação percebida como muito fraca poderia significar um suicídio político para os aiatolás; e uma muito forte poderia desencadear uma contrarretaliação ainda mais intensa por parte de americanos ou de israelenses.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:27:00 Nenhum comentário:  

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Os novos reizinhos do Brasil - Alvaro Costa e Silva  - Folha de S. Paulo  É mais um projeto que passa por cima da lei para defender grupos específicos

Aprovadas por 88% dos moradores de São Paulo, segundo pesquisa Datafolha de 2024, e tendo seu uso comprovadamente associado à redução de mortes, tanto de policiais como de cidadãos, as câmeras corporais continuam a incomodar a bancada da bala.

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou na semana passada um projeto de lei que proíbe o uso das imagens de bodycams para instruir processos contra todos os profissionais que atuam na segurança pública —polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária, Distrital e Municipal.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:26:00 Nenhum comentário:  

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Da sala de aula para um gabinete ministerial - Aylê -Salassié Filgueiras Quintão*

O que são políticas públicas? Já no final de um curso de Sociologia Política, havia estudado ideologias, partidos políticos, Poderes e Modelos de Estado, regimes de governo, funcionamento das instituições, hierarquias , direitos de cidadania, minorias, meio ambiente, assim por diante . De repente, já na reta final do semestre letivo, apareceu na sala de aula um professor com a proposta de um curso compactado de políticas públicas , complementar, de 30 dias. 

"Que é isso, professor! Logo agora! Todos estão se preparando para a formatura!!! Já estamos praticamente de férias!" Era um plano de um conteúdo denso e rápido para coroar a graduação de uma das primeiras turmas da noviça Universidade de Brasília . Apresentava uma bibliografia vasta, diversificada e fenomenológica - visão simbólica da realidade . Havia surgido de uma autocrítica docente sobre os objetivos originais da UnB. Todos ali eram muito jovens, cabeças cheias de teorias e conceitos. Mas, ninguém tinha ideia exata do que se tratavam as tais políticas públicas.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo

 

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ASSUNTO DE DESTAQUE EM JUNHO 25

Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada - O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil - Lucianne Carneiro - Valor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 24 junho – 3ª. oblíqua

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h

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Sol o dia todo sem nuvens no céu. Noite de tempo aberto ainda sem nuvens. Temperatura entre 6° / 14°

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24 de junho - Dia de São João

A origem da festa de São João remonta à época da formação da Igreja Católica na Europa, na transição da Idade Antiga para a Idade Média.

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Situação ainda confusa no Oriente Médio quanto ao proclamado Acordo de Cessar Foto. Israel  concordou, malgrado mal estar de Netanyahu, que preferia o aniquilamento do Irã, como faz com Gaza. Já a posição do Irã foi contraditória, embora analistas concordem  em que iranianos até pediram o cessar fogo.  Notícias desencontradas, inclusive de que Komeini teria sido assassinado.  A Fars News,, iraniana relatou que uma fonte bem informada negou a alegação de cessar-fogo de Trump. Mas, apesar das controvérsias, tudo indica que o cessar fogo é frágil mas está em vigor, ainda que com ataques recíprocos eventuais.

Enquanto isso, EUA pressionam a América Latina para decidir "de que lado está" no conflito com o Irã . Na véspera da Assembleia Geral da OEA, uma autoridade americana disse que a região deve decidir se apoia o Irã ou a "ordem internacional". Tudo indica que, aliviada a tensão no Oriente Médio, Trump se voltará para América Latina, onde cultiva aproximação com a Argentina de Milei.

Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Ildo Sauer, Físico – O petróleo e a crise da ordem internacional -https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petróleo -Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo -

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos linkno site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente,  cultura em primeiro lugar, o lugar de fala da comunidade torrense

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INTERNACIONAIS

O presidente Donald Trump anunciou um cessar-fogo de 12 horas entre Israel e Irã. Horas antes, iranianos lançaram.  Trump diz que Irã e Israel concordaram com cessar-fogo completo; chanceler iraniano nega --

Israel e mídia do Irã confirmam início do cessar-fogo negociado por Trump. Horas após início, Israel alega violação do acordo pelo IrãAntes da trégua, ataques mataram 4 em Israel e 9 no Irã - Netanyahu diz que atingiu objetivos ao 'eliminar ameaça nuclear


O que aconteceu com o urânio do Irã? Após Trump anunciar 'aniquilação', falas de autoridades e imagem de satélite levantam dúvidas-
Imagens de caminhões, além de divergências entre as declarações de autoridades dos EUA, do Irã e da ONU levantam suspeitas de que urânio iraniano possa ter sido movido e escondido antes do ataque.


De olho em Ucrânia e Irã, Otan anuncia expansão de gastos e investimentos em defesa aérea e tanques de guerra.
Agora, países-membros da aliança militar terão que gastar um mínimo de 5% do PIB, segundo secretário-geral, Mark Rutte. Despesas com defesa aérea quintuplicarão em reação ao 'terror mortal' de bombardeios russos na Ucrânia. Conflito direto entre Israel e Irã também foi tema da cúpula.

 

https://www.youtube.com/live/KGhevn57WaE?si=kDtI_1GpNppLO5PP

NACIONAIS

Lula não sanciona Lei DIA DA AMIZADE BRASIL ISRAEL. Projeto deve ser sancionado pelo Presidente do Senado.

Depois da chuva, o vento dificulta o escoamento dos rios no Rio Grande do Sul. Canetas emagrecedoras passam a ser vendidas somente com retenção de receita médica. Na Copa do Mundo de Clubes, o Botafogo avançou para a segunda fase.

O Presidente do MDB está enviando o ALDO REBELO em missão a todos os Estados para articular alternativa para 26: https://www.instagram.com/reel/DJMPxBXtsK9/?igsh=MXM2N3dpMTRweDI3Ng== 

Senador Cajuru denúncia parlamentares envolvidos no desvio de bilhões do orçamento secretos https://www.instagram.com/reel/DLPo5KOutVL/?igsh=MTF2cnNrZ29zYzRxMQ==


Resgate por Juliana Marins, brasileira que caiu em vulcão na Indonésia, é interrompido, diz família: ‘Lento, sem planejamento’

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A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Assista ou ouça nosso canal de entrevistas

A Alemanha tenta novamente - Por GILBERTO LOPES: O discurso da "ameaça russa" justifica tanques e mísseis, mas silencia sobre os riscos de uma escalada sem volta. No jogo da guerra, a Alemanha aposta alto – e o mundo segura o fôlego

O fogo do fogo do fogo  - Por DANIEL BRAZIL: Comentário sobre o romance de Eduardo Sens

Dialética da colonização - Por LUIZ MARQUES: Enquanto o passado insiste em ecoar, o futuro exige ruptura. A dialética da colonização não se encerra no arquivo, mas se reinventa nas estruturas do poder. Superá-la demanda mais que memória – exige coragem para reescrever a história

Regozijando com o racismo - Por RAFAEL MANTOVANI: O problema do trabalho do Léo Lins não é o fato de ele ter feito uma piada, mas de ser nazifascista. O racismo é a estrutura cognitiva que faz com que suas piadas sejam compreensíveis

Brasil sitiado - Por ZENO SOARES CROCETTI: O novo imperialismo e a disputa pela soberania latino-americana

O capitalismo como modo de transição - Por JOÃO P. PEREIRA: Breves reflexões sobre “O capital”, de Karl

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

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segunda-feira, 23 de junho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Ataque americano redefine futuro do Oriente Médio  - O Globo   Ainda persistem incertezas, mas um Irã enfraquecido, sem artefatos nucleares, é um cenário positivo

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:48:00 Nenhum comentário:  

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Quem puxará o fio embolado da sucessão de Lula? Paulo Fábio Dantas Neto*

Desde que começaram a circular pesquisas e comentários sobre maiores dificuldades do que as previstas para a reeleição do presidente Lula, é possível que círculos petistas mais antenados tenham cogitado, ou talvez até trabalhado, internamente, para que a esquerda construísse um plano B, alternativo à tentativa de reeleição.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:47:00 Nenhum comentário:  

Empatia com quem sofre na guerra – Fernando Gabeira

O Globo  - Pensei em Teerã e Tel Aviv. Será que, com esses bombardeios, tudo está funcionando?

Escritores têm uma característica comum: o impulso irresistível de se colocar no lugar do outro. Logo, não importa onde estoura uma guerra, a tendência é estar mentalmente no teatro de operações. Sofri muito com o frio e a bruma sobre o oceano na Guerra das Malvinas.

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Querendo ou não, os EUA tornam-se parceiros de Israel – Demétrio Magnoli  O Globo  Netanyahu prendeu Trump em sua teia estratégica

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:43:00 Nenhum comentário:  

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Novos pactos sociais são oxigênio para democracia - Preto Zezé*   - O Globo

País necessita de um mutirão contra as desigualdades, com pactos republicanos que fortaleçam as instituições não apenas pela lei

 

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:37:00 Nenhum comentário:  

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Mano, Lula entendeu; só não sabe como reagir - Bruno Carazza  - Valor Econômico  Presidente reconhece que a sociedade tem novos anseios, mas seu governo ainda não descobriu como atendê-los

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:29:00 Nenhum comentário:  

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O juro a 15%, o efeito sobre o câmbio e o impacto fiscal - Sergio Lamucci   Valor Econômico

O câmbio valorizado e a desaceleração da economia deverão permitir em algum momento o começo do ciclo de queda da Selic, mas o recuo da taxa será limitado se nada for feito para conter a expansão dos gastos

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:21:00 Nenhum comentário:  

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Lula e a CPI do INSS - Carlos Pereira   O Estado de S. Paulo   A coalizão supermajoritária de Lula não tem garantido blindagem política

 

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:14:00 Nenhum comentário:  

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O desafio partidário no Brasil - Guilherme Stumpf*    O Estado de S. Paulo  -  Consolidar federações sólidas, baseadas em compromissos ideológicos reais, é um passo necessário para fortalecer a democracia brasileira

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:06:00 Nenhum comentário:  

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Notas sobre a escalada da guerra no Oriente Médio - Rubens Barbosa*  - Correio Braziliense

Duas superpotências nucleares e militares, Israel e EUA, atuam conjuntamente contra quem se opuser a seus interesses e indiretamente defendendo um político israelense controverso**

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:47:00 Nenhum comentário:  

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Ataque de Trump ao Irã foi à revelia do povo americano - Camila Rocha*  - Folha de S. Paulo

Mortes em Gaza podem ter sido só início de catástrofe maior para Oriente Médio e mundo

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:30:00 Nenhum comentário:  

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O Congresso e o Jogo de Soma Zero - Marcus André Melo  - Folha de S. Paulo    Executivo e Congresso respondem a incentivos políticos opostos, o que transforma o orçamento em campo de disputa

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:27:00 Nenhum comentário:  

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A história da desigualdade - Celso Rocha de Barros*   - [ResumoUm dos mais brilhantes economistas da atualidade, o sérvio-americano Branko Milanović examina em seu novo livro as obras de seis autores clássicos de diferentes vertentes (como Adam Smith e Karl Marx) sobre a desigualdade de renda. Nessa viagem de mais de dois séculos, da Revolução Francesa ao fim da Guerra Fria, ele analisa as visões de cada época a respeito da concentração de riquezas, retrata o nascimento, o posterior ostracismo e o atual ressurgimento desse debate e lança perguntas oportunas sobre as turbulências de hoje.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:25:00 

 

RIO GRANDE DO SUL – POA

JORNAL MATINAL  POA RS  24 de junho de 2025

Olá! A Matinal mostra que o relatório da CPI da Pousada Garoa livra a prefeitura de responsabilidade sobre o incêndio que matou 11 pessoas, contrariando a investigação policial sobre a tragédia.

A edição traz ainda informações sobre o nível do Guaíba, que segue elevado, perto da cota de inundação. Projeções mostram que a água deve subir mais, uma preocupação agravada por problemas em metade das comportas do sistema de proteção da capital.

Roger Lerina escreve sobre Três Amigas, filme francês sobre os caminhos tortuosos dos afetos e das paixões.

Hoje à tarde, os assinantes dos planos Completo e Comunidade recebem, com exclusividade, a Newsletter do Juremir, que fala do novo livro de Christopher Goulart, neto de Jango, entre outros assuntos. Se você também gostaria de receber, considere assinar a Matinal.

Acima da cota de alerta pelo 4º dia seguido, Guaíba avança e águas invadem Orla, em Porto Alegre- Nível do lago está em 3,28 metros, conforme monitoramento do início da tarde desta segunda-feira (23). Patamar está acima da cota de alerta e a 32 centímetros da inundação. Também há registro de alagamentos em ruas do bairro Ipanema.

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TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Torres recebe emenda parlamentar de R$ 200 mil para Casa de Acolhimento Estrela Guia

Prefeitura de Passo de Torres promove campanha de arrecadação de ração para cães e gatos

Feira da Biodiversidade em Três Cachoeiras destaca saber rural em favor do meio ambiente-Seis Instituições de ensino e diversos empreendimentos ligados à produção artesanal e agroecológica do litoral norte do Rio Grande do Sul e Sul de Santa Catarina estarão na 22ª Feira da Biodiversidade amanhã (terça), dia 24/06 (Com Centro Ecológico)

Após tragédia em Praia Grande (SC), governo federal quer avançar em regulamentação do balonismo

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Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

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INTERESSE PÚBLICO

Imposto de Renda 2025: consulta ao 2º lote de restituição começou nesta segunda; veja como fazer- Pagamentos serão feitos a partir de 30 de junho. Serão contemplados mais de 6,5 milhões de contribuintes, com um crédito bancário total de R$ 11 bilhões.

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Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Publicidade

O ESP- Israel- irã acertam cessar fogo na guerra de 12 dias.

FSP –  Trump anuncia cessar fogo por 24 horas na guerra Israel – Irã.

ZH – Trump diz que Israel e Irã acertaram acordo para suspender ataques a partir de hoje

JORNAL DO COMÉRCIO – POA/RS - Rede gaúcha de gastronomia japonesa lança operação focada em pokes e saladas

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O Assunto g1 dia – A crise na diplomacia mundial

O Assunto - G1 Podcasts

Em 2022, a Rússia atacou e invadiu a Ucrânia sob o argumento que estava se defendendo contra eventuais ameaças ucranianas. No ano seguinte, o ataque do grupo terrorista Hamas deixou um rastro de morte e violência em Israel; a resposta israelense promoveu na Faixa de Gaza uma crise humanitária que contabiliza pelo menos 55 mil mortes. Há menos de duas semanas, o programa nuclear iraniano serviu de pretexto para ataques aéreos de Israel e, depois, dos Estados Unidos.

Diante de um mapa mundi tomado por pontos em chamas, algo em comum: a primazia do uso de armas sobre o diálogo. O belicismo se apresenta também na organização do comércio mundial, onde ainda são incertos os efeitos do tarifaço anunciado por Donald Trump.

Em entrevista à GloboNews, Celso Amorim, ex-chanceler e conselheiro especial para assuntos internacionais da Presidência, falou em “desmoralização do sistema internacional” e um “ataque à ordem mundial”. Para o historiador e diplomata de carreira Rubens Ricupero, que foi embaixador do Brasil em Washington, Roma e nas Nações Unidas, trata-se de “um momento de fragilização dos recursos diplomáticos”.

Neste episódio, Rubens Ricupero, que também foi subsecretário geral da ONU (1995 a 2004) e hoje é conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, é o entrevistado de Natuza Nery. Ele analisa a crise na diplomacia mundial e explica por que os instrumentos clássicos nas relações entre os países estão perdendo espaço num momento da história marcado por decisões unilaterais e guerras. “Eu não vejo o caso do Irã como capaz de provocar uma guerra nuclear e mundial”, afirma.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.

O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 161 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 12,4 milhões de visualizações.

 

Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: o programa iraniano e as regras de armas atômicas - 24/06/2025 - Podcasts - Folha

Podcast trata do programa nuclear do Irã e das regras para armas atômicas no mundo. Anúncio de cessar-fogo na guerra entre Israel e Irã, feito por Donald Trump na noite de segunda, não passa pelo tema

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O calcanhar de Aquiles do governo Lula

História de Gustavo Tapioca- O calcanhar de Aquiles do governo Lula

Lula é, sem dúvida, um dos maiores comunicadores populares da história do Brasil. Mas seu governo, paradoxalmente, sofre de um velho problema que se repete: falta de comunicação eficaz. E não é por ausência de realizações. O que falta é transformar ações concretas em narrativas que toquem o povo, mobilizem a base e enfrentem o bombardeio da extrema-direita. Com as eleições de 2026 no horizonte e as redes sociais fervendo, esse é um ponto que precisa de atenção urgente.

Saiba Mais

Basta ver o que acontece quando surgem boatos sobre o BNDES financiando ditaduras, a mentira do PIX, a tentativa de culpar o governo pelo escândalo do INSS. Essas mentiras se espalham aos milhões, e quando o governo reage, o estrago já está feito.

Essa lentidão na resposta passa a impressão de que o governo não sabe se defender ou, pior, que é culpado. Em tempos de guerra de narrativas, quem demora perde.

Falta de alinhamento interno

A comunicação do governo também sofre com a falta de unidade. Um ministro diz uma coisa, outro diz o contrário. Um fala de ajuste fiscal, outro fala de gasto social. Um tenta agradar o mercado, outro o movimento social.

Essa confusão dá margem para a imprensa tradicional plantar crises onde não há, e pior: passa a imagem de um governo perdido, desorganizado, sem direção. Comunicação eficiente começa dentro de casa. Se os ministros não falam a mesma língua, como esperar que o povo entenda?

A situação fica ainda mais grave quando olhamos para o campo adversário. A extrema-direita não saiu de cena em 2022. Ao contrário: segue organizadíssima. Produz conteúdo diário para TikTok, Instagram, YouTube, WhatsApp. Usa humor, medo, religião, desinformação — tudo junto — para construir um mundo à parte. Um Brasil imaginário onde Lula é uma ameaça e Bolsonaro é um mártir.

Eles sabem usar as redes como ninguém. Não falam em prestação de contas: falam em emoções, fé, família, segurança. Criam identificação com o povo enquanto o governo se limita a relatórios e notas técnicas.

Com Bolsonaro inelegível, outros nomes vão surgir. Mas o bolsonarismo como força política continua vivíssimo — e online.

Redes sociais: campo de batalha central

Não se trata mais de “usar redes sociais”. Trata-se de entender que a disputa política em 2026 será decidida nas redes. Quem dominar o TikTok, o WhatsApp, o YouTube, dominará o voto da juventude, das mulheres trabalhadoras, dos evangélicos e da classe média cansada da política tradicional.

A comunicação digital precisa sair da bolha institucional. É preciso:

  • Produzir conteúdos simples, emocionantes e diretos;
  • Investir em influenciadores populares e canais alternativos;
  • Reagir rápido às fake news;
  • Ocupando espaços digitais com linguagem acessível, memes, vídeos curtos, humor e sensibilidade social.

A esquerda tem conteúdo, tem projeto, tem história. Mas precisa falar a língua da rua, sem medo de disputar símbolos e afetos.

Sem comunicação, não há vitória

É simples: não adianta fazer se ninguém fica sabendo. A política hoje se ganha tanto nas urnas quanto nas telas. Se o governo quer vencer em 2026, precisa colocar a comunicação no centro da estratégia — e não como acessório.

A comunicação não é só ferramenta. É trincheira. É nela que se disputa o que é verdade, o que é justo, o que é possível.

Se o campo progressista não acordar para isso, vai continuar perdendo o jogo antes mesmo do apito inicial.

Gustavo Tapioca é jornalista e MBA em Jornalismo pela Universidade de Wisconsin-Madison


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segunda-feira, 23 de junho de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Ataque americano redefine futuro do Oriente Médio  - O Globo   Ainda persistem incertezas, mas um Irã enfraquecido, sem artefatos nucleares, é um cenário positivo

Há diversas dúvidas sobre os desdobramentos do ataque inédito dos Estados Unidos contra as instalações nucleares do Irã na madrugada deste domingo. Um fato, contudo, está claro: se ele destruiu a capacidade iraniana de fazer a bomba atômica, o Oriente Médio e, portanto, o planeta estão mais seguros.

Depois de simular hesitação e de afirmar que levaria duas semanas para responder ao pedido de Israel por bombardeios às centrais de enriquecimento de urânio do Irã, Donald Trump, autorizou um ataque surpresa que, nas palavras dele, “obliterou completamente” o programa nuclear iraniano. Pela primeira vez foram usadas armas capazes de atingir centrífugas e outros equipamentos instalados nas profundezas subterrâneas. A atitude de Trump foi correta.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:48:00 Nenhum comentário:  

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Quem puxará o fio embolado da sucessão de Lula? Paulo Fábio Dantas Neto*

Desde que começaram a circular pesquisas e comentários sobre maiores dificuldades do que as previstas para a reeleição do presidente Lula, é possível que círculos petistas mais antenados tenham cogitado, ou talvez até trabalhado, internamente, para que a esquerda construísse um plano B, alternativo à tentativa de reeleição. Aliás, mesmo antes do atual contexto em que se supõe mais dificuldades eleitorais ao presidente, o ex-deputado e ex-ministro José Dirceu já naturalizara essa hipótese em entrevista, raciocinando com o longo prazo. Mas da mesma forma que seria lógico cogitar um plano B, é lógico pensar que ele não prosperaria. A força da inércia, não só do aparelho partidário do PT como também da miríade de interesses locais, setoriais, e/ou de conservação de espaços na máquina pública ergue um muro contra qualquer arquitetura política que não a da manutenção do "status quo".

Em que, então, se sustentaria uma ideia de a esquerda dar um cavalo de pau e descartar aquela que é sua liderança sem rivais, o nome que, apesar das sombras no horizonte, aparece em todas as pesquisas como o único competitivo que ela tem? Desistir dele seria, certamente, caminhar para uma opção fora da esquerda. Deixemos de lado, por ora, o exame da conveniência disso como saída política desejável para o país e perguntemos se há razões de política prática para que a esquerda faça esse movimento.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:47:00 Nenhum comentário:  

Empatia com quem sofre na guerra – Fernando Gabeira

O Globo  - Pensei em Teerã e Tel Aviv. Será que, com esses bombardeios, tudo está funcionando?

Escritores têm uma característica comum: o impulso irresistível de se colocar no lugar do outro. Logo, não importa onde estoura uma guerra, a tendência é estar mentalmente no teatro de operações. Sofri muito com o frio e a bruma sobre o oceano na Guerra das Malvinas. O desconforto voltou na madrugada em que Israel iniciou uma série de bombardeios em Teerã, e alguns mísseis foram disparados contra Tel Aviv. Fui ao banheiro e lembrei-me da guerra começando. Acendi a luz, abri a torneira e tive certo alívio: a água corria, havia eletricidade.

Pensei em Teerã e Tel Aviv. Será que, com esses bombardeios, tudo está funcionando? Tel Aviv dispõe de abrigos subterrâneos; logo, as pessoas têm para onde ir. E Teerã, uma cidade com 10 milhões de habitantes, sem nenhum abrigo? Não há saída, exceto deixar a capital.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:47:00 Nenhum comentário:  

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Querendo ou não, os EUA tornam-se parceiros de Israel – Demétrio Magnoli  O Globo  Netanyahu prendeu Trump em sua teia estratégica

Primeiro, Trump exigiu a “rendição incondicional” do Irã, na forma de um acordo de capitulação baseado em “enriquecimento zero” e supervisão externa do programa de mísseis. Depois, uma dúzia de megabombas antibunker, 30 mil libras cada uma, atingiram Fordow, instalação nuclear enterrada nas profundezas de uma montanha. A palavra e o ato convertem Trump em refém de Netanyahu. Querendo ou não, os Estados Unidos tornam-se parceiros de Israel numa guerra cujo objetivo final é a mudança de regime em Teerã. A Casa Branca não quer, mas calculou errado.

— Esta missão não diz respeito a mudança de regime — declarou o secretário de Defesa, Pete Hegseth.

— Não temos interesse em conflitos prolongados no Oriente Médio — insistiu o vice, JD Vance.

O Irã, conclamou Trump, “precisa agora fazer a paz” — ou capitular. Entretanto a admissão de uma derrota humilhante é quase impossível, pois colocaria o regime teocrático no rumo do colapso.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:43:00 Nenhum comentário:  

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Novos pactos sociais são oxigênio para democracia - Preto Zezé*   - O Globo

País necessita de um mutirão contra as desigualdades, com pactos republicanos que fortaleçam as instituições não apenas pela lei

Num país marcado por desigualdades históricas e uma democracia sob tensão constante, a insegurança jurídica corrói a relação entre instituições e sociedade.

Participei do Brazil Forum UK, a convite do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, num painel sobre resiliência urbana e infraestrutura sustentável, ao lado de lideranças de Google, Ministério das Cidades e governo gaúcho. Além da sustentabilidade, destaquei os entraves estruturais enfrentados por governos, empresas e sociedade civil na consolidação de políticas públicas contínuas e efetivas.

Na sociedade civil, vivemos o esvaziamento do engajamento popular por uma agenda pública com base social. Muitas vezes, o advocacy é feito por grupos sem conexão real com as demandas populares. A falta de capilaridade enfraquece a pressão sobre o Legislativo e dificulta a sustentação de avanços. Soma-se a isso a necessidade de renovação nas práticas das organizações sociais, que perderam quadros para a estrutura estatal — o que, embora democratize a máquina pública, deixa vazios nas lutas populares, agora ocupadas por forças não institucionais que impõem suas próprias lógicas nos territórios urbanos.

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Mano, Lula entendeu; só não sabe como reagir - Bruno Carazza  - Valor Econômico  Presidente reconhece que a sociedade tem novos anseios, mas seu governo ainda não descobriu como atendê-los

Um homem na estrada olha ao redor. Tudo o que ele quer é viver em paz, ganhar dinheiro - ficar rico, enfim.

Mas a realidade que o cerca é deprimente: mora num cômodo mal-acabado e sujo, com um cheiro horrível de esgoto no quintal. No calor falta água, quando chove inunda tudo. O IBGE até passou por lá, fez uma série de perguntas, mas as políticas públicas nunca apareceram.

Ele pensa noite e dia em como fazer para sair daquela situação. Seu maior desejo é que o filho tenha uma vida segura, longe daquele ambiente de violência e criminalidade: tráfico de drogas, estupros, assassinatos e abusos policiais. Esse futuro, todavia, não virá pela educação - na comunidade onde mora, crianças e jovens quase nada aprendem.

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O juro a 15%, o efeito sobre o câmbio e o impacto fiscal - Sergio Lamucci   Valor Econômico

O câmbio valorizado e a desaceleração da economia deverão permitir em algum momento o começo do ciclo de queda da Selic, mas o recuo da taxa será limitado se nada for feito para conter a expansão dos gastos

A Selic chegou a 15% ao ano, com a alta de 0,25 ponto percentual promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada. É uma taxa elevadíssima - descontando a inflação projetada para os próximos 12 meses, é um juro real de 9,8%, que encarece o crédito e inibe decisões de investimento das empresas. Quando o ciclo de alta da Selic começou, em setembro do ano passado, não se esperava que a taxa subiria tanto - mesmo em novembro, os mais cautelosos ainda viam o juro um pouco acima de 13%. No entanto, expectativas de inflação acima da meta de 3% para este e para os próximos anos, uma atividade econômica que demora a perder fôlego e incertezas fiscais persistentes levaram o BC a aumentar a taxa para 15%, e a indicar que pretende mantê-la no atual nível por um “período bastante prolongado”. Um juro dessa magnitude deverá reduzir o ritmo de crescimento da economia nos próximos trimestres, contribuindo ainda para fortalecer o real em relação ao dólar - ou pelo manter a taxa de câmbio perto de R$ 5,50 - e aumentando o já elevado custo da dívida pública.

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Lula e a CPI do INSS - Carlos Pereira   O Estado de S. Paulo   A coalizão supermajoritária de Lula não tem garantido blindagem política

Fiscalizar o Executivo por meio de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) é uma das funções clássicas do Legislativo em sistemas presidencialistas baseados na separação de poderes. CPIs são instrumentos que, idealmente, alinham o comportamento do governo às expectativas do eleitorado.

Mas essa ameaça virtuosa do Legislativo ao Executivo só é crível quando há real disposição política para exercê-la. Em contextos em que o partido do presidente – ou a coalizão que o sustenta – detém a maioria no Legislativo, o incentivo para investigar o próprio governo tende a desaparecer. Afinal, por que provocar instabilidade que pode comprometer os ganhos de estar no poder?

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O desafio partidário no Brasil - Guilherme Stumpf*    O Estado de S. Paulo  -  Consolidar federações sólidas, baseadas em compromissos ideológicos reais, é um passo necessário para fortalecer a democracia brasileira

O sistema político brasileiro é marcado por uma complexa interação entre o presidencialismo e o multipartidarismo. A expressão “presidencialismo de coalizão”, cunhada por Sérgio Abranches inicialmente em artigo de 1988, foi posteriormente desenvolvida com mais profundidade em sua obra Presidencialismo de coalizão: raízes e evolução do modelo político brasileiro (2018). Nela, Abranches demonstra como a combinação entre um presidente eleito por voto direto e um Legislativo fragmentado obriga o chefe do Executivo aformar amplas coalizões parlamentares para garantira governabilidade.

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Notas sobre a escalada da guerra no Oriente Médio - Rubens Barbosa*  - Correio Braziliense

Duas superpotências nucleares e militares, Israel e EUA, atuam conjuntamente contra quem se opuser a seus interesses e indiretamente defendendo um político israelense controverso**

As guerras que estão se desenrolando nos últimos dois anos no Oriente Médio estão intimamente relacionadas aos problemas pessoais de um político israelense e aos problemas de ego e de coerência de um político norte-americano.

Para fugir de julgamento pela Corte de Justiça de Israel, por acusação de corrupção, Netanyahu aproveitou o ataque terrorista do Hamas na fronteira de Israel e iniciou a guerra contra o grupo terrorista de Gaza, em seguida, aproveitando ataques contidos do Hezbollah, a partir do Líbano, ampliou a guerra com esse grupo radical financiado pelo Irã.

"‘Com a mesma afirmação de ameaça existencial invocada por Putin, Netanyahu reeditou o que o líder russo fez com a Ucrânia: atacou (sem ser atacado) o território iraniano’"

Com a destruição da capacidade de ataque do Hamas e do Hezbollah, a fim de continuar a guerra, como é de seu interesse, com base em alertas que começaram nos anos 80 do século passado sobre a iminência do Irã produzir uma bomba atômica e se tornaram dramáticos nos últimos dias (apesar de contestados por fontes dos órgãos de inteligência dos EUA), Netanyahu, com a mesma afirmação de ameaça existencial invocada por Putin, reeditou o que o líder russo fez com a Ucrânia: atacou (sem ser atacado) o território iraniano com a previsível reação de Teerã.

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Ataque de Trump ao Irã foi à revelia do povo americano - Camila Rocha*  - Folha de S. Paulo

Mortes em Gaza podem ter sido só início de catástrofe maior para Oriente Médio e mundo

ataque liderado por Trump às instalações nucleares do Irã foi feito à revelia do povo americano. Além de não contar com a autorização do Congresso Americano, Trump desprezou não apenas a vontade da maioria dos eleitores norte-americanos como parte expressiva do Maga (Make America Great Again/Torne a América Grande Novamente), movimento que o apoiou em sua ascensão ao poder.

De acordo com uma pesquisa Economist/Yougov divulgada em 19 de junho, ainda que 50% dos americanos enxerguem o Irã como um país inimigo dos Estados Unidos, apenas 16% pensam que os militares americanos devem se envolver na guerra entre Israel e Irã. Sessenta por cento dizem que não deveriam se envolver e 24% não têm certeza. Os maiores índices entre aqueles que se opõem à intervenção militar dos EUA no Irã são entre democratas (65%) e independentes (61%). Porém, mesmo entre republicanos, os contrários à entrada do país na guerra são maioria (53%).

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O Congresso e o Jogo de Soma Zero - Marcus André Melo  - Folha de S. Paulo    Executivo e Congresso respondem a incentivos políticos opostos, o que transforma o orçamento em campo de disputa

Há aparentemente dois paradoxos no comportamento do Executivo e do Congresso em relação à política fiscal. O primeiro diz respeito à suposta inversão observada em relação ao padrão austeridade no início do mandato e expansão de gasto no fim. Seria o proverbial ciclo político na política fiscal. O segundo é que o Congresso seria conservador, e o Executivo, expansionista. Um olhar atento revela que a questão é mais complexa.

No início do mandato, o governo patrocinou uma expansão fiscal inédita. E isso ocorreu em virtude da natureza própria da eleição apertada e de seu caráter hiperminoritário.

Sua extrema vulnerabilidade leva-o a antecipar a expansão do gasto com a PEC da Transição. Ao mesmo tempo deflagrou ataques ao Bacen, como estratégia de deslocar responsabilidades. O aumento recente da Selic expõe a inconsistência do discurso e da prática.

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A história da desigualdade - Celso Rocha de Barros*   - [ResumoUm dos mais brilhantes economistas da atualidade, o sérvio-americano Branko Milanović examina em seu novo livro as obras de seis autores clássicos de diferentes vertentes (como Adam Smith e Karl Marx) sobre a desigualdade de renda. Nessa viagem de mais de dois séculos, da Revolução Francesa ao fim da Guerra Fria, ele analisa as visões de cada época a respeito da concentração de riquezas, retrata o nascimento, o posterior ostracismo e o atual ressurgimento desse debate e lança perguntas oportunas sobre as turbulências de hoje.

Em "Visões da Desigualdade: da Revolução Francesa ao Fim da Guerra Fria", o economista Branko Milanović promete uma história intelectual a respeito do tema através das obras de seis autores clássicos: François Quesnay, Adam Smith, David Ricardo, Karl Marx, Vilfredo Pareto e Simon Kuznets.

Na verdade, o livro entrega muito mais do que isso. Primeiro, porque uma boa história intelectual é também uma boa história dos problemas sociais concretos que os autores analisados tinham diante de si. Segundo, porque Milanović nos mostra que esses problemas são extremamente atuais.

O livro acaba sendo uma história da modernidade sob o ponto de vista da desigualdade. Nos estudos pioneiros de Quesnay ainda vemos as classes do Antigo Regime, mas também já temos uma perspectiva tecnocrática característica do Estado Moderno, importantíssima para a história da economia.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:25:00 

 

 

 

 

DESTAQUE DO MÊS DE JUNHO -

 

Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada - O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil - Lucianne Carneiro - Valor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:42:00 Nenhum comentário:  

 

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BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE

Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV

You Tube e Face Book – Cultural FM dia 23 junho – 2ª. compacta 

Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.0

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A previsão do tempo para segunda-feira é de Sol, com pancadas de chuva de manhã e muitas nuvens à tarde. À noite, tempo firme. Temperatura entre 10°/ 17°. Nesta segunda entra no RS uma nova onda polar com muito frio e chuva.

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 23 de Junho: Dia do Lavrador, Dia Olímpico Internacional, Dia Internacional das Viúvas e Dia do Serviço Público das Nações Unidas.

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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

A mensagem de Leão XIV

'Que a diplomacia faça silenciar as armas', diz Papa após entrada dos EUA na guerra entre Israel e Irã ==> glo.bo/3G6RNIq #g1

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Medvedev, líder russo enumera 10 consequências do ataque americano ao Irã

https://actualidad.rt.com/actualidad/555194-medvedev-logro-eeuu-ataque-iran

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Nordeste: Identidade e estereótipo – Erivaldo Costa de Oliveira Nordeste – identidade e estereótipo -

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTube

Eu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

Depois do bombardeio fulminante sobre suas usinas nucleares, o Irã rejeitou o ultimato dos Estados Unidos. Ali Khamenei disse que o país não vai se render. Nos Estados Unidos, população era contra a intervenção do país no conflito e congressistas discutem possibilidade de impeachment de Trump por haver iniciado uma guerra sem autorização do Congresso. Nações Unidas e governo brasileiro denunciam a ação americana por contrariar regras internacionais que proíbem ataque a usinas nucleares.  O papa Leão XIV pediu que o mundo não se acostume com as guerras. Vulcão na Indonésia

Condições eram extremas, dizem turistas que faziam trilha com brasileira= Buscas vão contar com drone térmico, diz diplomata

Assista a "A Crise da Dívida Americana - Documentário "O Futuro do Dólar"" no YouTube- https://www.youtube.com/live/XduS2KSet-0?si=fvvcll8g6ujYN_76

Debate Plural – Cultural FM entrevista Flavio Aguiar sobre crise internacional e clima de guerra na Europa - https://www.youtube.com/live/naNSKln7mNI?si=ShfhTgBtEbrfzwU_

Livro mostra por que esquerda e direita ignoraram a desigualdade por décadas-Branko Milanovic repassa a história da modernidade sob o ponto de vista da concentração de renda-

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2025/06/livro-mostra-por-que-esquerda-e-direita-ignoraram-a-desigualdade-por-decadas.shtml?pwgt=kd2azdbtuvr7jxj764ltw0sfqp866y1v8stgapw1r8msk6iq&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwagift

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NACIONAIS

A Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações da Abin paralela. Em outra investigação, a PF prendeu um ex-assessor do ex-presidente. Marcelo Câmara é suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid. No Rio Grande do Sul, a chuva matou varias pessoas e deixou mais de dois mil desabrigados. Acidente com balão em Praia Grande, capital dos Grandes Canions em SC, mata 8 pessoas.

O governo brasileiro condenou os ataques realizados pelos Estados Unidos a três instalações nucleares do Irã, classificando-os como "violação da soberania" do País persa e do direito internacional1

Confira a nota na íntegra

O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.

O Governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.

O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.

Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.

Leia também: Após ataque dos EUA, parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz, principal rota do petróleo

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com  22 JUBHI

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link:

https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice:

domingo, 22 de junho de 2025

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Ampliação da Câmara desafia vontade popular - O Globo   Três em quatro brasileiros são contra projeto que cria mais vagas de deputado. Senado precisa barrá-lo

Deveria servir de alerta aos congressistas o resultado de pesquisa Datafolha mostrando que três em cada quatro brasileiros (76%) são contra o aumento do número de deputados federais de 513 para 531, aprovado pela Câmara no início do mês passado e em análise no Senado. De acordo com o levantamento, apenas 20% se mostraram favoráveis.

Pela Constituição, cada uma das 27 unidades da Federação tem no mínimo oito e no máximo 70 deputados, dependendo do tamanho da população. Em agosto de 2023, ao julgar ação impetrada pelo governo do Pará, o Supremo Tribunal Federal fixou prazo, até 30 de junho deste ano, para que o Congresso redistribuísse as cadeiras com base na população apurada pelo último Censo — isso não acontecia desde 1993. O que era para ser um rearranjo das bancadas acabou se transformando em oportunidade para aumentá-las. A aritmética criativa dos congressistas resultou no acréscimo de 18 deputados, realidade que destoa de outros países. Os Estados Unidos têm o mesmo número de representantes (435) desde 1929. A Itália reduziu os seus de 630 para 400. A Alemanha, de 736 para 630. E por aí afora.

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Esquerda, direita, centro - Luiz Sérgio Henriques  O Estado de S. Paulo  Nem a direita anticonstitucional nem a esquerda sem imaginação são um destino

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Lula não tem alternativa a não ser a opção preferencial pelos pobres – Luiz Carlos AzedoCorreio Braziliense  Nas últimas semanas, Lula sofreu um cerco no Congresso, que somente não é de aniquilamento porque outras variáveis influenciam o comportamento do Centrão

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Prosperidade X religiosidade - Merval Pereira - O Globo   A esquerda brasileira, especialmente o PT, nascida da Teoria da Libertação, não encontrou o respaldo permanente na Igreja Católica e, juntamente com ela, perdeu espaço no seio dos desvalidos 

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Visão militar sobre o golpe - Míriam Leitão   O Globo    Fontes do Exército dizem que tem havido punições internas ao golpismo, e que o papel institucional dos militares está se fortalecendo   CONTINUAR LEITURA

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Golpe em gerúndio - Bernardo Mello Franco   O Globo   Em novo livro, professor da USP relembra marcha autoritária e critica longa inércia dos democratas diante dos ataques do capitão: "O pior negacionismo não era o dele"  CONTINUAR LEITURA

 

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Reino Unido: reformas que desafiam o constitucionalismo liberal - Bruno Dantas*  - Correio Braziliense  - As reformas em curso propõem restringir o direito de protesto com base em critérios vagos como "ruído excessivo" ou "perturbação injustificada"

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Cinzas – Dorrit Harazim    O Globo   Enquanto for liderado por um narcisista como Netanyahu, país continuará sua insana marcha de afirmação pela força

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Mais um erro - Eliane Cantanhêde  O Estado de S. Paulo   Lula quer visitar Kirchner na Argentina? Um erro diplomático e, mais ainda, de política interna

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Populismo e caça ao voto ameaçam gestão Lula - Rolf Kuntz  O Estado de S. Paulo   Sem planejamento e sem rumo claro, o presidente aposta nos gastos e no populismo para preservar seus seguidores   CONTINUAR LEITURA

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A encruzilhada de Trump - Lourival Sant’Anna  O Estado de S. Paulo   Destruição de Fordow é necessária, mas só mudança de regime evitaria que Irã obtenha a bomba

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Por que Flávio Bolsonaro está solto? - Celso Rocha de Barros  - Folha de S. Paulo   Em entrevista à Folha, Flávio nos contou que o próximo golpe já está marcado para 2027

Flávio Bolsonaro disse à Folha que em 2026 Jair Bolsonaro só apoiará um candidato a presidente se ele prometer dar um golpe de Estado quando o STF disser que anistiar golpista é inconstitucionalCONTINUAR LEITURA

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A variável mental na política - Muniz Sodré*   Folha de S. Paulo    Enquanto o STF brasileiro foi violado só pela ditadura militar, os EUA têm história de investidas contra sua Suprema Corte   CONTINUAR LEITURA

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O equivocado convicto - Dora Kramer   Folha de S. Paulo   Lula cria as próprias dificuldades ao persistir nos erros com absoluta certeza de que está certo  CONTINUAR LEITURA

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Direitão do Congresso ataca o país - Vinicius Torres Freire   Folha de S. Paulo  Direitão aprova leis ruinosas, faz chantagem e acha que Dino e Lula conspiram para segurar dinheiro  CONTINUAR LEITURA 

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Deus já foi casado - Hélio Schwartsman   Folha de S. Paulo    Com erudição e ótimas histórias, livro faz a genealogia da moral sexual de diferentes ramos do cristianismo

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Outro regime no Ocidente é possível? Crítica a Perry Anderson - Ronaldo Tadeu de Souza*

Blog Boitempo, Publicado em 16/06/2025 

Em importante artigo publicado na London Review of Books (vol. 47, 03 de abril de 2025), intitulado “Regime Change in the West?” [Mudança de regime no Ocidente?], o historiador e ensaísta Perry Anderson, membro do comitê editorial da prestigiada revista inglesa de esquerda New Left Review, propõe uma análise sobre quais as condições do Ocidente erigir uma nova ordem econômica, política e social em alternativa ao neoliberalismo. Combinando abordagem de longa duração com CONTINUAR LEITURA

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Fernando Henrique Cardoso: o mestre das horas públicas. - Paulo Baía

Fernando Henrique Cardoso fez noventa e quatro anos. Noventa e quatro. Um tempo que não se mede em calendários, mas em ideias.

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A TERRA É REDONDA – www.aterraeredonda.com.br

Assista ou ouça nosso canal de entrevistas

Qual a qualidade do Qualis? = Por FLÁVIO R. KOTHE: Se o Qualis mede qualidade por métricas que ignoram a originalidade do pensamento, então estamos diante de um sistema que canoniza a mediocridade. Enquanto Spinoza, Marx e Nietzsche são lembrados por terem sido rejeitados por seus pares, a academia brasileira celebra artigos que obedecem a fórmulas vazias

Cinquentenário de um arquivo  - Por WALNICE NOGUEIRA GALVÃO: Cinco décadas depois, o Arquivo Edgar Leuenroth é mais que um depósito de documentos: é um monumento à astúcia dos que desafiaram o autoritarismo para salvar a história dos vencidos. Seus papéis, outrora escondidos como contrabando, hoje falam alto

Novo desenvolvimentismo – uma nova teoria econômica e economia política

Por ISAÍAS ALBERTIN DE MORAES: Comentário sobre o livro de Luiz Carlos Bresser-Pereira

Dados estatísticos = Por JOÃO DOS REIS SILVA JÚNIOR: Compreender o papel das métricas e da financeirização não é um exercício teórico qualquer. É um ato de sobrevivência. É a chave para entender por que estamos doentes, por que estamos tristes, por que estamos exaustos

Lágrimas por um jovem prefeito Por MARCO MONDAINI: Quando um gestor é celebrado como ídolo pop, mas desconhece os clássicos que moldaram seu próprio chão, algo está fora do lugar. Pernambuco, terra de insurreições e poesia, merece mais do que lágrimas de fãs e citações improvisadas

O neoliberalismo não sobrevive sem o Estado  Por CLÓVIS ROBERTO ZIMMERMANN: A experiência neoliberal chilena, a mais profunda e radical do mundo, instituída por uma ditadura, não parece sobreviver sem amplos recursos públicos, dependendo massivamente de recursos estatais para continuar existindo

Facundo Jones Huala - Por SILVIA BEATRIZ ADOUE: O terrorismo não está na Resistência Ancestral Mapuche, mas nos tapumes de ferro erguidos sobre terras roubadas. Liberdade para Facundo: que a antipoesia incendiária queime as grades da barbárie

iDialética da malandragem Por VINÍCIUS DE OLIVEIRA PRUSCH: Considerações sobre o ensaio de Antonio Candido

MC Poze do Rodo - Por ARTHUR MOURA: O paradoxo do funk ostentação – entre o Estado penal e a fetichização da miséria

Crônica da imobilidade - Por ANA CAROLINA DE BELLO BUSINARO: Lula reencena a escuta, mas cala a mobilização; condena o bolsonarismo, mas abraça seu legado neoliberal. Sua frente amplíssima não contém a direita e dilui a esquerda em tons de cinza. Restaura-se o passado como museu: vitrine brilhante, conteúdo emancipador esvaziado

Comunicação e destino - Por OTAVIO A. FILHO: O destino não está no algoritmo de Zuckerberg, mas no código aberto da inventividade baiana que teima em transformar o "cortejo de horrores" em poesia concreta

Pardos-indígenas – dilemas das cotas raciais - Por JOÃO VICTOR: Os pardos-indígenas são merecedores de um novo olhar que contemple sua história e sua legitimidade enquanto categoria própria no contexto do debate racial brasileiro

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Maioria dos Brasileiros tem visão "MUITO NEGATIVA" sobre Israel, mostra pesquisa https://luizmuller.com/2025/06/20/maioria-dos-brasileiros-tem-visao-muito-negativa-sobre-israel-mostra-pesquisa/

PETISTA HISTÓRICO, TARSO GENRO SE UNE AOS COMPANHEIROS QUE GOSTARIAM DE VER RUI COSTA LONGE =
 https://www.youtube.com/watch?v=QLQ0M9quzjw

RIO GRANDE DO SUL – POA

JORNAL MATINAL – POA/RS 23 de junho de 2025

Olá, gente! Estão com as vacinas em dia? O repórter Tiago Medina mostra que quase 90% dos mortos e internados por gripe no estado não se vacinaram. A baixa cobertura é reflexo do negacionismo dos anos Bolsonaro e exige novas estratégias para imunizar a população e combater o discurso antivacina.

A Matinal também fala das chuvas e cheias no estado. O Guaíba, que já inundou ruas e casas das ilhas da capital, continua subindo. A vazão dos afluentes e os ventos podem elevar ainda mais o seu nível nas próximas horas. A prefeitura colocou sacos de areia e argila para tentar proteger a cidade de uma nova inundação, estratégia que é tema da coluna de Juremir Machado da Silva.

Tem também uma reportagem de Sílvia Lisboa na Dialogue Earth sobre a situação de agricultores gaúchos um ano após a tragédia climática de maio de 2024.

Na coluna Tudo É Gênero, Marcela Donini destaca trechos da entrevista com Denise Dora, ativista feminista e Enviada Especial da COP 30 para Direitos Humanos e Transição Justa. O texto faz parte da newsletter exclusiva enviada todas as sextas, em primeira mão, para assinantes dos Planos Completo e Comunidade da Matinal. A edição traz também conteúdos exclusivos como análises, sugestões de leitura e uma curadoria de notícias sobre gênero, diversidade e direitos humanos. Assine a Matinal e receba mais conteúdos exclusivos por e-mail!

E mais: Geovana Benites escreve sobre a exposição da artista Brígida Baltar em Porto Alegre.

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TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Atraso no recolhimento de podas, galhos e resíduos vegetais em Torres decorre de problema burocrático - Na segunda-feira (16), na sessão da Câmara de Torres, muitos dos vereadores que utilizaram a tribuna solicitaram providências para recolhimento deste mesmo tipo de resíduos

Comentário - Danda Pereira - Estou na espera faz tempo e nada , até quando? Até as próximas eleições?

Prefeitura de Torres se une a luta por preços justos da banana da região junto a Ceasa - Secretário Gilberto Bock foi a Câmara salientar que bananicultores da região de Torres estão com preços de aumento de oferta quando, ao contrário, produziram menos

SAMBAQUIANOS: Os primeiros habitantes do sítio das Torres - Comecemos pelo princípio da povoação da região de Torres: por aqueles que estavam aqui muito antes de nós — os sambaquianos, ocupação nativa pré-histórica (Texto por Roni Dalpiaz )

Equipe torrense conquista Taça Sul Juvenil Feminina de Handebol de forma invicta

Primeiros avistamentos de baleias-francas na temporada já estão ocorrendo na região de Torres

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Oito mortos no acidente com balão em Praia Grande

Quem são as vítimas do acidente que deixou oito mortos em SC

Balão com 21 pessoas a bordo pegou fogo em Praia Grande (SC); 13 pessoas sobreviveram

Queda de um balão na região de Praia Grande (SC) deixa oito mortos - (crédito: Reprodução/Redes sociais )

A queda de um balão na região de Praia Grande (SC) com 21 pessoas a bordo causou a morte de oito pessoas neste sábado (21/6). O veículo pegou fogo devido a um maçarico destinado a reacender a chama caso o fogo apagasse durante o voo, não é sabido se o equipamento foi acionado ou se foi uma chama espontânea. 

Entre as pessoas que estavam no balão, 13 sobreviveram, incluindo o piloto. Vejam quem são os oito mortos na tragédia.  

00:00/02:06

Truvid

Leise e Leane Hermann

A médica Leise Herrmann Parizotto era servidora pública do município de Blumenau (SC). Ela estava acompanhada da mãe, Leane Herrmann. Nas redes sociais, a Prefeitura Municipal lamentou a perda.

Leane HerrmannReprodução/Redes sociais

Leise Herrmann ParizottoReprodução/Redes sociais

Leandro Luzzi

O patinador artístico e treinador Leandro Luzzi também foi uma das vítimas do acidente. Morador de Brusque (SC), Leandro era Diretor Técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística. “Leandro foi um profissional dedicado, apaixonado pelo que fazia e um verdadeiro exemplo para atletas, colegas e toda a comunidade da patinação”, lamentou a organização. A escola de patinação Patinazzi, onde o atleta atuava, descreveu o jovem como “uma inspiração dentro e fora das pistas”.

Leandro Luzzi(foto: Reprodução/Redes sociais)

Janaina Moreira Soares da Rocha e Everaldo da Rocha

O casal de Joinville (SC), Janaina Moreira Soares da Rocha, 46, e Everaldo da Rocha, 53, estava a passeio na cidade. A Prefeitura lamentou o ocorrido. Segundo o NSC Total, os dois estavam com os filhos, que sobreviveram.

Janaina Moreira Soares da Rocha e Everaldo da Rocha(foto: Reprodução/Redes sociais)

Andrei Gabriel de Melo

O médico oftalmologista Andrei, de Fraiburgo (SC), também está entre as vítimas da tragédia. A Prefeitura prestou solidariedade à família. Ele era filho de uma servidora municipal do município.

Andrei Gabriel de Melo(foto: Reprodução/Redes sociais)

Fabio Luiz Izycki e Juliane Jacinta Sawicki

O casal gaúcho Fabio Luiz Izycki e Juliane Jacinta Sawicki morava em Barão de Cotegipe (RS). Ele atuava em uma agência do Banco do Brasil, e ela era engenheira agrônoma.

Informe-se sobre as ações da Prefeitura Municipal de Torres

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Depois de ataques ao Irã, Trump fala em mudar regime no Irã  

O ESP-Irã fecha as portas para a diplomacia e ameaça bloquear rota do petróelo

FSP – Irã reage aos Estados Unidos, ataca Israel e ameaça fechar rota do petróleo. Teerã nega aniquilamento

ZH – Os reflexos políticos e econômicos da entrada dos Estados Unidos na guerra entre Israel e Irã

JORNAL DO COMÉRCIO POA RS - Rio dos Sinos excede cota de inundação e risco é muito alto, aponta Defesa Civil

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O Assunto g1 dia -Os EUA na guerra – e um retrato do Irã e dos iranianos - Os EUA na guerra – e um retrato do Irã e dos iranianos - O Assunto #1494 | O Assunto | G1

Era madrugada de domingo no Irã quando os EUA lançaram uma ofensiva contra três instalações nucleares iranianas. Depois de dias de suspense sobre a entrada ou não no conflito entre Israel e o regime de Teerã, Donald Trump anunciou que as instalações de Fordow, Natanz e Esfahan tinham sido alvo de ataques aéreos americanos. Como resposta, o parlamento iraniano aprovou fechar o Estreito de Ormuz, responsável por 20% da rota mundial de petróleo.

Na primeira parte deste episódio de O Assunto, Natuza Nery conversa com Oliver Stuenkel para analisar as consequências imediatas da entrada dos EUA na guerra. Oliver, que é professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador de Harvard e do Carnegie Endowment, responde a quais riscos Trump se submeteu ao atacar o Irã, e as possíveis respostas de Teerã. Ele avalia ainda os prováveis efeitos econômicos caso o fechamento do Estreito de Ormuz se concretize.

Depois, Natuza recebe Samy Adghirni, jornalista da Bloomberg baseado em Paris que foi correspondente no Irã de 2011 a 2014. Autor do livro “Os Iranianos”, Samy traça a riqueza da história persa e os motivos pelos quais os iranianos são tão orgulhos de sua cultura: “O Irã mais do que um país, é uma civilização”. Ele apresenta também um panorama sobre as contradições atuais do país: uma sociedade moderna que coexiste com um regime teocrático, opressor e violento – especialmente com as mulheres. “A situação atual do Oriente Médio mostra o aumento da fraqueza desse regime”, conclui.

O que você precisa saber:

Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: como ataque dos EUA muda guerra Irã x Israel

 

Editorial Cultural FM Torres  = www.culturalfm.com – 23 junho

Os extremos em ação

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com  22 JUBHI

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link:

https://gilvanmelo.blogspot.com/

Índice:

domingo, 22 de junho de 2025

Opinião do dia - Antonio Gramsci

I. Alguns pontos preliminares de referência

É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos. É preciso, portanto, demonstrar preliminarmente que todos os homens são “filósofos”, definindo os limites e as características desta “filosofia espontânea”, peculiar a “todo o mundo”, isto é, da filosofia que está contida: 1) na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; 2) no senso comum e no bom senso; 3) na religião popular e, consequentemente, em todo o sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que geralmente se conhece por “folclore”. Após demonstrar que todos são filósofos, ainda que a seu modo, inconscientemente — já que, até mesmo na mais simples manifestação de uma atividade intelectual qualquer, na “linguagem”, está contida uma determinada concepção do mundo —, passa-se ao segundo momento, ao momento da crítica e da consciência, ou seja, ao seguinte problema: é preferível “pensar” sem disto ter consciência crítica, de uma maneira desagregada e ocasional, isto é, “participar” de uma concepção do mundo “imposta” mecanicamente pelo ambiente exterior, ou seja, por um dos muitos grupos sociais nos quais todos estão automaticamente envolvidos desde sua entrada no mundo consciente (e que pode ser a própria aldeia ou a província, pode se originar na paróquia e na “atividade intelectual” do vigário ou do velho patriarca, cuja “sabedoria” dita leis, na mulher que herdou a sabedoria das bruxas ou no pequeno intelectual avinagrado pela própria estupidez e pela impotência para a ação), ou é preferível elaborar a própria concepção do mundo de uma maneira consciente e crítica e, portanto, em ligação com este trabalho do próprio cérebro, escolher a própria esfera de atividade, participar ativamente na produção da história do mundo, ser o guia de si mesmo e não mais aceitar do exterior, passiva e servilmente, a marca da própria personalidade?

*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, v. 1, p.93-4. 5ª edição – Civilização Brasileira, 2011.

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Ampliação da Câmara desafia vontade popular - O Globo   Três em quatro brasileiros são contra projeto que cria mais vagas de deputado. Senado precisa barrá-lo

Deveria servir de alerta aos congressistas o resultado de pesquisa Datafolha mostrando que três em cada quatro brasileiros (76%) são contra o aumento do número de deputados federais de 513 para 531, aprovado pela Câmara no início do mês passado e em análise no Senado. De acordo com o levantamento, apenas 20% se mostraram favoráveis.

Pela Constituição, cada uma das 27 unidades da Federação tem no mínimo oito e no máximo 70 deputados, dependendo do tamanho da população. Em agosto de 2023, ao julgar ação impetrada pelo governo do Pará, o Supremo Tribunal Federal fixou prazo, até 30 de junho deste ano, para que o Congresso redistribuísse as cadeiras com base na população apurada pelo último Censo — isso não acontecia desde 1993. O que era para ser um rearranjo das bancadas acabou se transformando em oportunidade para aumentá-las. A aritmética criativa dos congressistas resultou no acréscimo de 18 deputados, realidade que destoa de outros países. Os Estados Unidos têm o mesmo número de representantes (435) desde 1929. A Itália reduziu os seus de 630 para 400. A Alemanha, de 736 para 630. E por aí afora.

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Esquerda, direita, centro - Luiz Sérgio Henriques  O Estado de S. Paulo  Nem a direita anticonstitucional nem a esquerda sem imaginação são um destino

Num ambiente pavorosamente polarizado – e com uma compreensão curta das exigências que a democracia faz aos seus protagonistas –, um pequeno livro de Norberto Bobbio ainda pode ser lido com proveito. Contextualizemos o livro, Direita e esquerda: Razões e significados de uma distinção política. Eram os anos 1990 do século passado, a esquerda estava em debandada, tanto a comunista quanto a social-democrata. Com um dos lados em retirada, o outro, mesmo vitorioso, deixava de existir como tal. A contraposição clássica, denominada segundo a posição das bancadas parlamentares na França revolucionária, perdia sua motivação.

A política parecia, então, cancelada, dando lugar à mera “administração das coisas”, entendida como a ação humana possível diante da generalização das relações mercantis. A globalização inevitável dispensava direita e esquerda, impondo-se sem discussão o acrônimo raso de Margaret Thatcher – Tina, “there is no alternative”. Bobbio, com coragem intelectual, desmanchava a fantasia economicista e reafirmava, num momento particularmente difícil, a vigência da distinção e, portanto, de escolhas.

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Lula não tem alternativa a não ser a opção preferencial pelos pobres – Luiz Carlos AzedoCorreio Braziliense  Nas últimas semanas, Lula sofreu um cerco no Congresso, que somente não é de aniquilamento porque outras variáveis influenciam o comportamento do Centrão

Ninguém morre antes de morrer. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu enfrentar o Centrão em relação à política tributária porque se sentiu muito acuado e já se deu conta de que os "companheiros de viagem" desembarcaram de seu projeto de reeleição. Desde quando seus principais líderes declinaram de participar do governo. Foram os casos, por exemplo, dos ex-presidentes do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que mantêm distância regulamentar do governo.

Havia uma possibilidade de ampliação da coalizão de governo, com a incorporação de lideranças que fossem maiores do que os ministérios que deveriam ocupar, mas os resultados eleitorais de 2024 consolidaram a fragilidade dos partidos de esquerda e fortaleceram os partidos do Centrão. Especialmente o PSD, de Gilberto Kassab, o visionário da grande reestruturação do sistema partidário em curso, cuja tática de manter um pé em cada canoa e disputar os grandes quadros políticos náufragos desse realinhamento vem dando excelentes resultados em diversos estados.

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Prosperidade X religiosidade - Merval Pereira - O Globo   A esquerda brasileira, especialmente o PT, nascida da Teoria da Libertação, não encontrou o respaldo permanente na Igreja Católica e, juntamente com ela, perdeu espaço no seio dos desvalidos

Se juntarmos a multidão de milhões de evangélicos reunida na Marcha para Jesus com a pesquisa DataFolha que mostra que a maioria dos brasileiros prefere o trabalho independente a ter carteira assinada, teremos um bom retrato da realidade brasileira. A esquerda brasileira não entendeu ainda o que se passa na cabeça dos brasileiros de classe média, que procuram um sentido de prosperidade pessoal em seu trabalho e em sua religião.

Segundo a pesquisa, os trabalhadores que ganham até dois salários-mínimos, onde o PT predomina, são aqueles que preferem a carteira assinada. A maioria dos que preferem um trabalho autônomo para ganhar mais é de eleitores do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. O último censo mostrou que os evangélicos continuam crescendo, embora em ritmo menor, e a teoria da prosperidade, vendida por pastores menos ortodoxos, encontra mentes ávidas por uma saída do cotidiano de precariedade.

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Visão militar sobre o golpe - Míriam Leitão   O Globo    Fontes do Exército dizem que tem havido punições internas ao golpismo, e que o papel institucional dos militares está se fortalecendo

O Exército já puniu 40 militares ligados aos eventos que levaram à tentativa de golpe. Dentro da Força se diz que tudo isso servirá para confirmar a sua verdadeira função institucional e afastar a interpretação errada do artigo 142 da Constituição. Generais, que acompanham o julgamento dos golpistas no STF, afirmam que o assunto está “circunscrito à área política” e torcem para que alguns consigam provar inocência, como o general Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira.

O ph da grafia antiga do som da letra “f”, no nome dele, não é por acaso. Essa é uma família tradicional no Exército, que faz parte da história da instituição. Ele é o sexto general Theóphilo de Oliveira. Acusado de fatos graves, ele chefiava o Coter, Comando de Operações Terrestres, e se reuniu com o então presidente Bolsonaro num momento crucial da conspiração, quando o general Freire Gomes negava apoio ao golpe. É uma família tão tradicional que foi a única a ter autorização para usar barba no Exército. Essa exclusividade da família Theóphilo durou 150 anos.

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Golpe em gerúndio - Bernardo Mello Franco   O Globo   Em novo livro, professor da USP relembra marcha autoritária e critica longa inércia dos democratas diante dos ataques do capitão: "O pior negacionismo não era o dele"

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o início da pandemia e instou todos os países a fazerem o possível para conter o coronavírus e salvar vidas. Quatro dias depois, o presidente do Brasil deu uma banana para as recomendações sanitárias e confraternizou com apoiadores que urravam por “intervenção militar”.

Sem máscara e de camisa da seleção, Jair Bolsonaro apertou as mãos de seguidores aglomerados em frente ao Planalto. “O presidente em pessoa extrapolava seus limites funcionais, quebrava o decoro e instava o povo a atacar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal”, escreve Eugênio Bucci em “Que Não Se Repita: A Quase Morte da Democracia Brasileira”.

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Reino Unido: reformas que desafiam o constitucionalismo liberal - Bruno Dantas*  - Correio Braziliense  - As reformas em curso propõem restringir o direito de protesto com base em critérios vagos como "ruído excessivo" ou "perturbação injustificada"

"Esta é a mais grave ameaça às liberdades civis em uma geração." Assim inicia o editorial do The Guardian, de 21 de junho de 2025, ao denunciar as propostas legislativas que, sob o pretexto de fortalecer a autoridade estatal, podem desfigurar garantias centrais do Estado de Direito britânico.

As reformas em curso propõem restringir o direito de protesto com base em critérios vagos como "ruído excessivo" ou "perturbação injustificada". Paralelamente, pretendem blindar certas decisões administrativas contra a revisão judicial, especialmente quando relacionadas a políticas públicas de "alta política".

A justificativa invoca estabilidade e eficiência. Mas o efeito, como bem observa o editorial, é o esvaziamento silencioso de liberdades conquistadas historicamente. Como advertia A. V. Dicey, a essência do rule of law está em submeter todo exercício de autoridade à legalidade — e não em proteger o poder de sua própria responsabilidade.

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Cinzas – Dorrit Harazim    O Globo   Enquanto for liderado por um narcisista como Netanyahu, país continuará sua insana marcha de afirmação pela força

Dias atrás, com Israel espremido entre a glorificação de sua soberania militar e a angústia de viver em nova frente de guerra, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tentou uma abordagem churchilliana para falar à nação. O pronunciamento se pretendeu solene. Teve como pano de fundo o hospital Soroka de Beersheva, atingido pouco antes por um míssil iraniano que causou ferimentos e danos.

— Isso evoca o povo britânico durante a blitz — proclamou “Bibi”, referindo-se à chuva de bombas nazistas sobre o Reino Unido na Segunda Guerra.

Pediu sacrifícios. Para não variar, isso resulta em desastre. Desde o 13 de maio de 1940, todo líder de guerra que fala em sacrifícios se sente rugindo como o leão Winston Churchill na Câmara dos Comuns:

— Não tenho nada a oferecer senão sangue, trabalho, lágrimas e suor...

O que ofereceu Netanyahu ao país que governa há 17 anos? Um sacrifício familiar que julgou à altura do momento histórico:

— Cada um de nós carrega um custo pessoal, e nossa família não é exceção. Esta é a segunda vez que o casamento de meu filho Avner foi cancelado por ameaças de mísseis. O custo pessoal para sua noiva também é grande.

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Mais um erro - Eliane Cantanhêde  O Estado de S. Paulo   Lula quer visitar Kirchner na Argentina? Um erro diplomático e, mais ainda, de política interna

O presidente Lula deveria pensar muito bem antes de visitar a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que foi condenada pela Justiça e está em prisão domiciliar, de tornozeleira, em Buenos Aires. Os problemas diplomáticos são o de menos, o que pode complicar muito essa visitinha é a repercussão aqui no Brasil.

A desde sempre polêmica Cristina, que se diz “de esquerda”, não está presa por “perseguição política” ou coisas do gênero, mas pela velha corrupção que grassa lá, na Argentina, como cá, no Brasil. Lula prestando solidariedade a uma – aliás, mais uma – condenada por corrupção? Não parece uma boa ideia.

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Populismo e caça ao voto ameaçam gestão Lula - Rolf Kuntz  O Estado de S. Paulo   Sem planejamento e sem rumo claro, o presidente aposta nos gastos e no populismo para preservar seus seguidores

Juros altos, baixo investimento, inflação bem acima da meta e economia sem perspectiva de longo prazo marcam o cenário a pouco mais de um ano das eleições. Sem planejamento e sem rumo claro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta nos gastos e no populismo para preservar seus seguidores – e parece ter algum sucesso, neste momento, principalmente entre os mais pobres. Pesquisas, no entanto, indicam empate no segundo turno e elevada rejeição. Por enquanto, a economia avança, embora menos velozmente do que no primeiro trimestre, mas os preços no varejo permanecem desarrumados e as projeções de inflação seguem elevadas.

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A encruzilhada de Trump - Lourival Sant’Anna  O Estado de S. Paulo   Destruição de Fordow é necessária, mas só mudança de regime evitaria que Irã obtenha a bomba

Ao ordenar o bombardeio das instalações nucleares iranianas, Donald Trump tomou a decisão potencialmente mais importante de sua presidência, que poderá moldar sua biografia política. A destruição da instalação de Fordow é condição necessária, mas não suficiente para impedir o Irã de obter bombas nucleares: seria necessária a mudança de regime.

Trump construiu sua carreira política sobre a promessa de desengajar os EUA de “guerras infinitas” como a do Afeganistão e do Iraque, que mataram 7 mil soldados americanos e consumiram US$ 2 trilhões. Por outro lado, ele nutre há décadas uma repulsa à proliferação nuclear – desde que seu tio, físico nuclear, explicou-lhe na juventude o que ela significava – e simpatia por Israel.

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Por que Flávio Bolsonaro está solto? - Celso Rocha de Barros  - Folha de S. Paulo   Em entrevista à Folha, Flávio nos contou que o próximo golpe já está marcado para 2027

Flávio Bolsonaro disse à Folha que em 2026 Jair Bolsonaro só apoiará um candidato a presidente se ele prometer dar um golpe de Estado quando o STF disser que anistiar golpista é inconstitucional.

Ou seja, se Jair Bolsonaro apoiar um candidato a presidente em 2026, você já sabe: o sujeito prometeu ao Jair um golpe de Estado.

Flávio Bolsonaro não é Carluxo nem Eduardo. Não tem reputação de maluco. Disse o que disse por cálculo e disse por ordem do pai.

entrevista à Folha foi o primeiro serviço prestado por Flávio Bolsonaro à democracia brasileira em uma vida cujos destaques até agora haviam sido um desmaio em debate, o Queiroz e uma mansão comprada com dinheiro vivo.

O que Flávio deixou claro é que, se o sujeito for apoiado por Bolsonaro, não interessa se tem verniz de moderninho ou aquela reputação de competência técnica que o sujeito adquire automaticamente assim que o mercado resolve votar nele.

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A variável mental na política - Muniz Sodré*   Folha de S. Paulo    Enquanto o STF brasileiro foi violado só pela ditadura militar, os EUA têm história de investidas contra sua Suprema Corte

Quando da Revolta da Armada em 1893, era presidente Floriano Peixoto, o Marechal de Ferro. Navios estrangeiros ancorados no porto consultaram como seriam recebidos se decidissem proteger os interesses locais de seus países. Floriano respondeu: "À bala!". Primeira República, o arroubo de soberania talvez espelhasse mais a mente explosiva do Marechal do que o real sentimento de uma nação ainda alheia ao Estado. Bravata ou não, foi respeitado.

Cabe essa rememoração em época de fraca energia das soberanias nacionais, não por efeito colateral da globalização, mas por vulnerabilidade aos surtos de um neoimperialismo. Vulneráveis são os processos políticos que trocam espaço nacional pela efemeridade das redes, onde o que se diz não corresponde a qualquer princípio de organização social, mas a influências distantes da lógica da vida. O virtual arroga-se superior às demarcações territoriais e favorece uma subjetividade política sem identidade de classe.

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O equivocado convicto - Dora Kramer   Folha de S. Paulo   Lula cria as próprias dificuldades ao persistir nos erros com absoluta certeza de que está certo

Autoconfiança é uma coisa, mas a capacidade de errar com absoluta convicção é diferente e geralmente senta praça na antessala do infortúnio.

É o risco que corre o presidente Lula (PT) ao insistir em dar murros na ponta das evidências como se a elas cumprisse o dever de se dobrar a vontades e realizar expectativas.

governo gasta o dobro do que arrecada, não entrega um bom serviço e ainda se arvora o direito de aumentar impostos sob a rubrica da justiça social recentemente convocada para dar a Lula ares de Robin Hood.

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Direitão do Congresso ataca o país - Vinicius Torres Freire   Folha de S. Paulo  Direitão aprova leis ruinosas, faz chantagem e acha que Dino e Lula conspiram para segurar dinheiro

Depois de voltarem das férias juninas e julinas, os parlamentares devem tratar da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês. O governo quer compensar essa isenção cobrando imposto de mais ricos.

Na atual pindaíba, seria o caso de cobrar imposto de rico e não isentar ninguém, mas isso é devaneio. Realista é estimar que o direitão do Congresso talvez aprove a isenção sem providenciar receita para cobrir o buraco. "Talvez": a depender da conjuntura político-eleitoral, pode ser que não se dê essa lambuja a Luiz Inácio Lula da Silva.

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Deus já foi casado - Hélio Schwartsman   Folha de S. Paulo    Com erudição e ótimas histórias, livro faz a genealogia da moral sexual de diferentes ramos do cristianismo

Confesso que comprei "Lower Than the Angels" (mais baixo que os anjos), de Diarmaid MacCulloch, em busca de sacanagem. O subtítulo do livro, afinal, é "uma história de sexo e cristianismo". E a obra não decepciona. A sacanagem está lá, mas "Lower..." é muito mais do que um catálogo de histórias picantes.

O livro é deliciosamente erudito. O Venerável Beda é citado nada menos do que 19 vezes; João Crisóstomo, 18. E é informativo também. Nele eu aprendi que Jeová, sim, aquele que separou a luz das trevas, foi durante vários séculos casado. Sua mulher, como atestam inscrições do século 8 a.C., chamava-se Asherah e era objeto de devoção dos hebreus. A explicação para isso é que o monoteísmo que Lhe custou a esposa demorou para se fixar. Nesse entremeio Ele conviveu com outros deuses —e deusas.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:25:00 Nenhum comentário:  

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Outro regime no Ocidente é possível? Crítica a Perry Anderson - Ronaldo Tadeu de Souza*

Blog Boitempo, Publicado em 16/06/2025 

Em importante artigo publicado na London Review of Books (vol. 47, 03 de abril de 2025), intitulado “Regime Change in the West?” [Mudança de regime no Ocidente?], o historiador e ensaísta Perry Anderson, membro do comitê editorial da prestigiada revista inglesa de esquerda New Left Review, propõe uma análise sobre quais as condições do Ocidente erigir uma nova ordem econômica, política e social em alternativa ao neoliberalismo. Combinando abordagem de longa duração com história intelectual e averiguação da conjuntura, Anderson sugere que diante do quadro indisputável da atual predominância das forças da direita ultraliberal, o campo alargado de esquerda tem de não mais enfrentar o conjunto das ideias e práticas hayekianas na perspectiva de apresentar uma teorização coerente e desenvolvida, bem como ações políticas que suplantem definitivamente o regime internacional de livre mercado que vigora desde 1980. Em seu entendimento, a melhor atuação para a esquerda é não aguardar até que “ideias políticas e econômicas comparáveis aos paradigmas keynesiano ou hayekiano” se formem para propor opções a uma alteração considerável ao “modo de produção existente”. “Não necessariamente” isso ocorrerá — nem se pode aguardá-lo — no nosso momento imediato de enfrentamento ao regime neoliberal. O que então Perry Anderson prenuncia? E quais são seus argumentos? 

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:23:00 Nenhum comentário:  

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Fernando Henrique Cardoso: o mestre das horas públicas. - Paulo Baía

Fernando Henrique Cardoso fez noventa e quatro anos. Noventa e quatro. Um tempo que não se mede em calendários, mas em ideias. Um tempo que se dobra sobre a própria história para contemplar, com o silêncio dos sábios e a dignidade dos justos, o país que ajudou a pensar, a escrever, a defender, a transformar. Nessa idade de claridade serena e memória abundante, ele não é apenas um homem que vive. É um tempo que respira. Um corpo que abriga a biografia de uma nação em sua travessia mais difícil: a da escuridão à democracia.

No início de minha jornada como sociólogo, ainda tateando conceitos, aprendendo a desenhar o contorno do mundo com as ferramentas da análise, foi seu nome que apareceu com uma força quase fundadora. Não como um ídolo imaculado, mas como um caminho. FHC me ensinou que a sociologia não era um luxo de gabinete, mas uma forma de insurgência contra o obscurantismo. Que a ciência social não se fazia apenas com citações, mas com coragem. Que a análise estrutural das dependências do continente podia ser também um gesto de amor ao Brasil.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:22:00

 

                    REVISTA SERÁ = Recife PE www.revistasera.info

Índice  20 de junho de 2025

Os Senhores da Guerra – editorial

Guerra. Ou uma metáfora da vida - Luiz Otávio Cavalcanti.

Psicanálise, sociedade e cultura – uma introdução – João Rego

Uma terceira via é viável? - Sérgio C. Buarque

Memórias Afetivas - 50 Anos da Independência de Moçambique - Denise Paiva

Conversas de ½ Minuto (42) ‒ Cantadores (I de II) - José Paulo Cavalcanti Filho

Última Página, a charge de Elson.

Revista Será?

Por um diálogo crítico, independente e transformador

Uma organização sem fins lucrativos.

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TEMA EM DETAQUE NO MÊS DE JUNHO 25

Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada - O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil - Lucianne Carneiro - Valor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:42:00 Nenhum comentário:  

 

BOM DIA , TORRES. ALÔ VALE SAGRADO DO MAMPITUBA, BOM DIA RIO GRANDE
Um programa noticioso da Cultural FM Torres / BRASIL PROGRESSISTA TV
You Tube e Face Book – Cultural FM dia 20 junho – Sextamos!
Diariamente, 7.30 h com retransmissão às12.00h
FIQUE CONOSCO. ACESSE E DIVULGUE CULTURAL FM
www.culturalfm875.com
Acesso aplicativos:
Cultural FM: http://01.stmip.net:8096/listen.pls?sid=1
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A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Alfredo Attié em conversa sobre o novo sistema judicial mexicano -  https://apd.org.br/alfredo-attie-em-conversa-sobre-o-novo-sistema-judicial-mexicano

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTubeEu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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CULTURAL FM – A melhor trilha sonora, a notícia mais independente,  cultura em primeiro lugar, o lugar de fala da comunidade torrense

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INTERNACIONAIS

O Irã rejeitou o ultimato dos Estados Unidos. Ali Khamenei disse que o país não vai se render. Sobre a possibilidade de atacar, Donald Trump respondeu que "pode ser que sim, pode ser que não" e disse que um acordo ainda é possível. Os Estados Unidos são o único país capaz de destruir as usinas subterrâneas de enriquecimento de urânio com suas bombas-bunker. Putin e Xi discutem crise no Oriente Médio e oferecem mediação entre Irã e Israel

O papa Leão XIV pediu que o mundo não se acostume com as guerras. No Mundial de Clubes, surpresa: o Real Madrid empatou na estreia contra o Al-Hilal.

NACIONAIS

A Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações da Abin paralela. Em outra investigação, a PF prendeu um ex-assessor do ex-presidente. Marcelo Câmara é suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid. O Banco Central elevou a taxa de juros para 15%, a taxa mais alta dos últimos dezenove anos. No Rio Grande do Sul, a chuva matou duas pessoas e deixou mais de dois mil desabrigados.

Dino aciona TCU após pedido do governo para dispensar regra de fiscalização sobre emendas Pix e Breno Altman, no 247, diz que Lula está emparedado pelos aliados.

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Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo - No Brasil atual, parece mínimo o espaço para inovações progressistas

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Líderes do Congresso puxam a manada a serviço dos lobbies - Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo - Grande derrotado com derrubada dos vetos é o consumidor, que pagará a conta - CONTINUAR LEITURA

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“Marcha com Jesus” mostra abismo entre Esquerda e Evangélicos. Mas é patética a atitude de brasileiros abraçando a bandeira de outro país com base em argumentos religiosos sem fundamento histórico. Israel atual não é o Israel bíblico.  Muitos o fazem por ignorância. Políticos, por mero oportunismo eleitoral.

CORRESPONDENTE POLÍTICO: Haddad chega ao seu limite? – RED

https://red.org.br/noticias/correspondente-politico-haddad-chega-ao-seu-limite/ O impacto do BOLSA FAMÍLIA, Drauzio Varela

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2025/06/o-impacto-do-bolsa-familia-na-saude-dos-brasileiros.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa

Ratinho Jr quer separar o sul - https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:51542

Governador de Santa Catarina fala em fazer o 'país do Sul': de onde vem o separatismo sulista? Iniciativas que buscam apartar o Sul do restante do Brasil remontam aos tempos do Império e da Primeira República.  Por BBC

Jorginho Mello em evento com Leite e Ratinho Júnior: comentário foi feito quando governador de SC se dirigia aos colegas como pré-candidatos à eleição de 2026 — Foto: Valterci Santos/CBIC"Daqui a pouco, se o negócio não funcionar muito bem lá para cima, nós passamos uma trena para o lado de cá e fazemos 'o Sul é nosso país', né?"  Foi assim, em tom de brincadeira, que o governador de Santa atarina, Jorginho Mello (PL), sugeriu aos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que separassem seus Estados do restante do Brasil.

 Eles dividiram o palco na última quinta-feira (12/6) em um evento em Curitiba realizado por uma entidade da construção civil.

Matéria completa clique abaixo:

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/06/18/governador-de-santa-catarina-fala-em-fazer-o-pais-do-sul-de-onde-vem-o-separatismo-sulista.ghtml

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DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Governo fraco, Congresso destrutivo - Folha de S. Paulo  - Diante da falta de liderança de Lula, parlamentares rejeitam propostas de ajuste fiscal e derrubam vetos corretos

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Perto do fim - Merval Pereira - O Globo - O governo não quer cortar gastos, mas o Congresso e o Judiciário também não querem  CONTINUAR LEITURA

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Taxas de juros e outras questões - Míriam Leitão - O Globo  A decisão do Banco Central de subir juros é exagerada. Os juros estavam altos o suficiente e as projeções inflação já estavam caindo  - CONTINUAR LEITURA

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Copom adota tom conservador para segurar juros altos no mercado - Alex Ribeiro  - Valor Econômico  Mensagem é que os juros vão ficar altos por muito tempo, mas sem previsão de prazo  - CONTINUAR LEITURA

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Congresso faz o que quer e trata Lula como se já fosse um "pato manco" – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense   - O governo não é uma coalizão, é um arquipélago partidário, cujo centro é controlado pelo PT, que o considera "em disputa". Isso não ajuda a estruturar a base e isola o governo

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Ricos e pobres - William Waack  - O Estado de S. Paulo  - A ‘nova’ tática eleitoral do governo dificilmente supera o cansaço em relação a ele  - CONTINUAR LEITURA

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Juros vão a 15%. Mas param por aí - Celso Ming  O Estado de S. Paulo

À última hora, para a definição de sua política de juros, o Banco Central teve de levar em conta que o mundo ficou pior. Precisou avaliar o impacto das grandes mudanças geopolíticas e econômicas ocorridas desde a reunião anterior do Copom (de 7 de maio), quando pareceu sinalizar uma pausa no ciclo de alta dos juros. CONTINUAR LEITURA

 

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BC marca três acertos de uma vez - Alvaro Gribel  - O Estado de S. Paulo - Se alguém tinha dúvidas sobre a independência do BC neste governo Lula, vai ter de repensar

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Reis do ovo da serpente mentem e armam bote em meio a pandemia fiscal de Lula - Marcos Augusto Gonçalves - Folha de S. Paulo   - Entrevista de empresário à Folha expõe espírito reacionário que pode se aproveitar da impopularidade e de erros do petista

 

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Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo - No Brasil atual, parece mínimo o espaço para inovações progressistas -

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Líderes do Congresso puxam a manada a serviço dos lobbies - Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo - Grande derrotado com derrubada dos vetos é o consumidor, que pagará a conta  - CONTINUAR LEITURA

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BC avisa que juro cai no dia de são Nunca, de tarde - Vinicius Torres Freire  Folha de S. Paulo - BC quer levar donos do dinheiro a baixar projeção de IPCA e evitar queda de juros no mercado  - CONTINUAR LEITURA

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RIO GRANDE DO SUL – POA

Canoas debaixo d´água - https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/06/18/agua-da-chuva-inunda-casas-em-canoas-uma-das-cidades-do-rs-mais-atingidas-na-enchente-de-2024-perdemos-tudo-de-novo-diz-morador.ghtml

TORRES E REGIÃO

ESPAÇO PLURAL – Especialistas criticam porto em A.do Sal - https://www.youtube.com/live/mrKtSlj_atQ?si=FqqIRLag9hFspsj0

JORNAL MATINAL POA/RS – 20 junho de 25

Bom dia. Com a rápida elevação do nível do Guaíba e duas mortes confirmadas no interior do estado, o Rio Grande do Sul volta a viver dias de apreensão por conta das chuvas intensas. A newsletter de hoje traz um panorama atualizado da situação no estado e na capital.

Também repercutimos a aprovação, na Câmara, do projeto que muda o caráter do conselho do DMLU, que deixa de ser deliberativo para se tornar consultivo, em meio ao andamento da PPP dos Resíduos Sólidos.

 

 

A News do Roger, que será enviada no fim da manhã para apoiadores da Matinal dos planos Completo e Comunidade, destaca a exposição póstuma de Brígida Baltar no Instituto Ling e as estreias de Levados pelas Marés, Três Amigas e Andy Warhol – Um Sonho Americano.

Na Tudo é Gênero, que também chega logo mais na caixa de entrada dos assinantes, Marcela Donini traz trechos exclusivos da entrevista com Denise Dora, com foco nas políticas de combate à violência contra a mulher. E sábado, também exclusivo para aqueles que nos apoiam, uma edição da Parêntese com estreia do folhetim de Tônio Caetano, uma crônica da antropóloga Marília Kosby sobre nossa relação com os animais, além de ensaios e muito mais. Considere assinar a Matinal para receber o conteúdo na íntegra.

TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Preferência para torrenses em novos espaços para quiosques está sendo demandado por políticos em Torres = Possibilidade de aumentar o número de empreendimentos concedidos das barracas de beira de praia foi anunciado, levantando assunto na Câmara (mesmo em baixa temporada.

Comentário CARLOS LUIZ - Vai faltar lugar na praia prós banhistas, neste ano já foi complicado, os donos de locação de gazebo delimitam os lugares montando eles cedo ocupando lugar na areia como se fossem donos da praia. Quanto Os preços são absurdamente caros, entendo que eles tem que faturar, mas não afundar a faca nos clientes. Vamos ter que atravessar a ponte e ir pra Passos de Torres.

APAE Torres já pode receber os R$ 420 mil repassados pela Câmara de Vereadores

ANÁLISE E OPINIÃO – A GUERRA ISRAEL X IRÃ - O conflito aberto entre Israel e Irã, imenso país, com 90 milhões de habitantes, com raízes e cultura herdadas do clássico Império Persa, iniciou-se com um severo ataque - de surpresa, sem declaração de guerra... e o conflito se insere em dois processos... (por Paulo Cezar Timm) Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Dólar alivia inflação e IPCA deve ficar em 5% neste ano. Após alta dos juros , dólar tende a cair

O ESP- Irã tenta acordo com os Estados Unidos. Trump adia decisão para atacar.

FSP – Gasto sob Lula cresce em ritmo de  quase o dobro que a arrecadação. O próprio governo prevê a possibilidade de  um colapso em 27

ZH – Crise climática : Á espera do curso das águas.

JORNAL DO COMÉRCIO – POA/RS- Fábricas de celulose e de pellets devem impulsionar plantio de eucalipto no RS

O Assunto g1 dia - Existe solução de paz para o Oriente Médio?

Existe solução de paz para o Oriente Médio? - O Assunto #1493 | O Assunto | G1

A instabilidade é permanente e se espalha por vários territórios. Na Faixa de Gaza, uma guerra que já dura mais de 600 dias e que provoca uma crise humanitária sem precedentes. No Líbano, a população vive sob os ataques do grupo Hezbollah e do exército israelense. Na Síria, o fim de uma longa ditadura deu lugar a um país cujo comando está fragmentado. No Iêmen, os rebeldes Houthis também estão envolvidos em conflitos.

Agora, desde o início da troca de bombardeios entre Israel e Irã, a tensão escalou para a iminência de uma guerra total entre os dois países militarmente mais poderosos da região -- um risco que cresce com os sinais enviados por Donald Trump de que os EUA podem entrar no conflito.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Guga Chacra para explicar as origens dessas instabilidades. O comentarista da Globo, da GloboNews, da CBN e colunista do jornal O Globo reconta a história dos insucessos nas tratativas de paz das últimas décadas, analisa os atuais pontos de maior tensão e tenta responder à pergunta: o que fazer para pacificar o Oriente Médio?

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: Israel x Irã e os impactos no Oriente Médio

café da manhã folha uol 20 junho - Pesquisar Imagens

Editorial Cultural  FM Torres – = www.culturalfm.com                          

A CRISE ECONÔMICA DO RS

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

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Índice:

• Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Introdução ao e...

• O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

• Perto do fim - Merval Pereira

• Taxas de juros e outras questões - Míriam Leitão

• Copom adota tom conservador para segurar juros alt...

• Congresso faz o que quer e trata Lula como se já f...

• Ricos e pobres - William Waack

• Juros vão a 15%. Mas param por aí - Celso Ming

• BC marca três acertos de uma vez - Alvaro Gribel

• Reis do ovo da serpente mentem e armam bote em mei...

• Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria ...

• Líderes do Congresso puxam a manada a serviço dos ...

• BC avisa que juro cai no dia de são Nunca, de tard...

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Introdução ao estudo da filosofia)

1) Hegemonia da cultura ocidental sobre toda a cultura mundial. Mesmo admitindo que outras culturas tiveram importância e significação no processo de unificação “hierárquica” da civilização mundial (e, por certo, isto deve ser admiti do inequivocamente), elas tiveram valor universal na medida em que se tornaram elementos constitutivos da cultura européia, a única histórica ou concretamente universal, isto é, na medida em que contribuíram para o processo do pensamento europeu e foram por ele assimiladas.

2) Mas também a cultura européia sofreu um processo de unificação e, no momento histórico que nos interessa, culminou em Hegel e na crítica ao hegelianismo.

3) Dos dois primeiros pontos, resulta que se leva em conta o processo cultural que se encarna nos intelectuais; não cabe tratar das culturas populares, para as quais é impossível falar de elaboração crítica e de processo de desenvolvimento.

4) Tampouco se deve falar dos processos culturais que culminam na atividade real, como se verificou na França do século XVIII; ou, pelo menos, só se deve falar deles em conexão com o processo que culminou em Hegel e na filosofia clássica alemã, como uma comprovação “prática”, no sentido já várias vezes e alhures mencionado, a saber, no da recíproca tradutibilidade dos dois processos, um, o francês, político-jurídico, o outro, o alemão, teórico-especulativo.

5) Da decomposição do hegelianismo, resulta o início de um novo processo cultural, de caráter diverso dos precedentes, isto é, no qual se unificam o movimento prático e o pensamento teórico (ou buscam unificar-se, através de uma luta teórica e prática).

6) Não é relevante o fato de que este novo movimento tenha seu berço em obras filosóficas medíocres, ou, pelo menos, não em obras-primas filosóficas. O que é relevante é o nascimento de uma nova maneira de conceber o homem e o mundo, e que essa concepção não mais seja reservada aos grandes intelectuais, mas tenda a se tornar popular, de massa, com caráter concretamente mundial, modificando (ainda que através de combinações híbridas) o pensamento popular, a mumificada cultura popular.

7) Que tal início resulte da confluência de vários elementos, aparentemente heterogêneos, não causa espanto: Feuerbach como crítico de Hegel, a escola de Tübingen como afirmação da crítica histórica e filosófica da religião, etc. Aliás, deve-se notar que uma transformação tão radical não podia deixar de ter vinculações com a religião.

8) A filosofia da práxis como resultado e coroamento de toda a história precedente. Da crítica ao hegelianismo, nascem o idealismo moderno e a filosofia da práxis. O imanentismo hegeliano torna-se historicismo; mas só é historicismo absoluto com a filosofia da práxis, historicismo absoluto ou humanismo absoluto. (Equívoco do ateísmo e equívoco do deísmo em muitos idealistas modernos: é evidente que o ateísmo é uma forma puramente negativa e infecunda, a não ser que seja concebido como um período de pura polêmica literária popular.)

*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, V. 1, p. 363-5, 4ª Edição. Civilização Brasileira, 2011

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:52:00 Nenhum comentário:  

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Governo fraco, Congresso destrutivo - Folha de S. Paulo  - Diante da falta de liderança de Lula, parlamentares rejeitam propostas de ajuste fiscal e derrubam vetos corretos

Se havia alguma dúvida quanto à fraqueza política do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, esta semana tratou de dissipá-la.

A tentativa parlamentar de derrubar os decretos presidenciais de aumento do IOF tramitará em regime de urgência. Houve ainda ameaças abertas de que dificilmente será aprovada a medida provisória que elenca providências com o objetivo de diminuir, de modo precário, o déficit das contas do Tesouro Nacional.

Na terça-feira (17), foi instalada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a investigar o roubo de parte de aposentadorias e pensões do INSS. Ademais, uma série de vetos presidenciais foi derrubada com facilidade, para não dizer com escárnio pelos interesses do país.

A debilidade política da administração petista, de fato, é evidente desde as eleições de 2022.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:51:00 Nenhum comentário:  

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Perto do fim - Merval Pereira - O Globo - O governo não quer cortar gastos, mas o Congresso e o Judiciário também não querem

Parece que está chegando o fim do mundo, e não estou falando sobre a entrada dos Estados Unidos na guerra de Israel contra o Irã. Trato de coisas nossas, como as recentes decisões do Congresso que aumentam gastos em benefício dos parlamentares. Em plena discussão sobre a necessidade de cortar gastos, o Congresso recusa-se a aumentar imposto, no que está certo, mas aumenta suas vantagens como se não houvesse amanhã. O pior, para o Brasil, é que provavelmente a oposição que domina o Congresso será governo a partir de 2026 e receberá um país quebrado.

Que tipo de lideranças são essas, que não pensam no futuro do país, preferem tratar do futuro pessoal de cada um, mesmo que agindo assim matem a galinha dos ovos de ouro?

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:50:00 Nenhum comentário:  

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Taxas de juros e outras questões - Míriam Leitão - O Globo  A decisão do Banco Central de subir juros é exagerada. Os juros estavam altos o suficiente e as projeções inflação já estavam caindo

O Copom elevou a taxa de juros para 15%, sem haver qualquer necessidade e com a maioria do mercado apostando em manutenção. A Selic em 14,75% já seria o suficiente para enfrentar a alta da inflação, porque isso representa 8% de juros reais, um número estratosférico. Disse que agora haverá uma “interrupção no ciclo de alta dos juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado”, e avisou que não hesitará em voltar a subir a taxa. A inflação está em queda, as projeções do mercado e do Banco Central estão sendo reduzidas, e a economia está desacelerando. A dose até agora aplicada na economia está fazendo efeito.

Não foi grande o aumento dos juros, apenas metade de meio ponto percentual, mas a decisão mostra um Banco Central inseguro, querendo provar que é “hawkish”, mais do que uma avaliação de que tecnicamente era preciso subir as taxas de juros.

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Copom adota tom conservador para segurar juros altos no mercado - Alex Ribeiro  - Valor Econômico  Mensagem é que os juros vão ficar altos por muito tempo, mas sem previsão de prazo

A decisão desta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central era menos sobre uma alta residual de juros e mais sobre como convencer os mercados de que está comprometido com a estratégia de manter os juros altos por muito tempo.

É nesse contexto que devem ser entendidos tanto a decisão de levar a taxa Selic para 15% ao ano, maior percentual em quase duas décadas, como o tom conservador que permeia todo o comunicado divulgado.

A mensagem é que os juros vão ficar altos por muito tempo. Quanto tempo? Os participantes do mercado financeiro vão fazer as contas, mas isso é algo em aberto para o Copom: vai depender de quanto tempo for necessário para levar a inflação à meta.

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Congresso faz o que quer e trata Lula como se já fosse um "pato manco" – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense   - O governo não é uma coalizão, é um arquipélago partidário, cujo centro é controlado pelo PT, que o considera "em disputa". Isso não ajuda a estruturar a base e isola o governo

Para não dizer que não falei das pesquisas que avaliam o governo Lula, aqui vai um resumo da ópera. Datafolha (10-11 de junho): aprovação, 28%; desaprovação, 40%. Ipsos Ipec (junho): ruim/péssima, 43%; ótima/boa, 25%; regular, 29%; forma de governar: aprovação, 39%; desaprovação, 55%; confiança no presidente: confiável, 37%; não confiável, 58%. CNT/MDA (17 de junho): aprovação, 40,7%; desaprovação, 52,9%.

Qualquer que seja a pesquisa, variando entre 25% e 40% , a aprovação se mantém num patamar que coloca em risco a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua rejeição está entre 40% e 53%, o que dificulta muito uma avaliação generosa do tipo "copo pela metade": ninguém pode afirmar que está quase cheio.

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Ricos e pobres - William Waack  - O Estado de S. Paulo  - A ‘nova’ tática eleitoral do governo dificilmente supera o cansaço em relação a ele

A “fórmula mágica” adotada pelo Planalto para manter esperanças de vitória em 2026 é basicamente retornar ao Lula do “rico contra os pobres” de uns 30 anos atrás. É quando ele perdia eleições. Implícita nessa postura está a constatação, também dentro do Planalto, de que o “simples” assistencialismo não funciona mais como fábrica de votos. Daí a “pegada” mais agressiva, abraçada também pelo ministro da Fazenda – que está devolvendo ao “mercado” o aberto desprezo com que vem sendo tratado nos bastidores.

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Juros vão a 15%. Mas param por aí - Celso Ming  O Estado de S. Paulo

À última hora, para a definição de sua política de juros, o Banco Central teve de levar em conta que o mundo ficou pior. Precisou avaliar o impacto das grandes mudanças geopolíticas e econômicas ocorridas desde a reunião anterior do Copom (de 7 de maio), quando pareceu sinalizar uma pausa no ciclo de alta dos juros.

A mais importante dessas mudanças é a deflagração da guerra entre Israel e Irã, que levantou novas incertezas sobre o comportamento da inflação global, inclusive a do Brasil.

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BC marca três acertos de uma vez - Alvaro Gribel  - O Estado de S. Paulo - Se alguém tinha dúvidas sobre a independência do BC neste governo Lula, vai ter de repensar

O Banco Central acertou três vezes ao subir os juros para 15% ao ano na reunião de ontem. Primeiro, surpreendeu parte do mercado com a alta adicional de 0,25 ponto porcentual, o que vai ajudar a ancorar as expectativas de inflação. Segundo, deixou claro que os juros vão permanecer elevados por bastante tempo, para evitar interpretações equivocadas de que eles possam cair em virtude das pressões políticas. E, por fim, ainda deixou a porta aberta para um novo ciclo de alta, mais à frente, caso os preços não voltem para o centro da meta.

O BC também tinha motivos para manter a Selic em 14,75%, e não estaria errado se optasse por esse caminho. Mas a alta adicional vai aumentar a confiança de que a inflação não sairá do controle no País, e isso compensa esse torniquete mais apertado na política monetária. Por um lado, o impacto no mercado de juros será residual, já que a taxa já estava bastante alta; por outro, o efeito sobre as expectativas será muito maior, porque não era isso que estava precificado na curva de juros. Ganha-se muito a um custo pequeno.

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Reis do ovo da serpente mentem e armam bote em meio a pandemia fiscal de Lula - Marcos Augusto Gonçalves - Folha de S. Paulo   - Entrevista de empresário à Folha expõe espírito reacionário que pode se aproveitar da impopularidade e de erros do petista

A entrevista do empresário Ricardo Faria, 50, o assim chamado "rei do ovo", publicada por esta Folha no último dia 15, foi um serviço prestado à exposição da estreiteza ordinária e triunfante de um tipo de empreendedor ornado com plumagem liberal que se compraz em papagaiar preconceitos contra os mais pobres, espírito antissocial e falsidades socioeconômicas.

Não se discute que possa ser esperto e muito bem-sucedido em sua atividade. Mantém residência fiscal no paraíso uruguaio e a sede de sua empresa num equivalente europeu, Luxemburgo.

O cartão de visitas das patacoadas proferidas pelo empreendedor foi a declaração a respeito do Bolsa Família. O benefício seria um empecilho à contratação de mão de obra no Brasil, uma vez que "as pessoas estão viciadas" e "presas" ao programa, o que impediria levá-las a "treinar e conseguir dar uma vida melhor".

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Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo - No Brasil atual, parece mínimo o espaço para inovações progressistas

A mais recente pesquisa Datafolha, publicada por etapas a partir de 13/6, destaca dois fatos especialmente importantes para o governo. O primeiro é a dissociação entre os indicadores econômicos positivos —o crescimento do PIB e a expansão do emprego formal— e o sentimento ambíguo dos brasileiros em face da situação do país e de si próprios, agora e no futuro.

Aumentou o contingente dos que acreditam que, nos últimos meses, as coisas mudaram para pior no Brasil, entendendo embora que para eles tudo continuou igual. Por outro lado, são otimistas as expectativas em relação ao país e ao entrevistado, que vê sua vida melhorando, a despeito de prever que a inflação e o desemprego continuarão em alta e que o poder de compra dos salários encolherá em futuro próximo.

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Líderes do Congresso puxam a manada a serviço dos lobbies - Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo - Grande derrotado com derrubada dos vetos é o consumidor, que pagará a conta

Congresso Nacional não derrotou o governo ao derrubar os vetos do presidente Lula e restabelecer jabutis com subsídios setoriais que podem custar R$ 245 bilhões na conta de luz nos próximos 15 anos. O grande derrotado é o consumidor de energia que, no final das contas, vai pagar a fatura.

A preços de hoje, os parlamentares transferiram uma conta de R$ 32 bilhões por ano aos usuários de energia, como apontam cálculos do governo. Vem mais por aí. Outros vetos, que ainda não foram analisados pelos parlamentares, devem custar mais R$ 300 bilhões se forem também rejeitados pelo Legislativo. A pretexto de dar um recado ao governo na guerra deflagrada contra o decreto de alta do IOF de Lula, os líderes do Congresso puxaram a manada para fazer algo que já queriam fazer.

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BC avisa que juro cai no dia de são Nunca, de tarde - Vinicius Torres Freire  Folha de S. Paulo - BC quer levar donos do dinheiro a baixar projeção de IPCA e evitar queda de juros no mercado

A queda da Selic está adiada para o dia de são Nunca, de tarde. Depois, vai cair devagar. No que importa, foi a mensagem do comunicado em que o Banco Central anunciou que a taxa básica de juros passou de 14,75% ao ano para 15%.

Talvez a talagada amarga de remédio sirva para abreviar a doença. Para parte da esquerda, Gabriel Galípolo estaria "à direita" de Roberto Campos Neto. Pois é. A gente não vai longe.

A linguagem foi tão relevante quanto o aumento: o BC vai observar expectativas de inflação e conjuntura a fim de avaliar se a Selic, em nível de arrocho "por período bastante prolongado", basta para levar a inflação à meta. Enfatizou: "exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado".

O BC anunciou que suspende a campanha de alta de juros, com ressalva retórica, a fim de reforçar o tempero de dureza: "não hesitará" em elevar a Selic.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:01:00

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Tema em destaque no mês de junho – O TRABALHO INFORMAL

 

 

Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada - O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil - Lucianne Carneiro - Valor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:42:00 Nenhum comentário:  

 

 

A mensagem de Francisco

O QEU VOCÊ ACHA DESTE VÍDEO DO PAPA FRANCISCO? - YouTube

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Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”.

Alfredo Attié em conversa sobre o novo sistema judicial mexicano -  https://apd.org.br/alfredo-attie-em-conversa-sobre-o-novo-sistema-judicial-mexicano

Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”/ = Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais - Home - AEPET - Associação dos Engenheiros da Petrobrás

Adeus “O petróleo é nosso”! Jorn. Beto Almeida entrevista o geólogo Guilherme Estrela sobre Projeto Lei de Lula que entrega nosso petról em Latitud Brasil

Bolsa Família salvou mais de 700 mil vidas e evitou 8 milhões de internações em duas décadas | Agência Fiocruz de Notícias
https://agencia.fiocruz.br/bolsa-familia-salvou-mais-de-700-mil-vidas-e-evitou-8-milhoes-de-internacoes-em-duas-decadas

Documento sobre el Plan Cóndor no Cone Sul - https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=jDXce-kbP5U

'Anistiar o quê?' Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha defende revisão da Lei de Anistia e critica proposta para os Réus de 8 de janeiro - Ultima Hora Online https://www.ultimahoraonline.com.br/noticia/anistiar-o-que-presidente-do-superior-tribunal-militar-stm-maria-elizabeth-rocha-defende-revisao-da-lei-de-anistia-e-critica-proposta-para-os-reus-de-8-de-janeiro

'Verdadeiros diretórios partidários': bolsonaristas, igrejas evangélicas violam a lei e não são punidas - Jornal da República https://www.jornaldarepublicaonline.com.br/noticia/verdadeiros-diretorios-partidarios-bolsonaristas-igrejas-evangelicas-violam-a-lei-e-nao-sao-punidas

Nordeste: Um Pilar Fundamental Para a Transformação do Brasil em Potência Global. Por Ricardo Guerra = https://x.com/brasil_paraiso/status/1927478622400524665?s=48

Se a China comprar parte da dívida pública brasileira, país avança.- https://www.brasil247.com/entrevistas/se-china-comprar-parte-da-divida-brasileira-o-poder-da-faria-lima-sera-menor-afirma-paulo-nogueira-batista-junior

Anistia – José Geraldo – Ex Reitor da Unb -https://expresso61.com.br/2025/05/28/lido-para-voce-anistia-a-atos-antidemocraticos/

Antonio Risério: A mestiçagem brasileira – 1 = https://disparada.com.br/mesticagem-brasileira-1/

A  brutalidade silenciosa da fome e a contemporaneidade de Josué de Castro. Por Ricardo Guerra - https://x.com/brasil_paraiso/status/1928047171439350210?s=48

Cerco à Amazônia: o Brasil resistiria a uma ação estrangeira? - YouTubeEu sou PAULO TIMM e registro  os temas aqui comentados e respectivos links no site e plataformas  da CULTURAL FM, os quais ficam, também, lançados na correspondente News Letter diária que publicamos e  enviamos a todos os interessados.

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INTERNACIONAIS

O Irã rejeitou o ultimato dos Estados Unidos. Ali Khamenei disse que o país não vai se render. Sobre a possibilidade de atacar, Donald Trump respondeu que "pode ser que sim, pode ser que não" e disse que um acordo ainda é possível. Os Estados Unidos são o único país capaz de destruir as usinas subterrâneas de enriquecimento de urânio com suas bombas-bunker. Putin e Xi discutem crise no Oriente Médio e oferecem mediação entre Irã e Israel

O papa Leão XIV pediu que o mundo não se acostume com as guerras. No Mundial de Clubes, surpresa: o Real Madrid empatou na estreia contra o Al-Hilal.

NACIONAIS

A Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações da Abin paralela. Em outra investigação, a PF prendeu um ex-assessor do ex-presidente. Marcelo Câmara é suspeito de tentar obter informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid. O Banco Central elevou a taxa de juros para 15%, a taxa mais alta dos últimos dezenove anos. No Rio Grande do Sul, a chuva matou duas pessoas e deixou mais de dois mil desabrigados.

Dino aciona TCU após pedido do governo para dispensar regra de fiscalização sobre emendas Pix e Breno Altman, no 247, diz que Lula está emparedado pelos aliados.

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“Marcha com Jesus” mostra abismo entre Esquerda e Evangélicos. Mas é patética a atitude de brasileiros abraçando a bandeira de outro país com base em argumentos religiosos sem fundamento histórico. Israel atual não é o Israel bíblico.  Muitos o fazem por ignorância. Políticos, por mero oportunismo eleitoral.

CORRESPONDENTE POLÍTICO: Haddad chega ao seu limite? – RED

https://red.org.br/noticias/correspondente-politico-haddad-chega-ao-seu-limite/ O impacto do BOLSA FAMÍLIA, Drauzio Varela

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2025/06/o-impacto-do-bolsa-familia-na-saude-dos-brasileiros.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa

Ratinho Jr quer separar o sul - https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:51542

Governador de Santa Catarina fala em fazer o 'país do Sul': de onde vem o separatismo sulista? Iniciativas que buscam apartar o Sul do restante do Brasil remontam aos tempos do Império e da Primeira República.  Por BBC

Jorginho Mello em evento com Leite e Ratinho Júnior: comentário foi feito quando governador de SC se dirigia aos colegas como pré-candidatos à eleição de 2026 — Foto: Valterci Santos/CBIC"Daqui a pouco, se o negócio não funcionar muito bem lá para cima, nós passamos uma trena para o lado de cá e fazemos 'o Sul é nosso país', né?"  Foi assim, em tom de brincadeira, que o governador de Santa atarina, Jorginho Mello (PL), sugeriu aos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que separassem seus Estados do restante do Brasil.

 Eles dividiram o palco na última quinta-feira (12/6) em um evento em Curitiba realizado por uma entidade da construção civil.

Matéria completa clique abaixo:

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/06/18/governador-de-santa-catarina-fala-em-fazer-o-pais-do-sul-de-onde-vem-o-separatismo-sulista.ghtml

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DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/

 

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Governo fraco, Congresso destrutivo - Folha de S. Paulo  - Diante da falta de liderança de Lula, parlamentares rejeitam propostas de ajuste fiscal e derrubam vetos corretos

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Congresso faz o que quer e trata Lula como se já fosse um "pato manco" – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense   - O governo não é uma coalizão, é um arquipélago partidário, cujo centro é controlado pelo PT, que o considera "em disputa". Isso não ajuda a estruturar a base e isola o governo

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Juros vão a 15%. Mas param por aí - Celso Ming  O Estado de S. Paulo

À última hora, para a definição de sua política de juros, o Banco Central teve de levar em conta que o mundo ficou pior. Precisou avaliar o impacto das grandes mudanças geopolíticas e econômicas ocorridas desde a reunião anterior do Copom (de 7 de maio), quando pareceu sinalizar uma pausa no ciclo de alta dos juros. CONTINUAR LEITURA

 

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Reis do ovo da serpente mentem e armam bote em meio a pandemia fiscal de Lula - Marcos Augusto Gonçalves - Folha de S. Paulo   - Entrevista de empresário à Folha expõe espírito reacionário que pode se aproveitar da impopularidade e de erros do petista

 

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Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo - No Brasil atual, parece mínimo o espaço para inovações progressistas -

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BC avisa que juro cai no dia de são Nunca, de tarde - Vinicius Torres Freire  Folha de S. Paulo - BC quer levar donos do dinheiro a baixar projeção de IPCA e evitar queda de juros no mercado  - CONTINUAR LEITURA

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RIO GRANDE DO SUL – POA

Canoas debaixo d´água - https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/06/18/agua-da-chuva-inunda-casas-em-canoas-uma-das-cidades-do-rs-mais-atingidas-na-enchente-de-2024-perdemos-tudo-de-novo-diz-morador.ghtml

TORRES E REGIÃO

ESPAÇO PLURAL – Especialistas criticam porto em A.do Sal - https://www.youtube.com/live/mrKtSlj_atQ?si=FqqIRLag9hFspsj0

JORNAL MATINAL POA/RS – 20 junho de 25

Bom dia. Com a rápida elevação do nível do Guaíba e duas mortes confirmadas no interior do estado, o Rio Grande do Sul volta a viver dias de apreensão por conta das chuvas intensas. A newsletter de hoje traz um panorama atualizado da situação no estado e na capital.

Também repercutimos a aprovação, na Câmara, do projeto que muda o caráter do conselho do DMLU, que deixa de ser deliberativo para se tornar consultivo, em meio ao andamento da PPP dos Resíduos Sólidos.

 

 

A News do Roger, que será enviada no fim da manhã para apoiadores da Matinal dos planos Completo e Comunidade, destaca a exposição póstuma de Brígida Baltar no Instituto Ling e as estreias de Levados pelas Marés, Três Amigas e Andy Warhol – Um Sonho Americano.

Na Tudo é Gênero, que também chega logo mais na caixa de entrada dos assinantes, Marcela Donini traz trechos exclusivos da entrevista com Denise Dora, com foco nas políticas de combate à violência contra a mulher. E sábado, também exclusivo para aqueles que nos apoiam, uma edição da Parêntese com estreia do folhetim de Tônio Caetano, uma crônica da antropóloga Marília Kosby sobre nossa relação com os animais, além de ensaios e muito mais. Considere assinar a Matinal para receber o conteúdo na íntegra.

TORRES E REGIÃO

afolhatorres.com.br

Preferência para torrenses em novos espaços para quiosques está sendo demandado por políticos em Torres = Possibilidade de aumentar o número de empreendimentos concedidos das barracas de beira de praia foi anunciado, levantando assunto na Câmara (mesmo em baixa temporada.

Comentário CARLOS LUIZ - Vai faltar lugar na praia prós banhistas, neste ano já foi complicado, os donos de locação de gazebo delimitam os lugares montando eles cedo ocupando lugar na areia como se fossem donos da praia. Quanto Os preços são absurdamente caros, entendo que eles tem que faturar, mas não afundar a faca nos clientes. Vamos ter que atravessar a ponte e ir pra Passos de Torres.

APAE Torres já pode receber os R$ 420 mil repassados pela Câmara de Vereadores

ANÁLISE E OPINIÃO – A GUERRA ISRAEL X IRÃ - O conflito aberto entre Israel e Irã, imenso país, com 90 milhões de habitantes, com raízes e cultura herdadas do clássico Império Persa, iniciou-se com um severo ataque - de surpresa, sem declaração de guerra... e o conflito se insere em dois processos... (por Paulo Cezar Timm) Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO- Dólar alivia inflação e IPCA deve ficar em 5% neste ano. Após alta dos juros , dólar tende a cair

O ESP- Irã tenta acordo com os Estados Unidos. Trump adia decisão para atacar.

FSP – Gasto sob Lula cresce em ritmo de  quase o dobro que a arrecadação. O próprio governo prevê a possibilidade de  um colapso em 27

ZH – Crise climática : Á espera do curso das águas.

JORNAL DO COMÉRCIO – POA/RS- Fábricas de celulose e de pellets devem impulsionar plantio de eucalipto no RS

O Assunto g1 dia - Existe solução de paz para o Oriente Médio?

Existe solução de paz para o Oriente Médio? - O Assunto #1493 | O Assunto | G1

A instabilidade é permanente e se espalha por vários territórios. Na Faixa de Gaza, uma guerra que já dura mais de 600 dias e que provoca uma crise humanitária sem precedentes. No Líbano, a população vive sob os ataques do grupo Hezbollah e do exército israelense. Na Síria, o fim de uma longa ditadura deu lugar a um país cujo comando está fragmentado. No Iêmen, os rebeldes Houthis também estão envolvidos em conflitos.

Agora, desde o início da troca de bombardeios entre Israel e Irã, a tensão escalou para a iminência de uma guerra total entre os dois países militarmente mais poderosos da região -- um risco que cresce com os sinais enviados por Donald Trump de que os EUA podem entrar no conflito.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Guga Chacra para explicar as origens dessas instabilidades. O comentarista da Globo, da GloboNews, da CBN e colunista do jornal O Globo reconta a história dos insucessos nas tratativas de paz das últimas décadas, analisa os atuais pontos de maior tensão e tenta responder à pergunta: o que fazer para pacificar o Oriente Médio?

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery

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Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast: Israel x Irã e os impactos no Oriente Médio

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Editorial Cultural  FM Torres – = www.culturalfm.com                          

A CRISE ECONÔMICA DO RS

OPINIÕES – Cultural FM Torres RS – www.culturalfm875.com

Gilvan Cavalcanti - DEMOCRACIA POLÍTICA E NOVO REFORMISMO

Acesse o link: https://gilvanmelo.blogspot.com/   19 junho

Índice:

• Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Introdução ao e...

• O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

• Perto do fim - Merval Pereira

• Taxas de juros e outras questões - Míriam Leitão

• Copom adota tom conservador para segurar juros alt...

• Congresso faz o que quer e trata Lula como se já f...

• Ricos e pobres - William Waack

• Juros vão a 15%. Mas param por aí - Celso Ming

• BC marca três acertos de uma vez - Alvaro Gribel

• Reis do ovo da serpente mentem e armam bote em mei...

• Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria ...

• Líderes do Congresso puxam a manada a serviço dos ...

• BC avisa que juro cai no dia de são Nunca, de tard...

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Opinião do dia – Antonio Gramsci* (Introdução ao estudo da filosofia)

1) Hegemonia da cultura ocidental sobre toda a cultura mundial. Mesmo admitindo que outras culturas tiveram importância e significação no processo de unificação “hierárquica” da civilização mundial (e, por certo, isto deve ser admiti do inequivocamente), elas tiveram valor universal na medida em que se tornaram elementos constitutivos da cultura européia, a única histórica ou concretamente universal, isto é, na medida em que contribuíram para o processo do pensamento europeu e foram por ele assimiladas.

2) Mas também a cultura européia sofreu um processo de unificação e, no momento histórico que nos interessa, culminou em Hegel e na crítica ao hegelianismo.

3) Dos dois primeiros pontos, resulta que se leva em conta o processo cultural que se encarna nos intelectuais; não cabe tratar das culturas populares, para as quais é impossível falar de elaboração crítica e de processo de desenvolvimento.

4) Tampouco se deve falar dos processos culturais que culminam na atividade real, como se verificou na França do século XVIII; ou, pelo menos, só se deve falar deles em conexão com o processo que culminou em Hegel e na filosofia clássica alemã, como uma comprovação “prática”, no sentido já várias vezes e alhures mencionado, a saber, no da recíproca tradutibilidade dos dois processos, um, o francês, político-jurídico, o outro, o alemão, teórico-especulativo.

5) Da decomposição do hegelianismo, resulta o início de um novo processo cultural, de caráter diverso dos precedentes, isto é, no qual se unificam o movimento prático e o pensamento teórico (ou buscam unificar-se, através de uma luta teórica e prática).

6) Não é relevante o fato de que este novo movimento tenha seu berço em obras filosóficas medíocres, ou, pelo menos, não em obras-primas filosóficas. O que é relevante é o nascimento de uma nova maneira de conceber o homem e o mundo, e que essa concepção não mais seja reservada aos grandes intelectuais, mas tenda a se tornar popular, de massa, com caráter concretamente mundial, modificando (ainda que através de combinações híbridas) o pensamento popular, a mumificada cultura popular.

7) Que tal início resulte da confluência de vários elementos, aparentemente heterogêneos, não causa espanto: Feuerbach como crítico de Hegel, a escola de Tübingen como afirmação da crítica histórica e filosófica da religião, etc. Aliás, deve-se notar que uma transformação tão radical não podia deixar de ter vinculações com a religião.

8) A filosofia da práxis como resultado e coroamento de toda a história precedente. Da crítica ao hegelianismo, nascem o idealismo moderno e a filosofia da práxis. O imanentismo hegeliano torna-se historicismo; mas só é historicismo absoluto com a filosofia da práxis, historicismo absoluto ou humanismo absoluto. (Equívoco do ateísmo e equívoco do deísmo em muitos idealistas modernos: é evidente que o ateísmo é uma forma puramente negativa e infecunda, a não ser que seja concebido como um período de pura polêmica literária popular.)

*Antonio Gramsci (1891-1937), Cadernos do Cárcere, V. 1, p. 363-5, 4ª Edição. Civilização Brasileira, 2011

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O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Governo fraco, Congresso destrutivo - Folha de S. Paulo  - Diante da falta de liderança de Lula, parlamentares rejeitam propostas de ajuste fiscal e derrubam vetos corretos

Se havia alguma dúvida quanto à fraqueza política do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, esta semana tratou de dissipá-la.

A tentativa parlamentar de derrubar os decretos presidenciais de aumento do IOF tramitará em regime de urgência. Houve ainda ameaças abertas de que dificilmente será aprovada a medida provisória que elenca providências com o objetivo de diminuir, de modo precário, o déficit das contas do Tesouro Nacional.

Na terça-feira (17), foi instalada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a investigar o roubo de parte de aposentadorias e pensões do INSS. Ademais, uma série de vetos presidenciais foi derrubada com facilidade, para não dizer com escárnio pelos interesses do país.

A debilidade política da administração petista, de fato, é evidente desde as eleições de 2022.

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Perto do fim - Merval Pereira - O Globo - O governo não quer cortar gastos, mas o Congresso e o Judiciário também não querem

Parece que está chegando o fim do mundo, e não estou falando sobre a entrada dos Estados Unidos na guerra de Israel contra o Irã. Trato de coisas nossas, como as recentes decisões do Congresso que aumentam gastos em benefício dos parlamentares. Em plena discussão sobre a necessidade de cortar gastos, o Congresso recusa-se a aumentar imposto, no que está certo, mas aumenta suas vantagens como se não houvesse amanhã. O pior, para o Brasil, é que provavelmente a oposição que domina o Congresso será governo a partir de 2026 e receberá um país quebrado.

Que tipo de lideranças são essas, que não pensam no futuro do país, preferem tratar do futuro pessoal de cada um, mesmo que agindo assim matem a galinha dos ovos de ouro?

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Taxas de juros e outras questões - Míriam Leitão - O Globo  A decisão do Banco Central de subir juros é exagerada. Os juros estavam altos o suficiente e as projeções inflação já estavam caindo

O Copom elevou a taxa de juros para 15%, sem haver qualquer necessidade e com a maioria do mercado apostando em manutenção. A Selic em 14,75% já seria o suficiente para enfrentar a alta da inflação, porque isso representa 8% de juros reais, um número estratosférico. Disse que agora haverá uma “interrupção no ciclo de alta dos juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado”, e avisou que não hesitará em voltar a subir a taxa. A inflação está em queda, as projeções do mercado e do Banco Central estão sendo reduzidas, e a economia está desacelerando. A dose até agora aplicada na economia está fazendo efeito.

Não foi grande o aumento dos juros, apenas metade de meio ponto percentual, mas a decisão mostra um Banco Central inseguro, querendo provar que é “hawkish”, mais do que uma avaliação de que tecnicamente era preciso subir as taxas de juros.

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Copom adota tom conservador para segurar juros altos no mercado - Alex Ribeiro  - Valor Econômico  Mensagem é que os juros vão ficar altos por muito tempo, mas sem previsão de prazo

A decisão desta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central era menos sobre uma alta residual de juros e mais sobre como convencer os mercados de que está comprometido com a estratégia de manter os juros altos por muito tempo.

É nesse contexto que devem ser entendidos tanto a decisão de levar a taxa Selic para 15% ao ano, maior percentual em quase duas décadas, como o tom conservador que permeia todo o comunicado divulgado.

A mensagem é que os juros vão ficar altos por muito tempo. Quanto tempo? Os participantes do mercado financeiro vão fazer as contas, mas isso é algo em aberto para o Copom: vai depender de quanto tempo for necessário para levar a inflação à meta.

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Congresso faz o que quer e trata Lula como se já fosse um "pato manco" – Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense   - O governo não é uma coalizão, é um arquipélago partidário, cujo centro é controlado pelo PT, que o considera "em disputa". Isso não ajuda a estruturar a base e isola o governo

Para não dizer que não falei das pesquisas que avaliam o governo Lula, aqui vai um resumo da ópera. Datafolha (10-11 de junho): aprovação, 28%; desaprovação, 40%. Ipsos Ipec (junho): ruim/péssima, 43%; ótima/boa, 25%; regular, 29%; forma de governar: aprovação, 39%; desaprovação, 55%; confiança no presidente: confiável, 37%; não confiável, 58%. CNT/MDA (17 de junho): aprovação, 40,7%; desaprovação, 52,9%.

Qualquer que seja a pesquisa, variando entre 25% e 40% , a aprovação se mantém num patamar que coloca em risco a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua rejeição está entre 40% e 53%, o que dificulta muito uma avaliação generosa do tipo "copo pela metade": ninguém pode afirmar que está quase cheio.

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Ricos e pobres - William Waack  - O Estado de S. Paulo  - A ‘nova’ tática eleitoral do governo dificilmente supera o cansaço em relação a ele

A “fórmula mágica” adotada pelo Planalto para manter esperanças de vitória em 2026 é basicamente retornar ao Lula do “rico contra os pobres” de uns 30 anos atrás. É quando ele perdia eleições. Implícita nessa postura está a constatação, também dentro do Planalto, de que o “simples” assistencialismo não funciona mais como fábrica de votos. Daí a “pegada” mais agressiva, abraçada também pelo ministro da Fazenda – que está devolvendo ao “mercado” o aberto desprezo com que vem sendo tratado nos bastidores.

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Juros vão a 15%. Mas param por aí - Celso Ming  O Estado de S. Paulo

À última hora, para a definição de sua política de juros, o Banco Central teve de levar em conta que o mundo ficou pior. Precisou avaliar o impacto das grandes mudanças geopolíticas e econômicas ocorridas desde a reunião anterior do Copom (de 7 de maio), quando pareceu sinalizar uma pausa no ciclo de alta dos juros.

A mais importante dessas mudanças é a deflagração da guerra entre Israel e Irã, que levantou novas incertezas sobre o comportamento da inflação global, inclusive a do Brasil.

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BC marca três acertos de uma vez - Alvaro Gribel  - O Estado de S. Paulo - Se alguém tinha dúvidas sobre a independência do BC neste governo Lula, vai ter de repensar

O Banco Central acertou três vezes ao subir os juros para 15% ao ano na reunião de ontem. Primeiro, surpreendeu parte do mercado com a alta adicional de 0,25 ponto porcentual, o que vai ajudar a ancorar as expectativas de inflação. Segundo, deixou claro que os juros vão permanecer elevados por bastante tempo, para evitar interpretações equivocadas de que eles possam cair em virtude das pressões políticas. E, por fim, ainda deixou a porta aberta para um novo ciclo de alta, mais à frente, caso os preços não voltem para o centro da meta.

O BC também tinha motivos para manter a Selic em 14,75%, e não estaria errado se optasse por esse caminho. Mas a alta adicional vai aumentar a confiança de que a inflação não sairá do controle no País, e isso compensa esse torniquete mais apertado na política monetária. Por um lado, o impacto no mercado de juros será residual, já que a taxa já estava bastante alta; por outro, o efeito sobre as expectativas será muito maior, porque não era isso que estava precificado na curva de juros. Ganha-se muito a um custo pequeno.

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Reis do ovo da serpente mentem e armam bote em meio a pandemia fiscal de Lula - Marcos Augusto Gonçalves - Folha de S. Paulo   - Entrevista de empresário à Folha expõe espírito reacionário que pode se aproveitar da impopularidade e de erros do petista

A entrevista do empresário Ricardo Faria, 50, o assim chamado "rei do ovo", publicada por esta Folha no último dia 15, foi um serviço prestado à exposição da estreiteza ordinária e triunfante de um tipo de empreendedor ornado com plumagem liberal que se compraz em papagaiar preconceitos contra os mais pobres, espírito antissocial e falsidades socioeconômicas.

Não se discute que possa ser esperto e muito bem-sucedido em sua atividade. Mantém residência fiscal no paraíso uruguaio e a sede de sua empresa num equivalente europeu, Luxemburgo.

O cartão de visitas das patacoadas proferidas pelo empreendedor foi a declaração a respeito do Bolsa Família. O benefício seria um empecilho à contratação de mão de obra no Brasil, uma vez que "as pessoas estão viciadas" e "presas" ao programa, o que impediria levá-las a "treinar e conseguir dar uma vida melhor".

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Se o Brasil melhorou, o povo não percebeu - Maria Hermínia Tavares - Folha de S. Paulo - No Brasil atual, parece mínimo o espaço para inovações progressistas

A mais recente pesquisa Datafolha, publicada por etapas a partir de 13/6, destaca dois fatos especialmente importantes para o governo. O primeiro é a dissociação entre os indicadores econômicos positivos —o crescimento do PIB e a expansão do emprego formal— e o sentimento ambíguo dos brasileiros em face da situação do país e de si próprios, agora e no futuro.

Aumentou o contingente dos que acreditam que, nos últimos meses, as coisas mudaram para pior no Brasil, entendendo embora que para eles tudo continuou igual. Por outro lado, são otimistas as expectativas em relação ao país e ao entrevistado, que vê sua vida melhorando, a despeito de prever que a inflação e o desemprego continuarão em alta e que o poder de compra dos salários encolherá em futuro próximo.

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Líderes do Congresso puxam a manada a serviço dos lobbies - Adriana Fernandes  - Folha de S. Paulo - Grande derrotado com derrubada dos vetos é o consumidor, que pagará a conta

Congresso Nacional não derrotou o governo ao derrubar os vetos do presidente Lula e restabelecer jabutis com subsídios setoriais que podem custar R$ 245 bilhões na conta de luz nos próximos 15 anos. O grande derrotado é o consumidor de energia que, no final das contas, vai pagar a fatura.

A preços de hoje, os parlamentares transferiram uma conta de R$ 32 bilhões por ano aos usuários de energia, como apontam cálculos do governo. Vem mais por aí. Outros vetos, que ainda não foram analisados pelos parlamentares, devem custar mais R$ 300 bilhões se forem também rejeitados pelo Legislativo. A pretexto de dar um recado ao governo na guerra deflagrada contra o decreto de alta do IOF de Lula, os líderes do Congresso puxaram a manada para fazer algo que já queriam fazer.

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BC avisa que juro cai no dia de são Nunca, de tarde - Vinicius Torres Freire  Folha de S. Paulo - BC quer levar donos do dinheiro a baixar projeção de IPCA e evitar queda de juros no mercado

A queda da Selic está adiada para o dia de são Nunca, de tarde. Depois, vai cair devagar. No que importa, foi a mensagem do comunicado em que o Banco Central anunciou que a taxa básica de juros passou de 14,75% ao ano para 15%.

Talvez a talagada amarga de remédio sirva para abreviar a doença. Para parte da esquerda, Gabriel Galípolo estaria "à direita" de Roberto Campos Neto. Pois é. A gente não vai longe.

A linguagem foi tão relevante quanto o aumento: o BC vai observar expectativas de inflação e conjuntura a fim de avaliar se a Selic, em nível de arrocho "por período bastante prolongado", basta para levar a inflação à meta. Enfatizou: "exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado".

O BC anunciou que suspende a campanha de alta de juros, com ressalva retórica, a fim de reforçar o tempero de dureza: "não hesitará" em elevar a Selic.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 07:01:00

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Tema em destaque no mês de junho – O TRABALHO INFORMAL

 

 

Viração – novos empreendedores – g1 – 02 junho 25 -23 horas-

Análise importante sobre a nova postura do eleitor.

https://www.instagram.com/reel/DK_IlswN55v/?igsh=bGQ0dmRrejU5ajNw

‘Tempos Modernos’: trabalho alienado na Revolução Industrial

A esquerda morreu? “BATALHADORES DO BRASIL…”  = Só a reencarnação de Getúlio Vargas pode derrotar Bolsonaro, por MIGUEL LAGO – ver. piaui 1 Maio 2021- https://piaui.folha.uol.com.br/materia/batalhadores-do-brasil/

O Assunto g1 -CLT: o movimento de aversão à carteira assinada 

CLT: o movimento de aversão à carteira assinada - O Assunto #1479 | O Assunto | G1

Hoje, mais de 39 milhões de pessoas têm carteira assinada no país. Mas um movimento tem chamado atenção: a aversão de jovens à carteira assinada. No discurso de quem rejeita a CLT está a visão de que, sem vínculos empregatícios, há mais flexibilidade de horários, e livra o trabalhador de longos deslocamentos em transporte lotado e de broncas de chefes.

O sonho, vendido em redes sociais, é que é possível empreender e ter sucesso fácil na internet. Alguns até conseguem, mas a maioria ainda, se pudesse, voltaria ao mercado formal – como aponta uma pesquisa feita pela FGV em 2024.

Criada em 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) regula as relações entre empregado e empregador. Um contrato CLT garante férias com salário, 13° salário, FGTS, licenças remuneradas, seguro-desemprego em caso de demissão e outros direitos trabalhistas.

Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carolline Leite, diretora e roteirista da série “Viração - novos empreendedores”, que estreia na GloboNews nesta segunda-feira (2). Carolline conta o que ouviu de trabalhadores que optaram por deixar a carteira assinada de lado. Ela relata como a gestão do tempo e o salário estão no centro dessa discussão.

Depois, Natuza fala com Wagner Guilherme Alves da Silva. Pesquisador do DeepLab da Universidade de Dublin, na Irlanda, ele explica como a rejeição de parte dos trabalhadores à CLT tem crescido ao longo dos anos. O antropólogo responde também do que as pessoas estão abrindo mão - voluntariamente ou não - ao rejeitar a CLT.

O que você precisa saber:

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IA generativa pode afetar 31,3 milhões de empregos no Brasil - Lucianne Carneiro - Valor Econômico  - Para especialistas, é mais provável um cenário de mudança do trabalho que de perda de vagas

A inteligência artificial generativa tem potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil, em maior ou menor grau, aponta um estudo da LCA 4Intelligence que adapta metodologia usada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para tratar do tema. Desses, um contingente de 5,5 milhões enfrenta o maior risco.

Em termos proporcionais, o trabalho mostra que a parcela do pessoal ocupado exposto de alguma forma à IA generativa era de 30,6% no primeiro trimestre de 2025, acima dos 26,8% no primeiro trimestre de 2012 e dos 23,8% da média mundial observada no estudo da OIT. O grupo dos que podem ser mais afetados representa 5,4% dos trabalhadores ocupados no Brasil e 3,3% no mundo como um todo.

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Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:42:00 Nenhum comentário:  

 

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EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com

A difícil conjuntura nacional reedita o março de 1964

O arrefecimento da guerra entre Israel e Irã, a despeito da retomada dos ataques injustificáveis de Israel sobre o Norte de Gaza, elevando o número de mortos, que pode estar chegando ao lamentável número de 80 mil, maior parte mulheres e crianças, fora os feridos, deslocou as atenções da Mídia para os assuntos internos. Com efeito, a decisão da Câmara dos Deputados, logo avalizada pelo Senado, denunciando inequívoca e “sospechosa” articulação política  dos Presidentes destas casas, teve um efeito bombástico na conjuntura nacional. Emparedou Lula, que depois de várias reuniões e determinada contra ofensiva, decidiu ingressar no Supremo, na expectativa de derrubar, por inconstitucional, o ato do Congresso. Com isso acabou transferindo a decisão final do caso para, nada mais, nada menos do que o Ministro Alexandre de Moraes, já estigmatizado pela Oposição como o algoz dos bolsonaristas. Daí sua proposta de tentar uma negociação entre Congresso e Poder Executivo, na expectativa de escapar à mais uma crise institucional. De qualquer forma, os ânimos estão exaltados embora Hugo Motta, Presidente da Câmara dos Deputados insista na tese de que “não traiu” o Planalto e o Senador Alcolumbre, Presidente do Senado insista que não se trata de uma guerra, apenas um episódio. Tudo poderia passar em branco, porém, não estivéssemos num ano crítico: final de Lula III e véspera de eleições gerais. Lula acusou o golpe e parece disposto a deflagrar um discurso eleitoral, reeditando o “nós x eles”. Para tanto, retoma os ataques a Bolsonaro, justificando, inclusive os altos juros como o resultado da “admistração anterior”. Já Bolnaro, em nítido refluxo em suas mobilizações, que veem caindo das multidões superiores a 50 mil para os últimos 12mil no último domingo em São Paulo, começa a admitir que poderá não ser candidato, ao propor a seus seguidores o voto em deputados e Senadores com vistas ao controle das decisões estratégicas sobre o país. Tanto ele, aliás, como o próprio Lula, parece que começam a avaliar com cuidado cada vez maior seus possíveis candidatos ao Senado, pois aí poderá recair a possibilidade não só de cassação de Juízes do Supremo, ou Diretores do Banco Central, como o sopro capaz de introduzir o parlamentarismo no Brasil.

Como a história costuma se reproduzir, nunca é demais lembrar o epílogo do regime da Constituição de 1946, nos idos de 1964. O Presidente João Goulart, também emparedado por um Congresso conservador, a despeito de uma popularidade medida na época pelo IBOPE em torno de 70% , diante da rejeição formal de sua proposta de Reforma Agrária, decide decretá-la em praça pública, no comício da Central no 13 de março. A 31, capitulava sob as armas da sublevação golpista. Hoje como ontem, a propósito, a mídia corporativa, ecoa o conservadorismo e levanta sua voz contra o Presidente de República. Já não vivemos sob o império da Midia, mas as Redes Sociais, enfim, reverberam seus editoriais inflamando o ambiente político. Eis o Editorial de ontem, por exemplo, de O GLOBO:

No embate com o Congresso em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT optaram mais uma vez pela tática do “nós contra eles”. Em vídeos feitos para redes sociais, o “povo” carrega pesados fardos nas costas (os impostos), enquanto personagens bem vestidos, representando os “ricos”, levam pequenas sacolas simbolizando taxação leve. Mais uma vez, o governo tenta justificar sua tentativa de promover um ajuste fiscal aumentando receitas, em vez de cortar gastos. A tática usada para fustigar o Congresso é um equívoco tanto do ponto de vista econômico quanto do político.

É verdade que a estrutura de impostos brasileira é regressiva (em termos proporcionais, as faixas de renda mais alta arcam com carga menor de impostos). Pode fazer sentido, por isso, corrigir a base de cálculo do Imposto de Renda em benefício das faixas de menor renda. Mas é absurdo acreditar que a alta do IOF afete apenas os mais ricos. O tributo recai sobre empréstimos, cartões de crédito e outras operações financeiras. Seu aumento nas transações cambiais encarece importações, alimentando a inflação e punindo os mais pobres. O empréstimo rotativo do cartão, usado sobretudo pelos pobres, também fica mais caro. E saem perdendo os microempreendedores individuais (MEIs), que buscam crédito para financiar equipamentos como carrinhos de venda ou máquinas de costura.

Diante disso, Roberto Amaral, ex Ministro de C&T do Governo Lula II, conclui em recente artigo:
 

A ordem político-institucional herdada da reconstitucionalização de 1988 foi posta em recesso com o impeachment de Dilma Rousseff. Morria ali a Nova República anunciada por Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. O golpe de Estado de 2016 se consolidou com o regime-tampão do vice perjuro, ponte para a ascensão do neofascismo, pela vez primeira no Brasil a escalar o poder pela via eleitoral.

O presidencialismo espatifa-se como bola de cristal caída ao chão e, com seus estilhaços, a direita concerta o quebra-cabeça como novo Leviatã: poderoso mostrengo que devora as instituições republicanas e impõe a ingovernabilidade como estágio preparatório do caos, indispensável para a revogação do que ainda podemos chamar de “ordem democrática” – frágil, nada obstante sua permanente conciliação com o grande capital, no que se esmera o atual Congresso, implacável no desmonte do que quer que seja que possa sugerir um Estado de bem-estar social.

Esta é a circunstância que nos domina: um Poder Executivo acuado, impedido de exercer o dever da governança; um Legislativo que não arrecada, mas é senhor dos gastos; uma democracia representativa que prescinde da soberania popular. Um Executivo se esvaindo numa sangria de poder que parece não ter fim, prisioneiro de um Congresso abusivamente reacionário, na tocaia contra qualquer sinal de avanço civilizatório. Em seu nome fala e age sua escória, chorume poderosíssimo que não cessa de crescer em número de militantes, em ousadia e em chantagens contra o governo. O quadro funesto se completa com uma Faria Lima descolada do país e de seu povo: seus interesses deitam raízes em Wall Street. 

Lição dos dias que demoram a passar: no Brasil de hoje, em cenário no qual o centro e a social-democracia (depois da falência dos liberais) aderiram ao conservadorismo larvar, a direita e a extrema-direita governam independentemente do resultado das eleições que ainda se realizam – as quais, assim, deixam de ser decisivas, e sobretudo deixam de ser instrumento de mudança, pois qualquer mudança que não aprofunde a exploração de classe será vista como subversiva da ordem na qual a classe dominante (que também atende pela alcunha de “mercado”) se alimenta.”

Quem viver, verá...

 


EDITORIAL - FM Torres – OPINIÕES = www.culturalfm.com
A “besta” nazista foragida em Atibaia-
A “besta” nazista foragida em Atibaia | Outras Palavras
Ensaio histórico sobre um facínora do Reich. Protegido e auxiliado por um bispo em
Roma, fugiu ao Brasil. Virou fazendeiro, mas se matou, temendo ser assassinado.
Suas atrocidades em Sobibor, campo de extermínio que matou 250 mil judeus, estão
insepultas

OutrasPalavras -por Daniel Afonso da Silva - Publicado 26/06/2025 às 18:48
Foi no Brasil. No 3 de outubro de 1980. Na pequena Atibaia. Interior de São Paulo. Que adormeceu, à tout jamais, o
último facínora de Sobibor. Gustav Franz Wagner (1911-1980). Por alcunha, “besta”. Por verdade, “demônio”.
“Besta” e “demônio” de Sobibor. Que, no Brasil, suicidou-se. E o fez pelo receio de ser assassinado. Pois um medo
intenso que rondava o seu espírito. Feito materialização da lei do retorno. Trazendo de volta e contra ele todo o ódio
que ele aplicara no extermínio de judeus nos tempos do Reich.
O mundo inteiro desejava-o vivo ou morto. Agora, 1978-1980, mais que nunca. Ele havia cometido crimes
abomináveis em favor de Hitler e do Reich. Infringindo todos os tratados, declarações e convenções disponíveis –
Declaração de São Petersburgo de 1868, Convenções de Haia de 1889 e 1907, Declaração dos Aliados de 1915
referente aos “crimes contra a humanidade e civilização” perpetrados contra os armênios, Convenção de Genebra
de 1929, Declaração da Polônia e da Tchecoslováquia de 1940, Carta do Atlântico de 1941, Declaração de Moscou
de 1943, assim como o espírito da Carta das Nações Unidas de 1945. Para, adiante, fugir dos aliados. Esconder-se
em sua Áustria natal. Seguir para Roma. De Roma ao Vaticano. Indo à Igreja e aos católicos. Localizando o bispo
Alois Hudal (1885-1963), o “anjo da guarda” dos nazistas em fuga. Que lhe faria chegar à América do Sul. No Brasil.
Em 1950. Para recomeçar a vida. Sem Hitler nem o Reich. E também sem Sobibor. Apenas com a memória de tudo.
Das vidas que se foram no inferno que ele promovera em Sobibor.
Uma vez no Brasil, foi para São Paulo. E, em São Paulo, instalou-se em Atibaia. Onde contraiu matrimônio. Fez
família. Criou filhos. Tornou-se trabalhador rural. Caseiro. Aprendeu português. Interiorizou o savoir vivre à
brasileira. Cultivou amizades. Aderiu aos cigarros fatto a mano. Palheiros. Enveredou pelos jogos. Carteado. Virou
“amigo” dos amigos. Produziu redes de confiança.
Aparentando-se sempre homem humilde, rural, do campo, campeiro. Sem passado. Nova persona. Anônimo nas
montanhas ermas de Atibaia. Mesmo figurando nas principais listas de criminosos nazistas procurados desde o fim
da guerra.
Tudo ia bem. Simon Wiesenthal (1908-2005) e o Mossad pareciam terem se olvidado dele. Até que Franz Stangl
(1908-1971), no crepúsculo da vida, em 1970, quebrou o silêncio e revelou o seu paradeiro. Em São Paulo, no
Brasil. Que, em descoberto, concorreria para o desfecho do 3 de outubro de 1980. Com suicídio.
Mas o começo de tudo foi Hitler.
Hitler, Mein Kampf, ressentimentos, animosidades e desejos implacáveis de vingança. Que desembocaram em
martírios. A superação da república de Weimar. A ascensão dos nazistas ao poder em 1933. O desmantelamento
do espírito de 1918. A mobilização de toda a sociedade alemã – população, economia e Estado – para batalhas
existenciais e guerras finais. A imposição do sentimento de fins de tempos e fins do mundo. Tudo em favor do Reich
e para o bem do império. Destruindo o que restava das tópicas liberais do presidente Wilson. Abdicando das
instituições e dos arranjos saídos de Versalhes. Saindo, assim, subitamente, da Sociedade de Nações. Projetando a
França e os franceses como inimigos magnânimos. Afirmando a anexação da Áustria como desejo ancestral.
Impondo germanizações implacáveis em todas as partes. Especialmente à Leste. Inicialmente na Polônia.
Avançando-se, também, como alternativa ao Mundo Livre. Contaminando rápido a Itália e a Espanha. Alcançado o
Japão. E, logo, estabelecendo parcerias em todas as partes do mundo.
Por esses ideais, Gustav Franz Wagner – nascido em Viena, em 1911 – ingressou no partido em 1931. Ascendeu à
SS em 1933. Viu de dentro e de perto toda a progressão do Reich. Fundiu-se a ele em 1940, quando foi tornado
assistente Franz Stangl no extermínio calculado de judeus, mediante banhos de gás. Tornando-se um dos maiores
especialistas no ofício. Merecendo, assim, a alcunha de “besta”.
Franz Stangl, seu mentor, era o homem de confiança do Reich para a construção da dimensão racial do império
alemão. Aquele da superioridade germânica vis-à-vis do extermínio e limpeza étnica de “indesejados”. Judeus à
frente. Deficientes físicos e mentais adiante. E, nessa condição, foi o diretor do sinistro Castelo de Hartheim, na
Áustria, onde iniciou Wagner. Que, sem tardar, tornou-se expert em matar rápido, sem remorso, contrição,
penitência nem perdão. Ampliando o prestígio do empreendimento nazista e o seu próprio. Sendo admirado e
respeitado pelo seu instrutor, Stangl; mas, também e sobretudo, nos altos círculos do Reich em Berlim. Que eram
atualizados diuturnamente dos feitos de Hartheim. Regozijando-se pela eficiência, pela performance e pelo volume
do extermínio de “indesejados”. Que de maio de 1940 a agosto de 1941 ultrapassariam os 18 mil judeus e

deficientes físicos e mentais assassinados. Tendo entre as vítimas a bisneta do imperador Pedro II do Brasil, a
princesa brasileira Maria Carolina de Saxe-Coburgo Braga.
Com o rompimento do pacto germano-soviético em 1941, o avanço do Reich para Leste amplificou a escala de
brutalizações. Especialmente pela modificação do modus operandi dos extermínios. Que teve os corriqueiros
fuzilamentos profissionalizados com batalhões que interceptavam, reuniam e fuzilavam judeus em números
impressionantes. Quinhentos, seiscentos, mil, três mil, cinco mil, 23 mil e seiscentos por vez. O que, após análise,
revelou-se custoso e danoso. Custoso pela logística. Que envolvia extenso quantitativo de munição empregada.
Danoso pela brutalidade da atrocidade. Que impingia desvios significativos na saúde mental dos verdugos.
Ciente disso, Himmler rogou ao Führer alternativa mais perspicaz e “humanitária”. Pois, em contrário, a “pobre
soldadesca nazista” poderia perder o seu vigor. O que sensibilizou Hitler. Que solicitou a Reinhard Heydrich (1904-
1942) – alto oficial do Reich – uma solução. Que desembocou no Programa Reinhard. Imediatamente renomeado
“Solução Final”. Com a passagem do extermínio por fuzilamento para o uso massivo de gás em campos de
concentração. [Veja-se Em uma palavra: bandidos. Em muitas: demônios, gentilmente publicado no Jornal da USP].
Nessa mudança de approach, Franz Stangl, por sua expertise, foi mobilizado para construir os campos de
concentração de Belzec, Treblinka e Sobibor. Todos no interior da Polônia. Todos à Leste de Varsóvia. De onde a
maior parte dos judeus e “indesejados” era despachada em trens da morte para jamais voltar.
Feito Sobibor, em inícios de 1942, Franz Stangl seguiu para construir Treblinka, deixando Gustav Franz Wagner
como plenipotenciário.
Uma escolha previsível. Wagner era o sucessor natural de Stangl. Mas, uma vez no comando, superou-o.
Tornando-se mais sádico, mais violento e mais temido. Adicionando terror e desespero ao cotidiano de Sobibor.
Que ceifaria a vida de mais de 250 mil pessoas nos seus 18 meses de existência. E extinguir-se-ia por descuido.
Quando das férias de Wagner em 1943.
Foi complexo.
A “besta” saiu em férias e os internos promoveram uma extensa insurreição. Emboscando guardas. Assassinando-
os. E fugindo. Pondo fim a Sobibor. (Sendo ainda hoje muito útil a leitura das memórias de Stanislaw
Szmajzner, Inferno em Sobibor, que foi o primeiro relato sobre a insurreição de Sobibor e sobre martírios impetrados
por Wagner.)
Mas nada estava garantido mesmo assim. O ano era 1943. A ofensiva soviética era importante. O desembarque
aliado na África e no Mediterrâneo tinha sido determinante. Mas a Wehrmacht resistia em todas as frentes. Impondo
aos sobreviventes de Sobibor tornarem-se recrutas das forças soviéticas, norte-americanas ou britânicas para
seguir-se o combate. Que seguiria implacável até 1945. Após imponentes batalhas. De Moscou a Berlim, da
Normandia a Berlim, da Varsóvia eterna a Berlim. (Jamais vai demais ressaltar a bravura das forças polonesas de
resistência lideradas pelo general Sikorski, que trocaram a Polônia pela França em 1939 e a França pela Inglaterra
em 1940 para seguir combatendo o nazismo até o fim.)
Vencendo-se Berlim, Hitler e o Reich, impôs-se julgá-los. Mas para tanto era preciso, antes, interceptar os
responsáveis. Que muitos fugiram. Outros morreram. Alguns seguiram anônimos. Sendo o caso dos facínoras de
Sobibor.
Franz Stangl caiu preso dos norte-americanos em 1945. Entregando-se como soldado raso. Inofensivo. Cumpridor
de ordens do Reich. Levando os aliados a ignorá-lo, a ponto de ele fugir dois anos depois. Reconquistar a sua
Áustria natal, onde ele nascera em Altmünster, em 1908. Asilar-se em Graz e aconselhar-se na Igreja Católica local.
Onde reencontrou Gustav Franz Wagner. Com quem seguiu em segurança para Roma. Onde teve com o bispo
Alois Hudal. Que facilitaria a fuga dos dois para o Brasil. Wagner em 1950. E ele, apenas em 1951, após passar
pela Síria, em Damasco, para recuperar a sua família – mulher e filhos.
No Brasil e em São Paulo, eles dois seguiram nazistas e nostálgicos de Hitler e do Reich. Encontravam-se com
frequência. Falavam alemão. Mantinham contatos com os alemães. Promoviam festas alemãs. Cultivavam a
culinária alemã. Celebravam – em todo 20 de abril – o aniversário do Führer. E acompanhavam a situação europeia
e alemã. Wagner instalado em Atibaia. Stangl morando em São Paulo e trabalhando na Volkswagen, em São
Bernardo do Campo. Tudo tranquilo e bem até a captura de Adolf Eichmann, em Buenos Aires, em 1960.

A espetacularização desse feito e, em seguida, a ostentação do julgamento em Jerusalém causaram apreensão em
todos os nazistas em fuga em todas as partes e notavelmente na América do Sul. Klaus Barbie (1913-1991) – o
açougueiro de Lyon – estava na Bolívia. Josef Mengele (1911-1979), transitando pela América do Sul. Wagner e
Stangl, em São Paulo. Mas, para todos os fins, mantiveram-se todos calmos. Até que imponderáveis começaram a
modificar o lado da sorte.
Era um dia corriqueiro de trabalhos triviais no Centro de Documentação Judaica em Viena. 22 de fevereiro de 1964.
Quando um visitante, aturdido e apressado, irrompeu no ambiente em busca de Simon Wiesenthal informando
portar informação de valor. Wiesenthal recebeu-o. A conversação foi curta, direta e franca. O cidadão – que não se
identificou nominalmente – dizia saber do paradeiro de Stangl; e que estaria disposto a revelar por US$ 7 mil.
Wiesenthal anuiu. Mas comprometeu-se a saldar o montante apenas após averiguar a veracidade e a consistência
da informação.
O visitante, de sua parte, também anuiu. Fazendo-se, assim, um trato sem garantias de parte a parte. Apenas com a
indicação dos endereços de Stangl. Todos no Brasil. Um em São Paulo e outro em São Bernardo do Campo.
Wiesenthal mandou averiguar. Mobilizou os seus informantes no país. Uns em São Paulo. Outros no Rio. Alguns em
Brasília. Todos profissionais e discretos. Que, sem dificuldades, atestaram que sim: era ele mesmo. Stangl. Que
vivia tranquilamente com sua mulher e filhos numa confortável residência num bairro nobre da capital paulista.
Ciente da situação e ciente que não seria simples, Wiesenthal iniciou manobras para levá-lo a julgamento na
Europa.
O Brasil estava conflagrado. Os militares vinham de tomar o poder. Certa euforia tomava conta das principais
capitais. Perseguições políticas, ideológicas e físicas multiplicavam-se por todas as partes. Deixando apreensivas as
comunidades de estrangeiros. Sobretudo as alemãs e alemãs nostálgicas do Reich. Que seguiam atônicas com o
andamento dos fatos. Sendo contrárias ao modelo cubano e ao modelo norte-americano. Levando Wiesenthal a
redobrar a prudência. Esperando em silêncio a composição de alguma estabilidade no Brasil. Sobretudo no campo
jurídico.
Essencialmente no plano burocrático. Com a designação de novas autoridades. Juízes, promotores, delegados,
investigadores. Para se sondar a melhor forma de interditar Stangl.
Outro movimento imprevisto ocorreu em Berlim naquele mesmo ano de 1964. No mês de outubro. Quando – na
senda do processo de Eichmann, em Jerusalém – teve início o julgamento de dez ex-SS acusados de crimes de
guerra e de crimes contra a humanidade. Frente a isso, Wiesenthal deslocou a sua atenção de Brasília e São Paulo
para Berlim. Onde percebeu, de saída, que Stangl não constava de nenhum dos processos. Evidenciando que a sua
participação na guerra era ignorada. O que para Wiesenthal beirava a ignomínia.
Diante disso, Wiesenthal voltou aos arquivos e começou a produzir um dossiê detalhado sobre a atuação de Stangl
pelo Reich. Tão logo constituído, esse dossiê seria decisivo na sensibilização das autoridades brasileiras. Que
tomariam conhecimento do assunto entre 1967 e encarregariam o delegado Romeu Tuma (1931-2010) de
investigar, prender e proceder os encaminhamentos para a extradição de Stangl.
Conduzido para julgamento em Düsseldorf, Stangl manteve a altivez de um alto funcionário do Reich e seguiu o
exemplo de Eichmann ao afirmar-se um “simples cumpridor de ordens”. Foi assim pelos mais de dois anos de
julgamento. Que terminou no dia 22 de dezembro de 1970. Com o veredito indicando a sua prisão perpétua pelo
assassinato de pelo menos 900 mil pessoas em campos de concentração nazistas.
Tudo parecia encerrado. Wiesenthal – que esteve na audiência final em Düsseldorf – respirava aliviado. Vestido da
sensação de missão cumprida. Mais um criminoso nazista na cadeia.
Mas novos imponderáveis voltaram a emergir.
Quatro meses após o fechamento do caso Stangel, Stangl aceitou conceder entrevista a Ghita Sireni (1921-2012) –
austríaca, intelectual, historiadora e jornalista em busca das razões das barbaridades do Reich. Nessa conversa,
Stangl recontou a sua vida promovendo acerto de contas consigo mesmo. Lembrando do passado, de Hitler, do
Reich, dos amigos, da causa. Mas também ressentindo de sua família fixada no Brasil. Já era do conhecimento de
todos que o delator de seu paradeiro em São Paulo fora um antigo genro seu. Um rapaz de meia idade que, após
divorciar-se litigiosamente de uma de suas filhas, cego de raiva e rancor, fora bater às portas de Wiesenthal. Sabia-

se também que sua mulher e filhas eram perseguidas em todas as partes. Mesmo sob o amparo das comunidades
alemãs em São Paulo. Stangl sentia-se impotente. Arruinado. Exangue. Perto do fim da partida. O que o levou – por
lapso ou por razão – a mencionar que o seu discípulo, Gustav Franz Wagner, estava vivo e bem vivo. Vivendo
confortavelmente no Brasil.
Essa informação tornou-se logo pública. Estarrecendo o mundo inteiro. Trazendo ao Brasil e a São Paulo a imagem
de refúgio de nazistas. Colocando Wiesenthal na senda de Wagner. Voltando, assim, novamente, a focar no Brasil.
Novamente em São Paulo. Mas, agora, sem endereço nem pistas precisas.
Após muito investigar, foi encontrada uma cópia do passaporte que Wagner utilizara ao ingressar no Brasil em 1950
e nela figurava um endereço. Que, por claro, não servia mais.
As investigações se sucediam.
O tempo ia passando e o desânimo, chegando.
Passou-se, assim, a suspeitar que Wagner estivesse em fuga. Em outra cidade ou país. Quem sabe, até morto.
O que levou Wiesenthal a reduzir as esperanças.
Até que a sorte bateu novamente às portas da justiça.
Era mais um dia corriqueiro de trabalhos triviais na redação do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, quando chegou
um material – a ser publicado como classificado; portanto, matéria patrocinada – contendo um convite para a
celebração do nonagésimo aniversário de Hitler num hotel em Itatiaia. Poderia ser broma, gozação ou similar. Mas
poderia não ser. Por via das dúvidas, o responsável do setor no jornal despachou a jornalista Cyntia Brito para
averiguar. E ela foi e encontrou o local. Itatiaia, interior do Rio de Janeiro, Hotel Till. Um local tipicamente alemão.
Onde, sim, convivas alemães nostálgicos do nazismo festejavam.
Era inverossímil e inimaginável. Mas era real.
Para atestar, Cyntia Brito registrou várias fotos – de ambientes decorados com suásticas e de pessoas trajadas em
alemães de antanho homenageando o Reich –, produziu um relato e encaminhou para o jornal.
Tão logo publicado, sob a headline de Nazismo como nos velhos tempos, a matéria escandalizou o mundo inteiro.
Levando Wiesenthal, em pessoa, a ligar para a redação do Jornal do Brasil solicitando mais informações e a
integralidade das fotos. Que foram, urgentemente, encaminhadas para Viena. Onde Wiesenthal observou, cotejou e
se frustrou. Wagner não constava em nenhuma delas. Os convivas alemães de Itatiaia eram aparentemente gente
do comum. Simplórios nostálgicos do Reich. Anônimos. Sem maiores implicações. Mas significativos da presença
fervorosa de nazistas no Brasil.
O foco de Wiesenthal era Wagner. Wagner não esteve em Itatiaia. Mas Wiesenthal pressentiu que ele estava, sim,
vivo e, sim, no Brasil. Sendo, assim, importante avivar-se as investigações sobre o seu paradeiro.
Nesse sentido, entre as fotos de Itatiaia, ele apanhou uma cujo fotografado mais se assemelhava a Wagner,
inscreveu o número da matrícula da SS de Wagner no verso, compôs um relato de seus crimes em Sobibor,
mandou traduzir para o português e enviou para publicar no Jornal do Brasil.
Ainda era o mês de abril e ainda do ano de 1978.
O estarrecimento geral continuou. O proprietário do hotel de Itatiaia foi hostilizado e o alemão indicado como
Wagner, assassinado. O clima ficou pesado para alemães e para alemães nazistas no Brasil. Levando o legítimo
Gustav Franz Wagner a aparecer e apresentar-se.
Foi em fins de maio. Ainda em 1978. Numa delegacia de Atibaia. Foi lá que a “besta de Sobibor” apareceu e se
apresentou. E o fez para dizer que era, sim, Gustav Franz Wagner, mas, em contrário, que não tinha nada que ver
com o relato de Wiesenthal no Jornal do Brasil. Tanto que, seguia ele, a foto estampada no jornal era de outra
pessoa, não ele. Promovendo-se, assim, seguia ele, uma exposição indevida de seu nome. Colocando-o em perigo.
Ele queria, assim, proteção. Acreditava-se perseguido.
Mas o delegado decidiu encaminhá-lo ao 3º Batalhão de Polícia de Choque, da Polícia Militar do Estado de São

Paulo, na cidade de São Paulo, para procedimentos mais definitivos. Que, de súbito, tornaram-se nacionais e
mundiais.
Tão logo noticiada a sua aparição e presença, rumores emergiram de todas as partes indicando ser ele, ele mesmo.
Nesse ínterim, apareceu um sobrevivente de Sobibor. Stanislaw Szmajzner (1927-1989). Para dizer que sim: ele,
Wagner, era ele mesmo: Gustav Franz Wagner.
Stanislaw Szmajzner era um judeu que fora levado para Sobibor em 1942. Onde perdeu sua família, pais e irmãos,
exterminados pelas mãos de Wagner. Tendo sido poupado devido a sua qualidade de ourives, ofício muito útil ao
Reich. E, em seguida, pela sua participação na insurreição de 1943. Finda a guerra, ele migrou para o Brasil em
1947. Veio para o Rio de Janeiro. Contraiu matrimônio. Fez família. Teve filhos. Separou-se. Foi para Goiânia. Onde
esperava terminar seus dias feliz. Até que soube da prisão de Stangl em São Paulo em 1967 e, agora, da aparição
de Wagner em 1978.
Sim: Wagner era Wagner.
Atestou Stanislaw e atestaram tantos outros.
O mundo inteiro, agora, sabia quem era a “besta” e onde era o seu paradeiro. Wiesenthal, nisso, encaminhou
dossiês alentados sobre os seus crimes para os grandes jornais do mundo inteiro.
Nesses termos, Áustria, Polônia, Israel e Alemanha solicitaram a sua imediata extradição. Mas ele foi levado preso
de São Paulo para Brasília, onde seria julgado e absolvido pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, que considerou
seus crimes todos prescritos.
Mas de que adiantava a liberdade com tanta gente querendo a sua morte?
O saudoso Carlos Heitor Cony (1926-2018), pela Manchete, foi à prisão de Brasília perguntar isso ao Wagner.
Wagner hesitou em responder. Seguindo, assim, no dilema.
Um dilema que o consumiu pelos seus últimos meses de vida. Levando-o a alucinações, manias de perseguição e
instabilidades mentais e emocionais permanentes. Que, ao cabo, impuseram-no a decisão de suicidar-se. Um
suicídio tentado várias vezes. Tendo êxito em Atibaia, naquele 3 de outubro de 1980.
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EDITORIAL

SEXTA-FEIRA, 27 DE JUNHO

À medida que chegamos ao ano eleitoral de 2026, quando enfrentaremos a dura decisão de avançar no rumo socialdemocrata e progressista da proposta protagonizada por Lula, seja ele, ou não, candidato, com os riscos que isso implica do ponto de vista da polarização política do país, ou retrocedemos a um bolsonarismo mitigado, na candidatura do Governador de São Paulo. Ambos, com seus aliados, procuram ampliar suas respectivas imagens, à esquerda e à direita, com conquista de aliados capazes de conformar, não um polo ideológico, mas uma Frente. Com efeito, se cerca de 30% dos eleitores se inclinam à esquerda e outros 30%, à direita, há uma margem de 40% que medeia, ao centro, correspondendo, mais ou menos , à classe média, nada desprezível. Lula, entretanto, mesmo atento à perseguição de uma Frente Democrática, como já demonstrou em 2002/6 e 2022, disposto, inclusive à manutenção do diálogo com os Presidentes da Câmara e Senado, inequivocamente inclinados à direita e ao emparedamento do seu Governo, volta ao discurso em defesa dos “pobres e oprimidos”. Insiste no discurso que, outrora, não só o consagrou, como consagrou, no passado, a popularidade de Getúlio Vargas. No plano da governança, a disputa também retorna ao passado como a opção entre Desenvolvimento com inclusão social ou Estabilidade Fiscal e Monetária. Haddad, Ministro da Fazenda de Lula, mais do que qualquer outro Ministro, tem sido o intérprete desta alternativa, enfrentando com firmeza o desafio de sustentar a política de inclusão, sem perder, naturalmente, as rédeas da inflação, que, aliás vem diminuindo. Poucos se dão conta que o Brasil, no cenário internacional, não só tem apresentado bom índice de crescimento, com avanço no poder de compra das famílias, como tem baixo nível de inflação. Na Alemanha, país tradicionalmente estável, guardião do neoliberalismo, tem uma inflação de 10%, sendo o dobro deste número, quanto a alimentos, e quatro vezes este número, quanto ao aumento da energia. Quase se poderia repetir o que, aliás, um general Presidente, Ernesto Geisel, dizia em 1975: -“O Brasil é uma ilha de prosperidade no mar revolto do mundo”. Da mesmo forma que àquela época, também enfrentamos o desafio de garantir o crescimento da economia, com o mínimo de tensões, ao tempo em que lutamos pelo aprofundamento da democracia-entre-nós não só na defesa das instituições, como através da construção da economia de bem estar proposta pela Constituição Cidadã de 1988. Esse, a propósito, o desafio e o trunfo do Brasil, ainda pouco percebido por muitos analistas. Temos cumprido o Pacto Constitucional graças a forte presença no nosso espectro político da corrente social-progressista. Desafio difícil, eis que, além dos desafios externos, contemporizados pela nossa extraordinária capacidade para exportar, que nos garantiu uma reserva cambia de US $350 bilhões, temos que amenizar as diferenças sociais num país em que a desigualdades são as maiores do mundo. Não obstante, a corrida eleitoral já está em curso, senão nos procedimentos, no discurso dos principais protagonistas. A decisão virá nas urnas, ano que vem.

 

ANEXO

 

Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’, veja os números e se é verdade

Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’, veja os números e se é verdade - Estadão

Presidente infla dados e ignora renúncias para produtos da cesta básica, medicamentos e pequenos negócios do Simples; rever isenções aumentaria arrecadação, mas não resolveria o problema fiscal

Por Alvaro Gribel - 25/06/2025 | 09h30 Atualização: 25/06/2025 | 11h26

 

Lula diz que o Brasil dá ‘R$ 860 bilhões em isenções para os ricos’

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou durante viagem ao município de Mariana, em Minas Gerais, que o Brasil gasta “R$ 860 bilhões” em isenções fiscais para os mais ricos. Disse, também, que só há críticas ao seu governo quando os gastos são voltados para os mais pobres.

“Vocês sabem quanto que nós gastamos com os ricos? Sabem quantos bilhões a gente dá de isenção para os ricos deste país que não pagam imposto? R$ 860 bilhões. É quatro vezes o Bolsa Família”, afirmou Lula.

Especialistas explicam, contudo, que o presidente não só inflou o número mas também desconsiderou uma série de benefícios que são voltados para a população mais pobre. Além disso, passou a considerar programas voltados para o setor produtivo — e que geram empregos — como medidas voltadas para os mais riscos.

 

Lula na entrega de máquinas agrícolas a municípios mineiros pelo Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola, em Contagem Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O que os dados da Receita mostram é que a isenção tributária prevista para 2025 é de R$ 587 bilhões, ou 4,74% do Produto Interno Bruto (PIB). O presidente Lula subiu o número para R$ 860 bilhões, tendo como base declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas que ainda não foram detalhadas pela pasta.

Haddad afirma que esse dado mais elevado é uma projeção da Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirb), um documento novo, que começou a ser encaminhado pelas próprias empresas à Receita no ano passado, expondo o quanto de impostos deixaram de ser pagos e para quais programas.

O Demonstrativo de Gasto Tributário (DGT), por sua vez, que acompanha a Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2025 (Ploa), estima as isenções em R$ 587 bilhões. Esse é o documento que tem a série histórica de referência, desde 1989, sobre as renúncias e permite a comparação com anos anteriores.

 

Simples está no topo das renúncias

A maior isenção acontece com o Simples Nacional, que tem uma perda de receita estimada em R$ 127,73 bilhões este ano. O benefício é voltado para empresas dos setores de comércio, serviços e indústria com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano.

Para o especialista em política fiscal da XP Investimentos, Tiago Sbardelotto, não dá para afirmar que o Simples é uma política voltada para os mais ricos, já que gera empregos para os mais pobres, além de ser direcionada para pequenas e médias empresas.

“É temerário dizer que o Simples é voltado para os ricos, porque existem efeitos indiretos do benefício tributário que podem ajudar também os mais pobres, mesmo nesses benefícios que são direcionados a empresas”, afirmou. “O caso do Simples é emblemático. Embora seja um benefício para empresas, é, em geral, voltado para pequenos empresários que nem de longe podem ser considerados ricos.”

João Pedro Leme, economista da Tendências Consultoria, aponta, contudo, que muitas empresas fazem planejamento tributário para se manter enquadradas no Simples, e assim pagarem menos impostos. Ou seja, o programa atende pequenos empresários, de um lado, mas, por não passar por processos de revisão e medição de resultados, acaba também beneficiando os mais ricos. O erro do presidente é considerar toda a renúncia como se fosse voltada para os mais ricos.

“É bastante claro que a desburocratização na abertura da empresa e a redução da carga favorecem a formalização de pequenos empreendimentos, tocados por pessoas pessoas comuns”, aponta. “Mas também é fato que muitas empresas e empresários mais ricos se aproveitam do limite anual bastante generoso de R$ 4,8 milhões para fazer planejamento tributário: desenham juridicamente suas operações para pagarem pouco imposto e aproveitar também a distribuição isenta de lucros”, diz.

 

Cesta básica

Depois do Simples, a segunda maior renúncia acontece com produtos da cesta básica, que levam a uma perda de R$ 50,6 bilhões. A redução de tributos contempla itens como arroz, feijão, farinha de mandioca, milho, leite, queijos, pães, ovos, frutas hortaliças.

Se, por um lado, o presidente Lula pode alegar que essa política é horizontal, ou seja, beneficia ricos e pobres, ou qualquer um que consuma esses produtos; por outro, um aumento de alíquotas atingiria também os mais necessitados.

Durante a tramitação da reforma tributária no Congresso, a equipe econômica defendeu a reoneração da cesta básica, mas com a criação de um cashback (devolução de impostos) para as famílias de baixa renda.

A proposta, contudo, foi derrubada com apoio do PT e de partidos da base aliada, sendo mantidas a isenção total para alguns itens e a inclusão de outros na lista com alíquota reduzida de 60%.

 

Despesas médicas

A terceira maior renúncia acontece com as despesas médicas, que com estimativa de R$ 35,86 bilhões. Contribuintes que fazem a declaração anual completa de Imposto de Renda (IR) podem descontar da base de cálculo os gastos com saúde. A medida, de fato, beneficia os mais ricos, que conseguem pagar por serviços de saúde particulares, mas também a população de classe média.

 

IR para aposentados por ‘moléstia grave ou acidente’

Outra despesa entre as principais da lista da Receita e que não pode ser considerada para os “ricos”, como aponta o presidente Lula, é a isenção de IR para aposentadoria “por moléstia grave ou acidente”. A renúncia é a quarta maior e representa R$ 28,5 bilhões em perda de receitas.

 

Quais também estão entre as 10 principais renúncias

Completam a lista das 10 maiores renúncias:

  • Zona Franca de Manaus (R$ 28,26 bilhões), em 5º lugar;

  • Exportação de produtos agrícolas (R$ 22,8 bi), em 6º;

  • Entidades filantrópicas (R$ 21,24 bilhões), em 7º;

  • Aposentadoria de quem tem mais de 65 anos (R$ 21,22 bilhões), em 8º;

  • Assistência médica e odontológica para empregados (R$ 17,43 bilhões), em 9º; e

  • Títulos de crédito para o setor imobiliário e agronegócio (R$ 16,76 bilhões), 10º.

 

Aumento nos governos do PT

Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, diz que é importante o presidente querer rever os gastos tributários, mas lembra que o aumento das isenções federais ocorreu principalmente nos governos do PT.

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No segundo mandato do próprio presidente Lula, elas romperam a casa dos 3% do PIB, e nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff ultrapassaram a marca de 4% do PIB.

“O presidente precisa lembrar que quem explodiu o gasto tributário foram os governos do PT na sua maior parte. Isso reflete o olhar de que o fiscal é impulsionador de crescimento. Muito importante o governo querer rever os gastos, mas falta a mão na consciência de reconhecer seus erros no passado”, afirma.

 

Leia também

 

Quem mais recebe benefícios tributários e deixa de pagar impostos no Brasil? Veja gráficos

 

Além disso, Vale pondera que rever isenções fiscais aumentaria a arrecadação do governo, mas não resolveria o problema estrutural do arcabouço fiscal, relacionado ao aumento dos gastos primários obrigatórios, e que vão comprimir os gastos discricionários (que o governo é livre para gastar) e levar a uma paralisia da máquina pública.

“Não tem como escapar de reestruturação dos gastos. A questão fiscal chegou a tal ponto que demandará um esforço em várias frentes para ajuste. Os gastos tributários não podem ser vistos como elemento único de ajuste“, diz.

 


Editorial  18/06/24 – Cultural FM – www.culturalfm875.com

                        O Poder dividido

O Presidente Lula acompanhou com preocupação os 13 vetos do

Congresso Nacional que acabam devolvendo ao Executivo a

obrigação de mais gastos, dentre eles o que representará um

aumento nas contas de energia dos consumidores. Reintroduziu

também mais isenções sobre o Agro na Reforma Tributária que

deverá entrar em vigor no próximo ano. Outros 27 vetos ficaram para

análise no segundo semestre. O comportamento dos parlamento

neste e em outros processos empalidece, cada vez mais, o

Presidencialismo, vez que retira do Poder Executivo capacidade

orçamentária para gerenciar contas do Estado, avaliar políticas

publicas e definir rumos do processo de desenvolvimento do país. O

maior relevo do Poder Legislativo é sempre saudado com positivo no

aprofundamento da democracia. Tal relevo, porém, não deve

comprometer a capacidade do Poder Executivo cumprir o programa

para o qual foi eleito em eleições majoritárias. Os deputados e

senadores, fazendo coro com a imprensa e entidades empresariais,

alegam que devem ser rigorosos no controle das contas

governamentais, mas a cada passo, introduzem mais compromissos

financeiros sobre o Orçamento. Isso é um contra senso, que caminha

para um impasse. Ou assumimos o PARLAMENTARISMO, no qual o

Congresso é responsável pelo Executivo, ou voltamos ao

 

PRESIDENCIALISMO, por duas vezes preferido pelo eleitorado

nacional através plebiscito. O problema não está, como alguns

apontam no estilo tradicional de Lula que tentaria retornar aos

tempos do Lula I e Lula II. Claro que tudo mudou e o Legislativo

relevou seu protagonismo no processo político. Mas isso não pode

subverter as regras estabelecidas para o bom funcionamento da

República. No fundo, parece que a atitude do Congresso tem dois

sentidos: um, de colocar o Executivo contra a parede para liberar as

Emendas Parlamentares, as quais, além de cada vez maiores, se

oferecem como campo de malversação de recursos públicos e de

impedimento à avaliação de seus resultados; outro, de insistir no

desvio de funções legislativas do CONGRESSO transformando-o num

puxadinho de Prefeituras que ensejam a montagem de um ANEL de

interesses que podem dificultar a renovação tanto nas Prefeituras,

como no próprio Congresso. O resultado disso tudo parece se traduzir

nas pesquisas de Opinião cada vez menos favoráveis ao Governo e ao

próprio Lula, mais como resultado da camisa de força que o imobiliza.

Anexo:

O velho patrimonialismo preside as decisões fiscais do Congresso – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense - Parlamentares têm poder para mexer no Orçamento e corrigir o que

tanto criticam, mas precisam cortar na própria carne e ser mais responsáveis em relação a

isenções e privilégios

Inicialmente, um corte linear de 2% em todas as despesas da União faria um bem danado ao

equilíbrio fiscal e à harmonia entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Resolveria o

problema do deficit fiscal de forma categórica e possibilitaria a redução acelerada da taxa de

juros, bem como da expansão da dívida pública, e ainda permitiria algum investimento, graças

ao entendimento de que os Três Poderes precisam cortar na própria carne.

O Congresso reverteria toda a expectativa negativa em relação às contas públicas, que projetam

um deficit primário de R$ 64,2 bilhões para este ano, segundo a Instituição Fiscal Independente

(IFI), mantida pelo Senado. Para 2026, a instituição avalia que as contas públicas poderão ter

um resultado ainda pior, com um deficit primário estimado em R$ 128 bilhões. O governo

precisará de pelo menos R$ 72 bilhões para tentar fechar 2026 dentro da meta (superavit de

0,25% do PIB).

CONTINUAR LEITURA

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:53:00 Nenhum comentário:  

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Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com – 17 junho
A GUERRA ISRAEL X IRÃ
O conflito aberto entre Israel e Irã, cujo início se deu com um severo ataque dos israelenses no dia 13
último – 13.VI/2025 – se insere em dois processos: O primeiro, de caráter histórico, com a criação pelas
Nações Unidas do Estado Israel na Palestina, num território de maciça presença de palestinos. Dali foram
sumariamente expulsos, abrindo um contencioso com todo o mundo árabe que reagiu, foi à guerra, mas
acabou derrotado. O novo Estado de Israel mostrou-se militarmente vigoroso e decidido a levar a cabo
um política de expansão colonial sobre a região. Os palestinos acabaram confinados na Cisjordânia, hoje
sob controle do grupo oriundo da liderança de e na Faixa de Gaza, sob controle do Hamas. A longa luta
dos palestinos pelos seus direitos à organização de um Estado próprio, negado por Israel, projetou-se em
toda a região e vinha sendo fortemente defendida pelo Irã, antiga Pérsia, não árabe, o qual, desde 1979,
se encontra sob tutela dos ayatolás muçulmanos xiitas. O segundo processo, ligado ao ataque recente de
Israel, se situa em dois contextos, um interno, pelo relevo da extrema direita em Israel, empenhada em
varrer os palestinos da região, cujo episódio mais odioso vem sendo levado a cabo no bombardeio
indiscriminado sobre Gaza, que já matou mais de 50 mil pessoas, e colonização da Cisjordania por
colonos judeus, muitos deles religiosos radicais; outro, externo, marcado pela crise da ONU com
mecanismo de efetivação do Direito Internacional em escala global e que é incapaz de evitar intervenções
armadas, agressivas, de países mais fortes sobre mais fracos, processo inaugurado pelo Governo Busch,
depois dos atentados ás Torres Gemeas em N.Y. em 2011 e que acabou arrastando o exército americano
para as aventuras sobre o Iraque e Afeganistão. Mais recentemente, a Rússia avançou nesta iniciativa,
com a OPERAÇÃO ESPECIAL de ocupação da Ucrânia, em 2022, numa guerra cruel que já se arrasta
por mais de 3 anos. Trata-se de um colapso nas regras de convivência internacional com base no fato
consumado. Os fortes praticam, os mais fracos, padecem, isso sem entrar no mérito dos antecedentes de
cada caso. Israel, agora, assumiu a mesma posição ofensiva, na suposta defesa de sua segurança
EXISTENCIAL. Dotado de inequívoca superioridade militar na região vem se impondo de uma forma cada
vez mais insinuante. Já havia feito isso, principalmente sobre o Líbano. Agora avançou sobre Síria,
contribuindo para a liquidação do região de Al Assad, sobre Gaza e sobre o Irã. A matéria é complexa,
exige cuidado e aprofundamento em seu estudo. Daí a reprodução que trazemos, abaixo, de posts e
artigos que ajudam a melhor compreendê-la.
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O QUE O VOCÊ SABE SOBRE O IRÃ ? Marino Boeira, FB 16 JUNHO
Muitos dos que condenavam o genocídio dos palestinos por parte do estado racista e colonialista
de Israel, se omitiram na condenação da agressão ao Irã ou como fez de forma surpreendente meu

amigo Milton Ribeiro criticaram os que estariam defendendo a teocracia iraniana. Um pequeno
passeio pela História ajuda a entender quem é esse povo agora bombardeado covardemente pelos
sionistas. O Irã de hoje é a antiga Pérsia, onde se desenvolveu uma das culturas mais antigas do
mundo, existente há mais de 600 anos antes de Cristo. Em 550 AC, Ciro o Grande fundou um dos
maiores impérios da antiguidade, o chamado Império Aquemênida. Na era atual, já com a
denominação de Irã, o país se torna uma monarquia constitucional governada pela dinastia Cajar e
vai ser palco de uma grande disputa pelas imensas reservas de petróleo, envolvendo a União
Soviética, Reino Unido e Estados Unidos. Eleito em 1951 como primeiro ministro Moahmmed
Mossadegh vai promover a nacionalização do petróleo iraniano. Dois anos depois será derrubado
por um golpe de estado patrocinado por ingleses e americanos e o poder passa todo para o xá
Mohammad Reza Pahlevi, que vai reinar de forma ditatorial. Enquanto seu povo é oprimido e sua
polícia secreta, a SAVAK se torna famosa pelos seus métodos de tortura, o Xá é figura de
destaque nas revistas da moda do mundo inteiro porque sua mulher, a princesa Soraya, não pode
lhe dar um filho para herdar o trono. Durante todo esse tempo a maior resistência ao ditador vinha
dos clérigos xiitas no exílio, comandados por Ruhollah Khomeini. Em 1979 ele volta a Teerã em
meio a um movimento revolucionário para criar uma República Islâmica , enquanto o Xá fugia para
os Estados Unidos. Lamentavelmente, o Irã ainda continua sendo uma teocracia, assim como o
Vaticano, mas de qualquer forma bem melhor que a antiga monarquia do Xá.
Marcelo Zero: Alguns esclarecimentos sobre a questão do Irã
14/06/2025 - 18:12 Tempo de leitura Marcelo Zero: Alguns esclarecimentos sobre
a questão do Irã - Viomundo
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O regime atual do Irã é chefiado pelo presidente Masoud Pezeshkian e pelo aiatolá
Ali Khamenei Foto: Reprodução X/ Pezeshkian
Alguns Esclarecimentos Sobre a Questão do Irã
Por Marcelo Zero*
O programa nuclear do Irã, que tem abrigo jurídico no TNP, foi criado ainda na década de 1950, mediante
acordo entre os EUA e o Xá do Irã, no âmbito do projeto “Átomos Para a Paz”, de Eisenhower.
Antes de tudo, é preciso afirmar que qualquer país signatário do TNP, tal como o Irã, tem o direito de ter
um programa nuclear para fins pacíficos e de enriquecer urânio, como o Brasil faz.
Isso está previsto explícita e claramente no TNP:5
Artigo IV:
1. Nenhuma disposição deste Tratado será interpretada como afetando o direito inalienável de todas as
Partes do Tratado de desenvolverem a pesquisa, a produção e a utilização da energia nuclear para fins
pacíficos, sem discriminação, e de conformidade com os artigos I e II deste Tratado.
2. Todas as partes deste Tratado comprometem-se a facilitar o mais amplo intercâmbio possível de
equipamento, materiais e informação científica e tecnológica sobre a utilização pacífica da energia
nuclear e dele tem o direito de participar. As partes do Tratado em condições de o fazerem deverão
também cooperar – isoladamente ou juntamente com outros Estados ou Organizações Internacionais –

com vistas a contribuir para o desenvolvimento crescente das aplicações da energia nuclear para fins
pacíficos, especialmente nos territórios dos Estados não-nuclearmente armados, Partes do Tratado, com
a devida consideração pelas necessidades das regiões do mundo em desenvolvimento.
Os governos iranianos, desde a época do Xá, ditador brutal, queridinho do Ocidente, investiram bilhões
de dólares em seu programa nuclear, que sempre teve como principal objetivo prover o Irã de energia
elétrica, para poder exportar mais petróleo e desenvolver pesquisas médicas.
É evidente que o Irã não vai desistir de um programa nuclear que já tem mais meio século e no qual
foram investidos bilhões dólares. É óbvio também que o Irã vai opor feroz resistência a renunciar
inteiramente ao enriquecimento de urânio, algo que não é vedado pelo TNP.
É preciso que se entenda que o programa nuclear iraniano tem grande apoio da opinião pública interna.
Trata-se um programa que, como já salientado, foi iniciado ainda na década de 1950, no regime do Xá
Reza Pahlevi, com o apoio decidido dos EUA.
O primeiro reator nuclear iraniano, inteiramente construído pelos EUA, começou a operar em 1967, com
urânio medianamente enriquecido (urânio enriquecido a cerca de 20%). Posteriormente, o Xá firmou um
acordo para que os EUA construíssem no Irã 23 usinas nucleares até 2000.
Outras potências se juntaram a esse esforço. A Alemanha firmou, em 1975, acordo com Teerã para a
construção de duas grandes centrais nucleares baseadas em água pressurizada, um investimento de
US$ 6 bilhões.
A França criou com o Irã a Sofidif (Société franco–iranienne pour l’enrichissement de l’uranium par
diffusion gazeuse), mediante um investimento de US$ 1 bilhão. Com a sociedade criada, o Irã teria o
direito de usar 10% do urânio enriquecido produzido.
Mas não ficou só nisso. Em 1976, os EUA ofereceram ao Irã uma usina de reprocessamento de material
radioativo, que permitiria aos iranianos o domínio de todo o ciclo nuclear e a fabricação de
plutônio, material com o qual se pode construir uma bomba atômica.
O objetivo manifesto do programa nuclear iraniano da época era, como afirmamos, gerar energia a partir
do uso de urânio, de modo a permitir que o Irã exportasse grandes excedentes de petróleo e produtos
petroquímicos. O Xá, líder de um país rico em petróleo, virou garoto-propaganda da indústria nuclear
internacional.
Evidentemente, os EUA, com todas essas ofertas, estavam, inclusive, começando a criar as condições
para um possível armamento nuclear do Irã, na época grande aliado dos norte-americanos no Oriente
Médio, região historicamente conturbada e instável.
Relatório da CIA de 1974, já “desclassificado”, indicava claramente essa possibilidade. Segundo o
relatório, se o Xá ainda estivesse vivo em meados da década de 1980, e se outros países da região se
armassem (notadamente a Índia, como de fato aconteceu) o Irã, “sem dúvida”, seguiria o mesmo
caminho. Entretanto, isso não parecia inquietar muito Washington.
Tudo mudou, evidentemente, com a queda do regime de Reza Pahlevi. Todos os acordos e contratos
foram cancelados ou revistos, mesmo sendo instrumentos jurídicos de Estados, e não de governos.
Em alguns casos, o dinheiro dos investimentos iranianos sequer foi totalmente devolvido, como
aconteceu com a sociedade francês-iraniana para o enriquecimento de urânio.

Os reatores que estavam sendo construídos pela Alemanha tiveram de ser abandonados e os EUA
pararam de fornecer urânio para o reator operante desde 1967.
Obviamente, essa forte inflexão política provocou intensa desconfiança dos iranianos, em relação às
grandes potências ocidentais.
Eles consideram que não podem confiar nesses países como fornecedores de combustível para seus
reatores. Por isso, resistem à ideia de simplesmente renunciar ao enriquecimento de urânio.
Volte-se a frisar o TNP não proíbe o enriquecimento de urânio. O Brasil, por exemplo, já enriquece urânio
a 20%.
Já sob o regime islâmico, o Irã voltou a investir em seu programa nuclear, mediante esforço próprio e
ajuda moderada de países como Paquistão.
Desde então, o programa nuclear iraniano, antes tão estimulado pelo Ocidente, passou a ser
demonizado, especialmente por Israel (que já tem armas atômicas) e pelos EUA.
Justiça seja feita, apesar das inúmeras sanções impostas pelos EUA e outros países, o Irã tentou
diversos acordos com o Ocidente para resolver a questão.
Pois bem, o Brasil e a Turquia, com o apoio explícito das grandes potências, inclusive dos EUA, como
comprovava cabalmente a carta enviada ao presidente Lula por Obama, chegaram, em 2010, a um
acordo com Teerã, plasmado na hoje famosa “Declaração de Teerã”.
Esse acordo conseguido pelo Brasil era praticamente idêntico ao acordo que tinha sido tentado meses
antes, sem sucesso, pelos EUA, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a França, a Rússia
e a Alemanha.
Naquela ocasião, por motivos políticos internos do regime iraniano e pela desconfiança entre as Partes, o
acordo não frutificou.
É que o governo dos EUA anunciou que, com o acordo, o Irã renunciava ao enriquecimento de urânio,
como tenta fazer agora.
A oposição iraniana protestou. O grande rival do então presidente Ahmadinejad, Hossein Mousavi,
perdedor da eleição de 2009 e queridinho da mídia ocidental, foi quem mais se opôs ao acordo.
Tal acordo previa o envio de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido iraniano (cerca de 60% do
total disponível) para o exterior, e tinha dois efeitos imediatos: a) impossibilitava a construção de qualquer
artefato nuclear por parte do Irã, pois para isso seria necessário enriquecer a mais de 90% cerca de
2.500 quilos de urânio levemente enriquecido, sendo que os iranianos ficariam com apenas cerca de 800
quilos, e b) abria as portas para uma cooperação pacífica entre o Irã e as potências ocidentais.
Por isso mesmo, o acordo foi bem recebido por quem entendia do assunto. El Baradei, ex-diretor da
AIEA, uma das maiores autoridades mundiais no tema, deu pleno apoio ao acordo.
A maior parte dos países também. Aliás, se houvesse uma votação na Assembleia das Nações Unidas
sobre o acordo, Brasil e Turquia seriam aclamados. Diga-se de passagem, a própria Resolução do
Conselho de Segurança que impôs, pouco depois, novas sanções ao Irã, em virtude do bombardeio do
acordo por parte dos EUA, elogiava o entendimento conseguido por Brasil e Turquia e o considerava uma
importante medida para a “construção de confiança”.

O próprio Comandante-em-Chefe da OTAN na EUROPA, general James Stavridis, afirmou, na época,
que o acordo era um exemplo do que todos buscávamos, um sistema diplomático que visasse um “bom
comportamento” por parte do regime iraniano.
Gary Sick, que foi membro do Conselho de Segurança Nacional dos EUA durante uma década,
considerado um dos maiores especialistas norte-americanos em Irã, afirmou que “ter o Brasil e a Turquia
trabalhando ativamente para desenvolver uma nova abordagem da questão iraniana era uma enorme
vantagem para os EUA”.
Essa ação, segundo Gary Sick, tinha “valor incalculável para progressos futuros”. Com o malogro do
acordo em razão da oposição dos EUA, Gary Sick lamentou que essa “grande oportunidade tivesse sido
perdida”.
As principais razões para que os EUA tivessem inviabilizado o grande acordo conseguido pelo Brasil e
articulado novas sanções contra o Irã, dificultando muito a continuidade das negociações, eram duas.
A primeira tangia ao fato de que o acordo (que eles tanto haviam procurado) foi conseguido por duas
potências médias (Brasil e Turquia), sem histórico de intervenção no assunto.
Assim, o acordo turco-brasileiro retirou protagonismo dos EUA (e das outras grandes potências) numa
região estrategicamente sensível. Eles ficaram melindrados com o êxito alheio e receosos quanto a
manter o controle absoluto do processo de negociação.
A segunda, e mais preocupante, dizia respeito ao fato de que o Departamento de Estado norte-americano
estava dividido quanto ao que fazer com o Irã.
Havia uma forte vertente, aparentemente hegemônica, que preferia apostar na desestabilização do
regime iraniano. Por isso, a preferência pelas sanções, pela manutenção de uma pressão contínua
e pelo crescente isolamento de Teerã.
Como já tinha acontecido no Iraque, o “desarmamento” seria usado como elemento essencial
nesse processo. A política interna também pesava: a “demonização” do Irã tornava populares medidas
de força contra esse país.
Todo esse cínico cálculo político mudou um pouco com a eclosão do Estado Islâmico, grupo que havia
sido financiado e incentivado pelos EUA, e com o grande recrudescimento do terrorismo
fundamentalista sunita no Oriente Médio, especialmente no Iraque e na Síria.
O Irã, de maioria xiita, é inimigo mortal desse terrorismo sunita (tanto da Al-Qaeda, quanto do Estado
Islâmico), que chegou a representar a maior ameaça aos interesses ocidentais no Grande Oriente Médio.
Assim, em 2015, o Irã passou a ser visto como um possível aliado tático para a estabilização daquela
região. O acordo que fez Obama naquele ano resultou dessas mudanças geopolíticas. Não resultou das
sanções e das pressões.
Esse plano chama-se Plano de Ação Conjunto Global (em inglês: Joint Comprehensive Plane of Action –
JCPOA) e foi negociado pelos EUA, a União Europeia, a Rússia, a China, a Alemanha, a França e Reino
Unido.
Mas, apesar de alguns poucos progressos feitos, Trump resolveu, em 2018, sair do acordo, e tudo votou
à estaca zero, especialmente após o assassinato de Suleimani.

Os EUA voltaram a fazer o máximo de pressão e a impor sanções draconianas contra o Irã.
Hoje, a desconfiança é muito grande. Diplomatas de Teerã e o chefe do programa nuclear iraniano,
Mohammad Eslami, criticaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seu diretor, Rafael
Grossi, por se recusarem a condenar veementemente as repetidas ameaças israelenses e os ataques
noturnos de sexta-feira. Eles disseram que a agência nuclear global, que aprovou sua mais forte
resolução de censura contra o Irã em quase duas décadas na quinta-feira, tornou-se uma “ferramenta” de
pressão por parte de Israel e seus aliados ocidentais.
O fato é que nem Israel e nem os EUA querem acordo nenhum com o Irã. Usam do programa nuclear do
Irã, assim como usaram do suposto programa de “armas químicas” do Iraque, para impor “pressão
máxima” sobre Teerã.
Querem, na realidade, a mudança do regime político do Irã. Acham que o aumento da pressão e os
ataques vão provocar a queda do regime dos aiatolás. As instalações nucleares iranianas, como a
de Natanz, estão fora do alcance das bombas israelenses. O real objetivo dos bombardeios é levar
pânico à população e induzir mudanças políticas internas.
Isso é ridículo. O Irã tem 5 mil anos civilização e não vai, é claro, apoiar um regime pró-EUA e pró-Israel,
depois de tudo o que aconteceu. O regime atual do Irã, chefiado por Masoud Pezeshkian e pelo aiatolá
Khamenei é bastante moderado. Mas achar que os bombardeios e as agressões vão levar a população
iraniana a se “rebelar contra o regime” é o cúmulo da estupidez. Isso é fruto de muita ignorância.
Ocorrerá, provavelmente, o contrário, como aconteceu, no caso da Rússia. A guerra na Ucrânia só
aumentou a solidariedade interna e fortaleceu Putin.
Essa questão do programa nuclear iraniano poderia já estar resolvida desde 2010, com a iniciativa
brasileira.
A questão é que não querem resolver, assim como não deixaram o nosso embaixador Bustani resolver a
fictícia questão das armas químicas do Iraque.
A coisa tende a ficar feia, caso Israel insista na guerra, a qual não poderá ser, evidentemente, uma guerra
de ocupação. O Irã não é Gaza.
Os EUA, embora finjam não apoiar a guerra que se inicia, vão apoiar Netanyahu em tudo que precisar.
Mas uma civilização de 5 mil anos não se extinguirá em alguns dias. O Irã já demonstrou ter resiliência
extrema.
É mais fácil Trump e Netanyahu caírem.
*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.

Ricardo Queiroz FB 16 junho 25

Em janeiro de 2025, a New Left Review publicou um texto extenso e meticuloso de
Tariq Ali: Terras Conquistadas (Conquered Lands). O que ele faz ali não é exatamente
uma denúncia — é um mapeamento de guerra. Um mapa sujo, rabiscado a sangue,
feito de tratados, pactos e alianças nas costas dos povos que sangram. Cada guerra,
cada tratado, cada rearranjo territorial aparece como parte de uma engrenagem que
não para de girar. Girando sempre na mesma direção: contra qualquer forma de
soberania árabe ou muçulmana que não se ajoelhe diante do mercado, da doutrina
estratégica e das armas do Ocidente.
O artigo parte da derrota do Império Otomano e acompanha a sequência de cirurgias
imperiais feitas no corpo da região — primeiro por britânicos e franceses, depois por
norte-americanos. Um século depois, o corte ainda está aberto. O que se vê hoje, com
Gaza transformada em ruína ao vivo, é simplesmente a consequência mais visível
daquilo que foi meticulosamente instalado desde o início do século XX.
Mas antes de Gaza, antes de Oslo, antes mesmo das imagens de 1967 e das fotos em
preto e branco da Nakba de 1948, há uma palavra: mapa.
A expressão “Oriente Médio” não é geografia, é uma invenção pusilânime. Nasceu nos
gabinetes de oficiais britânicos, franceses norte-americanos como categoria
estratégica para nomear uma zona de vigilância, contenção e, se preciso, aniquilação.
Não se trata de uma região com coerência interna, mas de um espaço desenhado
conforme os olhos e os interesses imperiais. Um nome funcional, conveniente, neutro
apenas na aparência — uma ficção com consequências muito concretas.
Ao final da Primeira Guerra, com o Império Otomano em ruínas, o espólio foi repartido
entre cavalheiros com gravata e uniformes militares. O Acordo Sykes-Picot, assinado
antes mesmo da paz, já estabelecia a lógica do loteamento: aqui fica com a França, ali
com a Grã-Bretanha. O que havia — cidades, tribos, línguas, tradições, convivências
— virou obstáculo técnico. Daí em diante, tudo pôde ser desenhado: países,
monarquias, minorias convenientes e religiões de estimação.
O Iraque nasceu como um Frankenstein colonial, com xiitas, sunitas e curdos
costurados sob um trono emprestado à monarquia hachemita. O Líbano virou uma
bomba-relógio sectária criada por engenheiros franceses para manter cristãos
maronitas no comando e o resto do povo na fila. A Arábia Saudita foi concebida como
peça-chave do tabuleiro — um pacto selado em 1945, a bordo do USS Quincy, entre
Roosevelt e Ibn Saud, garantiu à monarquia wahhabita proteção militar em troca de
petróleo barato e alinhamento absoluto. Desde então, a dinastia Saud administra
repressão, doutrina religiosa e veto político com selo de aprovação ocidental. Os
pequenos emirados do Golfo, por sua vez, foram moldados como postos de
abastecimento e logística — refinarias cercadas de shopping centers.
Tariq Ali não adorna o diagnóstico e nem usa meio termo. Os países não foram feitos
para durar, nem para se desenvolver. Foram feitos para conter. E para conter melhor,
deviam ser frágeis, dependentes, fraturados por dentro. Quando algum escapou desse
molde — como o Egito de Nasser, o Irã de Mossadegh, a Síria antes da guerra —, o
castigo veio rápido: sabotagem, golpe, bombardeio, embargo, guerra por procuração.
As poucas tentativas de soberania popular que surgiram na região foram esmagadas
com método. O Egito de Nasser, o Irã de Mossadegh, o Iraque do Baath — todos

foram neutralizados antes que amadurecessem como alternativa real. O nacionalismo
árabe, laico e popular, foi apresentado como ameaça à estabilidade. E eliminado como
tal. O que restou no lugar: ditaduras domesticadas, guerras intestinas e Estados
vigiados. Um manual de instruções que os impérios seguem à risca, sem pressa e
sem remorso.
O século XXI só aperfeiçoou a operação.
Iraque: desmontado com base em um PowerPoint do Pentágono.
Líbia: esmagada por uma coalizão que jurava defender direitos humanos com aviões
da OTAN.
Síria: transformada em laboratório para rebeldes terceirizados, drones e jornalistas
embedded.
Tudo em nome da democracia, claro. Ou da liberdade. Ou da estabilidade. O nome
muda, a lógica não.
É nesse cenário que se encaixa a tensão entre Israel e Irã. Não como uma anomalia,
mas como ponto focal de uma arquitetura muito bem montada. De um lado, Israel:
potência nuclear não declarada, blindada pelos Estados Unidos, com licença
permanente para bombardear qualquer um sob a desculpa de sempre. Do outro, o Irã:
um regime clerical, autoritário, cercado por sanções e sabotagens, mas com
capilaridade regional suficiente para incomodar quem se julga proprietário da ordem.
Israel diz que o Irã ameaça sua existência. Difícil conter o espanto. O país que de fato
tem ogivas, submarinos nucleares e apoio irrestrito de Washington — esse é o que
precisa se defender. E o Irã, que tenta manter alianças frágeis com vizinhos semi-
destruídos, é o inimigo existencial. É assim que se constrói a moral geopolítica:
chamando segurança aquilo que é supremacia.
Tariq Ali mostra como os EUA, ao invadirem o Iraque, acabaram fortalecendo o Irã ao
empoderar a maioria xiita. O que era para ser contenção virou catalisador. Desde
então, toda movimentação iraniana na região — no Líbano, no Iêmen, no Iraque — é
enquadrada como ameaça. E qualquer reação, mesmo a mais tímida, como
provocação intolerável.
E enquanto essa disputa se desenha no campo da intimidação diplomática, Gaza vira
o campo de testes. Israel testa armas, testa limites, testa o silêncio das nações e a
tolerância da opinião pública. E tem passado em todas as provas. Nenhuma
consequência. Nenhum recuo. Nenhuma ruptura. O Egito guarda a fronteira como
quem guarda segredo. A Jordânia balbucia lamentos. A Arábia Saudita gerencia
interesses. O Qatar se indigna, mas não rompe com nada.
E o Irã? Até outro dia observava, calculava, absorvia ataques e reagia dentro dos
limites que lhe restavam. Agora está no centro da guerra. Generais, cientistas e líderes
políticos vêm sendo sistematicamente eliminados — em casa e fora. Como em
Damasco: explosões cirúrgicas, sabotagens internas, divisão operada com bisturi. As
respostas continuam calibradas, quase didáticas — como se avisassem que podem

muito, mas ainda não. Porque sabem: o tabuleiro não é apenas militar. É político,
econômico, narrativo. E Gaza continua no centro da equação.
A estratégia é simples: manter a região sob tensão , impedir qualquer redistribuição
real de poder, garantir que nenhum país árabe ou muçulmano exerça soberania fora
dos trilhos. E para isso, vale tudo. Cerco, mentira, fome, massacre. O custo, como
sempre, é jogado no colo dos civis.
Ali sugere que, apesar da passividade dos Estados árabes, há uma raiva subterrânea
crescendo. As ruas se calaram, mas não esqueceram. Talvez não faltem revoltas —
falte escuta. Faltam palavras que escapem dos governos e voltem a pertencer aos
povos.
A história contada por Tariq Ali não quer explicar Gaza. Quer mostrar por que Gaza
sempre volta. Porque o mapa desenhado em 1916 nunca foi apagado. Ele apenas
mudou de formato. E hoje é sobreposto por outro mapa, feito de satélites, checkpoints,
cercas e algoritmos. Mas a lógica segue: controlar, dividir, castigar.
O que se vê em Gaza hoje não é uma tragédia nova. É o resultado de um script que
ninguém quis interromper. Um século de devastação cuidadosamente administrada. A
modernização da barbárie. A democracia liberal ocidental — tão incensada quanto
cúmplice — tem suas digitais cravadas nesse estado de coisas.”
Para quem anda espalhando islamofobia e clichês orientalistas nas redes —
chamando povos inteiros de bárbaros, rotulando religiões como ameaça ou reduzindo
uma região inteira a conflitos com povos bárbaros e fanáticos — recomendo a leitura
atenta do texto de Tariq Ali. Não vai limpar o preconceito, mas talvez exponha o
constrangimento de opinar com arrogância sobre mapas que não conhece, povos que
nunca ouviu, histórias que nunca estudou.
Link para o texto de Tariq Ali no primeiro comentário.
#GazaGenocide #GazaPalestine
Ricardo Queiroz
Em janeiro de 2025, a New Left Review publicou um texto extenso e meticuloso de Tariq Ali: Terras
Conquistadas (Conquered Lands). O que ele faz ali não é exatamente uma denúncia — é um
mapeamento de guerra. Um mapa sujo, rabiscado a sangue, feito de tratados, pactos e alianças nas
costas dos povos que sangram. Cada guerra, cada tratado, cada rearranjo territorial aparece como parte
de uma engrenagem que não para de girar. Girando sempre na mesma direção: contra qualquer forma de
soberania árabe ou muçulmana que não se ajoelhe diante do mercado, da doutrina estratégica e das
armas do Ocidente.
O artigo parte da derrota do Império Otomano e acompanha a sequência de cirurgias imperiais feitas no
corpo da região — primeiro por britânicos e franceses, depois por norte-americanos. Um século depois, o
corte ainda está aberto. O que se vê hoje, com Gaza transformada em ruína ao vivo, é simplesmente a
consequência mais visível daquilo que foi meticulosamente instalado desde o início do século XX.
Mas antes de Gaza, antes de Oslo, antes mesmo das imagens de 1967 e das fotos em preto e branco da
Nakba de 1948, há uma palavra: mapa.

A expressão “Oriente Médio” não é geografia, é uma invenção pusilânime. Nasceu nos gabinetes de
oficiais britânicos, franceses norte-americanos como categoria estratégica para nomear uma zona de
vigilância, contenção e, se preciso, aniquilação. Não se trata de uma região com coerência interna, mas
de um espaço desenhado conforme os olhos e os interesses imperiais. Um nome funcional, conveniente,
neutro apenas na aparência — uma ficção com consequências muito concretas.
Ao final da Primeira Guerra, com o Império Otomano em ruínas, o espólio foi repartido entre cavalheiros
com gravata e uniformes militares. O Acordo Sykes-Picot, assinado antes mesmo da paz, já estabelecia a
lógica do loteamento: aqui fica com a França, ali com a Grã-Bretanha. O que havia — cidades, tribos,
línguas, tradições, convivências — virou obstáculo técnico. Daí em diante, tudo pôde ser desenhado:
países, monarquias, minorias convenientes e religiões de estimação.
O Iraque nasceu como um Frankenstein colonial, com xiitas, sunitas e curdos costurados sob um trono
emprestado à monarquia hachemita. O Líbano virou uma bomba-relógio sectária criada por engenheiros
franceses para manter cristãos maronitas no comando e o resto do povo na fila. A Arábia Saudita foi
concebida como peça-chave do tabuleiro — um pacto selado em 1945, a bordo do USS Quincy, entre
Roosevelt e Ibn Saud, garantiu à monarquia wahhabita proteção militar em troca de petróleo barato e
alinhamento absoluto. Desde então, a dinastia Saud administra repressão, doutrina religiosa e veto
político com selo de aprovação ocidental. Os pequenos emirados do Golfo, por sua vez, foram moldados
como postos de abastecimento e logística — refinarias cercadas de shopping centers.
Tariq Ali não adorna o diagnóstico e nem usa meio termo. Os países não foram feitos para durar, nem
para se desenvolver. Foram feitos para conter. E para conter melhor, deviam ser frágeis, dependentes,
fraturados por dentro. Quando algum escapou desse molde — como o Egito de Nasser, o Irã de
Mossadegh, a Síria antes da guerra —, o castigo veio rápido: sabotagem, golpe, bombardeio, embargo,
guerra por procuração. As poucas tentativas de soberania popular que surgiram na região foram
esmagadas com método. O Egito de Nasser, o Irã de Mossadegh, o Iraque do Baath — todos foram
neutralizados antes que amadurecessem como alternativa real. O nacionalismo árabe, laico e popular, foi
apresentado como ameaça à estabilidade. E eliminado como tal. O que restou no lugar: ditaduras
domesticadas, guerras intestinas e Estados vigiados. Um manual de instruções que os impérios seguem
à risca, sem pressa e sem remorso.
O século XXI só aperfeiçoou a operação.
Iraque: desmontado com base em um PowerPoint do Pentágono.
Líbia: esmagada por uma coalizão que jurava defender direitos humanos com aviões da OTAN.
Síria: transformada em laboratório para rebeldes terceirizados, drones e jornalistas embedded.
Tudo em nome da democracia, claro. Ou da liberdade. Ou da estabilidade. O nome muda, a lógica não.
É nesse cenário que se encaixa a tensão entre Israel e Irã. Não como uma anomalia, mas como ponto
focal de uma arquitetura muito bem montada. De um lado, Israel: potência nuclear não declarada,
blindada pelos Estados Unidos, com licença permanente para bombardear qualquer um sob a desculpa
de sempre. Do outro, o Irã: um regime clerical, autoritário, cercado por sanções e sabotagens, mas com
capilaridade regional suficiente para incomodar quem se julga proprietário da ordem.
Israel diz que o Irã ameaça sua existência. Difícil conter o espanto. O país que de fato tem ogivas,
submarinos nucleares e apoio irrestrito de Washington — esse é o que precisa se defender. E o Irã, que

tenta manter alianças frágeis com vizinhos semi-destruídos, é o inimigo existencial. É assim que se
constrói a moral geopolítica: chamando segurança aquilo que é supremacia.
Tariq Ali mostra como os EUA, ao invadirem o Iraque, acabaram fortalecendo o Irã ao empoderar a
maioria xiita. O que era para ser contenção virou catalisador. Desde então, toda movimentação iraniana
na região — no Líbano, no Iêmen, no Iraque — é enquadrada como ameaça. E qualquer reação, mesmo
a mais tímida, como provocação intolerável.
E enquanto essa disputa se desenha no campo da intimidação diplomática, Gaza vira o campo de testes.
Israel testa armas, testa limites, testa o silêncio das nações e a tolerância da opinião pública. E tem
passado em todas as provas. Nenhuma consequência. Nenhum recuo. Nenhuma ruptura. O Egito guarda
a fronteira como quem guarda segredo. A Jordânia balbucia lamentos. A Arábia Saudita gerencia
interesses. O Qatar se indigna, mas não rompe com nada.
E o Irã? Até outro dia observava, calculava, absorvia ataques e reagia dentro dos limites que lhe
restavam. Agora está no centro da guerra. Generais, cientistas e líderes políticos vêm sendo
sistematicamente eliminados — em casa e fora. Como em Damasco: explosões cirúrgicas, sabotagens
internas, divisão operada com bisturi. As respostas continuam calibradas, quase didáticas — como se
avisassem que podem muito, mas ainda não. Porque sabem: o tabuleiro não é apenas militar. É político,
econômico, narrativo. E Gaza continua no centro da equação.
A estratégia é simples: manter a região sob tensão , impedir qualquer redistribuição real de poder,
garantir que nenhum país árabe ou muçulmano exerça soberania fora dos trilhos. E para isso, vale tudo.
Cerco, mentira, fome, massacre. O custo, como sempre, é jogado no colo dos civis.
Ali sugere que, apesar da passividade dos Estados árabes, há uma raiva subterrânea crescendo. As ruas
se calaram, mas não esqueceram. Talvez não faltem revoltas — falte escuta. Faltam palavras que
escapem dos governos e voltem a pertencer aos povos.
A história contada por Tariq Ali não quer explicar Gaza. Quer mostrar por que Gaza sempre volta. Porque
o mapa desenhado em 1916 nunca foi apagado. Ele apenas mudou de formato. E hoje é sobreposto por
outro mapa, feito de satélites, checkpoints, cercas e algoritmos. Mas a lógica segue: controlar, dividir,
castigar.
O que se vê em Gaza hoje não é uma tragédia nova. É o resultado de um script que ninguém quis
interromper. Um século de devastação cuidadosamente administrada. A modernização da barbárie. A
democracia liberal ocidental — tão incensada quanto cúmplice — tem suas digitais cravadas nesse
estado de coisas.”
Para quem anda espalhando islamofobia e clichês orientalistas nas redes — chamando povos inteiros de
bárbaros, rotulando religiões como ameaça ou reduzindo uma região inteira a conflitos com povos
bárbaros e fanáticos — recomendo a leitura atenta do texto de Tariq Ali. Não vai limpar o preconceito,
mas talvez exponha o constrangimento de opinar com arrogância sobre mapas que não conhece, povos
que nunca ouviu, histórias que nunca estudou.
Link para o texto de Tariq Ali no primeiro comentário.
#GazaGenocide #GazaPalestine-Tariq

 


Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com -13
junho
Pesquisas demonstram fase mais crítica da liderança de Lula
Duas pesquisas de Opinião foram, ontem, divulgadas: Datafolha e IPEC/IPSOS.
Ambas avaliam, tanto o Governo de Lula III, quanto sua margem de confiança e
são coincidentes em assinalar o que é a fase mais difícil na trajetória do Presidente
desde que assumiu, por vez primeira, o Governo em 2003. As entrevistas IPEC
com os eleitores foram feitas entre 5 de junho e a última terça-feira
(9). Foram ouvidos 2 mil eleitores em 132 cidades. Veja-se os
resultados:
PESQUISA IPEC , 12 junho
• Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);
• Regular: 30% (eram 30%);
• Ótimo ou bom: 27% (eram 34%);
• Não sabe/não respondeu: 1% (eram 2%).
Saiba mais:
• Ipsos-Ipec: 58% dos brasileiros não confiam no presidente Lula
• Ipsos-Ipec: 55% dos brasileiros desaprovam maneira como Lula
administra o país
• Quaest: 49% desaprovam trabalho de Lula, pela primeira vez o
índice é superior à aprovação
• Datafolha: 24% aprovam o governo Lula e 41% reprovam
A última pesquisa IPEC, divulgada em 13 de março, mostrou que 41%
avaliavam o governo Lula como ruim ou péssimo, uma alta em relação
ao levantamento anterior. Os que avaliavam com bom ou ótimo eram
27%, uma queda. A pesquisa de março também apontou que 58% dos
brasileiros não confiavam no presidente Lula (40% confiavam), e 55%
desaprovavam sua forma de governar (40% aprovavam).
Há quem não dê grande crédito às Pesquisas, mas, sabe-se que o
próprio governo também as faz, denominadas “tracking”, e que,
embora confidenciais, também apontariam para a perda de
popularidade de Lula III. Até teria havido, em abril, uma certa
recuperação, depois da substituição do responsável pela
comunicação, com o deslocamento de Paulo Pimenta. Os indicadores,
econômicos, enfim, são todos animadores, apesar do grande zumbido
em torno da crise fiscal, que nem é percebida pela população e
parecia que o governo reencontrava seu rumo. O escândalo do INSS,
entretanto, que levou à queda do Ministro da pasta, Carlos Lupi, e
afastamento da bancada federal na Câmara do seu Partido, o PDT, da
base de apoio ao Governo, reacendeu a crise de popularidade
governamental. Destaque-se que, nas pesquisas, Lula está mais
vulnerável que seu próprio Governo. Indicadores da Pesquisa

demonstram, ainda, que as faixas de renda mais baixa da população e
idosos, são os que mais confiam nele e no Governo. Finalmente,
somados os que têm uma visão não negativa do Governo, a saber, que
o vêm como regular, bom e ótimo, apesar da perda de sete pontos
deste último, são mais do que os que o vêm negativamente:
 A) Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);

 B)Regular: 30% (eram 30%);
 C)Ótimo ou bom: 27% (eram 34%); B + C= 57%
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
Anexo
Ipsos-Ipec divulga pesquisa de avaliação do governo Lula nesta quinta (12) | Política |
G1.Ipsos-Ipec: 41% avaliam governo Lula como ruim ou péssimo, e 27% como ótimo ou
bom
É a primeira vez no terceiro mandato do petista que o instituto aponta que a avaliação
negativa supera a positiva.
Por Arthur Stabile, Felipe Turioni
13/03/2025 21h11  Atualizado há 2 meses

Instituto Ipsos-Ipec: 41% dos brasileiros consideram o governo Lula ruim ou péssimo
Pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (13) aponta que 41% dos
brasileiros avaliam o governo do presidente Lula (PT) como ruim ou péssimo e 27%
como ótimo ou bom. É a primeira vez no terceiro mandato do petista que o instituto
aponta a que a avaliação negativa supera a positiva.
Outros 30% consideram o governo Lula 3 como regular e 1% não sabe ou não
respondeu.

Veja os números:

 Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);

 Regular: 30% (eram 30%);
 Ótimo ou bom: 27% (eram 34%);
 Não sabe/não respondeu: 1% (eram 2%).

Foram ouvidas 2.000 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 7 e 11 de março e a
margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
Houve crescimento de 7 pontos entre os insatisfeitos desde a última pesquisa, realizada
em dezembro de 2024. Por outro lado, caiu os mesmos 7 pontos aqueles que avaliam bem
a administração petista.
Saiba mais:
 Ipsos-Ipec: 58% dos brasileiros não confiam no presidente Lula
 Ipsos-Ipec: 55% dos brasileiros desaprovam maneira como Lula administra o país
 Quaest: 49% desaprovam trabalho de Lula, pela primeira vez o índice é superior à
aprovação
 Datafolha: 24% aprovam o governo Lula e 41% reprovam
A avaliação negativa de Lula se dá entre quem:
 tem renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (59% deste público);
 mais instruídos (48%);
 evangélicos (48%);
 votou em Jair Bolsonaro na eleição de 2022 (72%).
Já a avaliação positiva está mais presente entre:
 moradores da região Nordeste (37%);
 menos escolarizados (36%);
 quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo (34%);
 católicos (34%);
 votou em Lula em 2022 (52%).
Aprovação ou desaprovação de como Lula administra
O Ipsos-Ipec também questionou como o brasileiro avalia a maneira como o presidente Lula está
governando: 55% desaprovam o trabalho, enquanto 40% aprovam. Não sabe ou não
responderam somam 4% dos entrevistados.
Veja os números:
 Aprova: 40% (eram 47% em setembro);
 Desaprova: 55% (eram 46%);
 Não sabe/não respondeu: 4% (eram 7%).
Houve alta de 9 pontos entre aqueles que têm visão negativa da gestão Lula desde a última
pesquisa, em dezembro, enquanto a visão positiva caiu 7 pontos no período.

A aprovação é maior entre moradores da região Nordeste (53%), os que têm o ensino fundamental
(51%), os que possuem renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (50%), os católicos (50%) e
pessoas com 60 anos ou mais (49%).
A desaprovação à forma como o presidente Lula vem governando é maior entre aqueles com
renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (72%), os evangélicos (66%), os mais
instruídos (64%), quem tem de 25 e 34 anos (63%) e aqueles com outra religião, que não a católica
ou evangélica, ou sem religião (63%).
Confiança no presidente
O Ipsos-Ipec avaliou a confiança em Lula pelo eleitor: 58% disseram não confiar no presidente,
enquanto 40% disseram confiar.
Veja os números:
 Confia: 40% (eram 45% em setembro);
 Não confia: 58% (eram 52%);
 Não sabe/não respondeu: 2% (eram 3%).
Aumentou em 6 pontos a quantidade dos que não confiam no presidente, ao mesmo tempo que a
confiança caiu 5 pontos.
Não souberam ou não responderam somam 2% dos entrevistados (eram 3% no levantamento
passado).
Os que confiam mais no petista são: moradores da região Nordeste (55%), os que têm o ensino
fundamental (50%), católicos (50%), quem tem 60 anos ou mais (50%) e aqueles com renda familiar
mensal de até 1 salário mínimo (49%).
Já os que não confiam são: evangélicos (70%), quem tem renda mensal familiar superior a 5
salários mínimos (73%), moradores da região Norte/Centro-Oeste (66%), aqueles com outra
religião, que não a


12 de Junho 

EUA esvaziam embaixadas no Oriente Médio diante de risco de Israel atacar Irã, diz jornal - Segundo o 'The Washington Post', embaixadas e bases militares dos EUA estão em alerta máximo. oficiais dos EUA foram avisados de que Israel está "totalmente preparado para lançar uma operação contra o Irã", afirma reportagem da CBS News.
Putin diz que novo programa de armas da Rússia deve priorizar 'tríade nuclear'- Declaração foi feita durante reunião sobre indústria de defesa, nesta quarta-feira (11). Fala ocorre em meio a novas ameaças nucleares no contexto da guerra na Ucrânia.
Nos Estados Unidos, os protestos contra Donald Trump se espalharam para Nova York, Atlanta e Chicago. O presidente americano falou em acordo comercial com a China. Morreu o cantor e compositor Brian Wilson, líder dos Beach Boys. Falta um ano para a Copa do Mundo. E, a partir deste sábado, a Copa do Mundo de Clubes da FIFA testará cinco sedes nos Estados Unidos.
Ultraortodoxos de Israel podem derrubar governo de Netanyahu em votação nesta quarta; entenda. Partidos da coalizão do governo de Benjamin Netanyahu ameaçaram apoiar um projeto de lei da oposição para dissolver o Parlamento. Siglas ultraortodoxas se irritaram com apoio de partido do premiê à obrigação do serviço militar para ultrarreligiosos.
Com discurso belicoso, Trump vai ao encontro de seu inimigo interno - Presidente descreve realidade alternativa em base militar com objetivo de politizar forças armadas e justificar militarização de reduto democrata. - Blog da Sandra Cohen-g1
Uma economia mundial cada vez mais arriscada - Martin Wolf - Valor Econômico - A guerra tarifária de Trump traz consigo a imprevisibilidade e a consequente perda de confiança
Estamos vivendo os primeiros estágios de uma revolução —a tentativa de conversão da república americana em uma ditadura arbitrária. Ainda não está claro se Donald Trump terá sucesso nessa tentativa. Mas o que ele quer fazer parece evidente. Seu modo de governar —ilegal, imprevisível, anti-intelectual e nacionalista— terá o maior impacto nos próprios Estados Unidos. Mas, inevitavelmente, também está tendo um impacto enorme no restante do mundo, dada a posição hegemônica dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial. Nenhum outro país ou grupo de países pode —ou quer— ocupar esse lugar. Essa revolução ameaça o caos.
CONTINUAR LEITURA
Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:36:00 Nenhum comentário:

Míssil com precisão mortal e drone kamikaze: as armas usadas pela Rússia em ataque massivo à Ucrânia- Ataque com drones e mísseis matou ao menos três pessoas na Ucrânia. Rússia usou armas de longo alcance com alta capacidade de destruição.
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NACIONAIS
Trama golpista: interrogatórios correram 'dentro do esperado' e fortalecem denúncia, avaliam ministros do STF e investigadores. Na segunda (9) e na terça (10), Primeira Turma ouviu oito réus do chamado 'núcleo crucial', incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Julgamento é esperado para o segundo semestre.
'Eu fui muito otário', diz ex-ministro Weintraub após Bolsonaro chamar apoiadores do golpe de 'malucos'. Ex-presidente negou, durante interrogatório no STF, ter apoiado pedidos de intervenção militar. Bolsonaro também pediu desculpas pelas denúncias sem provas ao ministro Alexandre de Moraes.
A maioria do Supremo votou a favor de responsabilizar as redes sociais por conteúdo ilegal publicado. União Brasil e PP anunciaram que são contra o novo pacote fiscal. Os dois partidos têm quatro ministérios no governo. O presidente da Câmara disse que, no Congresso, as reações às medidas foram muito ruins. O ministro da Fazenda afirmou que elas corrigem distorções.
Aeroporto de Guarulhos tem pousos e decolagens interrompidos por presença de drones
Segundo informações da GloboNews, ao todo, as movimentações foram paralisadas por 46 minutos. As atividades já foram retomadas.
Audiência com Haddad na Câmara é encerrada após bate-boca com Nikolas e Jordy e acusações de 'molecagem'.
Após bate-boca com Haddad, oposição desrespeita regra de Motta e leva cartazes ao plenário contra ministro
Centrão não concorda com medidas para substituir alta do IOF, e MP pode ser rejeitada - CAMAROTTI g1: deputado será relator da MP; clima na Câmara é pior

INSS, Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular, pesquisa: o que foi atingido pelo congelamento de despesas
Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas. Detalhes dos cortes ainda não haviam sido divulgados.

 

CULTURAL FM Torres -RIO GRANDE DO SUL – J.Matinal
ESPAÇO PLURAL -Os comunérios – comunais gaudérios – RED/BRASIL PROGRESSITA TV 02 abril 25 - https://www.youtube.com/live/WUOYZVA7Zug?si=BA3jWrOIzFd9NNRy
ESPAÇO PLURAL – RED /Brasil Progressista TVA saga portuguesa chega ao RS. Vera Barroso e Claudio Knierin 9 abril 25
https://www.youtube.com/live/ZeYC43ofX3M?si=OHlT1qtf7r7jXqG9
ESPAÇO PLURAL – RED/Brasil Progressista TV/Cultural FM – Os povos primitivos na formação da sociedade riograndense – Entrevista de RAFAEL FRIZZO, doutorando em Antropologia
https://www.facebook.com/share/v/1B1KFKgFJX/
ESPAÇO PLURAL – RED/Brasil Progressista TV/Cultural FM Torres – 7/maio – Entrevista com Antonio Carlos Cortes, advogado, membro da Academia Riograndense de Letras, fundador do Grupo Palmares em POA, em 1971 = https://www.youtube.com/live/o4y1XOEUFfE?si=Bo5ZjvhvUaGGiNNL
ESPAÇO PLURAL – RED/Brasil Progressista TV/Cultural FM Torres – 4 junho - O cenário da imigração italiana no Brasil - *https://www.youtube.com/live/70ceLONO3mY?si=RnUnRqv0TB-0Mand
ACADEMIA RIOGRANDENSE DE LETRAS – FB Biblioteca da Academia Riograndense de Letras– Palestra de Eduardo Jablonski sobre Vida e Obra de Erico Veríssimo – 27.IV.25
(2) Facebook Live | Facebook
ACADEMIA RIOGRANDENSE DE LETRAS – BIBLIOTECA DA ACADEMIA RIOGRANDENSE DE LETRAS - Pesquisar FB– Palestra de R. Prym sobre a Poesia em Érico Veríssimo
ESPAÇO PLURAL -ENCONTRO COM ESCRITORES DE POA –– RED/Brasil Progressista TV/ Cultura Torres – Entr. Mário Pepo- https://www.youtube.com/live/zu1sfnGWamY?si=cDCllzyYDjI23cm9

O FIO DA HISTÓRIA com Paulo Timm – BRASIL PROGRESSISTA TV - https://www.youtube.com/live/jWgc6iSagPE?si=6VpQq9uiS973_Cke
A RECONSTRUÇÃO DO RS com Carlos Paiva – mai/25 = https://www.youtube.com/live/CoJKlC5n2Is?si=fM7NXWf8U8pRsuse

 

 

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TORRES E REGIÃO
afolhatorres.com.br
Atendimentos no Hospital de Torres estão restritos devido a superlotação - Segundo a comunicação do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN) restrição abrange também a outros hospitais da região e se dá por motivos de grande incidência de gripes (vírus respiratórios, como Rinovírus e Influenza A) e resfriados devido as quedas de temperatura
Curso gratuito de Panificação do Senac Torres com inscrições abertas- Os interessados podem se inscrever diretamente no Senac Torres (que fica localizado na Av Júlio de Castilhos, 423 centro). Mais informações pelo fone (51) 9701-1705 (FONTE - Senac Torres)
Show de gols e emoção marcaram a 3ª rodada do Municipal de Futebol em Torres
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INTERESSE PÚBLICO
Farmacêutica brasileira lança em agosto caneta contra obesidade- Medicamento tem como princípio ativo a liraglutida. Empresa se torna a primeira fabricante 100% brasileira a ingressar no mercado global de análogos de GLP-1.
Termômetro da relação, 34 músculos envolvidos e milhões de bactérias trocadas: veja o que a ciência diz sobre o beijo na boca- Beijar na boca é prática o milenar de demonstração de amor e desejo sexual. Por sua história na humanidade, o beijar vem sendo alvo de pesquisas pela ciência.
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CAPAS DOS JORNAIS DO CENTRO DO PAÍS E POA
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O GLOBO- Congresso promete rejeitar pacote de Haddad, e crise fiscal se agrava.
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O ESP- Lula edita MP que eleva impostos, apesar da rejeição do Congresso e setor privado. Aplicações financeiras, bets e dividendos de empresas , os principais alvos
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FSP – Congresso ataca pacote de alta de impostos. Lula insiste e envia MP
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ZERO HORA – STF forma maioria para responsabilizar plataformas por conteúdos postados por usuários.
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JORNAL DO COMÉRCIO POA
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O Assunto g1 - Los Angeles: o epicentro da onda de protestos nos EUA
Los Angeles: o epicentro da onda de protestos nos EUA #1487 | O Assunto | G1
Em meio a uma onda de protestos contra as prisões feitas pelo ICE (Immigration and Customs Enforcement), a polícia da imigração dos Estados Unidos, a prefeita de Los Angeles, uma das cidades mais importantes da Califórnia, nos EUA, decretou toque de recolher. A medida da democrata Karen Bass foi tomada para conter a violência.
Desde meados da semana passada, manifestantes bloquearam vias e queimaram veículos, principalmente em locais próximos de prédios públicos. A polícia local usou bombas de efeito moral e balas de borracha.
Com a escalada de tensão, Trump enviou agentes da Guarda Nacional para o estado da Califórnia, mesmo sem o pedido do governador, o democrata Gavin Newsom. Quem explica o embate político e pessoal por trás disso é Guga Chacra, comentarista da Globo, da Globonews, da CBN e colunista do jornal O Globo. "Trump quer transformar os EUA em uma espécie de regime autoritário. Ele sabe que não vai conseguir ir tão longe, mas a democracia está se deteriorando."
Antes, para entender a importância dos imigrantes para Los Angeles, Natuza Nery recebe Felippe Coaglio, correspondente da Globo e GloboNews nos Estados Unidos, que fala direto da cidade. Coaglio conta como age o ICE e como os protestos se espalharam para outros locais do país. "Essa ação do ICE está chamando a atenção pela amplitude do que está acontecendo e, claro, pela forma mais truculenta do que o usual."
O que você precisa saber:
• PROTESTOS EM LA: O que é a Guarda Nacional dos EUA?
• VIOLÊNCIA: Repórter é atingida por bala de borracha durante entrada ao vivo
• SANDRA COHEN: Discurso violento de Trump inflama tropas contra cidadãos
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.
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Café da Manhã Podcast Folha Uol
https://audioglobo.globo.com/g1/podcasts
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Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com-12 junho
O que é o amor?


 Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com -11 junho

Bolsonaro chama de "malucos" apoiadores que pediram golpe após derrota em 2022

O ex presidente Jair Bolsonaro foi ouvido, ontem, no STF, junto com outros réus no processo que investiga tentativa de golpe no Brasil ao final de 2022. Comportou-se surpreendemente sereno, respondendo com desenvoltura às indagações do Ministro Moraes, sempre negando que tivesse comandado qualquer ato com vistas à ruptura institucional do país. Reitera que teve sempre em mente “as quatro linhas da Constituição”, cujo exemplar o acompanhava. Essa, entretanto, é apenas uma retórica, como ele mesmo gosta de dizer, pois não há “quatro linhas” na Constituição de 88. Ela tem artigos e cláusulas pétreas que devem ser seguidos à risca por todos os brasileiros, sobretudo investidos de funções públicas. Não um campo de futebol. Bolsonaro permitiu-se, até, fazer um convite ao Ministro Moraes como companheiro de chapa, na condição de seu vice, em 2026, que o Ministro imediatamente declinou, sem censurá-lo. Afinal, Bolsonaro está inelegível. Para a maioria dos analistas, o ex presidente entrou condenado e saiu condenado, pois confessou que discutiu medidas que poderiam levar a anulação das eleições “dentro da Lei”. Alguns explicam sua descontração na expectativa de que dificilmente seria preso por muito tempo, considerando, inclusive, que a sentença, sem margem de chicanas jurídicas, só sairia no final deste ano e que, na eventual vitória, em 26 , de um aliado à Presidência, seria indultado. 

Em seu depoimento Bolsonaro minimizou ações de seus seguidores que culminaram nos eventos de 8 de janeiro de 23 e disse que Forças Armadas jamais aceitariam intervenção militar. Estigmatizou o golpe. E chamou os que pediam intervenção militar, depois de sua derrota, de “malucos”. Com isso acabará perdendo a aura de durão que tradicionalmente cultivou. Quanto as aglomerações em frente aos quartéis, de onde emanavam os ecos pedindo “intervenção militar”, afirmou que não ultrapassaram os limites da legalidade, embora aninhassem radicais:”- Agora, tem sempre uns malucos ali que ficam com aquela ideia de AI-5, intervenção militar, que as Forças Armadas jamais iam embarcar nessa porque o pessoal tava pedindo ali, até porque não cabia isso aí e nós tocamos o barco”, afirmou o ex-mandatário. Esta estratégia, porém, contrasta com a série de acusações que fez, desde o famoso discurso do 7 de setembro de 21 em São Paulo, tanto às instituições do sistema eleitoral do país, como ao próprio Ministro Moraes. Desculpou-se, inclusive, instado por Moraes sobre denúncia de membros do TSE estariam recebendo até R|$ 30 milhões, afirmando ter se tratado apenas de retórica, sem provas. 

Além de Bolsonaro, vários outros réus, todos ocupantes de altas funções no campo da segurança nacional e jurídica em seu Governo, inclusive um titubeante ex Ministro da Justiça, também foram ouvidos. Sem exceção, declararam-se inocentes, não sem deixar de demonstrar a altivez de caráter e propósitos que deles se esperam. 

Isso posto, prosseguirão hoje os trabalhos da mais alta Corte do país no sentido de ouvir todos os réus apontados como responsáveis pela tentativa de golpe no país, cumprindo, dessa forma, mais um importante papel na defesa da ordem constitucional do país e consolidação da democracia-entre-nós. 

Abaixo, a repercussão do depoimento de Jair Bolsonaro no Supremo:

O GLOBO- Bolsonaro admite ter buscado alternativas ao resultado eleitoral, mas nega golpismo.

O ESP- Bolsonaro se desculpa com Moraes, nega golpe, mas diz ter exibido minuta a militares

ZERO HORA – Bolsonaro confirma que discutiu medidas, mas nega plano golpista

O Assunto g1 - Bolsonaro: o interrogatório no STF – Bolsonaro: o interrogatório no STF - O Assunto #1486 | O Assunto | G1

Café da Manhã Podcast Folha Uol 

Podcast analisa interrogatório de Bolsonaro no STF - Folha - 11/06/2025 - Podcasts - Folha

Podcast: advogado faz análise jurídica do interrogatório de Bolsonaro na trama golpista. Ex-presidente negou ter discutido planos para um golpe, mas admitiu conversas sobre possibilidades

 

Desfecho de Bolsonaro se aproxima sem refresco para Lula - Maria Cristina Fernandes Valor Econômico Maré baixa com a qual Bolsonaro chega à reta final do julgamento não traz alívio para o governo


 

 Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com 10 junho

A língua que nos moldou o olhar e o coração

Landro Oviedo - professor, escritor e advogado landrooviedo@correiodopovo.com.br

Fonte – Correio do Povo - ANO 117 Nº 254 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 10 DE JUNHO DE 2012\

Nas caravelas das grandes navegações portuguesas, viajava muito mais do que a ambição de conquistas e de riqueza. Nelas navegava uma língua heroica, que havia resistido ao latim vindo das cortes romanas e ao árabe dos muçulmanos. Reavivada por um pequeno condado chamado Portucalense, reagiu para empreender uma jornada vitoriosa e conquistar o mundo desconhecido de antanho, expandindo a alma portuguesa.

Hoje,10 de junho, é comemorado o Dia da Língua Portuguesa no mundo, correspondendo à morte do poeta Luiz Vaz de Camões, mártir e prócer do idioma, no ano de 1580. Essa língua já nos fez predestinados a esposá-la desde os primórdios da Pátria brasileira, quando Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal dando contadas terras agregadas ao seus domínios. Nascia ali o Brasil de hoje, com agramática lusitana impondo seus fonemas e sintaxe sobre a oralidade frágil daslínguas indígenas, torre de babel que começou a declinar diante da linguagem não verbal das armas lusitanas.

Depois, essa língua de dominação foi flexibilizada pelos negros, que a fizeram sincrética e polissêmica. Também os poetas a recrutaram para dar voz aos que não tinham voz, feito Castro Alves, que se armou de metáforas e apóstrofes para defender homens e mulheres vitimados pela ignominiosa escravidão. Antes, José de Alencar já havia propugnado pela independência linguística do país, estabelecendo a base de uma cultura própria e afirmando uma literatura nacional.

Para falarmos de língua, é preciso conceber também idioma, dialeto e idioleto. O idioma é o substrato anterior à língua, esta a realização particular e localista do idioma. Já o dialeto é o fenômeno repetido em menor escala, notadamente em regiões internas, pela variabilidade linguística. Por sua vez, o idioleto é a expressão singular do falante, própria e subjetiva, mas inserida nos cânones coletivos. É do idioma camoniano que derivam a língua brasileira e os dialetos, inclusive o gaúcho, mantendo-se o adjetivo primevo para reverenciar a primazia.Aliás, mesmo nas áreas de confluência entre Camões e Cervantes nestas bandas, aquele mantém brilho e bandeira, como nesta estrofe do poema "Pajada para a Língua Portuguesa", do poeta rio-grandense Vaine Darde: "Eu transito pelo verso/Com metáforas de campo/Lampejos de pirilampos/Nos vocábulos impressos/Pois toda vez que me expresso/Com a prosa dos galpões/Tenho o sotaque dos peões/Que por mais que o tempo mude/Apesar do timbre rude/Jamais renega Camões".

A língua portuguesa, que nos legou um olhar de encanto com a vida, entremeada coma nostalgia dos lusitanos, moldou-nos o coração para emoções veiculadas por um vernáculo sóbrio e expressivo. A ela, metalinguisticamente, nossa gratidão pela identidade, forjada com a têmpera dos que fizeram a história de uma pátria que renasceu em outras tantas para além dos oceanos.

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Editorial CULTURAL FM -Torres RS –09-06-25 www.culturalfm875.com

Raízes socioeconômicas do trumpismo - Luiz Gonzaga Belluzzo

= Valor Econômico = terça-feira, 6 de maio de 2025

Entusiasmado com favores e poderes da oligarquia, Trump

encarregou seus auxiliares de cortar os direitos sociais e econômicos

de seus cidadãos em nome da eficiência dos mercados

Avaliado em seus próprios termos e objetivos, o projeto iluminista da

Liberdade, Igualdade e Fraternidade está fazendo água diante da

alucinante e alucinada competição entre as lideranças

contemporâneas e seus asseclas para mergulhar o planeta nos

esgotos da barbárie.

O filósofo Fredric Jameson, no livro “A Cultura do Dinheiro”, já

advertia no início do milênio: “Os quatro pilares ideológicos, jurídicos

e morais do alto capitalismo - constituições, contratos, cidadania e

sociedade civil - são, hoje, vadios maltrapilhos, mas sempre lavados,

barbeados e vestidos com roupas novas para esconder sua verdadeira

situação de penúria”. Não podemos colher outro ensinamento dos

embates travados por Donald Trump para tornar a América Grande

Outra Vez.

Peço licença aos leitores para retomar considerações a respeito da

Grande América, o país que emergiu dos sofrimentos da Grande

Depressão e da Segunda Guerra Mundial.

O imaginário político predominante no New Deal tinha uma visão

progressista acerca do papel a ser exercido pelos Estados Unidos. Em

claro antagonismo com as práticas das velhas potências, os EUA -

tomando em conta o seu autointeresse de forma esclarecida - se

empenharam na reconstrução europeia e apoiaram as lutas pela

descolonização.

É oportuno registrar as origens do projeto político, social e econômico

que presidiu os avanços do pós-guerra. Discursando no Congresso do

Partido Democrata em 1936, Franklin D. Roosevelt denunciou os

poderes da oligarquia financeira no controle da sociedade e da

economia. “Era natural e talvez humano que os príncipes privilegiados

dessa nova dinastia econômica, sedentos por poder, tentem alcançar

o controle do próprio Governo. Eles criaram um despotismo e o

embrulharam nos vestidos de sanções legais. Em seu serviço, novos

 

mercenários procuraram regimentar o povo, seu trabalho e sua

propriedade”.

Esta turma está de volta. Trump, entusiasmado com favores e

poderes da oligarquia, encarregou seus auxiliares de cortar os

direitos sociais e econômicos de seus cidadãos em nome da

eficiência dos mercados.

Daron Acemoglu escreveu no Project Syndicate: “Nos Estados Unidos,

o status tornou-se firmemente ligado ao dinheiro e à riqueza durante a

Revolução Industrial, e a desigualdade de renda e riqueza disparou

como resultado. Embora tenha havido períodos em que a intervenção

governamental buscou reverter a tendência, a sociedade americana

sempre foi estruturada em torno de uma hierarquia de status

íngreme”.

Nos idos de 2018, Martin Wolf, editor do Financial Times, denunciou

as manobras de Trump para implodir a ordem mundial. “São

características destacadas do comportamento de Trump suas

invenções, sua autocomiseração e sua prática da intimidação: os

outros, inclusive os aliados históricos, “estão zombando de nós” em

relação ao clima ou “nos enganando” em relação ao comércio

exterior. A União Europeia, argumenta ele, “foi implantada para tirar

proveito dos EUA, certo? Não mais... Esse tempo acabou”.

Trump exprime o declínio dos valores e das ideias que inspiraram os

Estados Unidos na construção da chamada ordem mundial do pós-

guerra. Terminado o conflito, as forças vitoriosas, democráticas e

antifascistas trataram de criar instituições destinadas a impedir a

repetição da desordem destrutiva que nascera da rivalidade entre as

potências e da economia destravada.

A civilização ocidental, disse Gandhi, teria sido uma boa ideia.

Imaginei, santa ingenuidade, que as batalhas do século XX, além do

avanço dos direitos sociais e econômicos, tivessem finalmente

estendido os direitos civis e políticos, conquistas das “democracias

burguesas”, a todos os cidadãos. Mas talvez estejamos numa

empreitada verdadeiramente subversiva em seu paradoxo: a

construção da República dos Bárbaros. Uma novidade política

engendrada nos porões da inventividade contemporânea, regime em

que as garantias republicanas recuam diante dos esgares da máquina

movida pela “tirania das boas intenções”.

Trump exprime o declínio dos valores e das ideias que inspiraram os

EUA na construção da ordem mundial do pós-guerra

Os deserdados da civilidade simulam retidão moral para praticar as

brutalidades dos homens de bem. Os direitos individuais e os valores

da modernidade são tragados no redemoinho do moralismo

particularista e exibicionista dos amorais. Trump exibiu de forma

contundente o papel do ultraje pessoal na avacalhação do debate

público. A ofensa pessoal desqualificadora usada como argumento e a

resposta no mesmo tom são instrumentos da brutalização das

consciências.

 

Perorando diante de uma plateia com algumas milhares de pessoas

na terça-feira em Michigan, Trump usou e abusou de sua

contundência antirrepublicana e imprecou contra o Judiciário

americano, referindo-se a juízes como comunistas. “Não podemos

permitir que um punhado de juízes comunistas, de extrema esquerda,

obstruam a aplicação de nossas leis e assumam os deveres que

pertencem exclusivamente ao presidente dos EUA”, afirmou. “Os

juízes estão tentando tirar o poder dado ao presidente para manter

nosso país seguro”.

Os projéteis disparados no debate ganharam impulso nos Facebooks,

Twitters e Instagrams da vida. Os impropérios lançados das

plataformas da arrogância não atingiram apenas os dois debatedores,

mas maltrataram impiedosamente os princípios elementares da

convivência civilizada. Os tecladistas alcançam a proeza de cometer

cinco atentados contra os adversários numa frase de 12 palavras.

Bárbaros do teclado, como Trump e assemelhados, manejam com

desembaraço a técnica das oposições binárias, método dominante

nas modernas ações e interações entre os participantes das redes.

Nos comentários da internet, vai “de vento em popa” o que Herbert

Marcuse chamou de “automatização psíquica” dos indivíduos. Os

processos conscientes são substituídos por reações imediatas,

simplificadoras e simplistas, quase sempre grosseiras, corpóreas.

O que aparece sob a forma farsista de um conflito entre o bem e o mal

está objetivado em estruturas que enclausuram e deformam as

subjetividades exaltadas. A indignação individualista e os arroubos

moralistas são expressões da impotência que, não raro, se

metamorfoseia em desvario autoritário.


Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com
Por que o Brasil precisa ir além do AGRO para crescer?
By Paulo Gala on 05/06/2025
Apesar de o Brasil apresentar um PIB de aproximadamente US$ 2,5 trilhões a preços de mercado — o que o coloca entre as dez maiores economias do mundo — sua estrutura produtiva revela um padrão ainda concentrado em atividades de baixo valor agregado. O setor agropecuário representa cerca de 7% do PIB, ou aproximadamente US$ 175 bilhões, enquanto nos Estados Unidos a agropecuária responde por apenas 2% do PIB, com um valor absoluto bem superior, em torno de US$ 600 bilhões. Essa comparação demonstra que a agropecuária americana é extremamente produtiva e tecnologicamente avançada, mesmo tendo menor peso relativo na economia. O Brasil, por sua vez, ainda depende do crescimento do setor primário para impulsionar o desempenho econômico.
A indústria de transformação também revela contrastes marcantes. Os Estados Unidos produzem cerca de US$ 2,5 trilhões em manufatura, ao passo que o Brasil tem uma produção industrial estimada em torno de US$ 200 bilhões. Essa diferença não é apenas de escala, mas principalmente de sofisticação: enquanto os EUA concentram sua produção em setores de alta complexidade, como aeroespacial, farmacêutico, semicondutores e equipamentos médicos, o Brasil tem uma base manufatureira mais voltada à transformação de recursos naturais, com baixa densidade tecnológica e limitada inserção em cadeias globais de valor.
Nos serviços, o contraste é ainda mais revelador. Ambos os países possuem estruturas econômicas dominadas pelo setor terciário. No entanto, nos EUA esse setor é composto por serviços de alto valor agregado: tecnologia da informação, finanças, consultorias especializadas, educação superior, pesquisa científica e serviços profissionais avançados. No Brasil, a maior parte do setor de serviços é composta por atividades tradicionais, como comércio, transporte, alimentação, serviços pessoais e administração pública — importantes para o bem-estar, mas com baixa produtividade e limitada capacidade de tracionar a economia para o desenvolvimento.
Mineração e petróleo são áreas em que Brasil e Estados Unidos também possuem relevância, mas não representam, em nenhum dos casos, o núcleo do valor adicionado da economia. Esses setores são fortemente intensivos em capital e recursos naturais, e tendem a empregar relativamente pouca mão de obra qualificada. Assim, embora sejam importantes fontes de divisas e receitas fiscais, não são motores sustentáveis de crescimento inclusivo e inovação tecnológica.
A verdadeira diferença de valor agregado está, portanto, na combinação entre manufatura de alta tecnologia e serviços complexos. É nesse espaço que os Estados Unidos se distanciam das economias intermediárias como o Brasil. A capacidade americana de inovar, escalar produtos sofisticados e exportar conhecimento está diretamente ligada ao investimento em ciência, educação e políticas industriais consistentes. Para o Brasil avançar em sua trajetória de desenvolvimento, será preciso reverter a desindustrialização prematura e apostar na construção de capacidades produtivas sofisticadas, articulando indústria e serviços modernos em torno de uma estratégia de transformação econômica de longo prazo.
Dobrar a produção agropecuária no Brasil — o que significaria elevar de US$ 175 bilhões para US$ 350 bilhões o valor adicionado do setor — teria impactos importantes sobre exportações, balança comercial e geração de renda no interior do país. No entanto, isso não alteraria de forma estrutural a posição do Brasil na economia global nem resolveria os principais entraves ao desenvolvimento. A agropecuária, embora moderna em muitos segmentos, tem limites naturais à sua expansão: depende de terras, água, clima e logística, além de empregar relativamente pouca mão de obra qualificada e ter baixa capacidade de induzir inovações sistêmicas em outros setores da economia. É um setor intensivo em recursos naturais, não em conhecimento.
Além disso, mesmo que a produção dobrasse, a agropecuária ainda representaria uma fração relativamente pequena do PIB total e continuaria insuficiente para sustentar crescimento robusto e duradouro. Países desenvolvidos não se tornaram ricos por expandirem sua agricultura, mas sim por construírem capacidades produtivas em setores de alta complexidade, como tecnologia, manufatura avançada e serviços baseados em conhecimento. O desafio brasileiro não está em produzir mais commodities, mas em agregar valor a elas, diversificar sua base produtiva e inserir-se de forma competitiva em setores que geram aprendizado tecnológico, emprego qualificado e sofisticação produtiva. É essa mudança estrutural que pode romper o ciclo de crescimento volátil e dependente de preços internacionais das matérias-primas 

 


 

Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com

Por que o Brasil precisa ir além do AGRO para crescer?

By Paulo Gala on 05/06/2025

Apesar de o Brasil apresentar um PIB de aproximadamente

US$ 2,5 trilhões a preços de mercado — o que o coloca

entre as dez maiores economias do mundo — sua estrutura

produtiva revela um padrão ainda concentrado em

atividades de baixo valor agregado. O setor agropecuário

representa cerca de 7% do PIB, ou aproximadamente US$

175 bilhões, enquanto nos Estados Unidos a agropecuária

responde por apenas 2% do PIB, com um valor absoluto

bem superior, em torno de US$ 600 bilhões. Essa

comparação demonstra que a agropecuária americana é

extremamente produtiva e tecnologicamente avançada,

mesmo tendo menor peso relativo na economia. O Brasil,

por sua vez, ainda depende do crescimento do setor

primário para impulsionar o desempenho econômico.

A indústria de transformação também revela contrastes

marcantes. Os Estados Unidos produzem cerca de US$ 2,5

trilhões em manufatura, ao passo que o Brasil tem uma

produção industrial estimada em torno de US$ 200 bilhões.

Essa diferença não é apenas de escala, mas

principalmente de sofisticação: enquanto os EUA

concentram sua produção em setores de alta

complexidade, como aeroespacial, farmacêutico,

semicondutores e equipamentos médicos, o Brasil tem

uma base manufatureira mais voltada à transformação de

recursos naturais, com baixa densidade tecnológica e

limitada inserção em cadeias globais de valor.

 

Nos serviços, o contraste é ainda mais revelador. Ambos

os países possuem estruturas econômicas dominadas pelo

setor terciário. No entanto, nos EUA esse setor é

composto por serviços de alto valor agregado: tecnologia

da informação, finanças, consultorias especializadas,

educação superior, pesquisa científica e serviços

profissionais avançados. No Brasil, a maior parte do setor

de serviços é composta por atividades tradicionais, como

comércio, transporte, alimentação, serviços pessoais e

administração pública — importantes para o bem-estar,

mas com baixa produtividade e limitada capacidade de

tracionar a economia para o desenvolvimento.

Mineração e petróleo são áreas em que Brasil e Estados

Unidos também possuem relevância, mas não

representam, em nenhum dos casos, o núcleo do valor

adicionado da economia. Esses setores são fortemente

intensivos em capital e recursos naturais, e tendem a

empregar relativamente pouca mão de obra qualificada.

Assim, embora sejam importantes fontes de divisas e

receitas fiscais, não são motores sustentáveis de

crescimento inclusivo e inovação tecnológica.

A verdadeira diferença de valor agregado está, portanto,

na combinação entre manufatura de alta tecnologia e

serviços complexos. É nesse espaço que os Estados

Unidos se distanciam das economias intermediárias como

o Brasil. A capacidade americana de inovar, escalar

produtos sofisticados e exportar conhecimento está

diretamente ligada ao investimento em ciência, educação

e políticas industriais consistentes. Para o Brasil avançar

em sua trajetória de desenvolvimento, será preciso

reverter a desindustrialização prematura e apostar na

construção de capacidades produtivas sofisticadas,

articulando indústria e serviços modernos em torno de

uma estratégia de transformação econômica de longo

prazo.

Dobrar a produção agropecuária no Brasil — o que

significaria elevar de US$ 175 bilhões para US$ 350

bilhões o valor adicionado do setor — teria impactos

importantes sobre exportações, balança comercial e

geração de renda no interior do país. No entanto, isso não

alteraria de forma estrutural a posição do Brasil na

economia global nem resolveria os principais entraves ao

desenvolvimento. A agropecuária, embora moderna em

muitos segmentos, tem limites naturais à sua expansão:

depende de terras, água, clima e logística, além de

empregar relativamente pouca mão de obra qualificada e

ter baixa capacidade de induzir inovações sistêmicas em

outros setores da economia. É um setor intensivo em

recursos naturais, não em conhecimento.

 

Além disso, mesmo que a produção dobrasse, a

agropecuária ainda representaria uma fração

relativamente pequena do PIB total e continuaria

insuficiente para sustentar crescimento robusto e

duradouro. Países desenvolvidos não se tornaram ricos por

expandirem sua agricultura, mas sim por construírem

capacidades produtivas em setores de alta complexidade,

como tecnologia, manufatura avançada e serviços

baseados em conhecimento. O desafio brasileiro não está

em produzir mais commodities, mas em agregar valor a

elas, diversificar sua base produtiva e inserir-se de forma

competitiva em setores que geram aprendizado

tecnológico, emprego qualificado e sofisticação produtiva.

É essa mudança estrutural que pode romper o ciclo de

crescimento volátil e dependente de preços internacionais

das matérias-primas. 


 

 Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com- 5 junho

O HOMEM E O MEIO 

No dia mundial do meio ambiente poderíamos falar sobre as consequências da ação do homem sobre seu meio ambiente, o planeta Terra. Poderíamos fazer coro com o Poeta e proclamar “Verde, verde, que te quiero verde!”. Poderíamos denunciar, mais uma vez a gravidade das mudanças climáticas, a destruição dos biomas brasileiros, a putrefação das nossas cidades. Poderíamos citar as emoções do astronauta que passou quase um ano no espaço e que viu a Terra em sua unicidade cósmica. O Homem, entretanto, é parte do Meio, embora sua multiplicação desenfreada, sem adequado planejamento de sua intervenção sobre o meio, mercê do endeusamento do “Senhor Mercado”, nem acesso às condições mínimas para o exercício de uma cidadania responsável a seu redor, num mundo cada vez mais favelizado, com metrópoles que n 20/ 30 milhões de pessoas, o transformem num agente predador inconsequente. Neste dia, portanto, homenagearemos, aqui, uma mulher, franco-brasileira, antropóloga, NIEDE GUIDON, ontem falecida. Ela nos deixou um legado de valorização dos primitivos “brasileiros” que podem ter vivida , aqui, há 50 mil anos, antes, pois, das civilizações mesopotâmicas. Foi a criadora do Parque da Capivara, no Piaui, um relíquia destes tempos memoráveis. A este “meio” que ela revelou, cuidou e se dedicou a vida inteira, nosso aplauso.

“Arqueóloga Niède Guidon morre aos 92 anos

Ela dedicou sua vida à pesquisa e à preservação da Serra da Capivara

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Publicado em 04/06/2025 - Rio de Janeiro - © Yala Sena/Cidadeverde.com - Versão em áudio

A arqueóloga Niède Guidon, que dedicou sua vida à pesquisa e à preservação da Serra da Capivara, no Piauí, morreu nesta quarta-feira (4) aos 92 anos. A informação foi divulgada nas redes sociais do parque. A causa da morte não foi informada.  

Ela revelou ao mundo as pinturas rupestres do parque que mudaram o conhecimento sobre o povoamento das Américas.

“Com coragem, paixão e compromisso com a ciência, fundou a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM) e lutou por décadas para proteger e divulgar a riqueza arqueológica do Brasil. Sua trajetória deixa um legado imensurável para a ciência, a cultura e a memória do nosso país. Seu nome está eternamente gravado na história”, diz comunicado do parque.

No ano passado, a arqueóloga recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto 2024. A premiação, concedida anualmente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Marinha do Brasil, é um reconhecimento aos cientistas brasileiros que contribuíram de forma significativa para a ciência e tecnologia do país e se deu durante a Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Esse foi mais um título para a cientista que já foi condecorada com a Ordem do Mérito Científico, Grã-Cruz, do MCTI; além de ter conquistado o Green Prize, da organização pacificista e ecológica Paliber; o Prêmio Príncipe Klaus, do governo holandês; o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Cultura; o prêmio Cientista do Ano, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); o Prêmio Chevalier de La Légion d'Honneur, do governo francês.

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Segundo o CNPq, ao longo de sua carreira, Niède identificou mais de 700 sítios pré-históricos, entre os quais 426 paredes de pinturas antigas e evidências de habitações humanas antigas na área da Serra de Capivara, no Piauí.

Repercussão

A escritora Adriana Abujamra, autora do livro Niéde Guidon — Uma Arqueóloga no Sertão, afirma que a especialista fez uma revolução feminina no interior do Piauí ao chegar no local, na década de 1970. 

“Ela proporcionou uma revolução das mulheres. Ela contratou só mulheres para porteiras do parque. A chefe do parque hoje era uma menina quando a Niède chegou. Ela foi inspirada pela Niède. Ela falava em proteção do meio ambiente numa época em que pouca gente falava disso. Se não fosse o trabalho dela, talvez nem tivéssemos as pinturas rupestres e a fauna e a flora preservadas”.

Segundo Adriana, Niède chamou a atenção para a grande resiliência da caatinga e mudou os rumos não só da arqueologia como de toda a região.

“Ela colocou o Brasil no mapa da discussão da arqueologia do mundo na questão da ocupação das Américas por mais controversa que fosse a posição dela naquela época. A importância dela vai muito além da arqueologia. A Niède transformou aquela região. A primeira universidade federal no interior do Nordeste existe em São Raimundo Nonato pelo afinco dela”.

Em nota, o governo do Piauí disse que a arqueóloga transformou milhares de vida na caatinga e seu legado estará sempre na memória e no coração dos piauienses. Segundo o comunicado, desde 1973, quando chegou à região da Serra da Capivara, Niède mudou os rumos da arqueologia brasileira e do primeiro registro do homem americano nas Américas, Ali, ela encontrou a riqueza de mais de mil sítios arqueológicos e pinturas rupestres datadas de até 12 mil anos de idade.

 “Tornou sua missão o reconhecimento destas riquezas e transformou a vida de sertanejos com diversos programas sociais. Para ela, desenvolver e prosperar o Parque Nacional da Serra da Capivara era sinônimo de melhorar a vida de cada piauiense que por ali se encontrava”, diz o governo.

 O diretor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Alexandre Kellner, disse que recebeu com enorme consternação a notícia do falecimento de uma das principais arqueólogas do país.

‘As contribuições realizadas pela professora Niède Guidon ficarão reverberando por bastante tempo, não apenas no campo da arqueologia, mas também em todos aqueles que atuam para a preservação do patrimônio científico, histórico e cultural do nosso país’. “

Arqueóloga Niède Guidon morre aos 92 anos | Agência Brasil


EDITORIAL  04/06/25

Do “Mal Estar da Civilização” ao desencanto com o Ocidente

 

Sigmundo Freud, no começo do século XX, destoava da maior parte dos pensadores da época, por ser francamente pessimista. A civilização, para ele, embora tivesse colocado o ‘Sapiens” no topo da vida animal, era violenta. Só a sublimação pela cultura poderia criar um equilíbrio mínimo na sociedade. 

 

“"O Mal-Estar na Civilização" é uma obra de Freud que explora a relação entre o ser humano e a civilização. Freud argumenta que a civilização traz um mal-estar inerente, pois impõe restrições aos instintos humanos, criando um conflito entre os desejos individuais e as normas sociais. Ele categoriza o homem em relação aos animais, destacando que a civilização é o que confere uma identidade única à humanidade, carregando um componente coletivo que implica uma certa superioridade. “ - https://www.bing.com/ck/a?!&&p=abfc5a2a5755c92f54dfdc3af8babead124cb044e071e9fec81f9c3321ec81d2JmltdHM9MTc0ODk5NTIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=3f979678-faa3-677b-25d9-833dfb586659&u=a1L3ZpZGVvcy9yaXZlcnZpZXcvcmVsYXRlZHZpZGVvP3E9byttYWwrZXN0YXIrZGUrY2l2aWxpemElYzMlYTclYzMlYTNvJm1pZD01NkQwNjA3OTc1NUJGRkYzOUQ4ODU2RDA2MDc5NzU1QkZGRjM5RDg4JkZPUk09VklSRQ&ntb=1

O correr do século, com suas duas Grandes Guerras mundiais, deixando um rastro de 100 milhões de mortos parece ter dado razão a Freud, embora nos tivesse levado senão às estrelas, pelo menos, à lua.... Ao final do século, outro pensador, Eric Hobsbawn, afirmaria, mais ou menos isso : Se no começo do século éramos otimistas quanto às possibilidades do progresso técnico e para a redenção da humanidade, hoje somos pessimistas.

Nas últimas décadas, esse sentimento parece se alastrar pelo mundo. Já em 1971, John Lennon, profetizava: “O sonhou acabou”. Esqueceu-se de dizer que começava um pesadelo. Em 1973 adveio a crise do petróleo, que anunciaria o começo do fim da Era dos combustíveis fósseis, que em sua esteira criaria os chamados pobres países bilionários do Oriente Médio. Sem capacidade de investimentos produtivos, sobre estruturas econômicas internas primário-exportadoras, alimentariam com os petro-dólares a passagem do capitalismo moderno para a hegemonia financeira. Trilhões de dólares giram diariamente em mercados eletrônicos multiplicando fortunas, enquanto a grande parte da população do mundo vive favelizada, em meio à miséria e a violência. Tudo em nome do “Mercado”, sob cuja consigna maléfica, carente de qualquer virtude, com exceção da louvação à eficiência, até os mais humildes feirantes, entregadores de pizza e “se-viradores” se identificam. Uma série atual da Rede Globo trata, justamente, disso. Sete em cada dez brasileiros preferem a “livre iniciativa” à Carteira Assinada. 

 

Já não se trata, agora, do Mal Estar de Civilização advertido por Freud. Agora vivemos o desencanto com as instituições que, no século XX, arrefeceram o ímpeto da Era das Revoluções, inaugurado em 1789, substituindo-a pela Era dos Direitos. O século XX foi o Século dos Direitos, da construção da cidadania e da tentativa de consolidação de um regime de paz e progresso a todos os amparados pelo Pacto Constitucional. Mas caducou no meio do caminho e nos colocou à mercê não de um novo tempo, mas um tempo de caos, ansiedade e depressão. Nossos jovens não são mais felizes. Os idosos, desamparados. Os menos qualificados à idade digital, á margem da sociedade.Eis como, hoje, este pensador, nos define:

 

"Em tempos de incertezas costuma-se citar Gramsci quando não se sabe o que dizer. Em particular, sua célebre assertiva de que a velha ordem já não existe e a nova ainda está para nascer. O que pressupõe a necessidade de uma nova ordem depois da crise. Mas não se contempla a hipótese do caos. Aposta-se no surgimento dessa nova ordem de uma nova política que substitua a obsoleta democracia liberal que, manifestamente, está caindo aos pedaços em todo o mundo, porque deixa de existir no único lugar em que pode perdurar: a mente dos cidadãos.

A crise dessa velha ordem política está adotando múltiplas formas. A subversão das instituições democráticas por caudilhos narcisistas que se apossam das molas do poder a partir da repugnância das pessoas com a podridão institucional e a injustiça social: a manipulação midiática das esperanças frustradas por encantadores de serpentes; a renovação aparente e transitória da representação política através da cooptação dos projetos de mudanças; a consolidação de máfias no poder e de teocracias fundamentalistas, aproveitando as estratégias geopolíticas dos poderes mundiais; a pura e simples volta à brutalidade irrestrita do Estado em boa parte do mundo, da Russia à China, da África neocolonial aos neofascismos do Leste Europeu e às marés ditatoriais na América Latina.

E, enfim, o entrincheiramento no cinismo político, disfarçado de possibilismo realista dos restos da política partidária como forma de representação. Uma lenta agonia daquilo que foi essa ordem política."  

*Manuel Castells. "Ruptura – A crise da democracia liberal", p.144. Editora Zahar. Rio de Janeiro, 2017.

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 09:10:00 Nenhum comentário:   

 

Nos dias que atravessamos, nada de alentador ao nosso redor. A Europa já se prepara para uma nova guerra, jogando a culpa a Putin. Estados Unidos, sob a égide de Trump, isola-se do mundo e internamente desfecha uma campanha de extermínio justo naquilo que o fez vitrine do mundo: o soft power das grandes universidades, do cinema, das artes. Na América Latina vivemos o confronto de dois titãs contrapostos: Lula e Milei. O que vencer, o fará com pouca margem, mas definirá o lado do continente. Mas seja qual for, tudo indica que continuaremos sob o clima de tensão e desencanto. Os “Anos Dourados” ficaram para a História.


 

EDITORIAL 30/5/25

 ELEIÇÕES DE 2026 À VISTA

 

Daqui a um ano, à altura de junho, já estarão sendo realizadas Convenções dos Partidos para a indicação de candidatos ao pleito que se realizará em Outubro: Nacional e estaduais, Executivos e Legislativos. As cogitações e pesquisas, porém, já antecipam o pleito. Duas grandes dúvidas acompanharão este processo, até a undécima hora das escolhas: Lula será candidato à reeleição (?) e quem representará Bolsonaro candidato á Presidência? Lula tem reafirmado que estará a postos, mas analistas apontam problemas que ainda poderão se antepor à sua indicação: perda de popularidade, já baixa, que desaconselhe derrota ao final de uma brilhante carreira política e, inevitavelmente, sua idade. Bolsonaro, de sua parte, também não decide por antecipação. Finge que “um milagre” , encomendado a seu filho Eduardo em missão nos Estados Unidos, poderá salvá-lo. Na verdade está dividido entre indicar um nome da família, sua mulher, ou Tarcísio, Governador de São Paulo. À estas dúvidas quanto à Presidência da República, somam-se estratégias quanto à luta pelo Poder, seja no tocante à composição do Congresso Nacional, seja quanto aos Governadores dos principais Estados: SP, MG, RJ, RS e PE. Hoje, tal como em 1964, a direita domina os quatro primeiros. Arrais, naquele fatídico ano do golpe. governava PE, mas não teve capacidade de resistência, tal como Brizola, na Legalidade, em 1961. Lula, no comando da Frente de Centro Esquerda deve estar atento a isso e preocupado em escolher nomes com efetiva capacidade de vitória. E “resistência”. Isso é particularmente estratégico no RS, onde a direita está sem um candidato natural, diante da saída do páreo do Senador Heize, com saúde abalada, da inevitabilidade da saída do Governador Leite, já filiado ao PSD/Kassab, e da disputa acirrada dentro do MDB entre o Prefeito de POA e o atual vice governador, abrindo excepcional possibilidade de vitória da esquerda. Aqui, porém, também um problema: Um PDT enfraquecido - e abalado pelo escândalo do INSS/Lupi - tem em Juliana Brizola um trunfo. Ela ponteia as pesquisas ao Piratini. Mas o PT, partido mais forte no campo da esquerda, dificilmente a aceitará como cabeça de chapa numa eventual composição. Tudo indica que tentará novamente o Governo, em estreita aliança com PSOL, PCdo B e PV , escolhendo como candidato ao Governo um destes três nomes: A. Pretto, candidato em 22, Pepe Vargas, atual Presidente da Assembleia Legislativa e o deputado federal Alexandre Lindemeier , vitorioso no sul do Estado. O outro polo de Poder é o Congresso. Aqui os olhos da direita e esquerda estão postos no Senado, cujos poderes poderão torna-lo peça chave da dinâmica da politica nacional. Haverá renovação de 2/3 do Senado, abrindo amplas possibilidades de seu perfil, hoje dominado pela direita, com o agravante do fim da lua de mel do seu atual Presidente com Lula. Ganhando a direita, fortalecer-se-á, mesmo em caso da vitória de Lula. Perdendo, dará a ele mais oxigênio legislativo, num processo em que o Executivo vem perdendo cada vez mais capacidade de intervenção. Daí a atenção de Lula quanto aos nomes que se lançarão candidatos ao Senado em cada Estado. Não quer candidatos para “marcar posição”, mas com efetiva competividade. Quem viver, verá o resultado... 

 

Anexo:

Avanço da direita preocupa PT, que antecipa ofensiva no Sul e Centro-Oeste - Partido quer evitar que oposição leve as duas vagas no Senado em sete estados das regiões; ministros do governo podem ser convocados a disputar. Blog da Andréia Sadi

Avanço da direita preocupa PT, que antecipa ofensiva no Sul e Centro-Oeste

Partido quer evitar que oposição leve as duas vagas no Senado em sete estados das regiões; ministros do governo podem ser convocados a disputar.

Por Juliana Braga, GloboNews

29/05/2025 16h50 Atualizado há 8 horas

Avanço da direita preocupa PT, que antecipa ofensiva no Sul e Centro-Oeste

O PT tem antecipado as conversas para 2026 com atenção especial ao Senado nos estados do Sul e Centro-Oeste. O objetivo é diminuir o risco de que a direita conquiste as duas cadeiras em disputa nesses sete estados, onde o bolsonarismo é forte.

Para evitar uma derrota maiúscula, alianças com partidos de centro-direita não estão descartadas.

A preocupação com o Senado é maior porque na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Casa tem segurado pautas bombas e garantido uma certa governabilidade. Além disso, é lá onde são aprovadas as indicações para tribunais, agências reguladoras e embaixadores. Dificuldade na tramitação dessas matérias pode paralisar o governo. É também responsabilidade dos senadores analisar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas próximas eleições, o Senado renova dois terços das cadeiras. Do terço que fica, 16 (ou 60%) são de oposição. Se a direita conquista todas as vagas do Sul e Centro-Oeste, garante 30 votos.

O caso do Distrito Federal é ilustrativo da dificuldade que o PT tenta evitar. Há possibilidade de que a legenda enfrente o atual governador, Ibaneis Rocha (MDB), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), dois nomes difíceis de bater. Para concorrer no DF, o partido deve lançar a deputada federal Érika Kokay, que já manifestou preferência por disputar a reeleição, considerada mais garantida, mas que deve ter de ir para o "sacrifício".

O PT tem na próxima segunda-feira (2) mais uma reunião do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE). Geralmente, ele é montado próximo de cada eleição mas, temendo o cenário preocupante, nem chegou a ser desmontado depois do pleito municipal. A ideia é ir avaliando cenário e afunilando as alianças possíveis para 2026.

"Nós temos nomes e lideranças que podem compor a chapa majoritária, independente da posição que esteja. O foco é garantir um palanque forte para garantir a reeleição do presidente Lula", diz Henrique Fontana, secretário-geral do PT.

"Vou focar nos 40% que votam no Lula, isso é mais que suficiente para ganhar Senado", diz. A ministra de Relações Institucionais vem afirmando que não pretende concorrer ao cargo majoritário, mas também pode ser convocada a depender do cenário.

Ministros cotados para disputar Senado

No Rio Grande do Sul, a aposta deve ser o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Paulo Pimenta. A escolha se deve à projeção que o parlamentar teve durante a reconstrução do estado após as enchentes. Mas o martelo não está batido porque, lá, o partido tenta garantir uma aliança ampla ao menos com os partidos de esquerda como PCdoB, PDT, Rede e PSOL.

No Paraná, o plano é concentrar esforços em uma candidatura do PT para garantir ao menos uma cadeira. Segundo o deputado Zeca Dirceu, cotado para disputar o posto, em 2018 os dois senadores eleitos pelo estado tiveram 28% e 29% dos votos cada um.

Outros dois ministros são citados como possibilidades para enfrentar o bolsonarismo nessas regiões. No Mato Grosso do Sul, a aposta no momento é a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). A avaliação é de que ela saiu com capital político elevado ao ficar em terceiro lugar na disputa presidencial em 2022.

Ainda é preciso testar, no entanto, o quanto esse capital se reverterá em voto no seu estado, tendo em vista que em 2022 ela desistiu de disputar a reeleição por receio de não ter os votos suficientes.

Já no Mato Grosso, o nome mencionado é o do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A aposta é que ele consiga fazer o diálogo com o setor produtivo, que tem apoiado majoritariamente Bolsonaro.

Lula preocupado

Como o blog mostrou, o presidente Lula tem demonstrado preocupação com o avanço da direita e do bolsonarismo no Senado nas eleições de 2026 e quer foco nessa disputa. Nesse projeto de lançar nomes fortes para enfrentar a oposição, Haddad tem ganhado força nos bastidores como uma das opções viáveis para o Senado.

 


A democracia paralítica por Christian Lynch

 

Como a democracia liberal, ainda analógica, sobrevive em um mundo ditado pelo digital, por sua vez dominado pelo extremismo de direita?

A democracia liberal, tal como concebida no século 20, atravessa uma fase avançada de obsolescência. Em praticamente todas as democracias do mundo, sua paralisia não decorre de um golpe explícito, mas de um esvaziamento progressivo de sua capacidade de agir. A engrenagem institucional, outrora celebrada por sua prudência e respeito aos freios e contrapesos, hoje se revela disfuncional diante de um tempo acelerado. O mundo digital exige decisões rápidas, fluxos contínuos de informação e adaptação permanente. A democracia, contudo, permanece ancorada em rotinas deliberativas lentas, herdadas da era analógica e da burocracia de papel. Sua crise é, antes de tudo, uma crise de temporalidade.

 

No Brasil, essa obsolescência é particularmente grave. O sistema presidencialista tornou-se uma equação desequilibrada entre um Executivo enfraquecido, um Legislativo fragmentado e um Judiciário hipertrofiado. O governo federal, embora comprometido com a democracia — tendo sido alvo recente de uma tentativa de golpe de Estado —, opera com minoria parlamentar e sob constante chantagem de um Congresso que, embora não seja majoritariamente golpista, flerta abertamente com o golpismo como expediente eleitoral e mecanismo de chantagem. A consequência é um pacto institucional disfuncional: para preservar a legalidade democrática, toleram-se abusos, apropriações privadas do orçamento e a judicialização excessiva da política. O custo da estabilidade é a erosão da eficácia governamental.

 

Não se trata mais de oposição, mas de conluio internacional para inviabilizar a normalidade institucional brasileira

 

É nesse vácuo que o bolsonarismo se reconfigura. Fora do governo, mas não da cena pública, conta com apoio da extrema direita internacional — em especial do trumpismo americano — e se estrutura como um projeto político digitalizado, transnacional e desinstitucionalizante. Sua ofensiva não é apenas simbólica: opera-se uma sabotagem ativa do sistema democrático por dentro e por fora. O caso de Eduardo Bolsonaro, articulando do exterior pressões pela impunidade do pai, é exemplar. Não se trata mais de oposição, mas de conluio internacional para inviabilizar a normalidade institucional brasileira.

 

Esse novo reacionarismo se molda perfeitamente ao ecossistema digital. Domina as linguagens afetivas, os algoritmos, a inteligência artificial e a micro segmentação. Sabe onde atingir e como produzir engajamento. Enquanto isso, o Estado brasileiro continua operando como uma máquina analógica: suas respostas são lentas, fragmentárias e ineficazes. Governar, em muitos aspectos, ainda depende de papel, fila e balcão. O populismo digital reacionário encontra sua força não apenas nas emoções que mobiliza, mas na inércia do Estado democrático que não entrega. A cidadania digital é prometida pela extrema direita; o Estado oferece apenas a lentidão da promessa adiada.

 

Esse quadro agrava-se na medida em que os cidadãos já naturalizaram a eficiência do setor privado. Pedem comida por aplicativo, fazem transferências bancárias em segundos, mas não conseguem marcar uma consulta no SUS ou consultar um processo judicial. A plataforma gov.br, ainda que promissora, é insuficiente. O Estado é mais lento que o crime, menos hábil que a desinformação, menos ágil que os fluxos financeiros que lhe escapam. Elon Musk e Mark Zuckerberg sabem mais sobre os brasileiros do que qualquer órgão da administração pública — e frequentemente colocam essa informação a serviço de projetos políticos regressivos.

 

A democracia precisa reaprender a se comunicar, a se organizar e a governar num mundo digital

 

A democracia, portanto, enfrenta um duplo desafio: proteger-se do golpismo e reinventar-se tecnologicamente. Isso não exige abandonar o liberalismo político — base irrenunciável de qualquer regime democrático —, mas sim reconfigurá-lo às condições da era digital. Roosevelt, nos anos 1930, fez isso ao transformar o rádio, instrumento preferencial dos fascismos europeus, em meio de reconstrução democrática. A partir dali, o Estado social passou a responder por bens essenciais, combinando liberdade política com justiça distributiva. É essa mesma reinvenção que se faz hoje necessária.

 

No caso brasileiro, essa atualização deve começar pela providência mais óbvia e urgente: a regulamentação democrática das redes sociais. Não se trata de censura, mas de soberania. Trata-se de garantir à democracia um mínimo controle sobre o espaço público digital, atualmente entregue à manipulação emocional, à desinformação industrializada e à atuação de potências estrangeiras. A democracia precisa reaprender a se comunicar, a se organizar e a governar num mundo digital.

 

Reinventar a democracia, portanto, não é um gesto de ruptura, mas de continuidade histórica. Como ensinava Afonso Arinos, “a evolução da humanidade é comparável a uma espiral, cujas curvas se sobrepõem sempre, mas em planos cada vez mais elevados”. Os problemas históricos se repetem, mas em contextos distintos, que exigem respostas novas. Só o espírito rotineiro insiste em aplicar soluções antiquadas a dilemas inéditos — ou entrega o poder às forças da regressão. A democracia brasileira ainda pode reencontrar seu caminho. Mas para isso precisa sair do torpor, reduzir seu déficit tecnológico e voltar a operar no tempo do mundo em que vive. E o tempo, hoje, é digital.

 

Cientista político, editor da revista Insight Inteligência e professor do IESP-UERJ


 CADA DIA COM SUA AGONIA

 

Dificilmente nos deparamos com situações coincidentes com tanta crise. Não bastassem as tensões das mudanças climáticas e dos ajustes tectônicas de uma nova Ordem Geoeconômica Mundial, assistimos, nos dias que passam, fortes abalos da conjuntura nacional. Até na nossa Mais Bela Praia, as coisas andam mal, com a invasão do Museu, fruto do abandono da cultura nos oito anos da passada gestão, mais preocupada em fazer de Torres um arremedo de Camboriu SC, e a questão da transferência de recursos da Prefeitura para a APAE. Aqui ao lado, em Arroio do Sal, a inquietação é com o delírio da construção de um Porto que acabará infestando a região, como ocorreu no Equador, com as disputas em torno do contrabando e do narcotráfico. A verdade é que estamos atravessando, em todos os sentidos, um tempo difícil. O panorama internacional não poderia ser mais crítico. A guerra na Ucrânia vai deteriorando cada vez mais as relações entre Ocidente e Rússia, agora já a nível de advertência para uma III Guerra Mundial por parte do Presidente Putin. Um alto dirigente europeu , Josep Borrell, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, que afirmou com todas as letras: “A supremacia ocidental terminou”, já admite: E a ação terrorista do Estado de Israel, que se deveria comportar, como Estado Membro das Nações Unidas, descambou, em Gaza, sob a alegação de direito `a segurança, se revela como um genocídio a céu aberto condenado internacionalmente. No Brasil, a sucessão de 26, já está em campo, com a visível dificuldade de Lula III segurar, seja o próprio governo, enleado na questão do aumento do IOF, desencontrando Casa Civil – Fazenda e BANCO CENTRAL, seja do Ministro da Fazenda, para administrar as tensões da alta do IOF com o Congresso Nacional e entidades empresariais. O resultado de tudo isso se reflete em algumas pesquisas eleitorais. Ciro Gomes, cresce, ao lado de Tarcísio, Governador de São Paulo, como candidatos a Presidente. Juliana Brizola, de um agonizante PDT, ponteia a sucessão para o Piratini. Veja-se , por exemplo, o cenário destas questões todas nos títulos dos fazedores de Opinião :

Extrema-direita em ascensão, por Celso Japiassu – RED = https://red.org.br/noticias/extrema-direita-em-ascensao/


 Editorial

Renda do trabalho em alta e supersafra fazem marcado elevar projeção do PIB - Mayra Castro / O Globo

Democracia Política e novo Reformismo: Renda do trabalho em alta e supersafra fazem marcado elevar projeção do PIB

Desaceleração adiada de novo

A desacerelação da economia foi, mais uma vez, adiada — e, talvez, a freada seja menor do que a que vinha sendo esperada. Com mais uma supersafra cada vez maior, o mercado de trabalho aquecido, com rendimento nas máximas históricas, e o crédito ainda em expansão, mesmo com juros em alta, economistas já estão revisando para cima suas projeções de crescimento econômico para o primeiro trimestre.

Já era esperado que a agropecuária puxasse a economia, com clima favorável e boa quantidade de chuvas desde outubro do ano passado, mas a freada no consumo deverá ficar mais para este segundo trimestre e, principalmente, para a segunda metade do ano.

Uma confirmação do adiamento da desaceleração veio anteontem. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) indicou que a economia brasileira cresceu 1,3% no primeiro trimestre ante o período de outubro a dezembro de 2024.

Isso surpreendeu alguns analistas, que esperavam um ritmo mais moderado — o resultado oficial do Produto Interno Bruto (PIB, valor de todos os produtos e serviços produzidos na economia) dos três primeiros meses do ano será divulgado no próximo dia 30 pelo IBGE.

Andrea Damico, economista-chefe da gestora de recursos Armor Capital, contou que sua equipe mudou suas projeções do PIB do primeiro trimestre, que passaram para um avanço de 1,4% sobre o quarto trimestre de 2024, ante 1,1%, na estimativa anterior.

As revisões para cima têm sido recorrentes, lembrou a economista. No início de 2024, já era esperada uma desaceleração, mas o crescimento foi se mostrando mais forte do que o esperado ao longo do ano. Apesar do arrefecimento no último trimestre, a economia cresceu 3,4% no ano passado. Isso parece estar acontecendo novamente no início de 2025.

Para além do agro

Segundo economistas, a surpresa no primeiro trimestre se deu porque, além do bom desempenho da agropecuária, já esperado, o setor de serviços continuou forte e a indústria não arrefeceu tanto.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias seguiu robusto, por causa do mercado de trabalho. Apesar da política de juros restritiva — em setembro, o BC começou a subir a taxa básica (a Selic, hoje em 14,75% ao ano) —, os recordes no rendimento médio do trabalho estimularam a atividade econômica no primeiro trimestre.

— Os rendimentos voltaram a acelerar, os salários voltaram a se recuperar e isso não estava no nosso cenário — disse Andrea.

Outro fator mencionado por economistas é o aumento das concessões de crédito, também apesar dos juros altos. Um destaque aí são os empréstimos consignados — aqueles que têm como garantia o salário ou benefício previdenciáro do tomador —, que receberam um impulso com o programa para trabalhadores do setor privado, lançado em março pelo governo federal.

— Teve esse consignado privado, que leva a uma troca de dívidas mais caras por dívidas mais baratas. Isso acaba por liberar mais a renda disponível (para consumir) — explica Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora e consultoria financeira G5 Partners.

Leal citou ainda o impulso do aumento do salário mínimo. Desde 2023, voltou a política de reajustes acima da inflação, marca dos governos do PT. O economista da G5 Partners aumentou suas projeções para o desempenho do PIB do primeiro trimestre para uma alta de 1,5% ante os três últimos meses de 2024, acima do 1,1% que estimava antes.

Freada menor

A desaceleração segue no radar, ainda que adiada, mas alguns acreditam que a freada pode ser menos intensa do que o inicialmente imaginado. O Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento econômico em 2025 para 2,4%, ante os 2,3% de antes.

Ariane Benedito, economista-chefe da empresa de pagamentos PicPay, também elevou suas previsões para o ano, para 2,2%, ante o avanço de 1,6% que projetava anteriormente. O Boletim Focus, pesquisa semanal do BC sobre projeções de analistas de mercado, vinha apontando crescimento anual de 2% — subiu ligeiramente, para 2,02%, na edição mais recente.

— Vai desacelerar, mas menos do que se imaginava — disse a economista. — Olhando para crédito e para salários, vimos uma persistência dessas variáveis como contribuição positiva para a atividade. Embora já se comece a ver números aquém dos registrados anteriormente, podemos dizer que o mercado de trabalho deverá permanecer aquecido.

Leal manteve a projeção para o ano — alta de 2,3% —, porque baixou a expectativa para este segundo trimestre:

— O primeiro trimestre mais forte acaba fazendo, pelo efeito base, com que tenhamos o segundo trimestre mais baixo. E tem o fato de que a safra de soja é concentrada no primeiro trimestre.

Para Juliana Trece, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a desaceleração deverá vir no restante do ano, como resultado dos juros elevados e da incerteza externa:

— Desaceleração não significa retração. A expectativa é de uma fase de estagnação nos próximos meses.

Isso deverá ocorrer, em parte, porque o primeiro trimestre mais forte poderá contribuir para que o BC mantenha os juros em patamares elevados — seja com um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, chegando a 15%, seja com a manutenção do nível atual por mais tempo.

E há incertezas. Novos incentivos do governo podem impulsionar a economia. A ameaça da gripe aviária e a guerra comercial do presidente americano, Donald Trump, podem reforçar a freada.


 EDITORIAL 

Nós brasileiros, quem somos?
José Bonifácio, o Patriarca da Independência, já se perguntava sobre nossa identidade. Letrado no Iluminismo, contemporâneo da Revolução Francesa de 1789, dava-se conta de que detínhamos um Estado, supostamente autônomo, ainda que sob o alcance das canhoneiras inglesas, mas faltava uma Nação. Daí suas iniciativas, frustradas quanto à inclusão de nativos e negros. Diversos autores, décadas depois, continuaram indagando sobre nossa natureza: Um povo triste? Um povo cordial? Uma cultura antropofágica? País negro? Mestiço? País do carnaval e do futebol? Não há um consenso. Na verdade, somos um grande mosaico regional, cujo epicentro originário, o nordeste, não coincide com as sobreposições que se lhe acrescentaram. O Rio de Janeiro é uma cidade cosmopolita, mas fechada em si mesmo, hoje mergulhada no narco estado. São Paulo é uma locomotiva movida por um punhado de empresas e gentes multinacionais, que tanto está no Brasil, como poderia estar no Canadá ou Austrália. Acreditam piamente que os “bandeirantess” construíram as fronteiras do Brasil...Minas Gerais, a mais próxima de uma “cara” do Brasil, vez que genuinamente sintética de várias contribuições, é “um Estado de Espírito”. Paira poeticamente do cume de suas montanhas sobre o que escorre pelos vales da Nação. O Norte, “descoberto” pelos militares de 1964, que criaram a SUDAM. Zona Franca e a Transamazônica é o frágil continente verde de baixa densidade demográfica, permeado de aldeias indígenas, e ameaçado pelo agro-business e pelo conluio do narcotráfico com o garimpo. O Centro Oeste, a nova terra de promissão econômica que destrói o cerrado e sufoca as principais nascentes brasileiras. O Sul, com um Estado ao seu extremo, o Rio Grande, perdendo população e agonizando diante de uma severa crise de lideranças que não conseguem enfrentar os desafios das mudanças climáticas e do seu parque produtivo; Santa Catarina, um mosaico de culturas, que avança empreendedoramente sem uma referência histórica de suporte e o Paraná, uma eterna promessa, num prolongamento de São Paulo ao norte, até Londrina, gaúchos ao Sudeste e a gelada República de Curitiba, que pouco tem a ver com o Brasil, querendo dar receitas para consertá-lo.
Diante disso, fica-se a pensar: Quem somos?
Recente pesquisa de DNA dos brasileiros , feita pela Universidade de São Paulo, comprova que somos mesmo “mestiços” com cerca de 60% de sangue europeu, 27% negro e 13% nativo, mas 8 milhões de variantes étnicas dispersas pelo território. Somos, muito mais que os americanos, um “melting pot” populacional. Mas os pretos se reinvidicam maioria, porque somam os que se denominam negros com os mestiços, alegando que a mestiçagem foi decorrente da violência dos homens brancos contra as mulheres negras. Mas já há um movimento autônomo de “mestiços” rejeitando essa tese e exigindo o estatuto próprio como tal. Para gáudio de Gilberto Freira e Darcy Ribeiro. Povos originários, de outra parte, foram sumariamente destroçados pelos colonizadores, como ocorreu no Rio Grande do Sul na destruição das reduções jusuíticas. Dos seus vestígios reperam-se suas culturas em áreas protegidas, alcançando hoje apenas 1 milhão deles.
Persiste, pois, a indagação: QUEM SOMOS?
Celso Furtado, então Ministro da Cultura, tentou explicar sociologicamente nossa natureza. Foi bem sucedido quanto à nossa elite, que classificou como “bovarista”. Mas só a Poesia, talvez nos defina, ou enigmaticamente nos proponha. Foi o fez Drummond:
HINO NACIONAL

Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
Com água dos rios no meio,
O Brasil está dormindo, coitado
Precisamos colonizar o Brasil.

O que faremos importando francesas
muito louras, de pele macia,
alemãs gordas, russas nostálgicas para
garçonetes dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas...

Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.

Cada brasileiro terá sua casa
com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.

Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...

Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão
de seus sofrimentos.

Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?

Por isso, se tivesse que dar uma face aos brasileiros, preferiria a Lady Gaga. Afinal, com ela comungam mais de dois milhões de brasileiros. Prefiro, aliás, a dela do que a dos 300 deputados federais que se apoderaram do Orçamento da República num conluio onde não falta de defesa de figuras grotescas como um delegado golpista e uma faroleira de ocasião

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Entenda como funcionam os algoritmos e veja dicas para tentar escapar das bolhas

Além de não serem neutros, os algoritmos, no caso das redes sociais, respondem a estímulos dados pelos usuários
Investigado por: Folha de S.Paulo e Estadão.
Comprova Explica: Os algoritmos são códigos desenvolvidos para executar tarefas. Nos aplicativos de transporte, eles podem, por exemplo, sugerir o trajeto mais rápido de um ponto a outro; nos de delivery, podem mostrar os restaurantes em que você já fez algum pedido na tela inicial. Nas redes sociais, eles entendem que tipo de conteúdo você costuma gostar – seja ao analisar suas curtidas ou comentários, entre outros pontos – e sugerem apenas posts com potencial de te agradar, mesmo que contenham desinformação. A seção Comprova Explica traz informações sobre o funcionamento deles.
Comprova Explica: Quando navegamos nas redes sociais, somos apresentados a diferentes conteúdos, mas já parou para pensar quem escolhe o que vemos? São os algoritmos, criados por programadores seguindo instruções de empresas como X, TikTok e Meta, dona do Facebook e Instagram. “Eles não são neutros”, afirma Kérley Winques, professora e pesquisadora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Além de não serem neutros, os algoritmos, no caso das redes sociais, respondem a estímulos dados pelos usuários. Quanto mais você curt


EDITORIAL

Nós brasileiros, quem somos?

 

José Bonifácio, o Patriarca da Independência, já se perguntava sobre nossa identidade. Letrado no Iluminismo, contemporâneo da Revolução Francesa de 1789, dava-se conta de que detínhamos um Estado, supostamente autônomo, ainda que sob o alcance das canhoneiras inglesas, mas faltava uma Nação. Daí suas iniciativas, frustradas quanto à inclusão de nativos e negros. Diversos autores, décadas depois, continuaram indagando sobre nossa natureza: Um povo triste? Um povo cordial? Uma cultura antropofágica? País negro? Mestiço? País do carnaval e do futebol? Não há um consenso. Na verdade, somos um grande mosaico regional, cujo epicentro originário, o nordeste, não coincide com as sobreposições que se lhe acrescentaram. O Rio de Janeiro é uma cidade cosmopolita, mas fechada em si mesmo, hoje mergulhada no narco estado. São Paulo é uma locomotiva movida por um punhado de empresas e gentes multinacionais, que tanto está no Brasil, como poderia estar no Canadá ou Austrália. Acreditam piamente que os “bandeirantess” construíram as fronteiras do Brasil...Minas Gerais, a mais próxima de uma “cara” do Brasil, vez que genuinamente sintética de várias contribuições, é “um Estado de Espírito”. Paira poeticamente do cume de suas montanhas sobre o que escorre pelos vales da Nação. O Norte, “descoberto” pelos militares de 1964, que criaram a SUDAM. Zona Franca e a Transamazônica é o frágil continente verde de baixa densidade demográfica, permeado de aldeias indígenas, e ameaçado pelo agro-business e pelo conluio do narcotráfico com o garimpo. O Centro Oeste, a nova terra de promissão econômica que destrói o cerrado e sufoca as principais nascentes brasileiras. O Sul, com um Estado ao seu extremo, o Rio Grande, perdendo população e agonizando diante de uma severa crise de lideranças que não conseguem enfrentar os desafios das mudanças climáticas e do seu parque produtivo; Santa Catarina, um mosaico de culturas, que avança empreendedoramente sem uma referência histórica de suporte e o Paraná, uma eterna promessa, num prolongamento de São Paulo ao norte, até Londrina, gaúchos ao Sudeste e a gelada República de Curitiba, que pouco tem a ver com o Brasil, querendo dar receitas para consertá-lo.

Diante disso, fica-se a pensar: Quem somos? 

Recente pesquisa de DNA dos brasileiros , feita pela Universidade de São Paulo, comprova que somos mesmo “mestiços” com cerca de 60% de sangue europeu, 27% negro e 13% nativo, mas 8 milhões de variantes étnicas dispersas pelo território. Somos, muito mais que os americanos, um “melting pot” populacional. Mas os pretos se reinvidicam maioria, porque somam os que se denominam negros com os mestiços, alegando que a mestiçagem foi decorrente da violência dos homens brancos contra as mulheres negras. Mas já há um movimento autônomo de “mestiços” rejeitando essa tese e exigindo o estatuto próprio como tal. Para gáudio de Gilberto Freira e Darcy Ribeiro. Povos originários, de outra parte, foram sumariamente destroçados pelos colonizadores, como ocorreu no Rio Grande do Sul na destruição das reduções jusuíticas. Dos seus vestígios reperam-se suas culturas em áreas protegidas, alcançando hoje apenas 1 milhão deles.

Persiste, pois, a indagação: QUEM SOMOS? 

Celso Furtado, então Ministro da Cultura, tentou explicar sociologicamente nossa natureza. Foi bem sucedido quanto à nossa elite, que classificou como “bovarista”. Mas só a Poesia, talvez nos defina, ou enigmaticamente nos proponha. Foi o fez Drummond:

HINO NACIONAL

 

Precisamos descobrir o Brasil!

Escondido atrás das florestas,

Com água dos rios no meio,

O Brasil está dormindo, coitado

Precisamos colonizar o Brasil.

 

O que faremos importando francesas

muito louras, de pele macia,

alemãs gordas, russas nostálgicas para

garçonetes dos restaurantes noturnos.

E virão sírias fidelíssimas.

Não convém desprezar as japonesas...

 

Precisamos educar o Brasil.

Compraremos professores e livros,

assimilaremos finas culturas,

abriremos dancings e subvencionaremos as elites.

 

Cada brasileiro terá sua casa

com fogão e aquecedor elétricos, piscina,

salão para conferências científicas.

E cuidaremos do Estado Técnico.

 

Precisamos louvar o Brasil.

Não é só um país sem igual.

Nossas revoluções são bem maiores

do que quaisquer outras; nossos erros também.

E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...

os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...

 

Precisamos adorar o Brasil!

Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,

por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão

de seus sofrimentos.

 

Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!

Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,

ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.

O Brasil não nos quer! Está farto de nós!

Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.

Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?

 

Por isso, se tivesse que dar uma face aos brasileiros, preferiria a Lady Gaga. Afinal, com ela comungam mais de dois milhões de brasileiros. Prefiro, aliás, a dela do que a dos 300 deputados federais que se apoderaram do Orçamento da República num conluio onde não falta de defesa de figuras grotescas como um delegado golpista e uma faroleira de ocasião.


EDITORIAL

 

Como resistiremos? Janete Schubert

 

Tenho refletido sobre nosso adoecimento coletivo. Estamos adoecendo, mas não é por fraqueza individual e sim por um cansaço estrutural. Um esgotamento que não vem só de dentro, mas que nos atravessa por todos os lados. 

Vivemos numa lógica que transforma tudo — e todos — em recurso. Produzimos sem pausa, competimos sem fim, acumulamos tarefas, metas, diplomas, validações. Fomos ensinados que descansar é preguiça, que sentir é fraqueza. E que se mostrar vulnerável é um defeito.

E se você está cansado… é porque não está se esforçando o suficiente. O nome disso é capitalismo emocional, um sistema que monetiza até o afeto, que coloniza o tempo, o corpo, os sonhos

E que nos convence de que sucesso é estar sempre ocupado — mesmo que vazio por dentro.

Estamos adoecendo porque nos fizeram acreditar que precisamos render o tempo todo, mas não fomos feitos para apenas produzir, fomos feitos para viver, para criar, para amar e, sobretudo, para parar. Nosso corpo protesta quando nossa alma não é ouvida. Nosso coração adoece quando nossa vida perde o sentido.

É hora de perguntar, com coragem:

Quem se beneficia do nosso cansaço?

Que tipo de mundo estamos sustentando com nossa exaustão?

E o que, em nós, ainda pode ser resgatado e refeito?

Estamos adoecidos por um sistema que nos destrói.

Hoje são as máquinas que estão pensando.

Como resistiremos ?

Dra Janete Schubert


EDITORIAL

 

NÓS SEMPRE TEREMOS O URUGUAI

PEPE MUJICA , no Uruguai, e VIRGÍNIA FONSECA , no Brasil, duas vidas, uma finda, outra em curso, ambas em relevo no noticiário de ontem e hoje. Virgínia, faroleira, isto é, influenciadora digital, apolítica, 26 anos, 53 milhões de seguidores, uma bela mulher, prestou depoimento no Senado sobre seus negócios milionários com casas de aposta. ( Símbolo da modernidade líquida condenada ao esquecimento daqui a um século). Pepe Mujica, amante da Política, mas casado com a vida, ex guerrilheiro tupamaro, ex Presidente do Uruguai, nos deixa com a imagem de seu velho fusca azul para entrar na História. Não por acaso, os dois Podcasts mais lidos do Brasil, da Globo e do Grupo Folho/UOL, tratam, hoje, precisamente, destes dois progatonistas de seu tempo.


EDITORIAL

 

Brasil, uma Nação marcada pela violência disfarçada no mito da cordialidade 

 

O Atlas da Violência, é um estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), indica que o Brasil teve 45.747 homicídios em 2023, com uma média de 21,2 a cada 100 mil habitantes123. Houve redução de homicídios desde 2018, atribuída a políticas de segurança pública e acordos entre facções3.

 

O IPEA, órgão de pesquisa e planejamento do Governo Federal acaba de lançar novo ATLAS DA VIOLÊNCIA no Brasil. Um verdadeiro horror, amenizado com a informação de que os assassinatos, enfim, diminuíram de intensidade nos últimos anos, apesar da elevada cifra em torno de 45 mil mortos por ano. Isso sem contar mortes não identificadas como violência. Por acaso acidentes fatais no trânsito e no trabalho também não são produtos da violência? Isso num país que não está em guerra, mas convive com a morte inesperada diariamente. As maiores vítimas são mulheres e jovens negros, abandonados à própria sorte no dia 14 de maio de 1888, um dia depois da suposta “Abolição” assinada pela “abençoada” Princesa Isabel, que teria dado jóias da Coroa pela causa da libertação dos escravos. Ora, o Império era a própria armadura da escravidão e, por isso mesmo, não resistiu muito depois da “Abolição”. Em boa hora, aliás, um pequeno grupo de jovens pretos de Porto Alegre, em 1971, Antonio Carlos Cortes, ainda vivo, entre eles, denunciou a farsa do “13 de maio” e o substitui pelo “20 de novembro”, que viria a se tornar como o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Eles não só recuperaram o protagonismo da luta pela libertação de seu povo, como denunciam as sequelas da falsa Abolição que os jogou nas margens de uma ordem social competitiva proibidos do acesso à terra para trabalharem, ao estudo para se desenvolverem e às garantias para sua adequada organização e representação social e política. Restou-lhes a música e o futebol com os quais encantaram a sociedade emergente do século XX. Uma exceção foi Abdias do Nascimento que depois de curtir o exílio e a prisão, por desacato à autoridades, inaugura dois momentos importantes da presença negra no Teatro brasileiro: O do “ Sentenciado” e o “Teatro Experimental Negro”, que fez sua estréia no Municipal do Rio de Janeiro em 1945. Na década de 80, deputado e Senador pelo PDT, seria um dos artífices do Movimento Negro no Brasil Mas a violência, entranhada na escravidão por mais de três séculos em nosso país, com seus estigmas, preconceitos e consequências disseminou-se no país, tomando as mais diversas formas de expressão: autoritarismo, coronelismo, golpismo, machismo, patriarcalismo etc. Nem mesmo o interior está livre da violência. Notícias recentes dão conta de que o tráfico instalou-se em vários recantos regionais e já comanda administrações municipais. Nem mesmo uma capital escapou. Notícia de hoje afirma que o tráfico ofereceu ao Prefeito de Natal R$ 500mil para que renunciasse a favor de seu vice, supostamente aliado ao narco. Chegamos, com isso às bordas do Narco Estado. Tudo violência. Das mais elementares que atordoam a vida cotidiana de todo mundo com golpes e mais golpes por telefone, nas ruas, em assaltos a residências à continuidade dos escândalos nas altas esferas governamentais, dentre os quais o INSS é vítima sequencial. Nos anos 80/90 uma tal de Jorgina, advogada, ficou famosa pelo rombo com base na falsificação de acidentes de trabalho e aposentadorias precoces. Desta vez tugaram os contracheques dos aposentados e pensionistas e deixam ao Governo o encargo de pagar a conta com recursos públicos. 

E agora, o que fazemos, com a Política Nacional sitiada por um Congresso dominado numa inédita aliança com Prefeitos que se reelegem a rodo e eternizam um modelo pouco promissor às novas gerações.


Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com

O NOVO PAPA LEÃO XIV- “ A paz esteja com todos vocês”

CIDADE DO VATICANO, 8 de maio (Reuters) - Segue o texto completo do primeiro discurso do Papa Leão XIV, proferido da varanda central da Basílica de São Pedro pouco após sua eleição como o novo papa e líder da Igreja Católica.

 

"A paz esteja com todos vocês!

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Caríssimos irmãos e irmãs, esta é a primeira saudação do Cristo Ressuscitado, o bom pastor que deu a sua vida pelo rebanho de Deus. Eu também gostaria que esta saudação de paz entrasse em seus corações, alcançasse suas famílias, todas as pessoas, onde quer que estejam, todos os povos, toda a Terra. A paz esteja com vocês!

Esta é a paz do Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e desarmante, humilde e perseverante. Ela vem de Deus, o Deus que nos ama incondicionalmente. Ainda ressoa em nossos ouvidos aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do Papa Francisco que abençoou Roma!

 

O papa que abençoou Roma deu a sua bênção ao mundo, ao mundo inteiro, naquela manhã de Páscoa.

 

Permitam-me dar seguimento a essa mesma bênção: Deus cuida de nós, Deus ama a todos nós, e o mal não prevalecerá! Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos de mãos dadas com Deus e entre nós, sigamos em frente.

Somos discípulos de Cristo. Cristo vai adiante de nós. O mundo precisa da Sua luz. A humanidade precisa Dele como a ponte para alcançar Deus e o Seu amor.

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Conclave elege o novo papa, no Vaticano

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O recém-eleito Papa Leão XIV, Cardeal Robert Prevost dos Estados Unidos, fala da varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, 8 de maio de 2025. Vatican Media/Francesco Sforza/Handout via REUTERS

Ajudem-nos também, então ajudem-se uns aos outros a construir pontes – com diálogo, com encontro, unindo todos nós para sermos um só povo sempre em paz. Obrigado, Papa Francisco!

Quero também agradecer a todos os meus colegas cardeais que me escolheram para ser o Sucessor de Pedro e para caminhar convosco, como uma Igreja unida que busca sempre a paz, a justiça – sempre tentando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho, para sermos missionários.

Sou filho de Santo Agostinho, agostiniano, que disse: "Para vós sou cristão e para vós sou bispo". Neste sentido, podemos todos caminhar juntos rumo àquela pátria que Deus preparou para nós.

À Igreja de Roma, uma saudação especial! Devemos buscar juntos como ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogo, sempre aberta a receber pessoas, como esta praça, de braços abertos – todos, todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do nosso diálogo e do nosso amor.

 

(Mudando para o espanhol) E se me permitem também, uma palavra, uma saudação a todos aqueles, e particularmente à minha amada diocese de Chiclayo, no Peru, onde um povo fiel acompanhou o seu bispo, partilhou a sua fé e deu tanto, tanto para continuar sendo uma Igreja fiel de Jesus Cristo.

(Voltando ao italiano) A todos vós, irmãos e irmãs de Roma, da Itália, do mundo inteiro, queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja que caminha, uma Igreja que busca sempre a paz, que busca sempre a caridade, que busca sempre estar perto especialmente daqueles que sofrem.

Hoje é o dia da Súplica a Nossa Senhora de Pompeia. Nossa Mãe Maria sempre quer caminhar conosco, permanecer perto, ajudar-nos com a sua intercessão e o seu amor.

Então, gostaria de rezar junto com vocês. Rezemos juntos por esta nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo, e peçamos esta graça especial a Maria, nossa Mãe."

XXX

Reportagem de Joshua McElwee; Edição de Janet Lawrence


 

EDITORIAL 

 

O DIA DA VITÓRIA CONTRA O NAZIFASCISMO

 

O PAPEL DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA. Por Aldo Rebelo - https://www.instagram.com/reel/DJMPxBXtsK9/?igsh=NzlqdTd5MjF1ZGsy

 

O Dia da Vitória (8 de maio): Comemorações e Significado - Dia da Vitória (8 de maio) - SÓ ESCOLA

O Dia da Vitória, celebrado em 8 de maio, é uma data que marca a rendição incondicional das forças armadas da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Este evento histórico não apenas simboliza o fim de um dos conflitos mais devastadores da história, mas também representa a luta pela paz e a reconstrução da Europa. Neste artigo, exploraremos a importância do Dia da Vitória, suas origens, as comemorações ao redor do mundo e o legado que deixou.

Origens do Dia da Vitória

A Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945, foi um dos conflitos mais sangrentos da história, resultando na morte de milhões de pessoas e na destruição de cidades inteiras. O Dia da Vitória, ou “Victory in Europe Day” (VE Day), foi oficialmente proclamado em 8 de maio de 1945, quando o líder nazista Adolf Hitler foi derrotado e a Alemanha se rendeu. Essa rendição foi um marco importante que selou o destino da Europa e do mundo, encerrando anos de opressão e violência.

Comemorações ao Redor do Mundo

O Dia da Vitória é celebrado de diferentes maneiras em vários países. Na Europa, especialmente no Reino Unido e na Rússia, as comemorações incluem desfiles, cerimônias e eventos que homenageiam os veteranos de guerra e as vítimas do conflito. Em Londres, por exemplo, é comum que a população se reúna em Trafalgar Square para recordar os eventos de 1945, enquanto na Rússia, o Dia da Vitória é um feriado nacional, marcado por grandes desfiles militares na Praça Vermelha, em Moscou.

No Brasil, embora o Dia da Vitória não seja um feriado oficial, a data é lembrada em algumas cerimônias e eventos que visam educar a população sobre a importância da paz e da memória histórica. A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, ao lado dos Aliados, é um aspecto que merece destaque, pois o país enviou tropas para lutar na Campanha da Itália.

O Legado do Dia da Vitória

O legado do Dia da Vitória vai além da celebração do fim da guerra. Esta data nos lembra da importância da paz, da tolerância e da cooperação internacional. Após a guerra, o mundo se uniu em esforços para reconstruir nações devastadas e estabelecer instituições que promovem a paz, como as Nações Unidas. O Dia da Vitória serve como um alerta sobre os perigos do extremismo e da intolerância, enfatizando a necessidade de diálogo e entendimento entre os povos.

Reflexões sobre a Paz e a Memória Histórica

À medida que o tempo avança, é essencial que as novas gerações compreendam o significado do Dia da Vitória e os horrores da guerra. A educação sobre a Segunda Guerra Mundial e suas consequências é fundamental para evitar que a história se repita. Museus, documentários e livros desempenham um papel crucial na preservação da memória histórica e na promoção de uma cultura de paz.

Conclusão

O Dia da Vitória, celebrado em 8 de maio, é uma data que nos convida a refletir sobre o passado e a valorizar a paz. As comemorações ao redor do mundo, embora variem em forma e intensidade, têm um objetivo comum: honrar aqueles que lutaram e sofreram durante a guerra e garantir que as lições aprendidas não sejam esquecidas. Ao lembrarmos do Dia da Vitória, reafirmamos nosso compromisso com um futuro onde a paz e a compreensão prevaleçam sobre o conflito e a divisão.


Editorial

 

Raízes socioeconômicas do trumpismo - Luiz Gonzaga Belluzzo = Valor Econômico = terça-feira, 6 de maio de 2025

Entusiasmado com favores e poderes da oligarquia, Trump encarregou seus auxiliares de cortar os direitos sociais e econômicos de seus cidadãos em nome da eficiência dos mercados

Avaliado em seus próprios termos e objetivos, o projeto iluminista da Liberdade, Igualdade e Fraternidade está fazendo água diante da alucinante e alucinada competição entre as lideranças contemporâneas e seus asseclas para mergulhar o planeta nos esgotos da barbárie.

O filósofo Fredric Jameson, no livro “A Cultura do Dinheiro”, já advertia no início do milênio: “Os quatro pilares ideológicos, jurídicos e morais do alto capitalismo - constituições, contratos, cidadania e sociedade civil - são, hoje, vadios maltrapilhos, mas sempre lavados, barbeados e vestidos com roupas novas para esconder sua verdadeira situação de penúria”. Não podemos colher outro ensinamento dos embates travados por Donald Trump para tornar a América Grande Outra Vez.

Peço licença aos leitores para retomar considerações a respeito da Grande América, o país que emergiu dos sofrimentos da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial.

O imaginário político predominante no New Deal tinha uma visão progressista acerca do papel a ser exercido pelos Estados Unidos. Em claro antagonismo com as práticas das velhas potências, os EUA - tomando em conta o seu autointeresse de forma esclarecida - se empenharam na reconstrução europeia e apoiaram as lutas pela descolonização.

É oportuno registrar as origens do projeto político, social e econômico que presidiu os avanços do pós-guerra. Discursando no Congresso do Partido Democrata em 1936, Franklin D. Roosevelt denunciou os poderes da oligarquia financeira no controle da sociedade e da economia. “Era natural e talvez humano que os príncipes privilegiados dessa nova dinastia econômica, sedentos por poder, tentem alcançar o controle do próprio Governo. Eles criaram um despotismo e o embrulharam nos vestidos de sanções legais. Em seu serviço, novos mercenários procuraram regimentar o povo, seu trabalho e sua propriedade”.

Esta turma está de volta. Trump, entusiasmado com favores e poderes da oligarquia, encarregou seus auxiliares de cortar os direitos sociais e econômicos de seus cidadãos em nome da eficiência dos mercados.

Daron Acemoglu escreveu no Project Syndicate: “Nos Estados Unidos, o status tornou-se firmemente ligado ao dinheiro e à riqueza durante a Revolução Industrial, e a desigualdade de renda e riqueza disparou como resultado. Embora tenha havido períodos em que a intervenção governamental buscou reverter a tendência, a sociedade americana sempre foi estruturada em torno de uma hierarquia de status íngreme”.

Nos idos de 2018, Martin Wolf, editor do Financial Times, denunciou as manobras de Trump para implodir a ordem mundial. “São características destacadas do comportamento de Trump suas invenções, sua autocomiseração e sua prática da intimidação: os outros, inclusive os aliados históricos, “estão zombando de nós” em relação ao clima ou “nos enganando” em relação ao comércio exterior. A União Europeia, argumenta ele, “foi implantada para tirar proveito dos EUA, certo? Não mais... Esse tempo acabou”.

Trump exprime o declínio dos valores e das ideias que inspiraram os Estados Unidos na construção da chamada ordem mundial do pós-guerra. Terminado o conflito, as forças vitoriosas, democráticas e antifascistas trataram de criar instituições destinadas a impedir a repetição da desordem destrutiva que nascera da rivalidade entre as potências e da economia destravada.

A civilização ocidental, disse Gandhi, teria sido uma boa ideia. Imaginei, santa ingenuidade, que as batalhas do século XX, além do avanço dos direitos sociais e econômicos, tivessem finalmente estendido os direitos civis e políticos, conquistas das “democracias burguesas”, a todos os cidadãos. Mas talvez estejamos numa empreitada verdadeiramente subversiva em seu paradoxo: a construção da República dos Bárbaros. Uma novidade política engendrada nos porões da inventividade contemporânea, regime em que as garantias republicanas recuam diante dos esgares da máquina movida pela “tirania das boas intenções”.

Trump exprime o declínio dos valores e das ideias que inspiraram os EUA na construção da ordem mundial do pós-guerra

Os deserdados da civilidade simulam retidão moral para praticar as brutalidades dos homens de bem. Os direitos individuais e os valores da modernidade são tragados no redemoinho do moralismo particularista e exibicionista dos amorais. Trump exibiu de forma contundente o papel do ultraje pessoal na avacalhação do debate público. A ofensa pessoal desqualificadora usada como argumento e a resposta no mesmo tom são instrumentos da brutalização das consciências.

Perorando diante de uma plateia com algumas milhares de pessoas na terça-feira em Michigan, Trump usou e abusou de sua contundência antirrepublicana e imprecou contra o Judiciário americano, referindo-se a juízes como comunistas. “Não podemos permitir que um punhado de juízes comunistas, de extrema esquerda, obstruam a aplicação de nossas leis e assumam os deveres que pertencem exclusivamente ao presidente dos EUA”, afirmou. “Os juízes estão tentando tirar o poder dado ao presidente para manter nosso país seguro”.

Os projéteis disparados no debate ganharam impulso nos Facebooks, Twitters e Instagrams da vida. Os impropérios lançados das plataformas da arrogância não atingiram apenas os dois debatedores, mas maltrataram impiedosamente os princípios elementares da convivência civilizada. Os tecladistas alcançam a proeza de cometer cinco atentados contra os adversários numa frase de 12 palavras.

Bárbaros do teclado, como Trump e assemelhados, manejam com desembaraço a técnica das oposições binárias, método dominante nas modernas ações e interações entre os participantes das redes. Nos comentários da internet, vai “de vento em popa” o que Herbert Marcuse chamou de “automatização psíquica” dos indivíduos. Os processos conscientes são substituídos por reações imediatas, simplificadoras e simplistas, quase sempre grosseiras, corpóreas.

O que aparece sob a forma farsista de um conflito entre o bem e o mal está objetivado em estruturas que enclausuram e deformam as subjetividades exaltadas. A indignação individualista e os arroubos moralistas são expressões da impotência que, não raro, se metamorfoseia em desvario autoritário.


 

EDITORIAL 2/5

 

Nós ainda estamos aqui –

Eis, acima, a sugestão de Ana Maria Reis como título deste Editorial Valeu!

 

Escândalo: Fraude em contracheques dos velhinhos no INSS! O valor anunciado – R$ 6 bilhões - é extrapolação do total transferido pelo INSS ás Associações de aposentados. O roubo propriamente dito é um valor ainda incerto, dificilmente chegará a R$1 bi, ainda assim, uma vergonha!

 

Querem a verdade? 

 

Aposentados não contam para o mundo político. Falam em trabalhador, jovens, minorias segregadas, empresários, empreendedores, evangélicos, povos originários. Lembram de alguma promessa de alguma candidato voltada a aposentados? Nunca se lembram dos aposentados. Tampouco para idosos. E eles foram os que mais morreram no COVID e os que mais sofrem todo tipo de abandono social e abuso, inclusive por membros da família. Não obstante, De acordo com relatório do INSS, o número de aposentados no Brasil, em 2023, já ultrapassa 37 milhões. Esse crescimento é um reflexo do envelhecimento da população, que, segundo o IBGE, deverá alcançar 41% de pessoas com 60 anos ou mais até 2060. 

 

Outrora, os “vóvovôs” tinham um quartinho no fundo da casa. Hoje, não cabem nos minúsculos apartamentos dos filhos, mantidos com salários miseráveis. Muitos idosos acabam suas vidas na solidão de uma vida obscura e como moradores em situação de rua. Os Conselhos Municipais do Idoso, que deveriam zelas por eles, são piadas, muito longe da estrutura que protege crianças e adolescentes através do ECA e dos Conselhos Tutelares, estes, inclusive, com membros eleitos e remunerados. Conheço municípios que têm albergues para mulheres em situação de risco e até de Centros Comunitários. Raros os que têm uma CASA PARA TERCEIRA IDADE, e quando as têm, não raro, entregam à iniciativa privada para fazerem “bailões vespertinos”. Daí vem à tona esse escândalo das ditas Associações de Aposentados que fraudavam associados para obterem mensalidades retiradas automaticamente dos contra-cheques, com a conivência polpuda de autoridades do INSS. O Presidente da instituição já foi demitido. Alguns diretores, também, já na mira da Polícia Federal, de olhos no invejável patrimônio confiscado. O Ministro da área, sob intensa pressão da Mídia, periclita. Admite, atrasos, que atribui à lentidão da burocracia e afirma que o INSS “não é o botequim da esquina”. Um cara-de-pau, que deu de mão no Partido do Brizola e se eterniza há mais de 20 anos no comando da sigla, usando o Ciro Gomes como moeda de troca.   

 

Voltemos aos aposentados e pensionistas. Alguém , aliás, já pensou que idosos e aposentados têm imensas dificuldades para operar aplicativos? Esse GOV, do Governo Federal para seus servidores, é simplesmente inacessível. Portarias eletrônicas de prédios de classe média em qualquer cidade do país são muito mais eficientes? Como não veem isso? Por que não enviam aos idosos o velho email - ou msg - ? Enfim, particularmente, nada tenho a reclamar nos meus 81 anos. Mas se não fosse filhos, eventuais consultores e amigos, estaria frito. Oxalá , ano que vem, vejamos alguns candidatos que olhem para os idosos pensionistas e aposentados. Eles (ainda) são cidadãos...


EDITORIAL 

 

AS CEM “NOITES” DE TRUMP II NA CASA BRANCA

 

Os dez erros de Trump - Bruno Guigue

 Guerra comercial: Os dez erros de Donald Trump

O Assunto g1 -Trump x Harvard -28 abril 25

Trump x Harvard - O Assunto #1455 | O Assunto | G1

 

O Presidente voltou à Casa Branca, reeleito para um segundo mandato, intercalado pela Presidencia de Biden, no dia 20 de janeiro. A imprensa internacional fala nos seus feitos nos cem primeiros “dias”de Governo. Todas, no mínimo, sombrias. Por isso, prefiro falar nas suas cem primeiras “noites”, nas quais se destacam o desconcertante tarifaço, a pressão sobre imigrantes, muitos levados como prisioneiros para Guantânamo, na base militar que Estados Unidos mantém em Cuba, e para El Salvador e os cortes de verbas públicas para Universidades americanas que não obedeçam exigências absurdas do Boverno. Hoje, reina no Império, um clima de insegurança, inclusive com ataques ao sistema de Justiça, descumprindo determinações judiciais e até levando à prisão uma Juíza. Tudo muito distante dos bons tempos em que todo aquele que estive em solo americano podia dizer o que quisesse, ao amparo da Emenda 01 da sua Constituição. Em consequência, a popularidade de Trump vai caindo, sendo hoje desaprovado por mais da metade dos eleitores. E é preocupante que diversos conhecidos professores estejam abandonando algumas conceituadas Universidades, denunciando o clima autoritário que vai tomando do Governo. 

 

O (in)concebível – Dorrit Harazim - O Globo - domingo, 20 de abril de 2025

 

Segundo pesquisa da revista Nature com 1.600 cientistas nos EUA, 75% declararam estudar a possibilidade de sair do país

 

Semanas atrás, três professores da Universidade Yale — uma das oito instituições privadas que compõem a estelar Ivy League americana — tornaram pública sua mudança para a Munk School of Global Affairs and Public Policy, de Toronto, no Canadá. Em tempos normais, a notícia nem notícia seria, dada a mobilidade inerente ao mundo acadêmico. Só que o filósofo Jason Stanley, o historiador Timothy Snyder e sua mulher Marci Shore, professora de História intelectual europeia, não são nomes quaisquer.

 

Stanley, autor de seis livros — incluindo “Como funciona o fascismo” —, centra sua obra na manipulação emocional da propaganda fascista e nos riscos de uma sociedade ignorar sinais precoces de autoritarismo. Judeu, pai de dois filhos multirraciais (foi casado com a cardiologista negra Njeri K. Thande), ele já sofreu inúmeras ameaças de morte digitais recentes. Por isso decidiu empacotar seu saber e filhos para além do ambiente político opressor instaurado por Donald Trump.

 

— O que é um país? — indaga ele, com resposta pronta: — É a forma pela qual seu povo escolheu se governar. Os Estados Unidos existem porque o povo americano elege aqueles que devem fazer e executar as leis... Mas a lógica atual é a da destruição.

 

Seu colega Snyder é autor, entre outros, do best-seller “Sobre a tirania —Vinte lições do século XX para o presente”. Estudioso da história da Europa Central, União Soviética e Holocausto, Snyder pesquisa o elo que brota no fascismo histórico e desemboca nos tempos atuais. Em todas as obras, ele enfatiza a responsabilidade pessoal e coletiva na construção ou ruína da democracia. Como seu colega de Yale e agora Toronto, tem 55 anos, mas é nascido em família quacre do Meio-Oeste americano. A mãe de seus dois filhos também é de Ohio, e a decisão de se mudar para o Canadá, tomada ainda antes da eleição de Trump, é mais nuançada. Por isso acabou exigindo dele um longo esclarecimento público. Alguns trechos do que publicou no jornal da universidade:

 

— Não saí de Yale em consequência do que Trump está fazendo. Também não estou fugindo de nada. Não mudei devido a ameaças, denúncias, tentativas de violência aleatória por parte de pessoas baixas em cargos altos, nem por alertas de amigos etc. Mas, mesmo que fosse esse o caso, qual o problema de pessoas menos privilegiadas do que eu (e elas são muitas) optarem por sair do país? Alguns já se foram. Outros mais sairão. Devemos apoiá-los e aprender com eles. A função de uma universidade é criar condições de liberdade, e é em função disso que são alvo prioritário de tiranos. Já é possível ver nos Estados Unidos a tentativa, por parte do governo, de alimentar o conformismo e o denuncismo com o propósito de disseminar medo e imbecilidade. 

 

A partida dos três professores de Yale aponta para uma realidade bem mais alarmante. Segundo pesquisa realizada pela revista Nature com 1.600 cientistas em atividade acadêmica nos Estados Unidos, 75% declararam estudar a possibilidade de sair do país domado por Trump. O corte nas verbas para pesquisa, as tentativas de silenciamento da contradita e a repressão à imigração foram citados como principais motivos.

 

Uma das ignomínias dos editos da Casa Branca está em dar roupagem edificante ao autoritarismo rábido das deportações de estudantes e professores: o combate ao antissemitismo. Snyder escreveu dois livros sobre o Holocausto e ensina a história do antissemitismo há décadas.

 

— O governo atual não está combatendo o antissemitismo, está fomentando-o — sustenta ele.

 

Não perceber a falácia permite que o termo se transforme em instrumento político e que as universidades sejam destruídas em nome dessa aberração. Cabe lembrar que nenhum governo americano do pós-guerra teve tantos amigos da extrema direita mundial, da AfD alemã ao camarada Putin.

 

Sempre haverá quem manifeste incômodo com o uso da palavra “fascismo” no contexto da democracia americana. Mas o fascismo pode assumir roupagens diversas, como alertou o vice-presidente de Franklin Roosevelt, Henry Wallace, em ensaio publicado no auge da Segunda Guerra, em 1943.

 

— A luta mundial e secular entre fascismo e democracia não cessará quando a luta terminar na Alemanha e no Japão — escreve.

 

No texto, Wallace cunha a expressão “fascismo americanizado” e explica que o pensar fascista se adapta a momentos e sociedades diversas. Seria fácil identificá-los:

 

— Eles se proclamam superpatriotas, mas estão dispostos a destruir as liberdades constitucionais. Clamam por liberdade de mercado, mas são porta-vozes de interesses e monopólio. Seu objetivo final é a captura do poder político por meio do uso do poder do Estado.

 

Em outras palavras: não existe espaço para inocência num mundo operado por Trump.


 

Editorial 

 

A FRAUDE NO INSS

 

A fraude no INSS, amplamente noticiada, que derrubou o Presidente do órgão, vinculado ao Ministério da Presidência, ocupado por Carlos Lupi, virtual dono do PDT desde a morte de Brizola, em 2004, merece reflexões.

A primeira onda “recente” de escândalo no INSS teve como principal Jorgina de Freitas, já falecida. Roubou milhões, foi condenada, escapou para o exterior mas acabou retornando para cumprir pena. Jorgina ficou famosa por comandar o esquema de desvio de verbas de aposentadoria que ficou conhecido como “escândalo da Previdência”, a maior fraude da história da previdência social do país, descoberta na década de 1990. O prejuízo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) chegou a quase R$ 2 bilhões, segundo a Advocacia-Geral da União.

Já no Governo Lula, outra fraude sobre servidores e aposentados federais emergiu: Os consignados. Fraudavam contratos de consignados que eram lançados na surdina nos contracheques, depositando pequena parcela, supostamente contratada, em conta para disfarçar a fraude. Não houve propriamente escândalo, mas o assunto transpirou na imprensa e , aparentemente, foi superado, ainda que jamais de saiba se os prejudicados, muitos aposentados, tenham sequer tomado conhecimento do assunto.

Agora, a fraude é intermediada por 17n Associações de Aposentados, com a provável conivência de servidores do INSS. Eram subtraídas pequenas mensalidades sobre 20 milhóes de aposentados e pensionistas, a título de contribuição a ditas Associações, num valor médio de R$ 40 reais, que somadas ao longo de vários anos, de 2017 até 2024 teriam totalizado algo entre R$ 6 e R$ 8 bilhões. Este é o valor global das transferências, não exatamente das fraudes, pois ainda não se sabe quais descontos eram efetivamente autorizados e quais foram fraudados. Nestes casos, os descontos eram feitos diretamente no contracheque, sem autorização legal dos interessados. As fichas de inscrição nas respectivas Associações eram simplesmente fraudadas. A primeira medida que o Governo deveria tomar – e ontem já tomou -deveria ser a proibição de DESCONTO AUTOMÁTICO em contracheques. Melhor seria, aliás, não autorizar mais nenhum desconto automático em contracheque, exceção, talvez, a consignados 

Uma das explicações para o sucesso da fraude é que os CONTRA CHEQUES impressos e enviados aos servidores não é mais expedido. Os interessados têm que entrar, pela INTERNET, nos sites do Governo e INSS para acompanhar seus ganhos. Ora, pessoas com mais de 60 anos têm imensa dificuldade para operar INTERNET e não conseguem falar por telefone. Muito difícil, a propósito, entrar no site GOV para acompanhar contra cheque e outras informações funcionais. A cada anos, inclusive, sofre-se para fazer prova de vida num sistema sabidamente ruim. Aposentados, nestes casos, contam com filhos e netos, quando não acabam tendo que sair em busca de algum consultor, para cumprir a exigência da atualização. De resto o modelo de confirmação biométrica do site GOV é horrível, muito pior do que vários outros existentes em portarias de prédios. E não adiante recloamar. Ouvidos moucos não escutam o flagelo dos servidores, sobretudo idosos...

Finalmente, ainda sobre o atual escândalo do INSS, é importante que se perceba que há várias dimensões aí envolvidas. Primeiro , o criminal, a cargo da Policia Federal que apontará o arco de cumplicidades entre Associações , Servidores e Autoridades. Ninguém deve ser poupado. Outro, Administrativo, vez que demonstra a inequívoca incompetência da Direção do órgão, com um Orçamento Anual de R$ 3 trilhões, para gerir estes recursos adequadamente. E aqui, convenhamos, a responsabilidade não é apenas da Direção do , mas se estende ao Ministro ao qual o INSS está subordinado. Bando do incompetentes, no mínimo. Finalmete, a questão Política: O Ministro CARLOS LUPI , tem sob suas axilas, o eterno presidenciável Ciro Gomes, com expressão ainda considerável nas Pesquisas para 2026. Será muito difícil, portanto, a demissão do dono do PDT, num ano pré eleitoral, quando Lula se esforça para manter uma ampla Frente contra o bolsonarismo.


 

Editorial 

 

O (in)concebível - DORRIT HARAZIM - 20/ 4/ 2025

Semanas atrás, três professores da Universidade Yale — uma das oito instituições privadas que compõem a estelar Ivy League americana — tornaram pública sua mudança para a Munk School of Global Affairs and Public Policy, de Toronto, no Canadá. Em tempos normais, a notícia nem notícia seria, dada a mobilidade inerente ao mundo acadêmico. Só que o filósofo Jason Stanley, o historiador Timothy Snyder e sua mulher Marci Shore, professora de História intelectual europeia, não são nomes quaisquer.

Stanley, autor de seis livros — incluindo “Como funciona o fascismo” —, centra sua obra na manipulação emocional da propaganda fascista e nos riscos de uma sociedade ignorar sinais precoces de autoritarismo. Judeu, pai de dois filhos multirraciais (foi casado com a cardiologista negra Njeri K. Thande), ele já sofreu inúmeras ameaças de morte digitais recentes. Por isso decidiu empacotar seu saber e filhos para além do ambiente político opressor instaurado por Donald Trump.

— O que é um país? — indaga ele, com resposta pronta: — É a forma pela qual seu povo escolheu se governar. Os Estados Unidos existem porque o povo americano elege aqueles que devem fazer e executar as leis... Mas a lógica atual é a da destruição.

Seu colega Snyder é autor, entre outros, do best-seller “Sobre a tirania —Vinte lições do século XX para o presente”. Estudioso da história da Europa Central, União Soviética e Holocausto, Snyder pesquisa o elo que brota no fascismo histórico e desemboca nos tempos atuais. Em todas as obras, ele enfatiza a responsabilidade pessoal e coletiva na construção ou ruína da democracia. Como seu colega de Yale e agora Toronto, tem 55 anos, mas é nascido em família quacre do Meio-Oeste americano. A mãe de seus dois filhos também é de Ohio, e a decisão de se mudar para o Canadá, tomada ainda antes da eleição de Trump, é mais nuançada. Por isso acabou exigindo dele um longo esclarecimento público. Alguns trechos do que publicou no jornal da universidade:

— Não saí de Yale em consequência do que Trump está fazendo. Também não estou fugindo de nada. Não mudei devido a ameaças, denúncias, tentativas de violência aleatória por parte de pessoas baixas em cargos altos, nem por alertas de amigos etc. Mas, mesmo que fosse esse o caso, qual o problema de pessoas menos privilegiadas do que eu (e elas são muitas) optarem por sair do país? Alguns já se foram. Outros mais sairão. Devemos apoiá-los e aprender com eles. A função de uma universidade é criar condições de liberdade, e é em função disso que são alvo prioritário de tiranos. Já é possível ver nos Estados Unidos a tentativa, por parte do governo, de alimentar o conformismo e o denuncismo com o propósito de disseminar medo e imbecilidade.

A partida dos três professores de Yale aponta para uma realidade bem mais alarmante. Segundo pesquisa realizada pela revista Nature com 1.600 cientistas em atividade acadêmica nos Estados Unidos, 75% declararam estudar a possibilidade de sair do país domado por Trump. O corte nas verbas para pesquisa, as tentativas de silenciamento da contradita e a repressão à imigração foram citados como principais motivos.

Uma das ignomínias dos editos da Casa Branca está em dar roupagem edificante ao autoritarismo rábido das deportações de estudantes e professores: o combate ao antissemitismo. Snyder escreveu dois livros sobre o Holocausto e ensina a história do antissemitismo há décadas.

— O governo atual não está combatendo o antissemitismo, está fomentando-o — sustenta ele.

Não perceber a falácia permite que o termo se transforme em instrumento político e que as universidades sejam destruídas em nome dessa aberração. Cabe lembrar que nenhum governo americano do pós-guerra teve tantos amigos da extrema direita mundial, da AfD alemã ao camarada Putin.

Sempre haverá quem manifeste incômodo com o uso da palavra “fascismo” no contexto da democracia americana. Mas o fascismo pode assumir roupagens diversas, como alertou o vice-presidente de Franklin Roosevelt, Henry Wallace, em ensaio publicado no auge da Segunda Guerra, em 1943.

— A luta mundial e secular entre fascismo e democracia não cessará quando a luta terminar na Alemanha e no Japão — escreve.

No texto,Wallace cunha a expressão “fascismo americanizado” e explica que o pensar fascista se adapta a momentos e sociedades diversas. Seria fácil identificá-los:

— Eles se proclamam superpatriotas, mas estão dispostos a destruir as liberdades constitucionais. Clamam por liberdade de mercado, mas são porta-vozes de interesses e monopólio. Seu objetivo final é a captura do poder político por meio do uso do poder do Estado.

Em outras palavras: não existe espaço para inocência num mundo operado por Trump.


EDITORIAL 

 

O MUNDO CHORA A MORTE DO PAPA FRANCISCO

 

Morre Francisco, o primeiro papa latino-americano, de hábitos simples, que lutou para mudar a Igreja Católica devolvendo-a aos ensinamentos de Cristo. Foi eleito em 2013 e logo em seguida veio ao Brasil, em sua primeira viagem pontifical, para o Encontro Mundial da Juventude, quando conquistou o coração dos brasileiros Sua sucessão ainda é uma incógnita, embora predomine a opinião de que deverá se eleito, para contrabalançar o caráter “revolucionário” de Francisco, um papa mais moderado. Lembremo-nos que a BOA NOVA de Cristo foi a disseminação do perdão, como corolário do Amor a toda a humanidade e fundamento da PAZ entre os homens. Oremos, pois, mesmo aqueles que não sabem rezar ou que, por qualquer razão, não simpatizavam com Francisco. E esperemos, dentro de uns 15 dias a abertura do CONCLAVE que reunirá 135 cardeais, a maioria indicados por Francisco, entre os quais 7 brasileiros. Deles ouviremos depois de algumas semanas o sonoro HABEMUS PAPAM.

Anexos:

Solon Saldanha - VIRTUALIDADES

O mundo perdeu hoje uma das suas maiores lideranças, tanto religiosa quanto política. Faleceu o Papa Francisco, o primeiro latino-americano a alcançar a liderança dos 1,4 bilhão de católicos que se estima existirem no planeta hoje em dia – 17,7% da população total. Homem simples e humilde, soube conquistar o respeito da maioria daqueles que não professam a mesma fé, mas entendem o quanto foi importante para a busca do entendimento, do convívio pacífico entre os povos. Ele foi um progressista que compreendeu e acolheu minorias, um defensor da liberdade e um combatente das desigualdades sociais. Leia o texto em postagem extra de virtualidades.blog. Basta clicar sobre a imagem ou no link abaixo: - https://wp.me/p1jFYb-2IL 

 

E.J. Dionne Jr.: “Francisco evitou as armadilhas da realeza, incluindo os apartamentos papais. Seus hábitos favoreciam a simplicidade. Ele era conhecido por tratar os funcionários do Vaticano mais como colegas de trabalho do que como funcionários. O seu objetivo, disse ele, era ‘uma igreja pobre para os pobres’ — uma que esteja ‘machucada, magoada e suja porque esteve nas ruas’. ‘Se você entender que pregar um Deus de misericórdia é fundamental para o seu ministério’, disse o escritor católico Michael Sean Winters, ‘todo o resto se encaixa’”. (Washington Post)

 

Catherine Pepinster: “Francisco era um papa que não queria nada da pompa de um papado. Mas também havia substância subjacente a isto. A sua preocupação pelos mais afetados pelas dificuldades econômicas, pela guerra e pela política, e pela onda de refugiados que varre a Europa e a América, foi acompanhada pela sua empatia pelos que foram desenraizados pela crise climática. A sua preocupação com o planeta — o que ele chamou de “nossa casa comum” — estava enraizada na reverência pela criação de Deus. A sua encíclica ou documento de ensino mais radical, o Laudato si’, foi publicada em 2015, apresentando razões científicas e teológicas para proteger o planeta do colapso climático. Ele costumava dar uma cópia aos visitantes — incluindo Trump, em 2017”. (Guardian)

 

John J. Miller: “Quando Francisco morreu, o mundo perdeu a sua voz mais poderosa em favor dos nascituros. O lado que normalmente apoia o direito ao aborto irá ignorar ou minimizar a firme oposição do papa a eles. O lado que geralmente se opõe ao aborto não lhe dará crédito suficiente pela sua posição intransigente. Isso porque as opiniões de Francisco perturbaram as narrativas fáceis de cada lado, quer fosse Francisco, o reformador liberal, quer fosse Francisco, a ameaça à ortodoxia. No entanto, ele falou abertamente e muitas vezes com ousadia sobre o aborto. ‘Um aborto é um homicídio... Mata um ser humano’, disse ele no ano passado, falando a jornalistas num voo da Bélgica para Roma. Depois recorreu a uma metáfora sombria que já tinha usado antes: ‘Os médicos que fazem isso são assassinos de aluguel’. Finalmente, para garantir, ele acrescentou: ‘Sobre isso não há debate’”. (Boston Globe)

 

Francisco Borba Ribeiro Neto: “O fato é que a renovação iniciada por Francisco permanece uma grande tarefa incompleta. Algo natural numa instituição milenar. Será ainda necessário muito tempo para que o caminho trilhado por Francisco se consolide. Tal consolidação será a principal tarefa de seu sucessor. Mas em que ela implica? Ouvindo as demandas ditas progressistas, tornar a Igreja cada vez mais acolhedora, que proclame o perdão e defenda os mais frágeis. Por outro lado, o crescimento no mundo todo de movimentos conservadores, sejam político-culturais ou religiosos, mostra que também se deve atender a um anseio por ortodoxia doutrinal e fortalecimento da espiritualidade tradicional”. (Estadão)

 

Morre Papa Francisco, o reformista da Igreja Católica - Por O Globo

Pontífice argentino aumentou punição contra pedofilia, assinou primeira encíclica ambiental da História e criticou isolamento do Vaticano

 

Eram 20h12 de 13 de março de 2013 quando o argentino Jorge Mario Bergoglio apareceu na sacada central da Basílica de São Pedro, provocando o grito da multidão que, uma hora antes, viu a fumaça branca da Capela Sistina anunciar a eleição do novo líder da Igreja Católica. Bergoglio, o Papa Francisco, não demorou a mostrar ao mundo como era devoto de brincadeiras: “Vocês sabem que o dever de um conclave é dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscar-me quase até no fim do mundo.” E veio de Buenos Aires o religioso que, nos 12 anos seguintes, agitou a Cúria levando aos holofotes temas como a defesa do meio ambiente, a punição à corrupção no Vaticano e à pedofilia, além de abrir espaço para a discussão da ordenação de mulheres e homens casados. Francisco morreu hoje, aos 88 anos, por problemas pulmonares.

 

— Caríssimos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico o falecimento do nosso Santo Padre Francisco. Às 07h35 desta manhã (02h35 em Brasília), o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai — anunciou o cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Câmara Apostólica, em um anúncio na Casa Santa Marta. — Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do senhor e da sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino.

 

Democracia Política e novo Reformismo: Morre Papa Francisco, o reformista da Igreja Católica

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 06:23:00


Editorial CULTURAL FM -Torres RS – www.culturalfm875.com

DIA DA VOZ 

Deixemo-nos levar pelo espírito da Páscoa, ou Pessach, segundo os judeus, e que significa “Travessia”: O longo caminho de 40 anos de um povo em busca da Terra Prometida. Na tradição cristã, é a consagração de uma nova voz que iluminaria o naturalismo helenístico, abrindo na Era da Boa Nova, o advento do perdão nos interstícios do diálogo. Para nós, simples mortais, a identidade da espécie: Aquele que fala. Com efeito, na vastidão da biodiversidade que recobre como fina camada vital o inanimado planeta, somos o homo comunicans e, graças a isso, inventamos a civilização. Diziam, inclusive, os antigos, que a escrita nada mais era do que o prolongamento da voz dos mortos. A eternização da palavra. Enfim, muitas recomendações poderiam ser feitas, neste Dia da Voz, sobre como educá-la.e preservá-la para uma boa fala durante a vida inteira. Mas prefiro escolher um “case”. Ocorreu-me há muito tempo, quando achava que já sabia tudo sobre as implicações da voz com a consciência. Ei-lo

Morava eu isolado no interior de Goiás, preocupado com os gambás que se haviam instalado no forro da minha casa, quando, numa tarde quente e ensolarada de agosto, recebo a visita de um amigo, Newton Rossi, alma poética, mineiro de Ouro Fino, figura célebre em Brasília por ter sido durante décadas Presidente da Federação do Comércio. Trazia-me ele, para conhecimento, um oriental de magreza preocupante, mas de olhos vivos e gestos precisos: Dr. Jonk Suk Yum, criador de um movimento denominado Unibiótica.

Dr. Jonk Suk Yum, médico coreano radicado no Brasil, desde 1976, fundou a Unibiótica que teve sua origem no estudo de cerca de 8.000 volumes de medicina, tanto oriental como ocidental compreendendo 18 grandes métodos de tratamento e 362 técnicas de cura.

Essa ciência traz resultados surpreendentes para quem a pratica, e não tem contra indicação, todos podem praticar! 

Abaixo coloquei um link com um depoimento pessoal do próprio Dr. Yum onde ele conta um pouco sobre a sua vida e como nasceu a Unibiótica. Vale a pena ler!

Depoimento – Dr. Yum – Vida e missão

http://unibiotica.wordpress.com/dr-yum/

 

Depois de tomarmos o cafezinho regulamentar, conversamos sobre o dia e a noite no cerrado naqueles dias de seca, quando, surpreendemente, suas belas flores despontam. Newton me disse a que vinha:

- Timm, o Dr. Yum tem um livro – pronto , sublinhou – e precisa de um brasileiro como co-autor, pois assim terá mais aceitação do público. Te recomendei.

Era a primeira vez na vida que recebia algo escrito “de presente”. Escrevinhador inveterado, eu, geralmente, era o solicitado para fazer requerimentos, cartas, ações nos Tribunais de Pequenas Causas, discursos de políticos ou simplesmente trabalhos de classe. Estranhei, mas indaguei do que se tratava..

- Dr. Timm, falou o Yum, eis aqui – e me passou um calhamaço xerocado que ainda guardo – minhas reflexões sobre a “Voz de Deus” e a “Voz do Homem”. Falou sem parar durante meia hora, explicando o que era uma coisa e o que era outra. Retive apenas que a primeira se referia aos ensinamentos sagrados, imutáveis , objeto da Razão Pura de Kant, enquanto a segunda, seria a do aprendizado humano. Eu ia encaixando tudo no meu modelito como um caso de Vox Populi , Vox Dei, até dar-me conta que ele falava outra coisa: A voz do homem não era a reverberação da Voz maiúscula de Deus. Era mais forte!

Ôpa, pensei comigo! Mais um para o pavilhão ...

Fez-se, então um curto silêncio, entreolhamo-nos, mas o Dr. Yum, que muito me impressionara, mostrava-se inquieto até que, direta e repentinamente, me perguntou se eu subscreveria o manuscrito como co-autor. Respondi-lhe,, respeitosamente, que precisava ler os manuscritos e que dentro de alguns dias lhe daria uma resposta. Começava a me desagradar a aparente impaciência do visitante ilustre.. Mas vá lá! Ia ver. Aí, o pacifico Dr. Yum interveio com determinação e disse que eu deveria decidir imediatamente, mesmo sem ler. Reagi, isto não faria nunca. De-ci-di-da-men-te!, disse-lhe, um pouco contrafeito. A conversa, então, congelou. Meu amigo Newton o arrastou para fora, depois de nos despedirmos friamente e eu fiquei com os manuscritos, que li naquele mesmo dia. Interessantissimo. Com uma ou outra ressalva teria passado para a História como seu co-autor. Conto-vos do que se tratava e aí a ligação com o Dia da Voz. Ele procurava demonstrar que a Voz de Deus é a voz milenar dos livros religiosos, que tem na India um lugar primordial, e a do Homem, o resultado da sua própria consciência, aí identificando a China como sua pátria de excelência. Tendo nestes anos lido mais sobre Confúcio e a China, hoje me dou conta do que ele queria dizer: Os chineses não têm religião, têm códigos morais úteis na indução de açõe Uma verdade prática, Voltarão a ser os Senhores do Meio...

Por via das dúvidas, e para registro da data, narro o caso e encerro. Vá o feito!


 

EDITORIAL 10/4/25

 

Participação do Presidente da República na IX Cúpula da CELAC, em Honduras - Publicado em 08/04/2025 

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O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participoui, em 9 de abril, da IX Cúpula da CELAC, em Tegucigalpa, Honduras. O evento contou com a presença de representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe, bem como de delegados de organismos internacionais e de parceiros extrarregionais da Comunidade convidados pela presidência hondurenha.

A CELAC constitui o único mecanismo de diálogo e de concertação que reúne todos os países em desenvolvimento do continente americano.

A participação do Presidente Lula na Cúpula de Tegucigalpa reforça o compromisso do Estado brasileiro com a integração latino-americana e caribenha, conforme previsto na Constituição de 1988.

Por ocasião da Cúpula, os países membros da CELAC passarão em revista os trabalhos realizados em 2024 e o conjunto de iniciativas a serem implementadas ao longo de 2025, com destaque para o Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da CELAC 2030 (Plano SAN-CELAC 2030) e o Fundo de Adaptação Climática e Reposta Integral a Desastres Naturais (FACRID) da Comunidade. Além disso, refletirão sobre a conjuntura internacional, os desafios conjuntos que afetam a região e as oportunidades existentes para os países e povos latino-americanos e caribenhos.

Leia a íntegra do discurso do Presidente Lula no CELAC dia 9/IV/25

“A América Latina e o Caribe enfrentam hoje um dos momentos mais críticos de sua história.

Percorremos um longo caminho para consolidar nossos ideais de emancipação.

Abolimos a escravidão, superamos as ditaduras militares, mas seguimos convivendo com a exclusão social, a fome e a miséria.

Só recentemente passamos a valorizar nossos povos originários.

A ingerência de velhas e novas potências foi e é uma sombra perene ao longo desse processo.

Agora, nossa autonomia está novamente em xeque.

Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região.

A liberdade e a autodeterminação são as primeiras vítimas de um mundo sem regras multilateralmente acordadas.

Migrantes são criminalizados e deportados sob condições degradantes.

Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços.

A história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores.

Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão do globo entre superpotências.

O momento exige que deixemos as diferenças de lado.

É preciso resgatar o espírito plural e pragmático que nos uniu no início dos anos 2000 e que levou à criação da UNASUL e da própria CELAC.

Outras regiões se preparam para responder às transformações em curso.

Acabo de voltar da Ásia, onde testemunhei a pujança da ASEAN.

A União Europeia está se reorganizando para fazer frente à crise da OTAN e às medidas comerciais unilaterais.

A União Africana formulou visão comum de desenvolvimento para as próximas quatro décadas.

É imperativo que a América Latina e o Caribe redefinam seu lugar na nova ordem global que se descortina.

Nossa inserção internacional não deve se orientar apenas por interesses defensivos.

Precisamos de um programa de ação estruturado em torno de três temas que demandam ação coletiva.

O primeiro deles é a defesa da democracia.

Nenhum país pode impor seu sistema político a outro.

Mas foi nos períodos democráticos que o Brasil mais avançou na superação de seus desafios sociais e econômicos.

Assistimos nos últimos anos à erosão da confiança na política, o que abriu espaço para projetos autoritários.

A desinformação, o ódio e o extremismo se disseminam nas plataformas virtuais, deturpando e deformando a liberdade de expressão.

Negacionistas desprezam a ciência e a cultura e atacam até as universidades.

Indivíduos e empresas poderosas, que se consideram acima da lei, investem contra a soberania de nossos países.

É trágico que tentativas de golpe de Estado voltem a fazer parte do nosso cotidiano.

Nossos países só estarão seguros se forem capazes de erradicar a fome, gerar bem-estar e garantir oportunidades para todos.

Em linha com o Plano de Segurança Alimentar e Nutricional da CELAC, o Brasil lançou, em sua presidência do G20, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Convidamos todos a se somarem à iniciativa, que começará seus trabalhos com projetos no Haiti e na República Dominicana.

O segundo tema que demanda atuação conjunta é a mudança do clima.

O último relatório do IPCC descreve a América Latina e o Caribe como uma das regiões mais vulneráveis do planeta.

Os riscos de colapso da Floresta Amazônica e de degelo da Antártida são pontos de não-retorno que colocam em xeque nossa sobrevivência.

A elevação do nível do mar representa ameaça existencial para as ilhas caribenhas e zonas costeiras.

A COP30, em pleno coração da Amazônia, não será apenas a COP do Brasil, mas de toda a América Latina e Caribe.

Precisamos exigir dos países ricos metas de redução de emissões alinhadas ao Acordo de Paris e de financiamento à altura das necessidades da transição justa.

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que lançaremos em Belém permitirá que nações que preservam sua cobertura florestal sejam remuneradas por esse esforço.

Somos berço de imensa biodiversidade e fonte abundante de energias renováveis, incluindo importantes reservas de minerais críticos, que precisam estar a serviço do nosso desenvolvimento.

A cooperação energética na América Latina e Caribe não é apenas um imperativo ambiental, mas também uma necessidade estratégica e uma oportunidade econômica.

O terceiro tema de interesse comum é nossa integração econômica e comercial.

Quanto mais fortes e unidas estiverem nossas economias, mais protegidos estaremos contra ações unilaterais.

Em 2023, o comércio entre países da América Latina e Caribe correspondeu a apenas 14% das exportações da região.

O volume de comércio anual que o Brasil mantém com os países da CELAC é de 86 bilhões de dólares, maior do que temos com os Estados Unidos e próximo do que possuímos com a União Europeia.

Precisamos promover o comércio regional de bens e serviços, sua diversificação e crescente facilitação.

Para ampliar nosso intercâmbio, meu governo está determinado a reativar o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da ALADI e a expandir o Sistema de Pagamentos em Moeda Local. Integrar redes de transporte, energia e telecomunicações reduz distâncias, diminui custos e incentiva sinergias entre cadeias produtivas.

O Brasil vem impulsionando cinco Rotas de Integração Sul-Americana, que vão unir o Caribe, o Atlântico e o Pacífico.

Fortalecer as instituições financeiras regionais, como a CAF, o Banco de Desenvolvimento do Caribe e o Fonplata, é fundamental para garantir que esses projetos saiam do papel.

Terei prazer em receber os líderes caribenhos em Brasília, no mês de junho, para aprofundar esse debate na segunda Cúpula Brasil-Caribe.

Também atuaremos na presidência brasileira do Mercosul para assinar o acordo com a União Europeia e estreitar os laços com os países centro-americanos.

Nossa integração é uma tarefa inadiável, que não deve ficar à mercê de divergências ideológicas.

Por isso, é chegada a hora de enfrentar o debate sobre a regra do consenso.

Mesmo que reconheçamos seu mérito de forjar convergências, é inegável que hoje ela tem gerado mais paralisia do que unidade, transformando-se em verdadeiro direito de veto.

As inúmeras notas de rodapé incluídas em declarações recentes mostram que a expectativa de uniformidade é irrealista.

Existem exemplos em outras regiões nos quais podemos nos inspirar.

Para analisar essa questão, sugiro a constituição de um grupo de trabalho que possa apresentar recomendações até a próxima Cúpula.

Senhoras e senhores,

O mundo ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial.

Não queremos guerras nem genocídio. Precisamos de paz, desenvolvimento e livre-comércio.

Manter a América Latina e o Caribe como uma zona de paz significa trabalhar para que o uso da força não se sobreponha à resolução pacífica de conflitos.

O multilateralismo é abalado cada vez que silenciamos ante as ameaças à soberania dos países da região.

Não podemos nos omitir em face do embargo a Cuba, das sanções contra a Venezuela ou do caos social no Haiti.

É essencial recuperar nossa tradição regional de respeito ao asilo diplomático.

A CELAC pode contribuir para resgatar a credibilidade da ONU elegendo a primeira mulher Secretária-Geral da organização.

Companheiras e companheiros,

Quero agradecer à nossa companheira Xiomara Castro por liderar a CELAC num ano especialmente desafiador para o mundo e para a região.

Desejo ao companheiro Gustavo Petro muito sucesso na condução da CELAC no próximo período.

Saúdo também a decisão do meu amigo Yamandú Orsi de assumir a presidência da CELAC em 2026.

Só posso dizer para vocês: contem com o Brasil para seguir construindo nossa Pátria Grande.

Muito obrigado.”


EDITORIAL 

 

Anistia: bolsonaristas pressionam por urgência

 

Como afirma o Jornal O POVO, do Ceará

“A consciência democrática e as instituições não podem deixar impunes aqueles que atentaram com o Estado Democrático de Direito

Depois do ato no Rio de Janeiro, que reuniu 18 mil pessoas, os bolsonaristas fizeram nova manifestação no domingo passado, em São Paulo. A principal reivindicação dos manifestantes é a anistia aos participantes do ataque e depredação da sede dos três poderes, em 8 de janeiro de 2023, com benefícios para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Duas mil pessoas são investigadas e 371 (até janeiro) já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.

Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o ato teve a participação de 45 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap, que usa critérios científicos para calcular multidões. Em Fortaleza, houve uma manifestação reunindo um pequeno grupo de pessoas.

Por que anistia para golpistas é inconstitucional - Lenio Luiz Streck* - O Globo = Que é proibido anistiar a quem comete crime de golpe de Estado já foi percebido na Argentina, pelos tribunais e pela doutrina

O Globo

Que é proibido anistiar a quem comete crime de golpe de Estado já foi percebido na Argentina, pelos tribunais e pela doutrina

Está em discussão a concessão de anistia aos condenados e acusados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. A pergunta de 1 milhão de leis é: se aprovada, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode declarar a lei anistiante como inconstitucional?

A resposta é afirmativa. Por vários motivos. Em primeiro lugar, há que rejeitar argumentos (existem muitos divulgados na mídia) de que uma lei de anistia não seria inconstitucional porque a Constituição Federal (CF) não a proíbe. Esse parece ser o principal argumento a favor da tese da anistia. Trata-se de uma tese que no Direito chamamos de textualista, pela qual “o que a Constituição não proíbe, permite”. Isso quer dizer que o legislador, toda vez que a CF não estabelecer o contrário ou não disser algo sobre o tema, poderia aprovar qualquer tipo de lei. Ora, pensar assim é fazer pouco-caso da Constituição. É pensar que a CF é uma espécie de simples código.

Um exemplo singelo derruba os argumentos textualistas. Se uma lei proíbe cães no parque, um textualista — que defende a constitucionalidade de uma lei de anistia aos golpistas — por certo responderia que “a lei não proíbe ursos”. Logo, são permitidos. Pior ainda: por certo o textualista dirá que, proibidos cães, o cão-guia do cego está impedido de transitar no parque. Essa é a melhor maneira de saber o conceito de “interpretação textualista”.

Em segundo lugar, temos o precedente Daniel Silveira. Não era proibido expressamente pela Constituição que o presidente Jair Bolsonaro concedesse indulto. Mas o STF, baseado em forte doutrina e na interpretação sistemática, entendeu que o ato contrariou a Constituição. Nesse precedente (ADPF 964), já se vê a pista da inconstitucionalidade de eventual lei anistiando golpistas. Há uma passagem em que se lê:

— Indulto que pretende atentar, insuflar e incentivar a desobediência a decisões do Poder Judiciário é indulto atentatório a uma cláusula pétrea prevista no art. 60 da CF.

Isso é o que se chama “proibição implícita”. Igualzinha à vedação de ursos. Não precisa ser dito. Está implícita a proibição. Chama-se a isso de hermenêutica da função da lei.

Que é proibido anistiar a quem comete crime de golpe de Estado já foi percebido na Argentina, pelos tribunais e pela doutrina (Bidart Campos). Por aqui, setores do Direito tentam aplicar uma espécie de “textualismo seletivo”.

Ainda sobre o “precedente Daniel Silveira”, consta no acórdão, no voto do ministro Alexandre de Moraes:

— Seria possível o STF aceitar indulto coletivo para todos aqueles que eventualmente vierem a ser condenados pelos atos de 8 de janeiro, atentados contra a própria democracia, contra a própria Constituição?

E a resposta:

— Obviamente que não. Isso está implícito na Constituição.

Aliás, no caso Silveira, o STF usa mais de 40 vezes a tese de que há vedações implícitas na Constituição ao direito de anistia e indulto.

No nosso exemplo, parece óbvio que, proibidos cães, ursos não são permitidos. E por quê? Porque onde está escrito cães, leia-se “animais perigosos”. E onde está escrito democracia e Estado Democrático de Direito, leia-se “ninguém pode usar a democracia contra si mesma”. Nenhuma Constituição admitirá perdão (indulto, anistia) para quem atenta contra o Estado Democrático. Tudo porque a Constituição não é um oximoro. Não dá para “contentar-se de contentamento”. Na poesia, dá; no Direito, não!

*Lenio Luiz Streck é jurista, professor e advogado

ANEXO 

A anistia está nas mãos do Centrão - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo - Pressão da Paulista, do PL e em inglês fajuto? Que nada! Quem decide a anistia é o Centrão

Num domingo muito especial, Donald Trump, presidente da (ainda) maior potência, deliciava-se com o derretimento do multilateralismo, do comércio e das bolsas mundo afora, considerando tudo isso como “coisa linda de se ver”, enquanto Jair Bolsonaro, ex-presidente da maior economia da América Latina, lia com o jeitão dele um papelzinho em inglês ridicularizando a prisão de “Popcorn and ice cream sellers” que vandalizaram os três Poderes no fatídico 8/1.

O ato da Avenida Paulista, marcado para defender o projeto de anistia aos paus-mandados do 8/1, virou o que já se esperava: pró-Bolsonaro e uma demonstração de força dele na direita, com perto de 45 mil presenças, o dobro do que ele reuniu na Praia de Copacabana, mas só um quarto do que exibiu na mesma Paulista em fevereiro de 2024. Um copo meio cheio, meio vazio.

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EDITORIAL 7/4/25:

 

Como a América pode acabar tornando a China grande novamente

‘Make America Great Again’ de Trump está pressionando líderes chineses a corrigir seus piores erros econômicos e criando oportunidades para redesenhar o mapa geopolítico da Ásia em favor da China

Por The Economist – Revista Reino Unido - 04/04/2025

 

Enquanto Donald Trump lança uma saraivada de tarifas e seu governo fala sobre a força de suas alianças militares na Ásia, pode-se pensar que estes são tempos de ansiedade no país que os Estados Unidos veem como seu principal adversário. Na verdade, nossas reportagens de Pequim revelam um quadro bem diferente. O MAGA (Make America Great Again) está pressionando os líderes chineses a corrigir seus piores erros econômicos. Também está criando oportunidades para redesenhar o mapa geopolítico da Ásia em favor da China.

O país asiático se saiu mal no discurso de Trump no Rose Garden. Contando a nova taxa de 34%, mais as taxas que já existiam, o total sobe para 65% — e um pouco mais se você incluir a remoção perturbadora de uma isenção tarifária para pequenos pacotes. Considerando que as exportações ainda representam cerca de 20% do PIB, como em 2017, isso prejudicará a economia da China. A tática da China de redirecionar as cadeias de produção de suas empresas por meio de países como o Vietnã para contornar as tarifas funcionará menos bem agora que os Estados Unidos estão erguendo barreiras globalmente.

A guerra comercial ocorre em um momento em que a China continua lutando contra a deflação, o colapso imobiliário e a demografia desanimadora. Nos últimos cinco anos, o Partido Comunista negligenciou o consumo fraco e adotou um estatismo imprudente que restringiu o setor privado. A China exportou seu excesso de capacidade, inundando o mundo com mercadorias, e promoveu um chauvinismo espinhoso que perturba os aliados dos Estados Unidos na Ásia e na Europa.

Apesar de tudo isso, a China entra na nova era do MAGA mais forte do que no primeiro mandato de Trump. Há muito tempo, o presidente Xi Jinping argumenta que os Estados Unidos estão muito polarizados e sobrecarregados para sustentar seu papel global. Um de seus slogans adverte sobre “grandes mudanças nunca vistas em um século”. Seu nacionalismo paranoico costumava parecer uma hipérbole distópica. Agora que Trump está cometendo tamanha autoflagelação e destruição geral, ele parece estar à frente de seu tempo.

Xi vem se preparando para o mundo caótico de hoje desde que se tornou líder da China em 2012. Ele pediu autossuficiência econômica e tecnológica para seu país. A China reduziu sua vulnerabilidade às restrições americanas, como sanções e controles de exportação. Embora seus bancos ainda precisem ter acesso a dólares, atualmente a maioria dos pagamentos internacionais não bancários é feita em yuan.

A economia doméstica da China tem pontos fortes não reconhecidos. A concorrência e a adoção da tecnologia fazem com que suas empresas industriais derrotem os rivais ocidentais em tudo, desde veículos elétricos até a “economia de baixa altitude”, ou seja, drones e táxis voadores. Visto da China, as tarifas de Trump condenarão Detroit à obsolescência no estilo dos anos 1970, assim como sua cruzada contra as universidades atrasará a inovação.

Um exemplo da promessa da China é o DeepSeek, visto como um sinal de que o país pode inovar em relação aos embargos de semicondutores dos Estados Unidos. O partido se sente confortável com a IA desenvolvida internamente, e isso poderia permitir que a tecnologia se difundisse pela China mais rapidamente do que no Ocidente, aumentando a produtividade. Isso e os sinais de que Xi pode ter se tornado mais tolerante com os empreendedores ajudam a explicar por que o índice MSCI de ações chinesas aumentou 15% em 2025, mesmo com a queda das ações americanas.

Quatro anos após o estouro da bolha, os imóveis estão finalmente se tornando um obstáculo menor para o crescimento. Em algumas cidades, incluindo Xangai e Nanjing, os preços até começaram a subir. O partido também tomou medidas tardias para estimular o consumo. Os governos locais podem se refinanciar com 6 trilhões de yuans (US$ 830 bilhões) de novos títulos ao longo de três anos e outros 4,4 trilhões de títulos “especiais” este ano. Parte do dinheiro extra será destinada às famílias.

Para aproveitar todas as oportunidades econômicas, o partido precisa parar de perseguir o setor privado. Até mesmo os autocratas leninistas da China percebem que a repressão à “prosperidade comum” contra os empreendedores, iniciada em 2021, foi longe demais. Embora algumas autoridades zelosas ainda não tenham entendido a mensagem, Li Qiang, vice de Xi, usou um discurso em 23 de março para elogiar os “dragões” de Hangzhou, a capital da inovação da China.

A economia também precisará de mais estímulos para impulsionar o consumo e de esforços mais determinados para estabilizar o mercado imobiliário, que ainda pesa sobre a confiança das famílias. O consumo extra também beneficiaria as relações chinesas no exterior, ajudando a absorver a capacidade excedente. À medida que os Estados Unidos levantam muros, a China terá a chance de redefinir as relações comerciais em todo o mundo, oferecendo-se para investir na fabricação em países parceiros em vez de inundá-los com exportações.

Essas oportunidades econômicas estão lado a lado com uma oportunidade geopolítica. A política americana para a China é assustadoramente obscura. Os falcões do governo insistem que, ao se afastar da Europa, os Estados Unidos estão liberando recursos para conter a China. No entanto, Trump admira Xi e enviou um aliado, o senador Steve Daines, a Pequim para tentar chegar a um acordo. Em seu primeiro mandato, Trump fechou um acordo comercial com a China; agora ele quer pechinchar sobre o TikTok.

A China está apostando que a conversa do MAGA sobre um acordo “Kissinger reverso”, com os Estados Unidos afastando a Rússia da China, é bobagem. E o protecionismo trumpiano, o abuso de aliados e a indiferença aos direitos humanos são um repúdio aos valores americanos: o farol do mundo livre agora parece caprichoso e perigoso. Xi não tem a intenção de preencher o vácuo deixado pelo Tio Sam, mas ele tem a chance de expandir a influência da China, especialmente no sul global. Se, além de disseminar tecnologias limpas, a China se tornar mais ousada na redução de emissões em seu próprio país, ela poderá demonstrar liderança em relação às mudanças climáticas.

O desdém de Trump pela Otan e pela Ucrânia corroeu a confiança em seu compromisso com os aliados asiáticos e a disposição de lutar por Taiwan. Se os Estados Unidos fabricarem mais de seus próprios semicondutores avançados, seu incentivo para defender Taiwan diminuirá. Esse é um presente para Xi.

Ainda assim, há perigos à frente para a China. Uma guerra comercial poderia desencadear uma recessão global. Se Trump não conseguir chegar a um acordo com o governo de Pequim, ele poderá atacar com moedas e impor mais sanções. A China ainda pode envenenar as relações com o resto do mundo, praticando dumping nas exportações. O fato de ela aproveitar esse momento depende de um homem: Xi. Mas o fato de a oportunidade existir se deve muito a outro: Trump


 

EDITORIAL 4/4/25

 

Como um clássico da Sessão da Tarde está sendo associado ao tarifaço de Trump e ao risco de uma crise econômica - Como um clássico da Sessão da Tarde está sendo associado ao tarifaço de Trump e ao risco de uma crise econômica | Mundo | G1

Em cena de 'Curtindo a Vida Adoidado', professor dá aula entediante sobre lei protecionista que aumentou tarifas americanas e aprofundou a Grande Depressão dos anos 1930.

Por Daniel Médici, g1 - 03/04/2025 18h07  

Reproduzir vídeo- Como um clássico da Sessão da Tarde está sendo associado ao tarifaço de Trump e ao risco de uma crise econômica | Mundo | G1

O que cena de 'Curtindo a Vida Adoidado' tem a ver com tarifaço de Trump

O que a decisão de Trump de aplicar tarifas em produtos de outros países tem a ver com um filme da Sessão da Tarde?

Nesta quinta-feira (3), alguns usuários de redes sociais buscaram em um clássico dos anos 1980 as respostas para os riscos do "tarifaço" do republicano. Eles desenterraram uma cena de "Curtindo a Vida Adoidado" na qual um professor explica uma lei similar que aprofundou a Grande Depressão, crise econômica que marcou os EUA nos anos 1930.

• Trump anuncia tarifas recíprocas para 185 países; confira a lista

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Trump anunciou, na quarta-feira, que os EUA cobrarão 10% de todas as importações feitas do Brasil — outros países enfrentarão uma tributação ainda maior. O presidente americano disse que o conjunto de tarifas vai "libertar" o país de produtos estrangeiros, fortalecendo sua indústria.

Enquanto os mercados responderam a Trump com bolsas em queda, a internet respondeu com memes. Foi então que algumas contas recuperaram uma cena de "Curtindo a Vida Adoidado", longa-metragem de 1986.

"Será que Trump nunca assistiu 'Curtindo a Vida Adoidado'?", questionou um usuário, ao postar uma cena do filme.

Trecho de 'Curtindo a Vida Adoidado', agora relacionado ao tarifaço de Trump — Foto: Reprodução

No trecho um professor dá uma aula sobre a Lei Smoot–Hawley para uma plateia de alunos entediados. Apesar de suas tentativas de arrancar alguma interação, os estudantes permanecem calados durante a explicação.

"Em 1930, a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, em um esforço para aliviar os efeitos da... alguém?, o projeto de tarifa, o Ato Tarifário de Hawley-Smoot, que... alguém? Aumentou ou reduziu? Aumentou as tarifas, na tentativa de arrecadar mais receita para o governo federal", explica o professor, em tom monocórdio.

"Funcionou? Alguém? Sabem os efeitos?", ele prossegue. "Não funcionou ,e os Estados Unidos afundaram ainda mais na Grande Depressão."

É do tédio da escola que o protagonista do filme, Ferris Bueller, interpretado por Matthew Broderick, tenta escapar. A trama do filme gira em torno do desejo de Bueller, sua namorada e seu melhor amigo aproveitarem um dia de sol em Chicago.

A obra é uma das mais famosas de John Hughes (1950-2009), que escreveu e dirigiu alguns dos principais filmes juvenis da época, como "O Clube dos Cinco" e "Esqueceram de Mim".

O que é a Lei Smoot–Hawley

A Lei Smoot-Hawley foi uma lei adotada para proteger fazendeiros e indústrias americanas pouco após o início da Grande Depressão, iniciada após o colapso da Bolsa de Valores em 1929.

Trump tem um objetivo parecido: ao aumentar as tarifas de produtos importados, ele visa fazer com que os produtos americanos sejam mais competitivos para os consumidores dos EUA, impulsionando a indústria e a agricultura locais, bem como incentivando corporações a transferir sua cadeia produtiva para o país.

Especialistas argumentam, porém, que levará anos para que as tarifas produzam os efeitos desejados, como reacender a indústria dos EUA, alterar as cadeias de suprimentos e trazer a produção para casa.

Enquanto isso não acontece, os consumidores americanos provavelmente verão preços mais altos, a economia pode entrar em crise e os aliados colocarão seus próprios impostos sobre produtos americanos — efeitos que Trump chamou de "perturbação", mas que os eleitores podem não estar dispostos a aceitar nas eleições de meio de mandato do ano que vem.

Economistas, assim como o professor de "Curtindo a Vida Adoidado", afirmam também que a Lei Smoot-Hawley, em vez de impulsionar o mercado local, aprofundou e espalhou a crise. Parceiros comerciais dos EUA rapidamente adotaram terifas recíprocas, afetando profundamente o comércio internacional, que desabou 66% entre 1929 e 1934.

 

Trump anuncia tarifas recíprocas — Foto: REUTERS/Carlos Barria

"O que é certo é que a Lei Smoot-Hawley não fez nada para promover a cooperação entre as nações, seja no âmbito econômico ou político, durante uma era perigosa nas relações internacionais", diz o site de história americana do Departamento de Estado dos EUA.

Mais cedo nesta semana, Trump defendeu sua política tarifária, afirmando que a própria crise de 1929 foi um resultado do fim abrupto das taxas a produtos estreangeiros nos anos 1920. A fala do presidente foi fortemente criticada pelo artigo de capa da revista "The Economist" desta semana.

"Quase tudo o que o Sr. Trump disse nesta semana — sobre história, economia e tecnicalidades do comércio — foi completamente ilusório. Sua leitura da história está de cabeça para baixo. Ele há muito glorifica a era de tarifas altas e impostos de renda baixos do final do século 19. Na verdade, os melhores estudos mostram que as tarifas impediam a economia naquela época", diz a revista.

"Ele agora acrescentou a afirmação bizarra de que o levantamento de tarifas causou a Depressão da década de 1930 e que as tarifas Smoot-Hawley chegaram tarde demais para contornar a situação. A realidade é que as tarifas tornaram a Depressão muito pior, assim como prejudicarão todas as economias hoje. Foram as meticulosas rodadas de negociações comerciais nos 80 anos subsequentes que reduziram as tarifas e ajudaram a aumentar a prosperidade."

A conclusão é parecida com a descrição do próprio site do Departamento de Estado: "Até hoje, a expressão 'Smoot-Hawley' continua sendo uma palavra de ordem para alertar sobre os perigos do protecionismo."


 

Editorial 3/4/25

 

Trump declara Guerra Comercial com anúncio de “Tarifaço” 

O "Tarifaço de Trump" refere-se às tarifas impostas pelo PRESidente dos EUA, Donald Trump, que começaram logo após sua posse, foram suspensas e ontem foram novamente decretadas abrangendo produtos do mundo inteiro, sobretudo países asiá%3


ARQUIVOS DA COLUNA PAULO TIMM

                                                                       

 

  Coluna Paulo Timm

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  EDITORIAL MAIO

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 Editorial Cultural FM Torres RS Janeiro 2024


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 Editorial Cultural FM Torres Novembro 2023


Editorial Cultural FM Outubro 2023

 


 

 Editorial 

Janeiro 2025

 Orgulho nacional e autoestima: modelo Trump – 

Pedro Malan - O Estado de S. Paulo

 

Pela primeira vez na História a desordem mundial é provocada e incentivada pelo governo da maior potência econômica e militar do planeta

 

“O orgulho nacional é, para os países, o que a autoestima é para os indivíduos: uma condição necessária para o autoaperfeiçoamento. Orgulho nacional excessivo pode produzir belicosidades e aventuras externas, excessiva autoestima pode produzir arrogância.” A frase foi escrita por Richard Rorty a propósito de seu país, os EUA.

Em meu artigo mais recente para este espaço, comentei os três elementos fundamentais do modus operandi trumpista: fazer ameaças, alcançar acordos (propiciados pelas ameaças), e declarar vitória, sempre. Em menos de 20 dias do início do segundo mandato de Donald Trump, esse tripé vem se confirmando, para perplexidade e inquietação generalizadas do mundo, a indicar claramente quão mais turbulento será o quadriênio 2025-2028. Trump decididamente já mostrou que é portador de excessiva e indiscriminada belicosidade, e não menos excessiva arrogância, diariamente explicitadas nas mídias sociais e em improvisos variados.

Pela primeira vez na História a desordem mundial é provocada e incentivada pelo governo da maior potência econômica e militar do planeta. O que disse Trump nos últimos dias sobre o futuro de Gaza e dos seus mais de 2 milhões de habitantes mostra que seu húbris (arrogância) desconhece limites. A confiança, mesmo entre tradicionais aliados, não deixará de sofrer abalos.

É verdade que Henry Kissinger, logo no início de seu indispensável livro World Order, alerta que uma ordem mundial verdadeiramente global nunca existiu: “No truly global ‘world order’ has ever existed”. O que passa por “ordem” em nosso tempo, nota o autor, foi concebido na Europa Ocidental há quase quatro séculos com o “Tratado de Westfália”, que pôs fim a 30 anos de guerra (1618 a 1648) na qual quase um quarto da população da Europa central morreu devido a combates, doenças ou fome. O tratado promoveu uma acomodação pragmática: uma multiplicidade de unidades políticas, muitas aderindo a filosofias e práticas religiosas contraditórias, e desprovidas de poder suficiente para derrotar ou subjugar as demais, cedeu lugar a um sistema de Estados independentes. Em que foram refreados impulsos de intervenção nas questões domésticas de outros Estados, e mantidas em xeque as ambições de cada um através de um geral “equilíbrio de poder”. No qual cada Estado tinha poder soberano no âmbito de seu espaço territorial, cuja integridade haveria de ser preservada pelos demais.

Os negociadores da paz de Westfália não imaginaram que estavam a lançar as fundações de um sistema que viria a ser globalmente aplicável. Kissinger concluiu, após examinar múltiplos conceitos de “ordem”, que os princípios westfalianos constituem ainda hoje a única base geralmente reconhecida do que seria uma ordem global. Por isso foram inscritos, mais de 300 anos depois, na Carta das Nações Unidas (junho de 1945), segundo a qual “a Organização é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros”. A Carta prevê também, ora vejam, que “todos os membros deverão abster-se nas suas relações internacionais da ameaça ou do uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado”.

Trump foi legitimamente eleito, e de forma avassaladora. Ao longo da campanha, deixou claro o que faria, nos fronts externo e doméstico. Em ambos, encontrará resistências. No front externo, vale registrar a serenidade e compostura demonstradas pela presidente do México, Claudia Sheinbaum, e por Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, em suas primeiras respostas à decisão de Trump de elevar em 25% as tarifas sobre suas exportações para os EUA. Exemplos a serem seguidos.

Quanto ao front interno, escreveu um juiz federal norteamericano anos atrás: “Presidents are not kings”, portanto estão sujeitos a filtros, freios, pesos e contrapesos de uma sociedade democrática. Que inclui um Partido Democrata que tem de entender o porquê de sua fragorosa derrota, de preferência antes das eleições para a Câmara dos Deputados em 2026.

Kenneth Arrow escreveu: “A maior parte dos indivíduos subestima a incerteza. Enormes danos têm se seguido à crença na certeza, seja em inevitabilidades históricas, seja em posições extremas sobre política econômica”. Vale para os Estados Unidos, vale para o Brasil, vale para qualquer país em qualquer época. Na mesma linha de Rorty, citado na abertura deste artigo, Raymond Aron recomendava que espectadores engajados deveriam evitar excessos, tanto de entusiasmo quanto de indignação. E Eduardo Giannetti, que os “dois gumes da lâmina” contivessem os excessos, seja de otimismo, seja de pessimismo.

Todos – Rorty, Aron e Giannetti – tinham em mente a necessidade de evitar polarizações excessivas que impedissem a busca de convergências possíveis. Que sempre existem, tanto em questões de política doméstica quanto nas relações internacionais de um país. O que precisamos hoje é que as políticas – as domésticas e a externa – se tornem menos um discurso sobre o verdadeiro, o falso e o fictício; e mais um debate sobre quais esperanças permitir a nós mesmos e quais abandonar. Como Dante em Inferno, Canto III.


Editorial 

 Em busca do propósito da vida - Cláudio Carraly

 

A busca pelo propósito é uma jornada que ecoa através dos tempos e culturas, uma odisseia intrínseca à condição humana, desde o alvorecer mais remoto da história, contemplamos a razão de existir, procurando significado em um universo aparentemente vasto e indiferente, o chamado “propósito” é como uma estrela distante, uma luz guia que cintila no horizonte do desconhecido, convidando-nos a explorar as profundezas do nosso ser e a desvendar os mistérios da vida.

Encontrar o propósito é uma jornada repleta de desafios e questionamentos, muitos de nós nos encontramos perdidos em um labirinto de possibilidades, em busca de um fio condutor que dê sentido às nossas vidas repletas de imensos vazios, sim, estamos cheios de nos sentir vazios. Nossa psique é um oceano de emoções, pensamentos e impulsos, navegar por suas profundezas requer autoconhecimento e coragem para enfrentar nossos medos e inseguranças, e por muitas vezes o que buscamos se esconde nas camadas mais profundas da nossa alma, aguardando para ser descoberto através da introspecção, reflexão e da autoaceitação.

Vivemos em uma sociedade que muitas vezes impõe expectativas e normas irreais e que rotineiramente vibram em dissonância com nosso verdadeiro eu, a pressão para seguir uma carreira lucrativa, manter um determinado padrão de vida ou cumprir com papéis sociais pré-definidos pode desviar-nos do caminho em direção ao nosso propósito autêntico, impelindo-nos a uma busca incessante por validação externa em detrimento da nossa própria felicidade e realização pessoal.

O vazio da existência é uma sombra que paira sobre muitos de nós, uma sensação de que a vida é efêmera e de que nossas ações são insignificantes diante da vastidão do universo, esse medo pode nos levar a questionar o sentido de tudo que existe, inclusive os conceitos mais básicos como realidade e completude, levando a busca desesperada por significado para preencher a lacuna que sentimos dia a dia, e a sensação crescente de perda de tempo e falta de objetivo, só piora nossa condição mental.

Encontrar propósito requer um mergulho bem profundo em autoconhecimento e partir disso na autodescoberta, essas premissas são quase lugares-comuns, o que não é será o fato que a grande maioria das pessoas não consegue atingir esses, é preciso sintonizar-se com a nossa intuição, ouvir a voz interna que costumamos abafar, àquela que sussurra, quando não grita nossas verdadeiras paixões. O caminho a seguir muitas vezes se revela nos signos diários do cotidiano, nos pequenos momentos de conexão genuína com os outros e com o mundo ao nosso redor. A chave está em aprender a confiar em nossa bússola interna e seguir o caminho que ressoa com a nossa essência mais profunda, leia os sinais, eles estão em todo lugar.

O propósito não é um destino a ser alcançado, mas sim uma jornada de crescimento e constante transformação, é importante lembrar que a existência em si é uma epopeia cheia de altos e baixos, curvas inesperadas e obstáculos aparentemente insuperáveis, cada experiência ao longo da trajetória é uma oportunidade de aprendizado e crescimento, por vezes felizes e doces outras, dolorosos e tristes, mas geralmente apenas enfadonhas e repetitivos, mas ensinando lições valiosas sobre quem somos e qual é o nosso lugar no mundo e qual nossa tarefa a cumprir nele. Mas aqui vai à resposta final que tanto buscamos, o que é o verdadeiro propósito da vida? Esse reside na jornada em si, sim, está na trilha, no trajeto, no caminho, sei que é um pouco anticlimático, chegando a ser insignificante, mas lamento é isso mesmo, o caminho trilhado é seu verdadeiro proposito.

Assim como no céu noturno, cada pessoa possui sua própria constelação única de propósitos e significados, o que traz sentido à vida de uma pessoa pode não ter o mesmo impacto na vida de outra, algumas pessoas encontram significado na arte, na criatividade e na expressão pessoal, enquanto outras encontram propósito na busca pelo conhecimento, na conexão com a natureza ou no auxílio ao próximo. Não há uma resposta individualizada para a questão, ao contrário, há uma infinidade de estrelas brilhantes pontilhando o céu da existência, cada uma oferecendo uma luz única e inspiradora, e olhar para àquela que melhor pontei sua trilha e seguir como os marinheiros seguiam o cruzeiro do sul ou a estrela polar. 

A busca é uma jornada sem fim, em uma infinidade de termos e recomeços, uma exploração da condição humana, à medida que navegamos pelas tramas da existência, somos desafiados a confrontar nossos medos, descobrir nossas vilanias, abraçar nossas virtudes e ao final revelar nossa essência, aí temos o sumo do nosso eu, e sabendo quem somos fica fácil saber o que viemos fazer aqui. Que possamos continuar a buscar nossos propósitos individuais, guiados pela luz emanada do nosso ser interior, e que cada passo nos aproxime um pouco mais da nossa verdadeira essência, que nossas jornadas sejam repletas de significado, conexão e autenticidade, que possamos encontrar paz e realização no caminho que escolhemos percorrer.

Sabemos o quão desafiador pode ser sentir-se perdido ou questionar o propósito da existência, para muitos, essas vírgulas existenciais surgem da necessidade de encontrar razão para estar aqui e agora, de sentir que poderíamos fazer mais, melhorar as coisas conforme se apresentam. São essas pessoas que impulsionam a busca por uma vida mais significativa, que traçam o caminho, vigilantes, para que outros não se percam. Lembremos sempre que toda grande caminhada começa com um simples passo, e que, ao abraçarmos nossas jornadas com coragem e autenticidade, podemos encontrar não apenas nosso propósito, mas também a plenitude e alegria que tanto almejamos, e por vezes elas são bem mais simples que pensamos.

*Cláudio Carraly. Advogado, ex-secretário executivo de Direitos Humanos de Pernambuco

Democracia Política e novo Reformismo: Em busca do propósito da vida - Cláudio Carraly


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AO MESTRE DOS PAJADORES, Jaime Caetano Braun

                                         Carlos R. Hahn

Foi num trinta de janeiro

No distrito da Bossoroca

Que Deus no pampa coloca

Pra ser na Terra luzeiro

Com seu verso altaneiro

Em décima espinela

Um poeta que revela

No seu dom de pajador

Como se fosse um pintor

Seus versos numa tela

Com sua paleta de cores

Fez paisagens missioneiras

Retratou as lidas campeiras

Com todos os seus sabores

Pôs borboletas nas flores

Acendeu o fogo-de-chão

Bem no meio do galpão

E na tarde em arremate

Sentou pra sorver um mate

Para buscar mais inspiração

Inspiração que não faltava

A esse mestre do verso

Pois todo o universo

De poesia transpirava

Quando Don Jayme pintava

Já no seguinte instante

De pronto, no soflagrante

Em redondilha maior

Lapidava o artista mor

ANEXOS

Hoje, 30 de janeiro comemoramos o Dia do Pajador Gaúcho. A comemoração é uma homenagem ao poeta e payador missioneiro Jayme Guilherme Caetano Braun, que nasceu em 30 de janeiro de 1924, na Fazenda Santa Catarina, situada na localidade de Timbaúva, na época 3º distrito de São Luiz Gonzaga, hoje município de Bossoroca.

Raízes - Bing Vídeos    

Noel Guarani em Homenagem a J.C. Braun - Bing Vídeos

J.C.Braun – documentário -0 JAIME CAETANO BRAUN documentario - Pesquisar Imagens


 

Editorial

 

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O triunfo da razão, por r Sérgio Alves | jan 24, 2025 - O triunfo da razão | Revista
Será? Penso, logo, duvido.
Hjalmar Schacht
Revendo trecho da pesquisa que ensejou meu livro O Estado do Líder (2024),
encontrei diversas referências sobre a ambígua interação entre liderança carismática e
autoridades de órgãos estatais. Dentre essas, ressalto a dúbia relação entre um
político demagogo e um renomado economista do primeiro escalão do seu governo,
em circunstâncias marcadas por incertezas e imprevisibilidades. Especificamente,
descrevo a trajetória de Hjalmar Schacht na Alemanha hitlerista por refletir com nitidez
a incontornável tensão nesse tipo de relacionamento. 
Após quatro anos de êxitos econômicos do governo nacional-socialista, iniciado em
1933, a Alemanha mergulha em uma crise no câmbio, em meio ao desequilíbrio fiscal,
à escassez de alimentos, e com a inflação saindo do controle. Por conta disso, o
conceituado financista H. Schacht, presidente do Banco Central (1933-39) e ministro
da Economia (1934-37), sentencia que o país não pode bancar, simultaneamente,
“armas e manteiga”. Essa avaliação crítica evidenciou desacordos entre as diretrizes
econômicas e a agenda do Plano Quadrienal de Rearmamento, sob a coordenação de
H. Goering, ministro da Aviação e tido como a segunda maior autoridade na hierarquia
governamental, apenas abaixo do Führer (Adolf Hitler). Cabia a Goering a
responsabilidade de coordenar uma imensa estrutura ad hoc voltada para a produção
acelerada de material bélico e de construções militares. Os contínuos e vultosos
gastos requeridos para esse propósito provocavam embates frequentes e negociações
intermináveis entre as equipes desses dois ministros. A consequência dessa
inconciliável disputa foi a decisão de Hitler em destituir o banqueiro do ministério da
Economia. 
Em janeiro de 1938, o jornalista W. Funk, ex-chefe do comitê de política econômica do
partido nacional-socialista, é nomeado para o ministério. Mas Schacht permanece
como presidente do Banco Central. No final desse ano a economia alemã registra uma
despesa com rearmamento da ordem de um terço do orçamento e um déficit fiscal
acendendo de maneira assustadora. Então, mais uma vez, Schacht expressa a sua
contrariedade com o desequilíbrio das contas públicas, enviando uma enérgica carta
ao Führer em que condena as desenfreadas despesas governamentais, o que poderia
provocar uma explosão inflacionária. Diante dessas ponderações críticas, Hitler
resolve designar o ministro da Economia Funk para assumir cumulativamente a
presidência do Banco Central. Entretanto, devido à respeitabilidade que Schacht

desfrutava nos meios financeiros internacionais, era importante a sua continuidade no
gabinete ministerial, a despeito de sua posição reticente em relação ao nazismo. Ele
não recusa permanecer no governo, na condição de ministro sem pasta.
Importa lembrar que, nos anos vinte e antes da hegemonia do partido nazista, Schacht
havia participado de uma exitosa e criativa reforma monetária que, em 1923, levou a
Alemanha a conviver com duas moedas – ideia essa que inspirou parcialmente a
concepção do nosso bem-sucedido Plano Real.  O controle da hiperinflação alemã foi
decisivo para o aumento da credibilidade e do prestígio de Schacht, culminando com
sua nomeação naquele ano à presidência do Banco Central, o que lhe propiciou
condições para negociar créditos internacionais e investimentos estrangeiros para a
Alemanha. O período de 1925-28 é de relativa prosperidade para o país, que passa
por um distensionamento político e no âmbito internacional vem a integrar a Liga das
Nações. Por discordar do rumo das negociações sobre o pagamento das dívidas
externas, em 1930, Schacht abdica do cargo de presidente do Banco. Em meados do
ano seguinte a crise econômica mundial atinge profundamente a Alemanha.
Instituições financeiras e inúmeras empresas pedem concordata ou entram em
falência, e há o colapso de reservas em moeda estrangeira no país. O cenário
econômico, em 1932, é devastador: a produção nacional tem vertiginosa queda, as
dívidas interna e externa ficam fora de controle, o desemprego dispara e o sistema
bancário perde liquidez. Na esfera política, o partido nazista torna-se a maior força do
parlamento. No ano seguinte, é inevitável que Hitler seja alçado ao cargo de primeiro-
ministro. 
Ele governaria por seis anos, com paz na Europa. A partir de 1939, porém, o regime
hitlerista passa a articular o esforço da guerra de conquistas territoriais com a
obtenção de novos recursos e a geração de receitas para diminuir o déficit
orçamentário. Nesse sentido, quadros técnicos dos ministérios do setor econômico-
financeiro e do Banco Central precisavam decidir conjuntamente sobre rotinas e
procedimentos para calcular taxas diversas, efetivar cobranças e recolher tributos nos
países subjugados, além de elaborar certidões de créditos de guerra e operar políticas
de câmbio, entre outras tarefas. Algumas entidades passaram por uma reestruturação
administrativa que incluía o gerenciamento geograficamente descentralizado. Para
tanto, o Banco Central designou funcionários para atuar junto aos bancos
correspondentes em países ocupados. Com o suporte da estrutura policial e
paramilitar, era também procedida a expropriação de bens e o confisco de
propriedades das minorias judaicas nos territórios desses países. Em um segundo
momento foi imposto o trabalho escravo e realizada pilhagens de populações inteiras,
culminando com as execuções massivas nos campos de extermínio. O
Terceiro Reich achava ter encontrado na própria guerra um meio para financiá-la. Isto
é, a guerra alimentando a guerra vinha a ser um princípio relevante para o
expansionismo germânico. 
No final de janeiro de 1943, o ministro sem pasta Schacht pede para sair da fragilizada
estrutura burocrática profissional do Estado do Führer. Dias depois, em 2 de fevereiro,
a máquina de guerra alemã é derrotada pelas forças armadas soviéticas na gigantesca
batalha de Stalingrado, marcando o início do irreversível declínio do totalitarismo
nazista. Em julho do ano seguinte, Schacht é acusado de ter participado do grupo de
conspiradores, na chamada Operação Walkyria, que atentaram contra vida de Hitler
por meio da explosão de uma bomba. Foi detido pela Gestapo, três dias após o
atentado, e aprisionado em um campo de concentração até ser libertado por tropas
americanas no final da guerra. Terminado o conflito europeu, inicia-se o processo de

desnazificação da Alemanha e o julgamento das principais autoridades
do Reich hitlerista. Schacht está entre os vinte e um réus no Tribunal Internacional de
Nuremberg, mas foi um dos quatro julgados inocentes. 
Ao fim e ao cabo, razão e objetividade prevaleceram sobre paixão e fanatismo. Como
assinala Max Weber, o domínio carismático é efêmero e, inexoravelmente, cede lugar
à duradoura estabilidade da estrutura burocrática. Com efeito, o triunfo da vontade
do Führer se fez valer por doze anos, tempo desprezível em termos históricos, não
obstante as suas abomináveis consequências. Muito embora tenha ocorrido há
dezenas de anos, este caso singular ainda pode suscitar insights para compreender a
contraveniente relação entre o voluntarismo de um governante populista e a
racionalidade funcional de um dirigente técnico-especializado da burocracia estatal.

 


 

 O que diz a Mídia sobre Trump – O GLOBO, VALOR, FSP

Trump fará mal ao planeta - O Globo - Efeitos nefastos do novo mandato se estenderão do clima à geopolítica, da economia à regulação da tecnologia

Ninguém pode se dizer surpreso com as primeiras medidas tomadas por Donald Trump ao assumir a Presidência dos Estados Unidos. Elas refletem tudo o que ele repetiu ao longo da campanha que o levou de volta à Casa Branca e, por absurdas que sejam, se alinham com o desejo dos eleitores americanos. Não quer dizer que sejam menos preocupantes ou menos assustadoras. Vistas no conjunto, representam retrocesso em diversas áreas — do clima à geopolítica, da economia à tecnologia. A colonização de Marte prometida por Trump é para lá de incerta, mas o Planeta Terra certamente ficará pior com ele no poder.

Na política externa, há uma contradição entre o Trump que se proclama “pacificador e unificador” e o Trump que pretende retomar o Canal do Panamá, nutre pretensões sobre Groenlândia e Canadá e quer mudar o nome do Golfo do México. De um lado, ele foi essencial na negociação para libertar reféns do Hamas — fato que suscitou aplauso unânime na posse. De outro, ameaça a China e fala em investir nas “Forças Armadas mais fortes de que o mundo tem notícia”. Qual Trump prevalecerá, o bélico ou o pacifista?

Se no aspecto militar pode haver dúvida, no econômico não há nenhuma. Trump abraçou a agenda mercantilista que tenta proteger a indústria local por meio de tarifas, enxerga déficits externos como problemas e considera o comércio internacional um jogo de soma zero. Promessas populistas — como a revisão no sistema tarifário para “beneficiar famílias americanas” ou exigir das agências federais que trabalhem para “derrotar a inflação” — são equívocos que, uma vez postos em prática, cobrarão seu preço em termos de crescimento e produtividade. Terão o efeito contrário ao desejado.

Mais grave é o incentivo que, sob o pretexto de preservar empregos americanos, Trump pretende dar à exploração de petróleo e gás e à indústria baseada no motor a combustão. O corte dos estímulos à transição energética introduzidos por Joe Biden e a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris representam um recuo na agenda ambiental de consequências gravíssimas. Sem o compromisso do governo americano para reduzir emissões dos gases de efeito estufa, os danos das mudanças climáticas já em curso se agravarão.

Outro retrocesso previsível se dará na regulação das redes sociais. Não foi coincidência a presença dos líderes das maiores plataformas digitais na primeira fileira da plateia da posse. Trump cedeu aos apelos daqueles que, disfarçados de defensores da liberdade de expressão e da inovação, se recusam a assumir responsabilidade pelos danos que causam. O decreto revogando as precauções adotadas pelo governo Biden na inteligência artificial foi um primeiro sinal preocupante.

São um recuo civilizatório as medidas para desmantelar políticas de diversidade e inclusão, em especial as relativas à comunidade LGBTQIA+. E foi um absurdo oportunista o perdão aos insurretos que invadiram o Capitólio para tentar mantê-lo no poder.

Como esperado, Trump concentrou energia nas medidas de restrição à imigração ilegal. Parte delas traduz seu impulso populista — a deportação de milhões é um mistério de ordem prática. Outra parte enfrentará obstáculos na Justiça — como revogar a cidadania dos nascidos em solo americano. As turbulências jurídicas e políticas do primeiro mandato de Trump poderão parecer pequenas ante o que está por vir.

 

Trump inaugura governo com desafios à ordem global- Valor Econômico - Presidente americano passa a impressão de que tudo pode, mas a realidade é bem diferente

Donald Trump voltou à Presidência dos Estados Unidos com a energia recomposta por uma reviravolta política inesperada da política americana. A experiência, porém, nem sempre conduz à moderação ou à sabedoria, e Trump imediatamente assinou decretos que, se forem executados como concebidos, prometem arrematar a obra de destruição da ordem internacional construída pelos EUA, iniciada no primeiro mandato. “America first”, termo no discurso de posse, é um cognome para o isolacionismo reativo - os interesses do governo americano não poderão mais ser contrariados, sejam quais forem.

A lista de medidas é variada e abrangente, a maior parte delas instruções para que os departamentos do governo reúnam dados que comprovem teses trumpistas. As tarifas não foram nem por um minuto esquecidas. Ele disse que provavelmente em fevereiro taxará em 25% produtos mexicanos e canadenses, com os quais tem um acordo comercial, já modificado em seu primeiro mandato por exigência sua. A primazia de os parceiros inaugurarem a lista de punições diz o suficiente sobre o que Trump pensa sobre tratados comerciais - nada valem se não forem totalmente convenientes aos EUA. Trump ignora tarifas comuns e mobilidade de mão de obra - objetivos fundamentais de qualquer acordo comercial - e ainda determinou emergência na fronteira do México para conter a imigração, com o auxílio de tropas.

O estilo “transacional” do presidente se revela em outra medida inesperada, que atende à aliança com os bilionários das big techs, pressionados em todo o mundo e que acorreram a uma aliança com Trump para tentar impedir todas as regulações que lhes sejam prejudiciais na arena internacional. Trump determinou que as agências do governo colham dados, visando medidas retaliatórias, dos países que cobrem impostos “extraterritoriais” das multinacionais americanas. Esse é o núcleo do pacto global feito pelos países da OCDE em 2021, para uniformizar taxação mínima a multinacionais de qualquer setor e país que se abriguem em paraísos fiscais para pagar menos tributos. A Receita brasileira se prepara para cobrar o imposto mínimo, cuja arrecadação em 2025 está estimada em R$ 7 bilhões.

Determinar objetivos políticos para discriminações comerciais tende a provocar o caos no comércio global, embora a prática exista há tempos, de forma dissimulada. Trump tarifou aço e alumínio de seus aliados com base em ameaças à segurança nacional. Trump paralisou a OMC em seu primeiro mandato, e o democrata Joe Biden nada fez para ressuscitá-la. Agora prepara o longo inverno da organização com tarifas discriminatórias arbitrárias baseadas no puro poder econômico do maior mercado do mundo.

Os EUA se retirarão do Acordo de Paris novamente, em grande estilo. O presidente decretou emergência energética, cujo objetivo deve ser a eliminação de todas as restrições colocadas pelo “extremismo climático” para a exploração de combustíveis fósseis. A agenda verde de Biden será dizimada, a começar pelos subsídios aos carros elétricos, com consequências extensivas à maior parte das energias alternativas. Trump justificou a necessidade com o álibi de baixar a inflação, causada, para ele, por gastos públicos exagerados e pela explosão do custo energético. Para os gastos públicos, criou um Departamento de Eficiência Governamental a cargo do homem mais rico do mundo, Elon Musk, que começou a fazer cálculos e já diminuiu a economia prevista pela metade, para US$ 1 trilhão - com forte viés de baixa.

A receita de tarifas mais altas e corte de impostos é inflacionária e encontra a economia americana em boa forma. Juros descerão com menor velocidade e o dólar fará a mesma coisa, para cima. Trump quer reduzir à base de ultimatos o déficit comercial, mas suas medidas tendem a diminuir a competitividade americana. Talvez isso não faça muita diferença em seu mundo isolado onde, ao que parece, o que importa é produzir localmente. E, ao apelar para impostos de importação sobre todas as mercadorias, com fins de arrecadação, ele pode atrasar o desenvolvimento tecnológico do país, elevar preços e acumular fracassos na área fiscal.

Além da paranoia sobre “milhões de criminosos” que serão deportados, Trump fará uma varredura, por seus próprios critérios, em países que têm “controles deficientes” sobre migração. Tanto nesse ponto, quanto no da “global tax” e em muitos outros, o Brasil poderá ser alvo de uma disputa mesmo sem antagonizar os EUA, disposição agora explícita do presidente Lula. Como todos os países, o Brasil pode ser vítima do torvelinho “transacional” das exigências americanas.

Trump tem de fazer tudo rápido porque seu mandato tende a se esgotar em dois anos. Há divergência em sua equipe sobre timing, magnitude e alvos de tarifas e, com a exígua margem republicana na Câmara e no Senado, defecções serão fatais. Trump e Musk tentaram eliminar o limite para a dívida do Estado - algo estranho para quem busca eficiência governamental - e foram derrotados por revolta de republicanos fiscalistas. Trump passa a impressão de que tudo pode, mas a realidade é bem diferente.

Ao deixar Acordo de Paris, Trump ameaça a COP de Belém - Folha de S. Paulo - Dano pode ser mais diplomático que físico; EUA já vêm reduzindo emissões, mas dão pretexto para inação de demais países

Um exemplo cabal do conflito ideológico nos Estados Unidos está no vaivém de seu governo quanto ao Acordo de Paris. Em 2017, no primeiro mandato, Donald Trump retirou o país do tratado. Em 2021, Joe Biden retornou, mas o presidente ora reempossado volta a abandonar o acordo.

A defecção da nação mais poderosa do mundo abre flanco pernicioso na já claudicante negociação para conter o aquecimento da atmosfera e aumenta o pessimismo com resultados na próxima cúpula do clima, a COP30 a realizar-se em Belém (PA).

O dano ao processo poderá ser mais diplomático que físico. Afinal, a economia dos EUA já observa trajetória de redução de emissões de carbono que o voluntarismo de Trump pode até frear ou, mais dificilmente, reverter. Dará, contudo, pretexto para outros 194 signatários continuarem a nada resolver.

Não que a contribuição americana para agravar a crise do clima seja pequena. Os EUA são o segundo maior poluidor mundial, com produção anual de 4,9 bilhões de toneladas equivalentes de CO2 (GtCO2eq, medida que reduz a denominador comum todos os gases do efeito estufa).

Isso corresponde a 13% do total emitido no planeta e a uma das maiores taxas per capita, de 14 toneladas a cada ano. A campeã absoluta, China, emite 12,7 GtCO2eq, 33% em termos globais, mas no cálculo por habitante fica aquém (9 toneladas).

Do Rio (1992) a Paris (2015), as tratativas se basearam no princípio de que países desenvolvidos fariam esforço maior para diminuir o impacto do aquecimento. Por isso a China só se comprometeu com atingir um pico de carbono antes de 2030 e então começar a reduzir emissões para alcançar neutralidade até 2060.

Os EUA tinham meta mais estrita: cortar, até 2025, de 26% a 28% sobre os níveis de 2005. Como o país emitia cerca de 6 GtCO2eq há duas décadas, os percentuais se traduzem em 4,4 a 4,3 GtCO2eq —não tão longe das 4,9 GtCO2eq atuais, ainda que na prática descumprindo o compromisso agora abandonado.

Há incerteza também sobre as metas de outras nações, dado que o Acordo de Paris não prevê sanções. Alguns signatários adotam compromissos em aparência ambiciosos, porém demasiado flexíveis, como o Brasil: 59% a 67% de redução até 2035 sobre 2005, com margem ampla para computar captura de carbono de recuperação florestal.

Resulta daí a baixíssima probabilidade de não ser ultrapassado o limite fixado na capital francesa de 1,5ºC de aquecimento. Mesmo que se cumpram todos os compromissos nacionais, sobrariam depois de 2030 meras 70 GtCO2eq para emitir com queima de combustíveis fósseis.

A cifra equivaleria a apenas dois anos de emissões, o que tornaria inexequível alcançar a neutralidade até 2050. Mais, ainda, com carta branca de Trump para novos poços de petróleo e desinvestimento em energias limpas.


 

Editorial 

Trump: um golpe de misericórdia nos EUA?

O retorno de Trump nos EUA é, na prática, resultado de um choque possivelmente fatal contra o que ainda resta dessa república imperial

 

David Brooks

 

La Jornada

Nova York

21 de janeiro de 2025, às 14:49

Tradução: Beatriz Cannabrava

Entre as primeiras demandas do presidente eleito, justo antes de sua posse, esteve içar as bandeiras oficiais até o topo e anular a ordem do governo anterior, que determinava que as bandeiras deveriam estar a meio mastro como parte do luto nacional pela morte do presidente Jimmy Carter. Para Trump, esta é sua festa e ninguém iria estragá-la.

 

No entanto, o retorno de Trump, na prática, é resultado de um golpe possivelmente fatal contra o que resta dessa democracia, e sua posse deveria ser um dia de luto pelo que ainda resta dessa república imperial. Alguns alertam que o retorno de Trump é possivelmente o golpe de misericórdia.

 

O país “da liberdade”, a partir desta segunda-feira, é liderado por um criminoso condenado, um estuprador e abusador sexual, um golpista, um campeão da mentira e um autoritário que ameaçou usar as autoridades judiciais e forças de segurança, incluindo as militares, para reprimir seus opositores. Com ele, continuará a anulação de direitos civis, trabalhistas e ambientais e outras conquistas sociais das últimas décadas no país, impulsionará a xenofobia, continuará a censura de livros, garantirá o direito sagrado às armas de fogo, tudo enquanto os mais ricos ficam ainda mais ricos. Em relação à política externa, teremos um ultranarcisista admirador de autocratas liderando o que Jeffrey Sachs qualifica como “o país mais ilegal e perigoso do mundo” nas últimas décadas.

 

Como é possível que ele esteja de volta? Continua sendo a pergunta repetida incansavelmente. São muitos os fatores, incluindo a profunda disfunção do sistema político que o próprio ex-presidente Carter classificou como “uma oligarquia, com suborno político ilimitado”. Por outro lado, sua eleição também comprova o fim do princípio fundamental de que neste país ninguém está acima da lei.

 

Hannah Arendt, em sua exploração do totalitarismo há décadas — e que agora é leitura obrigatória para entender esta conjuntura — aponta uma das grandes manobras que também explica a atual conjuntura estadunidense: “a mentira constante não tem o propósito de fazer o povo acreditar em uma mentira, mas de garantir que ninguém mais acredite em nada. Um povo que já não pode distinguir entre a verdade e a mentira, entre o certo e o errado… Com esse povo, pode-se fazer o que se quiser”.

 

O jornalista e analista Chris Hedges lembra que ele, junto a outros como Noam Chomsky, alertou nos últimos 20 anos que a crescente desigualdade social e a erosão das instituições democráticas estavam inevitavelmente conduzindo a um Estado autoritário ou fascista cristão. Ele aponta que escreveu em 2007 que “a desesperança… essa anulação do futuro, levou os desesperados aos braços daqueles que prometem milagres e sonhos de glória apocalíptica”. Mas hoje ele ressalta que Trump é um sintoma, não a doença, já que “a perda das normas democráticas começou muito antes”, e seu retorno ao poder é parte da morte do sistema político do país.

 

A Estátua da Liberdade chora, mas as comunidades que ela convidou desde que chegou como imigrante da França, e que construíram e deram vida a este país, se preparam para enfrentar as forças das trevas e o clássico valentão covarde de escola secundária, que sempre ataca os mais vulneráveis para demonstrar sua força. Têm como aliados uma vasta gama de defensores de direitos e liberdades civis das mulheres, dos imigrantes, das chamadas minorias, dos gays, junto com setores progressistas de sindicatos, ambientalistas e outros progressistas em todos os cantos deste país.

 

Depois de ter permitido o triunfo da direita eleita por uma minoria, essas forças agora enfrentam o desafio de criar a resistência necessária para a ressurreição dos direitos e liberdades que são os sinais de vida de uma democracia. Dependerá, sobretudo, das dimensões de uma indignação coletiva (aquela convocação de Stéphane Hessel: indigne-se) diante da injustiça que proclama seu triunfo a partir de hoje. 


 

 Trump: Eis o homem 

 

Expulsão de imigrantes, taxação de países, combate a 'censura': Trump anuncia as primeiras medidas como presidente dos EUA. Em cerimônia nesta segunda-feira (20), republicano assumiu novo mandato no comando da Casa Branca.

Por Redação g1 - 20/01/2025 - Expulsão de imigrantes, taxação de países, combate a 'censura': Trump anuncia as primeiras medidas como presidente dos EUA | Mundo | G1

 

Trump discursa ao tomar posse nos EUA — Foto: Chip Somodevilla/Pool via REUTERS

Expulsão de imigrantes, taxação de países estrangeiros, combate ao que chamou de "censura" por parte do Estado e adoção de uma política oficial que leve em conta "somente dois gêneros: masculino e feminino".

Essas foram algumas das primeiras medidas anunciadas por Donald Trump em seu discurso de posse como 47º presidente americano, nesta segunda-feira (20). Ele assinou os primeiros decretos na segunda-feira.

Veja as primeiras medidas e, mais abaixo, trechos da fala de Trump:

 

▶️ Imigração - O novo presidente americano disse que vai declarar "emergência nacional em nossa fronteira ao sul", em referência ao México. "Toda entrada ilegal será imediatamente barrada, e começaremos o processo de retorno de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos lugares de onde vieram", anunciou. Ele disse ainda que pretende enviar tropas à região e que os cartéis serão considerados organizações terroristas. Nesse ponto, invocou a Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798.

 

▶️ Energia e carros - Atribuindo a "crise inflacionária" nos Estados Unidos a gastos que ele considerou "excessivos" e ao aumento nos preços de energia, o presidente declarou "emergência energética nacional". Na sequência, criticou o que chamou de "New Deal verde" e anunciou revogação da "norma do veículo elétrico". "Em outras palavras, você poderá comprar o carro de sua escolha."

 

▶️ Taxação de produtos estrangeiros - Trump afirmou que deve "tarifar e taxar países estrangeiros para enriquecer" os cidadãos americanos. Segundo ele, a ideia é ter "enormes quantias de dinheiro entrando em nosso tesouro vindas de fontes estrangeiras". Nesse trecho do discurso, mencionou a criação do chamado Departamento de Eficiência Governamental, que será chefiado pelo bilionário Elon Musk.

 

▶️ Censura e liberdade de expressão - O presidente citou que os Estados Unidos viveram "anos e anos de esforços federais ilegais e inconstitucionais para restringir a liberdade de expressão". Diante disso, assinará uma "ordem executiva para interromper imediatamente toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão aos Estados Unidos". Falou ainda que nunca mais usará "o imenso poder do Estado como arma para perseguir oponentes políticos" e mencionou uma "Justiça justa, igualitária e imparcial sob o Estado constitucional de Direito".

 

▶️ Política de raça e gênero - Trump anunciou que encerrará o que chamou de "política governamental de tentar fazer engenharia social de raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada". "Nós forjaremos uma sociedade que é daltônica e baseada no mérito", indicou. "A partir de hoje, a política oficial do governo dos Estados Unidos passa a ser que há somente dois gêneros: masculino e feminino." Leia mais.

 

▶️ Militares e vacina contra a Covid - Logo após falar que quer reintegrar funcionários públicos e membros das Forças Armadas expulsos por não terem tomado vacina contra a Covid, Trump declarou que seu governo quer "medir nosso sucesso não apenas pelas batalhas que vencermos, mas também pelas guerras que terminarmos e, talvez o mais importante, pelas guerras nas quais nunca entraremos". "O meu legado de maior orgulho será o de um pacificador e unificador."

 

▶️ Golfo do México e Canal do Panamá - Trump voltou a dizer que pretende mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América (termo que, neste caso, refere-se apenas aos Estados Unidos). Falou também que quer tomar o Canal do Panamá, onde, segundo ele, "navios americanos estão sendo severamente sobrecarregados e não [estão sendo] tratados de forma justa". "E, acima de tudo, a China está operando o Canal do Panamá. E não o demos à China. Demos ao Panamá e estamos tomando de volta."

 

Leia, a seguir, trechos do discurso:

Imigração

• "Eu vou declarar emergência nacional em nossa fronteira ao sul [como México]. Toda entrada ilegal será imediatamente barrada, e começaremos o processo de retorno de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos lugares de onde vieram. Restabeleceremos minha política de 'permaneça no México'. [...] E nós vamos mandar nossas tropas para a fronteira ao sul para repelir a desastrosa invasão de nosso país."

• "De acordo com as ordens que assinei hoje, também designaremos os cartéis como organizações terroristas estrangeiras, e, invocando a Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798, ordenarei que nosso governo use todo o imenso poder da aplicação da lei federal e estadual para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para o solo dos EUA, incluindo nossas cidades e centros urbanos."

Energia e carros

Trump revoga 'mandato do veículo elétrico' e diz que vai 'perfurar'

• "A crise inflacionária foi causada por gastos excessivos e aumento nos preços de energia, e é por isso que, hoje, eu também declararei emergência energética nacional. Nós vamos perfurar, baby, perfurar. Os Estados Unidos serão uma nação manufatureira de novo, e temos algo que nenhuma nação manufatureira jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra, e nós vamos usá-la.

• "Nos reduziremos os preços, encheremos nossas reservas estratégicas de novo, e exportaremos energia americana para todo o mundo. Nós seremos uma nação rica de novo, e esse ouro líquido sob nossos pés nos ajudará a fazer isso."

• "Com minhas ações de hoje, acabaremos com o New Deal verde e revogaremos a política de incentivo aos veículos elétricos, salvando nossa indústria automobilística e mantendo minha promessa sagrada aos nossos incríveis trabalhadores no setor. Em outras palavras, você poderá comprar o carro de sua escolha."

Taxação de produtos estrangeiros

• "Em vez de taxar nossos cidadãos para enriquecer outros países, vamos tarifar e taxar países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos."

• "Como esse propósito, estamos estabelecendo o serviço de receita externa para coletar todas as tarifas, impostos e receitas. Serão enormes quantias de dinheiro entrando em nosso tesouro vindas de fontes estrangeiras. O sonho americano logo estará de volta e prosperando como nunca antes para restaurar a competência e a eficácia do nosso governo federal. Minha administração estabelecerá o novíssimo Departamento de Eficiência Governamental."

Censura e liberdade de expressão

• "Após anos e anos de esforços federais ilegais e inconstitucionais para restringir a liberdade de expressão, também assinarei uma ordem executiva para interromper imediatamente toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão aos Estados Unidos."

• "Eu nunca mais usarei o imenso poder do Estado como arma para perseguir oponentes políticos, algo sobre o qual sei algo. Não permitiremos que isso aconteça. Não acontecerá novamente. Sob minha liderança, restauraremos a Justiça justa, igualitária e imparcial sob o Estado constitucional de Direito, e traremos a lei e a ordem de volta às nossas cidades.

Política de raça e gênero

• "Nesta semana, também encerrarei a política governamental de tentar fazer engenharia social de raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Nós forjaremos uma sociedade que é daltônica e baseada no mérito."

• "A partir de hoje, a política oficial do governo dos Estados Unidos passa a ser que há somente dois gêneros: masculino e feminino."

Militares e vacina contra a Covid

• "Nesta semana, vou reintegrar todos os funcionários públicos e membros em serviço que foram injustamente expulsos de nossas Forças Armadas por se oporem à política da vacina contra a Covid [...] e assinarei uma ordem para impedir que nossos soldados sejam submetidos a teorias e experimentos sociais enquanto estiverem em serviço."

• "Nossas Forças Armadas estarão livres para se concentrarem em sua única missão: derrotar os inimigos da América. Como em 2017, construiremos novamente as Forças Armadas mais fortes que o mundo já viu. Mediremos nosso sucesso não apenas pelas batalhas que vencermos, mas também pelas guerras que terminarmos e, talvez o mais importante, pelas guerras nas quais nunca entraremos."

• "O meu legado de maior orgulho será o de um pacificador e unificador. É isto que eu quero ser: um pacificador e unificador. Estou feliz em dizer que, desde ontem, os reféns no Oriente Médio estão voltando para casa com suas famílias."

Golfo do México e Canal do Panamá

Trump fala sobre mudar o nome de Golfo do México para "Golfo da América"

• "Os Estados Unidos vão recuperar seu lugar de direito como a maior, mais poderosa e mais respeitada nação da Terra, inspirando o espanto e a admiração do mundo inteiro. Em breve, vamos mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América [...]."

• O presidente McKinley tornou nosso país muito rico por meio de tarifas e talento. Ele era um empresário nato e deu a Teddy Roosevelt o dinheiro para muitas das grandes coisas que ele fez, incluindo o Canal do Panamá, que foi tolamente dado ao país do Panamá."

• "[...] Gastou mais dinheiro do que nunca gastou em um projeto antes e perdeu 38 mil vidas na construção do Canal do Panamá. Fomos tratados muito mal por esse presente tolo que nunca deveria ter sido feito, e a promessa do Panamá a nós foi quebrada.

• "O propósito do nosso acordo e o espírito do nosso tratado foram totalmente violados. Os navios americanos estão sendo severamente sobrecarregados e não [estão sendo] tratados de forma justa [...], e isso inclui a Marinha dos Estados Unidos.

• "E, acima de tudo, a China está operando o Canal do Panamá. E não o demos à China. Demos ao Panamá e estamos tomando de volta."


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fator de risco tanto para a situação quanto para a oposição no Brasil

O retorno de Donald Trump à Casa Branca em 2025 projeta uma sombra inquietante sobre o cenário

político brasileiro, que se organiza para as eleições presidenciais de 2026. O risco principal não reside no

antagonismo direto com Trump, mas em como sua Presidência pode afetar o ambiente político interno às

vésperas da corrida eleitoral. Sua posse constitui um fator de risco tanto para a situação quanto para a

oposição.

O primeiro e mais imediato desafio vem da economia. As políticas anunciadas por Trump são uma

combinação adversa para o governo Lula: pressão inflacionária, fortalecimento do dólar e desaceleração

do crescimento chinês. Esse cenário pode comprometer os planos da nova diretoria do Banco Central e

 

dificultar a cambaleante gestão macroeconômica de um governo que já se prepara para o pleito do ano

que vem. A deterioração do ambiente externo pode afetar não apenas setores estratégicos da economia

brasileira, mas também o humor do eleitor.

No plano diplomático, o Brasil enfrenta um equilíbrio delicado na presidência do Brics. A expansão do

grupo intensificou tensões internas entre aqueles que defendem uma postura explicitamente anti-

Ocidental e os que veem riscos nessa abordagem. O Brasil, alinhado com o segundo grupo, terá de

administrar essa divisão sob holofotes durante todo o ano. A capacidade do Palácio do Planalto de tocar

essa agenda sem tropeços dependerá em parte de o Partido dos Trabalhadores seguir com disciplina as

preferências do presidente da República.

Além disso, o provável abandono americano do Acordo de Paris consolida uma tendência de

esvaziamento do processo multilateral em negociações do clima. Antes mesmo de Trump ser eleito, o

protagonismo da transição energética mundo afora já havia migrado para os agentes econômicos. O

Brasil presidirá a COP sem ter feito essa mudança de chave, apesar de Ministério da Fazenda

e BNDES terem uma visão e recursos para fazê-lo. A indefinição pode deixar o Brasil falando ao vento

em Belém e, pior, revelar um campo progressista sem projeto para fazer a transição energética da qual

não temos como fugir. 

A agenda bilateral entre Brasil e Estados Unidos apresenta pontos cruciais de tensão. Na questão

venezuelana, Trump promete retórica agressiva que pode deixar o governo brasileiro contra a parede,

dado o colapso da relação de Lula com Nicolás Maduro. No campo digital, o embate entre o STF e Elon

Musk sobre redes sociais promete escalar, dado o empurrão de desregulação que vem por aí. Compras

governamentais do Brasil de serviços de satélite também podem gerar atritos significativos, sobretudo

se Brasília entregar à China um grande contrato, em vez de criar um marco capaz de forçar algum tipo de

competição. Esse quadro bilateral se agrava pela potencial influência do deputado federal Eduardo

Bolsonaro na escolha do próximo embaixador americano em Brasília.

O cenário sul-americano adiciona mais uma camada de complexidade: o aparente sucesso do programa

anti-inflacionário de Milei na Argentina — somado a uma possível vitória da direita no Chile — pode isolar

ainda mais o governo brasileiro em sua vizinhança. Desde seu retorno ao poder, Lula não conseguiu

construir uma coalizão sólida nem mesmo com as esquerdas que governam Bolívia,

Chile, Colômbia e México.

Para a esquerda brasileira hoje no poder, o desafio imposto por Trump é claro: controlar danos, evitando

que eventuais crises bilaterais ou em foros multilaterais consumam capital político precioso. Embora

confrontos ocasionais com Washington possam mobilizar a base eleitoral, o custo de um antagonismo

prolongado pode ser alto demais em ano eleitoral.

Para a direita na oposição, Trump pode até ser oportunidade. No entanto o atual cenário não traz

garantias. Apesar da aparente sintonia ideológica em pontos da agenda, os contatos efetivos são

escassos — com a notável exceção do deputado Bolsonaro. O estilo caótico de Trump dificulta a

construção de pontes, uma vez que o presidente incentiva disputas internas furiosas entre assessores e

aposta sempre em deixar seus próprios aliados na incerteza.

A eleição brasileira de 2026 acontecerá num mundo sacudido pela volta de Trump à Casa Branca. À

direita e à esquerda, os candidatos à Presidência serão obrigados a caçar o voto do eleitor num ambiente

externo mais imprevisível, onde nem o alinhamento com Washington nem o confronto aberto parecem

estratégias promissoras. A geopolítica não será apenas pano de fundo da sucessão presidencial, mas

elemento definidor.

*Matias Spektor é professor da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV)

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo.


Editorial 

 Trump não é um "tigre de papel" por Chico Teixeira

 

Como de costume, os intelectuais e políticos latino-americanos não levam com a devida seriedade as ameaças fascistas e imperialistas, tal qual 1933 e o "Apaziguamento".

A maioria sorri com condescendência para as ameaças proferidas por Trump e profetiza, como foi no caso de outros líderes perigosos, que o "poder vai moderar seus ímpetos".

Não levam a sério que estamos perante ameaças reais de uso da força contra cinco países americanos: Panamá, México, Canadá, Venezuela e o território da Groenlândia e, ainda, de extorsão econômica contra outro, o Brasil.Como respondemos a isso? Como se fossem bravatas ou factóides.

Não há um claro raciocínio geopolítico das dimensões do "Risco Trump" para a soberania dos Estados americanos.

Por exemplo, se a Groenlândia é uma questão de segurança nacional e mundial, sendo a Dinamarca membro ativo da Otan, por que não só ampliar as bases militares que os Estados Unidos lá possuem?

Não se trata disso.

Porque, em verdade, se trata de planejar o futuro da mudança climática, da abertura da "Rota Polar do Norte" e das riquezas minerais e energéticas que afloram na nova Era do Aquecimento Global.

No Panamá, não são as taxas que incomodam, o objetivo é afastar a China das grandes vias do comércio global. 

O México deve ser punido por aceitar, no âmbito do Nafta, a instalação de indústrias chinesas que passam a ter acesso direto ao mercado americano, salvas das tarifas impostas contra a China, pela maquiagem "Made in México".

O Canadá sempre foi alvo da ambição imperialista americana, agora com o aquecimento global e a política de "drill, baby, drill", a oferta de minérios e petróleo - para empresas petrolíferas americanas hoje com horizonte de dez anos de exploração - se amplia em cem anos. Neste contexto, cabe dar uma boa pancada no Brasil.

 

Liderando os BRICs, por fim Washington entendeu que a política brasileira, como desenhada pelo Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que o debate sobre o dólar, e seu papel como moeda de reserva, é uma ameaça real à capacidade americana de financiar seu impagável déficit, retirando os dólares do sistema financeiro norte-americano.

O caso da Venezuela é didático: Trump não tem problemas de conviver com governos "fortes", é amigo pessoal do príncipe esquartejador saudita. Nem os Estados Unidos precisam de petróleo.

Na verdade, inundaram a Europa de petróleo e e gás, a excelente preço de salvação dos produtores via "fracturing" de xisto. O medo em Washington é sobre o destino dos dólares auferidos na venda do petróleo venezuelano.

Com Caracas nos BRICs, a moeda americana perde, além de sua função de troca, sua fundamental função de reserva e, assim, os recursos derivados do petróleo, fora do sistema financeiro americano - bancos, bolsa e sistema Swift - deixam de servir de garantia dos bônus da dívida americana.

Ou seja, estamos falando de uma questão maior de geopolítica: o futuro do financiamento do governo norte-americano. Trump entendeu muito bem isso. E nós, na América Latina, entendemos?

 

Anexo – Depoimento : Os múltiplos furacões que estão varrendo o “American Dream” do mapa - 15/12/2024 

No dia 20 de fevereiro de 2025 eu estarei celebrando 36 anos da minha chegada aos EUA. Muita coisa mudou no país que me acolheu e permitiu que eu realizasse todas as minhas aventuras científicas nestas quase quatro décadas.

De fato, durante uma recente visita a San Francisco, na Califórnia, eu finalmente me dei conta que o país que eu encontrei em 1989 simplesmente não existe mais. Tal constatação não é minha apenas, mas reflete o pensamento de muitos colegas que, como eu, também chegaram ao país no final da década de 1980, atraídos pelas condições incomparáveis para se fazer ciência de ponta, bem como a abertura para que jovens cientistas estrangeiros pudessem exercer seus talentos em pé de igualdade com americanos natos.

As chagas e cicatrizes desta mudança dramática no modo de vida americano ocorrida nestes 40 anos não poderia ter ficado mais clara do que num tour pelo centro de San Francisco, em busca de um pronto-socorro que pudesse me atender devido a uma emergência médica.

Enquanto um motorista de táxi que não falava uma palavra de inglês tentava encontrar o hospital que se prontificou a aceitar o meu seguro privado de saúde – condição essencial para ser atendido – , do banco de trás eu constatava consternado o grau de devastação, miséria humana e degradação do coração e alma de uma das cidades mais icônicas do país.

Ao longo do trajeto, eu observei um enorme número de pessoas em condição de rua, vivendo em condições abjetas, muitas transformadas em verdadeiros zumbis de corpos contorcidos, dada uma epidemia de abuso de drogas fora de qualquer controle, que tem como um dos destaques o opiáceo sintético (fentanil) de preço muito baixo e que em 2023, apesar de uma baixa significativa, ainda causou pelo menos 653 mortes por overdose na cidade.

Em todo país, segundo o National Center for Health Statistics do Central for Disease Control and Prevention, das quase 108 mil mortes por overdose no país em 2023, 81 mil foram causadas por consumo de opióides, principalmente do fentanil.

Tristemente, as cenas que eu testemunhei in loco em nada diferiram de um tour semelhante realizado, apenas alguns meses atrás, pelo centro de São Paulo. Mas aqui estava eu, no centro de uma grande metrópole americana cujo PIB – considerando-se o núcleo econômico formado por San José, San Francisco e Oakland – ultrapassou US$ 1 trilhão em 2019, definindo a terceira maior economia dos EUA e quase metade do PIB brasileiro de 2023.

Anos atrás, a população de San Francisco foi convencida pelas lideranças da cidade que ao oferecer atraentes benefícios para que empresas de alta-tecnologia se mudassem para a cidade, benefícios estes totalmente subsidiados pelos contribuintes da cidade, seria possível implementar um ambicioso processo de revitalização do seu centro. Claramente, nada disso ocorreu.

Apesar de obter isenções fiscais e toda sorte de outros benefícios, a atração dos diferentes empreendimentos dos Overlords das BigTechs além de enriquecê-los não trouxeram qualquer tipo de melhora da condição de vida dos habitantes mais vulneráveis de San Francisco. Muito pelo contrário.

Com a inflação dos custos de moradia, eliminação de empregos e crise crônica do financiamento da rede de escolas públicas da cidade, San Francisco hoje encapsula todas as crises que tem assolado os EUA nas últimas décadas. Uma crise profunda que tem levado os jovens americanos a acreditar piamente que eles jamais conseguirão atingir a mesma qualidade de vida dos seus pais e, em última análise, se transformarem na primeira geração de americanos, após a Segunda Guerra Mundial, que terá seu acesso ao famoso “American Dream” bloqueado de forma categórica.

Se todo o espetáculo dantesco do trajeto até o hospital não fosse suficiente, a minha epopeia californiana rapidamente ganhou contornos dramáticos quando eu fui informado por uma médica do pronto-socorro que, infelizmente, não havia nenhum oftalmologista disponível que pudesse me atender e verificar se a infecção que havia sido diagnosticada havia afetado de qualquer forma o meu olho esquerdo.

Uma rápida consulta com a minha assistente de longa data na Carolina do Norte, a incomparável Susan Halkiotis, revelou que nem mesmo na cidade onde eu resido há 30 anos, e mesmo no hospital da universidade – uma das maiores do país – onde trabalhei por 28 destes anos, eu também não conseguiria uma consulta com um oftalmologista, uma vez que a espera média para tal consulta era de 5-8 semanas!

Confrontado com esta situação surreal, confinado num quarto de hotel do estado mais rico do país que mais investe em saúde no mundo, algo em torno de US$ 4,8 trilhões apenas em 2023 (mais de 2 vezes o PIB brasileiro), mas que não possui um sistema de saúde público universal, algo como o SUS brasileiro, eu tomei a única decisão que me restava: ligar para o consultório do meu colega de turma, um dos maiores oftalmologistas do Brasil, Dr. Samir Bechara.

Informado que meu amigo estava passando férias na Espanha, eu por um momento quase entrei em desespero. Pois bem, minutos depois, eis que o meu telefone toca e, diretamente de um povoado no caminho de Compostela, lá estava ele, o meu grande amigo Samir, imediatamente se disponibilizando para realizar uma consulta on-line e basicamente resolver a minha angústia em poucos minutos.

Da mesma forma que o grande Samir, que realizou várias destas consultas on-line nos dias subsequentes, a minha querida dermatologista, Dra. Sandra Tuma, me monitorou desde o início dos sintomas, até meu regresso ao Brasil. Com eles, a minha maga clínica, Dra. Naira Hojaij, assumiu toda a minha supervisão clínica de forma remota, até meu retorno a São Paulo e depois dele.

Sem a instantânea solidariedade, empatia, e profissionalismo fora do esquadro destes três maravilhosos médicos brasileiros eu estaria literalmente a Deus dará.

Poucas semanas depois deste incidente, que ilustra claramente a decadência americana em questões absolutamente primordiais, como saúde pública, uma pequena maioria de americanos – uma das mais baixas de toda a história das eleições presidenciais do país – elegeu um candidato que baseou sua campanha em hostilizar de forma grotesca os imigrantes e toda sorte de valores humanísticos que nos idos de 1989 permitiram que eu e outros cientistas escolhessem os EUA para desenvolver a nossa arte.

Eleito com o apoio financeiro explícito de um dos mais controversos Overlords das BigTechs, que passou a usar a rede social de sua propriedade como uma poderosa arma eleitoral, Donald Trump começou a indicar indivíduos totalmente desqualificados – alguns deles sob investigação por crimes cometidos enquanto membros do Congresso – para cargos do alto escalão do seu futuro gabinete, para total choque de parte da sociedade americana não infectada pelo vírus informacional de ódio e ressentimento que capitaneou a vitória do candidato do Partido Republicano.

Tudo isso num país com inflação anual de 2.3% e um dos maiores crescimentos econômicos do pós-pandemia. Mas nada disso realmente importa no mundo da pós-verdade.

Longe de defender as práticas e carreira da candidata do Partido Democrata, eu interpretei a eleição de um populista, condenado múltiplas vezes pela justiça estadual de Nova York, que tentou subverter ilegalmente os resultados das eleições de 2020, resultando numa invasão violenta sem precedentes de seus seguidores ao Congresso americano, como um sinal claro que os verdadeiros furacões que estão varrendo do mapa o “American Dream” são ainda mais devastadores do que aqueles gerados no Golfo do México ou no Oceano Atlântico.

Apesar de toda destruição e perdas humanas deixadas ao longo do seus rastros, nem de longe estes fenômenos climáticos, decorrentes do aquecimento global – ignorado por boa parte dos americanos e seus políticos – , se comparam ao grau das ameaças criadas pela erosão dos valores éticos e humanísticos do Iluminismo que assola não só a sociedade americana, como do resto do mundo, incluindo, evidentemente, o nosso querido patropi.

As consequências devastadoras da divisão profunda que caracteriza o presente processo de tribalização de boa parte, senão da totalidade, das sociedades humanas ao redor do planeta, é a base de uma crise existencial nunca antes enfrentada pela nossa espécie. Eu digo isso porque este processo tende a reverter, de forma drástica, toda a receita de sucesso que permitiu ao Homo [not so] sapiens sobreviver às inúmeras intempéries geradas por um Universo e um planeta em contínuo fluxo.

Difícil prever o que o futuro nos reserva como resultado do nosso completo abandono de tudo aquilo que nos permitiu chegar até aqui.

Quem viver, verá!

P.S. Recebi semana passada a conta da minha consulta de 10 minutos no Pronto Socorro em San Francisco: mais de US$ 1.200 (sem nenhum procedimento ou medicação envolvidos) dos quais eu tive que cobrir do meu bolso US$ 250, mesmo tendo seguro de saúde. Este pequeno exemplo ilustra porque não é à toa que 500 mil americanos por ano declaram falência pessoal por não conseguirem pagar seus gastos com saúde!

[09:59, 18/12/2024] Mareu: https://www.facebook.com/share/15MExQNYFD/?


 Editorial 

Inteligência artificial consegue traduzir discursos de voz para voz em 36 línguas

 

Modelo desenvolvido pela Meta, dona do Facebook e Instagram, é capaz de traduzir texto de quase uma centena de idiomas. Ainda assim, é a tradução de voz para voz que representa um avanço.

 

https://www.publico.pt/2025/01/16/ciencia/noticia/inteligencia-artificial-consegue-traduzir-discursos-voz-voz-36-linguas-2118780?utm_content=manhas&utm_source=e-goi&utm_medium=email&utm_term=Cessar-fogo+em+Gaza.+Entrevista+com+Walter+Salles+e+Fernanda+Torres&utm_campaign=55 


 

 EDITORIAL

Lula locuta e suscita debates

 

RUDOLFO LAGO*, do Correio da Manhã, destacou em artigo publicado nas Redes semana passada:

 

"Importante militante política da Geração 68 sentiu o impacto do recado dado pelo presidente Luiz Lula da Silva em trecho da parte improvisada de seu discurso no ato pelos dois anos do 8 de janeiro. O trecho chamou a atenção também desta coluna, que o destacou aqui. Lula afirmou que não havia nenhum operário entre os líderes das Revoluções Russa, de 1917, e Cubana, de 1958. Que somente uma democracia é capaz de levar um torneiro mecânico como ele à Presidência"

 

Quando ouvi, minha primeira reação foi negativa. Sou remanescente da geração 1960...Confesso, aliás, que não me agradou o discurso de Lula naquele dia. 

 

Gostando ou não, entretanto, acho que Lula, "coloca", aí , como se dizia antigamente, várias questões dignas de reflexão pela esquerda:

 

1. A questão da democracia, sempre vista pela esquerda com certa desconfiança. Será que Lula entende como “democracia” apenas o modelo ocidental de representação parlamentar?

 

2. A construção da democracia como aprofundamento da participação na vida pública dos vários segmentos sociais

 

3. A ausência de pessoas dos segmentos "subalternos" - odeio essa expressão! - nos Partidos de esquerda, mesmo revolucionários, como em 1917 e 1959 - e eu acrescentaria 1949, na China, 1930, no Brasil.

 

4. A valorização do operário feita por Lula, a meu juízo, importante, pelo simbolismo que trouxe à esquerda, desde MARX, é hoje insuficiente , na construção da democracia. Por que não o "negro"? Por que não "indígena"? Por que não mulher"? Por que não LGBTQIa+? Por que não deficientes físicos? Por que não minorias étnicas e religiosas...? Por que não os "batalhadores" que lutam diariamente no precariado? E os "Sem Tera e Sem Teto"...? E os idosos? Enfim, a lista dos desalojados é grande. Bourdieu que o diga.

 

Recado importante de Lula acabou perdido

Por RUDOLFO LAGO* do Correio da Manhã

 

Importante militante política da Geração 68 sentiu o impacto do recado dado pelo presidente Luiz Lula da Silva em trecho da parte improvisada de seu discurso no ato pelos dois anos do 8 de janeiro. O trecho chamou a atenção também desta coluna, que o destacou aqui. Lula afirmou que não havia nenhum operário entre os líderes das Revoluções Russa, de 1917, e Cubana, de 1958. Que somente uma democracia é capaz de levar um torneiro mecânico como ele à Presidência. A mudança pelo viés revolucionário é o cerne das posições da Geração 68 dessa militante, que é também a geração de pessoas como a presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff, ou os ex-ministros José Dirceu e Franklin Martins. Pessoas que têm influência.

 

Diluído

Infelizmente, porém, aponta essa militante, o recado acabou diluído no meio das platitudes de Lula em outros trechos. Bobagens, como a fala machista em que se disse “amante da democracia” e que os homens costumam ser mais apaixonados por suas amantes.

 

Desperdício

Se o trecho do discurso visava passar à ala mais à esquerda do PT o recado de que o caminho de Lula é pela democracia e que, portanto, exige a construção de alianças mais amplas que conduzam a avanços pelo diálogo, a chance acabou desperdiçada no ato de quarta (8).

 

Falta a Lula o chamado “ministro do vai dar m…”

 

Em um seleto grupo de jornalistas, muitos deles integrantes importantes da comunicação do governo nos governos anteriores de Lula, as falhas do ato do 8 de janeiro foram muito debatidas. De um modo geral, prevalecia a constatação de que falta hoje ao governo estratégia clara dos caminhos a seguir. Um deles dizia que se Lula dissesse algo como disse Pelé quando afirmou que “o brasileiro não sabe votar”, haveria na equipe alguém disposto a emoldurar a frase numa placa e ostentá-la como sacada genial no Palácio do Planalto. Ao contrário dos governos anteriores, Lula não teria agora interlocutores capazes de confrontá-lo.

 

Ausência

Como faziam no passado nomes como os próprios Dirceu e Franklin, mas também Luiz Gushiken, Gilberto Carvalho, Ricardo Kotscho ou Luiz Dulci. Havia até muita divergência entre eles. Mas tinham a capacidade de confrontar Lula com outros pontos de vista e corrigir rumos.

 

Janja

Hoje, aparentemente a única pessoa no entorno de Lula com essa capacidade é sua esposa, Janja da Silva. Mas Janja não tem cargo no governo, não tem mandato eletivo. Assim, a falta de clareza a respeito do papel que exerce hoje mais atrapalha que ajuda o governo.

 

Papel

Um desses comunicadores, forte no PT desde a sua fundação, chegou a sugerir que talvez fosse melhor que Lula desse mesmo a Janja uma função clara. Como tinha a esposa de Fernando Henrique, Ruth Cardoso, formuladora do que levou depois ao Bolsa Família.

 

Legado

O programa Comunidade Solidária deixou como legado toda a política de combate à fome dos governos petistas posteriores, mesmo que o próprio PT não reconheça muito isso. Um papel parecido para Janja poderia tornar mais clara sua função no governo. 


Editorial  

 DONALD TRUMP: 2025-2028

 

Biden está se despedindo do Governo e da vida púiblica. Nesta quarta faz seu balanço de governo no Salão Oval da Casa Branca. A derrota de sua candidata à Presidência deixa o recado de que não bastam indicadores econômicos bons para o sucessoi eleitoral. Os grandes números da economia americana até eram bons mas não suficientes para assegurar a vitória democrata. Um bom crescimento e uma baixa taxa de inflação nem sempre chegam aos ouvidos e bolsos dos eleitores. Vide não só Estados Unidos, também o Brasil de 2024...

 

E aí vem o Trump, o “bull shitter”, falador de m... , criminoso condenado por fraude fiscal, com sua trupe de magnatas curvados ao seu extremismo, já desalinhada. Já é um filhote da Era de Infocracia. Fala muito, não diz nada, não tem um claro Programa de Governo, mas “tecla”, tecla muito no X e nas Redes. Governa através destes pirulitos diários onde destila ódio a imigrantes, liberais, aos quais acusa de comunistas, e à cultura em geral. Faz sucesso Musk ameaça democracias europeias, diz Financial Times. Ele já enfrenta, também, críticas de lideranças europeias e Steve Bannon, guru extremista, promete expulsá-lo do Governo e o chama de maligno

 

Professor avalia que disputa de influência e interesses pode gerar conflitos entre Elon Musk e Donald Trump

 

Steve Bannon chama Elon Musk de “maligno” e promete expulsar o bilionário do governo Trump

 

As previsões do Governo Trump ainda são incertas e contraditórias. Poucos apostam no seu sucesso, embora tampouco acreditem que outrora vigoroso Partido Democrata esteja preparado para substituí-lo daqui a quatro anos. O Partido se enredou nas plataformas identitárias e perdeu muito de sua força junto aos sindicatos. Não tem também uma liderança nacional de peso. Kamala, no fundo, foi uma decepção. Não foi, nem estava preparada para o desafio. Vamos ver com o tempo, quem emergirá. Do ponto de vista econômico, Trump se voltará a seu slogan MAKE AMERICA GREAT AGAIN. Vai forçar as grandes corporações a retornarem à Casa Materna – USA -, o que, além de muito difícil, já que as cadeias de produção se estenderam ao mundo inteiro, inclusive na fronteira próxima do Canada e México, daí a ideia de transformá-los em Estado Membro, seria extremamente caro, portanto inflacionário. Mas Trump insiste na retórica da taxação elevada sobre importados como estratégia de reindustrialização, sem nenhuma visão de futuro. Só passado. Passado mitificado e mistificador. Feito o corvo que bica o pescoço da águia que o sustenta no vôo, na tentativa de controla-la, mal se dá conta que a águia poderá subir mais alto ainda derrubando-o ao solo por falta de oxigênio. 

Quem viver, verá...


 Editorial 

 AINDA ESTAMOS AQUI!

Paulo Timm – Publ. A FOLHA, Torres – 10 jan/ 25

 

Aprendi com meu contemporâneo da Faculdade de Filosofia da UFRGS, idos de 60 do século passado, João Carlos Brum Torres, uma passagem de I. Kant, Filósofo do Iluminismo, sobre a diferença entre um evento e um acontecimento. 

"Em O Conflito das Faculdades, depois de perguntar Se estará o gênero humano em constante progresso para o melhor , Kant acrescenta que só se poderá responder positivamente a essa interrogação se a experiência nos apresentar "um acontecimento que aponte”, ainda que “de modo indeterminado quanto ao tempo", nossa "aptidão para sermos causa do progresso", permitindo, assim, "inferir a progressão para o melhor (....)." Um tal acontecimento, acrescenta Kant, deverá ser tido então “como signo histórico", um signum rememorativum, demonstrativum, prognostikon"

João Carlos Brum Torres in “As eleições americanas de 2016 como sinal histórico”

Setembro de 2016

 

Com efeito, o acontecimento é uma espécie de epifania, um feito de caráter transcendental que concelebra um, antes e outro, depois. Como a datação do calendário: AC e DC; ou a Revolução Francesa. Assim foram, por exemplo, no Brasil, nas últimas décadas, o suicídio de Vargas, em 1954, a Legalidade no Rio Grande do Sul em 1961, o comício de Jango na Central do Brasil dez anos depois, a passeata dos cem mil, no Rio de Janeiro, em 1968, o cadáver de Vladimir Herzog nos subterrâneos da repressão em 1975, o foto de Ulysses Guimarães no dia da promulgação da Constituição em 8 de outubro de 1988, as mobilizações massivas de junho de 2013. Marcos. Pois, tendo eu vivido de perto todos estes momentos, ouso dizer que pressinto no Prêmio Globo de Ouro da Fernanda Torres, neste início de 2025, pela sua atuação no filme “Ainda estou aqui”, um desses momentos. Em nenhum deles, acima citados, grandiloquentes, no passado, há um protagonista exclusivo, embora haja uma persona que o sintetize. Eles resultam, cada um, de um processo que, num dado momento, eclode. É célebre, aliás, a defesa de Leon Trotski, quando acusado pelos tribunais do Czar russo de ser o responsável pela revolução de 1905. Disse ele: - Ninguém faz uma revolução, elas “acontecem”. Todos os eventos, acima citados, também aconteceram, no sentido de terem se desenrolado como produtoS de um conjunto de forças históricas objetivas e subjetivas. Pois é isso que está “acontecendo” com o filme “Ainda estou aqui”. Nem é um grande filme para entrar na galeria dos clássicos do cinema. Talvez seja um Poema sem Poesia, mas comovente como um cordel da Maria Degolada. Muitos, até, o criticam por trair uma espécie de selo Globo, impregnado de andamento novelesco. Seria, até, o caso de se perguntar: - E daí? Qual o problema? Não são ditas novelas construídas sob a égide da Poética Aristotélica, com início, meio e fim amorais? Ou, por acaso, preferiram “Metrópole”, do Coppola? Verdade, é , mais ou menos, como aquele “rio que passa pela minha aldeia”, ou como as tolas cartas de amor estigmatizadas, também/ por Fernando Pessoa. Mas este filme “nos” diz respeito. Não é um “filme autoral”, mas íntimo. Vi muita gente dizer que viu e chorou. Eu também. Tem, aliás, uma interpretação magistral, em preto e branco, de uma atriz nada performática, Fernanda Torres, que nos conduz para uma empatia com a personagem que interpreta, remetendo-nos, pelo afeto, às sombras do regime que se quis perpetuar recentemente sob a égide insidiosa de saudosos do regime militar. Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Digo eu, este filme vale por mil discursos. Diz tudo, sem dizê-lo. Coincidiu, curiosamente – ora direis ouvir estrelas! – com a divulgação de uma Pesquisa de Opinião na qual 87% dos brasileiros dizem preferir a democracia, condenando os distúrbios do 8 de janeiro. Não por acaso, nestes dias, o Supremo Tribunal Militar remete para o julgamento civil do Supremo Tribunal Federal o processo incriminando vários coronéis por haverem incitado ao golpe no final de 2022. Desconfio que o “Aindo estou aqui” está operando magicamente para pavimentar o caminho que nos levará a retomar a História em 2026, soterrando o fantasma do retrocesso. Tal como em 2002, como advertiu o historiador Eric Hobsbawn, estamos navegando contra a corrente ocidental e, pelo nosso peso no Sul Global, contribuindo, mais do qualquer outro país do lado de cá do Equador, para a distensão do mundo. 

Não é isso um “acontecimento”?

Oressa Gonzaguinha! Ainda estamos aqui!

"Eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim 

Como se fosse o sol desvirginando a madrugada 

Quero sentir a dor dessa manhã "


Editorial 

Consequências econômicas de Trump 2.0 - Simon Johnson

As consequências econômicas do Trump 2.0 by Simon Johnson - Project Syndicate

Trump está herdando uma economia forte, mas suas políticas mais emblemáticas farão quase nada de positivo pelos trabalhadores menos escolarizados ou melhorarão significativamente a vida da maioria dos americanos

O segundo governo de Donald Trump começa ao meio-dia de 20 de janeiro. Sua campanha eleitoral ininterrupta desde que perdeu para Joe Biden em 2020 sugere uma reformulação mais bem organizada de seu primeiro mandato, com o mesmo foco nos cortes de impostos para estimular a economia, tarifas mais altas para reformular o comércio dos EUA com o mundo, e a deportação do maior número possível de imigrantes para gerar mais oportunidades para os trabalhadores americanos. Mas os tempos mudaram e é improvável que a realidade corresponda à retórica.

Em 2016, quando Trump conquistou a presidência pela primeira vez, os EUA experimentavam um período prolongado de inflação baixa. O Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros próximas de zero ao longo de todo o seu governo. Mas desta vez, é bem diferente. A inflação disparou durante a pandemia, e o Fed ainda está em guarda contra um ressurgimento - daí as taxas de juros permanecerem relativamente altas. Os cortes de impostos propostos por Trump implicam um estímulo fiscal para uma economia com baixo nível de desemprego. Qualquer sinal de superaquecimento será enfrentado por uma política monetária ainda mais apertada.

Trump fez barulho sobre mudar a liderança do Fed, mas ele não pode demitir seu presidente, Jerome Powell, sem arriscar incorrer em taxas de juros de longo prazo mais altas e inflação mais alta. Haverá corte de impostos em 2025, principalmente para as pessoas ricas, e a consequente perda de receitas vai minar a sustentabilidade fiscal de longo prazo. Déficits maiores manterão os juros mais altos do que de outra forma eles seriam, e o dólar poderá se fortalecer, criando dificuldades para os exportadores americanos e para os países que têm empréstimos em dólares.

Sobre as tarifas, os líderes mundiais (e os mercados financeiros) entenderam que Trump fala alto e carrega um porrete bem pequeno. Ele sem dúvida imporá ruidosamente algumas tarifas de alto perfil, mas os interesses das empresas americanas começarão a procurar brechas e fazer lobby por exceções. Líderes estrangeiros farão peregrinações a Mar-a-Lago, jogarão golfe e negociarão exceções mútuas (não taxaremos seu bourbon, se você não taxará nosso conhaque, e compraremos mais sistemas de defesa aérea dos EUA).

Trump poderá ignorar todos esses apelos e insistir em tarifas mais altas em todos os setores. Mas isso resultaria em mais retaliações e mais protestos de grandes empresas que hoje o apoiam. A última coisa que Trump quer é causar perdas de empregos em casa, o que poderá acontecer se empresas baseadas nos EUA tiverem que pagar mais pelas importações e perder competitividade nos mercados exportadores. Se os líderes estrangeiros não o fizerem parecer mal no campo de golfe e enfatizar os empregos que suas empresas criam nos EUA (especialmente nos Estados controlados pelos republicanos), tudo estará aberto a uma discussão razoável.

O que os eleitores americanos realmente se importam é com bons empregos e com o custo de vida baixo. Mas a agenda “populista” do presidente eleito - um programa de ilusão sustentado pelo medo de inimigos imaginários - é um fracasso anunciado

Sobre a imigração ilegal, Trump certamente terá impacto. O “muro da fronteira” é uma ilusão sem significado real. Mas Trump já ameaça punir o México e outros países (até mesmo o Canadá) com tarifas elevadas e outras medidas, a menos que eles contenham os imigrantes, e isso terá algum efeito. Trump poderá também ser inteligente o suficiente para relaxar as sanções dos EUA contra a Venezuela, permitindo mais petróleo no mercado mundial e também ajudando a economia venezuelana. Isso reduziria a pressão sobre os venezuelanos para emigrar, ao mesmo tempo em que pressionaria o Irã e a Rússia (ambos dependentes das vendas de petróleo para financiar compras de componentes eletrônicos da China para uso em armas).

Trump poderá ir mais longe e reunir e deportar milhões de pessoas que estão nos EUA ilegalmente. Mas uma deportação em massa prejudicaria grandes setores da economia (como o agrícola e o da construção), alimentaria uma enorme perturbação social e levaria seus aliados empresariais a cortar seus investimentos (e a criação de empregos). Mais uma vez, devemos esperar ver grandiloquência política e manchetes sensacionalistas, mas a realidade não mudará muito (a imigração ilegal já caiu).

Então, o que Trump realmente fará? Ele comprará a Groenlândia (ou o Canada!), ou de alguma forma readquirirá o controle sobre o Canal do Panamá ou reduzirá o apoio dos EUA à Otan? Nenhuma das declarações recentes de Trump sobre esses assuntos é sem sentido, mas elas também não devem ser levadas ao pé da letra. Mais uma vez, Trump quer obter o que ele considera (e o que ele pode retratar como) um acordo “melhor” para os EUA. Se ele não disser o que isso significa agora, significa apenas que ele está aberto a sugestões - ou ele pode simplesmente definir o que quer que seja o ponto final como uma vitória estratégica.

Foi o que aconteceu durante o primeiro governo Trump, quando o Nafta foi renegociado com o México e o Canadá. Trump inicialmente ameaçou rasgá-lo “no primeiro dia”. Mas ele acabou se contentando com pequenas modificações (incluindo a alteração das regras de origem de uma maneira que fosse aceitável para todas as partes) e um rebranding que o transformou no USMCA.

Uma reformulação mais ampla do mundo está em andamento, mas isso não tem nada a ver com o novo governo, que provavelmente não responderá de forma eficaz. Por exemplo, Trump ainda usa uma linguagem belicosa sobre confrontar a China e o Irã, mas ambos já se encontram em más condições econômicas e dificilmente representariam uma ameaça à ordem regional - muito menos à paz internacional. E, como fez em seu primeiro governo, Trump promete se retirar de intervenções estrangeiras (Afeganistão e Iraque antes; Ucrânia agora). Mas a necessidade que a Rússia tem de drones e mísseis para lançar contra a Ucrânia tornou o presidente Vladimir Putin totalmente subserviente à China. Será que Trump (e o Congresso republicano) realmente querem dar a um enfraquecido presidente Xi Jinping uma vitória ilegítima e sangrenta na Ucrânia?

O que os eleitores americanos realmente se importam é com bons empregos e com o custo de vida. Mas a agenda “populista” de Trump - um programa de ilusão sustentado pelo medo de inimigos imaginários - é um fracasso anunciado. Trump está herdando uma economia forte, mas suas políticas mais emblemáticas farão quase nada de positivo pelos trabalhadores menos escolarizados ou melhorarão significativamente a vida da maioria dos americanos. Em vez disso, os ricos ficarão mais ricos, os bilionários ficarão muito mais ricos, e todos os outros provavelmente enfrentarão uma inflação mais alta, cortes nos serviços públicos e os efeitos de uma desregulamentação descontrolada. 

 

*Simon Johnson, Nobel de Economia de 2024 e ex-economista-chefe do FMI, é professor na MIT Sloan School of Management e coautor (com Daron Acemoglu) de “Poder e progresso: Uma luta de mil anos entre a tecnologia e a prosperidade”.


 EDITORIAL 

INFOCRACIA E BIG TECS: O fim dos tempos - por PAULO TIMM

 

O que é o tempo? Simploriamente, um lapso entra dois momentos. Poeticamente, como dizia Machado de Assis, ‘um tecido invisível no qual se pode pintar qualquer coisa... Até o nada. E ainda se perguntava: - “O nada sobre o invisível?”. Ainda assim, no decurso dos milênios civilizatórios, o tempo tem sido o espaço da fala, do discurso, através do qual foram se imprimindo denominação às coisas, entretecendo argumentos explicativos sobre suas ocorrências, concertando pactos e impactos, guardando memórias. Discurso, aliás, provém do latim e significa “andar ao redor”, implicando outro. “No discurso somos desviados de nossas próprias convicções em sentido positivo pelo outro. Apenas a voz do outro outorga ao meu comentário, à minha opinião, uma qualidade discursiva”. Pois foi “andando ao redor das coisas e das pessoas” que desenvolvemos, não só a inteligência, mas o processo civilizatório. Humanizamo-nos. Foi o espaço das aquisições milimétricas da racionalidade que nos conduziu ao Sapiens. “Decisões racionais são construídas a longo prazo”. Requerem concentração, foco e meditação que nos remetem, enfim, à faculdade do juízo e ao desenvolvimento frontal do cérebro. “Uma reflexão as precede, que se estende para além do momento, no passado e no futuro”. Nas sociedades sem escrita, enaltecendo o papel dos anciãos como portadores da memória. Com a escrita, o advento dos escribas. Para os filósofos, teólogos e cientistas , então, este processo é um verdadeiro calvário, longo e penoso. Não por acaso, tais criaturas e respectivas instituições foram reverenciadas como detentoras de um saber capaz de orientar as práticas do bem viver. Dos altares xamânicos às Academias. Hoje, isso acabou. Estamos à mercê de influenciadores digitais quase analfabetos, bonitinhos e ordinários. Em poucas décadas, vivenciamos um salto qualitativo na sociedade equivalente à Revolução Agrícola, ao Renascimento e à Revolução Industrial. Mudamos não só a tecnologia da comunicação, mas a cultura, rearticulando técnicas e relações de produção, cosmovisão e visão do mundo, instituições e critérios éticos e de afirmação social. Emergiram os “faladores de merda”.Bullshitters... No mundo da Infocracia o que conta são trocas de informações entre unidades de função que garantem eficiência, dispensando a Política e o Governo, como instâncias éticas, que passam a ser substituídos por Agências de Gestão e Controle. No universo dataísta, a democracia dá lugar a um sistema supostamente isento de valores impulsionado por dados que se ocupam da otimização neutra de resultados. É a vitória definitiva do empirismo experimental que reorientou a Filosofia Moderna desde Hume, para o pragmatismo tão ao gosto dos anglo-saxões. O filósofo coreano Byun Chul assinala, oportunamente, no livro “ Infocracia – Digitalização e a crise da democracia “ -Ed.Vozes:

 

“A digitalização é, justamente, o que faz erodir o factual. O moderador de televisão Stephen Colbert, (quem colocou em circulação a palavra truthiness (ver-i-dade) comentou certa vez: ‘Eu não acredito em livros. São só fatos. Sem coração’” – pg 87

 

O tempo extinguiu-se como dimensão da vida cotidiana e excluiu a ordem do discurso que possibilitou a construção da democracia ocidental com base na Razão Comunicativa. Quem primeiro intui isso talvez tenha sido o inventor do para-raios, Benjamin Franklin, que proclamou alto e bom tom: “Tempo é dinheiro”. Como a vida é difícil e todo mundo precisa de grana, o tempo da reflexão foi substituído pela corrida contra o tempo: O self service do dia a dia, onde tudo já vem pronto para o consumo, com um mínimo de dispêndio de energias físicas e psíquicas. A tecnologia da Sociedade Industrial propiciou a mudança e trouxe consigo o fim do tempo como tempo indispensável à humanização da espécie. Somos, hoje, máquinas de clicar moradores das Cidade das Estrelas. Grande livro de ficção, aliás, de Arthur Clarck: “A Cidade e as Estrelas”. Sem tempo para o discurso e para as narrativas, que impunham o reconhecimento da alteridade, nos fragmentamos como pedaços de um panorâmico espelho quebrado: Cada um por si, Deus (Data) por todos. Entramos no Reino da Informação Digital : A Infocracia. 

 

“Chamamos regime de informação, a forma de dominação na qual informações e seu processamento por algoritmos e inteligência artificial determinam decisivamente processos sociais, econômicos e políticos. (...) O regime de informação está acoplado ao capitalismo da informação, que se desenvolve em capitalismo da vigilância ( da era industrial) e que degrada os seres humanos em gado, em animais de consumo de dados” – Byon Chul Han – INFOCRACIA , Digitalização e a Crise da Democracia , pg 7

 

Vários autores já vinham chamando a atenção para os riscos deste salto no escuro sob os asas do Iluminismo. Karl Marx, crítico implacável deste mundo, há dois séculos já advertia que “tudo que é sólido desmancha no ar”. Em A Era do Vazio, Gilles Lipovetsky, aborda o vazio conectado ao individualismo numa era onde a materialidade e a exposição das redes sociais torna o momento fugaz, os relacionamentos esvaziados e a materialidade exaltada.: “O livro trata do enfraquecimento da sociedade, dos costumes e do indivíduo contemporâneo da era do consumo de massa. Ele explora um modo de sociabilização e individualização inédito, que se instituiu a partir dos séculos XVII e XVIII”. N. Luhman, em Entscheidungen in der ‘Informationsgesellschaft’, assinala, apud Byun cit: “Em uma sociedade da informação, não se pode mais falar de comportamento racional, mas, no melhor dos casos, de comportamento inteligente”. 

 

Neste regime de informação, a vigilância e a disciplina rígida de corpos aprisionados da Era Industrial são substituídas pelo controle invisível das vontades individuais, confundidas com afetada liberdade de escolha. 

 

O novo sujeito, aliás, “subjétil” - expressão de Antonin Artaud para definir o processo que vincula e separa o visível do legível, mais tarde retomada por Jean Baudrillard - porque incapaz de perceber a manipulação de que é objeto através dos perfis acumulados nos bancos de dados, supõe-se livre, autêntico e criativo. “Produz-se e se performa”, na ressonância de suas opiniões através das Redes. Fala para o vazio acreditando protagonizar-se perante o mundo. Acha-se um “player” de uma nova democracia: digital. Tudo sob um clima de suposta e salutar transparência. Não obstante, o novo presídio, cristalino, digital, nada tem de sagrado: é transparente e iluminado, aprazível”, sem mistérios ou instrumentos de tortura, mas sua invisível casa de máquinas urde e tece a dominação contemporânea: é escura e fria. Cruel. Os likes a escondem...Aposentou, por vencimento de validade, o Big Brother orweliano de 1984, substituindo-o pelo “Admirável mundo”novo” de Huxley:

 

Não por acaso o turismo cresce enormemente com milhões de pessoas viajando permanentemente de um lado pra outro. A curtição do prazer, da beleza, cada vez mais acessível às grandes massas, do divertimento, do sexo fartamente liberado e disponível na Internet, as drogas, dão um novo sentido à vida das pessoas que, não obstante, sucumbem à depressão, à violência e ao suicídio.  

 

Sidarte Ribeiro, em seu livro “O oráculo da noite”- pg 378-, lembra que “medidas da repercussão de rumores no Twitter entre 2006 e 2017 mostram que as postagens mais disseminadas são justamente as mais ficcionais. Robôs em versão algoritmo, ‘almas sem corpo” em plena atividade, já vencem eleições com plataformas extremistas nos Estados Unidos, Inglaterra e no Brasil, através do impulsionamento massivo e automático de memes falsos que contagiam as pessoas até elas acharem que as narrativas mentirosas foram tecidas por elas mesmas. Por excesso de informação e falta de critérios, corremos o risco de perder a confiança no conhecimento acumulado e vivenciar uma nova torres de Babel, um cacarejar de vozes dissonantes sem qualquer possibilidade de harmonização”.

 

O resultado deste processo de compressão do tempo e saudável submissão do Sapiens ao Big Data, gerou o que alguns analistas estão denominando “rot brain”, eleito, no final do ano 2024 como a expressão do ano, conforme informação do Dicionário Oxford, que destacou ter havido 130 mil buscar pelo verbete no ano que passou. Consta que isso representou um crescimento de 230% entre 2023 e 2024, possivelmente por causa da "preocupação com o impacto trazido por tantos conteúdos de baixa qualidade on-line". 

 

Pode ser traduzida como "cérebro podre" ou "podridão cerebral”, remetendo a um antigo provérbio inglês que diz “if is not rotten do not fix it”...O termo teria sido usado, por primeira vez, nos idos de 1854 por Henry Dvid Thoreau no seu livro “Walden”, um baluarte do ambientalismo. Ele já criticava a tendência à simplificação de ideias complexas, que tanto se disseminariam nas Redes Sociais, ao apodrecimento mal cheiroso das batatas.

 

Concluindo: Vivemos, com exceção dos “Engenheiros do Caos” que nos administram, numa referência a este título de Giuliano da Empoli, Ed. Topleituras.com, uma era de deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores à inteligência e ao efetivo exercício do juízo entre distintas possibilidades e cenários , principalmente pela subserviência às redes sociais e dependência cada vez maior dos aparelhos celulares, com reflexos sobre a nossa capacidade para construir uma sociedade verdadeiramente democrática. Perseguimos cada vez mais velocidade em nosso cotidiano, subindo cada vez mais alto no que denominamos “qualidade de vida”, morando e trabalhando em arranha-céus competitivos em altura. Vã ilusão. 


EDITORIAL  

Estamos em polvorosa, Fernanda Torres ganhou o Globo de Ouro por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”!  

- (Por Liniane Brum) – Postado por Paulo de Tarso Ricordi no FB

 

Há uma ferida aberta quando o assunto é ditadura, especialmente quando as lentes – ou as palavras – se voltam para as vítimas do regime. No espaço público a atriz honra essa chaga, com seu discurso sóbrio e figurinos que atentam para o luto, - da personagem representada, da Eunice ela mesma, de famílias-vítimas alquebradas, de um país dividido. No filme, Fernanda Torres atua com a alma, dá corpo à memória de Eunice Paiva e ao desaparecimento de Rubens Paiva. 

 

O filme de Walter Salles contribui, como nenhum outro trabalho fílmico de ficção, para a construção de uma cultura da memória sobre a ditadura militar. Ele partilha com um espectro enorme de pessoas a memória da repressão. É bem sucedido em fazer com que o público empatize com a dor da família Paiva, pois faz isso a partir de um ponto de vista palatável. Uma viúva de um ótimo pai de família, um engenheiro, um homem que sequer “pegou em armas”, mas foi desaparecido pela ditadura. Note-se que o filme apenas menciona a atuação de Rubens Paiva como homem público. Diferentemente do livro de Marcelo Rubens Paiva, não traduz no que ela consistiu, nem vislumbra o quão pacíficas foram as atitudes resistentes do deputado. 

 

Mas as escolhas que tornam o filme, como disse, palatável, não passam apenas pelo ponto de vista narrativo – da família, e, em particular, da matriarca. As escolhas dramatúrgicas são muito responsáveis pela larga adesão do público à história. Não faltam cenas clichês que levam o espectador a estados de "ânimo-padrão". A passagem dos dias de Eunice Paiva na prisão: a contagem dos bastõezinhos, dia a dia, nas paredes da cela, é um exemplo disso. A escolha da linha de atuação da atriz Fernanda Torres, que agora nos põe em polvorosa por ter ganhado o Globo de Ouro, é motor artístico inquestionável.

 

E há o buraco. 

 

Não um buraco narrativo, mas uma ferida coletiva inseparável do ato de contar essa história. A iniciativa de transformar o trauma em arte, em algo que pudesse transmitir às pessoas não atingidas diretamente pela repressão, a memória da ditadura, durante muitos anos foi serviço dos familiares de vítimas da repressão. Por vítimas eram tomados os torturados, mortos, exilados, desaparecidos, perseguidos. O tempo passou, e hoje se sabe que também são vítimas aqueles que, como Eunice Paiva, passaram toda uma existência convivendo com a dor, os percalços civis e econômicos e o indizível vácuo do desaparecimento, entre outras perpetrações. 

 

O buraco pode ser fechado com esse trabalho? Não sei. Talvez ninguém saiba. (Alguém sabe?) Sobretudo o reconhecimento público, a tentativa de reconciliação no plano coletivo, - eu disse tentativa - por outro lado, dá um passo sem igual a partir do impacto de “Ainda Estou Aqui”. A partir da visibilidade que Fernanda Torres e sua premiação dá, ainda mais, ao filme.

“Ainda Estou Aqui” está a fazer o que governo brasileiro se negou em 2024: celebrar a efeméride dos 60 anos do Golpe de 1964, mobilizar o factual, mas também o simbólico, abrindo espaço para a luz entrar. Propiciar atmosfera para a ferida cicatrizar. Esse bonde que o nosso governo perdeu, a cultura alcançou, - ou alçou. Lamber nós mesmos, por nós – brasileiros - nossas feridas: eis nossa política, mas também nossa arte. 

 

Estamos em polvorosa, Fernanda Torres ganhou o Globo de Ouro por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”!

Por Liniane Brum, escritora, sobrinha do desaparecido político Cilon Cunha Brum, morto na Guerrilha do Araguaia. 


EDITORIAL 

 Do globalismo ao neofascismo - História de uma transição. Como as políticas neoliberais devastaram o Estado nacional, desampararam as maiorias e levaram parte delas a reivindicar os “líderes fortes” que a direita cultua. Como uma alternativa pode desmontar a farsa

 

por Wolfgang Streeck - Publicado 28/11/2024 às 19:35 – 

Atualizado 23/12/2024 às 18:20

 

Parte inferior do formulário. Tradução de Glauco Faria- Do globalismo ao neofascismo - Outras Palavras

 

Com o advento da globalização neoliberal, a democracia como meio de intervenção política igualitária na economia caiu em descrédito. As elites de ambos os lados do Atlântico lideraram esse processo. Elas viam a democracia como tecnocraticamente “pouco complexa” diante da “complexidade exacerbada” do mundo; propensa a sobrecarregar o Estado e a economia; e politicamente corrupta devido à sua falta de vontade de ensinar aos cidadãos “as leis da economia”.

 

De acordo com essa linha de raciocínio, o crescimento não vem da redistribuição de cima para baixo, mas de baixo para cima: na extremidade inferior da distribuição de renda, por meio da abolição do salário mínimo e da redução dos benefícios da seguridade social; e na extremidade superior, ao contrário, por meio de melhores oportunidades de lucro e salário, apoiadas por impostos mais baixos. O processo subjacente foi uma transição para um novo modelo de crescimento hayekiano, destinado a substituir seu antecessor keynesiano como parte da revolução neoliberal.

 

Como em qualquer doutrina econômica, essas ideias devem ser entendidas como representações camufladas de restrições e oportunidades políticas decorrentes de uma distribuição de poder historicamente contingente, disfarçadas como manifestações de leis “naturais”. A diferença é que, no mundo hayekiano, a democracia não aparece mais como uma força produtiva, mas como uma pedra de moinho em volta do pescoço do progresso econômico. Por esse motivo, a atividade distributiva espontânea do mercado deve ser protegida da interferência democrática por muros chineses de todos os tipos ou, melhor ainda, pela substituição da democracia pela “governança global”.

 

A desintegração do modelo padrão de capitalismo democrático em meio ao avanço da globalização foi muito analisada. No decorrer de cerca de duas décadas, desde o desaparecimento do comunismo soviético, o neoliberalismo teve um retorno surpreendente: Hayek, que por muito tempo foi ridicularizado como líder de um culto sectário, eclipsou figuras importantes dos assuntos mundiais como Keynes e Lênin. As ideias de Hayek penetraram profundamente no pensamento não apenas de economistas e instituições internacionais, mas também de governos nacionais e partidos políticos. Isso incluiu seus apelos por um sistema no qual a propriedade privada seria protegida internacionalmente e a liberdade do mercado global prevaleceria sobre a política nacional; pela liberalização por meio de sistemas jurídicos idênticos em Estados formalmente soberanos (“isonomia”); pela liberalização econômica em federações internacionais heterogêneas; pela proibição do intervencionismo estatal por meio da lei de concorrência internacional; e, não menos importante, pela livre circulação de mercadorias, serviços, capital e pessoas como meio de neutralizar economicamente o Estado-nação. Os governos nacionais e os partidos políticos começaram a compartilhar as suspeitas da teoria da escolha pública em relação a eles mesmos.

 

Até ser desmistificado pela Grande Recessão, o neoliberalismo se tornou a doutrina político-econômica dominante do capitalismo moderno: a utopia de uma economia de mercado capitalista global autorregulável, na qual as políticas nacionais se limitavam ao estabelecimento e ao apoio dessa economia, à promoção de uma adaptação flexível a ela e, talvez, à preservação folclórica das tradições culturais e políticas locais para que as pessoas se sentissem em casa em uma sociedade cada vez mais sem teto.

 

O avanço do modelo de crescimento globalizante-neoliberal foi acompanhado por uma erosão gradual do modelo padrão de democracia do pós-guerra. Desde o final da década de 1970, houve um declínio notável na participação em eleições de todos os tipos em todas as democracias capitalistas. Isso tem sido especialmente verdadeiro entre aqueles que estão na base da distribuição de renda e de oportunidades de vida, que são os que mais precisam de proteção social e redistribuição. Ao mesmo tempo, os partidos políticos, independentemente das diferenças institucionais nacionais, sofreram um declínio drástico no número de membros. O mesmo ocorreu com os sindicatos, que, desde o final da década de 1980, raramente conseguiram exercer seu direito de greve com alguma perspectiva de sucesso. Quanto ao sistema partidário, conforme demonstrado por Peter Mair, os partidos estabelecidos do centro se distanciaram cada vez mais da sociedade e de seus eleitores, indo para o aparato do Estado, e sua crescente estatização teve sua contrapartida na privatização da sociedade civil.

 

A principal força motriz desse processo foi a compulsão por governar “com responsabilidade”, como diz Mair, derivada da própria globalização – em outras palavras, da real ou suposta falta de alternativas políticas ao pensamento neoliberal único do Consenso de Washington que se espalha. Assim como os sindicatos que querem preservar os empregos de seus membros só podem fazer exigências salariais moderadas, os partidos políticos que querem governar seus Estados, agora inseridos no mercado global, não podem se deixar influenciar demais por seus membros. Para usar os termos de Mair: a responsabilidade veio com o preço da capacidade de resposta.

 

O colapso final do modelo padrão coincidiu com a globalização acelerada da década de 1990. Quatro aspectos desse processo são característicos da involução liberal da democracia capitalista. O que está envolvido aqui é uma mudança específica nos interesses e atitudes representados pelo centro do sistema político democrático, a formação de um padrão correspondente de oferta e demanda política e o aumento dos conflitos sobre o status do Estado-nação em face dos interesses crescentes na restauração de uma política de proteção e redistribuição.

 

Em primeiro lugar, nos sistemas políticos padrão do pós-guerra, os partidos conservadores de centro-direita – que na Europa Continental geralmente tinham uma orientação democrata-cristã – haviam assumido a tarefa de conciliar o tradicionalismo social com a modernização capitalista. Isso se tornou cada vez mais difícil sob a pressão da globalização. O fim do socialismo de fato existente não significava apenas o desaparecimento da antítese do conservadorismo burguês, cuja existência havia facilitado a reconciliação do tradicionalismo com o capitalismo. Havia também novas pressões competitivas sobre os partidos de centro-direita para que abandonassem seu equilíbrio entre progresso e preservação e ficassem do lado dos destruidores criativos e dos modernizadores culturais em nome da competitividade econômica nacional. (Um exemplo entre muitos outros é a transição politicamente promovida para uma estrutura social de participação universal no mercado de trabalho, que enfraqueceu muito a receptividade da sociedade às políticas familiares conservadoras). Segmentos cada vez maiores do eleitorado culturalmente conservador ficaram politicamente desamparados.

 

Em segundo lugar, ocorreu um desenvolvimento correspondente dentro dos partidos, principalmente social-democratas, na outra metade esquerda do centro político. A abertura acelerada das economias nacionais os privou do instrumento mais importante de sua caixa de ferramentas políticas: a política econômica keynesiana em sua versão pós-guerra. O mesmo pode ser dito sobre o rápido aumento da dívida pública após a década de 1970 e o fato de que, em mercados internacionais abertos, os custos de uma política social nacional e descomodificadora ameaçavam se tornar uma desvantagem competitiva. Se os partidos conservadores do centro se tornaram os gerentes do progresso capitalista, seus colegas social-democratas se tornaram seus facilitadores, garantidores e propagandistas, falando com entusiasmo a seus eleitores sobre a luz da prosperidade renovada no fim do túnel da globalização.

 

Na Alemanha, por exemplo, os eleitores sociais-democratas tradicionais foram informados de que era melhor se reinventarem como empreendedores individuais – como a Egos Inc. – com o apoio do Estado, se necessário. Também lhes foi dito que a época moderna exigia uma política social voltada para o investimento, em vez de uma política voltada para o consumo; que a adaptação flexível era preferível à aposentadoria precoce; e que a solidariedade internacional agora significava submeter-se à concorrência nos mercados internacionais. Isso também não foi bem aceito. Enquanto os vitoriosos entre seus apoiadores se sentiam parcialmente representados – mas apenas parcialmente, já que boa parte deles se mudou para os novos partidos verdes de centro-esquerda – os perdedores da globalização, achando que tudo isso era demais para suportar, abandonaram a bandeira da modernização social-democrata, primeiro não comparecendo às urnas, depois se voltando para uma nova direita, longe do caminho democrático-capitalista.

 

Em terceiro lugar, ao se unirem à frente unida da globalização, tanto a centro-direita quanto a centro-esquerda perderam suas identidades políticas, por mais vagamente definidas que tenham sido no início. No processo de adaptação ao mercado mundial, a política democrática do pós-guerra deixou de ser a busca de longo prazo de diferentes modelos de uma sociedade ideal – um modelo paternalista-hierárquico, por um lado, e um modelo igualitário e sem classes, por outro – e passou a ser uma série de reações pragmáticas e de curto prazo às condições do mercado mundial em constante e imprevisível mudança. Os políticos e a política se tornaram menos ideológicos do que nunca, sem perspectiva e, portanto, indistinguíveis uns dos outros. Dessa forma, a democracia poderia se transformar em pós-democracia, entretendo os eleitores como espectadores passivos, ao mesmo tempo em que trazia spin doctors e técnicos de relações públicas para elaborar políticas.

 

O comportamento do voto – tanto as intenções contadas pelos estrategistas eleitorais quanto as escolhas dos próprios eleitores – mudou de acordo com isso: não mais orientado para um ideal social coletivo, um futuro comum pelo qual lutar como cidadãos, mas dissociado de posições de classe e ideologias, reagindo ao momento, em vez de a um futuro ideal. Como resultado, a rotatividade de eleitores entre os partidos aumentou, enquanto os antigos partidos do modelo padrão podiam contar cada vez menos com o apoio estável de uma base estabelecida.

 

Em quarto lugar, a despolitização pragmática da política provocada pela globalização, especialmente na esfera da economia política, juntamente com o surgimento de uma política econômica uniforme e de acordo com o mercado, acabou com a estruturação do conflito político-partidário ao longo do eixo capital-trabalho, como havia moldado a diferenciação e a integração política no modelo padrão. Ele foi substituído por uma nova clivagem que atravessou a estrutura de patrocínio do antigo sistema, entre uma maioria cada vez menor que se sentia amplamente representada na política pós-democrática e uma minoria cada vez maior que se sentia excluída. Isso se refletiu, entre outras coisas, em um declínio na participação dos eleitores e em um alto grau de volatilidade eleitoral, bem como em um declínio dramático na confiança e nas expectativas dos cidadãos em relação à política e aos partidos em todos os grupos.

 

Nos anos de internacionalismo e suas crises, outra clivagem se cristalizou entre uma orientação nacional e uma orientação internacional dos interesses políticos. Aqueles que sentiam que haviam se beneficiado da globalização de uma forma ou de outra se encontravam na estreita faixa da política da Terceira Via. Por outro lado, entre os perdedores econômicos e culturais da globalização, aqueles que não se viam representados pelo centro político reorganizado, desenvolveu-se uma preferência há muito não articulada e politicamente submersa por uma restauração da autonomia política e da capacidade do Estado-nação. Essa preferência podia ser cada vez mais mobilizada por partidos e movimentos orientados para um nacionalismo de direita ou de esquerda – e, por esse motivo, excluídos como “populistas” do espectro dominante.

 

A crise de 2008 marcou o fim do auge do neoliberalismo. Muito havia sido prometido e muito pouco foi cumprido. As dúvidas sobre a democracia, se não sobre o capitalismo, começaram a crescer entre as pessoas comuns, que se redescobriram e se reconstituíram politicamente de várias formas e cores, tanto como manifestantes quanto como eleitores. A perda da estabilidade e da confiança, a distribuição cada vez mais desigual da riqueza, que cresce cada vez menos, e a estagnação econômica, apesar das demandas por mudanças estruturais, juntamente com a crescente insegurança cultural e o desprezo da elite pelos que foram deixados para trás, deram origem a contra-movimentos populares plebeus vindos de baixo. O regime neoliberal pós-democrático reagiu a esses movimentos com horror.

 

Independentemente de terem surgido da experiência da vida cotidiana globalizada ou de terem sido oportunisticamente fomentados por novos atores políticos, o que eles tinham em comum era e é uma profunda desconfiança de qualquer tipo de “abertura” com eventos incertos, do livre comércio à migração, acompanhados por uma redescoberta da solidariedade local e da justiça local, em nível regional, nacional e de classe, em todas as combinações imagináveis. Já nos anos anteriores à crise, a globalização havia sido objeto de protestos; depois, por meio de uma infinidade de desvios, ela provocou uma repolitização de uma vida política que estava paralisada há algum tempo, culminando em uma disputa fundamental, mais ou menos articulada, sobre o lugar correto e legítimo da política, da democracia e da solidariedade na sociedade.

 

Hoje, em todos os países do capitalismo da OCDE, alguns dos remanescentes do modelo padrão de democracia do pós-guerra estão sendo redescobertos e utilizados como recursos institucionais para a resistência popular contra a modernização capitalista e cultural acelerada e a mudança estrutural politicamente desempoderadora impulsionada pela globalização. O que isso significa é uma luta amarga sobre o futuro caráter do Estado, tanto nacional quanto internacional: centralizado e integrado para proteger a globalização, ou descentralizado e subdividido para impedir seu avanço; elitista ou igualitário; (pequeno) burguês ou plebeu; tecnocrático ou democrático? Nos anos anteriores à Covid, começaram a surgir os contornos de uma reversão da tendência de queda na participação política, com um aumento nos protestos e greves mais frequentes. Os partidos de modelo padrão abandonados e seus aliados na mídia tiveram pouco a ver com isso. Na verdade, eles combateram a nova onda de politização com todo o arsenal de armas de que dispunham – propagandísticas, culturais, legais, institucionais – muitas vezes, sem querer, soprando vento nas velas daqueles que eles haviam enquadrado como inimigos não apenas da democracia, mas também do Estado.

 

Três décadas de centralização e unificação político-econômica neoliberal mudaram as democracias ocidentais em seu cerne: partidos políticos centristas declinaram conforme a participação eleitoral se recuperou, sindicatos perderam membros e status político, e novos partidos de direita, ou correntes populistas dentro dos partidos existentes, corroeram o conservadorismo centrista, incluindo a social-democracia tradicional. Em 2023, a nova oposição havia se transformado em uma força política mais ou menos influente a ser considerada em todos os países ocidentais, em alguns se tornando um parceiro informal ou formal no governo, às vezes até mesmo como sua força política dominante.

 

Isso vale para os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, bem como para a Itália, França, Áustria e toda a Escandinávia, sem falar na Polônia, Hungria e Europa Central e Oriental de forma mais ampla. O que quer que possa dividir os novos nacionalistas de direita, o que eles têm em comum é a oposição à internacionalização e à centralização e integração da governança que vêm com ela, trazendo à tona e politizando uma linha de conflito nas democracias capitalistas inerente à Nova Ordem Mundial pós-1990 do neoliberalismo global.

 

Hoje, as pressões por autogoverno local — por descentralização da governança por meio da restauração da soberania nacional — e a questão de como responder a elas são uma questão central de políticos e da política em contextos políticos e econômicos nacionais e internacionais. Forças políticas que insistem na soberania de seus Estados-nação — em relação a outros Estados imperiais, bem como a organizações internacionais dominadas por estes últimos, ou a mercados livres globais ou continentais — podem alegar que estão defendendo uma condição indispensável da democracia nacional, mesmo que a queiram apenas para si, e não também para seus oponentes. Aqueles que tentam preservar a democracia liberal do período neoliberal tendem a subestimar o poder da oposição a ela, enquanto superestimam a capacidade de governar, política e tecnicamente, de organizações supranacionais e países hegemônicos imperiais. A democracia neoliberal foi incapaz de evitar uma profunda perda de confiança em suas instituições por parte dos cidadãos, o que é outro resultado dramático de longo prazo das três décadas neoliberais desde o início dos anos 1990. Nem o centralismo neoliberal foi capaz de sustentar instituições nacionais ou internacionais capazes de estabilizar uma economia de mercado global; como os mercados falharam, a política neoliberal, que havia apostado em sua infalibilidade, estava fadada a falhar também.

 

A revolução neoliberal havia destruído completamente a ordem política e social do compromisso do pós-guerra, descartando um simples retorno a ele. Isso torna ainda mais necessário entender as causas precisas do fracasso do centralismo supranacional para entender os possíveis contornos da democracia pós-globalista e pós-neoliberal. Somente dessa forma podemos esperar preencher o vazio político deixado pelo neoliberalismo com um equivalente funcional do modelo padrão do pós-guerra. Como seu predecessor, um modelo pós-globalização de democracia — descentralizada — teria que ser incorporado em uma ordem internacional acomodatícia que respeitasse a autonomia política local e a soberania do Estado nacional como condições fundamentais para a democracia na sociedade e na economia.

 

A este respeito, o destino da União Europeia oferece lições sobre a fragilidade do internacionalismo estatista, os limites da governança supranacionalmente centralizada, da integração como unificação — em suma, sobre a futilidade de tentativas mais ou menos bem-intencionadas de consignar o Estado-nação como o local da soberania distribuída para a lata de lixo da história. Olhando em particular para o estado da União Europeia no final do neoliberalismo e no início da pós-globalização, pode-se aprender sobre as forças de resistência a uma ampliação supranacional hierárquica-tecnológica da política, como aquelas que afastaram os Estados-membros da UE que deveriam crescer para se tornarem os Estados Unidos da Europa.

 

Além disso, a maneira como as rédeas foram apertadas novamente e a centralização restaurada no curso da guerra na Ucrânia sugere que a unificação supranacional de Estados-nação soberanos é melhor perseguida com a ajuda de um inimigo ou aliado comum — um Estado imperial agindo como um unificador externo ao definir ou mesmo criar um problema de segurança internacional comum a ser tratado supranacionalmente sob liderança imperial: uma questão de vida ou morte, bem diferente de uma rendição voluntária da soberania nacional em prol da prosperidade econômica e do conforto cosmopolita, e extremamente perigosa para começar.

 

Nota: Este ensaio foi adaptado do último livro do autor, Taking Back Control?: States and State Systems After Globalism, publicado pela Verso.  

 

Wolfgang Streeck é diretor do Instituto Max Planck para Pesquisa Social em Colônia e professor de sociologia na Universidade de Colônia. Entre seus livros estão “Buying Time: The Delayed Crisis of Democratic Capitalism”.


EDITORIAL 

O fim dos tempos, por PAULO TIMM
Como as pessoas usaram seu tempo desde 1940 –
https://www.facebook.com/reel/1103094131418205/?s=single_unit&_cft[0]=AZXNbI-EQgi5B2jGTUvCHxBST4Jnpdmb9EXLuIwffkvaWOPwqE3Iy--tucMsqG739IVuy6pUaxgurzFc4KTlHyEZmDx7jCpIDaBi8eejHXogIplZ9u-UBtIMOBPO_V5Rz6zsESezhIaJZewbYd9qlcH7NH0Bl7Gmgqw9v-Zv2VjsfgGh7wo89NaAfP_7QoRptQo&tn_=H-R

O ASSUNTO g1 - Brain rot - a exaustão que marcou 2024 - 'Brain rot', que pode ser traduzido como 'podridão cerebral', foi eleito o termo do ano pelo Dicionário Oxford por causa do uso excessivo de redes sociais para consumo de conteúdos considerados pouco desafiadores e triviais - O Assunto #1375: Brain rot - a exaustão que marcou 2024 | O Assunto | G1

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O que é o tempo? Simploriamente, uma lapso entra dois momentos. Poeticamente, como dizia Machado de Assis, ‘um tecido invisível no qual se pode pintar qualquer coisa...Até o nada. E ainda se perguntava: - “O nada sobre o invisível?”. Ainda assim, no decurso dos milênios civilizatórios, o tempo tem sido o espaço da fala, do discurso, através do qual foram se imprimindo denominação às coisas, entretecendo argumentos explicativos sobre suas ocorrências, concertando pactos e impactos, guardando memórias. Discurso, aliás, provém do latim e significa “andar ao redor”, implicando outro. “No discurso somos desviados de nossas próprias convicções em sentido positivo pelo outro. Apenas a voz do outro outorga ao meu comentário, à minha opinião, uma qualidade discursiva”. Pois foi “andando ao redor das coisas e das pessoas” que desenvolvemos, não só a inteligência, mas o processo civilizatório. Humanizamo-nos. Foi o espaço das aquisições milimétricas da racionalidade que nos conduziu ao Sapiens. “Decisões racionais são construídas a longo prazo”. Requerem concentração, foco e meditação que nos remetem, enfim, ao juízo e ao desenvolvimento frontal do cérebro. “Uma reflexão as precede que se estende para além do momento no passado e no futuro”. Para os filósofos, teólogos e cientistas, então, este processo é um verdadeiro calvário, longo e penoso. Não por acaso, tais criaturas e respectivas instituições eram reverenciadas como detentoras de um saber capaz de orientar as práticas do bem viver. Hoje, isso acabou. O tempo extinguiu-se como dimensão da vida cotidiana e excluiu a ordem do discurso que possibilitou a construção da democracia ocidental com base na Razão Comunicativa. Quem primeiro intui isso talvez tenha sido o inventor do para-raios, Benjamin Franklin, que proclamou alto e bom tom: “Tempo é dinheiro”. Como a vida é difícil e todo mundo precisa de grana, o tempo da reflexão foi substituído pela corrida contra o tempo: O self service do dia a dia, onde tudo já vem pronto para o consumo. A tecnologia propiciou a mudança e trouxe consigo o fim do tempo como tempo indispensável à humanização da vida. Somos máquinas de clicar inseridos na Cidade das Estrelas. Sem tempo para o discurso e para as narrativas, que impunham o reconhecimento da alteridade, nos fragmentamos como pedações de um espelho quebrado: Cada um por si, Deus (Data) para todos. Entramos no Reino da Informação: Infocracia.

“Chamamos regime de informação, a forma de dominação na qual informações e seu processamento por algoritmos e inteligência artificial determinam decisivamente processos sociais, econômicos e políticos. (...) O regime de informação está acoplado ao capitalismo da informação, que se desenvolve em capitalismo da vigilância ( da era industrial) e que degrada os seres humanos em gado, em animais de consumo de dados” – Byon Chul Han – INFOCRACIA , Digitalização e a Crise da Democracia , pg 7

Neste regime de informação, a vigilância e a disciplina rígida de corpos aprisionados são substituídas pelo controle invisível das vontades individuais, confundidas com liberdade de escolha. O novo sujeito, aliás, subjétil, porque incapaz de perceber a manipulação de que é objeto através dos perfis acumulados nos bancos de dados, supõe-se livre, autêntico e criativo. “Produz-se e se performa”, na ressonância de suas opiniões através das Redes. Acha-se um protagonista da democracia digital. Tudo sob um clima de transparência salutar. O novo, presídio, digital, nada tem de sagrado: é transparente e iluminado, aprazível”, sem mistérios ou instrumentos de tortura. Mas sua invisível casa de máquinas urde e tece a dominação, é escura e fria. Cruel. Os likes a escondem...

“Na sociedade da informação, os locais de incorporação do regime disciplinar se desfazem em redes abertas. Para o regime da informação, valem os seguintes princípios topológicos: descontinuidades são produzidas em prol de continuidades. No lugar de encerramentos e conclusões, aparecem aberturas. Celas isoladas são substituídas por redes de comunicação. A visibilidade é , então, produzida de toda outra maneira, não pelo isolamento, mas pela conexão. (...) Quanto mais geramos dados, quanto mais intensivamente nos comunicamos, mais a vigilância (controle) fica eficiente sob o véu da conveniência do menor esforço. O telefone móvel como aparato de vigilância e submissão explora a liberdade e a comunicação. (...) Paradoxalmente, é o sentimento de liberdade que assegura a dominação.” (Cit. pg13)

 


Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com


'O milagre alemão terminou, e Europa sofrerá as consequências'
Play audio, "'O milagre alemão terminou, e Europa sofrerá as consequências'", Duration
15,35- 23 nov 24 https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3wq292z3w5o
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Legenda do áudio,O governo de coalizão da Alemanha se desintegrou em novembro —
e agora há eleições gerais marcadas para 23 de fevereiro de 2025Article
informationRole,BBC News Mundo
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A Alemanha está passando por um momento um tanto turbulento. Seus
indicadores econômicos estão deixando a desejar há anos e ameaçam seu
status de "milagre econômico". E, com a fragilidade da principal economia da
zona do euro, os países vizinhos também vão sofrer.
O país não é mais o Exportweltmeister, o "campeão mundial de exportações",
como era conhecido nos mercados internacionais.
No auge da hiperglobalização, a Alemanha chegou a ser o maior exportador do
mundo. O gás russo fornecia combustível barato às suas indústrias, e
a China era um grande parceiro comercial.
Mas esse mundo com a Alemanha no topo já não existe mais. Acontecimentos
como o  Brexit  (saída do Reino Unido da União Europeia), as tarifas de Donald
Trump, a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ascensão da China, que passou
de compradora a concorrente, afetaram seu modelo industrial.

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Não foram as únicas causas.

Sabotagem? O que se sabe sobre rompimento de cabos submarinos na
Alemanha
Fim do Matérias recomendadas
"Talvez o maior choque de todos tenha vindo da tecnologia", diz Wolfgang
Münchau, diretor da publicação especializada EuroIntelligence e autor do
livro Kaput: The End of the German Miracle ("Kaput: o Fim do Milagre
Econômico Alemão", em tradução livre).
"A Alemanha de hoje tem uma das piores redes de telefonia celular da Europa.
O fax ainda reina no Exército e nos consultórios médicos. E há muitas lojas que
ainda só aceitam dinheiro em espécie."

"Para dar um exemplo de como o país ficou para trás, no início os dirigentes da
indústria automotiva alemã, em sua maioria homens, consideravam os carros
elétricos brinquedos para meninas", escreveu o autor.
Para Münchau, esse declínio vem se desenvolvendo há anos. "As piores
decisões foram tomadas durante o longo reinado de Angela Merkel. Na década
de 2010, a Alemanha aumentou sua dependência do gás russo, investiu menos
em fibra óptica e infraestrutura digital, e aumentou sua dependência das
exportações."
"É um modelo que, por diversos fatores, se tornou obsoleto."
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Em outubro, a Volkswagen registrou uma queda de 64% nos lucros do
terceiro trimestre. A Mercedes-Benz e a BMW também registraram perdas
Apesar de a Alemanha ser celebrada como uma líder do mundo ocidental,
houve, segundo Münchau, uma carência de reformas econômicas significativas
e um foco excessivo na política externa em detrimento da inovação e do
planejamento econômico de longo prazo.
Hoje, as grandes empresas do setor químico, de engenharia e automotivo
estão sofrendo — e, com elas, as redes empresariais menores que fornecem
componentes.
O exemplo mais evidente foi apresentado recentemente pela Volkswagen. O
maior empregador do setor privado da Alemanha ameaça fechar fábricas no
país pela primeira vez em 87 anos de história.
Made in Germany já foi um símbolo de uma tecnologia avançada e confiável,
mas a Alemanha não soube adaptar sua indústria mecânica ao modelo digital,
segundo Münchau.
Além disso, em novembro, o governo de coalizão liderado por Olaf Scholz
entrou em colapso, forçando a convocação de novas eleições para fevereiro de
2025.
Mas como é possível que uma das nações tecnologicamente mais avançadas
do mundo tenha ficado para trás?
Nesta entrevista, Wolfgang Münchau analisa os diversos fatores que
arrastaram a principal economia da zona euro para este momento conturbado.
BBC News Mundo - A Alemanha tem hoje uma economia com
crescimento muito baixo, ao qual ninguém está acostumado. O que vai
acontecer na Europa?
Wolfgang Münchau - A Europa vai sofrer. A Alemanha foi seu motor de
crescimento, mas agora uma Alemanha que não cresce está politicamente
menos disposta a ter grandes programas de apoio à União Europeia (UE). O
país é um grande contribuinte líquido para seu orçamento.
Mas não se pode contar com a Alemanha estagnada para financiar a UE da
mesma forma que antes, e ela pode relutar em financiar a guerra na Ucrânia.
Porque se não há crescimento, não há margem fiscal para expandir o
orçamento. Por isso, veremos decisões difíceis, e todas elas estão interligadas.
BBC News Mundo - Há algum país que possa substituir a Alemanha como
motor da Europa?
Münchau - Não acredito que haja algum, sobretudo por uma questão de
tamanho, a Alemanha tem 85 milhões dos 500 milhões de habitantes da União
Europeia, e sua economia é cerca de 20% maior que a segunda maior
economia da UE.

CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Depois de quatro mandatos como chanceler, Angela Merkel deixou o
poder em dezembro de 2021
BBC News Mundo - Quando começou o milagre econômico alemão?
Münchau - Começou realmente depois da Segunda Guerra Mundial. No fim da
década de 1940, houve um período de novas empresas e muito dinamismo na
economia, com base na engenharia e na indústria.
Os oleodutos e os reatores nucleares foram as engrenagens que
impulsionaram a economia alemã. Eram a força vital do seu modelo industrial.
Foram estes oleodutos que mais tarde dariam à Alemanha acesso ao petróleo
norueguês e ao gás russo. Essa primeira fase do milagre durou até o início da
década de 1970.
O período de 1980 a 1990 foi mais problemático porque a unificação custou
muito dinheiro. Mas, em 2005, chegaria uma segunda fase, que durou até
aproximadamente 2018.
A Alemanha viveu um período bem-sucedido entre 2005 e 2015, conhecido
como "milagre alemão moderno".
Legenda da foto,Com seus 80 milhões de habitantes e poder exportador, a Alemanha é a
economia mais forte do continente europeu
Entre os fatores que contribuíram para este sucesso, estão as reformas do
mercado de trabalho introduzidas pelo chanceler Gerhard Schröder em 2003,
que levaram à moderação salarial, além do gás barato da Rússia, da
liberalização do transporte marítimo e da logística de contêineres.
E também havia a forte demanda de bens industriais alemães por parte de
economias em rápido crescimento, como a China ou a Índia.
BBC News Mundo - O que indica que "o milagre" acabou?
Münchau - Em termos de dados e estatísticas publicadas, podemos ver isso
por volta de 2018. Mas tem sido um processo progressivo, cujas causas
remontam a muitos anos atrás.
O que aconteceu com a Alemanha é que ela se tornou muito dependente de
algumas indústrias, em especial da indústria automotiva. Isso é bastante raro.
A maioria dos países grandes, como Estados Unidos, China, Brasil ou Japão,
possui indústrias diversificadas. Eles não dependem de um ou dois setores.
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,O fechamento das centrais nucleares e o fim da energia barata se
deveram a razões políticas, e não econômicas
Mas a Alemanha se tornou muito dependente dos automóveis, dos produtos
químicos e também das máquinas de engenharia mecânica.
Essas três indústrias eram extremamente importantes para a economia alemã
e sofreram problemas semelhantes desde 2018.
BBC News Mundo - Quais foram esses problemas?
Münchau - Um deles foi a crise do aumento dos preços da energia, que se
tornou um problema específico após a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin.
Mas, no caso do setor automotivo, aconteceu outra coisa: não conseguiu
inovar.
Não está na vanguarda dos veículos elétricos. Continuou vendendo seus
automóveis antigos movidos a combustível, e investiu nas tecnologias erradas.

O que vemos agora é que a Tesla e os chineses são os líderes em veículos
elétricos, e os alemães ficaram para trás.
De certa forma, a obsessão da Alemanha com a indústria destaca a
incapacidade do país de aceitar que as economias ocidentais modernas são
baseadas em serviços, e não em manufatura.
CRÉDITO,SWIFT PRESS
Legenda da foto,Wolfgang Münchau, diretor da EuroIntelligence, explica por que a
Alemanha ficou para trás
BBC News Mundo - Um amigo seu disse para você não escrever este
livro, porque a Alemanha tem um histórico de se recuperar quando menos
se espera. Isso pode acontecer desta vez? Ela pode renascer?
Münchau - Esta crise é diferente das anteriores, quando os problemas eram a
competitividade e os custos. Esta é a crise em que a Alemanha, como país,
está vendendo produtos obsoletos, que já não estão na vanguarda da
tecnologia.
Isso se deve ao fato de a Alemanha ter perdido o século 21 em termos de toda
a revolução digital. Passou anos investindo nas tecnologias equivocadas. Nos
automóveis, isso é óbvio porque podemos ver.
Mas também vimos uma digitalização lenta das indústrias existentes. A
tecnologia digital invadiu os dispositivos mecânicos em que o país era líder e
não soube se adaptar.
BBC News Mundo - Este fenômeno na indústria está relacionado com a
aversão dos alemães à digitalização que você menciona em Kaput?
Münchau - Acho que sim. É possível ver isso em muitas áreas da vida pública
e em muitos setores do governo que ainda usam aparelhos de fax. Da mesma
forma que nos consultórios médicos.
Isso também pode ser observado na telefonia e na cobertura de celular, que é
muito fraca em muitos lugares, e na implantação de fibra óptica, que também
está muito atrasada.
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Editorial 

 


 Y asi pasan los dias.. Quizás, quizás, quizáz! Por Paulo Timm/20/XII

 

A política econômica atual, com juros altos e arrocho fiscal, perpetua a chantagem do financismo, que usa o discurso da “dominância fiscal” para justificar seus ganhos, ignorando a real causa da inflação e impondo sacrifícios aos mais pobres - Paulo Kliass in Dominância fiscal, o apocalipse da vez - 17/12/2024

 

De cada 10 notícias sobre economia 8 são publicadas por veículos que pertencem a investidores. Hoje o poder de especular está associado ao poder de criar a narrativa (determinar o que é “verdade”). O país sob a mira dos sequestradores…- Eduardo Moreira - https://youtu.be/ufXzhU9t3zE?si=2A4cQIeaBdzBZpgV

 

A economia desgovernada - Por Ladislau Dowbor

https://www.lemonde.fr/idees/article/2024/06/13/aujourd-hui-les-milliardaires-ne-paient-quasiment-pas-d-impots-car-une-grande-partie-de-leurs-revenus-proviennent-du-capital_6239271_3232.html 

 

2024 – Dolar em alta- Erros e Crise na Economia - Aceertos de Lula – Carlos Paiva e Gabriel Wainer - https://www.google.com/search?q=dolar+em+alta+e+crise+na+economia+-+CARLOS+PAIVA+YTUBE&oq=dolar+em+alta+e+crise+na+economia+-+CARLOS+PAIVA+YTUBE&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIJCAEQIRgKGKAB0gEJMjUzODNqMGo3qAIIsAIB&sourceid=chrome&ie=UTF-8#fpstate=ive&vld=cid:0d31e3bd,vid:0GzGdyZs3RE,st:0 

 

Semana passada, o assunto central da Mídia foi a saúde do Lula. Não faltaram aí, inclusive, manifestações indecorosas de alguns, regozijando=se com sua morte eventual. Lamentável. Nesta semana a questão do dólar está ocupando as manchetes. Saltou de R$ 5,7 para um nível de R$ 6,30 no dia 19. Tocou horror. Os alarmistas de sempre saem a campo dizendo que a inflação vai explodir, enquanto os governistas denunciam um ataque especulativo. Em meio às controvérsias Haddad, Ministro da Fazenda, reitera que não há perigo nenhum: os indicadores da economia demonstram que estamos indo bem. Um atento e experiente analista econômico, Eduardo Moreira, porém se detém na análise dos fatos e sugere a metáfora do sequestro para explicar os riscos da conjuntura. Diz ele: o sequestrador não pratica o seu crime para matar a vítima, mas para ganhar uma grana, sabendo, entretanto, que pode dar tudo errado e vir a ser morto pela Polícia. A situação que estamos vivendo é a seguinte: Vivemos uma etapa da economia (de mercado) capitalista totalmente dominada pelos interesses financeiros. No Brasil isso é ainda mais acentuado pela forte concentração bancária de nossos sistema. Eles constituem, na verdade, o que tradicionalmente se denomina como classe dominante mas que eles preferem denominar: “Mercado”. Já não são os proprietários de terras, nem os donos das grandes empresas industriais. São donos de tudo isso e mais alguma coisa: a capacidade de movimentar o capital dinheiro (fictício) aquém e além fronteiras sem maiores limites. Muros, só para os miseráveis da África e da América Latina...Foi-se o tempo da “mais-valia”, medida pelo excesso de horas de trabalho que os operários entregavam aos empresários industriais sobre o seu custo de reprodução. Isso subsiste, sobretudo em empresas “fechadas”, mais tradicionais, de grande impacto no emprego formal mas baixa representação na valorização do PIB. Isso não é de fácil compreensão para a maior parte das pessoas que vivem mais de “impressões” sobre o que significa o processo dominação numa sociedade de classes, como a nossa. O homem simples das ruas, republicano e universal, como o dizia Cassiano Ricardo num famoso poema, vê o mundo com os olhos e ouvidos singelos sem se dar conta das camadas geológicas que formam a sociedade e controlam a opinião pública. Para ele, rico é o cara da casa mais bonita da rua de cima que tem um carro zero. Nas cidades maiores, chega a ter uma ideia de que há um seleto grupo de privilegiados donos de imóveis, estabelecimentos, membros do Rotary e suspeitos de serem massons. Dificilmente percebe que sobre a economia nacional impera um conjunto de grandes interesses financeiros que não são apenas donos do dinheiro, mas donos, através de seus investimentos, de grande parte dos ativos mobiliários – Bolsas, Dólares, Aplicações, S/As etc - , como, também imobiliários. Além de donos da “bola”, estes setores são, senão diretamente proprietários das grandes Redes de Comunicação, seus principais anunciantes e, com isso, controlam o que os diligentes leitores leem nos jornais, veem na TV e escutam nas rádios o dia inteiro. Quantos são eles? No mundo inteiro calcula-se que seja apenas 1% da população global; no Brasil, segundo o ATLAS SOCIO ECONOMICO do IPEA, bem menor: 0,01%, ou cerca de 20 mil abençoados bilionários. Alguns contestam este número e o reduzem à menos de 300 nobres famílias, metade das quais enraizada no espólio colonial. Não são pessoas más, muitos até são piedosos crentes de suas confissões e frequentam regularmente seus templos e livros sagrados. Mas têm interesses e os defendem com unhas e dentes, a propósito, afiados. Em contrapartida a este bloco de interesses se situa o interesse na Nação, com cerca de 100 mil trabalhadores ativos e 25 milhões de inativos, maioria dos quais vivendo com até 1 Salario Mínimo por mês, uma classe média em torno de 50 milhões que cresce de cima para baixo muito lentamente, e uma infinidade de brasileiros que sequer aparecem nas estatísticas procurando emprego ou recebendo alguma coisa. O interesses destes, nem sempre coincide com o interesse dos que compõem a cúpula da sociedade. Mas acabam se sensibilizando às suas causas ao serem revertidos, por vários meios, de consumidores em “investidores”, ou de trabalhadores em “empreendedores”, numa aliança de difícil reversão. De entremeio a eles, está o Governo, supostamente representativo seja da cidadania em geral, seja do Estado como entidade encarregada de preservar não só o território nacional, mas um mínimo de segurança nas suas várias acepções: Segurança Nacional, Segurança Pública e Segurança Civil, onde habitam desde o Meio Ambiente, as pessoas e as instituições. Não é muito fácil digerir isso tudo e, ao mesmo tempo, ver em que medida isso se articula com o sistema político que elege de, tempos em tempos, um Presidente da República pelo voto direto e uma Câmara dos Deputados pelo proporcional. 

Ultimamente, vive-se o dilema da inflação, do dólar e do déficit público. O dito Mercado, que em nada se confunde com o mercadinho da esquina, mas o “envolve” emocional e ideologicamente, quer AUSTERIDADE DO GOVERNO e corte de gastos porque teme que o déficit se torne impagável e engula seus R$ 9 trilhões investidos em ORTN. Temem que, ao aumentar o déficit, a inflação, mais alta, também corroa o valor de sua “Poupança”. Os assalariados, claro, perdem poder de compra com a inflação. Já os titulares do “Mercado”, perdem trilhões. Até já procuram a garantia de dólares para evitar o pior mas, com isso, aumentam a corrida para a moeda mais forte elevando a taxa de câmbio, que num círculo vicioso, acabará elevando ainda mais os preços. É o dilema do sequestrador. Tendo pressionado o Governo reticente aos seus apelos, o “Mercado”, agora, aguarda o desfecho do “crime”: Uma negociação amigável. Estão todos de orelha grudada no telefone na Faria Lima, aguardando os acontecimentos. Não irão esticar ainda mais a corda. Numa dessas, o tigre acuado redobra suas forças e reverte o jogo...Aí, tudo pode acontecer, menos o nada. O dólar dificilmente voltará, no curto prazo, aos valores idílicos do passado recente.


Editoria 

CARTOGAFIA CEREBRAL MADE IN INDIA 

por Suzana Herculano-Houzel

Bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)

 

Coisas maravilhosas acontecem quando há investimento concentrado em ciência

 

 

 

 

O cérebro humano, cheio de dobras e com centenas de estruturas, bilhões de neurônios, trilhões de quilômetros de cabos e quatrilhões de sinapses, é no começo um mero canudo de células. O processo pelo qual uma coisa se transforma na outra se chama desenvolvimento, e estudar como aquele canudo vira cérebro é a única maneira de entender por que as partes do cérebro são como são.

 

Por que se dar ao trabalho, você pergunta? Se não lhe bastam a admiração com a ideia de que o cérebro que lhe permite ler este texto foi um dia apenas um canudo de células, mais a satisfação em pensar que entender o processo envolvido está ao nosso alcance, pense em todos os problemas de saúde que decorrem de alterações no desenvolvimento do cérebro.

 

A lista inclui epilepsia, autismo, deficiência intelectual, tumores e toda uma série de síndromes genéticas. Exatamente como um carro em pane, é preciso entender como o cérebro adulto é construído antes de poder sequer tentar consertá-lo.

 

Um mapa do cérebro humano, como um mapa de uma cidade, representa lado a lado em uma superfície plana as partes que se encontram lado a lado no mundo. Como o cérebro é tridimensional, mapeá-lo requer não um único mapa, mas uma pilha deles: um atlas. Navegar um atlas do cérebro é explorar seus caminhos.

 

Para acompanhar o processo de transformação do canudo em cérebro, então, é preciso ainda mais do que um atlas: é preciso toda uma série de atlas que mostrem, cada um deles, mapas de todas as células em todas as estruturas em todas as partes de cada canudo em transformação. Sem isso, sem chance de ligar os pontos e entender a lógica subjacente à complexidade daquilo que um dia começou canudo —e aliás nunca deixou de ser.

 

O problema é que a tarefa, monumental, é demais para laboratórios individuais e para os esquemas usuais de financiamento competitivo. Um atlas digital do cérebro humano adulto, acessível gratuitamente, foi publicado em 2016 no periódico do qual eu agora sou editora-chefe, o Journal of Comparative Neurology.

 

A empreitada foi possível graças à doação por Paul Allen, cofundador da Microsoft, de US$ 100 milhões em 2003, mais outros US$ 300 milhões em 2012, para o que se tornou o Allen Institute for Brain Science, em Seattle, nos EUA, um país que ainda tem tradição em investimento filantrópico em ciência.

 

Por isso ninguém esperava que um feito ainda maior —uma série de cinco atlas do cérebro humano durante o segundo semestre de gestação— viesse da Índia. É um país sem qualquer tradição em neurociência e que vem, como o Brasil, exportando jovens para aprender alhures —e, também como o Brasil, tentando repatriá-los já como talentos formados. Mas sem dinheiro não há ciência, e sem visão de longo prazo também não.

 

Eis que um engenheiro elétrico do Instituto Indiano de Tecnologia de Madras, Mohan Sivaprakasam, ousou pensar grande; o Ministério de Ciência e Tecnologia e seus consultores apoiaram e financiaram a ideia, sem qualquer processo competitivo; um ex-aluno agora bilionário doou outros tantos, garantindo a continuidade do projeto; e uma neurocientista, Richa Verma, foi repatriada da Austrália para liderar o projeto.

 

Dois anos e um décimo do custo do antecessor estadunidense depois, estou em Madras para anunciar a publicação pelo Sudha Golapakrishnan Brain Centre dos cinco atlas indianos no mesmo periódico, agora sob minha direção. Dá gosto de ver.

Ah se o Brasil fizesse igual... 


Editorial 

 MAPEAMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO RS- http://guayi.org.br/?p=656

 

A Economia Solidária é uma alternativa econômica baseada na autogestão, autonomia e solidariedade, que tem construído uma alternativa para um grande número de trabalhadores que enfrentam a crise das relações de trabalho, de desemprego e o aumento da exclusão social.

 

Com esta nova forma de organização do mundo do trabalho, a Secretaria Nacional da Economia Solidária – SENAES está desenvolvendo um conjunto de políticas que passou a organizar um programa voltado para o benefício dos trabalhadores da Economia Solidária.

 

Para planejar uma política mais efetiva de apoio, a SENAES está realizando o mapeamento da economia solidária em âmbito nacional no sentido de contribuir para a consolidação desta nova forma de economia através de um Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária. Para tanto, foram constituído um Grupo de Trabalho Nacional (GT) e 27 Equipes Gestoras Estaduais (EGEs).

 

No Rio Grande do Sul, a equipe Gestora – EGE, composto por DRT, UNISINOS, GUAYI, CAEPS, CAMP, CÁRITAS, COOESPERANÇA, ESCOLA 8 DE MARÇO, FURG E UNIJUÍ. vem desenvolvendo de forma articulada o mapeamento estadual, desde o segundo semestre de 2004.

 

A Guayí é a entidade responsável para realizar o mapeamento dos empreendimentos solidários na Região Serra e no Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul, contribuindo, assim, na construção de um Sistema Nacional de Informações, constituindo um instrumento fundamental na sua visibilidade, orientando o processo de organização do movimento, identificando e subsidiando os processos de formulação de uma política econômica e a execução de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da economia solidária.

 

A Guayí realizou o mapeamento de 223 empreendimentos econômicos solidários em 43 municípios da Região Serra e 21 municípios da Região Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul:

 

Serra e Hortênsias: Bom Jesus, Cambará do Sul, Canela, Gramado, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes, Vacaria, Antônio Prado, Nova Araçá, Bento Gonçalves, Nova Bassano, Boa Vista do Sul, Nova Pádua, Campestre da Serra Nova, Prata Carlos Barbosa, Nova Roma do Sul, Caxias do Sul, Parai, Coronel Pilar, Protásio Alves, Cotiporã, Santa Tereza, Fagundes Varela, São Jorge, Farroupilha, São Marcos, Flores da Cunha, São Valentim do Sul, Garibaldi, Serafina, Côrrea Guabijú, União da Serra, Guaporé, Veranópolis, Ipê, Vila Flores, Montauri, Vista Alegre do Prata Monte, Belo do Sul.

 

Litoral Norte: Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Capivari do Sul, Caará, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Imbé, Itati, Mampituba, Maquine, Morrinhos do Sul, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Xangri-lá.

 

O mapeamento ocorre em duas fases. A primeira fase consiste na elaboração de uma listagem de empreendimentos de economia solidária através de auto-declaração na página eletrônica www.sies.mete.gov.br, declaração em formulários aplicados por uma das entidades, integrantes da EGE e a confirmação de empreendimentos pré-listados no site do Ministério de Trabalho. No Estado RS,

 


 

 Editorial

BRASIL BRILHA NA REUNIÃO DO GRUPO DOS 20 NO RIO

O G20 no Rio foi um sucesso, não só pela presença dos Presidentes da China e Estados Unidos, ao lado de várias outras autoridades representativas dos países membros, mas também pela aprovação da Carta Final do evento, um grande êxito da diplomacia brasileira.

 FOTO por Ricardo Stuckert/ PR (em Agência Brasil)

  19 de novembro de 2024

Por Paulo Timm

O Grupo dos 20, hoje incorporando 19 países mais a União Europeia e União Africana, foi criado no bojo das tensões econômicas mundiais da última década do século XX com vistas a discutir políticas capazes de avaliar a conjuntura e fornecer novos rumos á governança mundial. Este grupo reúne cerca de 80% do PIB mundial e dois terços da população do globo. Realiza reuniões anuais sob a Presidência rotativa de um dos membros, que sediará a reunião subsequente. Desta vez, sob a Presidência de Lula, reuniu-se no Rio de Janeiro. O presidente brasileiro inovou o evento trazendo para o Encontro um número considerável de organizações e personalidades da Sociedade Civil, os quais elaboraram uma Carta a ser apresentada aos líderes presentes. Com isso, Lula deu ao G20 uma caráter de Fórum Social Mundial, que fez de Porto Alegre uma cidade internacionalmente conhecida.

O G20 no Rio foi um sucesso, não só pela presença dos Presidentes da China e Estados Unidos, ao lado de várias outras autoridades representativas dos países membros, como pela aprovação da Carta Final do evento, um grande êxito da diplomacia brasileira. Temia-se, desde o começo, uma forte obstrução do Presidente Milei, pela primeira vez no Brasil, como uma espécie de emissário informal do presidente eleito dos Estados Unidos, D. Trump. Com efeito, só com grande esforço diplomático o texto final foi, enfim, aprovado por unanimidade, com recomendações de combate á fome, como pedia o Brasil, como . no rumo de um mundo mais justo e sustentável. Aborda, também a situação política e econômica internacional.

A declaração demonstra preocupação com os conflitos e guerras em andamento. Reitera que todos os estados estados devem se abster da ameaça ou uso da força para buscar aquisição territorial. E expressa profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, enfatizando a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção de civis.

O G20 reitera o compromisso inabalável com a solução de dois Estados: Israel e Palestina vivendo lado a lado em paz. E pede também um cessar fogo em Gaza e no Líbano.

Em relação à guerra na Ucrânia, o documento destaca o sofrimento humano e os impactos para a segurança alimentar e energética global. E saúda todas as iniciativas que apoiam uma paz abrangente.

Sobre desenvolvimento sustentável e transição energética, o G20 reafirma os compromissos para intensificar ações urgentes para enfrentar as crises climáticas com base no Acordo de Paris. E empreender esforços para limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5 graus Celsius.

Em relação à reforma das instituições de governança global, o G20 se compromete a reformar o Conselho de Segurança para alinhá-lo à realidade século 21, tornando-o mais representativo.”

A reunião do G20 no Rio recoloca o Brasil com o lugar que, aliás, tem tido desde sua Independência em 1822, no cenário mundial. Um país que cultiva uma diplomacia extremamente profissional e competente, sempre voltada à solução de conflitos com base em negociações, contemporaneamente multilaterais. Neste sentido, talvez tenhamos recolhido da Pátria Mãe, Portugal, uma de suas virtudes, justamente a abdicação da construção de um império militarizado. Nunca esquecendo que no período imperial éramos parte integrante das casas nobiliárquicas da Europa. Não escapa a nenhum estudioso das relações internacionais a obsessão, tanto da Espanha, como depois, Inglaterra, França, Alemanha e Japão até a II Guerra Mundial, Rússia e Estados Unidos, com o poderio militar. Este tem no mundo mais de 800 bases militares que garantem, inclusive, um papel de polícia do mundo. O Brasil, felizmente, tem se mantido, inclusive, á margem do Projeto Nuclear, na esperança de que todo o nosso continente se esquive desta ilusão.

A recente reunião do G20, enfim, consagra o Brasil como uma país cioso de sua soberania e comprometido com a construção de um desenvolvimento justo e sustentável em todas as nações do mundo.


 

 Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com

Muito além da princesa Isabel, 6 brasileiros que lutaram pelo fim da escravidão no Brasil

Amanda Rossi e Camilla Costa (@_camillacosta)Da BBXXXXXXXXXXXXXXX Brasil em São Paulo

• 13 maio 2018 - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44091469?fbclid=IwAR15lMZe55YmVf2nvExY2yeLMJ0EkMmZ-JeEUpc9JRbjs20Amva36_jN9ew Compartilhar

O fim da escravidão no Brasil completa 130 anos em 13 de maio deste ano. Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição - sem nenhuma medida de compensação ou apoio aos ex-escravos.

A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.

 Especial 130 anos da abolição: A luta esquecida dos negros pelo fim da escravidão

 Abolição da escravidão em 1888 foi votada pela elite evitando a reforma agrária, diz historiador

Mas a abolição no Brasil está longe de ter sido uma benevolência da monarquia. Na verdade, foi resultado de diversos fatores, entre eles, o crescimento do movimento abolicionista na década de 1880, cuja força não podia mais ser contida.

Entre as formas de resistência, estavam grandes embates parlamentares, manifestações artísticas, até revoltas e fugas massivas de escravos, que a polícia e o Exército não conseguiam - e, a partir de certo ponto, não queriam - reprimir. Em 1884, quatro anos antes do Brasil, os Estados do Ceará e do Amazonas acabaram com a escravidão, dando ainda mais força para o movimento.

A disputa continuou no pós-libertação, para que novas políticas fossem criadas destinando terras e indenizações aos ex-escravos - o que nunca ocorreu.

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Conheça abaixo as histórias de seis brasileiros protagonistas na luta pelo fim da escravidão:

Luís Gama, o ex-escravo que se tornou advogado

Luís Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 1830, em Salvador, filho de mãe africana livre e pai branco de origem portuguesa. Quando o menino tinha quatro anos, sua mãe, Luísa, teria participado revolta dos Malês, na Bahia, pelo fim da escravidão.

Uma reviravolta ocorreu quando Gama tinha dez anos: ficou sob cuidados de um amigo do pai, que o vendeu como escravo. O menino "embarcou livre em Salvador e desembarcou escravo no Rio de Janeiro", escreve a socióloga Angela Alonso no livro Flores, Votos e Balas, sobre o movimento abolicionista. Depois, foi levado para São Paulo, onde trabalhou como escravo doméstico. "Aprendi a copeiro, sapateiro, a lavar e a engomar roupa e a costurar", escreveu o baiano.

 

Aos 17 anos, Gama aprendeu a ler e escrever com um estudante de direito. E reivindicou sua liberdade ao seu proprietário, afinal, nascera livre, livre era.

Em São Paulo, Gama se tornou rábula (advogado autodidata, sem diploma) e criou uma nova forma de ativismo abolicionista: entrava com ações na Justiça para libertar escravos. Calcula-se que tenha ajudado a conseguir a liberdade de cerca de 500 pessoas.

Gama usava diversos argumentos para obter a alforria. O principal deles era que os africanos trazidos ao Brasil depois de 1831 tinham sido escravizados ilegalmente. Isso porque naquele ano foi assinado um tratado de proibição do tráfico de escravos. Mais de 700 mil pessoas tinham entrado no país nessas condições. Apenas em 1850 o tráfico de escravos foi abolido definitivamente.

"As vozes dos abolicionistas têm posto em relevo um fato altamente criminoso e assaz defendido pelas nossas indignas autoridades. A maior parte dos escravos africanos (...) foram importados depois da lei proibitiva do tráfico promulgada em 1831", disse Gama na época.

 Como escravos entravam na Justiça e faziam poupança para lutar pela liberdade

O advogado ainda entrou com diversos pedidos de habeas corpus para soltar escravos que estavam presos, acusados, sobretudo, de fuga. Ainda trabalhou em ações de liberdade, quando o escravo fazia um pedido judicial para comprar sua própria alforria - o que passou a ser permitido em 1871, em um dos artigos da Lei do Ventre Livre.

Luís Gama morreu em 1882, sem ver a abolição. Seu funeral, em São Paulo, foi seguido por uma multidão. "Quanto galgara Luís Gama, de ex-escravo a morto ilustre, em cujo funeral todas as classes representavam-se. Comércio de porta fechada, bandeira a meio mastro, de tempos em tempos, um discurso; nas sacadas, debruçavam-se tapeçarias, como nas procissões da Semana Santa", relata Alonso.

Na hora do enterro, alguém gritou pedindo que a multidão jurasse sobre o corpo de Gama que não deixaria morrer a ideia pela qual ele combatera. E juraram todos.

Maria Tomásia Figueira Lima, a aristocrata que lutou para adiantar a abolição no Ceará

Filha de uma família tradicional de Sobral (CE), Maria Tomásia foi para Fortaleza depois de se casar com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima. Na capital, tornou-se uma das principais articuladoras do movimento que levou o Estado a decretar a libertação dos escravos quatro anos antes da Lei Áurea.

Segundo o Dicionário de Mulheres do Brasil, ela foi cofundadora e a primeira presidente da Sociedade das Cearenses Libertadoras que, em 1882, reunia 22 mulheres de famílias influentes para argumentar a favor da abolição.

Ao fim de sua primeira reunião, elas mesmas assinaram 12 cartas de alforria e, em seguida, conseguiram que senhores de engenho assinassem mais 72.

As mulheres conseguiram, inclusive, o apoio financeiro do imperador Pedro 2º para a iniciativa. Juntamente com outras sociedades abolicionistas da época, elas organizaram reuniões abertas com a população, promoviam a libertação de escravos em municípios do interior do Ceará e publicavam textos nos jornais pedindo a abolição em toda a província.

Maria Tomásia estava presente na Assembleia Legislativa no dia 25 de março de 1884, quando foi realizado o ato oficial de libertação dos escravos do Ceará, que deu força à campanha abolicionista no país.

  pintura da sessão parlamentar que aboliu a escravidão no Ceará, em 1884, é possível ver diversas mulheres entre os homens

André Rebouças, o engenheiro que queria dar terras aos libertos

André Rebouças nasceu na Bahia, em 1838, em uma família negra, livre, e incluída na sociedade imperial. Quando jovem, estudou engenharia e começou a trabalhar na área. Foi responsável por diversas obras de engenharia importantes no país, como a estrada de ferro que liga Curitiba ao porto de Paranaguá. Conquistou posição social e respeito na corte. A Avenida Rebouças, importante via em São Paulo, é uma homenagem a André e a seu irmão Antonio, também engenheiro.

Em uma das obras de que participou, outro engenheiro pediu que Rebouças libertasse o escravo Chico, que era operário e tinha sido responsável pelos trabalhos hidráulicos. "Foi quando sua atenção recaiu sobre o assunto", escreve Angela Alonso, também em Flores, Votos e Balas. Chico foi, então, libertado.

"Sou abolicionista de coração. Não me acusa a consciência ter deixado uma só ocasião de fazer propaganda para a abolição dos escravos, e espero em Deus não morrer sem ter dado ao meu país as mais exuberantes provas da minha dedicação à santa causa da emancipação", discursou certa vez Rebouças, na presença do imperador Pedro 2º.

Na década de 1870, Rebouças se engajou na campanha pelo fim da escravidão. Participou de diversas sociedades abolicionistas e acabou se tornando um dos principais articuladores do movimento. Um de seus papéis foi fazer lobby - uma ponte entre os abolicionistas da elite e as instituições políticas, para quem executava obras de engenharia.

As ideias de Rebouças incluíam não apenas o fim da escravidão. Ele propunha que os libertos tivessem acesso à terra e a direitos, para serem integrados, não marginalizados. "É preciso dar terra ao negro. A escravidão é um crime. O latifúndio é uma atrocidade. (...) Não há comunismo na minha nacionalização do solo. É pura e simplesmente democracia rural", proclamou Rebouças.

O engenheiro também se opunha ao pagamento de indenização para os senhores de escravos em troca da liberdade - para Rebouças, isso seria uma forma de validar que uma pessoa fosse propriedade da outra.

Apoiador da monarquia e da família real brasileira, Rebouças foi ainda um dos responsáveis pela exaltação da Princesa Isabel como patrona da abolição.

Adelina, a charuteira que atuava como 'espiã'

Filha bastarda e escrava do próprio pai, Adelina passou a vender charutos que ele produzia nas ruas e estabelecimentos comerciais de São Luís (MA). Suas datas de nascimento e morte não são conhecidas. Seu sobrenome, também não.

Como escrava criada na casa grande, Adelina aprendeu a ler e escrever. Trabalhando nas ruas, assistia a discursos de abolicionistas e decidiu se envolver na causa.

Dir VALENTE | BBC BRASILComo não há registros fotográficos de Adelina, a charuteira, ilustração foi baseada em fotografias de escravas minas que viviam no Maranhão na época

De acordo com o Dicionário da Escravidão Negra no Brasil, de Clóvis Moura (Edusp), Adelina enviava à associação Clube dos Mortos - que escondia escravos e promovia sua fuga - informações que conseguia sobre ações policiais e estratégias dos escravistas.

Aos 17 anos, Adelina seria alforriada, segundo a promessa que seu senhor fez a sua mãe. Mas, segundo o Dicionário, isso não aconteceu.

Dragão do Mar, o jangadeiro que se recusou a transportar escravos para os navios

O jangadeiro e prático (condutor de embarcações) Francisco José do Nascimento (1839-1914), um homem pardo conhecido como Dragão do Mar, foi membro do Movimento Abolicionista Cearense, um dos principais da província, a primeira do Brasil a abolir a escravidão.

Em 1881, o Dragão do Mar comandou, em Fortaleza, uma greve de jangadeiros que transportavam os negros e negras escravizados para navios que iriam para outros Estados do Nordeste e para o Sul do Brasil. O movimento conseguiu paralisar o tráfico negreiro por alguns dias.

  NDRÉ VALENTE | BBC BRASI José do Nascimento se recusou a transportar escravos das praias de Fortaleza para navios negreiros

Com o comércio de escravizados impedido nas praias do Ceará, Nascimento foi exonerado do cargo, segundo o registro de Clóvis Moura. E se tornou símbolo da batalha pela libertação dos escravos.

Depois da abolição, ele tornou-se Major Ajudante de Ordens do Secretário Geral do Comando Superior da Guarda Nacional do Estado do Ceará e morreu como primeiro-tenente honorário da Armada, em 1914.

Maria Firmina dos Reis, a primeira escritora abolicionista

A maranhense Maria Firmina (1825-1917) era negra e livre, "filha bastarda", mas formou-se professora primária e publicou, em 1859, o que é considerado por alguns historiadores o primeiro romance abolicionista do Brasil, Úrsula. O livro conta a história de um triângulo amoroso, mas três dos principais personagens são negros que questionam o sistema escravocrata.

A escritora assinava o livro apenas como "Uma maranhense", um expediente comum entre mulheres da época que se aventuravam no mercado editorial, e só agora começa a ser descoberto pelas universidades, segundo a professora de literatura brasileira da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Constância Lima Duarte.

 ANDRÉ VALENTE | BBC BRASRomance de Maria Firmina dos Reis é considerado o primeiro a trazer o ponto de vista de personagens negros no Brasil escravocrata

Maria Firmina também publicava contos, poemas e artigos sobre a escravidão em revistas de denúncia no Maranhão.

De acordo com o Dicionário de Mulheres do Brasil: de 1500 Até a Atualidade (Ed. Zahar), ela criou, aos 55 anos de idade, uma escola gratuita e mista para crianças pobres, na qual lecionava. Maria Firmina morreu aos 92 anos, na casa de uma amiga que havia sido escrava.

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Quer saber mais?

Para entender melhor o assunto, reunimos a seguir uma lista de livros e filmes que aprofundam questões relacionadas à data:

- O Que É Lugar de Fala

Djamila Ribeiro; Ed. Letramento

- Quem Tem Medo do Feminismo Negro

Djamila Ribeiro; Cia das Letras

- Dicionário da Escravidão e Liberdade

Lilia M. Schwarz e Flávio Gomes; Cia das Letras

- A História do Racismo (2007)

Documentário produzido pela emissora britânica BBC - assista na íntegra aqui! 

- Negritudes Brasileiras (2018)

Documentário sobre o debate racial brasileiro realizado pela youtuber Nátaly Neri, do canal Afro e Afins - assista na íntegra aqui!

- Raça Humana

Documentário que revela os bastidores das cotas raciais na Unb, vencedor na categoria documentário da 32 Edição do Prêmio Wladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2010 – assista na íntegra aqui! 

 

Quem faz o movimento negro no Brasil? 

Ritchele Luis Vergara da Fontoura / Publicado em 20 de julho de 2020

https://www.extraclasse.org.br/opiniao/2020/07/quem-faz-o-movimento-negro-no-brasil/

Foto: Igor Sperotto

O mês de julho dá visibilidade a um marco histórico na luta por igualdade racial no Brasil e precisa ser reverenciado e pensado, sobretudo pela e para a negritude brasileira em meio à maior crise sanitária do século. Foi no dia 7 deste mês, em 1978, a fundação do Movimento Negro Unificado (MNU), em um evento nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, na capital paulista.

A pandemia impõe como urgente a discussão sobre o país que queremos – e é imprescindível que a negritude esteja na linha de frente deste debate. É a população negra que está à margem e mais vulnerável, condições impostas pelas persistentes e profundas desigualdades sociais. O país do pós-pandemia não pode ser construído apesar dessas desigualdades, mas a partir delas.

Negras e negros estão pensando a construção de um país mais democrático e inclusivo. Os movimentos negros pautam a libertação a partir da ancestralidade de Zumbi dos Palmares e de Dandara, líderes do principal quilombo da história, o Quilombo dos Palmares, e também a partir de pensadores atuais como o filósofo e jurista Silvio Almeida, a escritora Conceição Evaristo, a filósofa Djamila Ribeiro e a cantora Linn da Quebrada, entre outros. Aqui reside a importância da diversidade nos espaços de poder e de decisão na construção da democracia.

Protestos

Note-se, não é como se os movimentos negros fossem homogêneos e sempre concordassem uns com os outros acerca dos métodos para o enfrentamento do racismo. A exemplo do que ocorreu na década de 1960 nos EUA, em que os líderes Martin Luther King e Malcolm X discordavam na forma de luta, mas eram aliados na causa antirracista, os diversos movimentos negros também.

No Brasil, grandes nomes do movimento hip hop debatem atualmente os rumos da luta antirracista. Após a recente morte do cidadão estadunidense George Floyd provocada por um policial branco nos EUA e os consequentes protestos de grandes proporções no mundo, em plena pandemia, foi importante o debate travado entre rappers nacionais através das redes sociais, entre eles Emicida, Djonga e Mano Brown.

O primeiro defendeu que o melhor neste momento era ficar em casa, devido à crise sanitária e os interesses mórbidos do Governo Federal. Já os outros dois foram efetivamente às ruas com o braço erguido e o punho cerrado ao lado dos demais manifestantes lutar pelo fim do racismo estrutural.

A amplitude dessa discussão demonstra como o movimento negro pode ter diferentes estratégias para a luta política atual, o que é legítimo e de toda a importância para a democracia que queremos.

Resistir, sonhar e agir

Apesar de atualmente, o ódio e a falta de empatia estarem instaurados no poder estatal, encontrando ressonância na sociedade, ainda existe um país diferente, o país de negras e negros como Elza Soares e Gilberto Gil e de aliados históricos como Caetano Veloso, e é esse país que precisa resistir, sonhar e agir.

A data de aniversário do MNU tem esse significado, a (re)existência deste outro Brasil, mesmo em meio ao caos político e sanitário. A democracia somente se concretizará com a refundação das instituições democráticas e representativas, com participação real da sociedade civil (de toda ela, pobres, negros, indígenas, mulheres, LGBTs), com estudos e reflexões obtidas por um corpus plural de indivíduos, o que, infelizmente, nunca vivemos mesmo após a transição democrática em 1988.

Isso tudo demonstra como a luta antirracista não surgiu hoje, pois sempre houve resistência frente às mais variadas formas de expressão racista, que como mencionado é estrutural e atravessa a todos na totalidade dos âmbitos da vida. O racismo encontra eco, portanto, em todas as instituições da República, sejam elas do Poder Executivo, do Legislativo ou do Judiciário e nas relações interpessoais, familiares e sociais de maneira geral, desde tempos coloniais.

Há muito que se aprender com este acúmulo da resistência e da pulsão de vida da maior parcela da população brasileira, a negra, para o enfrentamento das angústias e toda a sorte de desafios impostos pela conjuntura política e pandêmica. Para que todo o povo dessa terra não cante apenas de dor, reflitamos mais sobre a contribuição deste 07 de julho para a nossa história e sobre o pós-pandemia que queremos.

*É estudante de Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e servidor municipal Prefeitura de Porto Alegre (RS) – @negoritchie

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EDITORIAL CULTURAL

 O que as escolhas de Trump indicam a respeito de como será sua presidência- THE ECONOMIST / 15nov24 

O que as escolhas de Trump indicam a respeito de como será sua presidência. Lealdade, competência e apetite pelo disruptivo estão entre as características que ele está procurando

Depois que Donald Trump venceu a eleição presidencial em 2016 — quando era um ex-astro da televisão em vez de um ex-presidente — ele administrou a transição da Casa Branca como se estivesse encenando seu reality show, “O Aprendiz”. Aspirantes a membros do gabinete chegaram à torre que leva seu nome em Nova York e passaram pelas câmeras de TV. Essa série foi prolongada, com a participação de celebridades, incluindo Kanye West. Desta vez, Trump está dirigindo um show mais intimista, deliberando em sua propriedade em Mar-a-Lago, longe das câmeras, e emitindo seus vereditos de contratação nas redes sociais em um ritmo muito mais rápido. Infelizmente, os resultados dificilmente são igualmente insensatos.

As escolhas mais alarmantes ocorreram em um período de 24 horas. Em 12 de novembro, Trump anunciou que Pete Hegseth, uma personalidade da Fox News que serviu na Guarda Nacional, seria secretário de defesa. Hegseth é um dos poucos que defendeu a declaração de Trump de que havia “pessoas boas em ambos os lados” dos protestos contra um comício de supremacistas brancos em Charlottesville, Virgínia, em 2017. Ele está preocupado com o flagelo da lacração no exército, mas não tem experiência no governo.

Trump também anunciou que a diretora de inteligência nacional seria Tulsi Gabbard, uma democrata que se tornou republicana e é ligada em conspirações, um espírito tão livre que conheceu Bashar al-Assad, o ditador assassino da Síria, e o declarou “não inimigo dos Estados Unidos”. Pior, ele decidiu que Matt Gaetz, um congressista extravagante da Flórida, seria seu procurador-geral. O FBI, sobre o qual o procurador-geral tem controle de supervisão, investigou alegações de que Gaetz traficava sexualmente uma menor. Não foram apresentadas acusações, mas Gaetz mais tarde enfrentou uma investigação pelo Comitê de Ética da Câmara (ele nega qualquer irregularidade). Ele é ultraleal e, no ano passado, prometeu que, se o FBI e outras agências “não se curvassem”, elas deveriam ser abolidas ou perder seu financiamento.

Todos esses são cargos importantes pelos quais Trump sentiu que havia sido traído anteriormente. Seus antigos procuradores-gerais agiram com muita independência e muito pouco como seu consigliere; altos funcionários da inteligência atraíram a fúria dele por investigar suas ligações com a Rússia; seus antigos secretários de defesa e generais do alto escalão rejeitaram suas ideias. Com essas seleções, Trump indica que não planeja tolerar tal dissidência desta vez. Aqueles suspeitos de deslealdade (ou neoconservadorismo disfarçado) não são bem-vindos. Escolhas tão bizarras podem enfrentar dificuldade para serem confirmadas pelo Senado, mesmo com uma maioria republicana. Talvez seja esse o ponto. Quatro senadores republicanos desertores seriam suficientes para rejeitá-los, mas bloquear todas as três escolhas seria um gesto atipicamente desafiador.

As outras nomeações de Trump — em departamentos pelos quais ele talvez não se sinta pessoalmente injustiçado — são mais convencionais. Marco Rubio, um senador da Flórida, é sua escolha para ser secretário de Estado. Esta seria uma escolha encorajadora para os aliados dos EUA: Rubio copatrocinou um projeto de lei para dificultar que o presidente retire os Estados Unidos da Otan. Como o Partido Republicano se moveu em uma direção diferente, ele também o fez, abraçando o trumpismo e mantendo alguns de seus antigos instintos. Ele fez declarações de apoio à Ucrânia (mas votou contra o projeto de lei mais recente para armá-la, citando a necessidade de priorizar a segurança da fronteira). Rubio, filho de imigrantes cubanos, tem um anticomunismo hereditário que foi redirecionado para a China.

Outras nomeações de política externa têm visões e credenciais semelhantes. Mike Waltz, um ex-congressista da Flórida, será conselheiro de segurança nacional. Como Rubio, ele fica do lado dos “priorizadores” na Magalândia, como J.D. Vance, o novo vice-presidente, que argumenta que levar a ameaça chinesa a sério requer reduzir os compromissos com a segurança europeia e com a Ucrânia. Elise Stefanik, a escolha para ser embaixadora nas Nações Unidas (a sexta mulher consecutiva a ocupar esse cargo), é uma congressista de Nova York que se destacou como uma das fãs mais entusiasmadas de Trump na Câmara. Ela é mais conhecida por obliterar presidentes de faculdades em audiências envolvendo casos de antissemitismo nos campi. Este parece ser um currículo sólido para alguém representar no fórum multilateral de maior destaque do mundo um governo que desconfia do multilateralismo.

E então há as nomeações mais estranhas — para departamentos que ainda não existem. Trump anunciou que escolheria Elon Musk, o homem mais rico do mundo, para comandar uma nova comissão com Vivek Ramaswamy, um empreendedor e ex-adversário republicano nas primárias, para reduzir o desperdício governamental e cortar a burocracia. Este é um objetivo digno, mas, como acontece frequentemente com Musk, é difícil saber se devemos levá-lo ao pé da letra. Trump o está chamando de Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), em homenagem à sua criptomoeda preferida, que começou como uma piada. No entanto, seus objetivos são grandiosos: Musk pediu US$ 2 trilhões em cortes nos gastos federais (quase um terço do orçamento), o que é impossível de conciliar com a promessa de campanha de Trump de não tocar na Previdência Social ou no Medicare nem aumentar a idade de aposentadoria.

Mesmo antes do Congresso aplicar seus freios e contrapesos, está claro que este gabinete será muito diferente do anterior de Trump. Em Trump Um, Mike Pence, o ex-vice-presidente, ajudou a preencher o primeiro gabinete com republicanos reaganistas. Eles disputavam influência com acólitos do movimento Maga, que zombavam da fé conservadora no governo limitado, internacionalismo robusto e livre comércio. As frentes dessa luta frequentemente se confundiam, e cada lado reivindicava algumas vitórias. Um ex-assessor de Trump disse que o presidente eleito era um moderado em seu próprio movimento Maga. Desta vez, os crentes mais zelosos estão em vantagem.

"Trump 2.0 promete um choque econômico global" (Otaviano Canuto)- November 7, 2024

 

Se republicano sobrepujar limites legais do mercado internacional e implementar algo próximo do que prometeu, economia global sofrerá fortes impactos

A vitória eleitoral de Trump foi completa. Além do colégio eleitoral e dos votos absolutos, seu partido retomou o senado e deve manter a maioria de deputados na câmara. A execução de sua agenda, portanto, não precisará ficar limitada ao que pode fazer com medidas executivas, ganhando força para também incorporar o legislativo quando este for necessário.

Ao longo de sua campanha, Trump aludiu a vários caminhos nos quais poderia colocar sua agenda de política econômica. Espera-se que tire o pé no pedal na agenda de descarbonização presente na política econômica americana, algo que, pelo peso e tamanho da economia do país, terá impacto global. Também se espera o retorno da inclinação desfavorável à imigração na gestão pública que marcou seu primeiro mandato.

Dúvidas e apreensões estão também dirigidas a suas promessas de uso novamente de políticas comerciais sob a forma de tarifas sobre importações, em escala e abrangência geográfica e setorial maiores do que foi em seu mandato anterior. Caso isto se cumpra em intensidade próxima ao que aludiu durante a campanha, pode-se contar com algum grau e intensidade de choque sobre o país e a economia global.

Dentre outras medidas de política comercial, Trump já mencionou duas possíveis: uma tarifa de 60% sobre as importações chinesas e uma tarifa universal de 10-20% sobre todas as importações. Ao longo da campanha mencionou outras de tamanhos variados sobre produtos de outros países. Até ameaçou estabelecer tarifas de 100% sobre países que ameacem abandonar o dólar americano como moeda global de escolha.

Enquanto a administração democrata perseguiu uma “redução de risco” na exposição à economia chinesa – alegando razões de segurança nacional, mediante políticas de proteção, bloqueio de acesso à tecnologia e subsídios à produção local em semicondutores e energia limpa – pode-se dizer que os anúncios de Trump apontam na direção da busca de um “descolamento ou dissociação” total entre as duas economias.

Como em todas as políticas mercantilistas, baseadas na crença de que o adversário perde e a produção local ganha, há sempre uma subestimação dos impactos negativos sobre todos os lados, inclusive terceiros países. Como abordamos aqui em 2020, as tarifas de Trump contra a China em seu governo anterior acabaram impactando negativamente o próprio emprego manufatureiro dos EUA, para não falar da agricultura perdida para o Brasil no mercado chinês.

Para aqueles que acham que terceiros países podem se beneficiar como “conectores” entre EUA e China –como México, Vietnã, Malásia e outros têm feito desde a guerra no primeiro mandato de Trump– cumpre observar que um “descolamento” perseguido pela administração dos EUA não vai deixar tais conexões intocadas.

Trump já comparou guerras comerciais a lutas de boxe. Cabe observar que a elevação do custo de vida para os cidadãos norte-americanos como resultado das tarifas será parte do impacto sofrido pelo lado que golpeia no caso. Não por acaso, Kamala Harris chamou a proposta tarifária de Trump de “imposto sobre os consumidores dos EUA”.

Tarifas são um imposto sobre importações. Trump disse que o imposto será pago por estrangeiros, ou seja, que estes absorveriam o impacto sem repasse a preços. Mas isso significaria a ausência do efeito de substituição de importações por produção local.

O resultado mais provável será a elevação de preços domésticos. Alguns alegam que os efeitos inflacionários das tarifas de Trump em seu primeiro governo foram mínimos. Contudo, as novas propostas de Trump se aplicariam a uma parcela muito maior das compras externas. O impacto nos preços será muito maior do que o relativamente modesto “protecionismo inicial” do primeiro mandato de Trump.

Cabe observar que um imposto sobre importações é, também, um imposto sobre exportações, pelo fato de que em parte as tarifas viram um custo para os exportadores que dependem de insumos importáveis. Isso necessariamente tornará tais exportações menos competitivas. Assim, as tarifas elevadas pré-anunciadas por Trump tenderão a expandir indústrias de substituição de importações menos competitivas, mas contrair as exportadoras altamente competitivas. A retaliação estrangeira contra as exportações dos EUA agravaria esse dano. Assistiu-se a tais efeitos durante a elevação de barreiras comerciais por Trump em seu primeiro mandato.

Onde resta pouca dúvida é quanto ao efeito recessivo para a economia global, particularmente com as prováveis respostas retaliatórias dos demais países. Passando por uma desaceleração chinesa, mas também em outros países. Na reunião anual do FMI em Washington, D.C., em outubro, Christine Lagarde, chefe do Banco Central Europeu, disse que novas barreiras comerciais poderiam renovar as pressões inflacionárias mundiais e reduzir o PIB global em até 9%, em seu cenário mais grave.

Uma segunda área onde Trump já deu sinais é a tributária e fiscal. No campo fiscal, o déficit público nos EUA tende a se elevar substancialmente. Isto também tende a trazer impactos macroeconômicos em escala global.

Trump mostrou inclinação para tornar permanentes todos os cortes aprovados pelo Congresso em 2017, o que será facilitado pela vitória republicana no senado e na câmara de deputados. Naquele ano os cortes nas taxas de imposto de renda corporativo foram permanentes, ao passo que os cortes nos impostos de renda individual e de herança deveriam expirar no final de 2025. Trump quer torná-los todos permanentes, além de acrescentar outros itens – como gorjetas. Trump falou em recomposição de arrecadação tributária via tarifas, mas ninguém estima ser isso possível.

No lado das despesas, mesmo cortando a despesa prevista nas leis dos semicondutores e da energia limpa (“Chips Act” e “Inflation Reduction Act – IRA ”), cortes substanciais não serão possíveis sem encolher gastos sociais, como o “Medicare”. Analistas projetam que as propostas de Trump aumentarão a dívida federal. O Comitê para um Orçamento Responsável, apartidário, estima que os planos de Trump podem adicionar US$ 7,5 trilhões.

Muitos economistas e investidores destacam um risco de um longo período de taxas de juros mais altas nos EUA. Temem que não apenas novas tarifas, mas também déficits americanos maiores, possam aumentar a pressão inflacionária dos EUA, levando o Federal Reserve a estender seu período de política monetária mais rígida.

E o Brasil? Mais imediatamente, a eleição de Trump já está trazendo impacto sobre o Brasil mediante os canais de transmissão monetária e cambial. A valorização do dólar em relação às demais moedas que já acompanhou as pesquisas eleitorais favoráveis a ele também atingiu o real. Ontem, no primeiro dia após as eleições, a desvalorização do real foi acentuada, mesmo tendo revertido até o final do dia.

O que se pode depreender para o futuro é a uma perspectiva de juros mais altos nos EUA, empinando sua curva temporal, acompanhando não só a perspectiva de inflação mais alta nos EUA, mas também de déficits públicos maiores. Mais do que nunca, aumentará a demanda de que o governo brasileiro dê sinais mais firmes de redução de seu desequilíbrio fiscal no futuro próximo, de modo a evitar que o prêmio de risco-país intensifique o efeito da valorização do dólar e das taxas de juros longas mais altas nos EUA sobre a taxa de câmbio e a inflação no Brasil.

Na área comercial, é possível até que o deslocamento de demanda agrícola chinesa dos EUA para o Brasil que ocorreu durante a guerra comercial EUA-China no primeiro governo Trump – deslocamento não revertido posteriormente – possa receber impulso adicional em novas rodadas de retaliação chinesa na guerra comercial.

O comercio bilateral Brasil-EUA evoluiu, no passado recente, de déficits do primeiro para saldos próximos de zero. A subida nas exportações agrícolas brasileiras – carne, açúcar, óleos e gorduras – e a redução nas compras brasileiras de combustíveis fósseis ajudaram naquela direção, enquanto o déficit brasileiro bilateral nas manufaturas cresceu nos últimos anos.

Há sensibilidade, por outro lado, quanto às exportações brasileiras de produtos metalúrgicos. Deve-se ter em vista as demandas por fabricantes de aço dos EUA de que tarifas sejam impostas sobre as exportações brasileiras de aço.

O Brasil não aparenta estar no foco da política comercial de Trump, como China e os “países conectores”. Mas vale notar que em uma entrevista em abril para a revista Time, Trump se referiu ao Brasil como “um país dê tarifas muito altas”. O não-alinhamento geopolítico brasileiro e as seguidas referências à substituição do dólar, porém, podem vir a aproximá-lo daquele foco.

Em resumo, as políticas comercial e fiscal no governo Trump 2.0 podem trazer choques macroeconômicos para a economia global e o Brasil. A possibilidade de desaceleração no crescimento econômico chinês, como consequência da política comercial Trump 2.0, pode vir a ser também um canal de transmissão sobre a economia brasileira através de suas exportações de commodities para aquele país.

No lado fiscal, há menor impedimento para o governo Trump 2.0. Já quanto as tarifas, há quem – como John H. Welch, CEO da Research for Emerging Markets Inc– destaque limites legais que dificultariam o cumprimento das promessas significativas feitas por Trump durante a campanha. Caso este venha a de fato a sobrepujar tais limites e implementar algo próximo do que prometeu, a economia global e o Brasil enfrentarão um verdadeiro choque macroeconômico.

 

Otaviano Canuto, 68 anos, é integrante-sênior do Policy Center for the New South, integrante-sênior não-residente do Brookings Institute e diretor do Center for Macroeconomics and Development em Washington. Foi vice-presidente e diretor-executivo no Banco Mundial, diretor-executivo no FMI e vice-presidente no BID


 Editorial Cultur

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AMANHÃ, 15 DE NOVEMBRO: QUE REPÚBLICA TEMOS TIDO?

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Que República temos tido? - https://red.org.br/noticia/que-republica-temos-tido/

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Diante do feriado da Proclamação da República fico observando na imprensa, na sociedade, na instituições públicas, quais as reações diante do feito? Praticamente nada, a não ser uma tradicional manifestação militar aqui em Porto Alegre defronte o Quartel General, com toques de corneta e cantoria da soldadesca dando VIVAS ao Brasil. Nem mesmo a Feira do Livro, ponto de encontro da intelectualidade na capital, tem o cuidado de propiciar um debate público ou lançamento de livro concernente à data. 

Procure-se, por exemplo, na Internet, alguma reflexão sobre a República ou republicanismo. Quase nada. Aliás, salva-se, para tristeza de tantos acadêmicos preconceituosos, a bela página sob o título “República”. do Dr. Google. Mais das vezes, porém, lemos a platidude da origem da palavra como Res.publica, coisa pública, confundindo a latinidade do vocábulo, com a fenômeno ao qual se refere e que os antigos gregos davam o nome de Politeia. O resto, distribui-se numa cansativa cópia e repetição de que a República teria sido instituida pelos antigos romanos, no auge de sua grandeza. Ora, nem foi a República inventada pelos nossos ancestrais latinos, nem restringiu-se a grandeza de Roma ao seu período republicano, cujos percalços esboroar-se-iam sob a espada do Grande Cesar. Deste momento, 60 AC, até seu colapso, sob o regime imperial, Roma perduraria soberana no mundo por mais meio milênio, sendo muito difícil dizer se foi maior sob a República ou sob o Império. 

Antes de Roma, já existiam repúblicas nas cidades gregas, em uma ou outra das civilizações mediterrâneas e, sobretudo na India, onde tinham a denominação de “sangha”, como se pode ler nas ricas palavras de Gore Vidal no seu clássico “Criação” (pag. 267, Ed. Nova Fronteira):

“Talvez assembleia seja a melhor tradução para essa palavra. Mas, enquanto a assembleia ateniense parece aberta aos plebeus e aos nobres, a sangha das repúblicas indianas, era composta de representantes de cada um dos nove Estados. (…) Essas repúblicas estavam em relação a Magadha quase como as cidades jônias estavam em relação à Pérsia. A única diferença é que, nos dias de Dario, as cidades gregas da Asia Menor não eram repúblicas, mas tiranias.”

A questão central, portanto, da instituição republicana é que ela se constituiu e se preservou, a partir dos Conselhos tribais, como mecanismo de redistribuição de Poder, impedindo que uma só pessoa o empolgasse. Em sociedades mais antigas na África e na Asia ainda os podemos identificar. Claro que, a noção de Poder, com as revoluções modernizadores, sobretudo na Francesa, de 1789, foi se deslocando para o conceito de soberania, da qual emergiria a ideia de cidadania como um conjunto de direitos civis, políticos e sociais inerentes, indistintamente, a todos os membros de uma sociedade que encontra no Pacto Constitucional sua regra de convivência e regulação. A lembrança deste gesto fundador é que deveria estar na base da celebração do 15 de novembro, renovando os princípios que a norteiam, a saber:

1. Interesse Colectivo. A palavra "República", significa "coisa" (Res) "pública (algo que faz parte do património comum). Este é o lema central do republicano: colocar o interesse comum acima dos interesses colectivos, velando para que a comunidade saia beneficiada e não apenas alguns. Os interesses particulares são legítimos e devem ser respeitados, mas não se podem sobrepor aos interesses da colectividade.

2. Equidade. O ideário republicano, forjado na lutas contra os regimes absolutistas e ditatoriais, assumiu como matriz a exigência do primado da Lei, perante a qual todos são iguais. Ninguém está acima da Lei. A primeira missão do Estado republicano é garantir a imparcialidade e equidade na aplicação da leis da República.  

3. Laicismo. A luta contra a intolerância religiosa conduziu os republicanos a defenderem a separação entre a Igreja e o Estado, proclamando a liberdade religiosa.

4. Legitimidade Democrática. A república, sendo um regime político que a todos pertence, deve assentar na mais ampla participação dos cidadãos na vida comunitária. O exercício do poder tem que ser periodicamente legitimado pelo votos dos cidadãos. Ora, sendo estes beneficiários do Bem Comum, têm igualmente o dever de contribuir com o seu esforço e inteligência para a prosperidade da comunidade de que fazem parte. Nada pior para um regime republicano do que um sistema político que limite a participação dos cidadãos ou favoreça a perpetuação do poder das mesmas pessoas (recusa de cargos vitalícios). 

5. Projecto Colectivo. Uma comunidade republicana só pode subsistir se os seus membros se sentirem como fazendo parte de uma colectividade que não renega as suas origens, história e símbolos colectivos, mas que também trabalha para que as novas gerações venham a herdar uma comunidade mais próspera em todos os sentidos, dando desta forma continuidade a uma obra de génese colectiva.  

(Carlos Fontes in Princípios Republicanos)

http://www.filorbis.pt/filosofia/CursoPrincipios.htm 

 

Tempos atrás, recebi um artigo com o título acima, de autoria de Lincoln Penna. Decepção. Mais uma catilinária sobre as desventuras do regime republicano no Brasil, repetindo, mais ou menos aquele observador da Proclamação no 15 de novembro de 1889, Aristides Lobo: ““O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada”. Com tal estado de espírito não é de estranhar que os brasileiros não só desmereçam a importância da Proclamação da República para a germinação democrática e progressista dos princípios que a norteiam, como acabem enaltecendo, na idealização do Imperador D. Pedro II, a monarquia por ele sustentada e que significou o sufocamento do liberalismo jacobino que proliferara nos movimentos pela independência anteriores e posteriores a 1822 - Revolução Farroupilha -, entre eles, como emperrara a economia do país nos limites do modelo primário-exportador-externo. Alguns acadêmicos vão mais longe e chegam a afirmar que houve mais democracia no Império do que no período republicano. Um absurdo. Falam e repetem ad nauseam os detratores da República no Brasil que ela foi um mero ajuste institucional que permitiu aos grandes oligarcas regionais, inclusive gaúchos (!), comandados pelo Café com Leite, assumirem o controle de seus interesses. Desconhecem o “castilhismo” e as realizações do republicanismo no Rio Grande do Sul que, por si só – e consequêncioas, principal delas a Revolução de 1930 – justificaria a Proclamação. O resultado é um veredito, quase disseminado, de que tudo não passou de uma manipulação senhorial para manter o Brasil do jeito que sempre foi (e será...!). Consequência: O veredito de que o Brasil é um fracasso, não deu certo. Duas exceções a esta análise: A extensa obra do historiador, general Nelson Werneck Sodré, com ênfase no papel renovador dos militares, cujo auge foi o Florianismo, sintetizada numa coleção denominada a História Nova do Brasil cassada pelo regime militar no golpe de 1964 e o livro do jornalista Jorge Caldeira, hoje ocupante de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras: “A História da Riqueza no Brasil”. Mas quem os leu neste país de tantos intérpretes e poucos leitores...? Mais recentemente “Paulistas e Gaúchos na construção do Brasil Moderno, Ed. Mottironi, Torres, de autoria de L.R. Peccoits Targa. 

O mesmo não acontece na Europa, sobretudo na França, e até mesmo nos Estados Unidos, onde viceja um consciência propriamente republicana. Aqui, volta e meia um manifesto, uma fala solta do Presidente Lula, um artigo do ex governador Tarso Genro, lembram os princípios republicanos, mas a grande maioria das gentes pouco sabe a respeito. 

A transição das Monarquias Absolutistas para as Repúblicas foi uma Revolução que sepultou dez mil anos de culto ao direito divino dos reis como fundamento do Poder de Estado, aos quais os súditos acumulavam apenas deveres, em benefício da ideia imortalizada por Lincoln de que o Poder emana do povo, pelo povo e para o povo, aperfeiçoada por Jean J. Rousseau e pelos sucessivos gerações de direitos que consagrariam no século XX a Doutrina dos Direitos Humanos. Essa máxima se complementa com as exigências de construção de uma arquitetura do Estado, concebida por Montesquieu, de separação dos poderes entre Governo x Sociedade Civil, Executivo x Legislativo x Judiciário e Estado Central x Poderes Locais. Foram tão fortes estas aquisições civilizatórias que mesmo sob o impacto das revoluções populares do século XX, países delas emergentes não abdicaram da denominação República: URSS e China. Se tudo isso ainda não foi absorvido pela sociedade brasileira que não percebe os avanços que tivemos no século XX sob regime republicano e continua banalizando-o, é uma pena.

Neste contexto, a vida pública se concentrava no Rio de Janeiro, sede do Governo Imperial, onde já fermentava um conjunto de tensões inevitáveis numa cidade que crescera imensamente desde a chegada da Família Real em 1808 e que protagonizara o principal papel na luta abolicionista. São Paulo seguia-lhe de perto e em breve ultrapassaria em importância o Rio de Janeiro, mas em 1889, esta cidade ainda dominava a cena política, constituindo-se com uma nucleação eminentemente pequeno burguesia de funcionários, comerciantes, militares, embora já cercada pelas primeiras “favelas”, como herança da desmobilização de tropas depois do fim da guerra do Paraguai. A ideia mesma de “popular”, neste meio, só poderia estar associada à própria classe média, na qual os militares ocupavam um lugar estratégico. Foi no seio desta classe média que cresceu a campanha abolicionista, vindo daí a associar-se, mesmo nas suas frações mais conservadoras, como de Joaquim Nabuco, com ideais reformistas, dentre os quais o republicano, desembocando, logo depois no que ficou conhecido como “florianismo”, provável semente do tenentismo, cujas primeiras análises devemos à Nelson Werneck Sodré nas páginas da História Nova do Brasil”, empastelada pelo Golpe de 1964, cuja releitura, como diz Judite Trindade, é hoje oportuna - Nelson Werneck Sodré e a História Nova

https://docs.ufpr.br/~andreadore/leiturasdahistoria/Judite_Trindade.doc

Dado o seu caráter múltiplo, uma vez que não se restringiu à caserna, não sendo uma expressão meramente corporativa dos militares do Exército, é possível identificar no florianismo duas vertentes: o florianismo de governo e o florianismo de rua. Na primeira, formavam todos os que se alinharam ao governo Floriano, por razões de ordem prática ou mais precisamente de ordem pragmática. Foi o caso dos membros mais ativos da oligarquia cafeeira de São Paulo, ávidos por manter a estabilidade institucional do regime recém-instalado para dela tirar proveito, como de fato ocorreu em seguida, com a eleição para três quadriênios consecutivos de seus líderes mais destacados, Prudente de Morais, Campos Sales e Rodrigues Alves, dando início à hegemonia paulista na Primeira República.

O outro florianismo, o de rua, foi espontâneo, surgiu da afinidade dos segmentos populares com Floriano. Para esses contingentes sociais, o Marechal de Ferro simbolizava a própria República, e mantê-lo à frente da presidência passou a ser uma tarefa à qual se dispuseram, alheios a interesses que não fossem os da preservação da República ameaçada por seus opositores mais ferrenhos. Não é por acaso que várias outras alcunhas foram atribuídas a Floriano, tais como Marechal Vermelho ou Robespierre brasileiro, ambas tendo como matriz a Revolução Francesa e, especialmente, seu período de maior radicalização política, o Terror. Claro está que essas alusões partiram do segmento mais doutrinário do florianismo, o dos jacobinos. Todos ou quase todos eram florianistas, embora nem todos os florianistas fossem adeptos do jacobinismo, como bem salientou a historiadora Suely Robles de Queiroz.

As duas vertentes do florianismo coexistiram sem grandes problemas durante o governo do marechal. Contudo, logo após o término da Revolta da Armada e a proximidade do pleito para a escolha do sucessor de Floriano, essas vertentes passaram a se conflitar. Os florianistas de governo abraçaram logo a candidatura sustentada pelos paulistas, de Prudente de Morais, ao passo que os florianistas de rua não só não demonstraram qualquer apreço pelo candidato oficial, como engrossaram a articulação promovida nos bastidores para uma eventual permanência de Floriano no poder. Essa ação golpista realmente existiu, e posteriormente foi objeto de um processo que culminou no arrolamento, como conspirador, do próprio vice-presidente Manuel Vitorino, além do deputado Barbosa Lima e do jornalista Diocleciano Mártir.

Florianismo

http://atlas.fgv.br/verbetes/florianismo 

 

 

Oportuno, reiterar também, esta observação de Jorge Caldeira:

O mais recente estudo com essa nova visão virou o livro História do Brasil com Empreendedores, de Jorge Caldeira, lançado em 2009. Ele mostra mais um mito do Brasil colonial: a ideia de que só havia por aqui uma enorme massa de escravos e seus senhores. Em 1819, os escravos eram um quarto da população total, de 4,4 milhões de pessoas. E, entre os brasileiros livres, 91% deles não tinham escravos. “Com essa população, o Brasil tinha uma economia maior que a de Portugal”, diz Jorge Caldeira. 

          https://super.abril.com.br/historia/a-nova-historia-do-brasil/ 

 

O Brasil do final do século XIX, portanto, nem era povoado por uma massa escrava que dominava, sob a matriz colonial exposta por Caio Prado Jr., nossa fisionomia social e econômica, nem era, ainda uma sociedade marcada pela presença proletária numa nação nos primórdios da industrialização, que já em 1905, segundo Leon Trotsky, dominava a cena urbana russa , os quais, tomados juntos ou separadamente, poderiam poderiam ter dado à Proclamação da República um sentido social e ideologico mais profundo. Estávamos mais próximos da fisionomia social de Paris em 1789, mas sem a fermentação ideológica que fez da Revolução Francesa um marco da luta pela emancipação da humanidade. 

O republicanismo, portanto, embora não tivesse empolgado como ideia força na conjuntura, sendo cultivado em centros mais iluminados como o Clube Militar, no Rio, e na Faculdade de Direito, em São Paulo, além dos Manifestos de Itu, em 1870 e de São Borja, no Rio Grande do Sul, um pouco mais tarde, era um movimento que se articulava internacionalmente, como expressão local de realizações em curso nos Estados Unidos e vários países da América Latina, sobretudo Argentina. Teve, inclusive, no seu interior, uma clara divisão entre radicais, como Júlio de Castilhos, gaúcho, então estudante em São Paulo e que viria a ter importante papel na formação política riograndense, da qual derivariam Getúlio Vargas e Leonel Brizola, e moderados, com epicentro entre grandes proprietários de São Paulo, os quais viriam a empolgar o movimento depois da Proclamação da República dando-lhe as feições da República Velha. Em 1930, o grito sufocado dos radicais voltaria à tona na sua forma indigesta, mas incisiva, do que os próprios castilhistas denominavam como “ditadura republicana”, num eco um pouco ensurdecido mas audível da visão robespierrana da democracia como tirania das massas.

A Proclamação da República, enfim, se não foi um “acontecimento” equivalente aos momentos mais grandiosos da luta contra o absolutismo imperial, como a Gloriosa Revolução de Cromwel, como a Queda da Bastilha, ou como a Declaração da Independência dos Estados Unidos, insere-se, neste processo, como um passo importante de um país periférico, marcado pelo colonialismo e pela escravidão, decisivo na construção do Estado de Direito Democrático, hoje consagrado pela Constituição de 1988.

Curiosamente, sob o enfoque da Proclamação da República como um golpe militar, numa evocação equivocada deste tipo de intervenção como similiar ao que teria ocorrido em 1964, obviam-se aspectos importantes deste “gesto”. Dentre eles nunca é demais lembrar o advento do laicismo, decorrente da separação da Igreja do Estado, e do princípio da elegibilidade dos governantes pelo voto direto, secreto e universal, desvinculado da propriedade, cuja efetividade teria que esperar ainda um século, vez que só viria se consagrar nas eleições gerais de 1989. Deste último ponto, aliás, relevou a presença política do Rio Grande do Sul no cenário político dos primeiros anos da República, ocupando o lugar até então ocupado pela Bahia, como observa o pioneiro de estudos políticos no Rio Grande, Alec Nove, vindo daí a oferecer o primeiro candidato viável à Presidência da República em 1929, dele decorrendo a Revolução de 1930. Trata-se, pois, mais do que celebrar a data da Proclamação, situá-la como um momento da construção da difícil democracia brasileira. E de refletir sobre esta democracia.

Menos Itu. Mais Brasil…!!

 

Por tudo isto, eu me orgulho de dizer: Antes de tudo, sou republicano. VIVA A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL!


 Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com

COP29: representante dos EUA afirma que o país tem compromisso com o clima, apesar das incertezas com a volta de Trump. A cúpula anual sobre o clima da ONU começou esta semana em Baku, no Azerbaijão

11 de novembro de 2024, 22:20 h 

Reuters - O enviado para o clima dos Estados Unidos, John Podesta, pediu nesta segunda-feira que governos do mundo todo mantenham a fé na promessa do país de combater o aquecimento global, acrescentando que Donald Trump pode atrasar, mas não parar, a transição dos combustíveis fósseis quando assumir a Presidência dos EUA, em janeiro.

A cúpula anual sobre o clima da ONU começou nesta segunda-feira em Baku, no Azerbaijão, com várias delegações de países preocupadas com a possibilidade de a vitória de Trump nas eleições presidenciais dos EUA em 5 de novembro possa atrapalhar o progresso para limitar o aquecimento global.

Trump prometeu, novamente, retirar os Estados Unidos, o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo na história, da cooperação climática internacional e aumentar a já recorde produção de combustíveis fósseis do país.

"Para muitos de nós dedicados à ação climática, o resultado da semana passada nos Estados Unidos é obviamente uma decepção amarga", disse Podesta na cúpula.

"Mas o que quero dizer a vocês hoje é que, enquanto o governo federal dos Estados Unidos, sob Donald Trump, pode deixar a ação climática em segundo plano, o trabalho para conter as mudanças climáticas vai continuar nos Estados Unidos."

Segundo ele, a Lei de Redução da Inflação (IRA), legislação climática do presidente Joe Biden que oferece bilhões de dólares em subsídios para a energia limpa, continuará a impulsionar investimentos em tecnologias solares, eólicas e outras, e que os governos estaduais dos EUA também devem promover cortes de emissões por meio de regulamentações.

"Não acho que nada disso seja reversível. Pode ser desacelerado? Talvez. Mas a direção é clara", afirmou.

Embora Trump tenha prometido revogar a IRA, isso exigiria um ato do Congresso - o que pode ser difícil devido ao apoio de alguns parlamentares republicanos cujos distritos se beneficiam de investimentos vinculados à IRA.

Além da eleição de Trump como presidente da maior economia do mundo, as negociações em Baku disputam a atenção com preocupações econômicas e as guerras na Ucrânia e em Gaza.

Isso complica a ambição da cúpula de resolver o principal item da agenda - um acordo de até 1 trilhão de dólares em financiamento climático anual para países em desenvolvimento, no lugar da meta anterior de 100 bilhões de dólares.

O chefe do clima da ONU, Simon Stiell, procurou elevar o entusiasmo.

"Vamos abandonar a ideia de que o financiamento climático é caridade", disse ele no estádio de Baku.

"Uma nova meta ambiciosa de financiamento climático é inteiramente do interesse de cada nação, incluindo as maiores e mais ricas."

Este ano caminha para ser o mais quente já registrado. Países ricos e pobres enfrentaram eventos climáticos extremos, incluindo inundações desastrosas na África, na costa da Espanha e no estado da Carolina do Norte, nos EUA, além de uma seca que afeta a América do Sul, o México e o oeste dos EUA.

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Financiamento da luta contra crise climática estará no centro de discussões da COP29 no Azerbaijão

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“Mundo está a caminho da ruína”, alerta presidente da COP 29 em discurso de abertura

11 de novembro de 2024

A 29ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP29) teve início nesta segunda-feira (11) em Baku, Azerbaijão, com um forte apelo por ação climática urgente. Em discurso de abertura, o presidente da conferência e ministro da Ecologia do Azerbaijão, Mukhtar Babaiev, pediu maior compromisso das nações para enfrentar a crise climática que já afeta o planeta. “Estamos a caminho da ruína. E não se trata de problemas futuros. A mudança climática já está aqui. Precisamos muito mais de todos vocês. A COP29 é um momento da verdade para o Acordo de Paris”, afirmou Babaiev.

COP 29

Assinado em 2015, o Acordo de Paris busca limitar o aquecimento global a menos de 2°C até o final do século, com esforços para restringir o aumento a 1,5°C. No entanto, as metas acordadas estão ameaçadas pela falta de financiamento suficiente para adaptação e mitigação climática. Desde a COP15, em 2009, foi estabelecido que os países desenvolvidos deveriam destinar 100 bilhões de dólares por ano para ajudar as nações em desenvolvimento. Esse fundo, no entanto, não se concretizou conforme o prometido, e especialistas apontam que o montante agora precisaria ser pelo menos dez vezes maior para enfrentar a crise.

Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, reforçou a necessidade de reformar o sistema financeiro global e incentivar uma cadeia produtiva sustentável com maior investimento em energia renovável. Ele destacou que o financiamento da luta climática “não é caridade, e sim do interesse de todos, incluindo as nações mais ricas e maiores”.

O cenário, contudo, é incerto com relação ao apoio dos Estados Unidos. Com a recente eleição de Donald Trump, que historicamente demonstrou pouca prioridade para a agenda climática, há temores de que o país se afaste novamente dos compromissos climáticos, como fez durante seu mandato anterior, ao retirar os EUA do Acordo de Paris e priorizar investimentos em combustíveis fósseis.

A COP29 se revela como um momento decisivo para os acordos climáticos globais, com líderes mundiais e especialistas pressionando por um avanço significativo no combate à crise climática e na criação de soluções econômicas sustentáveis que envolvam tanto os países mais ricos quanto os mais vulneráveis.


 BARBÁRIE OU CIVILIZAÇÃO?

A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, com muito mais força popular, pela lavada de votos que deu nos democratas, mais experiência – é o mais velho a ocupar a Casa Branca - e força nas duas Casas do Congresso e também no Judiciário, apontam para uma nova Era naquele país, hoje acossado por problemas externos e internos. Alguns falam até na barbárie que lá se anuncia diante do comando de homem inequivocamente truculento que se guia pela cartilha que aprendeu com Roy Cohn - https://brasil.elpais.com/cultura/2020-06-22/a-obscura-vida-do-homem-que-apadrinhou-donald-trump.html -, o ”advogado mais duro, cruel, leal, vil e brilhante da América”, seu mentor. Ele lhe ensinou as regras contemporâneas para vencer numa ordem social extremamente competitiva onde o maior insulto que se faz a uma pessoa é chamá-lo “looser” (perdidor): 1) Ataque sempre; 2)Jamais admita que perdeu ou errou; 3) Seja implacável. Cinismo absoluto. Uma versão perversa do “Manual da Mundanidade” de Baltazar Gracián, monge espanhol do renascimento, que acabou estigmatizado pelo estilo pouco edificante da obra. Some-se a isso as ideias de Trump, já assumidas por ele em outros tempos, de simpatia por Hitler. Não por acaso, seu Chefe de Gabinete, General John Kelly, o classificou, recentemente, como “fascista” - https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/10/23/eleicoes-nos-eua-ex-chefe-de-gabinete-de-trump-diz-que-ele-se-enquadra-na-definicao-de-fascista-e-prefere-abordagem-de-ditador.ghtml . Aliás, o primeiro chefe de Estado a cumprimentar Trump foi justamente o ultradireitista Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, igualmente consagrado nas urnas, seguido por Milei, Netanyahy e...o ex Bolsonaro... Serão, portanto, tempos sombrios no grande país do norte. Um novo Manifesto bem poderia se iniciar, hoje, com estas palavras: “Um fantasma ronda o mundo: o fantasma da ultradireita”.

Será, então, que, como diz o provérbio A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS, este é o caminho sagrado da salvação da humanidade?

Aqui vale a pena lembrar que outrora, outros líderes cruéis também ascenderam ao Poder por via “democrática”. Hitler não deu nenhum golpe para chegar à chancelaria alemã em 1933. Foi convidado pelo Presidente da República, sob o conselho de outro líder de direita, Von Pappen, indicado para vice de Hitler, que via na manobra um meio para chegar ao Poder. Em seis meses, a República de Weimar caía sob o regime ditatorial dos nazistas. Em 1922 não foi muito diferente a ascensão de Mussolini ao Poder na Itália. Voltando mais atrás ainda: Não foi o povo de Atenas que condenou Sócrates à cicuta? E não foi Cristo condenado à cruz pelo seu próprio povo judeu, enquanto Pilates, autoridade romana em Jerusalém, lavava suas mãos?

Diz-se que Deus escreve certo por linhas tortas? Será que o povo não escreve errado, muitas vezes, nas quatro linhas na Constituição?

Bernard Shaw, grande e consagrado intelectual do século XX, severo crítico dos Estados Unidos, já dizia que aquele país havia saído da barbárie à decadência sem ter passado pela civilização. Exagero. Há, sim, uma civilização na literatura, na música, no Cinema, na Ciência, por trás do “american way of live”. Mas já no final do século passado um historiador atento, Tony Judit, chamava a atenção para o declínio do liberalismo subjacente á esta civilidade, fosse na imprensa, fosse na vida pública, mesmo que segmentos progressistas de esquerda ainda estivessem presentes na Academia, bem representada nestas eleições por KAMALA. E o povo...?

Agora, porém, o cenário é mais complexo, pelas mudanças no cenário internacional. A China ameaça, realmente, o poderio americano e se tem mostrado eficiente na articulação dos anseios desenvolvimentistas do Sul Global, hoje articulado em torno do BRICS. Trump não dará trégua á guerra comercial contra a China e já avisou que vai taxar seus produtos em 60%, com o que provocará um colapso no comercio mundial. Tentará, atendendo recomendação remota de Kissinger, afastar a Rússia da aliança com os chineses, na esperança de reeditar em outros moldes a Teoria do Elo Mais Franco, do ex Secretário de Estado Brzezinski, nos anos 1970 e que levou ao fim da URSS a partir da Polonia. Trump apostará na Rússia. 

E o resto? O resto são reflexões sobre o que virá a reboque desta decisão de política externa: Mais inflação e desemprego. Lá e cá. Paradoxalmente, o que levou Trump ao Poder novamente, a economia, poderá desgastá-lo. Mas aí quem vai tirar o guizo do gato...?


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Ouvir Tom Jobim na Ospa03 novembro 2024 - por Juremir Machado da Silva-

https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/colunistas-matinal/juremir-machado/ouvir-tom-jobim-na-

ospa-uma-tarde-de-encontros-na-feira-do-livro-de-porto-alegre/

Quem foi ouvir a cantora Paula Morelenbaum e Arthur Nestrovski ao

violão, na Casa da Ospa, em Porto Alegre, no sábado à noite, não se

arrependeu. Foi uma aula sobre Tom Jobim. Uma aula mesmo, pois

Nestrovski explicou cada canção com detalhes históricos e técnicos.

Poderia ter, quem sabe, encurtado alguns detalhes e tocado mais

duas ou três músicas. Paula, como sabe quem gosta de música boa

(isso existe e pode ser dito), tem uma voz maravilhosa. Como não

canta sertanejo, permanece um tanto secreta para a maioria dos

brasileiros. Durante dez anos ela cantou com Tom Jobim. O show foi

perfeito. Na abertura, o escritor Gilberto Schwartsmann, presidente

da OSPA, falou sobre a importância da música popular brasileira.

 

Levamos o sociólogo italiano Vincenzo Susca, professor na

Universidade Paul Valéry de Montpellier, para ver o espetáculo. Ele

saiu encantado com o que viu e ouviu. Não é todo dia que se tem Tom

Jobim interpretado por quem o estudou ou o conheceu e sabe mostrar

o melhor da arte do grande compositor de músicas e letras.

Nestrovski contou uma interessante história sobre a letra de Pois é,

feita por Chico Buarque, com música de Tom Jobim. Na letra original,

gravada, diz assim:

 

Pois é!

 

Fica o dito e redito

Por não dito

E é difícil dizer

Que foi bonito

É inútil cantar

O que perdi

 

Em algum momento, porém, houve uma alteração na letra:

 

Pois é

Fica o dito e redito por não dito

É difícil dizer que inda é bonito

Cantar o que me restou de ti

 

Para Nestrovsky a segunda letra teria mais a ver com o universo de

Vinicius de Moraes. Numa, uma negatividade total. Noutra, uma

nuança. Quem mudou a letra? Chico diz que não se lembra. Terá sido

Tom Jobim? Qual fica melhor? Confesso que prefiro a segunda. A

primeira é mais impiedosa.

 

O gratin da sociedade porto-alegrense, como diria um colunista social

francófilo, estava na Casa da Ospa para ouvir Música Popular

Brasileira.

Uma

palinha:https://x.com/juremirm/status/1853057339772837935

 

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MEU QUERIDO MÊS DE NOVEMBRO

Paulo Timm – Escrito em nov. 08 /2018 e revisado em 01/XI/24

Muitos estigmatizam, no Brasil, o mês de agosto, como mês do desgosto. No hemisfério norte, T.S.Elliot, o grande poeta, autor do mais célebre poema do século XX – Terra Devastada – dizia que abril era o mais cruel dos meses. Janeiro, por aqui, é celebrado ao sol dos veraneios e faz, em nossa cidade, a alegria dos nativos. Agora, um grupo de poetas e intelectuais está lançando o “Movimento Torres Além Veraneio”, mas, sabemos, todos, quão difícil será sair do Destino para a História. E novembro? O que dizer do mês que se inicia com Todos os Santos e, por isso mesmo, tão abençoado? Escolho, pois, o “Meu querido mês de novembro”.

Tenho dos novembros as mais gratas lembranças, a maior delas o prenúncio do verão com o início de noites mais curtas e dias alongados pela mudança do relógio. Os feriados dos dois primeiros dias era tempo de vir à praia arejar a casa, tirar o mofo, colocar os cobertores nos varais, fazer o jardim, ir preparando o veraneio. Mas este era o mês, também, que ia terminando o ano escolar e espichávamos o pescoço para ascender mais uma escada no currículo.. Que emoção chegar, naquele tempo – que nem sei mais se era mesmo melhor do que hoje – ao ginásio, quando se iniciavam os estudos de língua estrangeira e saíamos da aritmética para a matemática das letras. A impressão que tenho é que novembro era uma espécie de puberdade. Tudo irrompia....

Novembro, porém, não é, apenas, um mês existencial. De experiências pessoais. Sempre foi um mês de tramas políticas – e eu sou a elas ligado pela paixão - , começando pela Proclamação da República e pelo Dia da Bandeira, hoje, sobreposta pelos imperativos globalizantes. Quando menino, no Grupo Escolar Cícero Barreto, em Santa Maria, o 19 de novembro era dia de exaltação do nacionalismo e de cantar o Hino à Bandeira, todos enfilleirados, de guarda-pó, antes de entrar em aula: “Salve lindo pendão da esperança/Salve símbolo augusto da paz”. Lembro, a propósito, como o velho Comandante Brizola gostava desta data e deste hino, revenciando-os. Acho até que, quando foi Governador do Rio Grande do Sul, conseguiu que imprimissem a letra do hino nos cadernos escolares. Será? 

Mas foi também o mês de grandes agitações políticas no período que podemos chamar de Moderno, depois de 1930, cuja Revolução deu-se, com efeito, em outubro, mas se consolidou mesmo em novembro daquele ano. Getúlio Vargas assumiu a chefia do "Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República Velha no Brasil. O Brasil saía da sombra do fazendão escravocrata das cartolas importadas da Europa e mergulhava no capitalismo, ainda que de Estado. Enquanto a Revolução de 1930 estava em andamento, Mário Pedrosa, futuro crítico de arte, que conheci, velhinho, na minha livraria – Galilei . ,em Brasília- e Lívio Xavier, então militantes da Oposição de Esquerda, dissidência do Partido Comunista do Brasil (PCB), escreveram "Esboço de Análise da Situação Brasileira" mostrando que Vargas representava uma cisão no bloco de poder derivada do desenvolvimento do capitalismo. Tempos, aliás, conturbados, de fortes tensões numa sociedade com raízes multifacetadas em rizoma, resistente ao ritmo da História. Já em novembro de 1935 eclodia o levante comunista contra o que consideravam uma mero golpe intraoligárquico e disso dão conta “As memórias do cárcere”.. Em outro novembro, dia 10, do ano de 1937 Vargas dá o troco contra a corrente das resistências históricas e mergulha o país no Estado Novo, que perdurará até... às vésperas de novembro de 1945. Neste interregno, mudou o Brasil...

O nacional-desenvolvimentismo varguista

O modelo político econômico adotado pelo regime varguista foi o nacional desenvolvimentista, dessa forma investiu-se na indústria de base nacional, em órgãos de administração pública, e em reformas nas forças armadas. Assim, foram criados para a administração pública o Conselho Nacional do Petróleo e o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1938. No que se referiu às forças armadas, foi criado o Ministério da Aeronáutica e ampliado o efetivo de soldados do exército. Dentre algumas das principais indústrias públicas criadas durante o Estado Novo estiveram:

• Companhia Siderúrgica Nacional (1941);

• Companhia Vale do Rio Doce (1942);

• Fábrica Nacional de Motores (1942);

• Companhia Nacional de Álcalis (1943);

• Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945).

O projeto nacional desenvolvimentista também abrangia a expansão populacional para a região Centro-Oeste e Norte, projeto conhecido como “Marcha para o Oeste”. Dessa maneira, foram criados os seguintes Estados: Amapá; Rio Branco que posteriormente passou a ser chamado de Roraima; Guaporé, atualmente designado de Rondônia; e Ponta Porã e Iguaçu, separados respectivamente dos Estados do Mato Grosso e Paraná, que foram extintos em 1946.

A “Marcha para o Oeste”

A “Marcha para o Oeste” pretendia estimular a formação de cidades, a abertura de estradas, a produção agrícola e pecuária, e implementar uma forma de vida considerada “moderna”. Na década de 1940 foi criado o Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), sob o comando de Cândido Rondon, para realizar o contato com os indígenas de forma pacífica. No entanto, a “Marcha para o Oeste” gerou muitos conflitos entre os migrantes e os indígenas, e muitas mortes resultaram desses conflitos. Sobretudo, dos indígenas afligidos, por exemplo, pelas doenças para as quais não possuíam resistência imunológica. Em 1943, os irmãos Vilas Boas adotaram a política de Rondon na expedição Rocador-Xingu, com contato pacífico com os indígenas e promoção de assistência médica.

Acordos de Washington e a Companhia Siderúrgica Nacional

A construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda – RJ decorreu dos Acordos de Washington. Esses acordos resultaram em uma aliança diplomática entre Brasil e Estados Unidos da América. A CSN foi financiada pelo Estados Unidos e o Brasil comprometeu-se em fornecer aço aos Aliados durante a Segunda Grande Guerra. A construção da CSN impactou no apoio brasileiro ao bloco dos Aliados na Guerra Mundial, até então o Brasil mantinha-se neutro no conflito. Além do fornecimento de aço para os Aliados, o Brasil comprometeu-se em permitir a instalação de bases militares e aeroportos nas regiões Norte e Nordeste do país. Devido a esse acordo os países do Eixoconsideraram que o Brasil não estava mais neutro na guerra e atacaram submarinos brasileiros. Após esse ataque o Brasil ingressou definitivamente na guerra ao lado dos Aliados, em 22 de agosto de 1942.

 

 Vargas é deposto no dia 29 de outubro de 1945. Volta, entretanto, ao Poder em 1951, continua sofrendo as pressões contra seu programa nacional-desenvolvimentista e se suicida em 1954. Novas eleições em 1955, vence JK, com apoio dos varguistas, que indicam seu afilhado João Goulart como Vice Presidente e...mais tensões: As forças nem tão ocultas quanto poderosas, tentam impedir a posse do Presidente Bossa Nova. Nova novembrada, desta vez comandada pelo General Lott, Ministro do Exército, com o objetivo da fazer cumprir a Constituição. A espada de ouro de Lott levanta-se na defesa da democracia, que, depois do lapso de 1964-1985 volta a afirmar-se e, com eleições diretas para Presidente, retomadas em 1989, prévia promulgação de uma Constituição a 03 de novembro do ano anterior. Este, novembro promissor ao aprofundamento da democracia, tanto política, como sócio~ecnômica, , não mais de tensões, mas de esperanças, ainda que vãs, em governos que se sucedem olhando o passado. Mas, enfim, alegria, alegria, ainda que sobre as lágrimas dos perdedores. 

Neste novembro, tudo de novo, ainda que com o sinal trocado, pois que de caráter conservador, aparentado aos anos 50. Que seja! Proclama-se muito a renovação, não com novos tons mas novas cores. A ver. O problema não é a novidade, sempre bam vinda, mas o desconhecido, valendo, aqui a advertência de Mia Couto, escritor moçambicano:

No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno. Quem assegurava a pureza da peneira e do pilão? Como podia eu deixar essa tarefa, tão íntima, ficar em mão anônima? Nem pensar, nunca tal se viu, sujeitar-se a um cozinhador de que nem o rosto se conhece.

 

O Brasil, contudo, é grande, muito maior do que todas estas passagens, paragens e advertências. Como dizia, Oswald de Andrade, digere tudo na sua inércia, é antropofágico. Digerirá o confronto Lula x Moro, a disputa Haddad x Bolsonaro, a Recessão e o desemprego, a violência urbana, até o imoral, inoportuno e incoveniente aumento de salário dos Juízes do STF. Sobreviveremos. E daqui a quatro anos, com algumas defecções pelo caminho – temo por mim - , estaremos celebrando novos prenúncios. Novo novembro. Meu doce e cálido novembro.


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O que disseram as urnas?

Encerrado o segundo turno das eleições municipais, abundam as análises sobre seu recado. A tarefa é controvertida e sujeita, naturalmente, aos interesses e visões dos que a analisam. Para uns, Bolsonaro foi o grande derrotado. Para outros, Lula. Para a grande maioria, ambos perderam, e enaltecem a vitória do “Centro” neste processo, o que é matematicamente comprovado pelo número de Prefeituras conquistadas pelo PSD, MDB e União Brasil. Mas isso não nos dá o balanço político do processo. Os partidos ditos de centro – ou centrão -, enfim, dão continuidade ao que o MDB vem cumprindo desde a redemocratização: articular interesses patrimonialistas. Como o processo político abriu as comportas da reorganização partidária, a disputa política regional encarregou-se de fragmentar a “invencível” baleia herdada da luta contra o regime militar. O MDB foi pulverizado e se perfila ao lado de suas criaturas, somadas às disputadas na velha ARENA/PDS como mais uma das forças de centro. O mais importante de tudo isso, porém, nestas eleições é que o grande vencedor do pleito foram as EMENDAS PARLAMENTARES que solidificaram um Pacto entre Parlamentares Federais e Prefeitos, cujo resultado será a eternização de seus mandatos, com prejuízo da renovação do Congresso e das próprias lideranças municipais. Não por acaso, mais de 80% dos Prefeitos se reelegeram. De resto, independentemente de quem Lula tenha apoiado mais firmemente, sua POLÍTICA DE FRENTE DEMOCRÁTICA para enfrentar a extrema direita foi vencedora, o que não quer dizer que ele venha a ser apoiado pelos partidos vencedores de centro. Mas se isso é ruim ou arriscado para o PT, para a “esquerda” e , talvez, para o próprio Lula, não é necessariamente ruim para a vida política do país. O fascismo ainda espreita, mostrou suas garras em várias capitais, mas foi derrotado. Mas não era isso que os democratas queriam...? Agora é curar as feridas, tocar pra frente e ver o que se pode esperar desta difícil segunda metade de mandato de Lula. 

 

 

 

• 9 dos 26 prefeitos de capitais terão maioria de vereadores

• 16 prefeitos conseguem se reeleger; 4 foram derrotados

• Veja resultado dos partidos em relação ao total de candidatos

 

PL é maior vencedor em grandes cidades; PT também cresce

No 2º turno, PL ganha em 4 capitais; e PT, em 1

• PL tem melhor resultado desde o surgimento do partido

• PT e aliados vencem em 6 das 11 capitais em que Lula ganhou em 2022

 

PSD elege maior número de prefeitos no estado de SP; PSDB cai para 21

• PSOL fica sem prefeitura após derrotas em SP e Petrópolis

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 Normando (MDB), assume a prefeitura de Belém (PA). David Almeida (Avante) em Manaus. Fortaleza: Evandro Leitão, do PT, agradece a mulheres após vitória apertada. candidato apoiado por Bolsonaro e Ciro Gomes, perde. Bolsonarismo só vence, nas capitais, em Cuiabá. Fuad Norman (PSD) ganha em BH. Pimentel vence em Curitiba

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Os 4 eixos da agenda pós-eleições

Retomada do controle do Orçamento, reforma ministerial e sucessão na Câmara serão temas da volta do mundo político a Brasília- Por Vera Magalhães 25/10/2024 

Passado o segundo turno, Brasília volta a funcionar com força total com foco em quatro temas principais, todos interligados: a necessidade do governo de promover um corte estrutural de gastos que mantenha de pé o arcabouço fiscal, o acordo entre os Poderes para disciplinar as emendas parlamentares, a troca de comando na Câmara e no Senado e uma esperada reforma no primeiro escalão do governo.

Uma das coisas que ficaram nítidas nas eleições municipais foi o peso do dinheiro vindo de Brasília nos resultados que inflaram as siglas do Centrão e da direita. São dois os dutos pelos quais jorrou a dinheirama: o fundo eleitoral inflado pelo Congresso e as emendas Pix, que, agora, deverão mudar, a partir da puxada no freio dada pelo Supremo Tribunal Federal.

As várias modalidades de emendas, além da Pix, e seu caráter cada vez mais impositivo tiraram do Executivo uma das principais armas de que sempre dispôs para fazer política. O resultado é que muitos partidos com gabinetes na Esplanada fizeram campanhas completamente dissociadas de Lula ou do governo, sem deles depender e, sobretudo, sem defendê-los, fazendo com que a esquerda saia bem mais enfraquecida do mapa e, assim, largue atrás na montagem de chapas para a Câmara e o Senado daqui a dois anos.

Ainda há reflexos possíveis na montagem de uma coalizão para a sucessão do próprio Lula, por mais que a literatura de ciência política seja sempre muito cautelosa ao ver reflexos claros das eleições municipais na disputa presidencial. Mas é impossível negar: partidos que se articularam em frentes como a paulistana, em que seis siglas com nove assentos no ministério de Lula apoiaram Ricardo Nunes, já falam em repetir a dose lá na frente, a depender de como estiver a avaliação do governo e de quem for o candidato de centro-direita a desafiar o presidente.

O Planalto já percebeu que está numa armadilha, em que dá casa, comida e roupa lavada à base de emendas Pix para legendas que, mais adiante, poderão pegar as trouxas e tomar outro caminho. É urgente para Lula retomar alguma margem de manobra sobre o pouco que resta do Orçamento para fazer política e investimentos. E esse pouco, já em parte loteado pelo Congresso, vai ficando a cada ano menor graças ao crescimento dos gastos obrigatórios, com suas vinculações.

É nesse flanco que o projeto que vem sendo urdido na equipe econômica quer atuar. Para que ele tenha êxito, depende do convencimento prévio do próprio Lula, sempre hesitante diante da ideia de ser ele a cortar gastos em áreas como assistência social, saúde ou educação.

Fernando Haddad terá de fazer prevalecer sua ideia de que o arcabouço fiscal precisa se mostrar hígido para que o Brasil recupere o grau de investimento, os juros possam voltar a cair em 2025, e o mercado doméstico, que anda sobressaltado sem razões objetivas tão claras, sossegue.

Contará com a pressão contrária do PT, que começará a viver a ebulição interna pela troca de comando nacional, acirrada pelos maus resultados do partido nas urnas. Interessa ao grupo de Gleisi Hoffmann estressar ainda mais a relação com a área tachada de “fiscalista” do governo, para tirar do foco o desempenho pífio dos candidatos lançados ou apoiados pelo partido em todo o país, inclusive no Nordeste.

Outro ponto de atenção para a política virá da sucessão de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, também ela influenciada pelas eleições, com potencial de deflagrar ou engordar uma dança das cadeiras nos ministérios. Lira tem dito a aliados que blindará a disputa na Câmara das pautas bolsonaristas mais ruidosas, em reação à esperada ofensiva de Jair Bolsonaro depois do ganho de prefeituras do PL e da iminência de que os inquéritos contra ele e aliados sejam concluídos.

O governo tem de evitar que temas como a anistia aos golpistas avancem sem controle e se tornem compromissos dos postulantes a comandar o Legislativo, justamente em seus dois anos finais de mandato.


 


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AFINAL, EM QUE ESTÁGIO CIVILIZATÓRIO ESTAMOS?

Até bem pouco tempo, havia um consenso acadêmico e até mesmo público de que a humanidade estava avançando no rumo da civilização e que havia sociedades mais ou menos “atrasadas” neste processo. A Antropologia Moderna sepultou essa idealização “civilizatória”. Podemos ter níveis tecnológicos e, talvez, institucionais, com a emergência do Estado e da Corporações Privadas, com ou sem fins lucrativos, no curso da História Humana, mas isso não nos autoriza a dizer que são mais “civilizadas”. Não obstante, é ainda comum, mesmo nos discursos políticos, ouvir-se qualificativos pouco edificantes para certos grupos humanos. É o que faziam os gregos que chamavam “bárbaros” todos aqueles que não falavam grego e, certamente, não comungavam dos ideias helênicos. Lamentável. Hoje se sabe que mesmo aqueles povos ditos “bárbaros” tinham alta complexidade civilizatória. O mesmo se pode dizer dos povos originários do continente americano, dos povos africanos e do Oriente Médio. Não existe, a propósito, “eleitos”. Isso é pura narrativa ancestral, sempre de fundo religioso, para justificar procedimentos discriminatórios. Mas pode-se, talvez, falar em crises de algumas culturas. Um livro, A CONDIÇÃO DE HOMEM, de Lewis Mumford, um dos grandes sábios do século XX, publicado pela Ed.Globo em 1951 é uma verdadeira enciclopédia para se compreender as visões de mundo (ideologias) desde os clássicos ocidentais até os modernos. Nessa trajetória o Ocidente imbricou-se, também, com a construção de um modelo de economia de mercado, que acaba misturando reflexões sobre o que seria uma crise estrutural da cultura ocidental e os desafios do bloco sob hegemonia dos Estados Unidos. Neste sentido, economicista, foi Karl Marx quem primeiro diagnosticou o fim do capitalismo em sua magistral obra “O Capital”. O capitalismo, disse ele, apesar do enorme progresso técnico e material beneficiava so- mente uns poucos, aos capitalistas, os donos dos meios de produção (as fábricas, os bancos, as minas e as terras), guiados pelo lucro. A massa da população, os trabalhadores e os homens do campo, ao contrário, viam-se reduzidos à salários de fome.

Num sentido mais geral do sistema de cultural, outro respeitado filósofo, aliás, O. Spengler (1880-1936), escreveu há já algum tempo A DECADÊNCIA DO OCIDENTE.

“A obra A Decadência do Ocidente, de Oswald Spengler, trata de visionar o destino de uma cultura, por sinal da única no nosso planeta a ter alcançado a sua plenitude, a saber a cultura da Europa ocidental e das Américas.O tema estrito é, portanto, uma análise da decadência da cultura ocidental, hoje espalhada pelo globo inteiro. Mas o propósito é expor uma filosofia com seu método característico, o qual consiste na morfologia comparativa da História Universal. Esse método terá de ser posto à prova aqui. O trabalho divide-se, naturalmente, em duas partes. A primeira, “Forma e Realidade”, toma como ponto de partida a linguagem formal das grandes culturas, esforça-se por avançar até as derradeiras raízes das suas origens, e obtém assim as bases de uma simbólica. A segunda, “Perspectivas da História Universal”, estuda inicialmente os fatos da vida real e, pela análise da prática histórica da humanidade superior, procura extrair a quintessência da experiência histórica, à base da qual poderemos empreender o trabalho de plasmar as formas do nosso futuro”.

Outras visões, igualmente, estruturais têm se seguido, como a do Economista Kozlick, destacando o CAPITALISMO DO DESPERDÍCIO - O capitalismo é um sistema econômico que depende do consumo, e a sociedade capitalista é refém do consumismo. O consumismo é quando as pessoas adquirem produtos e serviços além do que é essencial para a sua sobrevivência-

 ou mais recentemente, as que apontam para a SOCIEDADE DO CANSAÇO. -“A sociedade do cansaço” é o nome de um ensaio do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han sobre uma enfermidade que está acometendo a sociedade. Segundo os conceitos de Han, o cansaço seria uma resposta do corpo para o excesso de positividade e cobrança que a sociedade impõe. e a SOCIEDADE DE RISCO - Risikogesellschaft, de Ulrich Beck, em 1986. Todas apontando para um certo esgotamento do mundo em que vivemos. Veja-se, por exemplo, o caso de São Paulo ...


PORTO ALEGRE – QUEM PERDE, QUEM GANHA?

ADELI SELL

 

Aqui, quem escreve é um “não eleito”. Vão dizer que é choro de “derrotado”. Nada disso, aos 71, não tenho mais idade para chorar sobre o “leite derramado”.

 

A verdade é que um terço dos porto-alegrenses negou o processo eleitoral em 2024.

 Não importam as razões do absenteísmo, de todo modo foi rejeição à política. 

 Fiquei decepcionado com a votação que fiz, 2406 votos. Outrora, fiz quase 9 mil. Com menos amplitude de campanha.

Os tempos eram outros. Neste momento não há espaço para “políticos intelectualizados, com visão abrangente de mundo, dotados daquele humanismo universal que Marx via como a essência superior dos seres”, escreve um amigo meu, que não é do PT. Aqueles tempos acabaram. 

Com orgulho me considero um dos resistentes ao “domínio do particular, à visão fragmentada das coisas, da pequenez dos interesses de grupos”, usando os ditos do amigo.

Recebi dezenas de recados e uma frase foi recorrente: “perdeu a cidade”. Há anos me preparo para a revisão do Plano Diretor. Estive novato na melhor de suas formulações em 1999, como estive em 2009. Queria estar agora. Não estarei. Lastimo por isso, não só pelo meu preparo, pois em minha volta há os melhores quadros do urbanismo local.

O que será da revisão? Pela força da direita mais radical, pelos amigos do Estado mínimo, pelos adoradores do Capital e das privatizações, salve-se quem puder, o que sobrará de nosso capital?Meu compromisso sempre foi com a verdade e com o livre debate. Agora, sem as amarras do parlamento, sem condições de concorrer mais uma vez, vou tentar trazer à baila todos os temas cruciais da cidade, como pensador.

Vou desagradar os segmentos majoritários da atualidade no parlamento, reflexo da sociedade. E sem “papas na língua” começo uma série de artigos nos quais falarei sempre e cada vez mais de nossa Porto Alegre. Por enquanto “nossa”; amanhã, não sei...

 

ADELI SELL é professor, escritor e bacharel em Direito. 


A Constituição como Sagrado Contrato Social? 

O Contrato é o produto registrado do consenso entre os componentes de uma parceria . Pode ser referir a um negócio, a uma ação social, inclusive o casamento, a uma sociedade disposta a conviver pacificamente sobre um território. Neste caso o Contrato tem o nome de Constituição. Ela substituiu o direito divino dos soberanos como método de constituição dos Poderes Públicos, isto é, a forma de organizar a capacidade de cimentar solidariedade social, vigente desde os primórdios da civilização, lá no Império Acadiano, até o século XIX. A Revolução Francesa, em 1789, é o marco deste trânsito do monarquismo autoritário para as Repúblicas Modernas. República, Constituição e Democracia, neste sentido, são dimensões do Estado Moderno, pelo menos no mundo Ocidental. A Constituição, não é um mero papel. Ela é um símbolo profano mas de caráter sagrado que fundamenta a harmonia do corpo social com vistas a assegurar seu desenvolvimento em segurança. Foi Thomaz Hobbes (1588 - 1679), filósofo inglês, ponte entre o Renascimento e o Illuminismo, autor de “Leviatã”, quem definiu esta nova forma de constituição do Poder. 

"A nova ciência política de Hobbes apareceu primeiro em Elementos da Lei, de 1640, um tratado que ele não tinha a intenção publicar, mas de que fosse utilizado pelos correligionários do rei Carrlos I para justificar as ações deste diante de um parlamento crescentemente hostil.

Hobbes passou os dez anos seguintes em exílio voluntário na França, onde se tornou famoso como respeitado filósofo.

 

Seu De Cive, publicado em Paris no ano de 1642, desenvolve temas de Elementos da Lei, mas seu pensamento é exposto mais tavelmente em sua obra-prima, Leviatã.

 

Segundo Hobbes, os homens agem conforme certas leis naturais.

 

Numa analogia à Primeira Lei do Movimento de Newton, de acordo com a qual a matéria se comportará de maneira uniforme a menos que sofra uma ação, Hobbes acredita que o estado natural do homem é o de guerra e conflito, a não ser que haja alguma ação sobre ele e que seja governado pelas regras da vida social.

Só um pacto mantido pela lei da espada pode impedir o homem de recair em seu estado natural. Sem o pacto, diz Hobbes, a sociedade se desintegraria e haveria "uma guerra em que cada homem luta por si", sendo o resuItado, inevitavelmente, um estado em que a vida do homem "solitária, pobre, sórdida, brutal e breve".

 

Por isso, Hobbes avança sobre a noção de contrato social, pelo qual somos impedidos - e nós impedimos - de cair nesse estado sombrio, natural, de guerra e conflito. Todo homem age, conclama Hobbes, de acordo com a lei natural de autoconservação.

 

Cada um de nós deseja, naturalmente, o que é bom para nós mesmos, e o pacto assegura que isso só se obtém levando-se em conta o bem dos outros."

Fonte: Philip Stokes - Ed. Difel - Pag. 134.

No Brasil, tivemos várias Constituições, mas as de 1946 e de 1988, ambas promulgados após períodos autoritários, marcaram nosso avanço rumo ao aprofundamento da democracia-entre-nós. No último dia 05 (outubro) , cumprimos 36 anos de sua vigência da última dela, realizada numa Assembleia livre e soberana, com o concurso de centenas de entidades da sociedade civil, personalidadesao e até mesmo instituições públicas, entre elas Universidade, ao longo dos quais conseguimos sustentar seus princípios. O fato não é corriqueiro, sobretudo num país assaltado por golpes militares e pesada herança patrimonialista, mas estamos avançando, apesar, desta vez das ameaças da extrema direita incitada por ex Presidente ainda vivo e atuante. As eleições deste fim de semana bem o demonstram. Vivemos sob o império da Lei Magna e suas instituições mas não estamos livres destas ameaças. O país desperta neste semana sereno com a consecução do voto, mas preocupado por resultados que demonstram um peso considerável na vida pública do país dos Partidos do Centrão. Num certo sentido, esta presença pode significar um reforço do patrimonialismo, mas, por outro, foi, talvez, o preço que pagamos para diminuir o risco do retrocesso autoritário. Tudo indica que depois disso o bolsonarismo já não é o mesmo.. 


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O FIM DO MUNDO À VISTA

"Nunca estivemos tão perto de uma guerra nuclear como agora", diz Jeffrey Sachs. - https://www.brasil247.com/mundo/nunca-estivemos-tao-perto-de-uma-guerra-nuclear-como-agora-diz-jeffrey-sachs#google_vignette 

 

O acirramento das tensões entre Israel e Irã traz à tona, novamente, o risco de nova Guerra Mundial. 

A II Guerra Mundial (1939-45) teve seu início em 1939, quando Hitler decidiu retomar o corredor que dava à Polônia uma saída para o mar, tomando a cidade de Dantzig. O romance de Gunter Grass, que ali vivia, levado às telas, bem demonstra o que ocorreu: O TAMBOR. Começava ali a brutalidade da Wermacht, â qual Inglaterra e França respondem com declaração de Guerra à Alemanha. Seguem-se, primeiro, a ocupação sucessiva dos países a oeste, culminando com a tomada de Paris em 1940 e a invasão da União Soviética no ano seguinte. Resultado 50 milhões de mortos. Tudo para nada, como diria o poeta Ascenso Ferreira. A extrema direita, com várias faces, volta à tona ainda que o III Reich prometido pelos nazistas não tenha durado duas décadas. Seus fantasmas já haviam se espalhado por todos os ventos. Mas os poloneses não se conformaram e se insurgem em Varsóvia entre 1941 e 1943, disso resultando um atroz morticínio de 45 mil civis, mulheres e crianças e a extensão da resistência a outros segmentos da sociedade polonesa. W. Bach, o comandante da reação alemã nunca foi punido. Talvez tenha faltado no Tribunal de Nuremberg, que julgou os criminosos de guerra, como talvez tenham faltado, também, na República de Weimar derrubada por Hitler, em 1933, promotores e juízes mais duros na defesa da condição humana e das instituições democráticas. W. Bach alé alegou, depois da guerra, que havia cumprido ordens e intercedido por milhares de civis. Morreu tranquilo em sua casa décadas depois. Nesta dia 2 de outubro daquele ano de 1944, há exatos 80 anos, depois de todas as atrocidades, os alemães firmam, na Polônia destruída, um protocolo pelo qual os poloneses entregaram suas armas e ficaram aguardando o fim da guerra para se sentirem livres novamente.  

Agora, diante da escalada do confronto Ocidente x Oriente, ao qual se agrega a este difuso bloco o Sul Global na periferia do sistema atlântico gerado nos últimos 500 anos, estamos às portas de um novo conflito mundial, já instalado na Guerra na Ucrânia, iminente na regionalização da guerra no Oriente Médio, com o provável enfrentamento entre Israel e Irã, insinuado na Asia, diante da crescente supremacia econômica da China em disputa com Estados Unidos. Ninguém cede. Vários analistas já prevêm o inevitável: um holocausto nuclear no qual enterraremos a experiência civilizatória do homem. Vitória do homo pugnat sobre todas as espécies. Isso foi previsto, desde a Bíblia até Holywood. 

Strangelove, é um filme britano-estadunidense de 1964, uma comédia de guerra dirigida por Stanley Kubrick, com roteiro dele, Peter George e Terry Southern baseado no romance Red Alert, de Peter George. Columbia Pictures Corp. O enredo mostra um mundo dividido entre ocidentais e comunistas, típico da Guerra Fria, em verdadeiro estado de suspense pelo terror nuclear, na crença de que a Um general insano que acredita que os comunistas planejam dominar o mundo dá ordens para bombardear a Rússia, iniciando processo de guerra nuclear. Ao mesmo tempo, o presidente americano e seus assessores do Pentágono tentam desesperadamente parar o processo. Impossível. O mundo já está totalmente automatizado e a ação humana para desativar a catástrofe é em vão. 

O medo, agora, é que a vida imite a arte.


 

 EDITORIAL:

 Alvaro Costa e Silva - A bola de cristal do senador

Folha de S. Paulo 

 Senador diz que haverá loucura em 2026; mas loucura de quem ou contra quem?

 

Democracia Política e novo Reformismo: Alvaro Costa e Silva - A bola de cristal do senador (gilvanmelo.blogspot.com) 

Aprendiz de Mãe Dinah, Ciro Nogueira prevê que o impeachment de ministros do STF será uma das principais pautas na eleição do Senado em 2026. "Vai ser uma loucura, você não tem ideia do que vai acontecer", ameaçou em entrevista à Folha. O líder do centrão acredita que Jair Bolsonaro vai recuperar os direitos políticos —ou por meio do próprio Judiciário que o tornou inelegível, ou por anistia do Congresso— e poderá ser candidato ao Planalto daqui a dois anos.

Não há novidade no discurso de Ciro. É a ladainha que se ouviu no ato de extrema direita realizado na avenida Paulista no 7 de Setembro, que ficou aquém das expectativas, com os manifestantes ocupando alguns quarteirões. A surpresa é o uso da palavra "loucura" na boca do adivinho. O senador quis dizer que os ministros do Supremo, de uma hora para outra, vão ficar birutas? Ou será cometido algum desatino contra eles?

Ciro foi o articulador da campanha à reeleição, recorrendo ao que chamou de "relógio da democracia" para fazer nas redes sociais uma contagem regressiva até a vitória de Bolsonaro. Mesmo com Lula à frente nas pesquisas de intenção de voto desde o primeiro turno, o ex-ministro da Casa Civil costumava promover um infantil tic-tac para referendar a tese da virada. Deu no que deu.

A bola de cristal do senador está embaçada. A julgar pelas eleições municipais, o crime continuará no centro do debate nacional. É nesse contexto que vive Bolsonaro, alvo de inúmeras investigações: inquérito das fake news, interferência na Polícia Federal, vazamento de dados de investigação sigilosa da PF, relacionar a vacina contra Covid à Aids, adulteração de cartões de vacina, joias doadas pela Arábia Saudita e a tentativa de golpe de Estado e atentado ao Estado democrático de Direito.

Não espanta que, após quatro anos de Bolsonaro, a sociedade tema o avanço de organizações criminosas de todo tipo. A pauta da segurança domina o pleito atual. O candidato bolsonarista no Rio é um fiasco, e em São Paulo o mais combativo aliado de Nunes é Tarcísio de Freitas. A turma do capitão se identifica com o coach que desidrata sob o peso da rejeição

 

O Poder de Hitler

Temporada 1

Num dos momentos mais significativos do século passado, a 30 de janeiro de 1933, Adolfo Hitler ascendia ao poder na Alemanha. A série explora o facto de um insignificante ‘zé-ninguém’ ter conquistado tanto poder tão depressa, e o porquê de ter seguidores.

 

O Poder de Hitler: Minissérie mostra como o ditador conquistou apoio dos alemães

Dividida em três episódios, produção narra como "zé-ninguém" obteve o apoio da maioria dos alemães, com foco na relação entre o líder e seu povo

por Fabio Previdelli=fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 06/08/2024, às 13h02 - Atualizado às 16h29

Em 30 de janeiro de 1933, Adolf Hitler foi nomeado Chanceler na Alemanha. Com o nazista no poder, em pouco tempo ele começou a colocar em prática seu plano de perseguir e exterminar judeus e outras minorias. 

+ Mentiras, manipulações e falsas promessas: como os alemães compraram o papo de Hitler?

Mas como alguém até então desconhecido conseguiu uma ascensão tão rápida? É justamente essa resposta que aborda a minissérie inédita 'O Poder de Hitler' ('Hitler's Power'), que será exibida pelo History a partir do próximo sábado, 10. 

 

O Poder de Hitler

Dividida em três episódios, a produção explora como um "zé-ninguém" conseguiu conquistar o apoio da maioria dos alemães e ganhar tanto poder em apenas alguns anos. A minissérie foca na relação entre o líder nazista e o povo alemão. 

Apresentando fotografias históricas recém-descobertas, 'O Poder de Hitler' também oferece uma perspectiva incomum da sociedade nazista em tempos de guerra e paz. Através dessas imagens, além de vídeos, documentos, depoimentos e análises de especialistas, a minissérie responde a grande questão: como e por que o Holocausto surgiu na Alemanha?.

No episódio de estreia, chamado 'Ascensão ao Poder', a produção mostra como, em apenas alguns anos, Adolf Hitler passou de uma pessoa totalmente inexpressiva e sem interesse genuíno em política, a um ditador adorado pelo povo alemão. 

A produção também relata como a propaganda nazista transformou o führer em um visionário. Porém, sua chegada ao poder foi fomentada graças a destruição da democracia e na imposição de uma ditadura totalitária, culminando no terrível Holocausto e na Segunda Guerra Mundial.

 

Jornalista de formação, curioso de nascença, escrevo desde eventos históricos até personagens únicos e inspiradores. Entusiasta por entender a sociedade através do esporte. Vez ou outra você também pode me achar no impresso!

 

Milton Saldanha- NADA A FESTEJAR. O BRASIL REGRIDE.

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Podem falar que é papo de véio, porque é mesmo: estou cansado e não me iludo mais com falsas esperanças.

Cheguei aos 79 anos cruzando décadas de lutas políticas, nunca só como espectador passivo. Estive sempre envolvido em algum grau. 

Combati a ditadura e fui preso político. Fiz militância em diversas eleições e utilizei minha profissão, o jornalismo, como arma de luta política dentro das possibilidades possíveis. Os patrões sempre foram de direita. Quem não os teve?

Na adolescência, com 16 anos, já era de esquerda e atuava na política estudantil. Fundei um curso de alfabetização de adultos em Santa Maria (RS), no começo dos anos 1960, obviamente com alunos pobres.

Escrevendo, hoje seria impossível quantificar minha contribuição ao esclarecimento das pessoas, em panfletos, discursos, jornais, revistas, rádio, livros. E agora em espaços como este. 

Realizei o sonho de todo jornalista: ter o seu próprio jornal. Meu Dance circulou com sucesso durante 21 anos e me proporcionou uma tonelada de alegrias. 

Tudo isso sem nenhum prejuízo de uma vida gostosa, sempre com dança de salão e muitas viagens pelo mundo. Pisei em mais de 80 países, de 6 continentes, e retornei a vários deles. Só aos Estados Unidos e Europa foram cinco ou seis vezes. À Argentina (pelo tango) e pelo Brasil perdi a conta. 

Estou gratificado? Não. Estou é frustrado. 

É uma tristeza costatar a regressão mental de metade da população brasileira. Essa que vota em gente como Marçal e Bolsonaro, exemplos do que pior pode existir na raça humana, em todos os sentidos. Caras que veneram torturadores, condecoram milicianos, e não emitem uma única frase que não seja lamentável e grotesca. 

Um cara que se declara imbrochável do alto de um palanque é uma calamidade quando se pensa na necessidade de educar o povo. 

Enfim, estou cansado e preciso cuidar da minha saúde.

Apesar de tudo, não desisti da vida.


 Hoje é dia traz o Dia Nacional da Radiofusão

25 de setembro também marca o nascimento de Roquette Pinto-- Edgard Roquette Pinto (1884/1954)- foi um médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo e ensaísta brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, é considerado o pai da radiodifusão no Brasil. Criador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com o intuito de difundir a educação por este meio, por volta de 1923. Wikipédia

 

Pollyane Marques - Repórter da Radioagência Nacional

Publicada em 24/09/2023 - 07:15

Brasília

Nunca antes na história da humanidade o acesso à informação foi tão fácil, veloz e múltiplo. Mas isso não significa que a nossa forma de nos informar seja maravilhoso. Do mesmo jeito, nunca antes foi tão necessário estar atento às fontes das informações que consumimos para evitar e enfraquecer a proliferação das fake news. E esta quinta semana de setembro é uma boa ocasião para se refletir sobre isso.  

No dia 25 celebramos o Dia Nacional do Rádio e da Radiodifusão. A data foi criada para relembrar o nascimento de Edgar Roquette-Pinto, considerado o pai da radiodifusão no país. Médico, professor, escritor, antropólogo, etnólogo e ensaísta, Roquette-Pinto fundou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, chamada posteriormente de Rádio MEC após ser doada, em 1936, ao Ministério da Educação. Clicando aqui você poderá acessar um especial sobre a história do rádio. Elaborado pelos profissionais da Radioagência Nacional e publicado pela Agência Brasil as reportagens lembram a importância desse veículo, que continua sendo fundamental na comunicação brasileira. E a programação de todas as rádios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) pode ser conferida no Portal das Rádios.

Já o 28 é reservado pala lembrarmos o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o objetivo de promover o acesso à informação por meio de todas as plataformas, como uma maneira essencial de cumprir a Agenda de Desenvolvimento 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Unesco acredita que o acesso à informação é uma forma de reduzir o fosso das desigualdades sociais no planeta.

E fechamos a semana com uma pergunta: uma boa história contada ao pé do ouvido vale mais que muitas imagens? Não temos uma resposta definitiva para isso, mas o que se sabe é que o crescimento da audiência para podcasts no Brasil tem sido exponencial, de acordo com a Associação Brasileira de Podcasters. E em 2023 a EBC entrou neste mundo. E no Dia Internacional do Podcast, comemorado no dia 30, te convidamos a conhecer Histórias Raras, Copa Delas e Sala de Vacina, produções da Radioagência Nacional. É só clicar aqui!.


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Lula na ONU in Relatório Reservado

 

De acordo com os planos traçados no Planalto e no Itamaraty, o discurso do presidente Lula na ONU, no início da semana que vem, servirá, externa e internamente, como uma forma de mostrar mobilização frente às mudanças climáticas e seus efeitos.

 

A intenção será, ao mesmo tempo, indicar mobilização no Brasil mas, também, passar a mensagem de que é preciso ir além. Ou seja, cobrar os países ricos, abertamente, bem como, nas entrelinhas, o Congresso Nacional. E, com isso, criar uma válvula de escape para o desgaste enfrentado - e cujo foco, as queimadas pelo país, continuarão ativos.

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Cúpula do Futuro termina hoje com debate sobre desafios do século 21-Cúpula do Futuro termina hoje com debate sobre desafios do século 21 | Brasil 247

 

Líderes mundiais subirão ao pódio nesta segunda-feira para se aprofundarem nas ações necessárias exigidas pelas crises do século 21

 

 

 

 

"Precisamos de coragem e vontade política para mudar", diz Lula na Cúpula do Futuro, em Nova York-"Precisamos de coragem e vontade política para mudar", diz Lula na Cúpula do Futuro, em Nova York | Brasil 247

 

Discurso do presidente no evento ressaltou a necessidade de reforma da governança global

 

 

 

 

 

Líderes mundiais adotam pacto com 56 ações para o futuro do planeta-Líderes mundiais adotam pacto com 56 ações para o futuro do planeta | Brasil 247

 

 

 

 

 

 

Eliane Cantanhêde - Protagonismo do STF- O Estado de S. Paulo- Dino está para as queimadas assim como Alexandre de Moraes para o golpe: líder da resistência-CONTINUAR LEITURA

 

Monitoramento mostra que 99% dos incêndios são por ação humana

Pesquisadora alerta para situação crítica em três biomas- https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-09/monitoramento-mostra-que-99-dos-incendios-sao-por-acao-humana 

BRUNO DE FREITAS MOURA - REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

20/09/2024 - Rio de Janeiro © Mayangdi Inzaulgarat/Ibama- Versão em áudio

Apenas uma parte ínfima dos incêndios florestais que se proliferam pelo país é iniciada por causas naturais. A constatação é da doutora em geociências Renata Libonati, coordenadora do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.  

“De todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são de ação humana”, afirma.

A pesquisadora é responsável pelo sistema Alarmes, um monitoramento diário por meio de imagens de satélite e emissão de alertas sobre presença de fogo na vegetação. Ao relacionar os dados com a proibição vigente de colocar fogo em vegetação, ela afirma que “todos esses incêndios, mesmo que não tenham sido intencionais, são de alguma forma criminosos”, disse em entrevista à Agência Brasil. 

Com base em dados que ficam disponíveis a cada 24h, a professora constata que “a situação é muito crítica” nos três biomas analisados, sendo a pior já registrada na Amazônia. Em relação ao Cerrado e o Pantanal, ela ressalta que a presença das chamas está “muito próxima do máximo histórico”.

Renata Libonati associa o fogo que consome vegetação em diversas regiões brasileiras a atividades econômicas. “A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra”.

Com o olhar de quem acompanha cada vez mais eventos climáticos extremos, a pesquisadora percebe um ultimato: “Nosso estilo de vida atual é incompatível com o bem-estar da nossa sociedade no futuro”.

Acompanhe os principais trechos da entrevista:

 

A pesquisadora Renata Libonati associa o fogo que consome vegetação em diversas regiões brasileiras a atividades econômicas. Foto: Environmental Justice Foundation

Agência Brasil: A partir do monitoramento realizado pelo sistema Alarmes, é possível traçar um retrato de como está a situação no país? 

Renata Libonati: O sistema Alarmes monitora atualmente os três principais biomas do Brasil: Amazônia, Cerrado e o Pantanal. Principais no sentido dos que mais queimam. No Pantanal, do início do ano até 18 de setembro, já teve cerca de 12,8% da sua área queimada. Fazendo um comparativo com 2020, o pior ano já registrado, 2020 queimou no ano todo cerca de 30% do bioma.

A média anual que o Pantanal queima é em torno de 8%. Então, 2020 foi muito acima e 2024 também ultrapassou a média de porcentagem diária atingida. Isso representa cerca de 1,9 milhão de hectares queimados em 2024 [para efeito de comparação, o estado do Sergipe tem quase 2,2 milhão de hectares]. Esse acumulado está abaixo do que queimou em 2020 no mesmo período, mas até o início de setembro, o acumulado era maior que o mesmo período de 2020.    

A Amazônia já teve cerca de 10 milhões de hectares queimados [o que equivale a mais que o estado de Santa Catarina]. Como a Amazônia é muito grande, isso representa em torno de 2,5% da sua área queimada. A situação é muito crítica. Esse é o pior ano já registrado desde que a gente tem medição aqui no nosso sistema, em 2012.

O Cerrado já queimou cerca de 11 milhões de hectares, o que corresponde a quase 6% da sua área. Esse valor está ligeiramente abaixo do ano que mais queimou, que foi em 2012.

De uma forma geral, a situação é muito crítica nos três biomas. A Amazônia no máximo histórico; e nos outros biomas, muito próxima do máximo histórico.

Agência Brasil: Com os dados coletados, notam-se indícios de ações criminosas e/ou coordenadas?

Renata Libonati: O monitoramento por satélite não permite fazer distinção de que tipo de ignição originou determinado incêndio. O que posso dizer é que existem duas formas de iniciarmos um incêndio. A primeira é a forma humana, seja intencional ou criminosa. A segunda é a causa natural, que seriam os raios.

Percebemos um padrão que, de todos os incêndios que acontecem no Brasil, cerca de 1% é originado por raio. Todos os outros 99% são originados de ação humana. Desde maio até agora, não teve nenhuma ocorrência no Pantanal de incêndio começado por raio. Isso monitorado por satélite e com dados de descargas atmosféricas.

Isso nos indica que é fogo humano. Sabendo que existe decreto que tem proibido o uso do fogo em todas essas regiões devido à crise climática que a gente está vivendo esse ano, todos esses incêndios, mesmo que não tenham sido intencionais, são de alguma forma criminosos. Exceto quando é acidental.

Agência Brasil: São ligações com atividades econômicas, mais notadamente a agropecuária?

Renata Libonati: Existem vários fatores que estão relacionados a esses inícios de incêndio. Por exemplo, o desmatamento, um fator que fica muito ligado ao início de incêndio, porque, em geral, utiliza-se o fogo em algumas situações de desmatamento.

A ocorrência dos incêndios no Brasil está intimamente relacionada ao uso da terra, às atividades econômicas, principalmente, ligadas ao desmatamento para abrir áreas de pastagem e agricultura e, quando já está consolidado, muitas vezes se utiliza o fogo por várias razões, e isso causa os grandes incêndios que estamos observando.

Agência Brasil: O fogo, que já foi um grande aliado da humanidade, está cada vez mais se tornando um inimigo? 

Renata Libonati: É muito importante não esquecer que o fogo nem sempre é ruim. Regiões como o Cerrado e parte do Pantanal, que são constituídas basicamente de regiões savânicas, são o que chamamos de dependentes do fogo. Precisam da ocorrência anual do fogo para manter a sua biodiversidade e padrão ecossistêmico. O que ocorre é justamente isso que você comentou, a ação humana alterou completamente o regime de fogo natural dessas regiões para um regime atual que é muito mais agressivo, no sentido que os incêndios são mais intensos, mais extensos e mais duradouros. Isso tem um efeito muito ruim mesmo em regiões que são dependentes do fogo.

É diferente da Amazônia e de qualquer floresta tropical, que a gente chama de ecossistemas sensíveis ao fogo. Quando ocorre, é altamente prejudicial. É sempre bom fazer essa distinção entre o Cerrado, Pantanal e Amazônia, porque as relações que cada ecossistema tem com o fogo são diferentes, e o uso do fogo precisa ou não ser tratado de forma diferente de acordo com o ecossistema.

 

Rio de Janeiro (RJ), 19/07/2024 – Sistema de alarme de queimadas. Foto: Lasa/Reprodução - Lasa/Reprodução

Agência Brasil: Como o sistema Alarmes faz o monitoramento?

Renata Libonati: O sistema Alarmes foi lançado em 2020. Até aquela época, o monitoramento de área queimada por satélite era feito com atraso que podia chegar a três meses para a gente ter estimativas de quanto e de onde queimou. O sistema Alarmes veio para trazer uma informação que era muito requerida pelos órgãos de combate e prevenção, que era informação da área queimada de alguma forma rápida, em tempo quase real, para fazer as ações de planejamento do combate.

Nós utilizamos imagens de satélite da Nasa [agência espacial americana], aprendizado de máquina profundo [um método de inteligência artificial] e informações de focos de calor. Isso nos permitiu criar esses alertas rápidos. Enquanto antes nós precisávamos esperar de um a três meses para ter essas localizações do que queimou, nós temos essa informação no dia seguinte que queimou. Ele é atualizado diariamente com novas informações e vem sendo aprimorado através da colaboração com entidades públicas, privadas e até da sociedade. Nos ajudam a validar os nossos alertas e a qualidade dos nossos dados, por exemplo, através do sistema Fogoteca.

Brigadistas que estão combatendo tiram fotografias georreferenciadas e inserem isso no sistema como uma forma de saber que os nossos alertas estão corretos no tempo e no espaço. A Fogoteca vem crescendo desde então, nos auxiliando a melhorar essas estimativas com informação de campo, que é muito importante para validar e verificar a acurácia do monitoramento que fazemos por satélite.

Agência Brasil: Houve uma atualização esta semana no Alarmes, para aumentar a precisão.

Renata Libonati: Essa diferença de dar a área queimada com atraso de três meses ou de um dia vai fazer com que você tenha uma melhor precisão quando tem mais tempo para trabalhar aquelas imagens do que quando você tem que fazer uma coisa muito rápida, quando perde um pouco a precisão. É aquele cobertor curto, quando eu tenho um processamento rápido, eu perco qualidade, mas ganho agilidade. Quando eu tenho um processamento lento, eu perco em agilidade, mas ganho em qualidade.

Os nossos alertas, por terem essa capacidade de identificar rapidamente o que que aconteceu, têm uma qualidade mais restrita que um dado mais lento. O que fizemos para atualizar isso foi juntar os dados mais lentos com os mais rápidos, de forma a diminuir essas imprecisões: efeitos de borda (superdimensionamento da área identificada) e omissões em casos específicos

 

"O que estamos vivenciando hoje é um resultado do que a humanidade vem fazendo ao longo de várias décadas", afirma a pesquisadora Renata Libonati. Foto: Environmental Justice Foundation

Agência Brasil: O sistema Alarmes é uma ferramenta. Para conter a proliferação de incêndios no país são necessárias ações da sociedade e governos. Como especialista no assunto, sugere caminhos? 

Renata Libonati: A gestão do incêndio não passa apenas pelo combate. Muito pelo contrário, o pilar precisa ser a prevenção. Passa, por exemplo, por uma gestão da vegetação antes da época de fogo, fazer aceiros [terreno sem vegetação que serve como barreira para impedir a propagação do fogo], diminuir material combustível seco, muitas vezes através de queimas prescritas, quando se usa o que chamamos de "fogo frio", antes da época de fogo, quando a área ainda está úmida. Fragmentar a paisagem para quando chegar a época de fogo, ele não ter para onde ir porque você já tirou aquela biomassa dali, contendo o incêndio.

Essas técnicas de prevenção também englobam maior conscientização e educação ambiental sobre o uso do fogo. Maior fiscalização. Ações que precisam ser feitas de forma continuada ao longo de vários anos.

Diante das condições climáticas que estamos vivenciando nas últimas décadas e, principalmente, nos últimos anos, observamos que esses eventos extremos, como grandes secas e ondas de calor estão cada vez mais frequentes, duradouros e persistentes e essas são as condições que levam a grandes incêndios. Então qualquer ignição vai se propagar de uma forma muito rápida, muito intensa, e o combate é muito difícil.

Mesmo que tenhamos um empenho muito grande, como está acontecendo este ano por parte dos governos federal e estaduais empenhados no combate, mesmo assim essas condições climáticas são muito desfavoráveis ao combate. É muito difícil combater, por isso que é preciso sempre priorizar a prevenção. O Brasil deu um primeiro passo para isso, que foi a lei do Manejo Integrado do Fogo, aprovada o final de julho, sancionada pelo presidente da República.

Essa lei vai permitir uma mudança de paradigma na forma em que o Brasil realiza a sua gestão de incêndios, permitindo um pilar muito forte na prevenção do que propriamente no combate. Já demos um primeiro passo.

Agência Brasil: Pode se dizer que mudanças climáticas são uma ameaça não para o planeta, e, sim, para a vida humana? 

Renata Libonati: O que estamos vivenciando hoje é um resultado do que a humanidade vem fazendo ao longo de várias décadas. Realmente é preciso fazer uma mudança na forma que a gente utiliza o planeta porque o nosso estilo de vida atual é incompatível com o bem-estar da nossa sociedade no futuro.

Se continuarmos a emitir gases do efeito estufa na mesma faixa que estamos hoje, vamos ter, os modelos climáticos indicam, nos 2050 até 2100, ocorrências muito mais frequentes de ondas de calor, de secas, enchentes como a que a gente viu no Rio Grande do Sul. Isso vai impactar diretamente a vida humana. É importante chamar atenção que sempre as pessoas que vivem em maior vulnerabilidade são aquelas que vão ser as mais impactadas.

Agência Brasil: Voltando ao sistema Alarmes, é uma mostra de que a academia está centrada para as necessidades atuais da sociedade?

Renata Libonati: Essa ideia de que a universidade vive fechada nas suas quatro paredes já não procede. As universidades públicas, há algumas décadas, mudaram a forma de fazer ciência, passando por uma ciência que visa auxiliar na solução dos problemas que a nossa sociedade tem hoje. O Alarmes é, de fato, um bom exemplo de que todo o conhecimento gerado na academia pode ser utilizado na forma de trazer um benefício para a solução desses problemas. No caso, a gestão dos incêndios, que vai levar também a uma melhoria da qualidade do ar.

No caso do Alarmes, o desenvolvimento foi possível por conta de uma aproximação do Prevfogo [Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais] do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], que financiou um edital no CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. Foi um edital inédito e eles trouxeram os principais problemas que eles tinham. Um desses problemas era o monitoramento mais rápido da área queimada. Então é muito importante que haja investimentos públicos na universidade para que a gente possa ter condições de desenvolver e melhorar cada vez mais a inovação que podemos ter.

Nós tivemos também muitos investimentos de ONGs [organizações não governamentais], como Greenpeace, Wetlands Internacional, WWF, CEPF, Terra Brasilis. Uma série de ONGs preocupadas com a questão ambiental e que fomentaram algumas melhorias no sistema.

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Brasil verde?- BERNARDO JUREMA 19 DE SETEMBRO DE 2024 MEIO AMBIENTE

Entre os muitos contrastes entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e seu antecessor Jair Bolsonaro está sua abordagem diferente ao meio ambiente. Enquanto Bolsonaro descreve o aquecimento global como uma "conspiração marxista", Lula prometeu transformar o país em uma "potência ambiental" de classe mundial. O primeiro afrouxou as regulamentações sobre as empresas madeireiras, autorizou a exploração de petróleo em áreas de rara biodiversidade e enfraqueceu as agências ambientais estaduais. O último, desde que retornou ao cargo para um terceiro mandato em janeiro de 2023, impôs restrições mais rígidas ao desmatamento, que caiu 68% na Amazônia naquele ano. Ele reverteu certas atividades de mineração, usou os serviços de segurança para reprimir práticas comerciais ecologicamente destrutivas, financiou parques nacionais e locais de conservação e renomeou o antigo Ministério do Meio Ambiente para dar destaque às mudanças climáticas.

No entanto, enquanto outros países amazônicos como Equador e Colômbia tomaram medidas concretas para controlar o capital fóssil, o Brasil – o sétimo maior emissor do mundo, com um setor de petróleo e gás que responde por 10% do seu PIB – continua a arrastar os pés. Apesar de fazer algum progresso em iniciativas verdes, Lula ainda parece determinado a usar recursos fósseis para impulsionar o desenvolvimento, na esperança de consolidar seu apoio entre o subproletariado e manter o bolsonarismo sob controle. Com base nisso, ele está apoiando uma proposta da estatal petrolífera, Petrobras, para empreender exploração de petróleo na Margem Equatorial, a 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas: uma área que poderia conter até 5,6 bilhões de barris de petróleo e aumentar as reservas do Brasil em 37%. Ele também apoiou uma série de megaprojetos de infraestrutura: uma linha ferroviária que poderia acelerar o desmatamento em terras indígenas, uma rodovia cortando a floresta tropical intocada e uma licença renovada para uma grande barragem hidrelétrica. Questionado sobre o impacto ambiental de tais medidas, Lula insistiu que "não vamos desperdiçar nenhuma oportunidade de crescer".

Como devemos entender essa lacuna entre a retórica verde do presidente e a realidade? Interesses comerciais e políticas nacionalistas há muito tempo estão unidos em apoio à indústria brasileira de combustíveis fósseis. Em 1939, a descoberta de petróleo na Bahia provocou um influxo de empresas estrangeiras e um clamor da população nacional, que viu suas atividades como uma violação da soberania brasileira. Isso levou à campanha nacionalista O petróleo é nosso!, liderada pelo presidente Getúlio Vargas, que culminou na criação da Petrobras em 1953. Nas duas décadas seguintes, a exploração offshore foi uma parte fundamental do esforço do país para reduzir sua dependência de combustível estrangeiro, com o governo estabelecendo uma meta de produzir 500.000 barris por dia até 1985. Uma série de grandes depósitos foram eventualmente descobertos na plataforma continental, primeiro em Sergipe e depois na Bacia de Campos, transformando o Brasil no maior produtor da região.

Em 1997, o monopólio estatal do petróleo do Brasil foi desmantelado e a Agência Nacional do Petróleo foi criada como um órgão federal para supervisionar o setor. O estado continuou sendo o acionista majoritário da Petrobras, mas a empresa agora tinha que competir em igualdade de condições com empresas privadas em processos de licitação, em linha com o programa neoliberal do presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi essa estrutura que o Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula decidiu desafiar durante seus quatorze anos no cargo (2003-2016), aumentando o investimento e desenvolvendo novas reservas extensas. No final desse período, a produção nacional de petróleo havia disparado para mais de 2,6 milhões de barris por dia, 78% dos quais foram produzidos pela Petrobras. O desenvolvimento industrial foi consistentemente priorizado em detrimento das preocupações ecológicas. O estado financiou a expansão da indústria de carne bovina na Amazônia – um grande impulsionador do desmatamento – enquanto supervisionava o lançamento de vários novos projetos de barragens, incluindo a Belo Monte, que aumentou os níveis de pobreza local e causou invasão urbana na floresta. A repressão era frequentemente usada para lidar com as consequências sociais, com repressões a protestos e mobilizações militares em áreas pobres.

Hoje, Lula frequentemente enquadra a indústria do petróleo como uma ferramenta de justiça econômica, afirmando que "Aqueles que vivem na Amazônia têm direito aos bens materiais que todos os outros têm" - embora quando se trata da destruição e miséria que ela pode infligir às populações locais, ele seja notavelmente menos vocal. O histórico de acidentes do setor na grande Amazônia e em outros lugares, incluindo 62 vazamentos de óleo somente em 2022, é alarmante para dizer o mínimo. E a disputa por petróleo na Margem Equatorial já parece estar causando migração externa de áreas próximas, mesmo antes do primeiro poço ter sido perfurado. A agência ambiental estadual, Ibama, negou o primeiro pedido de exploração da Petrobras, alegando que não havia dado garantias suficientes sobre possíveis vazamentos de óleo nem considerado o impacto em terras indígenas. Outro pedido está agora sob análise.

No entanto, o nacional-desenvolvimentismo não é o único fator que inibe políticas climáticas mais robustas. A poderosa indústria do agronegócio do Brasil também se mobilizou contra elas a todo momento, usando sua influência para minar proteções ambientais, direitos indígenas e regulamentações de pesticidas. O governo também enfrenta pressão sustentada da Petrobras, que está determinada a se tornar a terceira maior produtora do mundo até 2030, e de políticos que buscam atrair mais empregos e receitas para suas regiões. O resultado é uma economia extrativista típica assolada por déficits comerciais e dependência estrangeira. Embora o primeiro governo de Lula tenha conseguido gerar superávits graças ao aumento dos preços das commodities na década de 2000, isso foi impossível de sustentar quando eles caíram na década de 2010. Agora está claro que, enquanto o país resistir a uma transição verde significativa, ele terá que continuar produzindo bens e serviços para o Norte Global às custas de sua ecologia doméstica. Isso, juntamente com termos comerciais desfavoráveis e tarifas impostas pelos países avançados, prenderá o Brasil em um ciclo vicioso: depender de indústrias extrativas para financiar suas importações e dívidas.

Apesar da necessidade de mudar de rumo, o mais recente plano de negócios da Petrobras aloca 72% de seu investimento total para os setores de petróleo e gás e apenas 11% para iniciativas de "baixo carbono" nos próximos cinco anos. Ela gastará meros US$ 7 bilhões em fontes de energia não fósseis, como eólica, solar e biocombustíveis, embora as condições para a transição para uma energia mais limpa sejam relativamente favoráveis. O principal cliente de petróleo do Brasil, a China, planeja atingir o pico de consumo antes de 2030 e reduzir sua dependência de combustível importado em meio a tensões com os Estados Unidos. Nesse contexto, ter uma empresa pública como a Petrobras, bem como propriedade pública sobre os recursos naturais, deve permitir que o estado se adapte a esse cenário econômico em mudança: priorizando investimentos estratégicos de longo prazo em vez de imperativos de mercado de curto prazo. Mas ainda não há sinal disso.

Por meio de suas tentativas retóricas de equilibrar "sustentabilidade" e "desenvolvimento", Lula pode ter comprado tempo suficiente para evitar um desastre de relações públicas quando sediar a COP30 na cidade amazônica de Belém do Pará em 2025. Mas logo ele perceberá que não pode quadrar esse círculo. No verão passado, houve ondas de calor recordes no Peru, Paraguai e Bolívia, e temperaturas acima de 40 °C em partes do Brasil. Um estudo recente prevê que o centro-oeste, nordeste, norte e sudeste do país podem ficar inabitáveis em cinquenta anos. Enquanto isso, estima-se que entre 10% e 47% da floresta amazônica sofrerá maior estresse hídrico, potencialmente empurrando o ecossistema para além de um ponto crítico e arriscando um colapso irreversível. Dada a inação do governo, caberá aos movimentos sociais do Brasil desafiar o domínio do capital fóssil e do agronegócio - pressionando pela proibição da exploração de petróleo e pela regeneração da floresta tropical. Este é um conflito em que não há meio-termo. Lula terá que escolher de que lado ficará.

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O DIA DO TEATRO

O dia de hoje, 19 de setembro, no Brasil, é o DIA DO TEATRO, instituído pelo Projeto de Lei nº 6.139/13. . A expressão artística surgiu, por aqui, no século XVI, mas, inicialmente, o objetivo era disseminar a crença religiosa. Foi apenas em 1808 – por conta da chegada da Família Real Portuguesa – que o teatro ganhou a configuração de entretenimento. No século XX explodiu em popularidade com sua disseminação no rádio e telenovelas. No teatro tradicional brasileiro temos principalmente a comédia e o romance voltados para a vida urbana.. O teatro é uma arte de representação artística ao vivo que contêm os seguintes elementos: atores, palco e público. Vários autores e produtores se destacaram no Teatro brasileiro. Três nomes, entretanto, se distinguem: Nelson Rodrigues, pela reconstituição da vida como ela é, João Cabral de Melo Neto, pela capacidade de juntar Poesia e Teatro e José Celso Martinez, pela versatilidade e pertinácia na defesa da Oficina Teatral. E uma homenagem à nossa Dama do Teatro: Fernanda Montenegro., 

O teatro no Brasil, assim como a cultura em geral, tem sofrido diversos ataques e tentativas de esvaziamento. O teatro brasileiro conquistou um lugar de destaque na cena cultural do país, sendo reconhecido também internacionalmente. Hoje em dia, há ainda diversos grupos que se dedicam ao estudo da expressão, tanto companhias experimentais quanto comerciais.. Para muitos críticos, o teatro está muito afastado da população brasileira, seja pelo preço do ingresso, localidade das salas ou por já existirem outras formas de entretenimento. Importante destacar a importância das salas de espetáculo teatral no Brasil: O Teatro Municipal do RJ, o Teatro de São Paulo, O Teatro de Manaus, o Teatro SÃO PEDRO, de POA, construído com recursos públicos daquela época, inaugurado em 1858. 

Anexo :História do Teatro no Brasil

Laura Aidar - Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

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O início da história do teatro no Brasil tem como referência as exibições teatrais idealizadas por padres jesuítas durante o século XVI.

Um nome de grande importância para a origem do teatro brasileiro foi o padre José de Anchieta (1534-1597), considerado o primeiro dramaturgo do país.

Com o tempo, essa linguagem artística ganha novas características, atendendo aos interesses da aristocracia e, posteriormente, passa a retratar também outras parcelas da população.

Foram muitas as transformações no teatro brasileiro, surgindo apenas na primeira metade do século XX os primeiros grupos teatrais verdadeiramente nacionais.

Como surgiu o teatro no Brasil?

Quando chegaram em solo brasileiro e se depararam com a população indígena, os portugueses prontamente começaram a elaborar estratégias de dominação do lugar e, sobretudo, do povo nativo.

Assim, com o objetivo de converter a população indígena ao cristianismo, os religiosos utilizaram o teatro como instrumento de doutrinação, no que se chamou de teatro de catequese.

O formato teatral foi escolhido pois facilitava a apresentação das ideias cristãs, trazidas pelos portugueses.

A tela Na cabana de Pindobuçu (1920), de Benedito Calixto, retrata os missionários jesuítas Anchieta e Nóbrega catequizando indígenas

Como características do teatro de catequese destacam-se:

• preocupação em transmitir ensinamentos católicos;

• valorização do propósito bíblico em detrimento da expressão artística;

• locais de apresentação acessíveis, como escolas, espaços públicos de lazer e ruas;

• mistura de elementos da cultura indígena, como a música e a dança.

No século seguinte, ainda abordando temas religiosos, surge um teatro mesclado a festas populares e à encenação da Via Crucis. Esses eventos contam com a participação direta do povo.

Leia também: Padre José de Anchieta.

Evolução do Teatro no Brasil

Um evento marcante para a cena cultural brasileira foi a vinda, no final de 1807, de Dom João VI e sua família, fugindo de conflitos com Napoleão Bonaparte na Europa.

Buscando oferecer entretenimento e lazer à nobreza, o rei traz consigo diversos artistas das artes plásticas, música, dança e teatro.

Ele faz então um decreto que estabelece a criação de teatros que atendam as demandas da nova classe que aqui se instalava. Assim, o país passa a receber peças no modelo francês para a diversão da aristocracia, e obviamente não refletiam os costumes e a cultura do povo.

Uma obra marcante para o teatro brasileiro na primeira metade do século XIX foi Antônio José ou O Poeta e a Inquisição, de Gonçalves de Magalhães, encenada em 1838.

A peça é inserida na vertente do Romantismo e faz parte do gênero dramático. Com objetivos nacionalistas, teve como protagonista o ator carioca João Caetano (1808 - 1863).

Comédias de Costumes

No século XIX surge também a chamada comédia de costumes, um gênero teatral, baseado no humor e na sátira, que abordava os comportamentos da sociedade da época, com personagens caricatos.

O mais importante dramaturgo na comédia de costumes foi Martins Pena (1815-1848), responsável por algumas peças de destaque, como O juiz de paz da roça (1838), O inglês maquinista (1845) e O noviço (1845).

Teatro Realista

O teatro realista é uma das expressões artísticas que integram o Realismo, movimento surgido na Europa que se opunha ao Romantismo e tinha como propósito revelar questões sociais latentes na sociedade.

Desponta em uma época de grandes transformações no Brasil, com o fim da escravidão, a Proclamação da República e a vinda de imigrantes de várias partes do mundo para compor a classe trabalhadora.

Com caráter crítico, os espetáculos abordavam assuntos que envolviam a política, economia e os dilemas humanos.

São considerados como principais dramaturgos realistas os escritores Machado de Assis (1839-1908), José de Alencar (1829-1877), Joaquim Manoel de Macedo (1820-1882) e Artur de Azevedo (1855-1908).

O teatro brasileiro a partir do século XX

No século XX o teatro se torna uma linguagem mais autentica no país.Companhias nacionais surgem a partir da década de 30, como, por exemplo, o Teatro do Estudante do Brasil (TEB), em 1938.

Entretanto, foi em 1943 que essa expressão ganha maior visibilidade, com a estreia da peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, inaugurando um teatro moderno no país. Assinou a direção do espetáculo o dramaturgo polonês Ziembinski.

Outros grupos importantes surgem, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. É o caso do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), criado em 1948 por Franco Zampari. Dele participam nomes importantes como Cacilda Becker, Paulo Autran, Walmor Chagas, Tônia Carrero e Fernanda Montenegro.

Anos depois é fundado o Teatro de Arena, em 1953. O grupo trazia uma aura revolucionária e contestadora frente a tensão política e social dos anos pré-ditadura. Uma peça que marcou o início da companhia foi Eles não usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarniere, encenada em 1958.

Um nome muito importante para a cena teatral brasileira é Augusto Boal, ator e dramaturgo que integrou o Teatro de Arena.

Ele idealizou um método de ensino, o Teatro do Oprimido, com a intenção de tornar essa linguagem mais democrática e acessível.

Durante os anos em que ocorreu a ditadura militar, entre 1964 e 1985, a linguagem teatral sofreu perseguição e censura, assim como todas as manifestações artísticas, principalmente nos anos 60 e 70. Portanto, alguns atores e dramaturgos tiveram que deixar o país ou só conseguiram realizar a montagens de espetáculos anos depois.

O teatro brasileiro conquistou um lugar de destaque na cena cultural do país, sendo reconhecido também internacionalmente.

Hoje em dia, há ainda diversos grupos que se dedicam ao estudo da expressão, tanto companhias experimentais quanto comerciais. Há ainda montagens de espetáculos de outros países, como grandes musicais.

Laura Aidar

Arte-educadora, artista visual e fotógrafa. Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.

Veja também

• História do teatro

• Teatro Medieval

• Teatro Grego

• Fonte-https://www.todamateria.com.br/historia-do-teatro-no-brasil/#:~:text=O%20teatro%20brasileiro%20conquistou%20um,tanto%20companhias%20experimentais%20quanto%20comerciais.


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A VIOLÊNCIA POLÍTICA NUM MUNDO CADA VEZ MAIS DISTÓPICO

O episódio da “cadeirada” do candidato a Prefeito em São Paulo, Datena/ PSDB , num debate entre candidatos na TV Cultura daquele Estado, está não só repercutindo, aliás negativamente, como suscitando maiores reflexões sobre a violência política. A violência física, bofetões e cadeiradas, a propósito, são o corolário da violência verbal, que por sua vez resulta, no campo político, da radicalização de opiniões e situações. O extremismo, enfim, é, sempre, o resultado de polarizações extremadas , desembocando, inclusive, em atos de terrorismo que marcam a História da Humanidade desde priscas eras. Este é, também, o último recurso de populações e grupos sujeitos à processos de dominação, os quais, impossibilidades de reverberar e encaminhar demandas correspondentes à sua liberdade ou sobrevivência, desembocam em atitudes até suicidas. A revolta dos escravos liderados por Spartacus, na antiga Roma é um clássico deste processo. Esse tipo de revolta teria levado o grande abolicionista brasileiro, Luiz Gama, a sustentar, num processo em que defendia escravos que haviam assassinado seu amo, que “todo aquele que mata o seu ‘Senhor’, o faz em legítima defesa’. Na antiguidade, os romanos também enfrentaram a ira dos zelotes judeus na ocupação de suas terras: os grupos mais extremistas eram chamados de Sicários, que usavam táticas violentas e furtivas atacando os centuriões com pequenas adagas escondidas sob suas vestes. No mundo moderno, os anarquistas costumavam manifestar sua contrariedade com o mundo burguês emergente com bombas e atentados. Um deles gerou, na Sérvia, a I Guerra Mundial. Nações colonizadas – e neo colonizadas - também desembocaram no uso da violência como manifestação de seu descontetamento. A Grande Marcha da China, que acabou na Revolução liderada por Mao Tse Tung em 1949, teve início como reação nacional à barbárie da ocupação japonesa de seu território. Várias revoluções do século passado também obedeceram á esta lógica, como a Luta pela Independência da Argélia, na década de 1960, a Revolução Cubana, e vários outros processos de luta pela auto-determinação no resto do mundo, dos quais não se pode esquecer da questão palestina. Ultimamente, porém, a violência vem ocorrendo, também, em países ditos democráticos e com altos níveis de institucionalização da sociedade e encaminhamento de solução pacífica de conflitos. O caso dos Estados Unidos é um exemplo. A violência grassa não só no campo da Política, vitimando Presidentes e ameaçando candidatos, como se espraia sobre toda a sociedade que vê no direito de usar e abusar das armas um instituto libertário. Agora mesmo, dois atentados já se registraram contra Donald Trump. Nestes casos, a violência não resulta propriamente do última recurso contra formas de dominação autoritária e excludente. Trata-se de um processo mais complexo de acúmulo de frustrações e ausência de auto-contenção social quando, à banalidade da vida em comum se sucede a “banalidade do mal” e desta para a “banalidade da loucura”. Um dos principais fatores neste processo é uma espécie de anomia na perda posições e dificuldades de grupos internos para acompanharem transformações estruturais da economia e sociedade. É o que está acontecendo em várias partes do mundo ocidental, primneiro como resultado da globalização, que levou à degradação de vastas áreas industrais, depois, agora, com o reescalonamento em escala mundial das plantas industriais como resultado da recuperação da ideia de construção de um mínimo de soberania nacional sobre produtos e serviços estratégicos. Isso está reanimando um discurso de ódio oportunisticamente explorado pela extrema direita. Curiosamente, como demonstrou um autor argentino recentemente, ela recorre a consignas e formas de luta da velha esquerda, hoje institucionalizada, como proselitismo ant-sistema, empolgando as massas com o uso de Redes Sociais hoje disponíveis. Acabam manipuladas por interesses ocultos que sequer eles próprios, protagonistas, muitas vezes desconhecem. Dissemina-se então o ódio , a violência verbal e até física. Pessoas contaminadas por estes discursos perdem a capacidade de agir civilizadamente e chegam até ao terrorismo e assassinato. Vide aquele caso no Paraná, em que um possesso bolsonarista invade uma festa particular e assassina o aniversariante. Aliás, ontem foi posto em liberdade...

A cadeirada, enfim, gera suas reflexões. 

Aí, pois, entramos num mundo distópico, como afirma Ualid Rabah, líder dos palestinos no Brasil, após as explosões, ontem, de pagers, supostamente planejadas por Israel, sobre supostos dirigentes do Hezbollah, um partido organizado no Líbano, com assento no seu Parlamento.

“Mundo, mundo vasto mundo...”


AS CONTROVERTIDAS e DUVIDOSDAS CLASSIFICAÇÕES

 

Franklin Cunha

 sáb., 14 de set., 08:27 (há 2 dias)   

 

 

para Tito, Ruy, Gilbertoschwartsmann, Silvio, Walpicci, Wmanfroi, Je, Mloguercio, Zilabester, Fernandoabscruz, Fernando, Blaufsouza, Celso, Carpinejar, Dione, Rosane, Franciscomarshall, che@hotmail.com, Antônio, Joaocafruni, Brunomcosta, Daiello, Daniel, Gunteraxt, PAULO, mim, Rodrigoperincunha, Rodrigo

 

 

ROGOWSKI, J.F - jurista <j.f.rogowski@gmail.com> escreveu:

Saudações, caro amigo Dr. Franklin, e demais integrantes do grupo,

 

Sua crônica é excelente ao ilustrar a tendência da mente humana em compartimentar a realidade. Parabéns!

Recentemente, tive a oportunidade de assistir a uma palestra de um psicólogo coronel da Aeronáutica, que abordou essa necessidade — ou limitação — da mente humana e usou as Forças Armadas como exemplo. 

Ele destacou como as Forças Armadas se dividem em diferentes ramos: Marinha, Exército e Aeronáutica. Cada um desses ramos, por sua vez, se subdivide em especializações ainda mais específicas, como o pessoal de terra e o pessoal do ar dentro da Força Aérea Brasileira. 

Essa subdivisão continua, com distinções entre aviação de transporte de carga, aviação de transporte de passageiros e aviação de caça/combate, cada segmento frequentemente valorizando-se mais do que os outros.

Esse fenômeno ilustra um ponto fundamental: a arbitrariedade das classificações do universo nos leva a uma reflexão profunda sobre a natureza da realidade e nossa dificuldade em compreender o todo de forma integrada.

A dualidade é um princípio que permeia nosso universo, abrangendo desde fenômenos naturais até construções sociais. Contudo, essa dualidade, embora útil, não captura a totalidade da complexidade cósmica.

Historicamente, as classificações têm sido simplificações da realidade. Desde a Antiguidade até a modernidade, a tentativa de categorizar o mundo revela mais sobre nossas limitações do que sobre a essência das coisas. 

Portanto, a classificação deve ser vista como uma ferramenta e não como um objetivo em si mesma. É crucial reconhecer a importância da diversidade e da complexidade do universo, evitando a rigidez de sistemas classificatórios que não conseguem abranger a riqueza da vida.

Concluo agradecendo pela partilha de seu perspicaz texto. Em um mundo conturbado e em constante conflito, a alma encontra refúgio na beleza da poesia. Por isso, envio em anexo para todos os integrantes do grupo uma amostra do meu recente livro, Ultraverso da Alma, uma coleção de poemas e reflexões, que foi recentemente lançado no Brasil e está prestes a ser lançado em Portugal e na Espanha. Espero que gostem e sintam-se à vontade para compartilhá-la, se desejarem.

Fraterno abraço, 


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Dia do Cerrado por PAULO TIMM

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O Cerrado vem sendo ameaçado e hoje sofre mais com o desmatamento do que a Amazônia. Todos os dias são colocadas em risco espécies da fauna e flora nativas. Nas áreas do Cerrado, mormente no Centro Oeste se encontram as vertentes de grandes bacias brasileiras, responsáveis, em última análise pelas águas que alimentam nossa vida no campo e na cidade. Com a destruição do cerrado, cada vez mais ameaçado pelo avanço indiscriminado do agro, corremos o risco de secar o Brasil. Morei 40 anos entre Brasília e Goiás e aprendi a amar essa região, sua gente e sua biodiversidade que tem, na caliandra, a rosa do cerrado, uma de suas mais belas flores. Vi, inclusive, com meus próprios olhos como potentes tratores de esteira arrastavam as pequenas árvores do cerrado para limpar os campos para a agricultura, deixando-as inertes em valas à beira das estradas, esperando a queimada nas secas inclementes. Triste espetáculo: Cemitérios de árvores... Neste dia homenageio um dos grandes defensores do Cerrado, o Jornalista Washington Novaes, falecido em 2020 e com vários artigos e livros sobre o que considerava a “floresta invertida” do Brasil. Ele foi, como Secretário do Meio Ambiente de Brasília, o inspirador da criação da Reserva de Biosfera do Cerrado, a qual, sucendendo-o na pasta, tive ocasião de ver confirmada pela UNESCO. Com efeito, o Cerrado não tem a imponência das Matas Atlântica e Amazônica. É um sistema intermediário entre as duas, de baixa qualidade do solO, rico em minerais. Não obstante, é rico em biodiversidade. Um. Projeto, Save Cerrado, chama a atenção para a salvação deste importante bioma. Alie-se a esta causa. 

 

Com oito das 12 principais bacias hidrográficas que abastecem o país, Cerrado é bioma mais devastado do Brasil

Washington Novaes – 1934/2020

https://envolverde.com.br/politica-publica/ambiente/com-oito-das-12-principais-bacias-hidrograficas-que-abastecem-o-pais-cerrado-e-bioma-mais-devastado-do-brasil/ 

Washington Luís Rodrigues Novaes (Vargem Grande do Sul, 3 de junho de 1934 — Aparecida de Goiânia, 24 de agosto de 2020) foi um jornalista brasileiro que tratou com especial destaque os temas de meio ambiente e culturas indígenas. Recentemente, era colunista dos jornais O Estado de S. Paulo[1] e O Popular, bem como consultor de jornalismo da TV Cultura.[2] Um de seus trabalhos mais recentes foi a realização da série de documentários Xingu - A Terra Ameaçada.[3]

Durante sua passagem pelo jornal Ultima Hora, empreendeu uma reforma capitaneada a distância pelo diretor do veículo, Samuel Wainer, que estava exilado em Paris. Foi Secretário do Meio Ambiente do D.F.e um dos maiores defensores do Cerrado.

Morreu no dia 24 de agosto de 2020 em Aparecida de Goiânia, aos 86 anos.[

 

 

 

 

O Cerrado tem nascentes de oito das 12 principais bacias hidrográficas que abastecem o Brasil e conecta a Amazônia ao norte, a Caatinga a nordeste, o Pantanal a sudoeste e a Mata Atlântica ao sudeste. Apesar de sua importância socioambiental, é o bioma mais rapidamente devastado do país: em 2023, perdeu cerca de 1 milhão de hectares de vegetação nativa para o desmatamento.

O número representa uma área do tamanho de dois Distritos Federais e um

aumento de 67,7% em relação ao ano anterior. Foi também a primeira vez que a

área desmatada de Cerrado foi maior que a área amazônica, desde o início da

publicação do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) da rede

MapBiomas.

Por “bombear” água para o restante do território brasileiro, o Cerrado é chamado de

“Coração das Águas” em uma nova campanha cujo objetivo é sensibilizar

brasileiros e brasileiras sobre o bioma e esta região. Ao todo, são mais de 3.500

nascentes que correm apenas para a Amazônia, sem falar no Pantanal, na Caatinga

e na Mata Atlântica, e abastecem milhares de cidades, a indústria e a própria

agropecuária.

O segundo maior bioma da América do Sul possui ainda mais características

fundamentais, afinal, presente em 11 estados do Brasil e no Distrito Federal, abriga

cerca de 12% da população (25 milhões de pessoas), além de 80 etnias

indígenas e diversas comunidades quilombolas, geraizeiras, de quebradeiras

de coco babaçu e diversos outros segmentos de povos tradicionais. Apesar de

prover quase metade da água doce do Brasil, a conversão de áreas nativas do

Cerrado para pastagens e agricultura já tornou o clima na região quase 1°C mais

quente e 10% mais seco, indica um estudo publicado na revista científica Global

Change Biology.

No quesito diversidade, é a savana mais antiga e biodiversa do planeta.

Estima-se que abrigue mais de 12 mil espécies de plantas. A região conta também

com pelo menos 2.373 espécies de vertebrados, cerca de um quinto dos quais são

endêmicos, ou seja, exclusivos do Cerrado.

A magnitude do Cerrado também está embaixo da terra, uma vez que abriga uma

“floresta invertida”, ou seja, tem árvores com raízes profundas que atuam

como uma esponja gigante absorvendo e estocando água da chuva, distribuída

para milhões de nascentes durante todo o ano, inclusive no período de seca. Ao

desmatar essa vegetação, acontece a compactação e erosão do solo, dificultando a

retenção de água para os aquíferos e prejudicando rios de todo o bioma.

É por isso, também, que a campanha “Cerrado, Coração das Águas” gira em

torno da questão hídrica. A ideia é apresentar o bioma como fundamental para a

vida humana na COP de Belém, que será realizada em 2025 na capital paraense.

“Queremos que todos saibam da relevância do Cerrado para as nossas vidas,

inclusive para a agropecuária”, diz Yuri Salmona, diretor-executivo do Instituto

Cerrados.

O Cerrado é hoje responsável por 60% de toda a produção agrícola do Brasil,

incluindo culturas como soja, milho e algodão- 14% de toda a soja do mundo e 16%

da carne são produzidas no Cerrado. Plantações que dependem da estabilidade

climática já começam a sofrer os impactos do desmatamento. A expansão agrícola,

principal indutora do desmatamento do Cerrado, muda o cenário climático local e

regional, o que pode levar à queda de produtividade e à diminuição do número de

safras, além de agravar o aquecimento global. “Cerca de 28% das áreas agrícolas

de milho e soja do Centro-Oeste já estão fora do ideal climático para plantio, número

que pode aumentar para 70% em 30 anos”, explica Ane Alencar, diretora de

Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), em referência a

um estudo publicado pela instituição na revista científica Nature Climate Change. O

início da estação chuvosa agrícola já está 36 dias atrasada e as chuvas já

reduziram 8,6% em média no Cerrado.

As barreiras para conter o avanço do desmatamento no bioma são poucas. O

Código Florestal brasileiro determina que, pelo menos, 20% da área dos

imóveis rurais no Cerrado seja mantida como vegetação nativa, e essa

proteção passa para 35% em áreas de Cerrado dentro da Amazônia Legal. Na

Amazônia, uma propriedade privada é obrigada a manter até 80% da vegetação

nativa de sua área- o inverso. Além disso, no Cerrado existem poucas Unidades

de Conservação (UCs) e Terras Indígenas, ocupando apenas 8,6% e 4,8% do

território do bioma, respectivamente. “A perspectiva de aumentar essa

porcentagem é baixa, devido ao preço da terra e ao pequeno orçamento destinado

pelo governo à criação de áreas protegidas”, diz Isabel Figueiredo, coordenadora

do Programa Cerrado do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

“O Cerrado está em degradação. Foram mais de 20 mil km² desmatados nos

últimos 2 anos. Além disso, hoje, o Cerrado tem sido diretamente impactado pela

crise climática, o bioma está se tornando mais seco e quente. Temos os

incêndios iniciados por atividade humana. Precisamos reverter esse cenário

catastrófico, para garantir que o bioma mantenha todos os seus serviços

ecossistêmicos, ao mesmo tempo em que restauramos o que já foi destruído”,

complementa Bianca Nakamato, especialista em conservação do WWF-Brasil


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Mitos sobre o suicídio e como preveni-lo

http://mortesemtabu.blogfolha.uol.com.br/2015/01/29/mitos-sobre-o-suicidio-e-como-preveni-lo/

 Camila Appel 29/01/15 08:13

Os dados confirmam: as taxas de suicídio têm crescido no Brasil e no mundo e aparentam seguir essa tendência. Nosso país já é o oitavo no ranking, em números absolutos.

O porquê dessa realidade não é uma discussão fácil. No post “A era dos adictos”, há um caminho para reflexão. Mas com certeza é possível traçar inúmeras outros.

Esse tema vem ganhando espaço e no final do ano passado tivemos a publicação de importantes estudos e cartilhas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em seu site ser possível prevenir o suicídio e disponibiliza material para consulta nesse link. Entre as “mensagens-chave” do estudo, está a restrição ao acesso a objetos ou insumos que possam ser usados para tirar a vida, como pesticidas, armas de fogos e certos medicamentos, e a identificação precoce de distúrbios mentais e do abuso prejudicial de álcool e outras drogas.

A cartilha da OMS “Preventing Suicide” (Prevenindo o suicídio), indica algunsmitos sobre o suicídio, listados abaixo em tradução livre.

• Mito: “Pessoas que falam sobre suicídio não estão falando sério”. Fato: pessoas que falam a respeito estão buscando ajuda e suporte. Um número significativo daqueles que contemplam o suicídio estão experienciando ansiedade, depressão e falta de esperança e podem sentir que não há outra alternativa.

• Mito: “A maior parte dos suicídios acontece sem aviso prévio”. Fato: a maioria dos suicídios ocorre precedidos de sinais de alertas, sejam verbais ou comportamentais. Claro que alguns ocorrem sem avisos, mas é importante entender quais são os sinais e procurar por eles, como: ter tido uma tentativa prévia de suicídio, distúrbios mentais, perda financeira ou de emprego, dor crônica ou doença, falta de esperança (normalmente acompanhada de distúrbios mentais ou tentativas anteriores de suicídio), histórico familiar, abuso de álcool e outras substâncias, genética e fatores biológicos (como baixos níveis de serotonina, que são associados a pacientes com distúrbios de humor, esquizofrenia e distúrbios de personalidade).

• Mito: “Alguém que é suicida está determinado a morrer”: Fato: pessoas com tendências suicidas são ambivalentes sobre viver ou morrer e o ato pode ocorrer por impulso. Acesso a apoio emocional na hora certa pode ser determinante para evitá-lo.

• Mito: “Uma vez suicida, ele ou ela será para sempre um suicida em potencial”. Fato: muitas vezes a vontade de se matar é temporária e especifica a uma situação. Pensamentos suicidas podem retornar, mas não são permanentes.

• Mito: “Só pessoas com distúrbios mentais são suicidas”. Fato: o comportamento suicida indica uma profunda infelicidade, mas não é necessariamente fruto de um distúrbio mental. Muitas pessoas que vivem com doenças mentais não são afetadas por comportamentos suicidas e nem todos que tiram sua própria vida tinham esses tipos de distúrbios.

• Mito: “Falar sobre suicídio é uma ideia ruim e pode ser interpretado como encorajamento”. Fato: devido ao tabu em torno do tema, muitas pessoas que estão contemplando o suicídio não sabem com quem falar a respeito. Ao invés de encorajar o comportamento, falar abertamente sobre isso pode dar outras opções ou um tempo para repensarem sua decisão, evitando o ato.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), junto ao Conselho Federal de Medicina, recentemente lançou a cartilha “Suicídio: informando para prevenir”. Em seu site, mencionam que 17% da população brasileira já pensou, em algum momento, em cometer o suicídio. A cartilha fala sobre como “abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema”.

Acreditam que desmistificar o suicídio seja fundamental para quebrar o preconceito que cerca o tema e ajudar a preveni-lo. Como a OMS, também listam alguns mitos. Um mito não mencionado pela OMS é o de que:

• - Mito: “o suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio”. Fato: “suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção de realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante de prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental, o desejo de se matar desaparece”.

A cartilha da ABP indica que para uma prevenção, é necessário procurar fatores de risco, como: eventos adversos na infância e na adolescência, como abuso físico e sexual, histórico familiar e genética. A cartilha diz que “estudos de genética epidemiológica mostram que há componentes genéticos, assim como ambientais envolvidos”. Por exemplo: “O risco de suicídio aumenta entre aqueles que foram casados com alguém que se suicidou”.

A cartilha sugere a psiquiatras como abordar o paciente com desejo suicida e como identificar doenças mentais, como depressão, transtorno bipolar, transtorno relacionado ao uso de álcool e outras substâncias, esquizofrenia e transtorno de personalidade. Também ajuda a avaliar o risco real da pessoa cometer o suicídio.

A publicação americana de neurociência, Nature, lançou o artigo “A base molecular do cérebro suicida” (em tradução livre) analisando que há mudanças no sistema de neurotransmissores, mudanças inflamatórias e disfunção das células de glia no cérebro de quem está prestes a se matar.

O artigo da Nature defende que alguns fatores, como predisposição familiar, assim como adversidades no início da vida, aumentam o risco de suicídio na medida em que alteram as respostas do cérebro ao stress e a outros processos através de mudanças epigenéticas nos genes e na regulação da emoção e do comportamento.

 A “American Foundation for Suicide Prevention” (uma organização americana voltada a prevenção do suicídio) diz que 90% das pessoas que cometem suicídio tem algum distúrbio mental. O mais comum é a depressão grave e outros distúrbios de humor, que podem levar ao suicídio se não forem diagnosticados corretamente ou recebido tratamento adequado. A organização aponta certas condições que podem ser consideradas riscos em potencial e divulga estudos comprovando análises post-mortem indicando diferenças biológicas no cérebro de quem cometeu suicídio.

Segundo essa organização, os sinais de alerta são: A pessoa falar sobre se matar, dizer não ter mais razão para viver, ou achar que é um fardo para os outros e falar sobre uma sensação de se sentir preso e sentir uma dor insuportável. Deve-se prestar atenção em mudanças bruscas de comportamento, especialmente relacionado a algum evento dolorido como perdas, notar se a pessoa aumentou o uso de álcool e drogas e passou a agir imprudentemente. Um sinal de alerta importante é a pessoa se isolar de familiares e amigos.

Na seção das perguntas mais frequentes do site da instituição, indicam que a melhor forma de agir quando vemos alguém considerando o ato, não é tentar convencê-lo a sair da situação com frases como: “você tem tanto para viver” ou “pensa em como isso vai machucar sua família”, mas sim mostrar empatia: “imagino como deve ser difícil para você estar se sentindo assim” e se colocar a disposição para ouvir.

“Desisti porque fui escutado”

Em palestra no TED “A Ponte entre o Suicídio e a Vida” um guarda rodoviário que patrulhava a ponte do Rio São Francisco, a Golden Gate Bridge, local reconhecido como a maior taxa de suicídios nos Estados Unidos, conta ter salvo um homem da beira da ponte que alegou desistir de pular porque foi escutado. O guarda coloca esse item como fundamental para prevenir uma pessoa de se matar. Segue uma fala interessante da sua palestra:

“Escute para entender. Não discuta, não culpe, ou diga à pessoa que sabe como ela se sente, porque você provavelmente não sabe. Apenas por estar lá, você talvez seja exatamente o ponto crucial que ela precisa. Se vocês acham que alguém está pensando em suicídio, não tenham medo de confrontá-lo e fazer a pergunta. Um jeito de lhes fazer a pergunta é assim: “Outros, em circunstâncias parecidas, pensaram em acabar com a própria vida; você já teve esses pensamentos?” Confrontar a pessoa cara a cara pode salvar sua vida e ser o ponto da virada para eles. Alguns outros sinais para observar: Falta de esperança, acreditar que as coisas são terríveis e que nunca vão melhorar; desamparo, crer que não há nada que possa ser feito a respeito disso; afastamento social recente; e perda de interesse na vida” (trecho copiado da transcrição em português da palestra, disponível nesse link). 

Artigo recente da uol, sobre os suicídios no estádio Morenão no Mato Grosso do Sul, também traz essa questão da importância de “escutar”, com o depoimento de um voluntário do CVV. Veja a matéria completa aqui.

“Depressão é um segredo de família que todo mundo tem”

Em palestra no TED, o escritor americano Andrew Solomon declarou já ter pensado em suicídio durante uma crise de depressão crônica. Só não foi adiante porque conseguiu um bom tratamento a tempo. Ele toca numa questão importante, a de que os tratamentos são caros e não acessíveis a todos. Em entrevistas com pessoas, na busca para entender o porquê alguns parecem ser mais resistentes a depressão do que outros, Solomon descobriu que as que conseguiram lidar com isso foram as que encararam a situação, falando a respeito e compartilhando. “Quando tentam escondê-la ou negá-la, ela aumenta”, ele diz. Veja a palestra aqui.

O escritor descreve o estado depressivo como estar incapaz de funcionar no mundo e relembra uma frase escutada em uma das entrevistas que fez: “É uma maneira mais lenta de estar morto”. Ele diz que “na depressão, você não vê o mundo através de um véu, você acha que agora o véu saiu e você está vendo o mundo como ele realmente é. O deprimido acha que está vendo a realidade, como as coisas são de verdade. Mas a verdade mente. Essa é a grande questão”. Por fim, Solomon declara que o oposto de depressão não é felicidade, mas sim a vitalidade.

A psicóloga Flávia Penteado acredita que o suicida que sofre de depressão comete o ato na descida até o fundo do poço ou quando começa a sair dele. Porque no estado depressivo, a pessoa não quer sair da cama, comer, não quer agir. Mas quando ela começa a sair desse estado, há o perigo maior, porque já existe força para se matar. Por isso alguns estudos sugerem como sinal de alerta a melhora muito brusca do paciente. Ela acompanhou o caso da mulher de um paciente seu, morto num acidente, que se recusou a fazer um tratamento psiquiátrico para lidar com o luto e optou por se auto-medicar, misturando remédios e dosagens aleatórias. Um dia ela escreveu no Facebook “fuiiiii” e se matou. Flavia acredita que ela não queria mesmo morrer, o que ela queria era esquecer.

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EMENDAS PARLAMENTARES: Fator de crise de governabilidade e de representatividade

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Conheça os tipos e valores das emendas parlamentares, motivo de embate entre STF e Congresso. Parlamentares vêm aumentando poder sobre Orçamento e querem manter autonomia sobre fatia bilionária. Emendas impositivas somam R$ 33,6 bilhões em 2024 e devem crescer nos próximos anos.

Conheça os tipos e valores das emendas parlamentares, motivo de embate entre STF e Congresso | Política | G1 (globo.com) 

Maria Cristina Fernandes - Negociação de emendas se inicia com o Congresso acuado

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-cristina...

Marcos Mendes - Brasil foge do padrão em ação do Legislativo no Orçamento

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../marcos-mendes-brasil...

Análise do Inesc aponta aumento das candidaturas únicas e duplas, com predominância de partidos de direita, escassa representação feminina e racial, gerando preocupações sobre a pluralidade democrática nas Eleições 2024.- Maioria das cidades possui só 1 ou 2 candidatos(as) na disputa pela Prefeitura - INESC

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As ditas Emendas Parlamentares, que conferem a parlamentares o direito de fazerem alocação de recursos orçamentários para obras de seu interesse é uma invenção brasileira, inserida na Constituição, no vértice da redemocratização do país, fora das competências exclusivas do Poder Legislativo – representação e fiscalização – mas que não tem correspondência em nenhum lugar do mundo. Mas foram ganhando corpo e se convertendo em fator de crise de governabilidade, ao subtrair do Executivo controle sobre seu Plano de Governo, com manobras de transferência de recursos cada vez mais obscuras, senão ilegais, e, e crise no próprio processo de renovação política, indispensável ao funcionamento da democracia-entre-nós. 

“Em 2015, sob o clima de embate entre o governo de Dilma Rousseff e a Câmara comandada por Eduardo Cunha, nascia o Orçamento Impositivo – mecanismo que obriga o governo federal a pagar as emendas de cada um dos 513 deputados e 81 senadores. Na sequência, durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o Legislativo, sob o comando do Centrão, ganhou cada vez mais poder – e mais dinheiro de emendas, neste ano na casa dos R$ 44,6 bilhões. Semana passada, STF entrou nesta questão impedindo a continuidade da FARRA DAS EMENDAS. Gerou uma crise institucional, ontem atenuada numa reunião entre o Presidente da Corte, representante do Governo Federal e líderes da Câmara e Senado. As EMENDAS propriamente ditas não foram questionadas, apenas sua aplicação. Deverão, doravante garantir transparência e rastreabilidade de forma a serem identificadas e fiscalizadas pelo TCU. Tampouco se tem discutido as implicações das EMENDAS PARLAMENTARES para a indispensável renovação das Casas Legislativas, eis que acabam se constituindo em estratégico poder aos detentores de mandato, dificultando a renovação dentro das respectivas agremiações partidárias. O resultado, apontado pelo INESC, é o estreitamento das oportunidades de escolha nos pleitos eleitorais, com a consequente eternização dos mesmos políticos ao longo de décadas, não raro se estendendo sobre a familiarização destes mandatos. No Senado, chega-se ao cúmulo de ter como suplente de Senador, esposa ou filhos de titulares. 

O cenário cria o que Marcos Nobre, presidente do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), Marcos define o que chama de “presidencialismo flex”, ou de conveniência: um governo sem maioria lida com parlamentares que votam de acordo com os próprios interesses. Relatório do INSPER, instituição de ensino e pesquisa de São Paulo, de outra parte, comprova não haver este tipo de EMENDAS PARLAMENTARES sequer em países com regime parlamentarista.

Hora, portanto, não só de questionar a legalidade financeira das EMENDAS PARLAMENTARES, mas suas implicações para a oxigenação da democracia brasileira.


 

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O TEATRO SÃO PEDRO

Neste dia, 5 de setembro, o Teatro São Pedro faz aniversário. Uma casa de animação e espetáculos, inaugurada em meados do século XIX, mimo do bovarismo de uma época em que a capital porto alegre se resumia a um vilarejo com mais administração do que comércio, que é um orgulho da cidade. Deveria, haver, aliás, num país com tantas leis, uma, especial, obrigando a todas os municípios a criarem, além de escolas e hospitais, Casas de Cultura. Elas cumprem papel fundamental na valorização da escala cultural da cidade como subsídio à formação para a cidadania. Cidadania, enfim, não é algo que se adquire ao nascer. É uma consciência de deveres e direitos que se adquire socialmente, para a qual o Estado tem decisivo papel. Neste data, recupero, todos os anos o depoimento de um velho colega dos bancos do Colégio das Dores, idos da década de 50 do século passado, Flavio Oliveira, pianista e compositor famoso, sobre suas recordações do Teatro São Pedro.

O Teatro São Pedro – por Flávio Oliveira, pianista POA 

Hoje é CINCO DE SETEMBRO !!! Quem se lembrará? Muito antes, mas muito antes mesmo da por assim dizer “nova construção do Teatro São Pedro” que procurou restaurá-lo (usw) , que ganhou um “h” no Teatro e ficou Theatro, como no frontispício, havia, nos fundos de quem entrava por um grande portão de ferro, descendo pelo lado esquerdo (que vai dar na rua da ladeira, cortando a Riachuelo) em torno do qual (protão de grades) se enroscavam indisciplinadamente folhagens de guaco, de glicínias e de canela, uma construção que abrigava um teatro de amador chamado TEATRO CINCO DE SETEMBRO. Meus pais, que adoravam teatro, me levavam a assistir as montagens dos grupos amadores que lá se apresentavam, incluindo o Teatro Universitário (que ensaiava nas dependências do Restaurante Universitário, onde hoje é... a ... Escola de Polícia... perto da ponte da Azena) . Posso citar duas: OS INIMIGOS NÃO MANDAM FLORES , de Pedro Bloch, 1951 – eu tinha 7 anos de idade - e FELIZ VIAGEM A TRENTON (The Happy Journey to Trenton and Camden) de Thornton Wilder, dirigida por Carlos Murtinho, com Fernando Peixoto e elenco... (não consultei minha hemeroteca) em 1955.. e eu já tinha 11 anos. O que foi feito daquele prédio? Só a história de prédios e sua burocracia poderá contar... se é que existe... porque vivemos em um país que mata a sua memória, sistematicamente, premeditadamente, etc etc etc . Não fosse assim, eu clicaria no Google ou em outro “site” do governo do RS “Teatro Cinco de Setembro” e lá estariam todas as informações históricas. Há uma obra de Fernando Peixoto que pode ser referência, com o título de UM TEATRO FORA DO EIXO. Isto ajuda. Quem souber pesquisar na internet, que o faça. Em todo caso, em todos os CINCOS DE SETEMBRO eu me lembro daquele pequeno prédio que tanto me ensinou sobre teatro e sobre a bondade, sensibilidade e benevolência de meus pais em me levarem, sempre, a espetáculos teatrais (afinal, componho música de cena para o teatro desde o ano de 1963... e nunca parei..) . de qualquer nível, concertos, espetáculos de declamação... Margarida Lopes de Almeida... os Jograis de Pernambuco... etc etc etc... sim, havia-os... Voilà. Viva o CINCO DE SETEMBRO !!!


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70 anos da morte de Getúlio Vargas: o homem que moldou o Brasil moderno

Publicado em agosto 21, 2024 por LUIZ MÜLLER1 c

 

 

Por Alexandre Cruz – jornalista político

Nesta sexta-feira, às 18h30, no Plenarinho da Assembleia Legislativa em Porto Alegre, ocorrerá um evento que transcende o simples marco histórico. Trata-se de uma palestra em homenagem aos 70 anos da morte e da carta testamento de Getúlio Vargas, uma figura cuja trajetória se entrelaça com a própria fundação do Estado Nacional brasileiro. Sob a luz de suas ações e palavras, construímos um Brasil que ainda ressoa nas conquistas sociais e na luta pela soberania nacional.

Os professores Juremir Machado e Nilton Araújo de Souza, junto ao mediador professor Cassio Moreira, conduzirão uma reflexão que vai além do passado, tocando o presente com um vigor que só os grandes discursos são capazes de evocar.

Getúlio Vargas, filho de um abolicionista republicano, herdeiro da luta pela justiça, despontou como um líder que sempre soube saudar os “Trabalhadores do Brasil” com o respeito e a dignidade que a classe merece. Desde cedo, Vargas se destacou por sua perspicácia em compreender as forças históricas que exploram os países periféricos, e em sua jornada, tomou para si a missão de transformá-las.

Como Ministro da Fazenda, Vargas inovou ao inaugurar audiências abertas ao diálogo com o povo, estabelecendo um canal direto com as demandas populares. Líder da Revolução de 1930, ele pôs fim à República Velha, abrindo caminho para um novo Brasil. Criou o voto secreto, garantiu o voto feminino, e concedeu anistia aos rebeldes tenentistas, dando voz a quem sempre fora silenciado. Em apenas um mês, ergueu o Ministério da Educação e o Ministério do Trabalho, pilares de um Estado que começava a olhar para o futuro com uma visão social.

Fundador do Estado Social brasileiro, Vargas deu à luz à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e à previdência social, marcos que até hoje são alvos de ataques daqueles que desejam precarizar o que é direito do trabalhador. Na sua luta pela soberania nacional, Vargas anulou concessões petrolíferas a empresas multinacionais, aprovou o Estatuto da Lavoura Canavieira, a primeira experiência de reforma agrária e sindicalização rural do Brasil.

Durante o turbulento contexto mundial que deu origem ao Estado Novo, Vargas iniciou a industrialização do Brasil, criando a Usina de Volta Redonda, a Hidrelétrica de Paulo Afonso e a Vale do Rio Doce, que se tornaria a maior mineradora do mundo. Também foi o visionário que fundou o Instituto Nacional de Música, convidando Villa-Lobos, o maior compositor das Américas, para liderar a educação musical da juventude brasileira. Criou a Rádio Mauá, a emissora dos trabalhadores, e lançou a Voz do Brasil e o jornal Última Hora, de Samuel Wainer.

Getúlio Vargas realizou uma auditoria na dívida externa, reduzindo-a pela metade e anulando contratos lesivos à nação. Fundou o BNDES, lançou a Eletrobrás e, com um olhar estratégico, fundou a Petrobrás, símbolos de um país que acreditava na sua própria capacidade de crescimento e inovação. Mas os conservadores, liderados por Carlos Lacerda, conspiraram, apoiados pela Rádio Globo de Roberto Marinho. Em um gesto final de coragem e sacrifício, um tiro no coração de Vargas silenciou as “aves de rapina”, mas manteve vivas as conquistas de uma era. Ele saiu da vida para entrar na história, e deixou como legado a eleição de Juscelino Kubitschek e João Goulart.

Este evento, portanto, não é apenas uma palestra, mas uma convocação para relembrar e reavivar o espírito de luta que Getúlio Vargas personificou. Que suas palavras e ações continuem a nos inspirar, mantendo viva a chama da justiça social e da soberania nacional. Porque, como ele próprio disse, “é o ódio, a infâmia e a calúnia que me espezinham, mas o meu sacrifício manterá o direito dos brasileiros, e o futuro a julgará.” Que a história continue a nos iluminar nesta jornada.


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RECORDAR É VIVER. VIVER DE NOVO. DORES E GLORIAS...: A invasão da Tchecoslovaqui em 22 de agosto de 1968

Memória | Primavera de Praga - Manifesto de Intelectuais Brasileiros*

Democracia Política e novo Reformismo: Memória | Primavera de Praga - Manifesto de Intelectuais Brasileiros* (gilvanmelo.blogspot.com) 

Os abaixo-assinados democratas que acreditam no socialismo como forma digna de viver em sociedade, querem manifestar de público sua mais viva repulsa contra à invasão da Tchecoslováquia por cinco potências do pacto de Varsóvia.

Convencidos que estão do acerto e da oportunidade das transformações estruturais e administrativas que se processavam na vida desse país, em busca de uma aplicação correta dos princípios fundamentais do socialismo, causa-lhes indignação e sofrimento que aquelas Repúblicas lideradas pela URSS – a primeira nação socialista do mundo – estejam desrespeitando o princípio da autodeterminação dos povos, que alegam defender.

Socialismo é liberdade. O socialismo, que por sua essência não admite a exploração do homem pelo homem, por isso mesmo não pode admitir quaisquer razões políticas e econômicas que justifiquem a dominação de um povo.

Viva a liberdade!

Viva o socialismo!

Viva o povo tchecoslovaco!

              Rio de Janeiro, GB, 22 de agosto de 1968

Affonso Romano de Sant’Anna – Alex Vianny – Almir de Castro – Álvaro Lins – Anísio Teixeira, Antônio Aragão, Antônio Houaiss, Bolivar Lamounier, Assis Brasil, Carlos Heitor Cony, Célia Neves, César Guimarães, Cid Silveira, Claudio Santoro, Dias Gomes, Djanira, Doutel de Andrade, Edson Carneiro, Edmar Morel, Edmundo Muniz, Eduardo Portela, Eli Diniz, Ênio Silveira, Fausto Ricca, Felix de Athayde, Fernando Segismundo, Ferreira Gullar, Flávio Rangel, Flora Abreu Henrique, Geir Campos, Helena Ignez, Hélio Silva, Irineu Garcia, James Amado, João das Neves, Joel Silveira, José Paulo Moreira da Fonseca, Josefa Magalhães Dauster, Júlio Bressane, Leon Hirchmann, Lúcio Urubatan de Abreu, Luis Fernando Cardoso, Marcelo Cerqueira, Margarida Boneli, Maria Yedda Linhares, Mário da Silva Brito, Miguel Borges, Miguel Faria, Moacyr Felix, Otavio Ianni, Oto Maria Carpeaux, Paulo Alberto, Paulo Francis, Pedrívio Guimarães Ferreia, Poty, Roberto Pontual, Rodolfo Konder, Roland Corbisier, Sebastião Neri, Sinval Palmeira, Susana de Moraes, Tati Moraes, Vamireh Chacon.

*Revista Civilização Brasileira – Caderno Especial 3, p. 387.

Em 1968: Soviéticos invadem Tchecoslováquia e reprimem Primavera de Praga

Soldados e tanques do Pacto de Varsóvia chegam à capital do país na madrugada do dia 21

Naief Haddad / Folha de S. Paulo (21/8/2018)

AGOSTO DE 1968

A celebrada Primavera de Praga se aproxima do fim. Às 23h de 20 de agosto, cerca de 165 mil soldados da União Soviética e de nações aliadas deram início à invasão da Tchecoslováquia |1|, país localizado na Europa Central.

A operação é conduzida pelo Pacto de Varsóvia, liderado pelo Partido Comunista da União Soviética. Integram o grupo países como Alemanha Oriental, Polônia, Hungria, Bulgária e Romênia.

Nos últimos meses, a cúpula soviética, sob a liderança de Leonid Brejnev, vinha demonstrando irritação com as reformas promovidas por Alexander Dubcek, primeiro-secretário do Partido Comunista da Tchecoslováquia.

Sob o mote "socialismo com uma face humana", assim batizado por Dubcek, seu governo ampliou os direitos civis e a liberdade de imprensa, restringiu a ação da polícia secreta, começou a limitar o poder dos burocratas, entre outras medidas. Esse período de liberalização passou a ser chamado de Primavera de Praga.

Embora enfatizasse a lealdade a Moscou, Dubcek rejeitou as pressões soviéticas para recuar no movimento de democratização da Tchecoslováquia.

A resposta das tropas do Pacto de Varsóvia veio em uma ação colossal. Cerca de 4.600 tanques entraram no país por meio das fronteiras com a Alemanha Oriental (ao noroeste), Polônia (ao norte), União Soviética (ao leste) e Hungria (ao sudeste).

Neste dia 21, por volta de 4h da madrugada, as tropas chegaram à capital, Praga. Além de Dubcek |2|, foram presos o presidente do Conselho de Ministros, Oldrich Cernic, e o presidente da Assembleia Nacional, Joseph Smrskovsky.

Poupado pelos soldados soviéticos, o presidente da Tchecoslováquia, Ludvík Svoboda, fez um pronunciamento em defesa das mudanças recentemente promovidas pelo governo e recomendou ao povo que resistisse sem violência.

Não foi apenas o pacifismo que guiou Svoboda. O presidente do país sabe que as Forças Armadas da Tchecoslováquia não têm uma linha de comando independente e, portanto, não saberiam agir sem a liderança soviética.

Muito popular no país, a rádio Praga também pediu serenidade aos habitantes.

Parte dos tchecoslovacos, de fato, reagiram sem atos violentos, colocando-se à frente dos tanques ou discutindo com os jovens soldados. Outros, no entanto, jogaram coquetéis Molotov e pedras nos militares invasores.

Já entre as tropas do Pacto de Varsóvia, a truculência tem prevalecido. Há registros de tiros disparados pelos soldados em direção à multidão e tanques que abriram fogo para atingir manifestantes que rasgavam folhetos distribuídos pelos russos.

Ao final deste primeiro dia de invasão, contam-se pelo menos 23 tchecoslovacos mortos |3|.

Caso tenha mesmo chegado ao seu fim, o que neste momento parece muito provável, a Primavera de Praga terá durado apenas oito meses.

Nascido no vilarejo de Uhrovec, na região da Eslováquia, Dubcek atuou na resistência às forças nazistas durante a Segunda Guerra, período em que passou a integrar o Partido Comunista do país. Teve uma carreira política de destaque e assumiu, aos 47 anos, o cargo máximo da Tchecoslováquia em 5 de janeiro de 1968.

Àquela altura, o país vivia uma fase de estagnação econômica e censura severa aos meios de comunicação.

Poucos foram os sinais de reforma nas primeiras semanas de gestão. Em abril, no entanto, Dubcek respondeu às expectativas da população.

Lançou o Programa de Ação do Partido Comunista Tchecoslovaco, que preconizava "um novo modelo de democracia socialista". Jornais, rádios e TVs ganharam uma autonomia incomum, inclusive para criticar o governo Dubcek, a polícia secreta perdeu poder para investigar crenças políticas e religiosas, o mercado iniciou uma abertura para produtos trazidos do Ocidente, entre outras iniciativas de liberalização.

O 1º de Maio, Dia do Trabalho, mostrou ao mundo uma nova Tchecoslováquia. Enquanto as demais capitais de países comunistas promoviam solenes paradas militares, Praga viu os jovens tomarem as ruas com música e cartazes. Havia dizeres como "Menos Monumentos e Mais Pensamentos", "Democracia, Custe o que Custar" e "Deixem Israel Viver".

Para a satisfação dos taxistas e dos donos de hotéis da capital do país, a vida cultural se renovou rapidamente. Em texto recente sobre a cidade, o jornal The New York Times escreveu: "Para as pessoas com menos de 30 anos, Praga parece o lugar certo para se estar neste verão".

Casas de espetáculo e bares promoviam shows de rock e jazz, e os 22 teatros da cidade passaram a oferecer programação intensa. Entre as peças em cartaz, estava "Quem Tem Medo de Franz Kafka?"|4|, proibida durante a gestão do linha-dura Antonín Novotný, antecessor de Dubcek como primeiro-secretário do PC.

Outra montagem bem-sucedida foi "Last Stop". Os autores Jiri Sextr e Jiri Suchy imaginaram uma Tchecoslováquia sob o efeito do cancelamento das reformas, ou seja, de volta à era de rigidez comunista.

Neste 21 de agosto, com Praga completamente tomada pelos militares do Pacto de Varsóvia, "Last Stop" ganha ares de profecia |5|.

FOLHA PUBLICA SÉRIE SOBRE 1968

Reportagens relatam, como se tivessem ocorrido nos dias de hoje, fatos que marcaram ano de mudanças

|1| Após um longo processo histórico, a República Tcheca e a Eslováquia se dividiram em 1º de janeiro de 1993

|2| Depois de deixar a prisão, Alexander Dubcek retomou o posto de primeiro-secretário do PC da Tchecoslováquia, mas muito enfraquecido politicamente. Foi retirado do cargo em abril de 1969. Três décadas depois, com o fim do comando comunista, elegeu-se líder da Assembleia Federal. Morreu em 7 de novembro de 1992 em um acidente de carro

|3| Até 2 de setembro de 1968, 72 tchecoslovacos tinham sido mortos pelas tropas do Pacto de Varsóvia, segundo o livro "1968 - O Ano que Abalou o Mundo", de Mark Kurlansky

|4| Proibidos sob o comando comunista, os livros do tcheco Franz Kafka foram liberados durante a Primavera de Praga

|5| Acuado pelo bloco soviético, Dubcek assinou novas medidas, que reduziam de forma expressiva as iniciativas postas em prática nos meses anteriores. O processo de democratização refluiu substancialmente, e milhares de pessoas deixaram a Tchecoslováquia. Definitivamente, era o fim da Primavera de Praga


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EMENDAS PARLAMENTARES: Fator de crise de governabilidade e de representatividade

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Análise do Inesc aponta aumento das candidaturas únicas e duplas, com predominância de partidos de direita, escassa representação feminina e racial, gerando preocupações sobre a pluralidade democrática nas Eleições 2024.- Maioria das cidades possui só 1 ou 2 candidatos(as) na disputa pela Prefeitura - INESC

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As ditas Emendas Parlamentares, que conferem a parlamentares o direito de fazerem alocação de recursos orçamentários para obras de seu interesse é uma invenção brasileira, inserida na Constituição, no vértice da redemocratização do país, fora das competências exclusivas do Poder Legislativo – representação e fiscalização – mas que não tem correspondência em nenhum lugar do mundo. Mas foram ganhando corpo e se convertendo em fator de crise de governabilidade, ao subtrair do Executivo controle sobre seu Plano de Governo, com manobras de transferência de recursos cada vez mais obscuras, senão ilegais, e, e crise no próprio processo de renovação política, indispensável ao funcionamento da democracia-entre-nós. 

“Em 2015, sob o clima de embate entre o governo de Dilma Rousseff e a Câmara comandada por Eduardo Cunha, nascia o Orçamento Impositivo – mecanismo que obriga o governo federal a pagar as emendas de cada um dos 513 deputados e 81 senadores. Na sequência, durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o Legislativo, sob o comando do Centrão, ganhou cada vez mais poder – e mais dinheiro de emendas, neste ano na casa dos R$ 44,6 bilhões. Semana passada, STF entrou nesta questão impedindo a continuidade da FARRA DAS EMENDAS. Gerou uma crise institucional, ontem atenuada numa reunião entre o Presidente da Corte, representante do Governo Federal e líderes da Câmara e Senado. As EMENDAS propriamente ditas não foram questionadas, apenas sua aplicação. Deverão, doravante garantir transparência e rastreabilidade de forma a serem identificadas e fiscalizadas pelo TCU. Tampouco se tem discutido as implicações das EMENDAS PARLAMENTARES para a indispensável renovação das Casas Legislativas, eis que acabam se constituindo em estratégico poder aos detentores de mandato, dificultando a renovação dentro das respectivas agremiações partidárias. O resultado, apontado pelo INESC, é o estreitamento das oportunidades de escolha nos pleitos eleitorais, com a consequente eternização dos mesmos políticos ao longo de décadas, não raro se estendendo sobre a familiarização destes mandatos. No Senado, chega-se ao cúmulo de ter como suplente de Senador, esposa ou filhos de titulares. 

O cenário cria o que Marcos Nobre, presidente do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), Marcos define o que chama de “presidencialismo flex”, ou de conveniência: um governo sem maioria lida com parlamentares que votam de acordo com os próprios interesses. Relatório do INSPER, instituição de ensino e pesquisa de São Paulo, de outra parte, comprova não haver este tipo de EMENDAS PARLAMENTARES sequer em países com regime parlamentarista.

Hora, portanto, não só de questionar a legalidade financeira das EMENDAS PARLAMENTARES, mas suas implicações para a oxigenação da democracia brasileira.


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Biden faz balanço de seu Governo em Convenção do Partido Democrata e passa o bastão para Kamala. 

O Presidente Joe Biden participou, ontem, em Chicado- EUA -, da Convenção do Partido Democrata que deverá oficializar a indicação de Kamala Harris como candidata à Presidência do país. Biden foi recebido efusimente pelos 2000 convencionais e falou quase uma hora, sem tropeços, nem vacilações, embora não seja considerado um grande orador. Não entusiasma. Mas foi recebido com carinho e bandeirolas que diziam – AMO JOE. No pronunciamento, Biden criticou duramente Trump e fez um pré balanço de seu Governo, destacando o grande volume de investimentos públicos, a atenção à transição energética, a retomada da economia, que hoje tem baixo nível de desemprego, a defesa da democracia, interna e externamente, quando enalteceu o fortalecimento da OTAN com inclusão de novos membros na Europa e o apoio à Ucrânia e Israel. Neste caso, mostrou-se confiante com a iniciativa de seu Secretário de Estado, Blinken, de obter brevemente um acordo capaz de devolver um mínimo de paz à Gaza. Não obstante, apesar de vivamente aplaudido pelos seus correligionários, Biden não é bem aceito pelo eleitor comum americano, que ainda sofre as mazelas da inflação, em baixa, mas deixando um rastro de elevação dos preços, que lhe corroeu 20% do poder de compra, sem qualquer aumento dos salários. A Convenção teve que repelir, também, com rigor uma manifestação de jovens que protestavam contra a política de apoio praticamente incondicional do Governo à Israel. Ao final, Biden enalteceu a candidata Kamala Harris, primeira mulher que poderá presidir o país, destacando sua origem na classe média, sua determinação e caráter e confiança na sua vitória que consolidará a política de assistência aos mais necessitados e fortalecimento da democracia. Quebrando o protocolo, Kamala, ao final do discurso de Biden, agradeceu ao atual Presidente cumprimentando-o pelos seus serviços à Nação durante 50 anos. O discurso de Biden ainda não foi uma despedida, eis que ainda permanecerá na Casa Branca por mais cinco meses, aproximadamente, mas deixou, claramente, um rastro neste sentido. Saiu ovacionado, mas inevitavelmente candidato à planície num país imperial mas que luta para manter seu papel hegemônico no mundo, cada vez mais contestado, seja pela concorrência econômica com a China, seja pela rebeldia de vários países do Sul que se dizem cansados de receber do Tio Sam apenas sermões, seja também pelos intensos conflitos sociais e raciais internos.


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Luiz Carlos Azedo - Com Silvio Santos candidato, a história seria outra . O apresentador recusara todos os convites para ingressar na política, mas a eleição direta para a Presidência, com apoio de Sarney, era muito tentadora https://gilvanmelo.blogspot.com/.../luiz-carlos-azedo-com...

18 de agosto de 2024 - Correio Braziliense

A história poderia ter sido outra na primeira eleição direta para presidente da República após a redemocratização, que elegeu Fernando Collor de Mello, numa disputa de segundo turno com outro candidato que surpreendeu os políticos da época, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quem poderia ter mudado esse curso? O apresentador e empresário Silvio Santos, fundador e dono SBT, que faleceu na madrugada deste sábado, em São Paulo, aos 93 anos. Seu nome de batismo era Senor Abravanel.

O “dono do Baú da Felicidade” era considerado um aventureiro diante de figuras como Ulysses Guimarães (PMDB), Mario Covas (PSDB0, Leonel Brizola (PDT), Paulo Maluf (PDS) e Aureliano Chaves (PFL). Ma non troppo. Tinha um padrinho poderoso, o ex-presidente José Sarney, que havia virado vidraça na campanha eleitoral, porque ninguém o defendia. Outros candidatos também confrontavam Sarney: Afonso Camargo (PTB), Afif Domingos (PL), Celso Brant (PMN), Fernando Gabeira (PV), Roberto Freire (PCB) e Ronaldo Caiado (PSD). E o histriônico Eneas (PRONA), que se destacou entre os desconhecidos.

Sílvio Santos foi uma cartada de última hora, articulada pelo deputado Marcondes Gadelha, que seria seu vice, e mais dois cardeais do PFL muito ligados a Sarney: Hugo Napoleão e Edison Lobao. Os três aliados do presidente da República à época quase conseguiram remover a candidatura de Aureliano Chaves, mas faltou combinar com o empresário Antônio Ermírio de Moraes, que prometeu financiar a campanha do ex-vice-presidente.

Aureliano Chaves havia sido vice do presidente João Batista Figueiredo, o general que deixou o Palácio do Planalto pela garagem, sem passar a faixa para Sarney. Político mineiro, fora um dos que insurgira contra a candidatura de Paulo Maluf na antiga Arena, para apoiar Tancredo Neves no colégio eleitoral.

A elite paulista temia que a entrada em cena de Sílvio Santos favorecesse os candidatos de esquerda. Com os votos concentrados, Collor estaria no segundo turno. Silvio Santos foi obrigado a buscar um partido pequeno, o PMB, que removeu da disputa o pastor Armando Corrêa.

Também faltou combinar com o jornalista Roberto Marinho, dono do maior grupo de comunicação do país, que apoiava aquele que viria a vencer o pleito: Collor de Mello, que se notabilizara no governo de Alagoas como “caçador de marajás”. Filho do senador Arnon de Mello, sócio do dono da rede Globo em Alagoas, Collor candidatou-se por um pequeno partido, o PRN, e fez sua campanha tendo como alvo o governo Sarney. Caiu nas graças de Marinho porque defendia a abertura da economia e as privatizações, além de herdar os antigos laços comerciais com o amigo de seu pai. Marinho era o principal fiador de sua candidatura.

A candidatura de Silvio Santos foi oficializada duas semanas antes da eleição, no dia 31 de outubro de 1989. De pronto, se tornou uma alternativa para derrotar os dois candidatos de esquerda, Lula e Brizola, diante do fato de as candidaturas de Ulysses e Covas não terem emplacado. O primeiro foi “cristianizado” pelo governador de São Paulo, Orestes Quércia (PMDB); o segundo, era líder de um partido ainda em formação, o PSDB.

Populismo de centro

Collor já liderava a disputa, mas não teve apoio da mesma elite política que mais tarde viria a se articular com os jovens cara-pintadas da campanha do impeachment, que o levou à renúncia. Sílvio Santos nunca exercera um cargo político, porém, era um empresário competente e sabia se movimentar nos bastidores do poder. Só com a popularidade de apresentador de tevê não teria construído seu império de comunicação.

Foi durante o regime militar que Sílvio Santos obteve autorização para operar canais de TV no Rio, São Paulo, Porto Alegre e Belém, e formar o Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT. O programa “Semana do Presidente”, criado em 1981, para divulgar as ações do governo Figueiredo, agora divulgava as ações do presidente Sarney.

Até então, Silvio Santos recusara todos os convites para ingressar na política, mas a eleição direta para a Presidência, com apoio de Sarney, era muito tentadora. Marconde Ferraz defendia a tese de que o apresentador seria um “populista de centro”, contra um populista de direita e outro de esquerda. Quem mais se sentiu ameaçado foi Collor de Mello, que agora enfrentava um segundo colocado que lhe tirava votos e não dois concorrentes que disputavam votos entre si, como acontecia com Lula e Brizola.

A operação para remover Silvio Santos foi articulada pelo tesoureiro da campanha de Collor, PC Farias, e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, então funcionário da Xerox do Brasil, que descobriu irregularidades no registro da candidatura. O PMB não havia realizado as convenções estaduais exigidas pela legislação eleitoral. Foi um ovo de Colombo: seis dias antes das eleições, por 7 votos a 0, a candidatura de Silvio Santos foi impugnada. Collor obteve no primeiro turno 30% dos votos, quase o dobro de votos do segundo colocado, Lula. No segundo, venceu o petista por 53% a 46%

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Anexos

Silvio Santos Day - Como Silvio transformou os domingos do brasileiro; veja especial g1

ESPECIAL - Silvio Santos, o maior apresentador da TV brasileira

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2024/08/18/o-assunto-1281-especial-silvio-santos-o-maior-apresentador-da-tv-brasileira.ghtml


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DIA DO FILÓSOFO –

 

No Brasil, a data é celebrada desde quando foi instituída pela Lei nº 12. A iniciativa partiu do professor e filósofo Luiz Felipe Pondé, que é também um dos coordenadores do Movimento Filosofar é Preciso.15 de ago. de 2022

 

Legado Socratico

 

 

Não sei nada.

O único que sei é que nada sei.

 

Mas tenho que descobrir-me,

 

Arrancar a verdade das profundezas da consciência,

 

Baixá-la dos céus à terra,

 

Sob o crivo erótico da razão humana,

 

Numa aproximação crescente da sabedoria e da verdade.

 

Da Virtude.

 

Ninguém peca porque quer,

 

Ninguém é louco porque quer,

 

Ninguém é ignorante porque quer,

 

Ninguém é mestre de ninguém.

 

Sequer é mau quem quer,

 

Mas são todos infelizes ,

Nas apalpadelas de uma realidade sensível,

 

Que ludibria ,pela retórica o imutável , universal ,

 

Eterno.

 

Já o sábio , que sabe que não sabe, pode ser feliz,

 

Porque tem a felicidade dentro de si mesmo,

 

Numa equação de bem agir e de bem viver,

 

Sem preocupação com os resultados da ação ,

 

A que chamao eupraxia .

 

Ouço uma voz,

 

e toda vez que isso acontece

 

ela me desvia do que estou a ponto de fazer, mas nunca me leva à ação.

 

 

 

 

 

Não! Não importa o que eu possuo,

 

Mas o que conheço de mim mesmo.

 

Conhecendo-me , aprendo que nada sei

 

E , assim,

 

posso chegar a saber alguma coisa.

 

Qualquer coisa por mim descoberta,

 

Numa incessante indagação,

Sobre as coisas como elas simplesmente são.

 

Eu mesmo conhecendo-me melhor,

 

conhecendo-me a mim mesmo,

 

Compreenderei o sou pelo que faço,

 

O que faço pelo que sou,

 

Alcançando assim a virtude e a verdadeira felicidade.

 

Parece que o deus me designou à cidade com a tarefa de despertar,

 

Persuadi-los destas coisas,

 

e repreender cada um de vós, por toda a parte, durante todo o dia,

 

Quando delas se desviam.

 

Por isto me acusam..

 

Mas não se preocupem , meus amigos,

 

Eu nada afirmo.

 

Faço apenas o que minha mãe parteira faz com as vidas humanas:

 

Trago à luz o espírito que lhe complementa.

 

 

 

 

 

Se a alguns molesta o que faço,

 

Não os condeno.

 

Mas ao acusar-me, como Meleto, eles brincam com coisas sérias,

 

Pois não sou eu a fazer o que faço,

 

Mas a fazer o que fui destinado a fazê-lo.

 

Onde esteja,

 

Onde vá,

 

Enquanto estiver vivo.

 

 Não fazer nada de injusto e de ímpio, isso sim me importa acima de tudo.

 

Portanto , não me condenem ao exílio da pátria,,

 

Pois seria meu destino ir de lugar em lugar

 

Sempre exilado.

 

Não me condenem a calar-me na minha pátria..

 

Aí sim eu estaria contrariando a vontade do deus,

 

Que me designou esta tarefa .

Mas vejo que muitos gostam da minha companhia.

 

Me escutam e me acompanham.

 

Parece que eles, seus filhos, seus pais,

 

Também apreciam o que faço..

 

Não há ninguém a quem eu tenha feito concessões com desprezo da justiça

 

 e por medo.

 

E se tiverem juízo

 

Verão que , na minha idade, aos setenta,

 

As coisas tendem a se resolver “naturalmente”.

 

Porque não adianta matar os homens pelo que fazem,

 

Quando o que fazem é melhor do fazem os que o acusam.

 

Nunca um homem pior poderá fazer mal a um melhor.

 

Mesmo matando-o.

 

Apresento, enfim,

 

um testemunho suficiente da verdade do que digo: a minha pobreza.

 

 

 

 

 

Fui vencido.

 

Perdi por falta ,

 

não de raciocínios, mas de audácia

 

e impudência.

 

E por não querer dizer-vos coisas tais que vos teriam sido gratíssimas de ouvir, choramingando:

 

Lamentando-me ,

 

fazendo e dizendo muitas coisas indignas

 

que estais habituados a ouvir de outros.

 

Não farei isto.

 

Minha mulher e meus filhos não verão este espetáculo.

 

Vou morrer. Mas sem medo.

 

Talvez o difícil não seja isso: fugir da morte.

 

Bem mais difícil é fugir da maldade,

 

que corre mais veloz do que a morte,

 

como a insídia do povo,

 

da qual nem o mais sábio e virtuoso escapa.

 

Também a morte me leva a pensar:

 

Ter medo da morte significa imaginar que sabemos o que não sabemos ,

 

pois sobre ela ignoramos tudo,

 

e nem mesmo sabemos se não é um grande bem para nós.

 

Temer a morte não é outra coisa que parece ter sabedoria, não tendo..

 

É , de fato, parecer saber o que não se sabe.

 

Não sabendo coisas bastante do Hades,

 

delas não fugirei.

 

Mas, se acreditais, matando os homens,

 

iludir alguns dos vossos críticos, não pensais justo;

 

esse modo de vos livrardes do que falam não é ,

 

decerto ,

 

eficaz .

 

Nem belo.

 

Belíssimo e facílimo é não contrariar os outros,

 

mas aplicar-se a se tornar, quanto se puder, melhor.

 

Em verdade este meu caso arrisca ser um bem.

 

Estamos longe de julgar retamente,

 

quando pensamos que a morte é um mal..

 

Não é possível haver algum mal para um homem de bem,

 

nem durante sua vida,

 

nem depois de morto...

 

                                        Paulo Timm – Olhos D Agua, 26 de maio de 2002


 CCJ do Senado adia discussão da PEC 65, que dá autonomia total ao Banco Central

O presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre, concedeu vista coletiva após pedido do líder do governo no Senado, Jaques Wagner

 

247 - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, mais uma vez, a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa dar ao Banco Central (BC) autonomia financeira. A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (14), após o presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), conceder vista coletiva ao projeto. O pedido foi feito pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que argumentou a necessidade de mais tempo para analisar o complemento de voto do relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), apresentado no mesmo dia.

Jaques Wagner destacou que a análise técnica do governo ainda levanta preocupações sobre o impacto do modelo jurídico proposto para o BC, especialmente em situações em que o órgão possa registrar prejuízos. "Eu mandei [o relatório] ao governo para consulta e já recebi as primeiras manifestações. Não me resta outra opção senão pedir vista ao processo", afirmou Jaques Wagner.

Por outro lado, o relator da PEC, senador Plínio Valério, lamentou que o governo não tenha buscado diálogo sobre o texto desde que a discordância do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi tornada pública. "No recesso ou na primeira semana, não fomos chamados para conversar. Como o X da questão era empresa pública e o governo não acenou com uma solução para esse impasse e o BC, sim, eu acatei a sugestão do BC", explicou o senador. O relatório do senador prevê tornar o BC uma "corporação integrante do setor público financeiro que exerce atividade estatal".

Entidades associativas que representam os servidores ativos e aposentados do Banco Central divulgaram uma nota nesta quarta-feira (14), antes da reunião da CCJ, em que criticam o relatório de Plínio Valério. O manifesto é assinado por SINAL, Sindsep-DF, ANAFE e SintBacen. Leia:

Nota pública de SINAL, Sindsep-DF, ANAFE e SintBacen contra o relatório apresentado em 14/8/2024 pelo senador Plínio Valério

As entidades associativas abaixo assinadas, que representam os servidores ativos e aposentados do Banco Central do Brasil, vêm à público reiterar suas críticas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65/2023, e repudiar, de modo especial, o último relatório apresentado pelo senador Plínio Valério.

Na prática, a substituição da “empresa pública” pela "corporação integrante do setor financeiro" não altera substancialmente as coisas, pois mantém-se a fragilização do vínculo do BACEN com o Estado e a sociedade brasileira.

Importante destacar que tanto o Governo, quanto alguns senadores de oposição e as entidades que assinam esta nota estavam lutando por negociações em torno de um projeto para resolver os problemas orçamentários do BC por meio de legislação infra constitucional, mantendo o regime de autarquia e os servidores no RJU, na busca de consenso. Porém, o senador Plínio Valério, desconsiderando as tratativas pela busca de um acordo, agiu de forma unilateral e protocolou um texto de sua própria autoria.

Essa mudança semântica enfraquece o papel do Estado na gestão da política monetária e cambial e na supervisão do sistema financeiro. A nova corporação, assim como a empresa pública, pode acentuar o risco de captura da autoridade monetária e supervisora pelo mercado.

Ademais, a fragilização do vínculo com o Estado brasileiro acentua o distanciamento da sociedade civil em relação à tomada de decisões sobre a política monetária e sobre a regulação do mercado.

A ausência de uma governança transparente e de mecanismos de accountability pode resultar na alienação dos cidadãos em relação às decisões que afetam suas vidas. Quando a prestação de serviços essenciais passa a ser gerida por corporações em vez de entidades públicas, a responsabilidade social e o compromisso com a equidade podem ser relegados a um segundo plano, perpetuando desigualdades e prejudicando os segmentos mais vulneráveis da população.

Por fim, essa nova configuração proposta pela PEC 65/2023 também abre espaço para a privatização de funções que historicamente foram de responsabilidade do Estado, colocando em risco a soberania nacional sobre setores estratégicos.

Portanto, a adoção da PEC 65/2023, na forma como se apresenta coloca em risco a integridade das instituições que devem assegurar a estabilidade econômica e o desenvolvimento equitativo. A sociedade brasileira precisa estar atenta a esses movimentos que, sob o pretexto de modernização e eficiência, podem perpetuar desigualdades e enfraquecer a capacidade do Estado de atuar em favor do interesse público.

Por fim, se o novo relatório apresentado pelo senador Plínio Valério for aprovado hoje de forma açodada, atropelando os debates necessários para o assunto, o SINAL, o Sindsep-DF, a ANAFE e o SintBacen já sinalizam com uma possível RADICALIZAÇÃO na luta contra a PEC 65/2023 a partir de amanhã.

SINAL, Sindsep-DF, ANAFE e SintBacen

 

Assis Moreira - A proporção de jovens 'nem-nem' no Brasil chega a 20,6%

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../assis-moreira...

Novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela uma elevada proporção de jovens fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento, comumente chamados de “nem-nem”. Em 2023, um em cada cinco jovens no mundo, ou seja, 20,4%, era considerado “nem-nem”.

OIT: em 2023, 20,4% jovens no mundo são ‘nem-nem’

monitormercantil.com.br/oit-em-2023-204-jovens-no-mundo-sao-nem-nem/


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 HISTÓRIA: As aparências, muitas vezes, enganam. No amor e no ódio....

O título fez sucesso com uma série de Carlos Estevão na Revista Cruzeiro, de tempos idos e vividos, do que hoje chamaríamos memes que mostrava uma imagem em preto e branco, alarmista, do tipo de um assassino atacando sua vítima pelas costas e, depois, outra, ao lado, iluminada, na qual tudo se esclarecia da maneira mais gentil. Um exercício de farsa, poético, encantador. Era meu preferido.

 

Depois apareceu uma música da Elis Regina, com o mesmo título sobre os descaminhos do amor e do ódio: aparências enganam - https://www.youtube.com/watch?v=xRI_CI4c_bk 

As aparências enganam

Aos que odeiam e aos que amam

Porque o amor e o ódio se irmanam

Na fogueira das paixões

Os corações pegam fogo

E depois não há nada que os apague

Se a combustão os persegue

As labaredas e as brasas são

O alimento, o veneno, o pão

O vinho seco, a recordação

Dos tempos idos de comunhão

Sonhos vividos de conviver

As aparências enganam

Aos que odeiam e aos que amam

Porque o amor e o ódio se irmanam

Na geleira das paixões

Os corações viram gelo

E depois não há nada que os degele

Se a neve, cobrindo a pele

Vai esfriando por dentro o ser

Não há mais forma de se aquecer

Não há mais tempo de se esquentar

Não há mais nada pra se fazer

Senão chorar sob o cobertor

As aparências enganam

Aos que gelam e aos que inflamam

Porque o fogo e o gelo se irmanam

No outono das paixões

Os corações cortam lenha

E depois se preparam pra outro inverno

Mas o verão que os unira

Ainda vive e transpira ali

Nos corpos juntos na lareira

Na reticente primavera

No insistente perfume

De alguma coisa chamada amor

Composição: Sergio Natureza / Tunai

 

 

E, em 1994, vi um filme, com igual título e enredo. Sempre trazendo à tona aparência e realidade. 

Sinopse de As Aparências enganam

Três garotos que residem em um subúrbio decidem ir até a cidade para pagar uma prostituta, pois desejam ver uma mulher nua. Eles quase são assaltados e por acaso são salvos por uma "profissional" (Melanie Griffith), que acaba se afeiçoando a um deles, um garoto órfão de mãe (Michael Patrick Carter). O garoto pretende unir ela e seu pai (Ed Harris), mesmo que tenha de mentir um pouco para chegar a este objetivo, e como ela está sendo perseguida por um criminoso e seu carro está com problemas ela vai ficando na pequena localidade onde ele reside, se apaixonando pelo pai do garoto. Porém, gradativamente as coisas se complicam.- https://www.adorocinema.com/filmes/filme-31423/ 

 

Hoje, a confusão entre o real e o imaginário, vem associada à virtualidade, que a inteligência artificial só faz acentuar.

Vale, entretanto, lembrar, que apesar desta era da pós verdade, há sempre um grande hiato entre o que são fatos e os processos que os envolvem, situam e explicam. Desde os Diálogos, de Platão... Este é, aliás, o grande corte metodológico entre cientistas sociais de inclinação conservadora e progressista. Os conservadores se fixam nos fatos e procuram por sofisticados meios captá-los para dar conta e razão de um dado momento da História, descambando, não raro, para o neo-positivismo da Ciência Política, da Economia, do Direito e até mesmo da Psicologia. “A vida como ela é”...Mais cautelosos, weberianos e marxistas, como fundamento do pensamento progressista, preferem situar os fatos nos processos que os condicionam. Daí a acusação que lhe fazem os neopositivistas de que são reféns das “grandes narrativas”. Grandes ou pequenas, entretanto, as narrativas existem e constituem o substrato não só da História das Sociedades Humanos, mas, também, dos próprios humanos. É conhecida a lembrança de Eduardo Galeano de esta passagem que ouviu de um jornalista:

“Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias.” (Os filhos dos dias”)

Com efeito, estamos mergulhados na História. E a História Contemporânea, vinda à tona com a Revolução Francesa, 1789, nos remeteu inexoravelmente às Revoluções e às Guerras. Já não vivemos sob o manto da falsa harmonia medieval. O mundo, convulsionado pelas Grandes Navegações e pelo impulso da modernidade capitalista, está em efervescente guerra. 

A verdade, portanto, na História, não reside nos fatos em si, muitas vezes incompreensíveis, como o nazi fascismo, as revoluções sociais, o autoritarismo , o populismo, o bolivarismo, mas nos processos que os produziram. E o processo que se desenrola no mundo contemporâneo é o da GUERRA. Guerra de classes, guerra contra o colonialismo e neocolonialismo, guerra contra a fome, guerra contra o cinismo ocidental que ostenta valores clássicos como máscaras da sua violência explícita, na disseminação de armas e bases militares no mundo inteiro; violência implícita, na financeirização da economia mundial sob o império do dólar. Como diz, com voz rouca e baixa, Amilton Krenak: "Estamos em guerra..." . 

As aparências enganam... E guerra é guerra! Até que se compreenda o real significo da paz e seus requisitos.


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Luiz Carlos Azedo - Quem sabe o destino das emendas secretas? Correio Braziliense -https://gilvanmelo.blogspot.com/2024/08/luiz-carlos-azedo-quem-sabe-o-destino.html?spref=fb&fbclid=IwY2xjawEn5_5leHRuA2FlbQIxMQABHZ_m1m6oW6e4lnziPfDktqJg7jKcgRCVo6blgU1h6hhyiE0osd9IcbcsDg_aem_9nRX9UZ9qtcGQI4nwus-GQ 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino baixou duas liminares duríssimas para acabar com o chamado “orçamento secreto”. Deputados e senadores têm R$ 49 bilhões em emendas ao longo de 2024, uma parcela das quais é conhecida como “emendas pix”, que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que fossem auditadas pela Controladoria-Geral da União. A decisão contrariou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Amanhã, haverá uma reunião de líderes da Câmara para discutir como reagir à decisão do ministro. Os deputados temem uma devassa na destinação das emendas, principalmente as “emendas pix”, que não têm nenhuma transparência, embora esse seja um dos princípios constitucionais do Orçamento da União. O Supremo proibiu a existência do “orçamento secreto”, sob a presidência da então ministra Rosa Weber.

As emendas de deputados e senadores na Lei Orçamentária passaram de R$ 9 bilhões em 2015 para R$ 49 bilhões em 2024, conforme dados do “Siga Brasil – Painel Emendas”, site mantido pelo Senado. Na Lei Orçamentária de 2020, as “emendas RP 9”, que são feitas pelo relator da Comissão Mista de Orçamento, chegaram a 20 bilhões. Em 2021, R$ 16 bilhões. Em 2022, R$ 8 bilhões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo com R$ 15 bilhões de “emendas RP 9” herdadas do governo Bolsonaro. Ainda restam pagar R$ 5 bilhões.

As “emendas pix” foram criadas para burlar a proibição do “orçamento secreto”. Chegam a R$ 15 bilhões neste ano, sem nenhuma transparência e controle. Alguns até destinaram verbas para obras em estados diferentes dos quais foram eleitos, o que o ministro Dino agora proibiu. Há troca de destinação dos recursos por ajuda eleitoral. Tudo em segredo. A CGU tem até setembro para preparar um relatório sobre as dez cidades que mais recebem repasses de emendas e uma análise sobre os riscos por trás das “emendas RP 8”, que podem virar caso de polícia.

O Tribunal de Contas da União (TCU) mapeará as emendas até 21 de agosto e terá 180 dias para colocar no Portal da Transparência informações completas sobre padrinhos e destinatários de “emendas RP 8 e RP 9”. A CGU também auditará os repasses feitos de 2020 a 2024 por meio de “emendas pix” e como a verba foi gasta na ponta. Nada disso seria necessário se os relatores do Orçamento abrissem essa caixa-preta. Ninguém sabe para onde foi o dinheiro, mas eles sabem.


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O DIA NACIONAL DAS ARTES

O Dia Nacional das Artes é comemorado anualmente no dia 12 de agosto. A data foi criada para celebrar as diversas manifestações artísticas que abrangem variadas áreas, como a música, a literatura, o cinema, o teatro, a pintura e tantas outras.

Origem do Dia Nacional das Artes

A origem do Dia Nacional das Artes é o decreto de lei nº 82.385, de 5 de outubro de 1978 e a Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978. Essas leis regulamentaram a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões, além de reconhecerem mais de 100 outras funções que também compõem o trabalho artístico.

Conforme a legislação brasileira, artista é o profissional que “cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversões públicas”.

Dia Mundial da Arte

Além de existir o Dia Nacional das Artes, existe um dia internacional dedicado a isso. O Dia Mundial das Artes é comemorado no dia 15 de abril. A data foi criada pela Associação Internacional de Arte (IAA, na sigla em inglês) como forma de conscientizar a atividade criativa no mundo todo.

A data foi comemorada pela primeira vez em 2012 e foi escolhida em homenagem ao nascimento de Leonardo da Vinci. Nos Estados Unidos, há uma série eventos — como exibições, performances, rodas de conversa com artistas — todos os anos, desde 2015, para celebrar a data. Em 2020 a celebração se dará na cidade de Los Angeles pelo quarto ano consecutivo.

Como trabalhar o Dia das Artes na escola?

Essa data tão importante merece ser celebrada nas escolas. As artes podem ser trabalhadas nas aulas dos mais diversos componentes curriculares, não se limitando à área de Linguagens e suas Tecnologias. Veja abaixo algumas ideias de como trabalhar o Dia das Artes na escola.

Excursão para um museu, exposição, teatro ou apresentação musical

Excursões para museus, exposições, teatros ou apresentações musicais são muito interessantes para comemorar o Dia das Artes, já que os alunos costumam gostar muito de excursões. Além disso, essas atividades têm muito a contribuir com as práticas pedagógicas de forma interdisciplinar.

Sessão de cinema na escola

A escola pode promover uma sessão de cinema como forma de celebrar o Dia das Artes. Pode escolher passar um filme para todos os alunos ou vários filmes em salas diferentes e deixar que os alunos escolham qual desejam assistir.

Para tornar a atividade mais rica, é interessante promover debates e rodas de conversa sobre os filmes assistidos e relacioná-los com os conteúdos estudados na escola.

Festival de talentos

Quer forma melhor de trabalhar as artes na escola do que incentivando a produção dos próprios alunos? Um festival de talentos é uma excelente maneira de valorizar os artistas que existem dentro da escola, mostrando a importância da profissão e sua contribuição para a sociedade.

ANEXO

PRA QUE SERVE A ARTE

História das Artes > Olho-Vivo > Pra que serve a arte

As obras de arte, desde a Antiguidade até hoje, nem sempre tiveram a mesma função. Ora serviam para contar uma história, ora para rememorar um acontecimento importante, ora para despertar o sentimento religioso ou cívico.

Foi só neste século que a obra de arte passou a ser considerada um objeto desvinculado desses interesses não artísticos, um objeto propiciador de uma experiência estética por seus valores íntimos.

Assim dependendo do propósito e do tipo de interesse com que alguém se aproxima de uma obra de arte, podemos distinguir três funções principais para a arte.

Função Utilitária: A arte serve ou é útil para se alcançar um fim não artístico, isto é, ela não é valorizada por si mesma, mas só como meio de se alcançar uma outra finalidade.

Esses fins não artísticos variam muito no curso da história. Na Idade Média, por exemplo, na medida em que a maior parte da população dos feudos era analfabeta, a arte serviu para ensinar os principais preceitos da religião católica e para relatar as histórias bíblicas.

Função Naturalista: A obra é encarada como um espelho, que reflete a realidade e nos remete diretamente a ela. Em outras palavras, a obra tem função referencial de nos enviar para fora do mundo artístico, para o mundo dos objetos retratados. Essa atitude perante a arte surge bastante cedo. Ela aparece na Grécia, no século V a.C., nas esculturas e pinturas que “imitam” ou “copiam” a realidade. Essa tendência caracterizou a arte ocidental até meados do século XIX, quando surgiu a fotografia. A partir de então, a função arte, especialmente da pintura, teve de ser repensado e houve uma ruptura do naturalismo.

Função Formalista: Preocupa-se com a forma de apresentação da arte. Há, nessa função, uma valorização da experiência estética como um movimento em que, pela percepção e pela intuição, temos uma consciência intensificada do mundo, ou seja, é a análise da obra de arte como todo, pela sua forma, seu conteúdo, sua temática, seu contexto histórico, sua técnica, enfim, todos os elementos para a compreensão da obra em si.

Quando o ser humano precisa pensar sobre algo, geralmente, busca encontrar elementos funcionais que lhe deem sentido e um valor. Então ele procura responder perguntas como: para que serve? E qual sua importância no mundo?

Esse sentido utilitarista é comum a todos os povos desde as suas formações iniciais. O homem primitivo, por exemplo, precisava se cercar, primeiramente, de objetos que respondessem à sua necessidade urgente de sobrevivência. Por isso, os desenhos nas cavernas, as danças e as representações primitivas precisavam ter utilidade, ou seja, deveriam servir para que os espíritos dos animais fossem atraídos e aprisionados, ajudando os homens nas caçadas.

Com o tempo, essas manifestações artísticas primitivas começaram a ser desvinculadas das suas funções primitivas nas comunidades. O homem passou a revelar interesse por aspectos e objetos que não possuíam função prática na vida, como as formas, as cores, as texturas em tecidos, certos sons, que passaram a ser apreciados por puro prazer. Nesse sentido, tais utensílios e representações passaram, cada vez mais, a ser criados e executados pelo prazer em si, desligando-se de uma utilidade.

Assim, os humanos demonstram, desde tempos ancestrais, interesse pelo enfeite, pelo belo, por elementos e fatos capazes de instigar e manifestar pensamentos e emoções.

A pintura corporal em uma tribo indígena, na maioria das vezes, tem a função de camuflar, preparar-se para a guerra, determinar uma posição social do individuo, preparativos para diversos rituais da tribo, como culto aos deuses, casamento, funeral, ou, simplesmente, enfeitar-se. Atualmente, a pintura da pele, como as tatuagens, na maioria das vezes, estão ligadas a um sentido decorativo, servindo apenas para adornar ou decorar o corpo.

Há vertentes e perspectivas diferentes quanto à função da arte. Isso ocorre porque cada sociedade estabelece uma relação muito específica com os objetos artísticos, definindo necessidades e importâncias particulares. Pode-se, contudo, definir duas correntes de pensamento muito comuns, no que se refere à utilidade da arte.

A primeira defende que as artes não derivam de uma necessidade prática, existindo independentemente de qualquer utilidade, tais como: ensinar, entreter, instigar, inspirar ou educar. Uma das escolas defensoras dessa vertente foi o Romantismo, que estabeleceu o que ficou conhecido como autonomia da arte.

A outra corrente defende que a arte só pode existir ligada a alguma funcionalidade, ou algo que lhe dê um sentido, tal qual ocorria nas sociedades primitivas. Nessa concepção, só pode haver objeto artístico se este se relacionar, por exemplo, a uma função social, histórica, educativa ou psicológica.

Obviamente, as duas correntes possuem fundamentos e argumentos necessários de serem discutidos, mas é inevitável que convivam, em um mesmo processo de criação artística, elementos estéticos e outros de ordem funcional, econômica, etc.

Vale dizer que a humanidade não vive sem a arte, seja ela funcional, mista ou puramente ligada à fruição da beleza.

https://www.historiadasartes.com/olho-vivo/pra-que-serve-a-arte/


 Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com

9 de agosto - Dia Internacional dos Povos Indígenas. 

Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas - https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Declaracao_das_Nacoes_Unidas_sobre_os_Direitos_dos_Povos_Indigenas.pdf 

 

O Brasil tem, hoje, cerca de 1,7 milhão de indígenas. Quando do “Descobrimento”, porém, em 1500, mais de 5 milhões deles habitavam nosso território. No contato com o colonizador, foram sendo sumariamente dizimados, tanto pelo contágio, que os expunha a doenças fatais, como pelo extermínio provocado no confronto com os brancos, ou sua captura para trabalhar como escravos nas lavouras coloniais. Já em 1650, no Maranhã, o Padre Vieira, em seus sermões denunciava esta chacina provocada pela cobiça dos portugueses, o que lhe valeu a remoção para Roma - https://revistacienciaecultura.org.br/?p=2645 . 

O profundo humanista que foi Padre António Vieira não podia ficar indiferente à brutalidade com que os ameríndios e os escravos negros eram tratados no Brasil. Uma prática, aliás, consentida por toda a Europa colonizadora. O missionário tudo viu e tudo denunciou na corte portuguesa. O religioso fez parte da Companhia de Jesus e defendia, além dos indígenas, a liberdade dos judeus, perseguidos na época pela Inquisição da Igreja Católica.

Nas Guerras Guaraníticas, no sul do Brasil, que destruiriam as Missões, em 1756/7, em apenas um dia pereceram mais de mil índios, daí resultando o lema ainda hoje defendido pelo MST: “ESTA TERRA TEM DONO!”. Um século antes, bandeirantes oriundos de São Vicente já haviam aprisionado talvez milhares deles, arrasando diversas reduções que se haviam instalado desde 1626, no Rio Grande, por obra e graça de Roque Gonzalez. No começo do século XX, o ilustre republicano, General Rondon, em sua peregrinação pelo interior do Brasil, que inspiraria Darci Ribeiro à antropologia – e que o acompanharia até o leito de morte - proclamava sua célebre frase que consagraria a Política Indigenista do país: “Matar (um índio) nunca; morrer se for preciso”. Dele, também, o exemplo que levou à criação da FUNAI e à ação de exemplares sertanistas como os irmãos Villas Boas que tanto fizeram pela preservação da vida e cultura dos povos originários do Brasil, destacando-se aí seus esforços para transferi-los para uma área protegida na Ilha do Bananal, onde ainda se encontram, como se pode ver em documentários antológicos como “Xingu”- XINGU : TRAILER OFICIAL • DT - YouTube . Graça a tais esforços, muitos indígenas se educaram e hoje ocupam importantes papeis na vida pública do país: médicos, engenheiros, administradores, professores, todos com fortes vínculos com suas aldeias. Soninha guajajara é, por primeira vez no Brasill, Ministra dos Povos Indígenas. Amilton Krenak, escritor, por sua vez hoje ocupa um assento na Academia Brasileira de Letras e, com sua voz calma e profunda, não se cansa de repetir: -“Estamos em guerra”. Guerra pela sobrevivência de uma cultura ancestral, com mais de 200 línguas, todas clamando: “ É na ancestralidade que repousa nosso futuro”... 

 

 O Dia Internacional dos Povos Indígenas é comemorado no dia 9 de agosto. Essa data marca a importância dos povos indígenas para as sociedades mundiais. Foi criada em 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse dia comemorativo é um instrumento de luta e apoio às causas indígenas.

Leia também: 19 de abril — Dia Nacional dos Povos Indígenas

Tópicos deste artigo

• 1 - Resumo sobre o Dia Internacional dos Povos Indígenas

• 2 - Origem do Dia Internacional dos Povos Indígenas

• 3 - Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas

• 4 - Importância do Dia Internacional dos Povos Indígenas

• 5 - Povos indígenas no Brasil

• 6 - História dos povos indígenas

Resumo sobre o Dia Internacional dos Povos Indígenas

• O Dia Internacional dos Povos Indígenas é comemorado internacionalmente no 9 de agosto.

• Criado pela ONU em 1995, esse dia comemorativo permite valorizar as práticas dos povos indígenas, tidos como os primeiros habitantes dos territórios americanos, por meio de eventos diversos.

• A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

• Esse documento apresenta um conjunto de direitos universais para as populações indígenas dos diferentes países do globo.

• O Censo Demográfico de 2022, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que há cerca de 1,7 milhão de indígenas no Brasil.

Origem do Dia Internacional dos Povos Indígenas

Celebrado no dia 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas foi criado em 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O contexto histórico de criação dessa data esteve atrelado à necessidade de demarcar a importância desses povos para as sociedades mundiais. Além disso, a referida data busca reconhecer e valorizar toda a contribuição histórica, política, econômica e cultural dos povos indígenas. Portanto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas é parte de um movimento maior de valorização dos povos indígenas mundiais.

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Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas - https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Declaracao_das_Nacoes_Unidas_sobre_os_Direitos_dos_Povos_Indigenas.pdf 

A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O referido documento é composto por 46 artigos, que buscam apresentar todos os direitos básicos das populações indígenas mundiais, sendo essa a ideia central dele. Entre os principais pontos defendidos pela Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, estão:

• igualdade de condições perante as leis internacionais;

• autodeterminação dos povos;

• combate a qualquer tipo de discriminação;

• direito aos territórios;

• respeito às cultura, língua e religião tradicionais.|1|

A Declaração também aponta a necessidade de políticas públicas no contexto indígena e, ainda, apoia a contribuição financeira de agentes estatais para a manutenção dos direitos básicos dos povos indígenas.

Importância do Dia Internacional dos Povos Indígenas

O Dia Internacional dos Povos Indígenas é um instrumento de luta e apoio às causas indígenas, visto que visibiliza a grande importância dessas populações. Nesse sentido, essa data possibilita o estabelecimento de reflexões e debates sobre o cenário atual das populações indígenas.

Ademais, o dia permite a valorização das práticas indígenas no contexto mundial, o que se dá por meio de eventos diversos. Ressalta as contribuições e tradições indígenas para a população em geral, bem como destaca a importância desses povos em diferentes âmbitos da sociedade. O Dia Internacional dos Povos Indígenas permite, ainda, o amplo debate sobre os direitos básicos dessas populações.

Povos indígenas no Brasil

O Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que há cerca de 1,7 milhão de indígenas no Brasil.|2| Esse número representa menos de 1% do total da população absoluta do país.

Os povos indígenas brasileiros compõem um conjunto muito diverso de tribos e populações com práticas culturais bastante distintas. Nesse cenário, evidenciam-se os troncos indígenas macro-jê e tupi. Os povos indígenas brasileiros possuem línguas, religiões e demais tradições bastante diferentes entre si, compondo um grande mosaico cultural que sustenta um dos principais pilares da sociedade brasileira.

 As populações indígenas brasileiras possuem tradições bastante heterogêneas. [1]

A região Norte do Brasil é a que possui o maior número de indígenas, com destaque para o estado do Amazonas. O número de indígenas também se destaca nos seguintes estados: Bahia, Roraima, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. A população indígena brasileira encontra-se distribuída de forma bastante desigual ao longo do território nacional.

A maior parte dos indígenas habita a Amazônia Legal. Nessa região está a maior reserva indígena em população do país, chamada de Terra Indígena Yanomami. Contudo, a maior parte dos indígenas brasileiros mora fora de terras indígenas, oficialmente demarcadas pelos agentes estatais.

Veja também: Funai — o órgão do governo brasileiro que atua na proteção e na garantia dos direitos das populações indígenas

História dos povos indígenas

Os povos indígenas são agrupamentos humanos considerados os primeiros habitantes dos territórios americanos. Essa população habitava vastas áreas naturais do espaço geográfico da América ao longo de milhares de anos, assim, já estava estabelecida nos territórios nacionais na época da chegada de exploradores e colonizadores.

Por exemplo, no Brasil, os indígenas já viviam em vastas extensões do território muito antes da chegada dos colonizadores portugueses, em 1500, praticando diferentes atividades de subsistência, como caça e pesca.

Os povos indígenas compõem um grupo histórico e populacional bastante diverso, com diferentes práticas culturais em termos de língua, religião e demais ações cotidianas. A história desses povos está comumente associada a perseguições diversas, fruto do vasto processo de colonização empreendido por povos estrangeiros.

Notas

|1| ONU. Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. ONU, 2008. Disponível em: https://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/DRIPS_pt.pdf.

|2| IBGE. Panorama do censo 2022. IBGE, 2023. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/indicadores.html?localidade=BR.

Crédito de imagem

[1] Joa Souza / Shutterstock

Fontes

AZOUBEL, H. Dia Internacional dos Povos Indígenas. UFMG, 2022. Disponível em: https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/dia-internacional-dos-povos-indigenas/.

CABRAL, U.; GOMES, I. Brasil tem 1,7 milhão de indígenas e mais da metade deles vive na Amazônia Legal. IBGE, 2023. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37565-brasil-tem-1-7-milhao-de-indigenas-e-mais-da-metade-deles-vive-na-amazonia-legal.

IBGE. A origem dos índios. IBGE, c2023. Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/historia-indigena/a-origem-dos-indios.html.

IBGE. Indígenas. IBGE, c2023. Disponível em: https://indigenas.ibge.gov.br/.

ONU. Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. ONU, 2008. Disponível em: https://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/DRIPS_pt.pdf.

VELASCO, C.; CROQUER, G.; PINHONI, M. Censo do IBGE: Brasil tem 1,7 milhão de indígenas. G1, 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2023/08/07/censo-do-ibge-brasil-tem-17-milhao-de-indigenas.ghtml.  

Escrito por: Mateus CamposLicenciado em Geografia e Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Atua como produtor de conteúdo educacional e professor da educação básica na área de Geografia.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

CAMPOS, Mateus. "9 de agosto - Dia Internacional dos Povos Indígenas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-internacional-dos-povos-indigenas.htm. Acesso em 09 de agosto de 2024.

ANEXO

P. António Vieira (1608-1697) e a defesa da liberdade dos indígenas -https://revistacienciaecultura.org.br/?p=2645 .

O português António Vieira veio menino para o Brasil. Foi ordenado na Bahia em 1634 e, como pregador na igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Salvador, defendeu a colônia, a expulsão dos holandeses da Bahia e de Pernambuco. Em 1641, ao fim da União Ibérica, retornou a Lisboa. Nessa volta, D. João IV restaurava o reino de Portugal em nome da casa de Bragança. Vieira ficou muito próximo do rei tornando-se seu conselheiro, pregador régio e representante de Portugal em questões econômicas e políticas em Paris, Amsterdã e Roma. Na Restauração Pernambucana foi contemporizador, propondo ao rei que entregasse Pernambuco aos holandeses para trazer paz à colônia. Não foi isso que aconteceu, mas no fim das negociações a coroa portuguesa pagou uma indenização proposta pelos holandeses, pelo calote dos senhores de engenho de Pernambuco. D. João IV também ouvia queixas de que os bandeirantes estavam escravizando os indígenas, e que estes também eram escravizados pelos colonizadores do Pará e Maranhão. A pedido de Vieira, em 1655 o rei concedeu aos jesuítas o direito de serem os administradores temporais dos aldeamentos.

De volta ao Brasil, Vieira trabalhou nas missões no Pará e no Maranhão entre 1653 e 1661. Nessa época os padres jesuítas tinham ganhado amplo controle sobre os trabalhadores nativos, com poder de determinar se estavam sendo escravizados, ou não. Também lhes cabia gerenciar o uso de trabalhadores indígenas livres que viviam nos aldeamentos missionários para servirem os moradores.

Diferentemente de outras regiões da América portuguesa, o então Estado do Maranhão e Pará se estabeleceu com base principalmente no uso de trabalhadores indígenas. Os índios eram empregados tanto nas lavouras, como na extração dos produtos da floresta, as drogas do sertão. Por muito tempo, a principal força de trabalho na região continuou sendo a mão de obra indígena escravizada pelos colonizadores.

Atendendo ao desejo de D. João IV, Vieira lutou contra os colonos portugueses que desejavam escravizar índios no Maranhão. Os jesuítas tinham um projeto de aculturação e controle dos indígenas, executado através dos aldeamentos, que contrariava os interesses dos colonizadores. Mas, como as coisas estavam, os índios escravizados pelos colonizadores sentiam-se violentados; os colonizadores sem escravos indígenas sentiam-se prejudicados porque também não recebiam, como os religiosos, os bens cedidos pelos reis, nem doações ou heranças legadas pelos fieis. No entanto, eram eles que administravam extensas fazendas de gado, plantações de algodão, engenhos e participavam ativamente do comércio das drogas do sertão, sobre cujas atividades, no regime do padroado, a coroa recolhia o dízimo.

Pela revolta dos colonizadores, em 1661 Vieira foi expulso do Maranhão com os companheiros da ordem. Vieira foi pessoalmente atacado porque, sendo próximo de D. João IV, como vimos, foi um dos articuladores dessa política indigenista adotada por esse monarca, que definiu as principais diretrizes em relação aos índios do Maranhão e Pará, que passaram a vigorar no início da década de 1650. Em dois meses, a revolta se espalhou para a vizinha capitania do Pará. A população de Belém se dirigiu ao colégio jesuíta de Santo Alexandre e deteve o padre Vieira que aí tinha vindo. Imediatamente enviado a São Luís, daí foi enviado para Lisboa, de onde nunca mais voltaria ao Maranhão e Pará.

Em Lisboa, Vieira por sua vez defendeu a liberdade religiosa dos judeus e cristãos novos, numa época em que as pessoas suspeitas de heresia eram condenadas pela Inquisição. Sem o beneplácito de D. Afonso VI, rei na época, acabou sendo preso pela Inquisição entre 1666 e 1667.

Sendo anistiado em Lisboa, Vieira foi para Roma onde foi absolvido pelo papa em 1668. Retornando à Bahia em 1681 já com problemas de saúde viveu recolhido dedicando-se a escrever seus Sermões, falecendo em 1697 com 89 anos.

Com a subida ao trono de D. Afonso VI em 1662, os jesuítas e, principalmente, o padre Vieira, caíram em descrédito na corte portuguesa. Esta nova situação ficou clara com o perdão concedido em 1663 aos revoltosos do Maranhão e Pará, e com a proibição explícita do retorno do padre Vieira àquela colônia.[1] Em 1663 D. Afonso VI retirou dos jesuítas a administração temporal dos povos nativos no Estado do Maranhão. Os jesuítas foram expulsos do Maranhão em 1684 na esteira da Revolta de Beckman (1684-1685) quando a revolta não era só pela questão indigenista, mas também pela criação da monopolista Companhia Geral de Comércio do Maranhão.

No entanto, o estabelecimento de missões religiosas católicas no litoral norte da Amazônia Portuguesa era a solução para conter tentativas de cooptação dos povos nativos pelos calvinistas franceses e reformistas ingleses, holandeses e irlandeses que colocavam em perigo os interesses mercantis e políticos dos portugueses na região. Os jesuítas eram considerados hábeis para estabelecer alianças militares com os povos nativos. Mas se o confronto dos jesuítas era antes só com os colonizadores portugueses que escravizavam os indígenas, agora os missionários e os colonizadores portugueses eram colocados contra os invasores franceses.

Por volta de 1680 havia tensões entre os governos da Capitania do Grão-Pará (Belém) e da Guiana Francesa (Caiena) pela manutenção e expansão de seus domínios no Cabo do Norte, atual Amapá. O Cabo do Norte era aquela capitania doada em 1637 por Felipe IV da Espanha ao português Bento Maciel Parente. Cumprindo determinação de Luís XIV, o marquês de Ferroles atacaria o Cabo do Norte em 1681. Em 1680, Pedro II (1648-1706) ainda príncipe-regente, fez expedir uma carta régia determinando que os jesuítas fossem trabalhar no Cabo Norte. O rei não queria que os índios passassem para o lado dos franceses. Os jesuítas recuperaram a autoridade que tinham perdido em 1661 e, para viabilizar o plano do rei, eles ganharam também o poder temporal sobre os aldeamentos de povos nativos. Atendendo a um pedido do príncipe regente, o padre Vieira que ainda estava em Portugal providenciou a vinda do padre Pfeil a essa região.

O Regimento das Missões do Estado do Maranhão e Grão-Pará decretado por D. Pedro II em 1686 restaurou a autoridade temporal dos jesuítas para administrar os aldeamentos e permaneceu em vigor até 1758. Esse ano o marquês de Pombal introduz o Diretório dos Índios e, no ano seguinte, ele expulsaria os jesuítas de Portugal e todas as colônias, de forma definitiva.

________________________________________

Notas

[1] Chambouleyron, Antônio Vieira Rafael, Padres fora!, Revista de História, 9, 24-27, 2013.

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/padresfora


 

 Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com

REBECA É A MULHER INESQUECÍVEL 

 

Rebeca Andrade enfrentou os pedregulhos, e viveu entre entulhos, numa ruela ferida de feios barulhos.

Sim, Rebeca nasceu e cresceu em Guarulhos e de lá saiu para encher de orgulho o país da desigualdade.

Rebeca retribuiu com puro ouro o ferro velho que recebeu com os punhos fechados da vida real. Filha de mãe solo, Rebeca dourou o solo olímpico, mesmo sendo filha de um solo que quase nunca foi gentil.

Rebeca é filha da periferia que lhe feria os sentidos, quando ela fazia sua forçada marcha atlética, trotando dois quilômetros até o treino, pois a mãe diarista não tinha dinheiro para pagar a passagem, já que o suor do seu rosto mal rendia pão amanhecido de cada dia.Rebeca enriqueceu a pátria que poucas vezes lhe foi mátria - o país padrasto em que ela cresceu sem pai. A mãe limpava a casa e fazia a comida - dos outros. Quando dormia no “quarto da empregada”, terá em alguma madrugada insone sonhado acordada emver Paris aos pés da filha, ao lado da Torre Eiffel?

Nesse país tantas vezes às avessas, Rebeca não pode nem deve virar Rebíquel, a mulher inesquebeca, simplesmente porque seu passado nos cobres e seu presente de ouro precisavam se manter inesquecíveis para nos lembrar que o Brasil é uma imensa Guarulhos, com vielas abertas que só não nos causam engulhos porque fingimos que não as vemos - a caminho do aeroporto, que tem gente que julga ser a melhor saída.

O Brasil de Rebeca Andrade comprova que esse país por vezes parece um suspense psicológico dirigido por Hitchcok, baseado no romance que Daphne Du Maurier roubou descaramente da escritora brasileira Carolina Nabuco, filha do abolicionista Joaquim Nabuco, o diplomata que lutou por um país onde milhões de mulheres e os homens pretos pudessem transformar seu suor em ouro para si mesmos - e se tornarem de fato inesquecíveis, como nossa sapeca e inesquebeca Rebeca, a garota dourada, a mulher inesquecível.

 

 (Eduardo Bueno)


Editorial Cultural FM Torres RS - www.culturalfm875.com

Carlos Benedito Martins, Felipe Maia* - Intelectuais ainda têm influência nos debates públicos? Folha de S. Paulo

 https://gilvanmelo.blogspot.com/.../carlos-benedito...

A figura de intelectual público, simbolizada por pessoas com amplo repertório cultural, destreza na escrita e na interação com o público e disposição para se engajar em discussões que mobilizam a sociedade, ganhou popularidade no século 20, tendo em Jean-Paul Sartre uma de suas mais célebres expressões. Nas últimas décadas, contudo, mudanças sociais, sobretudo na produção e difusão de conhecimento nas universidades, acarretaram o declínio desse modelo e apontam novas modalidades de intervenção intelectual

 

Ao escrever sobre a representação do intelectual, Edward Said destacou que sua imagem foi moldada pelo caso do capitão Alfred Dreyfus, durante o qual o romancista Émile Zola mobilizou diversos homens de letras —sim, quase todos, homens— em uma causa política e moral que colocava em questão os fundamentos e a dinâmica da República francesa.

Em vista disso, o intelectual, na visão de Said, teria como missão confrontar ortodoxias, atuar de forma crítica na sociedade e agir com base em princípios universais. Essa categoria social surgiu no final do século 19, em um contexto de transformações sociais, como o processo de urbanização na Europa, o desenvolvimento de universidades e a industrialização da imprensa e da atividade editorial.

Esses eventos contribuíram para a formação de um espaço público aberto a debates políticos e culturais e, igualmente, propiciaram a autonomia da esfera da produção intelectual. Assim, os escritores e os artistas puderam se libertar da chancela de diversas modalidades de mecenato e passaram a viver de seus trabalhos e a se inserir na arena pública, ao lado de professores universitários, cientistas e profissionais liberais.

O nascente modelo de intelectual público passou a ser simbolizado por figuras que conquistaram visibilidade na arena cultural e política, combinando habilidades como o conhecimento humanista, a capacidade de escrever bem, de falar em público e de se engajar em causas sociais, éticas e políticas.

São personagens que falam "a verdade diante do poder", na expressão de Said —e que tiveram na figura de Jean-Paul Sartre uma de suas mais célebres expressões. Este modelo dominou o imaginário social e foi considerado, em larga medida e em muitos lugares, a forma legítima de atuação dos intelectuais na sociedade.

Durante o século 20, como detentores de um capital cultural adquirido nas instituições escolares e/ou no meio familiar, os intelectuais conquistaram visibilidade participando de eventos significativos nas arenas cultural e política de diversas sociedades pelo mundo.

Para tanto, combinaram suas capacidades de produzir ideias com ações que permitiram que elas circulassem para além dos meios profissionais ou literários, afetando a compreensão e a motivação de audiências amplas. Isso tornou os intelectuais personagens públicos associados a representações coletivas sobre crises, questões sociais e alternativas de mudanças.

Alguns deles viraram figuras icônicas a partir de uma combinação de performance na arena pública e de elaboração de narrativas persuasivas a respeito da vida social, contando com uma infraestrutura de comunicações composta por editoras, revistas, jornais, organizações políticas ou de mídia. No entanto, seria enganoso imaginar que o espaço intelectual se restringe aos intelectuais que se tornaram célebres.

Transformações sociais em escala global reverberaram na reconfiguração nas modalidades de participação dos intelectuais nos dias correntes e impactaram suas articulações com a esfera pública, com as instituições de produção e transmissão de conhecimento, em especial com a universidade e com a própria vida cultural e política.

Nesta direção, ao longo do tempo, ocorreu uma crescente diversificação do espaço intelectual. Além de escritores, artistas, cientistas, acadêmicos, passou a contar com a presença de administradores públicos, especialistas em meios de comunicação, jornalistas, blogueiros, entre outras categorias.

Diante deste cenário, no qual estes atores travam uma acirrada luta concorrencial em busca do significado legítimo da figura do intelectual, qualquer definição social a priori sobre este grupo corre o risco de efetuar um "coup de force", incluindo ou excluindo de forma arbitrária os atores deste espaço.

Isso posto, a esfera intelectual ficou mais heterogênea, menos centralizada em personalidades consagradas e mais matizada no que diz respeito aos modos de intervenção ou engajamento destes atores, o que significa também uma intensificação da disputa em torno dos atributos de legitimidade para lidar com questões públicas, assim como em suas relações com as instituições de produção de conhecimento e as organizações políticas ou da sociedade civil.

Os trabalhos de Richard Posner, "Public Intellectuals: A Study of Decline", e de Russell Jacoby, "The Last Intellectuals: American Culture in the Age of Academe", ressaltaram que a expansão das universidades no pós-guerra passou a absorver uma parte expressiva dos intelectuais em seu interior. Para eles, as universidades contemporâneas impulsionaram a diversificação e a especialização do conhecimento, ao mesmo tempo em que profissionalizaram a carreira acadêmica.

Assim, os intelectuais que gradativamente tornaram-se acadêmicos organizaram suas vidas em função dos critérios de suas carreiras e encontram-se submetidos de forma crescente a formas de avaliação institucional.

Ao mesmo tempo, passaram a divulgar seus trabalhos em periódicos especializados, utilizando uma linguagem acessível basicamente aos membros de uma determinada área ou sub-área de conhecimento, tendo como audiência prioritária seus colegas de profissão. Com isso, perderam a comunicação com uma audiência mais ampla.

Atualmente, o ambiente cultural se tornou menos favorável ao tipo de intelectual que marcou o século passado. Patrick Baert, em seu trabalho sobre a figura de Sartre, "The Existentialist Moment: The Rise of Sartre as Public Intellectual", mostrou que as condições de reprodução da figura do intelectual público "universal" ou, como ele prefere, do "intelectual com autoridade" para tratar de temas diversos, para além de sua especialidade profissional, ficaram cada vez mais problemáticas.

Para ele, essa modalidade de intelectual surgiu em sociedades nas quais o capital cultural encontra-se concentrado numa pequena elite e, ao mesmo tempo, em que o meio acadêmico possui uma estrutura amorfa, indicando uma limitada especialização do conhecimento.

A institucionalização das ciências sociais e o surgimento do estruturalismo na França, a partir de 1950, abalaram a posição destacada que ocupava a filosofia, disciplina que constituía em larga medida o celeiro dos intelectuais públicos. Desde então, esses processos de institucionalização e profissionalização das ciências sociais, que ocorrem em várias partes do mundo, têm criado obstáculos para a atuação do intelectual público "universalista", que trata de questões sociais, políticas e culturais desprovido do treino adequado à respectiva área do conhecimento.

No mesmo sentido, a expansão mundial do ensino superior, que vem se processando desde os anos 1970, incrementou o volume da produção, circulação e difusão de conhecimento disponível para a esfera pública, contribuindo também para a disseminação de um sentimento de ceticismo com relação à plausibilidade das formulações realizadas por este tipo de intelectual.

Essas considerações não significam que os intelectuais públicos desapareceram. Ao contrário, trata-se de reconhecer o surgimento de novas formas de intervenção na vida social, transformando o registro de narrativas de declínio ou decadência numa narrativa de mudança na atuação intelectual.

Se determinadas transformações sociais e acadêmicas tornaram mais complexo o surgimento do intelectual público universalista, precisamos indagar o que surgiu em seu lugar. Na esteira da segmentação do conhecimento produzido nas universidades, cujo primado tem norteado a organização dos departamentos, dos laboratórios de pesquisas e direcionado a contratação do corpo docente, crescem as oportunidades de atuação de intelectuais públicos especializados, que utilizam seu conhecimento profissional, proveniente de suas investigações nas ciências sociais ou naturais, para se envolver em debates precisos e relevantes.

A especialização não significa um abandono da crítica ou da preocupação com valores que procuram defender no espaço público. Diferentemente de experts que procuram apoiar suas intervenções na suposta neutralidade de seus conhecimentos, como indício de cientificidade, os intelectuais públicos especializados desenvolvem a crítica sem se identificar com a figura do intelectual universal.

Na década de 1970, quando Michel Foucault formulou sua concepção de intelectual específico, em oposição à figura do intelectual universal, tinha em mente essa forma de engajamento, de tal modo que sua pesquisa sobre a história da punição, exposta em "Vigiar e Punir", estava vinculada à sua luta contra o sistema prisional.

Em sua visão, a função do intelectual não é dizer aos outros o que fazer, tampouco modelar a vontade política dos atores, mas sim repensar, por meio de sua competência profissional, as categorias de análises do mundo social, interrogar as evidências e os postulados rotineiros.

Para ele, a função do intelectual consiste em diagnosticar o presente, longe de raciocinar em termos de totalidade para formular promessas de um tempo vindouro. Busca lutar, a partir de questões circunscritas, contra as diversas formas de poder em situações nas quais ele é mais invisível e insidioso.

Alguns dias após a morte de Foucault, em junho de 1984, Pierre Bourdieu publicou no jornal Le Monde um artigo em sua homenagem. Nele ressaltou que, ao elaborar a noção de intelectual específico, Foucault aliou de forma recorrente a realização de seus trabalhos pontuais com engajamentos políticos, mas abdicou, de forma deliberada, do papel de portador da verdade e da justiça.

Bourdieu, diante do avanço da "restauração conservadora neoliberal", expressão cunhada por ele mesmo, percebeu a necessidade de criar a figura do intelectual coletivo.

Nesse ponto de vista, as intervenções individuais dos intelectuais deixaram de ser suficientes diante da forte presença do neoliberalismo, daí a premência de criar um trabalho de equipe, apoiado nos conhecimentos das ciências sociais, em defesa dos dominados e contra a destruição de uma civilização, conforme ele manifestou em intervenção pública realizada na estação ferroviária de Lyon, durante as greves de 1995. Em sua perspectiva, a ação do intelectual coletivo envolve o difícil equilíbrio entre as atividades de pesquisador e a participação em intervenções públicas sobre temas polêmicos de interesse geral.

Não seria improcedente afirmar que a questão do sucesso dos intelectuais ocupa posição destacada no imaginário social e na opinião pública, em função, principalmente, da visibilidade e celebridade adquiridas pela alta exposição e projeção na mídia.

No entanto, essa obsessão pelo êxito de intelectuais que se destacam na arena pública tende a ofuscar a participação importante de milhares de outros que atuam em espaços locais da vida social. Por não receberem os holofotes da mídia, tornam-se menos visíveis em escala nacional ou planetária.

Esses intelectuais anônimos estão presentes em diversos movimentos, envolvem-se com as comunidades locais e influenciam aspectos sociais, culturais e políticos de suas sociedades. Cada um desses ambientes envolve a interação com um público específico, diversificado e, muitas vezes, denso para a reflexividade social em torno de problemas e formas de ação.

Nessas situações, a relação do intelectual e do saber especializado com outros saberes, tais como aqueles que se desenvolvem em movimentos sociais, organizações e em grupos de profissionais, beneficia-se da dissolução da hierarquia e da autoridade em favor de práticas que levam ao aprendizado mútuo e a um sentimento de participação. São aspectos valorizados na concepção de uma "sociologia pública", tal como defendida por Michael Burawoy, que tem ganhado difusão e variações locais na prática disciplinar.

Os intelectuais também estão inseridos em comunidades epistêmicas, ou seja, em redes formais e/ou informais, localizadas em diversas sociedades nacionais, das quais fazem parte profissionais de diferentes áreas do conhecimento, que operam em dimensões locais e nacionais. Dado que tendem a compartilhar princípios e crenças comuns a respeito de determinadas questões sociais, políticas e culturais, encontram-se inclinados a identificar e intervir em assuntos que consideram de relevância geral.

Com o processo de globalização da esfera cultural e da vida acadêmica, propiciando o intercâmbio de ideias e de informações entre os países, essas comunidades epistêmicas atuam também em plano global, em diversidade de temas, tais como direitos humanos, imigração internacional, aquecimento global, entre outros. Ainda que pouco visíveis individualmente, esses intelectuais contribuem para projetar uma série de questões relevantes para o debate público.

Essas transformações na modalidade de intervenção na sociedade incidem também nas relações com a audiência pública mais ampla, em situações que lidam com causas e questões semelhantes àquelas que marcaram a história dos intelectuais.

Como exemplo, podemos citar os dilemas postos pelas múltiplas dimensões das crises contemporâneas: das emergências climáticas às guerras na Ucrânia e na Palestina, da pandemia à crise das democracias. Em todas elas, o conhecimento especializado constitui um elemento fundamental, porém necessita ser suplementado por uma articulação mais geral de perspectivas éticas, políticas e culturais, que excedem os procedimentos estritamente controlados da pesquisa científica e do trabalho acadêmico mais restrito.

A mobilização do capital cultural e do reconhecimento adquiridos no meio científico são valorizados e podem ser úteis para o acesso à esfera pública, mas não fornecem, por si mesmos, condições de autoridade e para uma intervenção eficaz.

Uma compreensão mais democrática dos intelectuais aponta que seu engajamento no debate público se dá, necessariamente, na condição de um participante que não detém uma posição de enunciação privilegiada, mas está sujeito ao confronto com outros pontos de vista. Apenas assim podem favorecer o autoentendimento das sociedades e de seus problemas.

Assim como determinadas condições sociais propiciaram o surgimento dos intelectuais como uma categoria social no final do século 19, atualmente um conjunto de transformações ocasionou a emergência de novas modalidades de suas presenças na vida social.

São formas mais descentralizadas de intervenções e de modos de participação, possivelmente menos visíveis, quando comparadas com décadas passadas, e que são realizadas, crescentemente, de forma coletiva, em diferentes esferas da sociedade.

Longe de serem insignificantes, esses novos formatos de atuação expressam uma renúncia a uma posição do intelectual como legislador, sem, no entanto, abrir mão de uma postura crítica diante das conjunturas.

Ao mesmo tempo, torna-se oportuno assinalar a persistência de um ethos anti-intelectualista conduzido por parte de grupos políticos de extrema direita, que procuram desacreditar socialmente o conhecimento científico, atacar às produções artística e literária e depreciar a figura de seus autores. Representam, enfim, a contraparte cultural de uma aversão à democracia política.

Essa disposição anti-intelectualista possui uma longa tradição que perpassa a investida de Maurice Barrés, que acusava os apoiadores de Alfred Dreyfus de serem maus franceses, inimigos do instinto vital da nação.

Em tempos recentes, essa perspectiva evidenciou-se, por exemplo, em livros como "Os Intelectuais", de Paul Johnson, que os caracterizam como seres ilógicos, arrogantes, que deveriam ser objeto de constante suspeita e mantidos longe do poder, uma vez que procurariam impor de forma obstinada suas ideias abstratas a homens e mulheres.

No Brasil, essa visão intolerante sobre a vida acadêmica e a produção cultural esteve presente em vários momentos históricos, como durante a ditadura militar instaurada em 1964 e o governo passado que manifestou profunda aversão ao trabalho intelectual.

Diante desse cenário de intimidação, é preciso proteger a liberdade de produção de conhecimento nas esferas artística, literária e científica, assim como seus modos de participação no espaço público.

A autonomia da produção cultural pressupõe a existência de uma sociedade plural, na qual as intervenções dos intelectuais, ao estabelecerem relações entre problemas específicos e questões de interesse público, possuem fundamental relevância social e contribuem igualmente para a preservação de uma sociedade democrática.

 

*Carlos Benedito Martins, professor titular do Departamento de Sociologia da UnB (Universidade de Brasília)

*Felipe Maia, professor Associado do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Juiz de Fora 


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A CRISE DOS CUIDADOS

A pandemia do COVID, que abalou o país de 2021 e 2022, matando cerca de 700 mil pessoas, trouxe uma mudança estrutural nos cuidados da sociedade com pessoas doentes e vulneráveis. Conheça o GUIA SOBRE TRABALHO DOMÉSTICO E DE CUIDADOS - https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/guia-sobre-trabalho-domestico-e-de-cuidados.pdf .

Cresceu a questão dos cuidadores, geralmente mulheres, em 87% dos casos, pressionando-as diante deste pesado encargo que se soma a outras atribuições domésticas que identificam a múltipla jornada delas. Muitas, inclusive, tiveram que abandonar seus empregos. Este processo vem sendo intensificado, também, pelo envelhecimento da população, a qual se estabilizará, pelos óbitos do COVID, antes de 2035. São as mulheres da família que acabam se responsabilizando pelos país e familiares em situação de vulnerabilidade. 

Isso posto, os “cuidados” deixam de ser um assunto restrito e acabam desenvolvendo preocupações econômicas:

Economia do Cuidado no Brasil - Economia do Cuidado – Entenda lab.thinkolga.com

https://lab.thinkolga.com › laboratorioPesquisas, Dados e Inteligência Feminina para Entender Questões de Gênero no Brasil. Análises e Exercícios para Construir Futuros...

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Trecho da Web em destaque

 

Imagine se esse tempo dedicado a cozinhar, limpar e cuidar de crianças, por exemplo, fosse contabilizado. A conta já foi feita! Essas jornadas valem quase 11 trilhões de dólares por ano. Portanto, entende-se por “economia do cuidado” o trabalho invisibilizado, e não remunerado, exercido majoritariamente por mulheres.5 de fev. de 2024

Economia do cuidado: o trabalho não remunerado ... - Politize!

 

Isso colocou em cheque o art. 269 da Constituição que frisa que os país devem cuidar dos filhos e os filhos, dos país. Mas que país, se as tarefas acabaram recaindo principalmente sobre as mães? Releva, então, o recurso a cuidadores. Hoje, a profissão de CUIDADOR já está criada por lei, PEC DAS DOMÉSTICAS, mas não adequadamente regulamentada. Isso traz à tona a crise dos cuidados e dos cuidadores. O cuidado, não é propriamente um trabalhador doméstico, embora não seja, também, um enfermeiro. Tampouco, pela sua importância na economia, na sociedade e na família, é um assunto privado mas do interesse social, portanto, do Estado. 

Imagine se esse tempo dedicado a cozinhar, limpar e cuidar de crianças, por exemplo, fosse contabilizado. A conta já foi feita! Essas jornadas valem quase 11 trilhões de dólares por ano. Portanto, entende-se por “economia do cuidado” o trabalho invisibilizado, e não remunerado, exercido majoritariamente por mulheres.6 de fev. de 2024

O CUIDADO, enfim, está, cada vez mais no centro da vida de todos e de todas as famílias. Faz-se necessário, cada vez mais, estender a questão do cuidado ao sistema de proteção social. Até porque a liberação das mulheres destas responsabilidades familiares para sua inserção no mercado de trabalho pode gerar um aumento de até 3¨% do PIB – VER site GÊNERO E NÚMERO - https://webstories.generonumero.media/direitos/crise-do-cuidado/ . A importância do assunto vem, aliás, ganhando peso cada vez maior na Academia, como se pode ver por este artigo de Nadya Araujo Guimarães que reflete o caso brasileiro - https://www.scielo.br/j/sant/a/qv89WgWxdGKgmkcB9GtjxXt/ >:

“O texto reflete sobre os diversos modos de significar as práticas do cuidar, explorando as especificidades que esses modos adquirem em nossa realidade. Com base em evidências retiradas do caso brasileiro, o texto documenta quão longa e diversa tem sido a chamada “crise do cuidado” e explora como essa organização social do cuidado foi desafiada pela pandemia, obrigando-nos, assim, a repensar a relação entre cuidado e crise. Conclui-se que, dada a especificidade da nossa organização social do cuidado, o diagnóstico de uma recente “crise do cuidado”, tal como cunhado na literatura sobre os países do norte, talvez mereça ser repensado, tomando em conta os desafios colocados por realidades nas quais a mercantilização do cuidado se deu num contexto de persistente familiarização e fraca externalização dessa atividade, sob condições de elevada desigualdade, pobreza extrema, e fragilidade das políticas estatais de bem-estar.” 


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Brasil, Colômbia e México pedem verificação imparcial da eleição

 

Eleições Presidenciais da República Bolivariana da Venezuela — Comunicado Conjunto de Brasil, Colômbia e México –Nota 

Publicado em 01/08/2024 18h15 Atualizado em 01/08/2024 18h20

Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio futuro.

Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.

As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados.

Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos.

Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.

Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano.


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Agosto, do latim augustus, é o oitavo mês do calendário gregoriano. É assim chamado por decreto em honra do imperador César Augusto. Antes dessa mudança, agosto era denominado Sextilis ou Sextil, visto que era o sexto mês no calendário de Rômulo.

Agosto – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agosto

Por que agosto é considerado o mês do desgosto?

Há mais de uma origem para a crendice de que agosto é o mês mais agourento do calendário.

Por Júlia Warken - https://mdemulher.abril.com.br/cultura/por-que-agosto-e-considerado-o-mes-do-desgosto/ 

 

 (Apoiado em texto de Carolina Horita/MdeMulher)

Mesmo que você não seja supersticiosa, certamente já ouviu falar que agosto é o “mês do desgosto”. É o tipo de coisa que as avós falam quando julho acaba, né? E essa má fama é bem mais antiga do que as nossas avós, mas pouca gente realmente sabe qual a sua origem.

 

Na verdade, há mais de uma explicação para essa crendice tão popular e ela não existe só aqui no Brasil. No século 1, os antigos romanos já temiam o mês de agosto, por acreditar que, nessa época, um dragão cuspindo fogo aparecia no céu durante a noite. Seria um dos filhos de Daenerys Targaryen? Nada disso. Era apenas a constelação de Leão, que fica mais visível durante o período do ano. 

Pulando alguns vários séculos, a clássica rima “agosto é o mês do desgosto” surgiu em Portugal, durante a época dos descobrimentos. Originalmente, a expressão era “casar em agosto traz desgosto”, pois as caravelas costumavam partir para o Novo Mundo nessa época. Aí, quem se casava em agosto acabava nem fazendo lua-de-mel e as noivas corriam o risco de tornarem-se viúvas antes mesmo de aproveitar a fase inicial do casamento.

Outra expressão bem conhecida diz que agosto é o “mês do cachorro louco”. A origem disso é o fato de que, supostamente, agosto é o mês com maior incidência de cadelas no cio. Por conta disso, os machos ficam ~loucos~ e brigam entre si.

Essas disputas também seriam responsáveis pela proliferação da raiva durante esse mês. Isso porque a doença é transmitida quando um cachorro infectado morde outro. Quando estão com raiva, os cães ficam espumando pela boca, o que contribui para que eles ganhem a fama de loucos.

Além disso tudo, alguns acontecimentos históricos muito marcantes também contribuíram para que agosto levasse a fama de agourento. No dia 2 de agosto de 1934, Hitler tornou-se líder da Alemanha – e todo mundo sabe no isso resultou. Já em 6 e 9 de agosto de 1945, Hiroshima e Nagazaki foram atacadas pelas bombas atômicas, culminando numa das tragédias mais emblemáticas do século 20.

Aqui no Brasil, dois episódios políticos muito marcantes também aconteceram nesse mês. No dia 24 de agosto de 1954, o então presidente Getúlio Vargas cometeu suicídio. Já em 21 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou à presidência, quase levando o país a uma Guerra Civil. No Rio Grande do Sul o mês de agosto é sempre muito frio e ventoso. Para os velhos “é o mais cruel dos meses”. Costumam dizer que, ultrapassado o agosto, chegam no Natal...


 

 


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As eleições na Venezuela estão sacudindo a esquerda latino-americana

A América Latina é um continente complexo, não só pela sobreposição dos “conquistadores” sobre uma civilização originária avançada, principalmente no México e nos Andes, como pela precocidade de seus respectivos processos de independência, na crise de suas metrópoles nas invasões napoleônicas, como ainda pelos dilemas enfrentados na consolidação destes processos no século XX, sob os mantos da “Doutrina Monroe” e da Guerra Fria -1947/91. África e Ásia, igualmente colonizados, viveram outras experiências. Aqui, a ferida narcísica da verdadeira autonomia, negada pelos interesses neocoloniais da Inglaterra, primeiro, Estados Unidos, depois, herdada de Bolivar, San Martin, Artigas e José Marti, alimentou um original nacional-desenvolvimentismo que se desenrolou do México, com Cárdenas, até a Argentina, com Perón, deixando no seu rastro profundas raízes políticas: aprismo, varguismo, peronismo, bolivarismo etc. Foi tão forte este movimento que se espraiou sobre outros países promovendo lideranças nacionalistas como Nasser, no Egito, Partido Baat, no Iraque e Síria, onde despontou Sadam Hussein, Mossadegh, no IRA etc. 

A Revolução Bolivariana de Chaves no início deste século segue o mesmo curso. Tem caráter eminentemente latino-americano na busca da consolidação de seu processo de autonomia e desenvolvimento. Encontrou-se, diante dos desafios impostos pelo seu enfrentamento com os Estados Unidos, com a liderança cubana, inclinando-se crescentemente à construção de um ideal socialista. A farta oferta de petróleo lhe garantiu relativo êxito na redistribuição de benefícios para o conjunto da população, até então restrita a um pequeno núcleo de classe média alta. Aí foi vítima do mesmo processo vivido pela Holanda tempos atrás: o fácil acesso às importações impediu a consecução de um processo de substituição de importações. O país entregou-se à fáceis e baratas importações. A morte de Chaves coincidiu com o fim da era do petróleo venezuelano e a ascensão de um novo líder, MADURO, que viria a absorver não só os percalços da crise do setor exportador, como o peso das sanções impostas pelos Estados Unidos. Sobreveio a crise econômica e política. 

As eleições de domingo passado passam todo este processo a limpo. Sua natureza, seu desenvolvimento, suas contradições e perspectivas.

Diante deste processo o universo político se divide: a direita, como sempre faz, condena a criança com a água do banho e pretende livrar-se de MADURO enterrando toda a experiência “bolivariana”. A esquerda está divida. Uma parte, mais afinada com os requisitos da construção democrática simultânea à reconstrução social dos processos internos de desenvolvimento capitalista, como Uruguai de Pepe Mojica e Chile, de Boric condenam Maduro; outra parte, CUBA e NICARÁGUA , alinhadas da China e Russia, o apoiam incondicionalmente; Brasil, Colombia e México, acompanham com atenção e cuidado, certos da necessidade do apoio interno favorável a Venezuela. 

Lula está neste último bloco. Procura ganhar tempo exigindo de Maduro mais clareza na comprovação de sua vitória. O tempo espreita e acabará exigindo de Lula maior clareza. Se não apoiar Maduro , corre o risco de perder a liderança de esquerda que ainda mantém no continente. Se apoiar, corre o risco de perder a simpatia americana e das correntes centristas que o apoiam internamente. Sinuca de bico.

ANEXOS

Maria Cristina Fernandes - O fator Kamala na reeleição de Maduro

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-cristina...

O ASSUNTO: como o governo, Lula e o PT enxergam Maduro de formas diferentes. Lula cobra dados da votação e minimiza crise: 'Nada de anormal'

Quando o então candidato à reeleição Nicolás Maduro falou sobre o risco de “banho de sangue” caso perdesse a disputa, Lula disse ter ficado “assustado” com a declaração e exigiu respeito às urnas. Encerrada a eleição, a oposição denunciou uma série de irregularidades, inclusive uma suposta fraude na contagem de votos pelo Conselho Nacional Eleitoral, que proclamou a vitória ao chavista. A Venezuela entrou em ebulição: protestos se espalham por várias cidades e as lideranças da oposição acusam o regime de realizar mais prisões arbitrárias. Em meio ao caos, o presidente brasileiro afirmou que não vê “nada de grave, assustador e anormal” no país vizinho. Embora Lula tenha reiterado a posição do Itamaraty em exigir a apresentação de todas as atas eleitorais para certificar o resultado, o tom condescendente com o regime de Maduro coloca em dúvida a independência brasileira para mediar a resolução do conflito. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da rádio CBN, para analisar as causas e consequências dos atos da diplomacia oficial, do PT e do próprio presidente.

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Café da Manhã Podcast Folha Uol 

Podcast debate a posição de Lula e do Brasil em crise política na Venezuela. Presidente diz não ver nada de anormal em processo contestado, mas cobra divulgação de atas; protestos têm mortes e prisões

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2024/07/podcast-debate-a-posicao-de-lula-e-do-brasil-em-crise-politica-na-venezuela.shtml


 

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30 julho Dia Internacional da AmizadeNa resolução da Assembleia Geral da ONU de 2011, reafirmou-se a importância da data para a difusão da “Cultura de paz e não violência”.

Durante a sexagésima quinta sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada no dia 27 de abril de 2011, o Dia da Amizade foi reconhecido como uma importante data, sobretudo para a divulgação da “Cultura de paz e não violência”. A Assembleia culminou na criação de um documento assinado pelos países participantes, entre eles o Brasil, no qual ficou reafirmado a relevância e a pertinência dos seguintes tópicos:

→ A importância da amizade como um valoroso e nobre sentimento na vida dos seres humanos ao redor do mundo;

→ A conscientização de que a amizade entre os povos, países e culturas, bem como as amizades individuais, pode inspirar na criação de pontes entre comunidades, celebrando assim a diversidade cultural;

→ A afirmação de que a amizade pode contribuir para os esforços da comunidade internacional, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, para a promoção do diálogo entre as civilizações, da solidariedade, da compreensão mútua e da reconciliação;

→ A importância de envolver os jovens e futuros líderes em atividades comunitárias voltadas para a inclusão e o respeito entre as diferentes culturas, bem como para a promoção da compreensão internacional de acordo com a Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz.

A amizade, assim como o amor, é dada de graça e semeada ao vento, como dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade. Portanto, esteja sempre entre amigos e faça a data valer todos os dias!  

Por Luana Castro - Graduada em Letras

Comemorado no dia 30 de julho, o Dia do Amigo foi considerado uma importante data pela ONU. Seu maior compromisso é difundir a paz entre os povos

https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-amigo.htm

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja  

PEREZ, Luana Castro Alves. "Dia Internacional da Amizade"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-amigo.htm. Acesso em 20 de julho de 2020.

Amigo é coisa para se guardar

Debaixo de sete chaves

Dentro do coração

Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou

Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou

Com seu canto que o outro lembrou

E quem voou, no pensamento ficou

Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar

No lado esquerdo do peito

Mesmo que o tempo e a distância digam "não"

Mesmo esquecendo a canção

O que importa é ouvir

A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier

Qualquer dia, amigo, eu volto

A te encontrar

Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

(Canção da América. Milton Nascimento e Fernando Brant. Lp Sentinela, 1980- https://www.google.com/search?q=milton+nascimento+AMIGO+%C3%89+COISA+PRA+SE+GUARDAR&oq=milton+nascimento+AMIGO+%C3%89+COISA+PRA+SE+GUARDAR&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyDAgAEEUYORjjAhiABDIHCAEQLhiABDIHCAIQABiABDIICAMQABgWGB4yCggEEAAYgAQYogQyCggFEAAYgAQYogSoAgiwAgE&sourceid=chrome&ie=UTF-8 )

A Canção da América, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, é considerada um hino à amizade. Difícil quem não conheça a canção, que traduz em versos aquele que é um dos mais belos sentimentos. É certo que a amizade deve ser celebrada todos os dias, mas existe no calendário uma data especial, conhecida mundialmente como o Dia Internacional da Amizade.

No Brasil, Uruguai e Argentina, a data é comemorada no dia 20 de julho, apesar da sugestão da Assembleia Geral das Nações Unidas de que todos os países-membros celebrassem o Dia Internacional da Amizade, ou Dia do Amigo, no dia 30 de julho (vale ressaltar que não existe distinção entre o Dia do Amigo e o Dia Internacional da Amizade). A escolha da data foi impulsionada pelo médico paraguaio Ramón Artemio Bracho, fundador da Cruzada Mundial da Amizade, campanha que visava à difusão da cultura de paz ao realçar a importância da boa convivência entre os povos. Todo dia 30 de julho o médico conclamava paraguaios a reunirem-se para realizar diversas atividades sociais e culturais, com o propósito de oferecer ajuda mútua, fortalecendo assim os valores da amizade.


 

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 UM BRASIL VESTINDO RETROCESSO por Solon Saldanha

 

https://wp.me/p1jFYb-2me 

 

Desde minha adolescência – e talvez antes – eu ouvia falar que o Brasil era o país do futuro. Pois ontem, tantos e tantos anos passados, descobri que somos o país do passado, ao ver a abertura das Olimpíadas 2024, que têm Paris como sede. O uniforme da delegação brasileira foi de um retrocesso tão vergonhoso que não há como encontrar palavras para ser isso descrito de forma apropriada. No país que é a maior referência da moda mundial, que escolheu um desenho sofisticado para o de seus atletas, utilizando de modo discreto as cores da bandeira nacional, com o desenho feito pela Berluti – famosa grife parisiense que foi fundada pelo italiano Alessandro Berluti, no ano de 1895 – nós fomos com a “criação” da equipe de Flávio Rocha, o herdeiro das Lojas Riachuelo.

 Este brasileiro, que talvez seja um gênio incompreendido do design de moda, é membro da Igreja Neopentecostal Sara Nossa Terra. Adivinhe: ele conseguiu essa boquinha junto ao Comitê Olímpico Brasileiro, sem concorrência, ainda em 2021, uma recente época onde relacionamentos pouco ortodoxos abriam portas como nunca. Sua empresa foi – e cito aqui um exemplo que talvez possa esclarecer tudo – forte apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro. Então, nada mais coerente do que ser o uniforme olímpico do nosso país uma referência ao conservadorismo, ao retrocesso, ao preconceito. Parece muito mais roupa para usar em cultos do que em um evento grandioso, acolhedor e plural como este que ocorre de quatro em quatro anos.

As mulheres usam uma saia branca na altura dos joelhos ou, conforme sua estatura, abaixo deles. Lembram as que identificavam normalistas, lá pelos anos 1960 e anteriores. O conjunto tem ainda uma blusinha com listras horizontais amarelas e brancas, além de uma jaqueta jeans mais básica impossível. Os homens receberam calças também brancas e as suas camisetas são distintas apenas porque as listras têm o verde ao invés do amarelo, com as mesmas jaquetas. Aliás, essa última peça foi a única que teve um bafejo de ousadia, que infelizmente ficou escondido nas costas: são bordados feitos à mão por artesãs do Rio Grande do Norte, com desenhos que representam a fauna e a flora brasileiras. Eles são vários e distintos, como a onça-pintada, araras, tucanos e folhas de plantas nativas. No complemento, abrigos pretos com ombreiras verdes e duas listras brancas em “vê”, abaixo delas.

Comparando com o que fizeram outros países, nossa posição fica ainda mais desconfortável. Os Estados Unidos vieram com uma vestimenta all american, usando calças jeans com cintos de couro e uma versão muito moderna do blazer azul marinho da Ralph Lauren. O México, que quase sempre usava temas astecas e maias, inovou ao apostar no streetwear, com a ousadia da cor rosa-choque em detalhes inspirados do graffiti, tudo feito pela grife Men’s Fashion, que partiu de um ponto turístico se sua capital, a estátua El Angel de la Independencia. A Coréia do Sul veio com ternos elegantérrimos, para homens e mulheres, em tons de azul claro. A Espanha fez algo semelhante, mas mesclando as cores da sua bandeira com o bege e o branco, atingindo um alinhamento de fato impecável.

Até países em tese com menor probabilidade de estarem preocupados com o requinte de seus trajes souberam surpreender positivamente. Um exemplo é o Haiti, que causou furor nas redes sociais. Seus atletas vieram com peças desenhadas em trabalho colaborativo entre a designer italiana Stella Novarino, fundadora da Stella Jean, e o pintor haitiano Philippe Dodard. A Mongólia, por sua vez, veio com um desenho feito pela grife local Michel & Amazonka, carregado de referências à cultura daquela nação asiática, tudo feito em apenas três meses.

Por aqui tivemos três anos, que não resultaram em nada. Quando os uniformes se tornaram conhecidos, o mundo da moda ficou mais do que surpreso, estarrecido. Foi quando o COB, tentando justificar as razões da escolha das Lojas Riachuelo, declarou ser uma parceria firmada com o objetivo de se “criar uma identidade para o Brasil, que fosse moderna e inovadora”. O que, convenhamos, complicou ainda mais o entendimento. A diretora de marketing da rede de lojas então concedeu entrevista na qual jurou que a inspiração para a criação das peças foi “a alegria do povo brasileiro”. Nisso ela conseguiu um resultado melhor, uma vez que não foram poucos os risos que a explicação causou.

A única vantagem que talvez exista é que os corajosos e as corajosas que desejarem adquirir peças deste uniforme as encontrarão nas Lojas Riachuelo, agora ou em breve. E baratinho, pois vale muito pouco mesmo.

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Olimpíadas 2024 – “Nós sempre teremos Paris...”

 

Abre hoje, em Paris, a cerimônia das Olimpíadas 2024. O mundo revive neste dia a glória de tempos imemoriais da Antiga Grécia, origem das Olimpíadas. O esporte seria uma maneira de sublimar as pulsões de competividade e disputa do homo pugnat. 

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram um festival religioso e atlético da Grécia Antiga, que se realizava de quatro em quatro anos no santuário de Olímpia, em honra de Zeus. A data tradicional atribuída à primeira edição dos Jogos Olímpicos é 776 a.C..

Origens WIKIPEDIA

 Representação artística da Olímpia antiga

Segundo os estudiosos da antiguidade de Élis, da época de Pausânias, o templo de Olímpia foi feito pelos homens da região na época em que Cronos era o rei dos titãs, a chamada Idade de Ouro.[4] Quando Reia deixou Zeus aos cuidados dos dáctilos, ou curetes, de Ida,[4] Héracles de Ida, o mais velho, derrotou seus irmãos numa corrida, e foi coroado com um ramo de oliveira.[5] A partir daí, os jogos passaram a ser celebrados a cada quinto ano, pois eram cinco os irmãos [6] (Héracles, Peoneu, Epímedes, Iáusio e Idas[4]).

Segundo algumas versões, Zeus derrotou Cronos em Olímpia, mas outras versões dizem que ele celebrou lá jogos para comemorar sua vitória.[7] O campeão de vitórias entre os deuses foi Apolo, que venceu Hermes na corrida e Ares no pugilismo; por este motivo, a flauta é tocada quando os competidores do pentatlo estão na prova de salto, pois a flauta é sagrada a Apolo.[7]

Cinquenta anos após o dilúvio de Deucalião, Clímeno, filho de Cardis, descendente de Héracles de Ida, veio de Creta para Olímpia e fundou um altar para seu ancestral Héracles e os outros curetes.[8] Clímeno foi deposto por Endimião, filho de Étlio, que deixou o reino para o seu filho que vencesse uma corrida.[8]

Os próximos a celebrarem jogos em Olímpia foram Pélope, Amitaão, filho de Creteu, os irmãos Neleu e Pélias,[9] Augias e Héracles, filho de Anfitrião.[10] Óxilo foi o último desta era a celebrar os jogos, que não voltaram a ser celebrados até seu descendente Ífito de Élida.[11]

 

Ao final do século XIX Pierre de Coubertin propõe retomar esta tradição e, desde então, o mundo se comove diante deste acontecimento, que reúne no Comitê Olímpico Internacional mais nações do que a própria ONU. 

A delegação brasileira à Olimpíada Paris 2024 tem 276 atletas e será liderada pelos porta-bandeiras Raquel Kochhann, do rugby, e Isaquias Queiroz, dono de quatro medalhas olímpicas e esperança de novas conquistas para o país, da canoagem. A expectativa é que, em Paris, o Brasil conquiste seu recorde de medalhas em uma só edição das Olimpíadas: a projeção do jornalista Guilherme Costa, produtor de esportes olímpicos da Globo, é de 22, sendo 5 delas de ouro.

Conheça o espírito olímpico e a história de Pierre de Coubertin:

Os valores atribuídos por Coubertin ao movimento olímpico foram: igualdade, equidade, justiça, respeito pelas pessoas, racionalidade, compreensão, autonomia e excelência.

Carta Olímpica: conheça o documento que rege o Olimpismo

A Carta Olímpica é o documento que guarda os princípios do Olimpismo e rege toda a estrutura do Movimento Olímpico: COI, Comitês Nacionais e federações

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Fernando Gavini

 

 

 

 

A última versão da Carta Olímpica foi publicada em 26 de junho de 2019 (Reprodução)

A Carta Olímpica regulamenta não só o que acontece durante os Jogos, mas também tudo o que envolve o Olimpismo, que foi inicialmente descrito a mão pelo Barão de Coubertin em 1899. Mas o documento só foi ganhar forma e batizado com o nome atual em 1978. Seu objetivo é publicar e reafirmar os princípios fundamentais e os valores essenciais do Olimpismo, servir de estatuto para o Comitê Olímpico Internacional (COI) e definir os direitos e as obrigações dos Comitês Nacionais, Federações Internacionais e do Comitê Organizador dos Jogos.

Em sua introdução, a Carta Olímpica define seus princípios: “O Olimpismo é uma filosofia de vida que exalta e combina num conjunto harmônico a qualidades do corpo, a vontade e o espírito. Ao associar o esporte com a cultura e a educação, o Olimpismo se propõe a criar um estilo de vida baseado na alegria do esforço, no valor educativo do bom exemplo e no respeito pelos princípios éticos universais. O objetivo do Olimpismo é colocar sempre o esporte a serviço do desenvolvimento harmônico do homem com o fim de favorecer o estabelecimento de uma sociedade pacífica e comprometida com a manutenção da dignidade humana”.

LEIA A VERSÃO OFICIAL DA CARTA OLÍMPICA EM INGLÊS E ESPANHOL

 

Carta Olímpica: conheça a curiosa e misteriosa história de Pierre de Coubertin, o 'fundador' das Olimpíadas

Em 1894, o barão francês Pierre de Coubertin decidiu reviver os Jogos Olímpicos fundando o Comitê Olímpico Internacional (COI), que organizou os primeiros jogos de verão em 1896, em Atenas.

Por g1 - 22/07/2024 17h03 Carta Olímpica: conheça a curiosa e misteriosa história de Pierre de Coubertin

Faltam apenas quatro dias para os Jogos de Paris, e o g1 relembra uma história curiosa e misteriosa sobre um dos principais nomes da história dos Jogos Olímpicos: o Barão Pierre de Coubertin, famoso por seu grande bigode e suas ideias grandiosas.

Em 1892, ele foi ridicularizado quando propôs a recriação dos Jogos Olímpicos, uma prática dos gregos que estava esquecida há mais de mil anos.

“Acharam que ele estava louco. Todos riram, e ele ficou chateado, mas nunca abandonou essa ideia”, conta um historiador do esporte.

Dois anos depois, Coubertin conseguiu fundar o Comitê Olímpico Internacional (COI). Na rua de Paris onde morava o Barão, uma placa indica que a primeira sede do COI foi ali. Isso significa que, para criar o comitê que até hoje comanda as Olimpíadas, o Barão teve que dar o endereço da própria casa. Atualmente, o COI é tão grandioso que possui mais países membros do que a ONU, totalizando 206, quase o mesmo número de atletas que participaram da primeira edição dos Jogos.

 

Carta Olímpica: conheça a curiosa e misteriosa história do barão Pierre de Coubertin, o 'fundador' das Olimpíadas — Foto: Montagem/g1

Tesouro encontrado no Brasil

Em 1931, numa época em que o telefone já era amplamente utilizado, Coubertin fez questão de registrar em uma carta um pedido de desculpas ao jornalista e medalhista olímpico Frantz Reichel. Na mensagem, Coubertin escreveu:

“Meu caro amigo, impedido de realizar nossa entrevista, adiada para uma data posterior, lamentações e saudações. Pierre de Coubertin.”

O endereço também foi escrito à mão pelo Barão: Rue Cavalotti, 14, Paris. A carta deveria ter ficado apenas no destinatário. No entanto, após ser lida, a carta se perdeu pelo mundo. Quase um século depois, o manuscrito do Barão atravessou o oceano e está guardado no acervo do Comitê Olímpico do Brasil. A surpresa foi encontrada há três meses em uma caixa.

“Nós não sabemos como ela chegou. Não foi um objeto comprado para nosso acervo. Foi provavelmente uma doação”, afirmaram os responsáveis", afirma Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Brasil.

Falas controvérsias e críticas

A família Coubertin montou uma exposição e um prédio público de Paris, e mesmo aqui é preciso falar das controvérsias e críticas que ele recebeu. O Barão tinha opiniões consideradas racistas e era contra a participação de mulheres nos Jogos.

Alexandra de Coubertin, da quarta geração de descendentes, ressalta que as atitudes do Barão eram diferentes das suas palavras: “A participação das mulheres e de atletas de todos os povos só aumentou enquanto o Barão cuidou diretamente dos Jogos”.


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Dia 25, 200 anos da imigração alemã no RS

Paulo Timm – Publ. A FOLHA Torres RS 25 JUL 24

Perdoem os leitores e ouvintes, mas há temas sobre os quais volto sempre. Um deles, um imperativo para mim: a imigração alemã - http://www.tonijochem.com.br/bibl_livros.htm .

Há 200 anos, 39 colonos alemães chegavam, exangues , depois de penosa viagem transatlântica, na qual muitos não resistiam, à Feitoria do Linho Cânhamo, onde seria São Leopoldo. Antes, Dom João VI já vinha estimulando a vinda de colonos europeus que viriam a se localizar entre a Bahia e Rio de Janeiro. Mas em 1824, teve início a aventura da imigração teuta no Sul do Brasil. Pela importância do fato, o dia 25 de julho ficou consagrado como “Dia do Colono”, (Lei Nº 5.496, 05/09/1968 ). 

Ontem visitei São Leopoldo. Lamentavelmente, a cidade ainda está se recuperando da inundação de maio e os Museus e monumentos referentes à data só serão reabertos em novembro. 

Contudo, o maior significado da data não está no fato em si da chegada de colonos livres em solo brasileiro, mas de que este seria um marco do fim da escravidão no Brasil. Contribuiria, também, sobremaneira para a personalização mui peculiar da sociedade riograndense, marcada pela pequena propriedade familiar, pelo artesanato que viria a dar origem à indústria doméstica, pelo estímulo às letras e à música, como frisa Angelita Kasper em sua pesquisa http://angelitakasper.blogspot.com/ . Em 1872 o pequeno núcleo já estava consolidado e se interligaria, por via férrea a Porto Alegre, dando considerável impulso à economia, às artes e à urbanização da capital. Este fato, poucos anos depois, levaria a cidade a assumir papel preponderante na vida social do Rio Grande do Sul, enfrentando-a, sob o republicanismo emergente, com a sua metade sul, reduto dos grandes fazendeiros, em duas sangrentas guerras civis: 1893 e 1925.

 Depois desta primeira leva de alemães para o Rio Grande do Sul, que logo se alastrou de São Leopoldo para Torres (S.Pedro de Alcântara e Três Forquilhas-1826) e daí para outras cidades e países, cerca de 60 milhões de europeus pobres seriam expatriados, entre 1824 e 1924. Isto está contado em várias épicos da literatura e do cinema, merecendo destaque o já quase esquecido “América, América”, do diretor Elia Kazan e o magnífico nacional “ O Quatrilho”, de Fábio Barreto, uma saga dos italianos aqui no Estado. No Brasil, tivemos a oportunidade de perceber este processo graças a algumas novelas, algumas memoráveis, da Rede Globo, tanto sobre a imigração italiana, como japonesa. Falta-nos, ainda, uma grande obra de ficção, de alcance nacional, sobre os alemães. Merece destaque o romance de Rui Nedel “Te arranca alemão batata”, Ed. Tchê, e “A ferro e fogo: tempo de solidão” e “A ferro e fogo: tempo de guerra”, de Josué Guimarães L&PM Ed. - http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_010/artigos/artigos_vivencias_10/li1.htm 

Os nomes destes primeiros colonos alemães ficaram registrados nos Livros da época e permanecerão inscritos na memória de seus descendentes, hoje plenamente integrados na sociedade riograndense :

“A primeira leva de imigrantes era formada pelas seguintes pessoas, num total de 39: Miguel Kräme e esposa Margarida (católicos). João Frederico Höpper, esposa Anna Margarida, filhos Anna Maria, Christóvão, João Ludovico (evangélicos). Paulo Hammel, esposa Maria Teresa, filhos Carlos e Antônio (católicos). João Henrique Otto Pfingsten, esposa Catarina, filhos Carolina, Dorothea, Frederico, Catarina, Maria (evangélicos). João Christiano Rust (Bust?), esposa Joana Margarida, filha Joana e Luiza (evangélicos). Henrich Timm, esposa Margarida Ana, filhos João Henrique, Ana Catarina, Catarina Margarida, Jorge e Jacob (evangélicos). August Timm, esposa Catarina, filhos Christóvão e João (evangélicos). Gaspar Henrique Bentzen, cuja esposa morreu na viagem, um parente, Frederico Gross; o filho João Henrique (evangélicos). João Henrique Jaacks, esposa Catarina, filhos João Henrique e João Joaquim (evangélicos). Essas 39 pessoas, seis católicos e 33 evangélicos, são as fundadoras de São Leopoldo, nome e lugar então inexistentes, porque tudo se resumia à Feitoria do Linho-Cânhamo.” 

Este pequeno grupo, ao qual se seguiram outros, para outras partes do mundo, drenando a região alemã de cerca de 250 mil homens, venceu os obstáculos e se impôs como uma nova realidade no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Alemanha de Hitler até sonhou em fazer destes núcleos um ponto de apoio do III Reich, o que levou o Presidente Getúlio Vargas, em1939, a proibir o funcionamento das Escolas alemãs e circulação de jornais entre os colonos. Finda a guerra, porém, restabeleceu-se a concórdia, mas se perdeu o fio da meada de um rico patrimônio literário teuto-brasileiro, só acessível em raros trabalhos acadêmicos como “A Literatura da imigração alemã e a imagem do Brasil” da Prof. Dra Valburga Huber – F. Letras/UFRJ- http://www.letras.ufrj.br/liedh/media/docs/art_valb2.pdf .

Mas foi de tal ordem o impacto da imigração alemã, seguida mais tarde da vinda de italianos, poloneses e outros, que se pode dizer que a história do Rio Grande do se divide em dois períodos: antes e depois de 1824, marco da imigração. Aleluia!


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Convenções municipais abrem processo eleitoral

Sábado passado já tiveram início as convenções municipais para indicação de Prefeitos e Vereadores em todo o país. Na nossa região, Passo de Torres saiu na frente com a indicação, em chapa puro sangue PT, de Jeff, um jovem advogado, oriundo da terra, com 23 anos para Prefeito. Animada e concorrida convenção que tem o apoio naquela cidade da Direção Provisória Municipal do PTB encabeçada por Fernando Freitas.

Convenção do PT indicará neste sábado MARIA DO ROSÁRIO, com 38% de preferência dos eleitores nas pesquisas, como candidata a Prefeita de Porto Alegre. Lula deverá estar presente. Esta será , certamente, a mais importante vitória do PT no país e a Direção Nacional do PT dará todo apoio à campanha de Maria do Rosário. Ela tem o apoio da Federação PT-PV-PCdoB e do PSOL, que indicará a vice prefeita. Cabeça de chapa só de mulheres. O PTB apoia este chapa e indicará , como candidato a vereador , pela legenda PT , CASSIO MOREIRA.


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Neste dia em 2013, nascido em 1942 , morre Dominguinhos, cantor, compositor e músico brasileiro - José Domingos de Morais

José Domingos de Morais (Garanhuns, 12 de fevereiro de 1942 — São Paulo, 23 de julho de 2013), conhecido como Dominguinhos, foi um instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Teve em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz.

BIOGRAFIA

José Domingos de Morais nasceu na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano, oriundo de uma família humilde e numerosa, eram ao todo dezesseis irmãos. O pai, "mestre Chicão", era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas e sua mãe era conhecida como "dona Mariinha", ambos alagoanos.[1]

Desde menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai, que lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e Valdomiro, formando o trio Os Três Pinguins. No início da formação, tocava triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Praticava o instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio sanfoneiro, passando a ser conhecido em Garanhuns como "Neném do acordeon".[nota 1][1]

ENCONTRO COM LUIZ GONZAGA[ Conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, em Garanhuns. O nome do hotel era Tavares Correia e o trio, que sempre tocava na porta, foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus acompanhantes.[nota 2]

Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois algum tempo depois deste encontro, em 1948, Neném do acordeon foi para Recife estudar.

IDA AO RIO DE JANEIRO[EDITAR |

Alguns anos depois, em 1954, seu pai decide ir para o Rio de Janeiro procurar Gonzaga, devido às dificuldades que passavam em Garanhuns. Junto com o pai, foi também o menino Neném do acordeon, então com treze anos de idade, numa viagem de pau de arara que durou onze dias. Foram morar em Nilópolis, onde já estava o seu irmão Moraes.[1]

Em pouco tempo foram procurar Luiz Gonzaga, que morava no bairro do Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Este deu-lhe de presente uma sanfona de oitenta baixos logo neste primeiro encontro. A partir de então, o menino passou a frequentar a casa de Gonzaga, o acompanhando em shows, ensaios e gravações.

Nos anos seguintes, o menino que ainda era conhecido como Neném do acordeon, passou a participar de programas de rádio e se apresentar em casas noturnas, aprendendo outros estilos de música, como o chorinho, samba e outros estilos da época.

Somente em 1957, receberia o nome artístico de Dominguinhos dado pelo próprio Gonzaga em homenagem a Domingos Ambrósio. Foi quando Luiz Gonzaga pegou um acordeom 120 baixos pela primeira vez, das mãos do saudoso Domingos em Juiz de Fora - Minas Gerais.

De 1957 a 1958, integra a primeira formação do grupo de forró Trio Nordestino, ao lado de Miudinho e Zito Borborema, que haviam deixado o grupo que acompanhava Gonzaga. Neste mesmo ano de 1958 casa-se com Janete, sua primeira mulher. Deste casamento nascem os filhos Mauro e Madeleine.

Depois de deixar o Trio Nordestino em 1958, continuou a se apresentar em programas de rádio e casas noturnas, até gravar seu primeiro disco, o LP Fim de festa em 1964.

VIAGENS COM GONZAGA E CONSAGRAÇÃO

Depois de mais dois discos gravados, volta a integrar o grupo de Gonzaga em 1967, viajando pelo nordeste e dividindo as funções de sanfoneiro e motorista. Em uma dessas viagens, naquele mesmo ano, conhece uma cantora de forró, a pernambucana Anastácia, com quem compôs mais de 200 canções, inclusive um de seus maiores sucessos, Eu só quero um xodó,em uma parceria que durou onze anos.

Anastácia revelou em 2013 que se arrependeu de ter destruído 150 fitas cassete com melodias inéditas de Dominguinhos, depois de ter sido abandonada por ele.[2]

A sua integração ao grupo de Luiz Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico e arranjador, aproximando-se de artistas consagrados dos movimentos bossa nova e MPB, nos anos 70 e 80. Fez trabalhos junto a músicos de renome, como Nara Leão, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Chico Buarque, Toquinho e Roberto Carlos.

Acabou por se consolidar em uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop.[3]

No final dos anos 70, Dominguinhos conhece a também cantora Guadalupe Mendonça, com quem se casa em 1980. Deste casamento, nasceria uma filha, a cantora Liv Moraes.[4]

 

DOMINGUINHOS - EU SÓ QUERO UM XODÓ - YOUTUBE

 

www.youtube.com › watch

https://www.google.com/search?q=EU+SO+QUERO+UM+XOD%C3%93&rlz=1C1AWFC_enBR902BR902&oq=EU+SO+QUERO+UM+XOD%C3%93&aqs=chrome..69i57j46j0l5.5567j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8

Que falta eu sinto de um bem

Que falta me faz um xodó

Mas como eu não tenho ninguém

Eu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amor

Que acabe o meu sofrer

Um xodó pra mim do meu jeito assim

Que alegre o meu viver

Que falta eu sinto de um bem

Que falta me faz um xodó

Mas como eu não tenho ninguém

Eu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amor

Que acabe o meu sofrer

Um xodó pra mim do meu jeito assim

Que alegre o meu viver

Que falta eu sinto de um bem

Que falta me faz um xodó

Mas como eu não tenho ninguém

Eu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amor

Que acabe o meu sofrer

Um xodó pra mim do meu jeito assim

Que alegre o meu viver

Que falta eu sinto de um bem

Que falta me faz um xodó

Mas como eu não tenho ninguém

Eu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amor

Que acabe o meu sofrer

Um xodó pra mim do meu jeito assim

Que alegre o meu viver

Fonte: LyricFind

Compositores: Jose Moraes / Jose Domingos De Moraes / Lucinete Ferreira


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Biden desiste e indica Kamala Harris

Acabou-se a tensão sobre a questão Biden no processo eleitoral americano. Depois de visitado por Nancy Pelosi, o Presidente entregou os pontos. Desistiu de ser candidato e indicou sua vice Kamala Harris para substitui-lo. Tempos difíceis, entretanto, para ela , mulher negra sem grande peso no Partido Democrata, obscurecida no seu cargo na Administração Biden, e para os democratas, em geral, diante da franca dianteira de Donald Trump depois do atentado de que foi vítima. O grande desafio de Kamala, primeiro, será a de ser consagrada pelo Partido como efetiva candidata na Convenção em agosto. Importantes políticos do Partido Democrata, inclusive, o ex Presidente Obama, preferem uma disputa interna que poderá dar maior popularidade aos candidatos. Alguns chegam a dizer que prefeririam Michele Obama a Kamala, pelo protagonismo dela em favor das populações mais vulneráveis. Kamala, como Procuradora, ficou caracterizada como dura cumpridora de leis que levaram à prisão milhares de jovens negros. Ela, porém, tem a seu favor, não só a indicação de Biden, este com grande peso no Partido Democrata, como por ser a mais legítima e legal sucessora de seu legado. O segundo desafio de Kamala será a campanha contra Trump. Além de ser moída pela máquina da extrema direita, Kamala terá que enfrentar o duro embate com um candidato que está à sua frente nas pesquisas, como conhecido pela combatividade de seus enfrentamentos. A solução, para ela, será tentar levar o debate para o campo prático das propostas. Trump tem narrativas, mas não indica como as realizará. É o demagogo populista clássico, pregoeiro de um passado romantizado, mas vai apontar os pontos fracos do governo Biden, por ela representado: Migrações e Guerras. Ela, entretanto, deve contrapor apresentando resultados concretos do Governo Biden no tocante à economia, defesa das instituições e da democracia. Tem formação e capacidade performática para se enfrentar com altivez ao truculento Trump. Não será apenas um confronto entre um Republicano e uma Democrata. Será um libelo à democracia americana com reflexos sobre o mundo inteiro.  

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Anexo

Luiz Gonzaga Belluzzo - Entre Lincoln e Trump

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../luiz-gonzaga-belluzzo...

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O declínio da Política e dos políticos

Estamos entrando no calendário eleitoral. Neste fim de semana inicia-se o prazo para a realização de Convenções partidárias que indicarão os candidatos a Prefeito e Vereadores em mais de cinco mil municípios brasileiros. O espetáculo da democracia, entretanto, instituído pelos antigos gregos, séculos antes de Cristo, como fórmula para a tomada de decisões de interesse público, está em crise. No mundo dito Ocidental, que se jacta das tradições helênicas, o regime democrático foi fortalecido no século XX com a disseminação de Constituições que, ao lado dos deveres do cidadão, lhes conferia direitos: Direitos civis, direitos políticos, direitos sociais. Foi o tempo da consagração dos Direitos Humanos. Tratou-se de uma verdadeira revolução no caráter do Estado que, desde então (século passado) ,passou de órgão gestor dos interesses dominantes, a caixa de ferramentas para a formulação de Políticas Públicas de interesse geral, tendo nos Partidos instrumento de articulação destes interesses. Isso não ocorreu em brancas nuvens em céu de brigadeiro. Revoluções e guerras selaram esta mudança. (Vide aqui mesmo no Rio Grande do Sul a crueza de duas guerras civis travadas na I República opondo, em 1893, “federalistas” contra “pica paus” republicanos, e em 1925, “maragatos contra chimangos”, ambas no bojo do ocaso do “ancien régime” oligárquico.) E onde elas não se realizaram, no sentido da promoção do bem estar geral da população, as águas represadas das revoltas sociais impulsionaram rupturas que acabariam moldando formas de organização social avessas ao Ocidente. Aí estão experiências tão díspares que dificilmente se poderia acreditar que constituíssem um bloco como o atual SUL-SUL rebelde: China, Rússia, Irã, Turquia, Síria, América Latina, todas com baixa intensidade de organização institucional interna indispensável para mover a Sociedade Civil no sentido da democratização da vida pública, mas, todas, articuladas a notáveis projetos de desenvolvimento humano. A China retirou nada menos do que 400 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 30 anos. No Ocidente, entretanto, o avanço democrático do século XX começa a tropeçar diante da incapacidade da Política e seus instrumentos assegurarem paz e prosperidade a todos. Um autor consagrado, Richard Sennet, escreveu o livro “O declínio do homem público”, evidenciando a perda de capacidade dos Políticos para se legitimarem perante o público. Outros livros, mais recentes, tratam do mesmo assunto apontando para a crise da democracia nos tempos atuais. E ontem mesmo, dois artigos publicados na imprensa corporativa do Brasil, um deles traduzido do Financial, apontam para o mesmo problema: A cidadania odeia cada vez mais a Política e os políticos. Vale ler, as conclusões são alarmantes:

Janan Ganesh* - O círculo vicioso da política moderna- O ódio aos políticos afasta as pessoas boas da atividade, o que piora o governo, o que faz com que os eleitores odeiem ainda mais os políticos

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../janan-ganesh-o... - Financial Times / Valor Econômico

Maria Hermínia Tavares - As raízes da desfaçatez. A rigor, são institucionais os fatores que sustentam um sistema partidário tão autônomo quanto distante da sociedade

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-herminia... - Folha de S. Paulo

 

É precisamente esta crise no sistema democrático contemporâneo que está corroendo os Partidos tradicionais e erodindo o processo que os credencia à sua legitimação perante o público. Insatisfeitos, os eleitores correm atrás dos Salvadores da Pátria que lhes prometem o retorno a um passado mitificado, incapaz de se reproduzir. No caso da Argentina de Milei a promessa nem é de voltar ao século XX, no qual, aliás, os hermanos alcançaram alto nível de vida, mas ao século XIX. Verdadeiro absurdo. Nos Estados Unidos o triunfante Trump volta a proclamar a promessa de fazer aquele país Great Again, tarefa difícil diante de sua perda de competitividade no mercado mundial. 

De qualquer, forma, bem vindas Convenções. Bem vindos candidatos à renovação ou continuidade de administrações municipais. Já tentamos, no Brasil, fazer mudanças de cima pra baixo, seja no longo regime militar de 21 anos – 1964-1985 - , seja na malfadada Lavajato, que não deram certo. O melhor mesmo, será ir mudando de baixo para cima, formando novas e promissoras lideranças, afinadas com o interesse público, a partir das Prefeituras. Daí, certamente, emergirão quadros capazes de reafirmar a confiança na Política e nos Políticos capazes de levar a cabo à recuperação do prestígio da DEMOCRACIA-ENTRE-NÓS.

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Anexo

Um dos livros mais estimulantes e desafiadores jamais escritos,” O declinio do homem público – As tiranias da intimidade” , clássico da década de 1970 e surpreendentemente ainda atual, examina o crescente descompasso entre a esfera pública e privada. E urge a todos a se reconectar com a comunidade. Solidão e individualidade. ... Google Books

Data da primeira publicação: 21 de outubro de 2014

Autor: Richard Sennett

 

Como as democracias morrem? Levitsk

 

 

 

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26 min

 

Entrevista com Steven Levitsky, autor de do livro 'Como as democracias morrem'

Marcelo Lins entrevista Steven Levitsky, autor de do livro 'Como as democracias morrem'.


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A delicada questão das aposentadorias dos militares

O aprofundamento da discussão sobre a questão fiscal no Brasil traz à tona o déficit crescente da Previdência, especialmente pública, onde releva o peso dos militares. O assunto, quando se refere a militares, é sempre delicado. Nas últimas reformas da previdência eles não só ficaram de fora das restrições, como ampliaram, sobretudo no Governo Bolsonaro, privilégios. Além de terem um tempo de serviço menor, os militares têm garantidos os vencimentos da ativa, devidamente corrigidos, quando se reformam. Ao final da carreira, os oficiais superiores, como não recebem FGTS, ganham um bônus compensatório de R$300 mil. Todas estas vantagens dos militares acabam se traduzindo num elevado peso das aposentadorias militares na Previdência. Resta saber como um governo inclinado á esquerda poderá rever este estatuto.

 

Remuneração e aposentadoria de militares pode ser revista para corte - Carlos Lisboa em 14 de junho de 2024 às 13:21

Recentemente, o tema da revisão da aposentadoria militar ganhou destaque na agenda da equipe econômica do governo, visando reduzir gastos e melhorar o desempenho das contas públicas.

Sob a supervisão dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), essa proposta está sendo cuidadosamente avaliada antes de ser submetida à análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A seguir, confira mais detalhes, incluindo as possíveis mudanças na reforma da aposentadoria militar.

O que você vai ler neste artigo:

• Militares assumem o maior gasto por beneficiário anual

• Quais benefícios dos militares podem ser alterados?

• Embate no governo

• Perguntas frequentes

• 

Militares assumem o maior gasto por beneficiário anual

Atualmente, o sistema de aposentadoria dos militares na reserva ou reformados destaca-se pelo custo elevado por beneficiário, sendo 16 vezes maior do que o déficit constatado no setor privado – aqueles que contribuem com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Enquanto o déficit por beneficiário no setor privado é cerca de R$ 9,4 mil e entre os servidores públicos civis alcança aproximadamente R$ 69 mil, os militares têm um custo significativamente maior, chegando a R$ 159 mil. 

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Quais benefícios dos militares podem ser alterados?

Os benefícios que estão sendo considerados para possíveis mudanças na reforma da aposentadoria militar incluem:

• Remuneração dos militares da reserva

• Idades máximas de transição para a reserva

• Pensão vitalícia por morte para filhas solteiras

• Recebimento de ajuda de custo para militares que ingressam na reserva

• Instituto da “morte ficta” – pagamento de pensão aos beneficiários do militar que comete crime comum ou grave infração disciplinar

Embate no governo

A proposta de revisão da aposentadoria militar tem gerado um embate dentro do atual governo. 

Confira também: Como pedir aposentadoria especial para aeronautas

Setores mais à esquerda, juntamente com aqueles alinhados a políticas liberais, mostram apoio à iniciativa, argumentando que as mudanças são essenciais para equilibrar as contas públicas.

Por outro lado, a oposição mais ideológica tem manifestado resistência à proposta, principalmente os aliados do antigo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que possuía militares em cargos de primeiro escalão.

 

Carlos Lisboa

Com o sol em copywriting, ascendente em marketing de conteúdo e lua em storytelling, o Carlos é um dos redatores SEO da meutudo. Formado em publicidade e propaganda, esse sergipano é apaixonado por ouvir e contar histórias!


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15 de Julho – Dia do Homem

O Dia do Homem tem, entre outros objetivos, chamar a atenção para a saúde do homem e é celebrado, no Brasil, no dia 15 de julho.3023

Em 15 de julho é celebrado, no Brasil, o Dia do Homem. Entretanto, essa mesma data é comemorada por muitas nações do exterior aos 19 dias do mês de novembro. Ambas as datas têm o propósito de chamar a atenção da sociedade para problemas e circunstâncias que possam atingir, em especial, o sexo masculino. Além disso, ambas foram instituídas na década de 1990.

No Brasil, a data foi proposta pela Ordem Nacional dos Escritores em 1992. Desde esse ano, as atenções para tal data vêm se tornando crescentes, sobretudo por parte de autoridades políticas e por núcleos de especialistas na saúde do homem. Em se tratando do tema da saúde do homem, o médico Jerome Teelucksingh, de Trinidad e Tobago, tendo em vista exatamente pôr em destaque a saúde do gênero masculino à comunidade internacional, propôs à Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, que fosse criado um dia para tal objetivo.

O dia escolhido foi 19 de novembro. Desde o início do século XXI, muitas campanhas vêm sendo feitas em vários países com o objetivo de conscientizar os homens da importância de cuidarem de seu corpo e de sua saúde. Um exemplo desse tipo de conscientização diz respeito ao câncer de próstata, que atinge grande parcela da população masculina de todo o mundo. Outras doenças relacionadas com o uso do tabaco e de bebidas alcoólicas também são colocadas em questão na oportunidade desse dia.

Outro dos objetivos da reflexão que propõe o Dia do Homem é a igualdade entre os gêneros masculino e feminino. O alvo principal dessa proposta é a mudança de comportamento com relação a muitas posturas colocadas, tanto por condutas machistas quanto por condutas do radicalismo feminista, que tendem a restringir o debate da valorização profissional e social da mulher e do papel fundamental que o homem desempenha nesse processo.

Além disso, há ainda a discussão sobre o paradigma do homem contemporâneo, que já não segue o mesmo padrão comportamental do século passado, nem em seu seio familiar nem em seu trabalho ou na convivência com círculos de amigos, etc.

Sendo assim, tanto o dia 15 de julho quanto o dia 19 de novembro são situações oportunas para esse tipo de reflexão.

AVISO - A Saúde do Homem: Hospital do Homem 

 

Anexo

Homens só se tornam adultos aos 54 anos

https://osegredo.com.br/2015/03/homens-so-se-tornam-adultos-aos-54-anos/ 

                      O Segredo • 11 de março de 2015

 

 

A vida começa aos 54 anos para homens. O número bastante preciso foi apontado por uma pesquisa como a idade em que eles finalmente crescem e começam a aproveitar a vida como “adultos de verdade”. O estudo com 1000 homens descobriu que esta era a idade em que eles se sentiam “resolvidos e seguros”, segundo o jornal “Telegraph”.

Ele sugere que os homens levam mais tempo do que as gerações passadas para atingir este estágio, principalmente devido às pressões financeiras e à paternidade adiada. Hoje, dois terços dos bebês nascem de pais com mais de 30 anos, com a média de 32 anos para o primeiro filho nos EUA.

 

A pesquisa sugere que os homens de 54 anos de idade, como Simon Cowell, Hugh Laurie e Kevin Spacey estão apenas no início de sua vida bem resolvida. Realizado pelo Centro Crown Clinic, em Manchester, o estudo mostra que aos 40, os homens ainda não deixaram para trás suas inseguranças juvenis.

A pesquisa revelou inseguranças que não deixam o homem amadurecer mais jovem, incluindo imperfeições físicas, problemas com dinheiro e solidão. Eles citaram medos como o de não conseguir adquirir a primeira casa, perder o cabelo e estar desempregado. O processo de envelhecimento também apareceu com força, além de ter que lidar cabelos grisalhos, queixo duplo e mamas.

– Estamos vivendo muito mais e, com os custos de vida aumentando e a paternidade sendo adiada, homens inevitavelmente levam mais tempo para se sentirem resolvidos – comentou Asim Shahmalak, da Crown Clinic.

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POR QUE É QUE OS HOMENS RARAMENTE ESTÃO DEPRIMIDOS

 

L.F.Veríssimo

 

Não engravidam. Os mecânicos não mentem pra eles...

Nunca precisam procurar outro posto de gasolina para achar um banheiro limpo.

Rugas são traços de caráter...

Barriga é prosperidade!

Cabelos brancos são charme...

Ninguém fica encarando os peitos deles quando estão falando.

Os sapatos não lhes machucam os pés.

As conversas ao telefone duram apenas 30 segundos.

Para férias de 5 dias, apenas precisam de uma mochila.

Se outro aparecer na mesma festa usando uma roupa igual, não há problema.

Cera quente não chega nem perto.

Ficam assistindo a TV com um amigo, em total silêncio, por muitas horas, sem ter que pensar: "Deve estar cansado de mim."

Se alguém se esquece de convidá-los para alguma festa, ainda assim vai continuar sendo seu amigo.

Sua roupa íntima custa no máximo 20 reais (em pacote de 3).

Três pares de sapatos são mais que suficientes. 

São incapazes de perceber que a roupa está amassada.

Seu corte de cabelo pode durar anos, aliás, décadas.

Meia dúzia de cervejas geladas e um jogo de futebol na televisão são o suficiente para a extrema felicidade.

Os shoppings não fazem falta para eles.

Podem deixar crescer o bigode.

Se um amigo chamá-lo de gordo, careca, bicha velha etc, não abala em nada a amizade. Aliás, é prova de grande amizade.

Podem comprar os presentes de Natal para 25 pessoas, no dia 24 de dezembro em, no máximo, 25 minutos!

Que maravilha é ser homem!

Faltou falar de um churrasco...precisa carne e sal grosso, uma faca e uma tábua e no máximo uma bermuda para limpar os dedos sujos de gordura. 


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A difícil questão dos moradores de rua

A questão dos moradores de rua tornou-se um problema mundial. Mesmo capitais de países desenvolvidos hoje estão repletas de pessoas que vivem sem teto. Mais de 60 ONGs ajudam pessoas em situação de rua em Buenos Aires, como resultado da crise sócio-econômica que avança na Argentina. 

No Brasil a situação chegou a tal ponto que o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL já se pronunciou exigindo que Governos tomem iniciativas para solucionar o problema.Como resultados várias Prefeituas já elaboraram Relatórios sobre as respectivas populações de rua Em PORTO ALEGRE, por exemplo, sabe-se que, antes das inundações, havia cerca de 5000 moradores em situação de rua, a maior parte alfabetizado e que já trabalharam com carteira assinada. Só 30% eram drogadictos ou portadores de doença mental. Os próprios moradores veem se organizando e participando de encontros em busca de soluções. Querem participar destas soluções. Em Torres, por exemplo, eles são liderados por NILTON POLICENA, ex morador de rua, que informa haverem 80 moradores em permanente situação de rua na cidade. 

A Rede Globo está dedicando, agora, uma série de reportagens sobre os moradores em situação de rua. Vale acompanhar. 

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Anexo

‘Vidas na rua’: não ter onde morar é perder o acesso a uma série de direitos fundamentais

O último levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, de 2022, mostra que em 10 anos a quantidade de pessoas em situação de rua aumentou 211% no Brasil.

Por Jornal Nacional - 11/07/2024 -https://g1.globo.com/jornal-nacional/vidas-na-rua/noticia/2024/07/11/vidas-na-rua-nao-ter-onde-morar-e-perder-o-acesso-a-uma-serie-de-direitos-fundamentais.ghtml 

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‘Vidas na rua’: não ter onde morar é perder o acesso a uma série de direitos fundamentais

Nesta semana, o Jornal Nacional está chamando a atenção para a situação peculiar em que se encontram milhões de pessoas no mundo todo. Gente que passa os dias e as noites na rua por não ter um teto. As duas primeiras reportagens da série especial mostraram que países ricos como os Estados Unidos e o Reino Unido têm milhares de seres humanos nessas condições. Nesta quinta-feira (11), o nosso olhar é para o Brasil.

Uma vez por semana a praça, em Copacabana, é o que foi feita para ser: um lugar de encontros. Moradores do entorno e voluntários dividem afeto e comida com quem também vive por ali, mas não tem endereço.

“Somos todos vizinhos. Assim como você conhece o vizinho, o padeiro, o jornaleiro, você pode conhecer a pessoa que está em situação de rua naquele momento”, diz Deborah Barrocas, diretora-executiva do Proj. Ruas.

“Boa noite, meu nome é Carlos Martins. Cheguei aqui cansado, receoso, agora estou feliz e grato”, diz um homem em situação de rua.

Olhar para uma pessoa e enxergar uma pessoa. Parece óbvio, mas esse é o primeiro passo. A chamada situação de rua vai muito além de dormir ao relento. Perder um teto é perder o acesso a uma série de direitos fundamentais que deveriam ser garantidos a todos.

“Habitação, trabalho, educação, assistência social, saúde. Essa é a realidade da rua: são andarilhos da alimentação”, afirma a defensora pública Cristiane Xavier.

Quando os voluntários vão embora, o lugar deixa de ser praça e volta a ser uma fronteira entre dois mundos que mal se olham.

“Muitos olham com cara de nojo”, conta uma mulher em situação de rua.

“Eu acho que elas enxergam o morador de rua como um verdadeiro trapo humano”, afirma um homem em situação de rua.

“Tem algumas pessoas que cospem, debocham. E tem algumas pessoas que chegam com uma comida, uma coberta”, diz outro.

“A gente sabe que a população em situação de rua cresceu. Para começo de conversa, o olhômetro das pessoas indica isso, quem mora nas grandes cidades sabe que aumentou, e o que a pesquisa do Ipea mostra é que essa impressão que a gente tem, ela condiz com a realidade”, afirma Marco Natalino, pesquisador do Ipea.

O último levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, de 2022, mostra que em 10 anos a quantidade de pessoas em situação de rua aumentou 211%. O número é ainda mais chocante se comparado com o crescimento geral da população: 2,4% no mesmo período.

“A pandemia pode ser considerada uma causa do crescimento nos últimos anos porque ela, na verdade, gerou uma série de vulnerabilidades, não só de ordem econômica, que é uma das principais causas, mas também fragilização dos vínculos familiares e de amizade, comunitários das pessoas”, diz Marco Natalino.

 

Crescimento da população — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Um outro levantamento, mais recente, mostra que o número segue aumentando. Segundo o CadÚnico, no último mês de maio, mais de 290 mil pessoas estavam em situação de rua; 13% são mulheres - uma a cada cinco é mãe.

Em meio à multidão masculina e solitária, uma voz feminina se destaca ainda mais. Voz de comando. Nathália Mendes nasceu na favela, viveu de perto o problema das ruas e desistiu de enxugar gelo. Ela percebeu que não vai haver comida que chegue se, junto com o alimento, não oferecer oportunidades.

“É uma lenda, um absurdo quando falam que população de rua não quer trabalhar. Para a gente é o que eles mais pedem”, afirma Nathália Mendes, diretora da ONG Recomeçar.

Mas nessa busca, muitas vezes, a porta se fecha logo na primeira linha da ficha de emprego.

“Que endereço é esse? Abrigo? Não. Como uma pessoa em situação de rua vai em uma entrevista de trabalho? Ela não tem roupa. A gente tem que viabilizar roupa. A gente precisa inúmeras vezes... Toma aqui, vamos lá cortar seu cabelo para você chegar na entrevista apresentável”, conta Nathália.

VIDAS NA RUA

• Série especial mostra problema que desafia governos no Brasil e no mundo

• Iniciativa nos Estados Unidos inspira projetos de acolhimento no mundo todo

De roupa nova, cabelo cortado e barba feita, Arquimedes Pereira Lima relembra os tempos em que tinha casa, família, três filhos, e trabalhava em uma grande empresa.

“Quando eu separei, de lá para cá, minha vida começou a decair. Devagarzinho, mas decaiu. Você não percebe, mas vai caindo devagarzinho”, afirma.

Ele não percebia que estava doente: alcoolismo.

“Quando eu vi, eu já estava no papelão, deitado no papelão enrolado”, lembra.

Na calçada, se equilibrava entre os olhares tortos e o desprezo.

“Passei muita fome, passei muita fome. Eu passei muita fome. Pedia um pão e ninguém me dava, cara”, conta.

Ele nunca desistiu de tentar um emprego. Perdeu a conta de quantas vezes ouviu um “não”. Foi então que as histórias de Arquimedes e Nathália se encontraram.

"Não tinha R$ 1 no bolso. Recorria a Nathália. Era meu anjo, sempre foi o meu anjo", diz Arquimedes.

“Sem um trabalho onde a pessoa consiga autonomia para ela ter dignidade, para ela se suprir as próprias necessidades, pode ser que eu seja radical, mas sem isso não funciona”, afirma Nathália.

Com a ajuda da Nathália, Arquimedes arrumou emprego: serviços gerais em um hotel. Nem chega a ser uma visita. Ele está de licença enquanto se recupera de uma cirurgia que foi paga pelo plano de saúde da empresa. Para quem tinha o céu como telhado, a vida deu uma reviravolta completa.

“Agora eu tenho uma casa, graças a Deus, onde morar, onde botar minha cabeça”, comemora.

A história de Wallace percorreu outros caminhos, mas também passou pela calçada. Abandonado pela mãe, foi criado em um abrigo. Na adolescência, fugiu em busca de ser livre. Foram 13 anos de caminhada até descobrir que a liberdade mora da porta para dentro.

Habitação primeiro. Essa ideia inverteu a lógica do atendimento à população de rua, e fez o menino das calçadas, pela primeira vez na vida, ter quatro paredes só para ele. A moradia é mantida pela mesma ONG que atua na praça de Copacabana.

“A casa em primeiro lugar. A casa é um fator estabilizador para a pessoa que está em situação de rua. Em um modelo tradicional, a pessoa primeiro passa por diversas etapas e para depois conquistar a casa. No entanto, a casa é uma base, é um fator de segurança que entra como estabilizador para essa pessoa se cuidar, para essa pessoa se tratar”, explica Allini Fernandes, presidente do projeto Ruas.

Wallace tem a responsabilidade de cuidar desse pedacinho do mundo, e a oportunidade de decorar o próprio espaço. O que ilumina a casa é o sorriso do morador.

“Foram dois, três meses para eu me adaptar. Porque eu não estava acreditando que eu estava dentro de uma casa que seria minha”, diz.

Um cômodo, cozinha e banheiro. Um novo mundo para quem nunca se acostumou a dormir no chão duro da rua.

Repórter: O que você mais gosta da sua casa?

“É a cama. É que antigamente eu dormia no papelão. Tinha vezes que eu não conseguia achar um papelão devido à chuva e, hoje em dia, a cama para mim agora está sendo...”, conta.

No canto oposto, um objeto igualmente importante. O diploma de cozinheiro, um pedaço de papel capaz de transformar uma vida. O fogão é bem velhinho, deixado pelo antigo morador. Mas Wallace prepara quentinhas para distribuir pelas ruas. Quem ganhava comida hoje oferece.

Hora de descansar. Amanhã, ele vai acordar cedo. Sabemos disso porque a casa não tem cortina, a claridade não incomoda. Quem viveu tanto tempo nas ruas aprendeu que uma casa não resolve todos os problemas da vida, mas é o mínimo de que um ser humano precisa para se reencontrar.

Na sexta-feira, o Jornal Nacional vai mostrar a situação na cidade de São Paulo. 


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Dia da População

O Dia Mundial da População é um evento anual, celebrado no dia 11 de julho.] No século XIX a população do globo não passava de 1 bilhão de pessoas, em 1900 éramos 1,2 bilhões e no ano 2000 já chegávamos a perto de 7 bilhões. O objetivo do DIA MUNDIAL DA POPULAÇÃO é alertar para as questões do planejamento e desenvolvimento populacional, quando parte significativa da humanidade não tem acesso a recursos e serviços básicos como saúde, educação, saneamento e alimentação, entre outros. O evento foi criado pelo Conselho de Governo do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em 1989. Foi inspirado pelo interesse público no Dia dos Cinco Bilhões, em 11 de julho de 1987, data aproximada em que a população mundial atingiu cinco bilhões de pessoas. Os seis bilhões foram atingidos em outubro de 1999, e os sete bilhões em outubro de 2011. E segue crescendo devendo chegar a 10,4 bilhões na década de 2080. 

No Brasil, íamos acompanhando as primeiras décadas do século XX com um crescimento em torno de 10 milhões ano, .partindo do número de 14 milhões de pessoas no ano da Proclamação da República. Chegamos a 1970 com “noventa milhões em ação”, como dizia uma canção muito cantada á época da Copa do Mundo. Daí saltamos, em 30 anos, para 180 milhões no ano 2000 e agora somos 214 milhões, maior parte vivendo em condições precárias nas regiões metropolitanas.  

Responsabilidade compartilhada

População mundial deve ultrapassar marca de 8 bilhões ainda este ano | ONU News

Ele lembra que atingir uma população global de oito bilhões é um marco numérico. Mas o foco deve permanecer nas pessoas como responsabilidade compartilhada, que é “cuidar do planeta” e honrar os compromissos mútuos.

De acordo com o relatório publicado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, a população mundial está projetada para atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permanecer nesse nível até 2100.

O estudo aponta que a população global está crescendo no ritmo mais lento desde 1950, tendo caído abaixo de 1% em 2020. As últimas projeções da ONU sugerem que a população mundial pode crescer para cerca de 8,5 bilhões em 2030 e 9,7 bilhões em 2050.

Metade dos 8 bilhões adicionados à população mundial foi resultado da expansão demográfica da Ásia. A África fez a segunda maior contribuição, com quase 400 milhões.

Dez países contribuíram para mais da metade do crescimento populacional: Índia, China e Nigéria são os países com maior índice. A África e a Ásia devem impulsionar o crescimento populacional até que o 9º bilhão seja alcançado em 2037.

O levantamento aponta que mais da metade do aumento projetado da população global entre 2022 e 2050 fique concentrada em apenas oito países: República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e República Unida da Tanzânia.

As populações da República Democrática do Congo e da Tanzânia devem crescer rapidamente, entre 2% e 3% por ano entre 2022 e 2050.

Segundo os dados, as taxas de crescimento populacional díspares entre os maiores países do mundo mudarão sua classificação por tamanho: a Índia deverá superar a China como o país mais país populoso em 2023.

Desigualdades

Guterres afirma que um mundo de oito bilhões de pessoas significa “oito bilhões de oportunidades para viver vidas dignas e realizadas”. Na contramão, ele lembra que se habita num mundo de grande desigualdade e destaca a questão de gênero.

O líder da ONU ressalta que estamos testemunhando novos ataques aos direitos das mulheres, incluindo serviços essenciais de saúde. As complicações relacionadas à gravidez e ao parto ainda são a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos.

Dados

Segundo os dados da ONU, desde meados do século 20, o mundo experimentou um crescimento populacional sem precedentes. A população mundial mais do que triplicou de tamanho entre 1950 e 2020.

A taxa de crescimento da população mundial atingiu um pico entre 1965 e 1970, quando o número de pessoas aumentou em média 2,1% ao ano.

Durante o período de 2000 a 2020, embora a população global tenha crescido a uma taxa média anual de 1,2%, 48 países ou áreas cresceram pelo menos duas vezes mais rápido: estes incluíam 33 países ou áreas na África e 12 na Ásia.

A expectativa de vida dos adultos no mundo desenvolvido aumentou desde meados do século 20 - o número de pessoas que atingem a idade de 100 anos nunca foi maior do que é hoje.

Em todo o mundo, o número de mortes em relação ao tamanho da população vem diminuindo desde a década de 1950. Nas próximas décadas, as projeções das Nações Unidas preveem uma diminuição gradual contínua nas taxas de mortalidade específicas por idade.


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PARA ONDE SOPRAM OS VENTOS?

Diz-se que breve é a vida, longa a arte. E a Política, faz parte da vida ou da arte? Aqui é bom lembrar que a natureza é a arte de Deus e a arte natureza do homem. Uma e outra, porém, dançam no tablado do tempo. Se entrelaçam. Revezam-se. O tecido político é um de seus resultados: breve e longa ao mesmo tempo. Tem raízes mas voa no vento das circunstâncias. Sempre uma incógnita, daí o erro de muitas pesquisas de opinião. A recente vitória da esquerda, na França, é um exemplo. Em 1974, no Brasil, quando não havia eleições diretas nem para Presidente nem para Governadores, ainda sob o impacto do “Milagre Econômico” dos anos 1969-1973, as urnas revelaram a vitória de 17 Senadores da Oposição. Um susto, que obrigaria o Presidente General Geisel ao Pacote de abril de 1977 e instituição dos Senadores biônicos, para evitar a precipitação da crise do regime militar. Não adiantou. Acabou na lenta, segura e gradual redemocratização.

E agora, então, o que estaria acontecendo no Brasil? Será que estamos na iminência de novos ventos? 

Aparentemente, subsiste a polarização Lula x Bolsonaro, mas há indícios de mudança no ar.

A estrela de Bolsonaro acendeu em 2018, amparada pelo impeachment da Dilma dois anos antes, pela refrega da Lavajato e pela prisão de Lula. Um obscuro deputado do baixo clero, ex capitão expulso do Exército como “mau militar”, nas palavras do então Presidente Geisel, engole o centro e lidera um inédito movimento de extrema direita no país que viria desembocar, em 2022, na maior bancada – PL – na Câmara dos Deputados e inúmeros governadores, inclusive de São Paulo.

Lula havia saído muito bem ao final do seu mandato em 2010 e, graças a isso, conduziu sua sucessão com o que se considerava um “poste”, Dilma Roussef, tanto neste ano quanto em 2014. Mesmo impedido, sustentou, com bom resultado, embora vencido, outro “poste”, Haddad, em 2018. Lutou pela sua reabilitação judicial, venceu uma máquina infernal a serviço da reeleição de Bolsonaro em 2022 e governa com bons resultados, tanto em indicadores como em pesquisas de opinião, há um ano e meio, embora enfrentando um Congresso Nacional francamente contrário. Faz “milagres”, já perto de seus 80 anos. Diz-se rejuvenescido e pronto para o Lula IV em 2026.

Bolsonaro ainda tem peso. Entretanto, não só perdeu a reeleição em 2022 mas vem perdendo terreno na Justiça Eleitoral, onde já cavou sua inelegibilidade, e agora, enfrentará os processos criminais abertos pelo seu indiciamento pela Polícia Federal. Num primeiro momento, ainda tentou se fazer de vítima de perseguição política. Diante dos fatos, vai se inclinando ao modelo Trump: Descaramento aberto, do tipo “Meti a mão grande, sim , e daí”. Indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no embrulho das joias, ele não pode mais bater no peito e dizer-se honesto Isso vai abrindo fendas no seu próprio campo, embora ninguém ainda o tenha confrontado. Mas no seu berçário político, Rio de Janeiro, já não convence. Eduardo Paes, candidato a Prefeito, apoiado por Lula, surfa com 53% de preferência, enquanto o Delegado Ramagem, bolsonarista, na alcança dois dígitos. Em São Paulo, outro reduto eleitoral importante do país, Boulos, também apoiado por Lula, parece levar a melhor sobre o Prefeito Nunes, MDB, candidato a reeleição com um vice bolsonarista raíz. Em Porto Alegre, outro aliado circunstancial, o Prefeito Mello, vai se despedaçando em folhetins depois das inundações. Resta-lhe, entretanto, o interior: interior da sociedade, interior da economia, interior das almas obcecadas pelo fanatismo.

Lula, enquanto isso, peleja para manter a economia sob controle, intercalando diatribes anti-mercado com concessões, como a que resultou do encontro dele com economistas heterodoxos que lhe explicaram o poder real do sistema financeiro para o qual trouxeram o famoso discurso de F.D.Roosevelt de 1936. No plano político, consciente de já não ter um grande Partido procura ampliar e fortalecer uma frente democrática capaz de ganhar o tempo suficiente para enterrar a onda extremista de direita. Seu maior problema é a sucessão, eis que não se percebe um herdeiro natural da sua obra. Outro questão é a incógnita do desenvolvimento. A China até inventou um modelo mas antes teve que fazer uma Revolução e atravessar, além da Longa Marcha daquele processo, outra longa marcha de desacertos que lhe custou milhões de mortos. Cingapura, também, sem marchas nem revoluções, mas é menor do que São Paulo. Continuamos singrando a resteva do baixo crescimento, assombrados pelo risco da inflação e da subida do dólar.


 

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DATA MAGNA DE SÃO PAULO – 9 JULHO

 

São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Sudeste e tem por limites os estados de Minas Gerais a norte e nordeste, Paraná a sul, Rio de Janeiro a leste e Mato Grosso do Sul a oeste, além do Oceano Atlântico a sudeste. É dividido em 645 municípios e sua área total é de 248 222,362 km², o que equivale a 2,9% da superfície do Brasil, sendo pouco maior que o Reino Unido. Sua capital é o município de São Paulo . Com quase 50 milhões de habitantes, ou cerca de 22% da população brasileira, é o estado mais populoso do Brasil, a terceira unidade política mais populosa da América do Sul (superado pela Colômbia e pelo restante da federação brasileira) e a subdivisão nacional mais populosa do continente americano. A população paulista é uma das mais diversificadas do país e descende principalmente de italianos, que começaram a emigrar para o país no fim do século XIX, num processo similiar ao que passou Buenos Aires, de portugueses, que colonizaram o Brasil e instalaram os primeiros assentamentos europeus na região, de povos ameríndios nativos, de povos africanos e de migrantes de outras regiões do país. Outras grandes correntes imigratórias, como de árabes, alemães, espanhóis, japoneses e chineses, também tiveram presença significativa na composição étnica da população local.

Conhecido como a "locomotiva do Brasil". O PIB paulista equivale à soma das economias de Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.[10] Se fosse um país independente, seu PIB nominal poderia ser classificado entre os 20 maiores do mundo (estimativa de 2010).[11] Além da grande economia, São Paulo possui bons índices sociais em comparação ao registrados no restante do país, como o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o segundo maior PIB per capita, a segunda menor taxa de mortalidade infantil, a menor taxa de homicídios e a terceira menor taxa de analfabetismo entre as unidades federativas brasileiras. 

 

O que foi a revolução constitucionalista de 1932?

O movimento conseguiu mobilizar 35 mil homens pelo lado dos paulistas, contra 100 mil soldados do governo Vargas

POR Eliza Kobayashi 07 de Março | 2018

 Cartaz de convocação de voluntários.Acervo do Instituto Histórico e Geográficode São Paulo Foto: Renato Chaui)

Antes de falar sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, é preciso voltar alguns anos na história para buscar os embriões deste que foi um dos maiores movimentos armados da história do Brasil. Durante a República Velha (1889-1930), formou-se uma aliança entre os estados mais ricos e influentes do país na época, São Paulo e Minas Gerais, cujos representantes alternavam-se no posto da presidência da república naquilo que ficou conhecido como a "política do café com leite". Em 1930, porém, o presidente Washington Luís, representante dos paulistas, rompe a aliança com os mineiros e indica o governador de São Paulo Júlio Prestes como seu sucessor, que venceu as eleições. As oligarquias mineiras não aceitam o resultado e, por meio de um golpe de estado articulado com os estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba, colocam Getúlio Vargas no poder. 

"Getúlio vem com uma nova proposta de modernização do país. O grupo que chega ao poder pretende promover essas mudanças de maneira autoritária, sem consultas eleitorais", conta Alexandre Hecker, professor de História Contemporânea da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Mackenzie. O novo presidente fecha o Congresso Nacional, anula a Constituição de 1891 e depõe governadores de diversos estados, passando a nomear interventores. As medidas desagradam profundamente as elites paulistas tradicionais. "Esses grupos, que eram ligados ao Partido Republicano Paulista (PRP) e haviam sido derrotados pela revolução de 1930, passam a trabalhar em oposição ao governo de Getúlio", diz Alexandre. Já, a partir de 1931, se junta a essa elite deposta um "grupo mais moderno", que exige do governo a criação de uma carta magna que regesse a legislação do país - algo que Vargas vinha adiando cada vez mais - além de eleições gerais para presidente da república.

Ao mesmo tempo em que se formava esse grupo opositor, fortaleciam-se, em São Paulo, os chamados tenentistas, constituídos não apenas por militares, mas também de civis que agiam sob sua liderança. "Eles se reuniam no Clube Três de Outubro e apoiavam as ações do governo", explica o professor. "Havia diversas brigas de rua entre os estudantes do Largo São Francisco e esse grupo getulista, os tenentistas". No dia 23 de maio, essas forças se encontraram e se defrontaram nas ruas de São Paulo, o que resultou na morte de alguns estudantes em praça pública, que ficaram famosos como MMDC (sigla das iniciais dos quatro jovens mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Mais tarde, adicionou-se a letra A, de Alvarenga, ao final da sigla, de outro jovem que acabou morto por causa do conflito).

Essas mortes foram o estopim que deu início no dia 9 de julho de 1932 à Revolução Constitucionalista. Com a ajuda dos meios de comunicação em massa, o movimento ganha apoio popular e mobiliza 35 mil homens pelo lado dos paulistas, contra 100 mil soldados do governo Vargas. "Havia uma possibilidade de que outros estados viessem em apoio ao governo do estado de São Paulo, mas ele ficou isolado e, com isso, se desenvolveu uma série de batalhas", destaca Alexandre. Foram quase três meses de batalhas sangrentas, encerradas em 2 de outubro daquele mesmo ano, com a derrota militar dos constitucionalistas. "Moralmente, porém, em termos de denúncia política, o movimento foi vencedor, porque logo depois do término do conflito, o governo federal convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que promulgou a Constituição do Brasil em 1934. Foi também quando, pela primeira vez no país, as mulheres participaram do processo eleitoral", ressalta o historiador.

O termo "revolução" para o movimento constitucionalista não é muito adequado àquilo que se propunha fazer, segundo o professor. "Não era uma revolução. Na verdade, desejava-se a normatização da legislação e do processo eleitoral, e não uma mudança no sentido de alteração das relações de poder ou qualquer coisa que significasse uma limitação no processo de desenvolvimento capitalista", afirma. Ele diz que, para alguns historiadores, o movimento é considerado até conservador e anti-revolucionário. "Era uma elite derrotada que queria voltar ao poder e encontraram nesse movimento uma desculpa para isso".

https://novaescola.org.br/conteudo/333/o-que-foi-a-revolucao-constitucionalista-de-1932


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Nós sempre teremos Paris...

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O que acontece após as eleições legislativas na França- Blog da Sandra Cohen

Dividida em 3, França mergulha em cenário desconhecido; leia análise

 

INFOGRÁFICO mostra como era e como fica o Parlamento da França

 

Celso Rocha de Barros – Vitória da esquerda no Reino Unido - https://gilvanmelo.blogspot.com/.../celso-rocha-de-barros...

Após a vitória da esquerda, França vive impasse político porque Macron se nega a entregar o poder à França Insubmissa

 

Começam nesta segunda-feira as negociações para a formação de um novo governo, às vésperas dos Jogos Olímpicos

 

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A Nova Frente Popular, de esquerda, sem dúvida é a maior vitoriosa do segundo turno, enquanto a Reunião Nacional, da extrema direita, é derrotada, caindo para o terceiro lugar, atrás do grupo liderado pelo presidente Emmanuel Macron. Embora deva dobrar o número de cadeiras na Assembleia, o partido de Marine Le Pen ficou longe da maioria absoluta necessária para liderar o governo. A esquerda da Frente Popular também não tem maioria para governar e terá que se compor com o Centro de Macron numa espécie de geringonça capaz de reproduzir a instabilidade reinante na Itália antes de Meloni. Os interesses, enfim, da esquerda e do centro não são metais que se fundem com facilidade. Como assinala o sociólogo Renato S. Oliveira a distância entre Macron, líder o Centro e Presidente da República, e Mélanchon, líder da esquerda, será um espaço a ser duramente construído. João Carlos Brum Torres destaca a peculiaridade institucional da França: “A situação é muito complexa. Não só politicamente complexa, mas institucionalmente. Uma professora de direito esclareceu que, no texto constitucional, o Presidente é árbitro e garantidor da integridade territorial, da unidade nacional, com prerrogativas com relação à política externa, ocorrendo, porém, que quando tem maioria parlamentar torna-se chefe o governo. Quando isso não ocorre, com agora, ele se torna um rei da Inglaterra um pouco mais forte e quem governa passa a ser efetivamente o primeiro ministro. Como os franceses não têm a tradição alemã do pós-guerra de criar alianças interpartidárias estáveis é bem possível que se formem governos instáveis e sem poderes para governar, o que, se ocorrer, obviamente facilitará avanços ainda mais robustos da extrema direita. Por ora, alívio ! “ 

Não obstante, a esquerda celebrou a vitória, que junto com a vitória trabalhista no Reino Unido freia o impulso ultradireitista que vinha alarmando a Europa Ocidental. 

“Formada por cinco partidos, a Nova Frente Popular se aglutinou rapidamente após a dissolução da Assembleia Nacional, por Macron. São partidos que têm diferenças ideológicas entre si, mas em comum, alcançaram o mesmo objetivo:  frear a ascensão do RN neste segundo turno e impedir a nomeação do discípulo de Marine Le Pen — o jovem Jordan Bardella — a primeiro-ministro francês.  Não por acaso Jean-Luc Mélenchon, o líder da França Insubmissa, foi o primeiro a se pronunciar, como o principal partido do bloco, para cobrar e reivindicar a vitória de seu bloco, logo após a divulgação das projeções dos resultados.

 “O presidente tem que se curvar e admitir que isso é uma derrota. Ele tem o poder e o dever de chamar a Nova Frente Popular para governar”, vaticinou Mélenchon. Não por acaso, Macron preferiu se manter calado até que o panorama esteja mais claro.”

 

Enfim, como ao final do “Casablanca” : NÓS SEMPRE TEREMOS PARIS...

 


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Candidatos apoiados por Bolsonaro lideram em quatro capitais contra três apadrinhados por Lula = https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/candidatos-apoiados-por-bolsonaro-lideram-em-quatro-capitais-contra-tres-apadrinhados-por-lula,54fed29db41d626cc1cadcbdff7e583buslzg6rm.html 

Disputa entre apadrinhados por Bolsonaro e por Lula está parelha em outras três capitais, incluindo São Paulo, e há localidades ainda sem definição; segundo especialista, pré-candidatos precisam dosar o índice de rejeição do candidato antes de colar sua imagem a deles

 

 

Por Gabriel de Sousa, Juliano Galisi, Karina Ferreira e Rayanderson Guerra - 03/07/2024 | 09h30

 

BRASÍLIA, RIO e SÃO PAULO - Quatro pré-candidatos que recebem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo comando das capitais lideram as intenções de voto conforme levantamentos mais recentes dos principais institutos de pesquisa do País. Os nomes apadrinhados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão à frente em outras três capitais.

Os pré-candidatos que têm o aval do ex-presidente disputam as prefeituras em Aracaju (SE), Belém (PA), Curitiba (PR) e Salvador (BA). Já os concorrentes que recebem o apoio de Lula lideram nas intenções de voto em Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Somadas, as cidades onde os postulantes apoiados pelo petista são favoritos possuem sete milhões de eleitores. As que os apadrinhados de Bolsonaro estão na frente, totalizam 4,9 milhões.

 

Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Estadão com base em pesquisas eleitorais mais recentes da Atlas Datafolha, Quaest, Paraná Pesquisas e Real Time/Big Data.

Na capital paulista, a última pesquisa Real Time Big Data, divulgada nesta segunda-feira, 1º, mostrou que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que é o pré-candidato de Lula, está empatado com prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro. De acordo com o levantamento, que ouviu 1.500 eleitores paulistanos entre os dias 25 e 28 de junho, ambos tem 29% das intenções de voto.

O mesmo ocorre em Rio Branco (AC) onde, segundo levantamento do Real Time Big Data divulgado no início de abril, o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB), apoiado por Lula está empatado com o atual prefeito Tião Bocalom (PL), com 34% de menções. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Em Fortaleza (CE), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (BH), os pré-candidatos do ex-presidente Bolsonaro estão à frente dos apoiados pelo petista, mas ambos não lideram as intenções de voto. Na capital cearense, o preferido é Capitão Wagner (União), na “Cidade Morena” é Rose Modesto (União Brasil) e em BH o líder é Mauro Tramonte (Republicanos).

 

Em Vitória (ES), nem o pré-candidato apoiado por Lula, o deputado estadual João Coser (PT), nem o afilhado de Bolsonaro, o também deputado estadual Capitão Assumção (PL), lideram na pesquisa mais recente. Divulgada há mais de um mês, em 22 de maio, o levantamento do Paraná Pesquisas apontou que o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), segue à frente da disputa, com 47,1%. Em seguida, o pré-candidato do PT tem 17% e é seguido pelo deputado do PL, com 7,10% das intenções de voto.

Vinícius Alves, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da IPESPE Analítica, explica que as eleições municipais representam um quadro multifacetado, com características específicas de cada cidade. Pesam o contexto político local, se o apoio dos padrinhos veio precoce ou tardiamente, por exemplo, além de um possível histórico de votação mais à esquerda ou à direita.

Por estar relacionada ao contexto local, o voto na eleição municipal é permeado por fatores que escapam à polarização entre Lula e Bolsonaro. Ainda assim, em cada capital estadual, a preferência do eleitorado é diferente e pode distinguir o potencial de votos dos pré-candidatos avalizados ou pelo petista ou pelo ex-presidente.

No segundo turno da eleição presidencial de 2022, por exemplo, a capital mais bolsonarista do País foi Boa Vista (RR), onde 78% do eleitorado optou pela reeleição do então presidente. Por outro lado, a capital com o maior porcentual de votos a Lula naquela ocasião foi Salvador, onde 71% dos votos válidos foram direcionados ao petista.

Além das variáveis, o cientista político também pontua que o apoio de Lula e de Bolsonaro não tem a mesma “intensidade” em todas as cidades, ou seja, há locais em que é preciso medir a quantidade de rejeição que um ou outro tem, antes que os pré-candidatos e seus partidos decidam que a melhor estratégia é colar a imagem ao petista ou a Bolsonaro. “Os dois são capazes de atrair apoiadores, mas eles também atraem rejeição em considerável medida, portanto, se associar claramente a um deles no início da disputa, antes da fase de definição, pode ter algum custo”, indica.

Por serem cidades com maior proporção de pessoas engajadas ou mais ativas politicamente, ambiente proporcionado por organizações políticas mais estruturadas, as capitais tendem a ser locais onde a disputa nacional reverbera com mais peso. O cientista político avalia que a polarização pode ser uma estratégia instrumentalizada nessas grandes cidades para gerar ainda mais engajamento contra o adversário.

“Acredito que, em geral, existe um terreno mais favorável nas capitais de grandes cidades para tentar polarizar a disputa, de alguma maneira, emular isso, o que acontece no plano nacional. Mas não dá para achar que vai ser do mesmo jeito em todos os locais”, adverte.

O Estadão procurou os comandos do PT e do PL que são responsavéis pelas estratégias para as eleições deste ano, mas não obteve retorno.

Veja o cenário nas capitais

Aracaju (SE)

A vereadora e ex-defensora pública Emília Corrêa, pré-candidata apoiada por Bolsonaro, lidera a disputa pela prefeitura de Aracaju (SE). O nome do PL aparece com 26% das intenções de voto, em uma liderança isolada para o pleito. Já a petista Candisse Carvalho (PT) tem apenas 1% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa do Real Time Big Data, encomendada pela Record.Os dados foram divulgados no dia 11 de junho. O Real Time Big Data ouviu mil pessoas entre 8 e 10 de junho de 2024. A pesquisa tem SE-02812/2024 com nível de confiança de 95% com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Belém (PA)

Na capital paraense, o pré-candidato e deputado federal Éder Mauro (PL), apoiado por Jair Bolsonaro, detém vantagem ante o prefeito Edmilson Rodrigues, do PSOL. É o que aponta levantamento do Paraná Pesquisas divulgado em 15 de junho. Em um dos cenários estimulados, o deputado federal figura com 30% de menções, ante 13,4% do atual chefe do Executivo local. O Paraná Pesquisas realizou 800 entrevistas em Belém entre os dias 9 e 14 de junho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais. O levantamento está registrado no TSE sob o número PA-04749/2024.

Belo Horizonte (MG)

Em Belo Horizonte, tanto o PL quanto o PT devem ter candidatos próprios na disputa pela prefeitura. O pré-candidato petista é o deputado Rogério Correia que, de acordo a última pesquisa divulgada pela Real Time Big Data no dia 17 de junho, tem 9% das intenções de voto. O pré-candidato do partido de Bolsonaro é o deputado estadual Bruno Engler, que tem 14% da preferência dos eleitores. Os dois estão atrás do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera a corrida com 23%.. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais e para menos. A equipe da Real Time Big Data entrevistou 1.000 eleitores entre os dias 14 e 16 de junho. O índice de confiabilidade é de 95% e o levantamento está registrado no TSE sob o número MG-00754/2024.

Campo Grande (MS)

 

 Adriane Lopes (PP), pré-candidata à reeleição apoiada pelo PL, sigla de Jair Bolsonaro, detém 14,4% de intenções de voto, figurando em terceiro lugar no principal cenário estimulado. Adriana está na frente da deputada federal Camila Jara (PT), apoiada por Lula, que tem 6,5% e está na quinta colocação. Contudo, ambas estão atrás da ex-deputada federal Rose Modesto, com 19,5% de menções, e do ex-governador do Estado André Puccinelli (MDB), que lidera com 26,4% de intenções de voto. Por outro lado, o cenário está indefinido, pois Puccinelli desistiu da disputa desde a realização da pesquisa. O Paraná Pesquisas realizou 800 entrevistas na capital do Mato Grosso do Sul entre os dias 19 e 24 de abril. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais. O registro no TSE é o número MS-05358/2024.

Curitiba (PR) - vai apoiar o deputado federal Luciano Ducci (PSB) que, segundo o último levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado no último dia 14 de maio, tem 13,1% das intenções de voto. Já Jair Bolsonaro vai apoiar o candidato da situação, o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD). Segundo a pesquisa, ele lidera a corrida com 22,9% da preferência dos eleitores no principal cenário estimulado.A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. O Paraná Pesquisas ouviu 800 eleitores entre os dias 8 e 13 de maio. O índice de confiabilidade é de 95% e o estudo está registrado no TSE sob o número PR-01291/2024.Na capital do Ceará, o candidato avalizado por Lula é o deputado federal Evandro Leitão (PT), que apareceu no último levantamento do Datafolha, divulgado nesta quinta-feira, 27, com 9% das intenções de voto. O candidato de Bolsonaro é o deputado federal André Fernandes (PL), que pontuou 12% no estudo. Ambos estão atrás do ex-deputado federal Capitão Wagner, que liderou o cenário estimulado com 33% de menções. A margem de erro é de quatro pontos percentuais. O Datafolha ouviu 644 eleitores entre os dias 24 e 26 de junho. O índice de confiança é de 95% e o levantamento está registrado no TSE sob o número CE-01909/2024.

 

Manaus (AM) Em Manaus, o candidato apoiado por Lula é o ex-deputado federal Marcelo Ramos, que recém se filiou ao PT e tem 8% das intenções de voto segundo a última pesquisa Quaest divulgada no dia 16 de maio. O candidato de Bolsonaro é o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), que tem 15% da preferência dos eleitores. Ambos estão atrás do atual prefeito David Almeida (Avante), que tem 30% e do deputado federal Amom Mandel (Cidadania), que tem 27%. A margem de erro do levantamento é de 3,1 pontos percentuais. O Quaest entrevistou 1.002 eleitores manauaras entre os dias 8 e 11 de maio de 2024. O índice de confiança é de 95% e a pesquisa está registrada no TSE sob o número AM-07730/2024.

 

Porto Alegre (RS)

Segundo levantamento Atlas/Intel realizado com eleitores de Porto Alegre (RS), a deputada federal e pré-candidata Maria do Rosário (PT), apoiada por Lula, tem 30% de intenções de voto no principal cenário estimulado. Com o índice, ela figura na frente do prefeito Sebastião Melo (MDB), pré-candidato à reeleição apoiado por Jair Bolsonaro, que detém 25% de intenções de voto.

A pesquisa ouviu 1.798 eleitores porto-alegrenses entre os dias 9 e 14 de junho e tem margem de erro de dois pontos porcentuais, com índice de confiança de 95%. O registro no TSE é RS-09253/2024.

Salvador (BA)

 

Segundo levantamento Paraná Pesquisas divulgado em 4 de junho, o prefeito de Salvador (BA), Bruno Reis (União Brasil), pré-candidato apoiado por Jair Bolsonaro, é favorito a se reeleger, com 64% de intenções de voto. O mandatário está na frente de Geraldo Júnior (MDB), nome apoiado por Lula, que detém 11% de menções.

O Paraná Pesquisas realizou 800 entrevistas presenciais em Salvador entre os dias 29 de maio e 3 de junho. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O registro no TSE é BA-01943/2024.

São Paulo (SP)

Na segunda-feira, 1º, o Real Time Big Data divulgou um levantamento que evidenciou um empate entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), apadrinhado por Lula. Ambos possuem 29% das intenções de voto do eleitorado paulistano.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Real Time Big Data realizou entrevistas com 1.500 eleitores paulistanos entre os dias 25 e 28 de junho e o índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06703/2024.

 

Recife (PE)

 

Em Recife, o atual prefeito João Campos (PSB) tentará a reeleição com o apoio do PT e do presidente Lula. A capital de Pernambuco é a cidade com o candidato apoiado pelo petista mais bem colocado entre todas as capitais. Caso a eleição fosse hoje, Campos seria eleito em primeiro turno com 57,3%, contra 21,4% do pré-candidato bolsonarista Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo de Bolsonaro. É o que aponta levantamento do Atlas Intel/CNN divulgado em 26 de abril. O Atlas/CNN ouviu 827 moradores de Recife, por meio de Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR), entre os dias 18 e 23 de abril. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número PE-05351/2024.

Rio Branco (AC)

 

Na capital do Acre, a disputa pela Prefeitura de Rio Branco está tecnicamente empatada. Segundo pesquisa do RealTime, divulgada em 9 de abril, os candidatos Marcus Alexandre (MDB), apoiado pelo presidente, está com 39% das intenções de voto, ante 34% de Tião Bocalom (PL), pré-candidato de Bolsonaro e atual prefeito que tenta reeleição. O instituto entrevistou 800 pessoas, entre 6 e 8 de abril. A pesquisa foi registrada no TSE sob o código AC-04245/2024 e tem nível de confiança de 95%.

Rio de Janeiro (RJ)

Uma pesquisa do instituto Quaest divulgada no último dia 18 de junho mostrou que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que tem o apoio de Lula, pode ser eleito ainda em primeiro turno, com 51% das intenções de voto. O pré-candidato de Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL) tem 11% da preferência dos eleitores. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Quaest fez entrevistas presenciais com 1.145 cariocas entre os dias 13 e 16 de junho. O índice de confiabilidade é de 95% e a pesquisa está registrada no TSE sob o número RJ-04459/2024.

Vitória (ES)

Em Vitória, capital do Espírito Santo, nem o pré-candidato apoiado por Lula, o deputado estadual João Coser (PT), nem o afilhado de Bolsonaro, o também deputado estadual Capitão Assumção (PL), lideram de acordo com a pesquisa mais recente. Divulgada há mais de um mês, em 22 de maio, o levantamento do Paraná Pesquisas apontou que o atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), segue à frente da disputa, com 47,1%. Em seguida, o pré-candidato do PT tem 17% e é seguido pelo deputado apoiado por Bolsonaro, com 7,10% das intenções de voto. A pesquisa, registrada no TSE com o número ES-08077/2024, foi realizada entre os dias 17 a 22 de maio, entrevistou 800 pessoas e tem margem de erro de 3,5 p.p. para mais ou para menos.

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Maria do Rosário tem 29,2% e Mello, 28%, em Porto Alegre, aponta pesquisa Futura Inteligência

Pesquisa para prefeito em Porto Alegre: Maria do Rosário tem 29,2% e Mello, 28%, aponta Futura Inteligência | Exame 

Na terceira posição, Juliana Brizola (PDT) aparece com 10%, seguida por Any Ortiz (Cidadania), que aparece com 5,8%, e Dr. Thiago (União), com 5,1% 

(Câmara dos Deputados/Assembleia de POA/Reprodução)

  

André Martins

A deputada federal e pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, Maria do Rosário (PT), tem 29,2% das intenções de voto, e o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), 28%, de acordo com a pesquisa da empresa 100% Cidades, em parceria com a Futura Inteligência, obtida com exclusividade pela EXAME. Pela margem de erro da pesquisa, há empate técnico entre o atual prefeito e a deputada.

Na terceira posição, Juliana Brizola (PDT) aparece com 10%, seguida por Any Ortiz (Cidadania), que aparece com 5,8%, e Dr. Thiago (União), com 5,1%. Luciano Zucco (PL) tem 3,1% das intenções de voto, e Felipe Camozzato (Novo) aparece com 2,9%. Ainda há um considerável número de eleitores indecisos ou que preferem votar nulo ou em branco, representando 7,8% e 7,9%, respectivamente.

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• Maria do Rosário (PT): 29,2%

• Sebastião Melo (MDB): 28%

• Juliana Brizola (PDT): 10%

• Any Ortiz (Cidadania): 5,8%

• Doutor Thiago Duarte (União): 5,1%

• Luciano Zucco (PL): 3,1%

• Felipe Camozzato (Novo): 2,9%

• Indecisos: 7,8%

• Voto branco/nulo: 7,9%

Outros cenários

Maria do Rosário lidera em todas as simulações de primeiro turno realizadas pelo instituto de pesquisa. Sem Juliana Brizola, a pré-candidata do PT aparece com 29,6%, seguida por Melo com 27,2%. Ortiz tem 8,9% nesse cenário, enquanto Duarte aparece com 6,5% e Luciano Zucco, 5,9%. Camozzato avança 1 ponto percentual e chega a 4,2%.

No terceiro cenário, sem o Dr. Thiago e com Fabiana Sanguiné, Rosário tem 28,6% e Melo, 28,5%. Brizola aparece na segunda posição com 10,6%. Os demais candidatos não têm variação significativa nessa projeção.

No último cenário estimulado, Rosário aparece com 28,1%, Melo com 25,3% e Juliana Brizola com 10,1%. Comandante Nádia (PL), incluída nesse cenário no lugar de Luciano Zucco, tem 9,6%. Dr. Thiago Duarte aparece com 7,9% e Delegada Nadine surge com 4%.

José Luiz Soares Orrico, fundador e diretor técnico da Futura Inteligência, afirma que Melo tinha uma situação confortável para uma reeleição tranquila até as enchentes que atingiram Porto Alegre, o que fortaleceu a candidata da oposição.

"Após as enchentes, o processo ficou indefinido. A campanha e a exploração do que foi feito ou não foi feito pelo prefeito é o que deve pautar a eleição. A candidata Maria do Rosário cresceu muito e, a pesquisa indica, que ela vai disputar a eleição com chances", diz Orrico.

A capital do Rio Grande do Sul vai enfrentar um contexto desafiador, marcado pela situação de calamidade devido às chuvas intensas que afetaram a região em maio. A cidade de Porto Alegre ainda enfrenta os impactos das enchentes, incluindo o fechamento do Aeroporto Salgado Filho - cuja reabertura está prevista para dezembro - como uma das mais graves consequências. Em todo o estado, as mortes chegaram a 180 e mais de meio milhão de pessoas ficaram desabrigadas.

Pesquisa espontânea em POA

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado afirma a preferência eleitoral por conta própria, sem sugestões do instituto, Melo lidera com 32,7%, enquanto Maria do Rosário aparece com 21,7%. Os demais candidatos não passam de 2% nesse levantamento.

Melo lidera na simulação de segundo turno

Apesar de aparecer com uma leve desvantagem em todos os cenários do primeiro turno, o atual prefeito de POA tem vantagem nas simulações de segundo turno. Melo aparece com 47,2% contra 39,5% da Maria do Rosário, sua principal concorrente neste momento da disputa eleitoral. O chefe do executivo portoalegrense também vence Juliana Brizona, Any Ortiz e Dr. Thiago Duarte.

Rosário aparece em empatada tecnicamente com Brizola em uma simulação de segundo turno, e venceria Ortiz com 40,7% contra 35,1% da pré-candidata do Cidadania.

A pesquisa Futura/100% Cidades foi registrada no TSE como RS-04997/2024 e ouviu 800 pessoas entre os dias 17 e 21 de junho, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.

Enchentes no RS

  

 

Quando vai ser a eleição para prefeito?

As eleições municipais de 2024 vão acontecer no dia 6 de outubro de 2024, o primeiro domingo do mês. Já o segundo turno, se houver, deve acontecer no último domingo do mês, dia 27 de outubro, nas cidades com mais de 200.000 eleitores em que a candidata ou candidato mais votado à prefeitura não tenha atingido a maioria absoluta, isto é, metade mais um dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).


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POR QUE O BRASIL É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR NÚMERO DE NOVOS CASOS DE HANSENÍASE

MARCO ZERO CONTEÚDO/26/01/2024- https://marcozero.org/por-que-o-brasil-e-o-segundo-pais-com-maior-numero-de-novos-casos-de-hanseniase/ 

Por Fabiana Coelho

Vinte e seis de janeiro é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hanseníase. As estatísticas mais recentes registram mais de 200 mil casos novos da doença no mundo. Quase 30 mil deles estão no Brasil, que ocupa a vice-liderança mundial – atrás apenas da Índia. Neste Janeiro Roxo, mês em que a população deveria ser convocada a discutir a hanseníase, é o caso de questionar como uma doença, que tem cura e não se transmite facilmente, pode continuar existindo por mais de 3.500 anos?

Para quem atua na área, três pontos merecem ser destacados: as falhas nos diagnósticos; a negligência com alguns sintomas e as políticas públicas insuficientes de prevenção e tratamento.

O caso de Maurineia Vasconcelos é emblemático. Ela tem hanseníase há 23 anos. Quando obteve o diagnóstico, a doença já estava avançada. Não havia manchas no corpo, apenas dores. Os médicos falavam em reumatismo ou febre reumática. Foram quase dois anos de peregrinação pelos postos de saúde.

Maria (nome fictício) passou mais de 20 anos buscando a causa para suas dores. Recebeu diagnósticos de fibromialgia, Síndrome do Túnel do Tarso, polineuropatia, a lista é longa.

Ambas carregam no corpo as consequências destes diagnósticos tardios: Maurineia tem as “mãos em garra”, um nervo dos braços comprometido e metade da perna esquerda amputada; Maria tem pés e mãos deformados. “A hanseníase tem cura mas, se não tratada logo, as sequelas são permanentes, a exemplo de poblemas vasculares, feridas crônicas e nervos destruídos. Tudo isso pode causar cegueira, amputações e muitos outros problemas”, afirma Pollyane Medeiros, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (Morhan), em Jaboatão.

Foi o que aconteceu com Maurineia. Com uma ferida crônica, que não foi tratada adequadamente, ela precisou amputar metade da perna esquerda em 2020. “Isso acontece com muitas pessoas e é uma de nossas lutas: que as pessoas com sequelas possam ter acesso a um acompanhamento digno, com salas de curativo e mais facilidade na assistência”, diz Pollyane.

SINTOMAS NEGLIGENCIADOS

Para Alexandre Menezes, diretor da organização não governamental Fundação NHR Brasil, pouquíssimos médicos estão capacitados para diagnosticar a doença. “Fala-se da hanseníase como uma doença dermatológica e a maioria dos especialistas da área são dermatologistas, mas trata-se de uma doença dos nervos. Geralmente as lesões na pele só surgem quando ela já está adiantada. Os sintomas neurais são negligenciados”, explica.

Andrea Maia é médica vascular e hansenóloga. Trabalha nessa área há 14 anos, no Serviço de Referência Municipal de Petrolina. Para ela, a própria OMS (Organização Mundial de Saúde) tem responsabilidade na negligência aos sintomas neurais quando define os casos da doença conforme o número de lesões na pele. “A bactéria parasita células que ficam dentro dos nervos periféricos ou em pequenos nervinhos da pele. Os profissionais de saúde não aprendem sobre o acometimento neural na faculdade. Como tentar acabar com uma doença neurológica se temos que esperar que ela apareça na pele?”, questiona.

Uma das pacientes de Andrea, que prefere não se identificar, descobriu a hanseníase por acaso. Com uma espécie de cansaço permanente nas pernas, procurou uma médica vascular para tratar o que ela acreditava ser um problema de circulação. Ao apalpar os nervos da paciente, Andrea percebeu um espessamento. Os sintomas eram discretos mas, com as observações clínicas e um exame PCR, a especialista conseguiu confirmar o diagnóstico.

A maioria dos exames disponíveis hoje podem apenas sugerir a doença. A baciloscopia só é positiva quando o paciente já apresenta muitos bacilos espalhados pela pele. A dosagem de anticorpos pode servir para acompanhamento, mas a presença de anticorpos apenas indica que o paciente está exposto à doença, e não que tenha a presença da bactéria. O PCR permite detectar a infecção e investigar o DNA do microorganismo.

No caso dos sintomas neurais, também é possível observar o espessamento e alterações dos nervos a partir de instrumentos como a ultrassonografia e a eletroneuromiografia. “Mas a ultrassom de nervos periféricos e a eletroneuromiografia não estão disponíveis na maioria das cidades. E o PCR, por enquanto, só é realizado em centros de pesquisa. Não está disponível comercialmente e nem pelo SUS”, afirma Andrea.

Para o diagnóstico, os médicos precisam levar em conta diversos fatores, incluindo o histórico do paciente. Segundo Andrea, área de pele aparentemente normal, mas com anestesia, já fecha o diagnóstico. É importante avaliar a sensibilidade e a força muscular dos olhos, mãos e pés. “Outro achado comum, mas desconhecido pela maioria das pessoas e profissionais de a saúde, é a presença de áreas sem pelo nas pernas de homens”, relata a médica.

FALTA PREVENÇÃO

Apesar de não ser uma doença cuja transmissão esteja relacionada à questões de saneamento básico ou higiene, a hanseníase afeta sobretudo as classes sociais mais baixas. “A qualidade da nutrição é um dos fatores que contribui para isso. Trata-se de uma doença que afeta de forma diferente as pessoas conforme o grau de imunidade. E uma alimentação inadequada diminui a imunidade”, explica Andrea.

Para Alexandre Menezes, questões como moradia e assistência à saúde também contribuem para que a doenca se torne uma doença que atinge sobretudo os mais pobres. “A hanseníase não se transmite facilmente, como uma covid ou uma gripe. É preciso haver um contato prolongado. Nas áreas mais pobres é comum mais de dez pessoas dividirem um único quarto. Ambientes pequenos, mal ventilados e com grande concentração de pessoas”, explica.

A recomendação da OMS e do Ministério da Saúde é que, nos casos de hanseníase, seja feita a investigação dos contatos, ou seja, que as pessoas próximas sejam acompanhadas clinicamente. Mas, os vários grupos que atuam no enfrentamento à doença são unânimes em afirmar que esse acompanhamento é falho e, quando acontece, restringe-se aos contatos domiciliares.

Entre outras iniciativas, a NHR Brasil tem se dedicado a uma pesquisa clínica de medicação preventiva para contatos próximos de pacientes com hanseníase. Os testes estão sendo feitos com famílias de Fortaleza e Sobral (Ceará), e também por filiais da organização na Índia e Indonésia. A pesquisa envolve estudos, mapeamento de casos e administração dos medicamentos. A expectativa é que seja concluída em 2026.

JUNTOS CONTRA O PRECONCEITO

Mesmo sendo uma doença que tem cura e de difícil transmissão, o estigma ainda pesa contra os que têm hanseníase. Recentemente, Pollyane Medeiros, do Morhan, testemunhou um episódio de preconceito que de um profissional de saúde em uma clínica de fisioterapia. “Ao ter acesso ao laudo de uma pessoa com sequelas, que já tinha cumprido tratamento, ele chegou a afirmar, na frente de todos, que a hanseníase não tinha cura, revelando sua ignorância sobre a doença e expondo a pessoa à discriminação e preconceito”.

Falta de informações e uma cultura milenar, atrelada a conceitos bíblicos e religiosos, contribuem para isso. Uma das entrevistadas que não quis se identificar relata: “Deixei de ser convidada para alguns eventos quando falei a colegas sobre minha doença”.

Organizações como a NHR Brasil e a Morhan, e diversos grupos de autocuidado, contribuem para que pessoas com hanseníase lidem de forma coletiva com a doença. Premiada no ano passado durante o Fórum Social Brasileiro de Doenças Infecciosas e Negligenciadas, Maurineia Vasconcelos coordena o Grupo Saúde, que reúne pacientes da policlínica municipal Clementino Fraga, no Vasco da Gama. Atividades de empoderamento, oficinas de empreendedorismo, troca de experiências, apoio e assistência, festividades e eventos ajudam os participantes a lidar com a doença e com o preconceito.

 

Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase existe há 42 anos. Crédito: Acervo pessoal

CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO

A hanseníase tem cura, mas ainda há controvérsias quanto à forma de administração dos medicamentos. A médica Andrea Maia, por exemplo, é contra a padronização nos prazos de duração do tratamento. “Passado o período de seis meses ou um ano, sugerido pela OMS, é preciso haver um acompanhamento cuidadoso. Tenho observado casos em que algumas bactérias resistem”, conta.

Glauco Lima teve hanseníase na década de 80. Teve erupções na pele e demorou até obter o diagnóstico. Na época, o processo de tratamento era mais longo e complexo. Seis anos depois, a doença se manifestou nos tendões.

Ele garante que foi infectado duas vezes. Mas, para Andrea, é possível que alguma bactéria tenha resistido e, com o tempo, voltou a se reproduzir no organismo. “Este é o objeto de minha tese de mestrado. Venho acompanhando casos em que, mesmo depois do período de tratamento, o material coletado e enviado para biópsia revela a presença de bactérias vivas. Acredito na importância de haver um acompanhamento dos pacientes para que os prazos para administração dos medicamentos seja adequado a cada situação”, diz.

O fato é que, embora seja uma doença milenar, ainda há um longo caminho a percorrer até zerar a transmissão da doença, meta antiga para quem atua na Saúde Pública. Para isso, há que reforçar os estudos e informações sobre a doença; melhorar as políticas de prevenção e tratamento; dar atenção aos sintomas invisíveis e neurais; e agir contra a desinformação e preconceito.

Serviço:

Fique atento aos sintomas: não apenas manchas ou falta de sensibilidade na pele. Dormência ou formigamento em mãos ou pés, câimbras constantes, dores no corpo, fraqueza ou cansaço muscular. Tudo isso também pode ser um sinal de Hanseníase. O tratamento da doença é feito apenas pela rede pública. Se você tem alguns destes sintomas e é atendido na rede particular, pode convencer seu médico a fazer uma investigação mais aprofundada antes de procurar o posto de saúde de seu bairro.

• A NHR Brasil é filial da NLR, uma organização holandesa que atua há 50 anos no enfrentamento à Hanseníase no mundo. A sede fica no Ceará, mas ela tem atuação em todo o país. Você pode entrar em contato pelo e-mail nhr@nhrbrasil.org.br ou acompanhar a instituição pelo site ou no Instagram @nhrbrasil

• O Morhan tem 42 anos de atuação em todo Brasil. Em Pernambuco, possui núcleos no Recife, Jaboatão e Vitória de Santo Antão. Você pode se informar pelo site ou acompanhar pelo Instagram @morhanjaboataope e @morhanrecife

• Grupos de autocuidado: existem cinco grupos de autocuidado ativos em pernambuco: um no sistema prisional; um na policlínica Clementino Fraga; dois no hospital Otávio de Freitas; e um na policlínica municipal Lessa de Andrade, na Madalena.

Marco Zero Conteúdo = É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.

 


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FRUSTRADA TENTATIVA DE GOLPE NA BOLÍVIA

Coluna Paulo Timm – Publicada em A FOLHA, Torres RS – 28 junho 2024 

A Bolívia revive um pesadelo recorrente:Tentativa de golpe militar, entretanto, com tanques cercando Palácio de Governo que, felizmente, naufragou. O Presidente Luis Arce não se intimidou diante da soldadesca. Chamou o povo para as ruas e desceu as escadarias para enfrentar os golpistas. Passou uma descompostura no Chefe do Exército, Juan Zúñiga, na frente do assessores, dos soldados rasos e oficiais seguidores e o prendeu em praça pública. A União Europeia, a Organização dos Estados Americanos e o governo brasileiro repudiaram imediatamente a tentativa de golpe militar. Lula telefonou para a presidente de Honduras, Xiomara Castro, propondo uma reunião extraordinária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A reunião, marcada para esta quinta-feira (27), visou emitir uma declaração conjunta dos países da região condenando a tentativa de ruptura democrática na Bolívia.

O Presidente Biden, depois de algum tempo, tempo a condenou. Tendo percebido, aliás, sinais de sabotagem dos Estados Unidos à sua gestão, sobretudo diante da questão do lítio, abundante no país, Arce convocou representante da Casa Branca em La Paz dias antes da tentativa de golpe. Convocando a encarregada de negócios americana, Debra Havia, para uma reunião a portas fechadas. Parece que resultou.

Milei, Presidente Argentino, calou-se. No fundo, torceu pelo sucesso do golpe. No Brasil, o deputado federal Ricardo Salles, bolsonarista de carteirinha, ex Sinistro do Meio Ambiente notabilizado pelo estímulo ao estouro da boiada na Amazônia , até regozijou-se com o golpe. Agora, certamente, terá que se explicar ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados...

Afinal, as tropas recuaram, o que sinalizou o fracasso do movimento antidemocrático. 

A Bolívia conheceu inúmeros golpes na sua vida republicana. Ganhou alguma tranquilidade e prosperidade depois da vitória de um líder indígena: Evo Morales. Justifica-se: Grande parte da população boliviana é indígena ou mantém estreitos laços com as comunidades indígenas. Nada mais justo do que um de seus líderes governe o país. Quando saiu do Governo, acossado pela direita, houve nova tentativa de golpe, felizmente contigo. Agora, tendo a frente do Governo um de seus seguidores, o golpismo ressurge no país Andino. 

Um dos problemas da Bolívia é sua divisão entre o altiplano, majoritariamente indígena e a planície que se estende em torno de Santa Cruz de la Sierra, vizinha ao Brasil, mais ocidentalizada. Por várias vezes, esta região já tentou se separar do altiplano, sem êxito, mas continua sempre em ferrenha oposição à La Paz. 

O ocorrido na Bolívia é uma advertência aos democratas latino-americanos. O ex Chanceler Celso Amorim alerta: - “Essa tentativa falhou, mas podem ocorrer outra.A Bolívia é um país que tem sido fracionado entre as forças populares. Tem que tomar muito cuidado". Celso Amorim destacou ainda a importância das relações entre Brasil e Bolívia, mencionando as compras de gás natural e a iminente adesão plena da Bolívia ao Mercosul. No entanto, ele fez uma ressalva: “tudo isso só funciona na democracia".

Aqui, a lembrança do velho ditado: Quem vê as barbas do vizinho arder, pôe as suas de molho... O nazi-fascismo não morreu com Hitler, em 1945. Virou um fantasma com novas roupagens, sempre à espreita do ressurgimento. Mas como dizia a velha UNIÃO DEMOCRÁTICA NACIONAL – UDN - , numa época em que abrigava um direita esclarecida e que se pretendia defensora da democracia: 

“ O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Ó tempos! Bons tempos!


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A QUESTÃO DA MACONHA

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Decisão 'nobre', 'invasão de competência': veja como repercutiu a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. 

Lula disse que é 'nobre' diferenciar usuário de traficante; Pacheco disse considerar decisão 'invasão de competência' do legislativo. STF ainda precisa definir quantidade que diferencia usuário de traficante.

 

O que é mito e o que é verdade sobre maconha? Faça o QUIZ e veja infográfico sobre a droga - STF formou maioria para considerar que não há crime quando uma pessoa carrega consigo uma quantidade de maconha. Ministros vão agora definir parâmetros para separar usuário de traficante.

 

Porte de maconha para uso pessoal: entenda como fica a proposta em análise no Congresso após a decisão do STF - Tribunal decidiu que não é crime porte de maconha para consumo próprio e vai diferenciar usuário de traficante. Decisão não impede que Congresso analise proposta sobre o tema.

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Ao encerrarem, nesta quarta-feira (26), o julgamento sobre o porte de maconha para consumo próprio, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fixaram o parâmetro de 40 gramas ou seis plantas fêmeas para diferenciar usuários de maconha e traficantes da planta.

E é aí que começa uma outra parte da discussão. O que significam 40 gramas? É muito? É pouco?

Para Cristiano Maronna, doutor em Direito Penal pela USP e diretor da organização Justa, os ministros reconheceram a necessidade de fixar um parâmetro objetivo. Mas, na avaliação dele, essa não é a quantidade ideal para efeitos no sistema prisional.

É o que ele explica em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (27).

"Eu entendo que um peso maior, uma quantidade maior, seria melhor para fins de impactos no sistema de Justiça criminal, sistema prisional. Mas, de qualquer modo, 40 gramas já é um parâmetro melhor do que existe hoje, em que há uma anomia."

"E vários ministros reconheceram isso. Daí a necessidade de fixação de parâmetros objetivos", complementa.

Ele também ressalta que a decisão é provisória e deve vigorar até que o Congresso ou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tratem da matéria.

Reproduzir vídeo40g de maconha é muito ou pouco?

Mais especificamente, Maronna lembra que a necessidade de fixar uma quantidade surgiu com mais força após o ministro Alexandre de Moraes, em agosto, fundamentar seu voto citando um estudo da Associação Brasileira de Jurimetria apontando a diferença de flagrantes para brancos e negros.

"Chegaram a conclusão de que pessoas negras flagradas com até 20 gramas de maconha são classificadas como traficantes, enquanto pessoas brancas flagradas com até 60 gramas de maconha são classificadas como usuárias", disse Maronna.

Os ministros não liberaram o uso de maconha nem legalizaram qualquer entorpecente. Outras condutas envolvendo a substância, que não o porte, podem ser configuradas como tráfico.

Por exemplo, se uma pessoa for flagrada com maconha, ainda que em quantidade inferior a 40 gramas, e haja elementos de que ela estava vendendo a droga, poderá ser presa e responder pelo crime de tráfico.

Ouça a íntegra do episódio.


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ASSANGE : Livre, porém culpado: entenda quem é Julian Assange e qual o acordo para sua liberdade

Liberdade para Assange, fundador do WikiLeaks, ocorre após 12 anos encarcerado por ter divulgado segredos de Estado dos EUA, como violações aos direitos humanos na Guerra do Iraque

Vanessa Martina-Silva - https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/livre-porem-culpado-entenda-quem-e-julian-assange-e-qual-o-acordo-para-sua-liberdade/?utm 

• Quem é Julian Assange?

• Por que ele foi preso?

• Por que ele foi liberto?

• O que consta no acordo?

Julian Assange foi libertado após chegar a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. Ele se declarou culpado de um único crime grave, encerrando assim uma longa saga que envolveu vários continentes.

Quem é Julian Assange?

Assange nasceu em 1971 em Townsville, no estado australiano de Queensland. Começou a se interessar por computadores desde cedo e, no início dos anos 1990, já era considerado um dos hackers mais habilidosos da Austrália.

Em 2006, fundou o WikiLeaks, uma organização que publicava material vazado. Em 2010, Assange ganhou notoriedade mundial ao publicar uma série de vazamentos de Chelsea Manning, ex-soldado do exército estadunidense. Entre os arquivos, havia um vídeo de um ataque de helicópteros Apache das forças estadunidenses em Bagdá em 2007, no qual 11 pessoas foram mortas, incluindo dois jornalistas da agência Reuters.

O governo dos EUA iniciou uma investigação criminal e Manning foi finalmente condenada e presa pelos vazamentos, embora posteriormente sua pena tenha sido atenuada.

Em novembro de 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 250 mil telegramas diplomáticos dos EUA.

Leia também | Esposa de Assange, sobre apoio de Lula: “É um líder global e pode mudar os rumos da história”

Em 2016, Assange voltou a ser notícia após o WikiLeaks publicar e-mails de operativos do Partido Democrata no período anterior às eleições presidenciais dos EUA. Segundo a Procuradoria dos EUA, os e-mails foram roubados pela inteligência russa e faziam parte de uma operação para interferir nas eleições a favor de Donald Trump.

Assange é aclamado por muitos em todo o mundo como um herói que revelou irregularidades militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

Protesto em Londres, em 26 de agosto de 2023, contra a prisão de Julian Assange e os processos de extradição dos EUA (Foto: Alisdare Hickson)

Por que ele foi preso?

Em 2010, foi emitida uma ordem de prisão contra Assange por duas acusações diferentes de abuso sexual na Suécia. Após um tribunal britânico decidir que ele poderia ser extraditado para a Suécia, Assange foi para a embaixada do Equador, onde foi concedido a ele asilo político pelo governo do então presidente Rafael Correa. Na época, se teve conhecimento de que ele temia que, uma vez extraditado para a Suécia, poderia ser extraditado para os Estados Unidos.

Ele permaneceu lá por quase sete anos, durante os quais suas relações com o governo equatoriano se tornaram cada vez mais hostis com a saída de Correa da presidência e a chegada de Lenin Moreno. Em 2019, o ministro das Relações Exteriores do país acusou Assange de comportamento inapropriado, o que incluía andar de patinete e jogar futebol dentro da embaixada, além de ameaçar funcionários da embaixada.

Em 2017, as autoridades suecas retiraram suas acusações contra Assange, mas sua ordem de prisão no Reino Unido por violar a fiança ainda estava em vigor. Em 2019, o Equador retirou o asilo e permitiu que a polícia britânica entrasse na embaixada para prendê-lo.

Após sair da embaixada, Assange foi detido em nome dos Estados Unidos, que haviam solicitado sua extradição. Os Estados Unidos queriam que ele respondesse a 18 delitos e o acusavam de incentivar e ajudar Manning a roubar arquivos militares. Se fosse condenado, poderia enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão.

Por que ele foi liberto?

Nos últimos cinco anos, Assange ficou detido em uma prisão de segurança máxima no sul de Londres, onde teve a liberdade sob fiança negada por suposto risco de fuga. Durante todo esse tempo, sua família e simpatizantes afirmavam que sua saúde física e mental estava piorando.

Em 2021, um tribunal britânico disse que Assange poderia ser extraditado para os Estados Unidos, mas no início deste ano ele ganhou o direito de apelar desse veredicto.

Leia também | “Temos que continuar agindo, isso vai acabar bem”, diz líder pró-Assange na América Latina

Em fevereiro, o Parlamento australiano aprovou uma moção pedindo aos governos dos EUA e do Reino Unido que permitissem que Assange retornasse ao seu país natal. Em abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que estava analisando um pedido da Austrália para retirar a acusação contra Assange.

A família de Assange — incluindo sua mãe — disse nessa terça-feira (25) que o fim de seu “calvário” se deve a uma “diplomacia tranquila”, enquanto seu pai agradeceu ao primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

O que consta no acordo?

Assange deve comparecer nesta quarta-feira (26) a um tribunal federal das Ilhas Marianas do Norte, uma comunidade dos EUA localizada no Pacífico ocidental, onde ele deve se declarar culpado de uma acusação prevista na Lei de Espionagem por conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações classificadas de defesa nacional. É esperado que o pedido de extradição seja retirado e que Assange não enfrente nenhuma outra acusação.

A audiência ocorre nas Ilhas Marianas do Norte devido à oposição de Assange de viajar para o território continental dos EUA e à proximidade do tribunal com a Austrália.

Leia também | Chomsky defende Assange: “Lei de Espionagem dos EUA não cabe em uma sociedade livre”

Os promotores concordaram com uma sentença de cinco anos, mas disseram que o tempo já cumprido em uma prisão britânica contará para isso. Isso significa que ele será libertado após a sentença.

A declaração de culpa ainda precisa ser aprovada por um juiz, e, neste caso, ele poderá retornar à Austrália após a sentença.

John Shipton, pai de Assange, declarou nesta terça (25) à mídia australiana que parece que “Julian poderá desfrutar de uma vida normal com sua família e sua esposa, Stella”.

* Este texto foi traduzido com o auxílio de Inteligência Artificial.


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Aumenta violência contra idosos no Brasil

Violência contra idoso cresce 38% no Brasil, diz levantamento

Foram mais de 65 mil denúncias no primeiro semestre de 2023; segundo especialistas, as pessoas estão se sentindo confiantes em denunciar. Veja estados que tiveram maior crescimento.

Por Amanda Lüder, Fábio Santos, g1 SP e GloboNews

26/07/2023 11h55 Atualizado há 7 meses

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Violência contra idoso cresce 38% no Brasil, diz levantamento

Um levantamento da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos aponta que houve um aumento de 38% nos casos de violência contra pessoas idosas no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram mais de 65 mil denúncias e o crescimento foi registrado em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal.

Veja os estados que tiveram alta mais significativa:

📍Tocantins + 155%

📍Amapá: +110%

📍Pernambuco: +90%

📍São Paulo: +44%

Segundo especialistas, os casos aumentaram, mas as pessoas estão se sentindo confiantes em denunciar.

"A gente precisa olhar com esses números com preocupação e, depois, pensar na política pública com certo otimismo. A preocupação é porque os casos aumentaram e o otimismo é que a gente tem a retomada do nosso 'Disque 100' e consequentemente as ações dessa gestão que estão sendo para explicar e educar quais são os tipos de violência que afetam mais as pessoas idosas", diz Alexandre da Silva, Secretário Nacional Dos Direitos da Pessoa Idosa.

Para a Marisa Acciolly, especialista em gerontologia pela SBGG e professora da USP, o crescimento indica que há um conhecimento maior por parte das pessoas idosas, no sentido de como procurar ajuda.

As violências mais denunciadas são a física, a patrimonial e a psicológica.

Idosa sofre etarismo ao tentar financiamento imobiliário

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Idosa diz que sofreu etarismo ao tentar financiamento imobiliário: 'Muito desdém'

A aposentada Marly Gama, que mora em São Paulo, foi até uma agência bancária para buscar informações a respeito de um financiamento para uma casa própria. No entanto, ao solicitar ao atendente, ele a atendeu com desrespeito e etarismo, algo que é mais comum do que parece.

"Eu fui pedir informações, e disse que eu era aposentada. E o atendente me olhou com muito desdém e disse: 'Quantos anos mesmo que a senhora tem?'. Eu me identifiquei que tinha 67 anos. E: 'Ah, mas com essa idade não precisa'. Esse problema de 'essa idade' a gente ouve quase que diariamente em várias situações", lamentou.

A idosa revelou que motoristas e cobradores de ônibus também fazem comentários etaristas, reclamando que pessoas velhas estejam andando nos coletivos.

"Na eleição do ano passado eu resolvi ir (votar). E ouvi: 'Esses velhos não têm o que fazer, e vão votar'. Por que isso?', indagou.

Saiba como denunciar

Qualquer tipo de violação contra idosos podem ser denunciados pelo disque 100, que funciona por qualquer tipo de aparelho telefônico. É possível, também, registrar a denúncia pelo site do Ministério dos Direitos Humanos, ou pelo aplicativo de celular. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

LEIA MAIS:

• Denúncias de abandono de idosos crescem 855% em 2023, aponta Ministério dos Direitos Humanos

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• Casal de idosos e neto são mortos a tiros em casa no Ceará; crianças se esconderam


 

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20-06-2024

Brasileiro é conservador, não fanático religioso ou político

Maria Cristina Fernandes - Eleitor é conservador, não fundamentalista

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-cristina... Valor Eco.

Eleitor é punitivista, não aceita ser garfado em direitos nem se engana sobre a vítima de estupro

Foram duas derrotas consecutivas, num prazo de duas semanas, impostas pela sociedade, nas redes sociais e nas ruas, à extrema-direita: a proposta de emenda constitucional que prevê a venda de terrenos de marinha, chamada de “pec das praias”, e o projeto que criminaliza a prática do aborto, nos casos já previstos em lei (estupro, risco de vida da mulher e má-formação do feto), acima de 22 semanas.

Os governistas puseram o pescoço para fora depois que a derrota, em ambos os casos, já estava consolidada. Calejados pela derrubada do veto presidencial à proibição da saída temporária dos presos por razão familiar, as chamadas “saidinhas”, fruto de um cochilo em relação ao consenso punitivista vigente, deixaram de enxergar o fosso que separa uma sociedade conservadora da extrema-direita fundamentalista.

Na PEC das praias e no PL do aborto o que aconteceu foi mais uma derrota da aliança entre o bolsonarismo e o centrão do que uma vitória do governo. No primeiro caso, a PEC já havia passado discretamente pela Câmara na legislatura passada, já sob a batuta do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e buscava uma via ligeira para ser referendada pelo Senado quando foi atravessada pelo ativismo digital de organizações não-governamentais de ambientalistas que contaminou as redes antes que a atriz Luana Piovani se engalfinhasse com o jogador Neymar Jr. e o assunto contaminasse as redes sociais.

No segundo caso, o acordo de gaveta entre o autor do projeto e Lira, acabou sendo confirmado por Sóstenes Cavalcante. O deputado do PL do Rio disse que, obtida a urgência, poderia votá-lo até o “último dia do mandato” do presidente da Câmara. A existência do acordo ficou patente quando o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo principal aliado de Lira no PT, lavou as mãos em relação ao projeto.

Foi só com as primeiras pesquisas sobre a surra do PL nas redes sociais e as manifestações de rua que a primeira-dama, Janja da Silva, sempre muito vigiada em seus posicionamentos sobre costumes, veio ao X, ex-Twitter, se manifestar, sendo seguida por uma miríade de ministros (Alexandre Padilha, Marina Silva, Silvio Almeida, Cida Gonçalves e Anielle Franco) e pelo próprio marido. De Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “insanidade” a tentativa de se imputar uma pena para as mulheres equivalente ao dobro daquela do estuprador.

Nenhum deles apareceu com sacadas melhores do que aquelas que pautaram a mobilização nas redes e nas ruas. Todos ficaram a reboque da campanha “criança não é mãe, estuprador não é pai”, que começou espontânea, puxada por grupos feministas e entidades de direitos humanos, e acabou impulsionada pela massificação de notícias dando conta de pastores evangélicos estupradores. A guerrilha digital recuperou um vídeo do médico Drauzio Varella, de 2014, por ocasião de uma primeira tentativa da bancada evangélica no tema, em que ele dizia que se estaria autorizando os homens a escolher em que mulheres desejavam fazer filhos.

No acompanhamento sistemático de grupos qualitativos de pesquisa, Esther Solano, socióloga e professora da Unifesp, constata que os governistas se limitam a ser reativos na pauta moral pela incapacidade de entender os paradoxos e sofisticações de uma sociedade que cultiva valores conservadores (veto às saidinhas) mas não aceita ser garfada em seus direitos (PEC das praias) nem enganada sobre quem é a vítima de um caso de estupro (PL do aborto).

A despeito das duas últimas derrotas, Solano aposta que o recuo da extrema-direita é tático. A grotesca encenação sobre assistolia fetal, método usado para a interrupção da gravidez acima de 22 semanas, no Senado na manhã desta segunda-feira é um exemplo. Já estava marcada quando o embate na Câmara se deu, mas não foi desmarcado nem amenizado e teria irritado o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O avanço da extrema direita fundamentalista nos conselhos tutelares estendeu o tapete vermelho para a entrada desta pauta nas eleições municipais, especialmente em São Paulo. A campanha do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes poderá se valer do tema aquecido na opinião pública para confrontar o pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos, que é favorável ao aborto para além dos casos previstos em lei, contrariamente à pré-candidata do PSB, Tabata Amaral.

Em maio, reportagem da revista digital “Pública” deu conta da ofensiva de Nunes contra o serviço de aborto legal do hospital municipal de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. Funcionava ali o serviço com o maior número de casos da cidade de interrupção acima de 22 semanas, mas foi fechado pela prefeitura e seus médicos, perseguidos por uma aliança entre o Conselho Regional de Medicina e a prefeitura.

Cochilo do governo em relação ao consenso punitivista vigente, o privou de enxergar o fosso que separa uma sociedade conservadora da extrema direita fundamentalista.

 


Editorial  Cultural FM Torres RS – 19 junho 24

O DIA DO QUÍMICO NO BRASIL –

Ontem celebrou-se, no Brasil, o Dia do Químico, data em que, no ano  de 1956,   foi regulamentada sua profissão que hoje abrange cerca de 50 denominações diferenciadas, todas contribuindo decisivamente para o desenvolvimento tecnológico do país: Técnicos em Química, Bacharéis/Licenciados em Química, Químicos Industriais ou Tecnólogos equivalentes, Engenheiros Químicos e suas especializações. A indústria química, através da química fina e petroquímica, foi o último setor a ser montado no Brasil, no sendeiro doi  modelo de substituição de importações que impulsionou o desenvolvimento do país no século XX, durante o Governo Geisel, década de 1970.

“O dia do Químico serve para relembrar todas as conquistas que essa classe obteve com a Lei Mater e, principalmente, homenagear o trabalho árduo — e muitas vezes anônimo — que esses profissionais desempenham. Graças a eles, há um constante desenvolvimento técnico-científico e industrial do nosso país, pois esses profissionais adequam a Química à solução de problemas tecnológicos e impulsionam os centros de pesquisas químicas e universitárias do Brasil.

Isso torna evidente também o papel do Químico no bem-estar da sociedade, pois ele propicia que produtos, tais como medicamentos, alimentos e produtos de higiene e limpeza, sejam fabricados com uma melhor qualidade tanto para a saúde do consumidor e de quem os produz quanto para minimizar ao máximo os impactos ambientais. Desse modo, pode ser desfeito o preconceito que muitos desenvolveram sobre a Química e que dissemina a ideia de que essa ciência só traz malefícios para o meio ambiente e para nossas vidas.

Assim, gostaríamos de aproveitar essa oportunidade para agradecer aos profissionais da Química por seu importante trabalho! Parabéns a todos os Químicos do Brasil! Além do mais, que tal aproveitar essa data para conhecer de perto alguns dos cientistas que contribuíram sobremaneira para o desenvolvimento da Química? Confira nossa seção exclusiva sobre os grandes Químicos da História neste link: Grandes Cientistas da Química.” –(Jennifer Fogaça
Graduada em Química)

Dentre os baluartes da Química no mundo, num contraponto científica do Iluminismo que marcou época na França do século XVIII, releva o papel de Antonio Lavoisier, célebre por suas pesquisas e pela sua frase: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”.


Anexo

Antoine Lavoisier - Antoine Lavoisier (Químico)1743-1794

Por André Luis Silva da Silva

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Talvez uma das sentenças mais comentadas no mundo da química seja a célebre frase “Na Natureza, nada se perde e nada se cria, tudo se transforma.” Escrita de modo poético, essa frase aborda um dos princípios de edificação da química moderna: a lei de conservação de massa. De acordo com a mesma, o que mais tarde viria a ser aplicado analogamente à energia, a matéria está sujeita a constantes transformações, mas jamais à destruição ou criação. Ou, em uma linguagem mais técnica, a massa dos reagentes é sempre igual à dos produtos, em uma transformação de qualquer natureza.

O primeiro cientista a anunciar esse princípio foi Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), considerado hoje o grande precursor da química moderna. Lavoisier era proveniente de uma importante e abastada família francesa, herança que o proporcionou a estrutura necessária para a realização de suas pesquisas. “Ao jovem Antoine Laurent Lavoisier cabe o mérito da introdução do novo método na experimentação química. Gênio versátil, filho de rica família, Lavoisier cedo ficaria órfão de mãe. O pai e a tia, que o educaram, preferiam que ele estudasse Direito, e o encaminharam ao Colégio Mazzarino. Ao passar para a universidade, o interesse pela ciência prevaleceu. Era o começo de uma revolução dos métodos científicos1.

Lavoisier ficou amplamente conhecido por suas contribuições na conservação da matéria e por sua refutação à teoria flogística da combustão, predominante na época. Isso fora possível por meio de seus trabalhos, e posterior descoberta, e nomenclatura, do elemento oxigênio. Além disso, descobrira a composição química da água, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Dessa forma, acabaria também refutando a teoria de Tales de Mileto, a qual afirmava que a água era um dos quatro elementos dos quais todas as demais substâncias derivariam.

Na verdade, atribui-se a descoberta do oxigênio a Lavoisier, entretanto, o elemento químico fora realmente identificado por Lavoisier, mas o gás oxigênio foi apenas melhor compreendido em relação às suas propriedades físicas e químicas, o que viria a conformar a dependência desse gás nos processos da combustão e da calcinação.

Lavoisier também participou efetivamente de trabalhos que viriam a compreender melhor outros elementos químicos, como o nitrogênio. O nome nitrogênio significa “...azoto, e quer dizer ‘sem vida’. Este nome, sugerido por Lavoisier, designava um novo elemento, até então conhecido como ‘ar mefítico’. O ar mefítico havia sido descoberto em 1722, quando Priestley, queimando corpos em vasos fechados, verificou que, exaurido o oxigênio do ar, restava ainda um gás inerte junto ao gás carbônico. O gás recém descoberto não ativava a combustão e não podia ser respirado; era, portanto, alheio à vida”1.

Lavoisier acabará se envolvendo na coleta de impostos francesa, o que o levaria à morte em praça pública na guilhotina, durante a Revolução Francesa, fazendo-o interromper alguns trabalhos na área de fisiologia, envolvendo a respiração e a transpiração.

Referências:
1. http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/lavoisie.htm
FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.
RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994.

 

 


Editorial Cultural FM Torres RS – 18 junho 

ENCHENTE/PORTO ALEGRE

Holandeses vieram, viram e confirmam: O Sistema Contra Cheias de Porto Alegre é bom. Ruim é a gestão!

Publicado em junho 17, 2024 por LUIZ MÜLLERDeixe um comentário

 

Foi preciso que Técnicos da Holanda, que tem 70% do território abaixo do nível do mar e tem experiência de Sistema de Proteção contra Cheias desde o Século 17, viessem a Porto Alegre confirmar o que Diferentes Grupos de Técnicos e Engenheiros da UFRGS , DEMAE e outros daqui já tinham dito:

O relatório preliminar da comitiva holandesa, com as sugestões, foi apresentado no dia 10/06 e deve ser entregue ao DMAE até o dia 30:

Entre as propostas consta: “a recuperação do sistema de proteção contra enchentes, a instituição de um sistema de monitoramento de níveis, vazões e ventos, e a criação de mecanismos para verificar a integridade dos componentes do sistema, como diques.”

Ou seja: O Sistema é bom. Precisa ser “recuperado”, por que pela falta de manutenção e de Geradores, Casas de Bombas deixaram de funcionar e comportas romperam com a força da água e outras acabaram sendo derrubadas pela Prefeitura, por que o Nível da água no Centro de Porto Alegre durante vários dias esteve mais alto do que no próprio Rio Guaíba. Absurdo? Não. Estava mais alta aqui dentro, por que além de não jogar mais o grande volume de chuvas pra dentro do Rio, as bombas não funcionando, elas acabaram sendo “porta de entrada” pra água do Rio que se somou a água da chuva que caia. Como morador do Centro eu mesmo vi, ainda no dia 3/05, a água invadindo as ruas pela casa de bombas.

Os holandeses também sugeriram o acompanhamento das previsões climáticas, a emissão de alertas para a população e a criação de um Sistema Integrado de Proteção contra Enchentes, envolvendo município, estado e governo federal.

Essas sugestões já haviam sido dadas pela UFRGS, através do IPH, salientando-se que as previsões baseadas nos modelos hidrológicos da cheia foram muito precisas e deveriam ter sido utilizadas pela prefeitura para balizar as ações de enfrentamento da crise.

Mas… A forma atabalhoada como a Prefeitura e o Prefeito trataram moradores das regiões atingidas, criando pânico, gerando confusão e pior, com o Prefeito tentando responsabilizar os moradores, acusando-os de morar onde não deveriam, deixou patente que pelo menos até aquele momento, a ciência sobre os temas sobre o Meio Ambiente não tinham espaço no Gabinete e nem na gestão da Prefeitura.

“Há muito o tema do Saneamento não é mais tratado apenas como “básico”, mas sim como “Saneamento Ambiental”, por que diz respeito não mais só encaminhar e tirar o esgoto da cidade, mas de criar as condições para que a Vida e a Saúde dos Cidadãos seja preservada”, diz o Ex Diretor do DEP, Engenheiro Vicente Rauber.

O DEP – Departamento Municipal de Esgotos Pluviais, que foi desativado por Sebastião Melo em 2019, na contramão inclusive do Novo Marco Legal do Saneamento, era o órgão responsável pela supervisão e manutenção do Sistema de Proteção contra as Cheias e como diz seu nome, pelo Esgoto Pluvial, aquele das aguas que inundaram o Centro Histórico mesmo antes da chegada da água do Rio pelas comportas rompidas. Aliás, as águas da chuva meses antes já tinham alagado uma parte do Mercado Público e região, quando nem enchente do Rio havia.

Com o Desmonte do DEP, as atribuições foram passadas ao DMAE. No entanto, apesar da Vital Função do DEP, nenhum recursos novo foi injetado no DMAE e nem Técnicos e Servidores a mais destacados para manter funções essenciais para a vida dos cidadãos.

E pra piorar, o Prefeito, na ânsia de Privatizar tudo que é público, queria privatizar também o DMAE e pior, com muito dinheiro em Caixa.

Por isto, mesmo com o DMAE tendo mais de R$ 400 milhões em Caixa, proibiu que a autarquia fizesse muitos investimentos necessários como estes no Sistema de Proteção as Cheias, por que quer entregar a empresa “com dinheiro em caixa”, como ele próprio chegou a dizer.

O que fica cada vez mais evidente, é que ou propositalmente falta uma gestão da Cidade voltada para o conjunto de seus cidadãos, ou se trata de incompetência.

Olhando para posturas do Prefeito, que extinguiu o DEP, defendia a Derrubada do Muro da Mauá junto com o Governador, para que privatizada a área do Porto, ali também pudessem ser construídos suntuosos prédios só acessíveis a poucos milionários, e também a pressa em aceitar uma parceria com a tal Alvarez & Marçal, já envolvida com bilionárias negociatas em New Orleans depois do furacão Katrina, eu diria que isto faz parte de um Projeto mesmo.

Imagina agora, como assustados cidadãos vão querer vender suas casas nas regiões atingidas, por que julgadas “desvalorizadas”.

Há notícias de que os poucos voos possíveis para Porto Alegre, via Canoas, tem trazido muitos representantes de mega incorporadoras nacionais e internacionais, que obviamente estão comprando tudo que dá de cidadãos temerosos de novas enchentes, que virão, se esta ‘gestão” continuar com quem e como esta.

Mas, o SISTEMA DE PROTEÇÃO AS CHEIAS FUNCIONA, MAS PRECISA DE SUPERVISÃO, MANUTENÇÃO E ATUALIZAÇÃO PERIÓDICA, como disseram dezenas de técnicos daqui e que foram CONFIRMADOS pelos Especialistas Holandeses.

“Considerando que a Cidade possui mais de 40% de sua área praticamente na mesma cota das águas do Guaíba em tempos normais, tem a necessidade de completar, aperfeiçoar e manter o seu Sistema de Drenagem Urbana, manter e aperfeiçoar permanentemente o seu Sistema de Proteção contra inundações, é necessário e urgente recriar uma estrutura de primeiro escalão, o DEP ou semelhante. As empresas de saneamento de água potável e esgotos, por absoluta emergência e por ter tarifa específica para estas atividades, como é o caso do DMAE, não tem e não terão qualquer prioridade para as atividades de drenagem urbana e proteção contra inundações” Recorte do Documento dos Técnicos e Ex Diretores do DEP que pode ser conferido na íntegra clicando no link a seguir:

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 Editorial Cultural FM Torres RS – 17 junho

Sociedade cansada. Inteligência humana comprometida. Geração deprimida

Vivemos tempos de um grande paradoxo: A tecnologia diminui os esforços físicos e até mentais para o desempenho de tarefas laborais e domésticas. Não obstante, a sociedade se sente cada vez mais cansada, as pessoas deprimidas, jovens, sobretudo, desanimados quanto ao futuro. Fala-se na "geração deprimida" que engloba já duas gerações: a dos millennials (também chamados de geração Y) e a geração Z. A primeira se refere, aproximadamente, às pessoas nascidas entre 1981 e 1995 e a segunda, aos que chegaram ao mundo entre 1995 e 2010. Um historiador, no final do século XIX, Eric Hobsbawn, já chamava a atenção para o fato de que o grande otimismo do começo do século XX havia se esvaído no seu curso. Fechamos o 1900 perplexos diante do futuro, já não confiávamos piamente nem na Ciência, nem na Política: A Crise Ambiental, o declínio do homem público, as intensas migrações de países pobres e ameaçados por conflitos internos ameaçavam o horizonte. O advento das Redes Sociais de Comunicação no começo do século XX , com o mergulho da juventude nos artefatos eletrônicos, proclamado como uma nova Era de Democracia Digital, não reverteu este quadro. Pelo contrário, reveladas como instrumento de manipulação da opinião pública pelo direcionamento dos algoritmos por “Engenheiros do Caos”, temperou o desânimo com o ódio às instituições, não poupando sequer as Universidades, a Ciência e os saberes seculares. O resultado tem sido apontado por Filósofos e Cientistas: O mundo está não só piorando como em risco, sob a crença de que a Terra é plana. Miguel Nicollelis, cientista brasileiro consagrado, autor de inúmeros livros, dentre eles o último, tipo ficção, no qual revela que a facilitação tecnológica está interferindo na nossa capacidade intelectual. Jovens tristes escrevem casa vez menos e com número de vocábulos cada vez mais reduzido, têm dificuldade para fazer contas. Confiamos na Inteligência Artificial como a solução definitiva para os problemas da humanidade sem nos darmos conta de que ela nem é Inteligência, que um atributo plástico da vida biológica, regida analogicamente, nem Artificial, pois que criada pelo homem na falsa perspectiva de se converter em VERDADE ABSOLUTA. Bem disse Nietzche: “O iluminismo matou Deus, mas deixou seu cadáver insepulto”. Sobre este Seu nome agora colocam a Inteligência Artificial... Fixa Nicollelis a data de 2036, marca temporal de sua ficção, na qual espera não estar vivo para ver, como um vórtice fatal, capaz de nos reconduzir à escuridão.

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, tentando, aqui e ali, colocar esperadrapos na represa fendida da contemporaneidade, ora tentando regulamentar as Redes, ora tentando impedir o acesso de jovens até 14 anos aos celulares, ora, tentando impedir o último confronto entre as grandes potências mundiais. Meras tentativas, até necessárias, mas que talvez não impeçam o agravamento da grave crise existencial que nos abala.

 


 

Editorial Cultural FM Torres RS – 14 junho 24

 

O dia em que Milei dobrou, pelo voto de sua Vice Presidente, o Senado argentino

 

Ontem, foi aprovado pelo Senado da Argentina, embora desidratado, reduzido de 600 artigos para cerca de 200, a Lei ônibus que dá poderes especiais ao Presidente Milei para governar por decreto. Poderá, por um ano, implementar sua moto-serra aos direitos fundamentais dos trabalhadores hermanos sob a alegação de modernizar o capitalismo no país, ferindo de morte a soberania popular e nacional. Será uma tristeza. Do lado de fora do Senado, as forças de repressão, que sequer pouparam alguns parlamentares, intimidaram a manifestação de populares que clamavam para a rejeição do Projeto. Com isso, a Argentina ingressa num período de virtual autoritarismo, cujo desfecho poderá culminar num novo banho de sangue naquele país, já tão massacrado pela ditadura militar. A aprovação da LEI ONIBUS de Milei tem uma nítida similaridade com o A Lei de Concessão de Plenos Poderes de 1933 ou Lei habilitante de 1933 (em alemão: Ermächtigungsgesetz), , aprovada, também sob pressão, pelo Reichstag da Alemanha e assinada pelo Presidente Paul von Hindenburg em 23 de março de 1933 e que habilitava Adolf Hitler a assumir autoridade excessiva para se afirmar no poder e implementar seu projeto totalitário do III Reich. Era o começo do fim da República de Weimar e o início da barbárie nazi-fascista, acompanhada pelos tons marciais da música de Wagner e combate às manifestações estéticas contemporâneas. Um país amante da Filosofia e da Cultura, tal como a Argentina, que tem o orgulho de deter uma população com alto nível educacional, a melhor Universidade do continente e um patrimônio cultural exuberante na quantidade de museus e bibliotecas que pululam na sua paisagem urbana, sucumbia ao demagogo. Até Heidegger, Filósofo, se deixa arrastar pela retórica autoritária neste fragmento de carta enviada a seu irmão:

 

Caro Fritz, querido Liesl, queridos meninos, Gostaríamos de lhe desejar um feliz Natal. Provavelmente está nevando onde você está, inspirando a esperança de que o Natal mais uma vez revele sua verdadeira magia. Costumo pensar nos dias que antecederam o Natal em nossa pequena cidade, e desejo que a energia artística capte verdadeiramente o clima, o esplendor, a emoção e a expectativa deste tempo.[...] Parece que a Alemanha está finalmente despertando, entendendo e aproveitando seu destino. Espero que você leia o livro de Hitler; seus primeiros capítulos autobiográficos são fracos. Esse homem tem um instinto político notável e seguro, e ele o teve mesmo enquanto todos nós ainda estávamos em uma névoa, não há como negar isso. O movimento nacional-socialista em breve ganhará uma força totalmente diferente. Não se trata de mera política partidária - trata-se da redenção ou queda da Europa e da civilização ocidental. Qualquer um que não entenda merece ser esmagado pelo caos. Pensar nessas coisas não impede o espírito do Natal, mas marca nosso retorno ao caráter e à tarefa dos alemães, ou seja, ao local onde se origina esta bela celebração.”

 

SEM “ESPÍRITO DE NATAL”. HEIDEGGER SONHANDO COM HITLER. Carta de Heidegger ao irmão: “18 de dezembro de 1931.

 

Ainda naquele momento, Hitler se apresentava como um gentleman, usando fraque e cartola no ato público da aprovação do Ato de Habilitação e prometendo converter o Partido Nacional Socialista numa alternativa popular a serviço dos trabalhadores contra as elites, às quais logo associaria aos judeus. Até 1938, quando se reúne com líderes europeus em Munique, ludibriando Lord Chamberlain, ele vende uma imagem de estadista preocupado em manter a paz, sem pretensões belicosas e territoriais. Internamente, porém, asfixiava a oposição, inclusive liquidando o até mesmo braço mais popular do Partido que o havia conduzido ao Poder, a S.A. – Sturm Apteilung -, ou tropa de choque, substituindo-o pela S.S., vinculada ao Exército. Suas relações internacionais são elogiadas e saúda, inclusive, as delegações estrangeiras, presentes às Olimpíadas de Berlim em 1936. Tudo aparecia como se a Alemanha vivesse um momento de edificante reconstrução nacional, até que se iniciam as ocupações sucessivas sobre a Austria, Sudetos e Dantzig, em 1939, quando, ainda surpresas e despreparadas, Inglaterra e França lhe decretam guerra. Guerra que perdurará surda por mais de seis meses, dando tempo a Hitler para preparar a ocupação da França. Começava a II GUERRA MUNDIAL, deixando em seus rastro mais de 50 milhões de vítimas.

 

Ontem, enfim, assistimos à reedição do Ato de Habilitação de Hitler aqui ao lado...

 

Anexo

 

O dia em que Hitler matou a democracia alemã - 23 MARÇO 33 - Michael Marek -https://www.dw.com/pt-br/o-dia-em-que-hitler-matou-a-democracia-alem%C3%A3/a-480521

 

Em 23 de março de 1933, o Reichstag adotou a chamada Lei Plenipotenciária, que permitia ao regime nazista impor leis sem a aprovação prévia do Parlamento. Era o início da ditadura nazista.

 

https://p.dw.com/p/210L

 

ANÚNCIO

 

O movimento nazista de Adolf Hitler começara a ganhar importância na Alemanha a partir de 1930. Aproveitando-se da onda de descontentamento nacional e do enorme índice de desemprego, seu Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (NSDAP), com tendências extremamente antidemocráticas e antissemitas, tornou-se em 1932 o mais forte no Reichstag (Parlamento alemão até 1945). Um ano mais tarde, Hitler assumiu a chefia de governo.

 

Havia esperanças de poder evitar a supremacia nazista porque, além dos membros do NSDAP, o gabinete de governo era formado por ministros sem partido e políticos de outros partidos de direita. Mas a máquina de propaganda chefiada pelo ministro Joseph Goebbels usou o episódio do incêndio do Reichstag, em fevereiro de 1933, atribuído aos comunistas, para justificar medidas violentas de perseguição a eles. Cinco mil oposicionistas foram presos, principalmente comunistas e social-democratas, e cancelada grande parte dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição de Weimar.

 

Deputados foram intimidados

 

No dia 23 de março de 1933, o próprio Hitler compareceu à sessão parlamentar, que havia sido cercado pelas tropas das forças paramilitares nazistas SS e SA, para intimidar os deputados. Era o dia da votação da sua Lei de Concessão de Plenos Poderes. Se os parlamentares não a aprovassem, ele ameaçou usar "outros métodos" para impor seu regime ditatorial. Os social-democratas foram os únicos que votaram contra.

 

Ele optou por submetê-la ao Reichstag para calar os críticos dentro e fora do país e dar a impressão de legalidade parlamentar. Hitler compareceu à sessão vestido com uma camisa marrom. Atrás dele, uma enorme suástica cobria a parede. A lei que instaurou a ditadura nazista, aprovada por todos os partidos conservadores, levava o nome oficial "lei para acabar com a miséria do povo e do Reich".

 

Ela proibia todos os partidos, exceto o nazista, os sindicatos foram desmantelados e a liberdade de imprensa extinta. O regime passou a perseguir e internar em campos de concentração as pessoas indesejadas. Os órgãos parlamentares foram dissolvidos ou destituídos. Quando o presidente, marechal Paul von Hindenburg, morreu em 1934, Hitler também ocupou seu cargo, assumindo o controle total sobre a Alemanha. Estava consolidada a ditadura nazista.


 Editorial Cultural FM Torres RS – 13 junho
MENSAGEM DAS FLORES

Ontem foi o DIA DOS NAMORADOS mas hoje é dia de SANTO ANTONIO, o casamenteiro. Poucos sabem o que dizem as flores. Bom lembrar .Antigamente era comum o uso das flores como mensagens de sentimentos. Hoje esta linguagem estáesquecida e quase ninguém sabe o real significado delas. Por isso é bom lembrar;

Amor Perfeito : “Penso apenas em Você”.

Azaléia-Rosa-Claro: “Estou feliz porque Você me ama”.

Begônia : “ Podemos ser amigos”.

Camélia: “Sinto-me orgulhoso com seu amor”.

Cravo: “Amo Você com ardor”.

Cravina: “Sou seu escravo”.

Crisântemo : “Não acredito mais em Você”.

Dente-de-leão: “Meu coração está cheio de alegria”.

Erva Cidreira: “ Tenha pena de fazer sofrer o meu amor”

Gardênia Branca: “Fugindo de mim Você me faz sofrer”.

Hortência: “Posso ter esperança?”

Jasmim: “ Imploro que Você me ame”.

Lírio: “ Meus sentimentos são puros”.

Madressilva: “ Apesar de tudo, amo Você.”

Mimosa: “Fique tranqüilo. Ninguém sabe de nosso amor”

Miosótis: “Não se esqueça de mim”.

Orquídea: “ O meu amor é puro”

Petúnia: “ Uma carta de amor foi interceptada”.

Rosa branca: “ Meu amor é triste”

Rosa vermelha: Meu amor é ardente.:

Violeta: “ Ninguém deve saber do nosso amor”.
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Editorial  Cultural FM Torres RS –Cartas de amor.

Fernanda Montenegro – (autoria não confirmada)
 

O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.

Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem os Homens!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

  1. Habitat

Homem não pode ser mantido em cativeiro.

Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.

Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.

Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.

  1. Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã os mantêm viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.

  1. Carinho

Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.

Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.

  1. Respeite a natureza

Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade? Carros?

Case-se com uma Mulher.

Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.

  1. Não anule sua origem

O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.

  1. Cérebro masculino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.

Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos!).

Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.

Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade.

Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.

Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.

Não faça sombra sobre ele...

Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.

Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.


 A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.

E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!

Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom! 

Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.

Com carinho, F. M.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

O VERDADEIRO AMOR, Danielle Mitterrand

 



   ** *Texto de Danielle Miterrand, esposa do ex-presidente François
 Miterrand, ao povo francês, apÓs ter recebido créticas impiedosas por
 ter permitido a presença da amante do marido e de sua filha, Mazarine,
 na cerimonia fúnebre.*
                          


 *'Antes de mais nada devo deixar claro que não é um pedido de
 desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos
 covardes ou `aqueles que vivem preocupados em excesso com a opinião
 dos outros.*
 *Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um
 sulco bem traçado e profundo, ja não mais preciso, e nem devo, correr
 atras de possíveis enganos.*
 *Vivo o momento em que as sombras ja esclarecem e que as ausências
 são lindas expressões de perenidade e criação.*
 *Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças
 confundem os mais precipitados, os mais jovens.*
 *Vivi com François 51 anos; estive com ele em muito desse tempo e me
 coloquei sempre. Há mulheres que não se colocam, embora estejam; que
 não se situam embora componham o cenario da situação presumével de * *
 uma vida de altos e baixos.*
 *Na época da Resistência nunca sabíamos onde iríamos passar a noite -
 se na cama, na prisão, nos bosques ou estendidos por toda a
 eternidade. Quando se vive assim em comum, cria-se uma solda e a
 consciência de que é preciso viver depressa. Concentrar talvez seja a
 palavra. Por isso tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade
 , com as variações de sua pessoa e não de seu carater...Quem entende
ou, pelo menos, luta para compreender as variações do outro, o ama
 realmente. E nunca podera dizer que foi enganada ou que jamais
 enganou. Não nos enganamos, nos confundimos quando nos perdemos da
 identidade vital do parceiro, familiar ou irmão. Ou jamais os
 conhecemos, o eu também, não é um engano. Quem não conhece, não tem
 enganos. Nas variações do outro, não cabe o apaziguador tudo antes do
 tempo em forma de tranquilidade. Uma relação a dois não deve ser
 apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não enfastiada.*


 *Nessa complexidade vi que meu marido era tão meu amante quanto da
 políica. Vi, também, que como um homem sensível poderia se enamorar,
 se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.*


 *Achar que somos feitos para um úico e fiel amor é hipocrisia,
 conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de
 amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de
 forma diferente.*

 *Não somos o centro amoravel do mundo do outro. É preciso aceitar,
 também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais
 uma gota d'agua que se incorpora ao nosso lago.*


*Simone de Beauvoir dizia bem, que temos amores necessarios e amores
 contingentes ao longo da vida.*


 *Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo
 inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter
 aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao
 enterro porque a mulher dele não aceita.*


 *É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento,
 comum aos moralistas, aos caluniadores aos paranÓicos azedos que
 teimam em sujar tudo.*


 *Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e
 amar seus parceiros em suas dúvdas, fragilidades, divisús e
 pequenas paixões


Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo .*
 *'Deus não prometeu Dias sem Dor; Risos sem Sofrimentos; Sol sem
 Chuva. Ele prometeu Força para o Dia; Conforto para as Lagrimas e Luz
 para o Caminho...'*

 


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POR QUE O BRASIL É O SEGUNDO PAÍS COM MAIOR NÚMERO DE NOVOS CASOS DE HANSENÍASE

 

MARCO ZERO CONTEÚDO/26/01/2024- https://marcozero.org/por-que-o-brasil-e-o-segundo-pais-com-maior-numero-de-novos-casos-de-hanseniase/ 

 

Por Fabiana Coelho

 

Vinte e seis de janeiro é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hanseníase. As estatísticas mais recentes registram mais de 200 mil casos novos da doença no mundo. Quase 30 mil deles estão no Brasil, que ocupa a vice-liderança mundial – atrás apenas da Índia. Neste Janeiro Roxo, mês em que a população deveria ser convocada a discutir a hanseníase, é o caso de questionar como uma doença, que tem cura e não se transmite facilmente, pode continuar existindo por mais de 3.500 anos?

 

Para quem atua na área, três pontos merecem ser destacados: as falhas nos diagnósticos; a negligência com alguns sintomas e as políticas públicas insuficientes de prevenção e tratamento.

 

O caso de Maurineia Vasconcelos é emblemático. Ela tem hanseníase há 23 anos. Quando obteve o diagnóstico, a doença já estava avançada. Não havia manchas no corpo, apenas dores. Os médicos falavam em reumatismo ou febre reumática. Foram quase dois anos de peregrinação pelos postos de saúde.

 

Maria (nome fictício) passou mais de 20 anos buscando a causa para suas dores. Recebeu diagnósticos de fibromialgia, Síndrome do Túnel do Tarso, polineuropatia, a lista é longa.

 

Ambas carregam no corpo as consequências destes diagnósticos tardios: Maurineia tem as “mãos em garra”, um nervo dos braços comprometido e metade da perna esquerda amputada; Maria tem pés e mãos deformados. “A hanseníase tem cura mas, se não tratada logo, as sequelas são permanentes, a exemplo de poblemas vasculares, feridas crônicas e nervos destruídos. Tudo isso pode causar cegueira, amputações e muitos outros problemas”, afirma Pollyane Medeiros, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (Morhan), em Jaboatão.

 

Foi o que aconteceu com Maurineia. Com uma ferida crônica, que não foi tratada adequadamente, ela precisou amputar metade da perna esquerda em 2020. “Isso acontece com muitas pessoas e é uma de nossas lutas: que as pessoas com sequelas possam ter acesso a um acompanhamento digno, com salas de curativo e mais facilidade na assistência”, diz Pollyane.

 

SINTOMAS NEGLIGENCIADOS

 

Para Alexandre Menezes, diretor da organização não governamental Fundação NHR Brasil, pouquíssimos médicos estão capacitados para diagnosticar a doença. “Fala-se da hanseníase como uma doença dermatológica e a maioria dos especialistas da área são dermatologistas, mas trata-se de uma doença dos nervos. Geralmente as lesões na pele só surgem quando ela já está adiantada. Os sintomas neurais são negligenciados”, explica.

 

Andrea Maia é médica vascular e hansenóloga. Trabalha nessa área há 14 anos, no Serviço de Referência Municipal de Petrolina. Para ela, a própria OMS (Organização Mundial de Saúde) tem responsabilidade na negligência aos sintomas neurais quando define os casos da doença conforme o número de lesões na pele. “A bactéria parasita células que ficam dentro dos nervos periféricos ou em pequenos nervinhos da pele. Os profissionais de saúde não aprendem sobre o acometimento neural na faculdade. Como tentar acabar com uma doença neurológica se temos que esperar que ela apareça na pele?”, questiona.

 

Uma das pacientes de Andrea, que prefere não se identificar, descobriu a hanseníase por acaso. Com uma espécie de cansaço permanente nas pernas, procurou uma médica vascular para tratar o que ela acreditava ser um problema de circulação. Ao apalpar os nervos da paciente, Andrea percebeu um espessamento. Os sintomas eram discretos mas, com as observações clínicas e um exame PCR, a especialista conseguiu confirmar o diagnóstico.

 

A maioria dos exames disponíveis hoje podem apenas sugerir a doença. A baciloscopia só é positiva quando o paciente já apresenta muitos bacilos espalhados pela pele. A dosagem de anticorpos pode servir para acompanhamento, mas a presença de anticorpos apenas indica que o paciente está exposto à doença, e não que tenha a presença da bactéria. O PCR permite detectar a infecção e investigar o DNA do microorganismo.

 

No caso dos sintomas neurais, também é possível observar o espessamento e alterações dos nervos a partir de instrumentos como a ultrassonografia e a eletroneuromiografia. “Mas a ultrassom de nervos periféricos e a eletroneuromiografia não estão disponíveis na maioria das cidades. E o PCR, por enquanto, só é realizado em centros de pesquisa. Não está disponível comercialmente e nem pelo SUS”, afirma Andrea.

 

Para o diagnóstico, os médicos precisam levar em conta diversos fatores, incluindo o histórico do paciente. Segundo Andrea, área de pele aparentemente normal, mas com anestesia, já fecha o diagnóstico. É importante avaliar a sensibilidade e a força muscular dos olhos, mãos e pés. “Outro achado comum, mas desconhecido pela maioria das pessoas e profissionais de a saúde, é a presença de áreas sem pelo nas pernas de homens”, relata a médica.

 

FALTA PREVENÇÃO

 

Apesar de não ser uma doença cuja transmissão esteja relacionada à questões de saneamento básico ou higiene, a hanseníase afeta sobretudo as classes sociais mais baixas. “A qualidade da nutrição é um dos fatores que contribui para isso. Trata-se de uma doença que afeta de forma diferente as pessoas conforme o grau de imunidade. E uma alimentação inadequada diminui a imunidade”, explica Andrea.

 

Para Alexandre Menezes, questões como moradia e assistência à saúde também contribuem para que a doenca se torne uma doença que atinge sobretudo os mais pobres. “A hanseníase não se transmite facilmente, como uma covid ou uma gripe. É preciso haver um contato prolongado. Nas áreas mais pobres é comum mais de dez pessoas dividirem um único quarto. Ambientes pequenos, mal ventilados e com grande concentração de pessoas”, explica.

 

A recomendação da OMS e do Ministério da Saúde é que, nos casos de hanseníase, seja feita a investigação dos contatos, ou seja, que as pessoas próximas sejam acompanhadas clinicamente. Mas, os vários grupos que atuam no enfrentamento à doença são unânimes em afirmar que esse acompanhamento é falho e, quando acontece, restringe-se aos contatos domiciliares.

 

Entre outras iniciativas, a NHR Brasil tem se dedicado a uma pesquisa clínica de medicação preventiva para contatos próximos de pacientes com hanseníase. Os testes estão sendo feitos com famílias de Fortaleza e Sobral (Ceará), e também por filiais da organização na Índia e Indonésia. A pesquisa envolve estudos, mapeamento de casos e administração dos medicamentos. A expectativa é que seja concluída em 2026.

 

JUNTOS CONTRA O PRECONCEITO

 

Mesmo sendo uma doença que tem cura e de difícil transmissão, o estigma ainda pesa contra os que têm hanseníase. Recentemente, Pollyane Medeiros, do Morhan, testemunhou um episódio de preconceito que de um profissional de saúde em uma clínica de fisioterapia. “Ao ter acesso ao laudo de uma pessoa com sequelas, que já tinha cumprido tratamento, ele chegou a afirmar, na frente de todos, que a hanseníase não tinha cura, revelando sua ignorância sobre a doença e expondo a pessoa à discriminação e preconceito”.

 

Falta de informações e uma cultura milenar, atrelada a conceitos bíblicos e religiosos, contribuem para isso. Uma das entrevistadas que não quis se identificar relata: “Deixei de ser convidada para alguns eventos quando falei a colegas sobre minha doença”.

 

Organizações como a NHR Brasil e a Morhan, e diversos grupos de autocuidado, contribuem para que pessoas com hanseníase lidem de forma coletiva com a doença. Premiada no ano passado durante o Fórum Social Brasileiro de Doenças Infecciosas e Negligenciadas, Maurineia Vasconcelos coordena o Grupo Saúde, que reúne pacientes da policlínica municipal Clementino Fraga, no Vasco da Gama. Atividades de empoderamento, oficinas de empreendedorismo, troca de experiências, apoio e assistência, festividades e eventos ajudam os participantes a lidar com a doença e com o preconceito.

 

 

 

Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase existe há 42 anos. Crédito: Acervo pessoal

 

CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO

 

A hanseníase tem cura, mas ainda há controvérsias quanto à forma de administração dos medicamentos. A médica Andrea Maia, por exemplo, é contra a padronização nos prazos de duração do tratamento. “Passado o período de seis meses ou um ano, sugerido pela OMS, é preciso haver um acompanhamento cuidadoso. Tenho observado casos em que algumas bactérias resistem”, conta.

 

Glauco Lima teve hanseníase na década de 80. Teve erupções na pele e demorou até obter o diagnóstico. Na época, o processo de tratamento era mais longo e complexo. Seis anos depois, a doença se manifestou nos tendões.

 

Ele garante que foi infectado duas vezes. Mas, para Andrea, é possível que alguma bactéria tenha resistido e, com o tempo, voltou a se reproduzir no organismo. “Este é o objeto de minha tese de mestrado. Venho acompanhando casos em que, mesmo depois do período de tratamento, o material coletado e enviado para biópsia revela a presença de bactérias vivas. Acredito na importância de haver um acompanhamento dos pacientes para que os prazos para administração dos medicamentos seja adequado a cada situação”, diz.

 

O fato é que, embora seja uma doença milenar, ainda há um longo caminho a percorrer até zerar a transmissão da doença, meta antiga para quem atua na Saúde Pública. Para isso, há que reforçar os estudos e informações sobre a doença; melhorar as políticas de prevenção e tratamento; dar atenção aos sintomas invisíveis e neurais; e agir contra a desinformação e preconceito.

 

Serviço:

 

Fique atento aos sintomas: não apenas manchas ou falta de sensibilidade na pele. Dormência ou formigamento em mãos ou pés, câimbras constantes, dores no corpo, fraqueza ou cansaço muscular. Tudo isso também pode ser um sinal de Hanseníase. O tratamento da doença é feito apenas pela rede pública. Se você tem alguns destes sintomas e é atendido na rede particular, pode convencer seu médico a fazer uma investigação mais aprofundada antes de procurar o posto de saúde de seu bairro.

 

• A NHR Brasil é filial da NLR, uma organização holandesa que atua há 50 anos no enfrentamento à Hanseníase no mundo. A sede fica no Ceará, mas ela tem atuação em todo o país. Você pode entrar em contato pelo e-mail nhr@nhrbrasil.org.br ou acompanhar a instituição pelo site ou no Instagram @nhrbrasil

 

• O Morhan tem 42 anos de atuação em todo Brasil. Em Pernambuco, possui núcleos no Recife, Jaboatão e Vitória de Santo Antão. Você pode se informar pelo site ou acompanhar pelo Instagram @morhanjaboataope e @morhanrecife

 

• Grupos de autocuidado: existem cinco grupos de autocuidado ativos em pernambuco: um no sistema prisional; um na policlínica Clementino Fraga; dois no hospital Otávio de Freitas; e um na policlínica municipal Lessa de Andrade, na Madalena.

 

Marco Zero Conteúdo = É um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público.

 

 

 

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FRUSTRADA TENTATIVA DE GOLPE NA BOLÍVIA

 

Coluna Paulo Timm – Publicada em A FOLHA, Torres RS – 28 junho 2024 

 

A Bolívia revive um pesadelo recorrente:Tentativa de golpe militar, entretanto, com tanques cercando Palácio de Governo que, felizmente, naufragou. O Presidente Luis Arce não se intimidou diante da soldadesca. Chamou o povo para as ruas e desceu as escadarias para enfrentar os golpistas. Passou uma descompostura no Chefe do Exército, Juan Zúñiga, na frente do assessores, dos soldados rasos e oficiais seguidores e o prendeu em praça pública. A União Europeia, a Organização dos Estados Americanos e o governo brasileiro repudiaram imediatamente a tentativa de golpe militar. Lula telefonou para a presidente de Honduras, Xiomara Castro, propondo uma reunião extraordinária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A reunião, marcada para esta quinta-feira (27), visou emitir uma declaração conjunta dos países da região condenando a tentativa de ruptura democrática na Bolívia.

 

O Presidente Biden, depois de algum tempo, tempo a condenou. Tendo percebido, aliás, sinais de sabotagem dos Estados Unidos à sua gestão, sobretudo diante da questão do lítio, abundante no país, Arce convocou representante da Casa Branca em La Paz dias antes da tentativa de golpe. Convocando a encarregada de negócios americana, Debra Havia, para uma reunião a portas fechadas. Parece que resultou.

 

Milei, Presidente Argentino, calou-se. No fundo, torceu pelo sucesso do golpe. No Brasil, o deputado federal Ricardo Salles, bolsonarista de carteirinha, ex Sinistro do Meio Ambiente notabilizado pelo estímulo ao estouro da boiada na Amazônia , até regozijou-se com o golpe. Agora, certamente, terá que se explicar ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados...

 

Afinal, as tropas recuaram, o que sinalizou o fracasso do movimento antidemocrático. 

 

A Bolívia conheceu inúmeros golpes na sua vida republicana. Ganhou alguma tranquilidade e prosperidade depois da vitória de um líder indígena: Evo Morales. Justifica-se: Grande parte da população boliviana é indígena ou mantém estreitos laços com as comunidades indígenas. Nada mais justo do que um de seus líderes governe o país. Quando saiu do Governo, acossado pela direita, houve nova tentativa de golpe, felizmente contigo. Agora, tendo a frente do Governo um de seus seguidores, o golpismo ressurge no país Andino. 

 

Um dos problemas da Bolívia é sua divisão entre o altiplano, majoritariamente indígena e a planície que se estende em torno de Santa Cruz de la Sierra, vizinha ao Brasil, mais ocidentalizada. Por várias vezes, esta região já tentou se separar do altiplano, sem êxito, mas continua sempre em ferrenha oposição à La Paz. 

 

O ocorrido na Bolívia é uma advertência aos democratas latino-americanos. O ex Chanceler Celso Amorim alerta: - “Essa tentativa falhou, mas podem ocorrer outra.A Bolívia é um país que tem sido fracionado entre as forças populares. Tem que tomar muito cuidado". Celso Amorim destacou ainda a importância das relações entre Brasil e Bolívia, mencionando as compras de gás natural e a iminente adesão plena da Bolívia ao Mercosul. No entanto, ele fez uma ressalva: “tudo isso só funciona na democracia".

 

Aqui, a lembrança do velho ditado: Quem vê as barbas do vizinho arder, pôe as suas de molho... O nazi-fascismo não morreu com Hitler, em 1945. Virou um fantasma com novas roupagens, sempre à espreita do ressurgimento. Mas como dizia a velha UNIÃO DEMOCRÁTICA NACIONAL – UDN - , numa época em que abrigava um direita esclarecida e que se pretendia defensora da democracia: 

 

“ O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Ó tempos! Bons tempos!

 

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A QUESTÃO DA MACONHA

 

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Decisão 'nobre', 'invasão de competência': veja como repercutiu a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. 

 

Lula disse que é 'nobre' diferenciar usuário de traficante; Pacheco disse considerar decisão 'invasão de competência' do legislativo. STF ainda precisa definir quantidade que diferencia usuário de traficante.

 

 

 

O que é mito e o que é verdade sobre maconha? Faça o QUIZ e veja infográfico sobre a droga - STF formou maioria para considerar que não há crime quando uma pessoa carrega consigo uma quantidade de maconha. Ministros vão agora definir parâmetros para separar usuário de traficante.

 

 

 

Porte de maconha para uso pessoal: entenda como fica a proposta em análise no Congresso após a decisão do STF - Tribunal decidiu que não é crime porte de maconha para consumo próprio e vai diferenciar usuário de traficante. Decisão não impede que Congresso analise proposta sobre o tema.

 

CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

 

Ao encerrarem, nesta quarta-feira (26), o julgamento sobre o porte de maconha para consumo próprio, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fixaram o parâmetro de 40 gramas ou seis plantas fêmeas para diferenciar usuários de maconha e traficantes da planta.

 

E é aí que começa uma outra parte da discussão. O que significam 40 gramas? É muito? É pouco?

 

Para Cristiano Maronna, doutor em Direito Penal pela USP e diretor da organização Justa, os ministros reconheceram a necessidade de fixar um parâmetro objetivo. Mas, na avaliação dele, essa não é a quantidade ideal para efeitos no sistema prisional.

 

É o que ele explica em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (27).

 

"Eu entendo que um peso maior, uma quantidade maior, seria melhor para fins de impactos no sistema de Justiça criminal, sistema prisional. Mas, de qualquer modo, 40 gramas já é um parâmetro melhor do que existe hoje, em que há uma anomia."

 

"E vários ministros reconheceram isso. Daí a necessidade de fixação de parâmetros objetivos", complementa.

 

Ele também ressalta que a decisão é provisória e deve vigorar até que o Congresso ou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tratem da matéria.

 

Reproduzir vídeo40g de maconha é muito ou pouco?

 

Mais especificamente, Maronna lembra que a necessidade de fixar uma quantidade surgiu com mais força após o ministro Alexandre de Moraes, em agosto, fundamentar seu voto citando um estudo da Associação Brasileira de Jurimetria apontando a diferença de flagrantes para brancos e negros.

 

"Chegaram a conclusão de que pessoas negras flagradas com até 20 gramas de maconha são classificadas como traficantes, enquanto pessoas brancas flagradas com até 60 gramas de maconha são classificadas como usuárias", disse Maronna.

 

Os ministros não liberaram o uso de maconha nem legalizaram qualquer entorpecente. Outras condutas envolvendo a substância, que não o porte, podem ser configuradas como tráfico.

 

Por exemplo, se uma pessoa for flagrada com maconha, ainda que em quantidade inferior a 40 gramas, e haja elementos de que ela estava vendendo a droga, poderá ser presa e responder pelo crime de tráfico.

 

Ouça a íntegra do episódio.

 

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ASSANGE : Livre, porém culpado: entenda quem é Julian Assange e qual o acordo para sua liberdade

 

Liberdade para Assange, fundador do WikiLeaks, ocorre após 12 anos encarcerado por ter divulgado segredos de Estado dos EUA, como violações aos direitos humanos na Guerra do Iraque

 

Vanessa Martina-Silva - https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/livre-porem-culpado-entenda-quem-e-julian-assange-e-qual-o-acordo-para-sua-liberdade/?utm 

 

• Quem é Julian Assange?

 

• Por que ele foi preso?

 

• Por que ele foi liberto?

 

• O que consta no acordo?

 

Julian Assange foi libertado após chegar a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. Ele se declarou culpado de um único crime grave, encerrando assim uma longa saga que envolveu vários continentes.

 

Quem é Julian Assange?

 

Assange nasceu em 1971 em Townsville, no estado australiano de Queensland. Começou a se interessar por computadores desde cedo e, no início dos anos 1990, já era considerado um dos hackers mais habilidosos da Austrália.

 

Em 2006, fundou o WikiLeaks, uma organização que publicava material vazado. Em 2010, Assange ganhou notoriedade mundial ao publicar uma série de vazamentos de Chelsea Manning, ex-soldado do exército estadunidense. Entre os arquivos, havia um vídeo de um ataque de helicópteros Apache das forças estadunidenses em Bagdá em 2007, no qual 11 pessoas foram mortas, incluindo dois jornalistas da agência Reuters.

 

O governo dos EUA iniciou uma investigação criminal e Manning foi finalmente condenada e presa pelos vazamentos, embora posteriormente sua pena tenha sido atenuada.

 

Em novembro de 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 250 mil telegramas diplomáticos dos EUA.

 

Leia também | Esposa de Assange, sobre apoio de Lula: “É um líder global e pode mudar os rumos da história”

 

Em 2016, Assange voltou a ser notícia após o WikiLeaks publicar e-mails de operativos do Partido Democrata no período anterior às eleições presidenciais dos EUA. Segundo a Procuradoria dos EUA, os e-mails foram roubados pela inteligência russa e faziam parte de uma operação para interferir nas eleições a favor de Donald Trump.

 

Assange é aclamado por muitos em todo o mundo como um herói que revelou irregularidades militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

 

Protesto em Londres, em 26 de agosto de 2023, contra a prisão de Julian Assange e os processos de extradição dos EUA (Foto: Alisdare Hickson)

 

Por que ele foi preso?

 

Em 2010, foi emitida uma ordem de prisão contra Assange por duas acusações diferentes de abuso sexual na Suécia. Após um tribunal britânico decidir que ele poderia ser extraditado para a Suécia, Assange foi para a embaixada do Equador, onde foi concedido a ele asilo político pelo governo do então presidente Rafael Correa. Na época, se teve conhecimento de que ele temia que, uma vez extraditado para a Suécia, poderia ser extraditado para os Estados Unidos.

 

Ele permaneceu lá por quase sete anos, durante os quais suas relações com o governo equatoriano se tornaram cada vez mais hostis com a saída de Correa da presidência e a chegada de Lenin Moreno. Em 2019, o ministro das Relações Exteriores do país acusou Assange de comportamento inapropriado, o que incluía andar de patinete e jogar futebol dentro da embaixada, além de ameaçar funcionários da embaixada.

 

Em 2017, as autoridades suecas retiraram suas acusações contra Assange, mas sua ordem de prisão no Reino Unido por violar a fiança ainda estava em vigor. Em 2019, o Equador retirou o asilo e permitiu que a polícia britânica entrasse na embaixada para prendê-lo.

 

Após sair da embaixada, Assange foi detido em nome dos Estados Unidos, que haviam solicitado sua extradição. Os Estados Unidos queriam que ele respondesse a 18 delitos e o acusavam de incentivar e ajudar Manning a roubar arquivos militares. Se fosse condenado, poderia enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão.

 

Por que ele foi liberto?

 

Nos últimos cinco anos, Assange ficou detido em uma prisão de segurança máxima no sul de Londres, onde teve a liberdade sob fiança negada por suposto risco de fuga. Durante todo esse tempo, sua família e simpatizantes afirmavam que sua saúde física e mental estava piorando.

 

Em 2021, um tribunal britânico disse que Assange poderia ser extraditado para os Estados Unidos, mas no início deste ano ele ganhou o direito de apelar desse veredicto.

 

Leia também | “Temos que continuar agindo, isso vai acabar bem”, diz líder pró-Assange na América Latina

 

Em fevereiro, o Parlamento australiano aprovou uma moção pedindo aos governos dos EUA e do Reino Unido que permitissem que Assange retornasse ao seu país natal. Em abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que estava analisando um pedido da Austrália para retirar a acusação contra Assange.

 

A família de Assange — incluindo sua mãe — disse nessa terça-feira (25) que o fim de seu “calvário” se deve a uma “diplomacia tranquila”, enquanto seu pai agradeceu ao primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

 

O que consta no acordo?

 

Assange deve comparecer nesta quarta-feira (26) a um tribunal federal das Ilhas Marianas do Norte, uma comunidade dos EUA localizada no Pacífico ocidental, onde ele deve se declarar culpado de uma acusação prevista na Lei de Espionagem por conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações classificadas de defesa nacional. É esperado que o pedido de extradição seja retirado e que Assange não enfrente nenhuma outra acusação.

 

A audiência ocorre nas Ilhas Marianas do Norte devido à oposição de Assange de viajar para o território continental dos EUA e à proximidade do tribunal com a Austrália.

 

Leia também | Chomsky defende Assange: “Lei de Espionagem dos EUA não cabe em uma sociedade livre”

 

Os promotores concordaram com uma sentença de cinco anos, mas disseram que o tempo já cumprido em uma prisão britânica contará para isso. Isso significa que ele será libertado após a sentença.

 

A declaração de culpa ainda precisa ser aprovada por um juiz, e, neste caso, ele poderá retornar à Austrália após a sentença.

 

John Shipton, pai de Assange, declarou nesta terça (25) à mídia australiana que parece que “Julian poderá desfrutar de uma vida normal com sua família e sua esposa, Stella”.

 

* Este texto foi traduzido com o auxílio de Inteligência Artificial.

 

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Aumenta violência contra idosos no Brasil

 

Violência contra idoso cresce 38% no Brasil, diz levantamento

 

Foram mais de 65 mil denúncias no primeiro semestre de 2023; segundo especialistas, as pessoas estão se sentindo confiantes em denunciar. Veja estados que tiveram maior crescimento.

 

Por Amanda Lüder, Fábio Santos, g1 SP e GloboNews

 

26/07/2023 11h55 Atualizado há 7 meses

 

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Violência contra idoso cresce 38% no Brasil, diz levantamento

 

Um levantamento da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos aponta que houve um aumento de 38% nos casos de violência contra pessoas idosas no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram mais de 65 mil denúncias e o crescimento foi registrado em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal.

 

Veja os estados que tiveram alta mais significativa:

 

📍Tocantins + 155%

 

📍Amapá: +110%

 

📍Pernambuco: +90%

 

📍São Paulo: +44%

 

Segundo especialistas, os casos aumentaram, mas as pessoas estão se sentindo confiantes em denunciar.

 

"A gente precisa olhar com esses números com preocupação e, depois, pensar na política pública com certo otimismo. A preocupação é porque os casos aumentaram e o otimismo é que a gente tem a retomada do nosso 'Disque 100' e consequentemente as ações dessa gestão que estão sendo para explicar e educar quais são os tipos de violência que afetam mais as pessoas idosas", diz Alexandre da Silva, Secretário Nacional Dos Direitos da Pessoa Idosa.

 

Para a Marisa Acciolly, especialista em gerontologia pela SBGG e professora da USP, o crescimento indica que há um conhecimento maior por parte das pessoas idosas, no sentido de como procurar ajuda.

 

As violências mais denunciadas são a física, a patrimonial e a psicológica.

 

Idosa sofre etarismo ao tentar financiamento imobiliário

 

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Idosa diz que sofreu etarismo ao tentar financiamento imobiliário: 'Muito desdém'

 

A aposentada Marly Gama, que mora em São Paulo, foi até uma agência bancária para buscar informações a respeito de um financiamento para uma casa própria. No entanto, ao solicitar ao atendente, ele a atendeu com desrespeito e etarismo, algo que é mais comum do que parece.

 

"Eu fui pedir informações, e disse que eu era aposentada. E o atendente me olhou com muito desdém e disse: 'Quantos anos mesmo que a senhora tem?'. Eu me identifiquei que tinha 67 anos. E: 'Ah, mas com essa idade não precisa'. Esse problema de 'essa idade' a gente ouve quase que diariamente em várias situações", lamentou.

 

A idosa revelou que motoristas e cobradores de ônibus também fazem comentários etaristas, reclamando que pessoas velhas estejam andando nos coletivos.

 

"Na eleição do ano passado eu resolvi ir (votar). E ouvi: 'Esses velhos não têm o que fazer, e vão votar'. Por que isso?', indagou.

 

Saiba como denunciar

 

Qualquer tipo de violação contra idosos podem ser denunciados pelo disque 100, que funciona por qualquer tipo de aparelho telefônico. É possível, também, registrar a denúncia pelo site do Ministério dos Direitos Humanos, ou pelo aplicativo de celular. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

 

LEIA MAIS:

 

• Denúncias de abandono de idosos crescem 855% em 2023, aponta Ministério dos Direitos Humanos

 

• População idosa sobe para 15,1% em 2022, diz IBGE

 

• VÍDEO: Idoso de 80 anos é agredido com capacete ao tentar ajudar a ex ameaçada pelo atual companheiro

 

• Casal de idosos e neto são mortos a tiros em casa no Ceará; crianças se esconderam

 

 

 

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20-06-2024

 

Brasileiro é conservador, não fanático religioso ou político

 

Maria Cristina Fernandes - Eleitor é conservador, não fundamentalista

 

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-cristina... Valor Eco.

 

Eleitor é punitivista, não aceita ser garfado em direitos nem se engana sobre a vítima de estupro

 

Foram duas derrotas consecutivas, num prazo de duas semanas, impostas pela sociedade, nas redes sociais e nas ruas, à extrema-direita: a proposta de emenda constitucional que prevê a venda de terrenos de marinha, chamada de “pec das praias”, e o projeto que criminaliza a prática do aborto, nos casos já previstos em lei (estupro, risco de vida da mulher e má-formação do feto), acima de 22 semanas.

 

Os governistas puseram o pescoço para fora depois que a derrota, em ambos os casos, já estava consolidada. Calejados pela derrubada do veto presidencial à proibição da saída temporária dos presos por razão familiar, as chamadas “saidinhas”, fruto de um cochilo em relação ao consenso punitivista vigente, deixaram de enxergar o fosso que separa uma sociedade conservadora da extrema-direita fundamentalista.

 

Na PEC das praias e no PL do aborto o que aconteceu foi mais uma derrota da aliança entre o bolsonarismo e o centrão do que uma vitória do governo. No primeiro caso, a PEC já havia passado discretamente pela Câmara na legislatura passada, já sob a batuta do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e buscava uma via ligeira para ser referendada pelo Senado quando foi atravessada pelo ativismo digital de organizações não-governamentais de ambientalistas que contaminou as redes antes que a atriz Luana Piovani se engalfinhasse com o jogador Neymar Jr. e o assunto contaminasse as redes sociais.

 

No segundo caso, o acordo de gaveta entre o autor do projeto e Lira, acabou sendo confirmado por Sóstenes Cavalcante. O deputado do PL do Rio disse que, obtida a urgência, poderia votá-lo até o “último dia do mandato” do presidente da Câmara. A existência do acordo ficou patente quando o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo principal aliado de Lira no PT, lavou as mãos em relação ao projeto.

 

Foi só com as primeiras pesquisas sobre a surra do PL nas redes sociais e as manifestações de rua que a primeira-dama, Janja da Silva, sempre muito vigiada em seus posicionamentos sobre costumes, veio ao X, ex-Twitter, se manifestar, sendo seguida por uma miríade de ministros (Alexandre Padilha, Marina Silva, Silvio Almeida, Cida Gonçalves e Anielle Franco) e pelo próprio marido. De Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “insanidade” a tentativa de se imputar uma pena para as mulheres equivalente ao dobro daquela do estuprador.

 

Nenhum deles apareceu com sacadas melhores do que aquelas que pautaram a mobilização nas redes e nas ruas. Todos ficaram a reboque da campanha “criança não é mãe, estuprador não é pai”, que começou espontânea, puxada por grupos feministas e entidades de direitos humanos, e acabou impulsionada pela massificação de notícias dando conta de pastores evangélicos estupradores. A guerrilha digital recuperou um vídeo do médico Drauzio Varella, de 2014, por ocasião de uma primeira tentativa da bancada evangélica no tema, em que ele dizia que se estaria autorizando os homens a escolher em que mulheres desejavam fazer filhos.

 

No acompanhamento sistemático de grupos qualitativos de pesquisa, Esther Solano, socióloga e professora da Unifesp, constata que os governistas se limitam a ser reativos na pauta moral pela incapacidade de entender os paradoxos e sofisticações de uma sociedade que cultiva valores conservadores (veto às saidinhas) mas não aceita ser garfada em seus direitos (PEC das praias) nem enganada sobre quem é a vítima de um caso de estupro (PL do aborto).

 

A despeito das duas últimas derrotas, Solano aposta que o recuo da extrema-direita é tático. A grotesca encenação sobre assistolia fetal, método usado para a interrupção da gravidez acima de 22 semanas, no Senado na manhã desta segunda-feira é um exemplo. Já estava marcada quando o embate na Câmara se deu, mas não foi desmarcado nem amenizado e teria irritado o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

O avanço da extrema direita fundamentalista nos conselhos tutelares estendeu o tapete vermelho para a entrada desta pauta nas eleições municipais, especialmente em São Paulo. A campanha do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes poderá se valer do tema aquecido na opinião pública para confrontar o pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos, que é favorável ao aborto para além dos casos previstos em lei, contrariamente à pré-candidata do PSB, Tabata Amaral.

 

Em maio, reportagem da revista digital “Pública” deu conta da ofensiva de Nunes contra o serviço de aborto legal do hospital municipal de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. Funcionava ali o serviço com o maior número de casos da cidade de interrupção acima de 22 semanas, mas foi fechado pela prefeitura e seus médicos, perseguidos por uma aliança entre o Conselho Regional de Medicina e a prefeitura.

 

Cochilo do governo em relação ao consenso punitivista vigente, o privou de enxergar o fosso que separa uma sociedade conservadora da extrema direita fundamentalista.

 

 

 

Editorial Cultural FM Torres RS – 19 junho 24

 

O DIA DO QUÍMICO NO BRASIL –

Ontem celebrou-se, no Brasil, o Dia do Químico, data em que, no ano de 1956, foi regulamentada sua profissão que hoje abrange cerca de 50 denominações diferenciadas, todas contribuindo decisivamente para o desenvolvimento tecnológico do país: Técnicos em Química, Bacharéis/Licenciados em Química, Químicos Industriais ou Tecnólogos equivalentes, Engenheiros Químicos e suas especializações. A indústria química, através da química fina e petroquímica, foi o último setor a ser montado no Brasil, no sendeiro doi modelo de substituição de importações que impulsionou o desenvolvimento do país no século XX, durante o Governo Geisel, década de 1970.

 

“O dia do Químico serve para relembrar todas as conquistas que essa classe obteve com a Lei Mater e, principalmente, homenagear o trabalho árduo — e muitas vezes anônimo — que esses profissionais desempenham. Graças a eles, há um constante desenvolvimento técnico-científico e industrial do nosso país, pois esses profissionais adequam a Química à solução de problemas tecnológicos e impulsionam os centros de pesquisas químicas e universitárias do Brasil.

 

Isso torna evidente também o papel do Químico no bem-estar da sociedade, pois ele propicia que produtos, tais como medicamentos, alimentos e produtos de higiene e limpeza, sejam fabricados com uma melhor qualidade tanto para a saúde do consumidor e de quem os produz quanto para minimizar ao máximo os impactos ambientais. Desse modo, pode ser desfeito o preconceito que muitos desenvolveram sobre a Química e que dissemina a ideia de que essa ciência só traz malefícios para o meio ambiente e para nossas vidas.

 

Assim, gostaríamos de aproveitar essa oportunidade para agradecer aos profissionais da Química por seu importante trabalho! Parabéns a todos os Químicos do Brasil! Além do mais, que tal aproveitar essa data para conhecer de perto alguns dos cientistas que contribuíram sobremaneira para o desenvolvimento da Química? Confira nossa seção exclusiva sobre os grandes Químicos da História neste link: Grandes Cientistas da Química.” –(Jennifer Fogaça

Graduada em Química)

 

Dentre os baluartes da Química no mundo, num contraponto científica do Iluminismo que marcou época na França do século XVIII, releva o papel de Antonio Lavoisier, célebre por suas pesquisas e pela sua frase: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”.

 

 

Anexo

 

Antoine Lavoisier - Antoine Lavoisier (Químico)1743-1794

Por André Luis Silva da Silva

 

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)

Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

 

Talvez uma das sentenças mais comentadas no mundo da química seja a célebre frase “Na Natureza, nada se perde e nada se cria, tudo se transforma.” Escrita de modo poético, essa frase aborda um dos princípios de edificação da química moderna: a lei de conservação de massa. De acordo com a mesma, o que mais tarde viria a ser aplicado analogamente à energia, a matéria está sujeita a constantes transformações, mas jamais à destruição ou criação. Ou, em uma linguagem mais técnica, a massa dos reagentes é sempre igual à dos produtos, em uma transformação de qualquer natureza.

 

O primeiro cientista a anunciar esse princípio foi Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), considerado hoje o grande precursor da química moderna. Lavoisier era proveniente de uma importante e abastada família francesa, herança que o proporcionou a estrutura necessária para a realização de suas pesquisas. “Ao jovem Antoine Laurent Lavoisier cabe o mérito da introdução do novo método na experimentação química. Gênio versátil, filho de rica família, Lavoisier cedo ficaria órfão de mãe. O pai e a tia, que o educaram, preferiam que ele estudasse Direito, e o encaminharam ao Colégio Mazzarino. Ao passar para a universidade, o interesse pela ciência prevaleceu. Era o começo de uma revolução dos métodos científicos”1.

 

Lavoisier ficou amplamente conhecido por suas contribuições na conservação da matéria e por sua refutação à teoria flogística da combustão, predominante na época. Isso fora possível por meio de seus trabalhos, e posterior descoberta, e nomenclatura, do elemento oxigênio. Além disso, descobrira a composição química da água, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Dessa forma, acabaria também refutando a teoria de Tales de Mileto, a qual afirmava que a água era um dos quatro elementos dos quais todas as demais substâncias derivariam.

 

Na verdade, atribui-se a descoberta do oxigênio a Lavoisier, entretanto, o elemento químico fora realmente identificado por Lavoisier, mas o gás oxigênio foi apenas melhor compreendido em relação às suas propriedades físicas e químicas, o que viria a conformar a dependência desse gás nos processos da combustão e da calcinação.

 

Lavoisier também participou efetivamente de trabalhos que viriam a compreender melhor outros elementos químicos, como o nitrogênio. O nome nitrogênio significa “...azoto, e quer dizer ‘sem vida’. Este nome, sugerido por Lavoisier, designava um novo elemento, até então conhecido como ‘ar mefítico’. O ar mefítico havia sido descoberto em 1722, quando Priestley, queimando corpos em vasos fechados, verificou que, exaurido o oxigênio do ar, restava ainda um gás inerte junto ao gás carbônico. O gás recém descoberto não ativava a combustão e não podia ser respirado; era, portanto, alheio à vida”1.

 

Lavoisier acabará se envolvendo na coleta de impostos francesa, o que o levaria à morte em praça pública na guilhotina, durante a Revolução Francesa, fazendo-o interromper alguns trabalhos na área de fisiologia, envolvendo a respiração e a transpiração.

 

Referências:

1. http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/lavoisie.htm

FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.

RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994.

 

 

 

 

 

Editorial Cultural FM Torres RS – 18 junho 

 

ENCHENTE/PORTO ALEGRE

 

Holandeses vieram, viram e confirmam: O Sistema Contra Cheias de Porto Alegre é bom. Ruim é a gestão!

 

Publicado em junho 17, 2024 por LUIZ MÜLLERDeixe um comentário

 

 

 

Foi preciso que Técnicos da Holanda, que tem 70% do território abaixo do nível do mar e tem experiência de Sistema de Proteção contra Cheias desde o Século 17, viessem a Porto Alegre confirmar o que Diferentes Grupos de Técnicos e Engenheiros da UFRGS , DEMAE e outros daqui já tinham dito:

 

O relatório preliminar da comitiva holandesa, com as sugestões, foi apresentado no dia 10/06 e deve ser entregue ao DMAE até o dia 30:

 

Entre as propostas consta: “a recuperação do sistema de proteção contra enchentes, a instituição de um sistema de monitoramento de níveis, vazões e ventos, e a criação de mecanismos para verificar a integridade dos componentes do sistema, como diques.”

 

Ou seja: O Sistema é bom. Precisa ser “recuperado”, por que pela falta de manutenção e de Geradores, Casas de Bombas deixaram de funcionar e comportas romperam com a força da água e outras acabaram sendo derrubadas pela Prefeitura, por que o Nível da água no Centro de Porto Alegre durante vários dias esteve mais alto do que no próprio Rio Guaíba. Absurdo? Não. Estava mais alta aqui dentro, por que além de não jogar mais o grande volume de chuvas pra dentro do Rio, as bombas não funcionando, elas acabaram sendo “porta de entrada” pra água do Rio que se somou a água da chuva que caia. Como morador do Centro eu mesmo vi, ainda no dia 3/05, a água invadindo as ruas pela casa de bombas.

 

Os holandeses também sugeriram o acompanhamento das previsões climáticas, a emissão de alertas para a população e a criação de um Sistema Integrado de Proteção contra Enchentes, envolvendo município, estado e governo federal.

 

Essas sugestões já haviam sido dadas pela UFRGS, através do IPH, salientando-se que as previsões baseadas nos modelos hidrológicos da cheia foram muito precisas e deveriam ter sido utilizadas pela prefeitura para balizar as ações de enfrentamento da crise.

 

Mas… A forma atabalhoada como a Prefeitura e o Prefeito trataram moradores das regiões atingidas, criando pânico, gerando confusão e pior, com o Prefeito tentando responsabilizar os moradores, acusando-os de morar onde não deveriam, deixou patente que pelo menos até aquele momento, a ciência sobre os temas sobre o Meio Ambiente não tinham espaço no Gabinete e nem na gestão da Prefeitura.

 

“Há muito o tema do Saneamento não é mais tratado apenas como “básico”, mas sim como “Saneamento Ambiental”, por que diz respeito não mais só encaminhar e tirar o esgoto da cidade, mas de criar as condições para que a Vida e a Saúde dos Cidadãos seja preservada”, diz o Ex Diretor do DEP, Engenheiro Vicente Rauber.

 

O DEP – Departamento Municipal de Esgotos Pluviais, que foi desativado por Sebastião Melo em 2019, na contramão inclusive do Novo Marco Legal do Saneamento, era o órgão responsável pela supervisão e manutenção do Sistema de Proteção contra as Cheias e como diz seu nome, pelo Esgoto Pluvial, aquele das aguas que inundaram o Centro Histórico mesmo antes da chegada da água do Rio pelas comportas rompidas. Aliás, as águas da chuva meses antes já tinham alagado uma parte do Mercado Público e região, quando nem enchente do Rio havia.

 

Com o Desmonte do DEP, as atribuições foram passadas ao DMAE. No entanto, apesar da Vital Função do DEP, nenhum recursos novo foi injetado no DMAE e nem Técnicos e Servidores a mais destacados para manter funções essenciais para a vida dos cidadãos.

 

E pra piorar, o Prefeito, na ânsia de Privatizar tudo que é público, queria privatizar também o DMAE e pior, com muito dinheiro em Caixa.

 

Por isto, mesmo com o DMAE tendo mais de R$ 400 milhões em Caixa, proibiu que a autarquia fizesse muitos investimentos necessários como estes no Sistema de Proteção as Cheias, por que quer entregar a empresa “com dinheiro em caixa”, como ele próprio chegou a dizer.

 

O que fica cada vez mais evidente, é que ou propositalmente falta uma gestão da Cidade voltada para o conjunto de seus cidadãos, ou se trata de incompetência.

 

Olhando para posturas do Prefeito, que extinguiu o DEP, defendia a Derrubada do Muro da Mauá junto com o Governador, para que privatizada a área do Porto, ali também pudessem ser construídos suntuosos prédios só acessíveis a poucos milionários, e também a pressa em aceitar uma parceria com a tal Alvarez & Marçal, já envolvida com bilionárias negociatas em New Orleans depois do furacão Katrina, eu diria que isto faz parte de um Projeto mesmo.

 

Imagina agora, como assustados cidadãos vão querer vender suas casas nas regiões atingidas, por que julgadas “desvalorizadas”.

 

Há notícias de que os poucos voos possíveis para Porto Alegre, via Canoas, tem trazido muitos representantes de mega incorporadoras nacionais e internacionais, que obviamente estão comprando tudo que dá de cidadãos temerosos de novas enchentes, que virão, se esta ‘gestão” continuar com quem e como esta.

 

Mas, o SISTEMA DE PROTEÇÃO AS CHEIAS FUNCIONA, MAS PRECISA DE SUPERVISÃO, MANUTENÇÃO E ATUALIZAÇÃO PERIÓDICA, como disseram dezenas de técnicos daqui e que foram CONFIRMADOS pelos Especialistas Holandeses.

 

“Considerando que a Cidade possui mais de 40% de sua área praticamente na mesma cota das águas do Guaíba em tempos normais, tem a necessidade de completar, aperfeiçoar e manter o seu Sistema de Drenagem Urbana, manter e aperfeiçoar permanentemente o seu Sistema de Proteção contra inundações, é necessário e urgente recriar uma estrutura de primeiro escalão, o DEP ou semelhante. As empresas de saneamento de água potável e esgotos, por absoluta emergência e por ter tarifa específica para estas atividades, como é o caso do DMAE, não tem e não terão qualquer prioridade para as atividades de drenagem urbana e proteção contra inundações” Recorte do Documento dos Técnicos e Ex Diretores do DEP que pode ser conferido na íntegra clicando no link a seguir:

 

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 Editorial Cultural FM Torres RS – 17 junho

 

Sociedade cansada. Inteligência humana comprometida. Geração deprimida

 

Vivemos tempos de um grande paradoxo: A tecnologia diminui os esforços físicos e até mentais para o desempenho de tarefas laborais e domésticas. Não obstante, a sociedade se sente cada vez mais cansada, as pessoas deprimidas, jovens, sobretudo, desanimados quanto ao futuro. Fala-se na "geração deprimida" que engloba já duas gerações: a dos millennials (também chamados de geração Y) e a geração Z. A primeira se refere, aproximadamente, às pessoas nascidas entre 1981 e 1995 e a segunda, aos que chegaram ao mundo entre 1995 e 2010. Um historiador, no final do século XIX, Eric Hobsbawn, já chamava a atenção para o fato de que o grande otimismo do começo do século XX havia se esvaído no seu curso. Fechamos o 1900 perplexos diante do futuro, já não confiávamos piamente nem na Ciência, nem na Política: A Crise Ambiental, o declínio do homem público, as intensas migrações de países pobres e ameaçados por conflitos internos ameaçavam o horizonte. O advento das Redes Sociais de Comunicação no começo do século XX , com o mergulho da juventude nos artefatos eletrônicos, proclamado como uma nova Era de Democracia Digital, não reverteu este quadro. Pelo contrário, reveladas como instrumento de manipulação da opinião pública pelo direcionamento dos algoritmos por “Engenheiros do Caos”, temperou o desânimo com o ódio às instituições, não poupando sequer as Universidades, a Ciência e os saberes seculares. O resultado tem sido apontado por Filósofos e Cientistas: O mundo está não só piorando como em risco, sob a crença de que a Terra é plana. Miguel Nicollelis, cientista brasileiro consagrado, autor de inúmeros livros, dentre eles o último, tipo ficção, no qual revela que a facilitação tecnológica está interferindo na nossa capacidade intelectual. Jovens tristes escrevem casa vez menos e com número de vocábulos cada vez mais reduzido, têm dificuldade para fazer contas. Confiamos na Inteligência Artificial como a solução definitiva para os problemas da humanidade sem nos darmos conta de que ela nem é Inteligência, que um atributo plástico da vida biológica, regida analogicamente, nem Artificial, pois que criada pelo homem na falsa perspectiva de se converter em VERDADE ABSOLUTA. Bem disse Nietzche: “O iluminismo matou Deus, mas deixou seu cadáver insepulto”. Sobre este Seu nome agora colocam a Inteligência Artificial... Fixa Nicollelis a data de 2036, marca temporal de sua ficção, na qual espera não estar vivo para ver, como um vórtice fatal, capaz de nos reconduzir à escuridão.

 

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, tentando, aqui e ali, colocar esperadrapos na represa fendida da contemporaneidade, ora tentando regulamentar as Redes, ora tentando impedir o acesso de jovens até 14 anos aos celulares, ora, tentando impedir o último confronto entre as grandes potências mundiais. Meras tentativas, até necessárias, mas que talvez não impeçam o agravamento da grave crise existencial que nos abala.

 

 

 

 

 

Editorial Cultural FM Torres RS – 14 junho 24

 

 

 

O dia em que Milei dobrou, pelo voto de sua Vice Presidente, o Senado argentino

 

 

 

Ontem, foi aprovado pelo Senado da Argentina, embora desidratado, reduzido de 600 artigos para cerca de 200, a Lei ônibus que dá poderes especiais ao Presidente Milei para governar por decreto. Poderá, por um ano, implementar sua moto-serra aos direitos fundamentais dos trabalhadores hermanos sob a alegação de modernizar o capitalismo no país, ferindo de morte a soberania popular e nacional. Será uma tristeza. Do lado de fora do Senado, as forças de repressão, que sequer pouparam alguns parlamentares, intimidaram a manifestação de populares que clamavam para a rejeição do Projeto. Com isso, a Argentina ingressa num período de virtual autoritarismo, cujo desfecho poderá culminar num novo banho de sangue naquele país, já tão massacrado pela ditadura militar. A aprovação da LEI ONIBUS de Milei tem uma nítida similaridade com o A Lei de Concessão de Plenos Poderes de 1933 ou Lei habilitante de 1933 (em alemão: Ermächtigungsgesetz), , aprovada, também sob pressão, pelo Reichstag da Alemanha e assinada pelo Presidente Paul von Hindenburg em 23 de março de 1933 e que habilitava Adolf Hitler a assumir autoridade excessiva para se afirmar no poder e implementar seu projeto totalitário do III Reich. Era o começo do fim da República de Weimar e o início da barbárie nazi-fascista, acompanhada pelos tons marciais da música de Wagner e combate às manifestações estéticas contemporâneas. Um país amante da Filosofia e da Cultura, tal como a Argentina, que tem o orgulho de deter uma população com alto nível educacional, a melhor Universidade do continente e um patrimônio cultural exuberante na quantidade de museus e bibliotecas que pululam na sua paisagem urbana, sucumbia ao demagogo. Até Heidegger, Filósofo, se deixa arrastar pela retórica autoritária neste fragmento de carta enviada a seu irmão:

 

 

 

Caro Fritz, querido Liesl, queridos meninos, Gostaríamos de lhe desejar um feliz Natal. Provavelmente está nevando onde você está, inspirando a esperança de que o Natal mais uma vez revele sua verdadeira magia. Costumo pensar nos dias que antecederam o Natal em nossa pequena cidade, e desejo que a energia artística capte verdadeiramente o clima, o esplendor, a emoção e a expectativa deste tempo.[...] Parece que a Alemanha está finalmente despertando, entendendo e aproveitando seu destino. Espero que você leia o livro de Hitler; seus primeiros capítulos autobiográficos são fracos. Esse homem tem um instinto político notável e seguro, e ele o teve mesmo enquanto todos nós ainda estávamos em uma névoa, não há como negar isso. O movimento nacional-socialista em breve ganhará uma força totalmente diferente. Não se trata de mera política partidária - trata-se da redenção ou queda da Europa e da civilização ocidental. Qualquer um que não entenda merece ser esmagado pelo caos. Pensar nessas coisas não impede o espírito do Natal, mas marca nosso retorno ao caráter e à tarefa dos alemães, ou seja, ao local onde se origina esta bela celebração.”

 

 

 

SEM “ESPÍRITO DE NATAL”. HEIDEGGER SONHANDO COM HITLER. Carta de Heidegger ao irmão: “18 de dezembro de 1931.

 

 

 

Ainda naquele momento, Hitler se apresentava como um gentleman, usando fraque e cartola no ato público da aprovação do Ato de Habilitação e prometendo converter o Partido Nacional Socialista numa alternativa popular a serviço dos trabalhadores contra as elites, às quais logo associaria aos judeus. Até 1938, quando se reúne com líderes europeus em Munique, ludibriando Lord Chamberlain, ele vende uma imagem de estadista preocupado em manter a paz, sem pretensões belicosas e territoriais. Internamente, porém, asfixiava a oposição, inclusive liquidando o até mesmo braço mais popular do Partido que o havia conduzido ao Poder, a S.A. – Sturm Apteilung -, ou tropa de choque, substituindo-o pela S.S., vinculada ao Exército. Suas relações internacionais são elogiadas e saúda, inclusive, as delegações estrangeiras, presentes às Olimpíadas de Berlim em 1936. Tudo aparecia como se a Alemanha vivesse um momento de edificante reconstrução nacional, até que se iniciam as ocupações sucessivas sobre a Austria, Sudetos e Dantzig, em 1939, quando, ainda surpresas e despreparadas, Inglaterra e França lhe decretam guerra. Guerra que perdurará surda por mais de seis meses, dando tempo a Hitler para preparar a ocupação da França. Começava a II GUERRA MUNDIAL, deixando em seus rastro mais de 50 milhões de vítimas.

 

 

 

Ontem, enfim, assistimos à reedição do Ato de Habilitação de Hitler aqui ao lado...

 

 

 

Anexo

 

 

 

O dia em que Hitler matou a democracia alemã - 23 MARÇO 33 - Michael Marek -https://www.dw.com/pt-br/o-dia-em-que-hitler-matou-a-democracia-alem%C3%A3/a-480521

 

 

 

Em 23 de março de 1933, o Reichstag adotou a chamada Lei Plenipotenciária, que permitia ao regime nazista impor leis sem a aprovação prévia do Parlamento. Era o início da ditadura nazista.

 

 

 

https://p.dw.com/p/210L

 

 

 

ANÚNCIO

 

 

 

O movimento nazista de Adolf Hitler começara a ganhar importância na Alemanha a partir de 1930. Aproveitando-se da onda de descontentamento nacional e do enorme índice de desemprego, seu Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (NSDAP), com tendências extremamente antidemocráticas e antissemitas, tornou-se em 1932 o mais forte no Reichstag (Parlamento alemão até 1945). Um ano mais tarde, Hitler assumiu a chefia de governo.

 

 

 

Havia esperanças de poder evitar a supremacia nazista porque, além dos membros do NSDAP, o gabinete de governo era formado por ministros sem partido e políticos de outros partidos de direita. Mas a máquina de propaganda chefiada pelo ministro Joseph Goebbels usou o episódio do incêndio do Reichstag, em fevereiro de 1933, atribuído aos comunistas, para justificar medidas violentas de perseguição a eles. Cinco mil oposicionistas foram presos, principalmente comunistas e social-democratas, e cancelada grande parte dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição de Weimar.

 

 

 

Deputados foram intimidados

 

 

 

No dia 23 de março de 1933, o próprio Hitler compareceu à sessão parlamentar, que havia sido cercado pelas tropas das forças paramilitares nazistas SS e SA, para intimidar os deputados. Era o dia da votação da sua Lei de Concessão de Plenos Poderes. Se os parlamentares não a aprovassem, ele ameaçou usar "outros métodos" para impor seu regime ditatorial. Os social-democratas foram os únicos que votaram contra.

 

 

 

Ele optou por submetê-la ao Reichstag para calar os críticos dentro e fora do país e dar a impressão de legalidade parlamentar. Hitler compareceu à sessão vestido com uma camisa marrom. Atrás dele, uma enorme suástica cobria a parede. A lei que instaurou a ditadura nazista, aprovada por todos os partidos conservadores, levava o nome oficial "lei para acabar com a miséria do povo e do Reich".

 

 

 

Ela proibia todos os partidos, exceto o nazista, os sindicatos foram desmantelados e a liberdade de imprensa extinta. O regime passou a perseguir e internar em campos de concentração as pessoas indesejadas. Os órgãos parlamentares foram dissolvidos ou destituídos. Quando o presidente, marechal Paul von Hindenburg, morreu em 1934, Hitler também ocupou seu cargo, assumindo o controle total sobre a Alemanha. Estava consolidada a ditadura nazista.

 

 Editorial Cultural FM Torres RS – 13 junho

MENSAGEM DAS FLORES

 

Ontem foi o DIA DOS NAMORADOS mas hoje é dia de SANTO ANTONIO, o casamenteiro. Poucos sabem o que dizem as flores. Bom lembrar .Antigamente era comum o uso das flores como mensagens de sentimentos. Hoje esta linguagem estáesquecida e quase ninguém sabe o real significado delas. Por isso é bom lembrar;

 

Amor Perfeito : “Penso apenas em Você”.

 

Azaléia-Rosa-Claro: “Estou feliz porque Você me ama”.

 

Begônia : “ Podemos ser amigos”.

 

Camélia: “Sinto-me orgulhoso com seu amor”.

 

Cravo: “Amo Você com ardor”.

 

Cravina: “Sou seu escravo”.

 

Crisântemo : “Não acredito mais em Você”.

 

Dente-de-leão: “Meu coração está cheio de alegria”.

 

Erva Cidreira: “ Tenha pena de fazer sofrer o meu amor”

 

Gardênia Branca: “Fugindo de mim Você me faz sofrer”.

 

Hortência: “Posso ter esperança?”

 

Jasmim: “ Imploro que Você me ame”.

 

Lírio: “ Meus sentimentos são puros”.

 

Madressilva: “ Apesar de tudo, amo Você.”

 

Mimosa: “Fique tranqüilo. Ninguém sabe de nosso amor”

 

Miosótis: “Não se esqueça de mim”.

 

Orquídea: “ O meu amor é puro”

 

Petúnia: “ Uma carta de amor foi interceptada”.

 

Rosa branca: “ Meu amor é triste”

 

Rosa vermelha: Meu amor é ardente.:

 

Violeta: “ Ninguém deve saber do nosso amor”.

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Editorial Cultural FM Torres RS –Cartas de amor.

 

Fernanda Montenegro – (autoria não confirmada)

 

 

O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.

 

Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem os Homens!'

 

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

 

Habitat

Homem não pode ser mantido em cativeiro.

 

Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.

 

Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.

 

Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.

 

Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã os mantêm viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.

 

Carinho

Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.

 

Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.

 

Respeite a natureza

Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade? Carros?

 

Case-se com uma Mulher.

 

Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.

 

Não anule sua origem

O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.

 

Cérebro masculino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.

 

Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos!).

 

Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.

 

Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade.

 

Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.

 

Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.

 

Não faça sombra sobre ele...

 

Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.

 

Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

 

Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.

 

 

 A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.

 

E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!

 

Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom! 

 

Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.

 

Com carinho, F. M.

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

O VERDADEIRO AMOR, Danielle Mitterrand

 

 

 

 

   ** *Texto de Danielle Miterrand, esposa do ex-presidente François

 Miterrand, ao povo francês, apÓs ter recebido créticas impiedosas por

 ter permitido a presença da amante do marido e de sua filha, Mazarine,

 na cerimonia fúnebre.*

                          

 

 

 *'Antes de mais nada devo deixar claro que não é um pedido de

 desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos

 covardes ou `aqueles que vivem preocupados em excesso com a opinião

 dos outros.*

 *Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um

 sulco bem traçado e profundo, ja não mais preciso, e nem devo, correr

 atras de possíveis enganos.*

 *Vivo o momento em que as sombras ja esclarecem e que as ausências

 são lindas expressões de perenidade e criação.*

 *Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças

 confundem os mais precipitados, os mais jovens.*

 *Vivi com François 51 anos; estive com ele em muito desse tempo e me

 coloquei sempre. Há mulheres que não se colocam, embora estejam; que

 não se situam embora componham o cenario da situação presumével de * *

 uma vida de altos e baixos.*

 *Na época da Resistência nunca sabíamos onde iríamos passar a noite -

 se na cama, na prisão, nos bosques ou estendidos por toda a

 eternidade. Quando se vive assim em comum, cria-se uma solda e a

 consciência de que é preciso viver depressa. Concentrar talvez seja a

 palavra. Por isso tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade

 , com as variações de sua pessoa e não de seu carater...Quem entende

ou, pelo menos, luta para compreender as variações do outro, o ama

 realmente. E nunca podera dizer que foi enganada ou que jamais

 enganou. Não nos enganamos, nos confundimos quando nos perdemos da

 identidade vital do parceiro, familiar ou irmão. Ou jamais os

 conhecemos, o eu também, não é um engano. Quem não conhece, não tem

 enganos. Nas variações do outro, não cabe o apaziguador tudo antes do

 tempo em forma de tranquilidade. Uma relação a dois não deve ser

 apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não enfastiada.*

 

 

 *Nessa complexidade vi que meu marido era tão meu amante quanto da

 políica. Vi, também, que como um homem sensível poderia se enamorar,

 se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.*

 

 

 *Achar que somos feitos para um úico e fiel amor é hipocrisia,

 conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de

 amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de

 forma diferente.*

 

 *Não somos o centro amoravel do mundo do outro. É preciso aceitar,

 também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais

 uma gota d'agua que se incorpora ao nosso lago.*

 

 

*Simone de Beauvoir dizia bem, que temos amores necessarios e amores

 contingentes ao longo da vida.*

 

 

 *Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo

 inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter

 aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao

 enterro porque a mulher dele não aceita.*

 

 

 *É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento,

 comum aos moralistas, aos caluniadores aos paranÓicos azedos que

 teimam em sujar tudo.*

 

 

 *Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e

 amar seus parceiros em suas dúvdas, fragilidades, divisús e

 pequenas paixões

 

 

Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo .*

 *'Deus não prometeu Dias sem  Dor; Risos sem Sofrimentos; Sol sem

 Chuva. Ele prometeu Força para o Dia; Conforto para as Lagrimas e Luz

 para o Caminho...'*

 

 

Editorial Cultural FM Torres RS – 16.05. 24

As perdas culturais das inundações

Já chegam a 149 as perdas humanas nas inundações que assolam o Rio Grande do Sul e sabe-se que mais de 90% de suas empresas também foram afetadas. O baque é tão grande que vai diminuir as expectativas de crescimento do PIB do país neste ano. Teme-se, agora, a descoberta de mais mortes sob as águas que deixam no seu rastro um cenário de destruição similar à guerra, acrescido pelo odor pútrido de roedores apodrecidos. Para piorar, criminosos aproveitam a tragédia para assaltar e invadir residências desocupadas. Vamos levar muito tempo para voltar à normalidade e todos esperam que, doravante, medidas definitivas de contenção das águas sejam tomadas pelas autoridades. O balanço definitivo das perdas ainda está longe de ser calculado, mas uma das maiores perdas terão sido as decorrentes da destruição de obras de arte, bibliotecas e livrarias. Em Porto Alegre, o relato do Editor da LPM, que tinha mais de 500 mil livros em depósito no bairro Humaitá, debaixo d’agua, é simplesmente comovente. Somam-se, a cada dia, novos depoimentos. Tudo isso representa uma perda cultural incalculável para nosso Estado. Levaremos anos para recuperar todo este patrimônio. Falam que o luto passa por cinco fases, negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Não creio, no tocante às perdas culturais, que cheguemos à última delas. Carregaremos a perda por muito tempo...

Anexo

Caixas de peixes que transportaram livros

O que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, neste momento, em especial, na cidade de Pelotas é algo nunca imaginado!

As ruas viraram rios, carros trocados por barcos. Há botes, caminhões, helicópteros e máquinas de guerra ao nosso lado! Gritos diversas vezes por dia ecoando “saiam de casa”, “salvem suas vidas”, “o resto se reconstrói”, “bens materiais se compra”!Mas, no fundo de um lugar chamado Laranjal tinha um tesouro, um patrimônio inestimável e impossível de recompor! Ali estavam, materiais de 1600, 1800, obras de Marcel Proust, Machado de Assis, primeiras edições de Freire, livros sobre Napoleão, entre tantos! Eduardo, para quem conhece, sabe bem, passou 50 anos fuçando sebos, barganhando com colecionadores, andando a pé ou deixando de comer um bauru, na época de guri, para comprar aquela relíquia que não poderia ser deixada de preservar! Sim, para além de seu gosto pessoal, ou melhor, seu amor pelos livros, Eduardo tem uma preocupação imensa em preservar esses materiais, e vem fazendo aquilo que o poder público está longe de se preocupar! Nossa casa estava com mais de um metro com água e tivemos que sair! Ele já tinha tomado algumas medidas pensando em um alagamento, mas menosprezou a força e a velocidade das águas, apesar dos avisos de conhecidos. Sua precaução não foi suficiente! Saímos às 3 da manhã, contra sua vontade, porque eu disse “basta”! No dia seguinte se via um homem triste, preocupado, desolado, irritado, pensando nos livros! Acolhemos pessoas que perderam quase tudo em nossa casa e um deles, um pescador, que vendo tamanha tristeza acionou seus companheiros para o trabalho hercúleo de salvar os livros, salvar quem salvaguarda e a jornada começou! Foram dois dias de trabalho pesado, chegando por barco, abaixo de chuva e vejam, que ironia, havia entre os que pegavam, protegiam, cuidavam para não cair na água tamanha raridade dois homens analfabetos, que nós nunca tínhamos visto antes! Eles, que tinham suas caixas para transportar peixes, colocavam livros, cartilhas, tais como, O guri, Queres ler, Lalau, Lili e o lobo, o livro de Lili, Zé toquinho, Primeiro livro de leitura de Abílio Borges para citar apenas algumas. Com tamanha simplicidade, ficaram impactados de ver tantos livros! Não imaginavam que uma pessoa pudesse ter essa quantidade de livro em sua casa! Entre tantas lições e reflexões que ficam, penso na contradição de ter esses heróis analfabetos salvando parte do patrimônio da humanidade! Que isso seja motivo de políticas sérias e efetivas de alfabetização no país e de preservação da memória! Gratidão eterna para esses homens que trouxeram seus barcos e caixas de carregar peixe para ajudar um homem triste! Mal sabem eles a grandiosidade dessa ação, que contribuiu para que obras continuem sendo guardadas.

Gabriela Nogueira

 


 

Editorial Cultural FM Torres RS – 10.05. 24

Caos no Sul: 68% consideram o governo Eduardo Leite culpado pela crise

Governo conduzido pelo PSDB fragilizou as normais ambientais do Rio Grande do Sul = 09 de maio de 2024

247 – A pesquisa Quaest, cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira (9), aponta como o público percebe a responsabilidade do governo do Rio Grande do Sul, conduzido pelo tucano Eduardo Leite, diante da tragédia das chuvas no estado. Conforme os dados coletados pela Genial Investimentos entre os dias 2 e 6 de maio, 68% dos entrevistados acreditam que o governo estadual tem uma parcela significativa de responsabilidade no desastre. O estudo abrangeu 2.045 pessoas em 120 municípios e possui uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Por outro lado, apenas 20% dos entrevistados consideram que o governo do estado tem uma responsabilidade reduzida no evento catastrófico, enquanto 12% acreditam que ele não tem qualquer responsabilidade. A pesquisa também avaliou a percepção em relação ao governo federal e às prefeituras, revelando que uma parcela considerável da população atribui responsabilidade às autoridades em todos os níveis.

Os resultados também destacam que, segundo 70% dos entrevistados, investimentos em infraestrutura poderiam ter contribuído para evitar a tragédia, enquanto 30% acreditam que o evento era inevitável. Além disso, a pesquisa questionou como as pessoas avaliam a atuação das autoridades durante a tragédia, com 54% considerando positiva a atuação do governo do RS, 53% avaliando de forma positiva o governo federal e 59% a prefeitura de Porto Alegre. Os percentuais restantes indicam avaliações regulares ou negativas das atuações governamentais

 


 

Editorial Cultural FM Torres RS – 09.05. 24

ANÁLISE: evangélicos e região Sul ajudam a estancar a queda na avaliação de Lula, aponta diretor da Quaest

Quaest: 50% aprovam o trabalho de Lula e 47% desaprovam; fatias empatam tecnicamente pela 1ª vez

Aprovação oscilou um ponto percentual para baixo na comparação com março, enquanto a reprovação oscilou um ponto para cima. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Por Marina Pinhoni - g1

Quaest: 50% aprovam o trabalho de Lula e 47% desaprovam

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) aponta que 50% dos entrevistados aprovam o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, 47% desaprovam. Esta é a primeira vez que o percentual dos que aprovam e desaprovam empata tecnicamente. Outros 3% não souberam ou não responderam. O levantamento encomendado pela Genial Investimentos ouviu 2.045 pessoas, em 120 municípios, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A aprovação do trabalho de Lula oscilou um ponto percentual para baixo e a reprovação um ponto para cima em relação à última pesquisa, realizada em março. À época, 51% dos entrevistados aprovavam o trabalho do presidente, enquanto 46% desaprovavam.

Aprovação do trabalho que o presidente Lula está fazendo:

• Aprova: 50%

• Desaprova: 47%

• Não sabe ou não respondeu: 3%

Pesquisas de opinião realizadas em março pelos institutos Datafolha, Quaest e Ipec apontam que a popularidade de Lula está em tendência de queda em 2024. Em abril, o governo lançou uma campanha com viagens pelo país e inauguração de obras para tentar melhorar a popularidade do presidente, que conta também com uma tentativa de aproximação ao eleitorado religioso. Segundo apuração do blog da Andreia Sadi, também faz parte da estratégia do governo mirar o público que considera a gestão como “regular”. Avaliação por setores "A aprovação parou de cair, muito porque [a avaliação de Lula] parou de piorar no Sul e entre os evangélicos. As pessoas ainda têm uma percepção negativa da economia, acham que Lula não está entregando o que prometeu", afirma Felipe Nunes diretor da Quaest. A pesquisa indica que, entre os evangélicos, o índice de desaprovação de Lula agora é de 58% (era de 62% em março), se igualando ao percentual observado entre os católicos (que se manteve estável em 58% entre as pesquisas). Já a aprovação entre os evangélicos passou de 35% para 39% no mesmo período. A margem de erro máxima para esse grupo é de 4 pontos percentuais. A maior variação na avaliação positiva do trabalho de Lula entre março e maio aconteceu na região Sul, subindo sete pontos percentuais, de 40% para 47%. Já a rejeição, que era de 57% (a maior entre as regiões), passou para 52%. A margem de erro máxima nesse recorte da pesquisa é de 6 pontos percentuais. Avaliação geral do governo Lula A Quaest também perguntou como os entrevistados avaliam o governo Lula de forma geral.

Segundo o levantamento, 33% avaliam o governo de forma positiva, mesmo percentual dos que avaliam de forma negativa. Não souberam ou não responderam somam 3%. Na comparação com a pesquisa anterior, a avaliação positiva do governo oscilou 2 pontos percentuais para baixo (antes era 35%). Já a avaliação negativa oscilou 1 ponto para baixo (era de 34%). Os que consideram o governo regular subiram de 28% para 31%.

Avaliação geral do governo Lula:

• Positiva: 33%

• Negativa: 33%

• Regular: 31%

• Não sabem/Não responderam: 3%

Rumos do governo

Os entrevistados também foram questionados sobre se o país está indo na direção certa ou errada. Para 49%, o país está na direção errada, contra 41% que consideram que a direção é correta. Já 10% não souberam ou não responderam. Sobre as intenções de Lula, 51% responderam que consideram o presidente bem-intencionado. Já 42% disseram que Lula não é bem-intencionado. Outros 7% não souberam ou não responderam. Em relação às promessas de campanha, 63% consideram que Lula não tem conseguido fazer aquilo que prometeu. Já 32% consideram que o presidente tem conseguido fazer o que prometeu, e 6% não souberam ou não responderam. A Quaest também perguntou para os entrevistados para quem acham que o governo Lula trabalha. A maioria (52%) considera que o governo trabalha para atender às necessidades de todos; 35% acham que o governo trabalha para atender às necessidades de quem votou em Lula, e 13% não souberam ou não responderam. Economia Para 38% dos entrevistados, a economia no Brasil piorou nos últimos 12 meses. Para 32%, ficou do mesmo jeito. Já para 27%, a economia melhorou.

Nos últimos 12 meses, a economia do Brasil...

• Piorou: 38%

• Ficou como estava: 32%

• Melhorou: 27%

A pesquisa perguntou, ainda, o que os entrevistados esperam da economia brasileira nos próximos 12 meses. Segundo a Quaest, 48% dos entrevistados afirmaram que têm a expectativa de que a economia vai melhorar. Para 30%, a economia vai piorar. Além disso, 19% acreditam que vai permanecer como está. Por fim, 3% não souberam ou não responderam.

 


 

Editorial Cultural FM Torres RS – 06.05. 24

Enchentes no RS : Fatalidade ou ... 

ENCHENTES NO RGS

Eugenio Giovenardi 

A chuva, as enchentes de São Miguel e de São José, o calor, o frio, o vento. a natureza, as árvores, as curicacas são conhecidos dos gaúchos. Nasci, há quase 90 anos, num vilarejo, Casca, que se tornou cidade, 9.400 habitantes, na Serra Gaúcha, entre Guaporé e Passo Fundo.

As rodovias da Serra se abriram cortando montanhas, deslocando pedras, abatendo pinheirais. Abriram-se centenas de quilômetros de campos e florestas para cobri-los de soja, arroz, trigo e milho, culturas que usam água, mas não a retém. A morfologia que orientava ventos e chuvas e canalizava as águas para os rios que descem rumo ao mar pelo Guaíba e pela Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, foi alterada de maneira a canalizar quase todas as águas para as terras ocupadas por imigrantes italianos, alemães, poloneses que nelas replantaram a criatividade de suas culturas.

A recuperação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com vistas aos acontecimentos climáticos previstos para as próximas décadas, dependerá de nossa capacidade de repensar o uso do solo e recompor corajosamente a morfologia geográfica, medidas capazes de prevenir catástrofes semelhantes às que a natureza está mostrando ao Brasil. Um novo olhar sobre a natureza é necessário e urgente para redefinir as condições sociais de sobrevivência da teia da vida humana e não humana no planeta.

 


 

Editorial Cultural FM Torres RS – 03.05. 24 

Comitiva de ministros irá ao RS na sexta-feira (3) por causa de chuvas. Estado enfrenta fortes temporais desde o início da semana Paulo Timm –Publ. A FOLHA, Torres 03 maio 24 

Chove sem parar, com grossos volumes de água, há vários dias em todo Estado. O Governador Leite, que antecipou seu retorno do exterior, decretou Estado de Calamidade e diz que é o 'maior desastre do estado', superior ao de 2023, quando choveu apenas dois dias. Teme-se que Porto Alegre venha a ter uma enchente como a de 1941, que cobriu o Mercado Público à meia altura. Todas as regiões afetadas, dezenas de vítimas, milhares de desabrigados, deslizamento de terras e pontes desabando sob forte correnteza das águas. Situação preocupante nos vales do Jacuí, Pardo, Taquari e Caí. Nesta quinta-feira (2) havia 137 trechos em 57 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes, Criticado no ano passado por não ter vindo ao Rio Grande, Lula agora apressou-se e se dirigiu com comitiva de Ministros a Santa Maria, no coração do Estado e virtualmente isolada. Prometeu Rua Pedro Cincinato Borges 376 salas 504 – Edifício Monte Cristo 7apoio. Paradoxalmente, enquanto visitava a tragédia no Rio Grande do Sul a Agência Brasil se desdobrava em noticiar a presença espetacular de Madona no Rio... O Governador Leite está atento mas visivelmente abalado e perplexo, reafirmando que procurou autoridades federais, mas lamentando a demora das providências, por causa da burocracia. Acompanha de perto a Sala de Situação e redistribui a alta cúpula do Governo de forma a entregar à população maior presença das autoridades estaduais. O vice-governador Gabriel Souza (MDB) está em Santa Cruz do Sul e o chefe da Casa Civil, Arthur Lemos (PSDB), em Bento Gonçalves, duas áreas críticas. A Oposição, entretanto, já o critica por ter destinado apenas R$ 50 mil reais para Defesa Civil e não ter desenvolvido planos de antecipação de providências diante de tragédias ambientais. O Brasil todo, aliás, acostumou-se com a dicção de que é “abençoado por Deus e bonito por Natureza”, distante dos terremotos e maremotos. Agora a mudança climática nos pegou de jeito e não há cultura de previsão de eventos catastróficos. O próprio conceito de Defesa Civil, no Brasil, ainda é vinculado a corpos especializados de caráter militar. Em países como Japão e Chile tem caráter civil há muito tempo, o que permite maior entrosamento com o conjunto da população. Nosso conceito constitucional de Segurança ainda se refere apenas à Segurança Nacional e Segurança Pública, sem qualquer referência à Segurança Civil, para não falar de outros campos de Segurança, já incorporados por vários países depois da pandemia, como Segurança Alimentar, Segurança Energética e Segurança Sanitária. Continuamos apostando na hiperglobalização da fábrica do mundo, desconhecendo a gravidade da crise climática e acreditando na eterna salvação da Pátria por forças militarizadas... Diante da pobreza conceitual sobre Segurança e providências governamentais a respeito, resta o eterno muro das lamentações: "Infelizmente, será o maior desastre que o nosso estado tenha enfrentado, maior que o do ano passado. Estamos vivendo um momento muito crítico no estado. Em setembro do ano passado, tivemos uma enxurrada muito severa, mas o tempo abriu em seguida, o que nos deu condições de entrar em campo mais rapidamente. Neste momento temos muitas dificuldades operacionais para fazer os resgates", disse o governador em coletiva realizada no final da tarde desta quarta-feira (1º). É verdade que corpos especializados do Estado, com o auxílio de forças federais, inclusive Forças Armadas, esforçam-se para fazer o salvamento de pessoas ilhadas. Boletim informa que há 134 municípios afetados, 3.079 pessoas em abrigos e 5.257 desalojados (pessoas que saíram de suas casas e estão em residências de familiares ou amigos). O governador, meio aturdido, pediu às pessoas que não se exponham a riscos tentando acessar áreas afetadas pelas chuvas e suspendeu as aulas em várias cidades. Enfatizou a necessidade urgente de que os moradores que residem em áreas de risco nos municípios atingidos por situações semelhantes em 2023 deixem suas residências e busquem abrigo seguro. Mas isso é insuficiente. Os afetados se perguntam, atônitos: - “Ir para onde? Qual a rota dos abrigos? Por sorte, em Torres, o Prefeito decidiu, oportuna e convenientemente, suspender o Balonismo. Mas tardou. 

Rua Pedro Cincinato Borges 376 salas 504 – Edifício Monte Cristo 8

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Situação dos rios – BRASIL DE FATO 

O Rio Caí está em inundação severa, com extremo risco à vida. O município de Montenegro, no Vale do Caí, registra a maior enchente dos últimos 80 anos. A confirmação é da Defesa Civil, que prevê a elevação do nível do Rio Caí até o final da tarde desta quarta-feira (1º) a um índice jamais visto. Já para o rio Gravataí o alerta é de inundação, com níveis em elevação. A avenida de entrada de Cachoeirinha para quem vem da capital encontra-se parcialmente alagada pelo rio, com o trânsito em uma pista. O alerta vale também para o Rio dos Sinos, que segue em elevação, a partir de Taquara. Nesta, quinta-feira, o nível do rio dos Sinos chegou a 7,38 metros às 7h, em Novo Hamburgo. Na medição das 8h30 o rio alcançou 7,48 metros. Em razão da elevação que vem ocorrendo rapidamente, as águas estão avançando sobre ruas e algumas casas, principalmente nas vilas Getúlio Vargas (Canudos) e Palmeiras (Santo Afonso). Em São Leopoldo o rio dos Sinos registrou 4,88 metros e segue em elevação de 2 cm em média por hora. O Sinos já atinge a rua da Praia e a rua das Camélias. Força-tarefa da prefeitura está mobilizada e preparada para prestar auxílio às famílias atingidas. A situação mais grave se encontra no rio Taquari. Conforme aponta a Metsul, a enchente catastrófica que atingiu a região do Vale do Taquari é a maior da história. De acordo com o instituto de metereologia, o nível do Taquari em Lajeado e Estrela superou a marca de 30 metros nesta noite pela primeira vez desde o começo das medições há um século e meio. O nível supera o das grandes e até então recordes enchentes de 1941 e 2023, quando o Taquari atingiu cotas na casa de 29 metros. Diante da situação, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um comunicado urgente na noite desta quarta-feira (1º) recomendando a evacuação da população de áreas de risco em diversas cidades do Vale do Taquari.

 


 

Editorial Cultural FM Torres RS – 02.05. 24 

Ai de ti Argentina

O Pres. Milei, da Argentina, conseguiu aprovar parcialmente seu pacote “ônibus” na Câmara dos Deputados, autorizando-o a algumas privatizações e demissões, e que lhe dá poderes excepcionais para governar por decreto por um ano, considerado de grava crise nacional. O projeto ainda depende de autorização do Senado, mas é anunciado como uma vitória de Milei.  Nas ruas, porém, Milei enfrenta manifestações cada vez maiores contra sua agenda de rígido controle de gastos públicos, com milhares de demissões e fechamentos de órgãos públicos. O dia 23 passado bateu o recorde: 1, 5 milhão de pessoas nas ruas de Buenos Aires em defesa da educação pública e gratuita. Muitos deles, votantes em Milei mas preocupados com seus excessos. Livros, bibliotecas, educação são valores tradicionais entre os Hermanos e motivo de orgulho da Argentina frente ao mundo. Lamentavelmente, à falta de um mínimo de consenso interno para a formulação de um Plano de Desenvolvimento, uma das populações com melhores índices do mundo em educação hoje é vítima da pobreza que atinge cerca de 70% da população argentina. Comprova-se lá a falácia de que a educação resolve todos os problemas de desigualdades sociais. Falácia. Sem desenvolvimento, cai no vazio. Outros casos de elevados esforços em educação e que conseguiram ultrapassar a maldição da renda média, alcançando altos níveis de renda per capita, como Japão e Coreia do Sul, tiveram, paralelamente aos investimentos em educação, vigorosos planos de desenvolvimento, com enorme peso do Estado em sua promoção. A Argentina, entretanto, enfrenta, há décadas, depois dos bons indicadores que apresentava no pós guerra, desolação e pobreza. Agora, mergulha no pós liberalismo radical que acredita misticamente no Mercado como regulador da economia e promotor de investimentos privados, praticamente o oposto do que, aqui, Lula procura  implementar, confrontado, também, com um Congresso de Oposição, mas com o qual tenta negociar na defesa das regras republicanas. Milei quer mais e mais poder. Poder, talvez, que coloque em cheque a democracia na Argentina como preço para a “limpeza do convés” da economia.   Ai de ti Argentina!

ANEXOS:

Café da Manhã Podcast Folha Uol

Podcast discute vitória de Milei no Congresso e faz panorama do início do governo. Presidente viu Lei Ônibus ser aprovada na Câmara; pacote de medidas liberais agora vai para o Senado

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2024/05/podcast-discute-vitoria-de-milei-no-congresso-e-faz-panorama-do-inicio-do-governo.shtml

23 de abril: um dia histórico para o povo argentino - O ato reuniu estudantes, professores, operários, desempregados, famílias inteiras de extratos humildes à da classe média e alta - 29 de abril de 2024, 21:36 h - 247

   

Manifestações na Argentina (Foto: Reprodução (Resumen LatinoAmericano))

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A manifestação deste 23 de abril, dita Marcha Federal Universitária na Argentina, em protesto aos cortes orçamentários brutais do governo de Milei contra a UBA (Universidade de Buenos Aires) e várias universidades públicas, foi histórica, não só pela gigantesca participação (800 mil na capital e cerca de 1 milhão em todo o país), mas pelo caráter social amplo, transversal que uniu estudantes, professores e reitores a operários e desempregados, jovens a anciãos, famílias inteiras de extratos humildes à da classe média e alta, desde militantes e sindicatos a cidadãos comuns autoconvocados dos bairros.

Muito além das costumeiras faixas de organizações partidárias e militantes dos movimentos sociais, a participação ativa da juventude foi através de cartazes escritos à mão. Alguns dos tantos exemplos foram: “Um povo culto nunca pode ser escravizado”, “Universidade pública, gratuita”, “Os lápis nunca vão deixar de escrever”, “Porque tanto medo de educar nosso povo”, “Sem educação pública não há futuro”, “Não somos mercadoria para vender”, “Estamos na rua para não perder as aulas”, “Educação Pública, Gratuita e Universitária”, “A educação não se vende, se defende”, “Não queres que sejamos livres, mas ignorantes”, “Mais dinheiro para educar, não para reprimir”, “Mais Telam, menos twitter”, “Rebele-se e se eduque”, “Vou poder ser o primeiro médico da minha família”. “Pai (pedreiro), Mãe (dona de casa), filha (profissional universitária)”.

Além disso, manifestantes levantavam nos braços livros de cultura, literatura, sociologia e política, ciência, etc... de autores conhecidos, desde Rodolfo Walsh, Eduardo Galeano, Marx e Engels, Orwell, Freud, Peron, Cristina Kirchner; temas diversos, desde infantis até a guerra das Malvinas. Enfim, uma manifestação com visual e conteúdo amplo na defesa da cultura e da educação. Sentiu-se no ar e nas emoções o recado do cubano José Marti: “Somente um povo culto pode ser verdadeiramente livre”. Não foi, como disse Milei, contrariando um autêntico e apartidário movimento popular, postando nas redes uma imagem de um leão e a frase: “foram lágrimas da esquerda”.

Uma torrente densa de gente comprimida, numericamente similar à vitória na copa mundial de futebol 2022, defendendo a Universidade pública e gratuita, um patrimônio da cultura nacional afiançado por Peron, e alargado na era kirchnerista. O protesto foi um basta aos efeitos nefastos no funcionamento das universidades públicas, produzidos pelo corte dos orçamentos estatais impossibilitando pagar as exorbitantes tarifas elétricas, material didático e salário dos professores. Quem paga a dívida com o FMI contraída na era Macri? Quem paga, para chegar à tal meta do “déficit fiscal zero” de Milei, não é a casta das grandes fortunas, mas o povo trabalhador com o aumento dos impostos e redução de serviços do Estado: educação, saúde, transportes. Não é mágica. É algo que está tocando fundo no bolso da maioria do povo argentino, dos comerciantes, e das pequenas e médias indústrias nacionais, das construtoras de obras públicas obrigadas a fechar e demitir.

A manifestação do 23 de abril foi um basta contundente! Basta aos cortes na educação pública global que atinge transversalmente a população, incluindo a classe média forçada a ir às escolas privadas com prestações impagáveis. E não somente. Foi também um basta de amplitude horizontal porque a linha de redução de gastos do Estado em todos os campos atinge a todos, rumo ao insuportável. Foi um basta ao túnel obscuro de desmonte brutal dos entes estatais da Ciência, Tecnologia, Cultura, como Conicet, Telam, INCA e cine Gaumont, rumo ao desemprego massivo e às privatizações, ameaçando outros setores como Aerolíneas Argentinas, Correio Argentino, e Banco Nação.

O fato é que cerca da metade dos manifestantes do dia 23 de abril são votantes arrependidos de haver votado neste governo. Segundo uma pesquisa do CEOP publicada pelo jornalista Raúl Kollmann no Página12, “Dois em cada três argentinos (65,2%) apoiam a Manifestação Universitária que ocorreu na última terça-feira e, além disso, uma grande maioria da população avalia como negativa a gestão educacional do governo de Javier Milei. Há uma unanimidade quase total entre os cidadãos sobre a importância da educação pública (87,5 por cento), o que coloca um limite muito acentuado à ofensiva desencadeada pela Liberdade Avança (LLA)”. O ato, que formalizou a caminhada multitudinária desde a praça do Congresso, terminou no palanque em frente à Casa Rosada com lideranças dos movimentos sindicais, sobretudo da educação e professores. O movimento estudantil, através da presidenta da Federação Universitária Argentina, Piera Fernández De Piccoli, encerrou com a leitura de um documento unitário que dizia entre outras:

“Defendemos o acesso ao ensino superior público como um direito. Acreditamos na capacidade de criar igualdade do ensino público gratuito, no poder transformador da universidade como formidável ferramenta de mobilidade social ascendente e na contribuição diferencial e substantiva da produção científica” ... “Todos os problemas que temos se resolvem com mais educação e universidades públicas, com mais investimento em ciência e tecnologia. Queremos que nossas instituições sejam o dispositivo que permita à Argentina reconstituir as desigualdades estruturais e embarcar no caminho do desenvolvimento e da soberania. A educação nos salva e nos liberta. Apelamos à sociedade argentina para defendê-la."

A ex-presidenta Cristina Kirchner reaparece no dia 27 de abril, ao inaugurar o estádio esportivo Néstor Kirchner em Quilmes, neste cenário político, com um discurso que rebate o ataque do governo atual à educação pública, à economia social e à soberania energética e industrial do país. Qualificou tal economia de caráter extrativista dos recursos naturais: “isso é mais que anarcocapitalismo é anarco-colonialismo”: "60 por cento das pessoas podem ter votado em você, mas depois, quando você está no governo e as pessoas morrem de fome, perdem o trabalho e não conseguem chegar ao fim do mês, o que adianta?”. Veja vídeo.

Cristina ressalta que essa não é mais uma das suas “aulas magistrais”, mas reitera a necessidade de nos informar e conscientizar o povo. O seu papel é indiscutível, bem como o do kirchnerismo, pela sua experiência de gestão e conquistas de soberania e bem-estar social entre 2003 e 2015. Sem um cargo político, ameaçada por lawfare e por um atentado, Cristina Kirchner encoraja e não deixa de ser uma líder ordenadora e formadora de quadros do peronismo e da UP. Sua atuação se concentra em construir no Campo Popular âmbitos de debate e elaboração política, de programa e quadros capazes de poder derrotar este projeto neoliberal criminoso, seja na área parlamentar, sindical e nos movimentos sociais. No seu discurso Cristina dá prioridade a esse ordenamento e não às questões internas do justicialismo.

Na semana entrante se retomam, as sessões para debater e votar a nova Lei de Bases e o Pacto Fiscal de Milei. A Lei de Bases com seus 220 artigos é o que restou da Lei Ônibus com seus 664 artigos que em fevereiro foi rechaçada no Congresso. Mas, substancialmente continua danosa e dá campo às chamadas faculdades delegadas do Executivo para desregular a economia, privatizar as empresas públicas e concretizar uma reforma trabalhista que permita a precarização, restitua a cobrança do imposto de renda a um piso inferior, e a venda de terras aos estrangeiros. Cristina Kirchner deixou claro que é preciso estar alerta ao capítulo da Lei que “dá poderes ao Presidente para cancelar 2.308 obras públicas” e que, ao mesmo tempo, “proíbe a revisão dos contratos dolarizados de geração de energia renovável, térmica e hidroelétrica, principal causa do aumento astronômico das tarifas de eletricidade."

Algum sábio analista disse que o 23 de abril foi um plebiscito pela escola pública. Verdade. O povo votou com os pés. Agora, há que ver como respondem as lideranças políticas para dar uma saída à pressão social. No dia 25 de abril, dois dias depois da sinalização de um milhão nas ruas, a oposição, UP (União pela Pátria), FIT e parte da U. Cívica Radical, convocaram uma sessão especial na Câmara de Deputados para responder ao tema das verbas das universidades públicas. Não houve quórum por ausência de oficialistas e centristas entre os quais, contraditoriamente, alguns haviam presenciado a manifestação.

A força do 23 de abril deve dar a pensar às forças políticas oficialistas e opositoras, antes de votar no Congresso a Lei de Bases nesta semana em nome do povo: isso é só o começo. Em quatro meses de governo da Liberdade Avança, o povo argentino avançou massivamente às ruas: 24J, 8M, 24M, 23A. Salta-se da quantidade à qualidade. As centrais sindicais preparam uma significativa manifestação de 1º. de Maio e, no próximo 9 de maio há greve geral decretada pela CGT, CTAs, ATE, La Bancária, e diversos sindicatos, com previsível multidão de trabalhadores e estudantes organizados nas ruas.

 


 Editorial Cultural FM Torres RS – 29 setembro

ELIS & TOM

Paulo Timm – Publ.A FOLHA, Torres 29 setembro

“Elis & Tom” é um disco lançado em 1974 por Antonio Carlos Jobim e Elis Regina, pela gravadora Polygram, entre 22 de fevereiro e 9 de março daquele ano, no MGM Studios, de Los Angeles, EU. Tom já morava nos Estados Unidos e fazia um sucesso extraordinário, embora um pouco deslocado das paradas musicais no Brasil, depois do sucesso da Bossa Nova na década anterior. Em vários sentidos,, 1974, que elegeria 18 senadores da Oposição, como resposta à primeira crise do petróleo no anto anterior e que elevou o preço do barril de US$ 2,5 para US $ 13, assustando a classe média auto-centrada, anunciava um Brasil que começava a viver uma transição. Foram ficando para trás os “Anos de Chumbo”, abrindo-se, com a posse do General Geisel, um novo ciclo que culminará na Constituição de 1988. Elis já era uma cantora consagrada, de grande estilo, sem carreira internacional e mergulhada numa fase difícil no meio artístico, depois que aceitou marcar presença numa Olimpíada Militar. Oriunda do Rio Grande do Sul ela havia frequentado, no Auditório da Rádio Farroupilha. o “Clube do Guri”. (Fui testemunha, mas me penitencio de não guardá-la na memória; fascinado por rádio, eu frequentava os programas de auditório das rádios Farroupilha, Itaí e Gaúcha nas manhãs de domingo). Tom e Elis já se conheciam mas não se cultivavam. Tom, marcado pelo economicismo da Bossa Nova, não combinava muito bem com o estilo performático de Lis. Diziam as más línguas que ele achava a gauchinha apimentada ainda com cheiro de churrasco... Adveio, porém, a ideia do empresário dela de juntá-la ao Maestro para um novo disco, um relançamento. Elis, aliás, chegou a ser testada como sucessora de Celi Campelo, nossa primeira roqueira, mas não deu certo. Do encontro, enfim, de Tom e Elis, resultou o álbum excepcional, de grande alcance e destinado a se converter numa relíquia da música popular brasileira. Uma peça musical de qualidade inquestionável, fadado à imortalidade, mais além da Bossa Nova, ecoando até hoje como uma prece num momento em que o mundo se despedia do sonho da década anterior e se iniciava numa era de espetáculos estrondosos. Um verdadeiro “Feitio de Oração”...

-“O sonho acabou”, sentenciou John Lennon, em 1970. Seria assassinado dez anos depois. Em 1973 o pérfido General Pinochet comanda o mais cruel golpe na castigada América Latina e soterra a experiência pioneira de Salvador Allende, no Chile, de construir o socialismo com Paz e Amor. Mas na América! América!, um novo estilo de vida emergia na Califórnia, nas pegadas de Woodstock, onde eles se encontram. Um encontro com obstáculos, mas de gênios fadados a se concertaram na procura da perfeição de tons, subtons e arranjos geniais. Saiu o álbum. Sucesso absoluto em vários países. O Brasil no mundo. Mas ninguém sabia, até pouco tempo, que tudo isso fora filmado, com imagens também memoráveis.. Agora, as filmagens se convertem no magnifico filme, dirigido por Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay, com o mesmo nome do álbum para o deleite, tanto dos mais velhos que vivenciaram aquela épica, com dos jovens atuais e futuros que poderão conhecer de perto estes dois personagens históricos da nossa música.

“ELIS E TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ

O filme mostra os bastidores e todos os dramas e tensões que cercaram as gravações a ponto de o projeto quase ser interrompido. No fim, no entanto, a força da música se sobrepõe e conduz Elis Regina, Tom Jobim e um grupo de jovens músicos talentosos a uma obra-prima. Na produção, o espectador é levado numa viagem no tempo, participando de momentos de conflito e também de pura alegria, revelando momentos íntimos do processo criativo e das personalidades extraordinárias desses artistas. A obra é também um emocionante reencontro do diretor com os artistas e o material filmado há quase cinco décadas.”

 Assisti ontem ao filme, no Centro Cultural Mario Quintana, POA, e entre suspiros e furtivas lágrimas revivi um tempo em que, no vigor dos 30 anos iniciava minha vida profissional em Brasília, cheio de ilusões e amores. Recomendo. Não percam. Oportunidade única para se voltar a sonhar...


 Editorial Cultural FM Torres RS 28 de setembro 23

Haverá um conflito institucional entre Judiciário e Poder Legislativo?

Em meio à seca no Amazonas, calores extremos em várias cidades do sudeste e centro-oeste e fortes inundações no sul do país e até festejos pela posse, hoje, do Ministro Barroso como Presidente do STF, com a presença artística de Maria Betânia, as duas casas do Congresso Nacional se levantam contra o Poder Judiciário. Na Câmara, ontem, um grupo minoritário de deputados da Oposição obstruiu a pauta em protesto contra o ativismo do Supremo. Esta ação não deverá progredir, eis que o Governo tem franca maioria naquela Casa graças ao apoio do Centrão ao Governo Lula III, mas indica uma inquietação parlamentar diante do Judiciário. No Senado, geralmente mais sereno, tanto pela sua composição interna como pela personalidade de seu Presidente, mineiro, a inquietação está indo mais além. Ontem, a casa aprovou a toque de caixa, passando em 24 horas pela Comissão de Constituição e Justiça, regime de urgência e votação em plenário, projeto do MARCO TEMPORAL que não só exclui direito á demarcação de terras indígenas que não estivessem ocupadas em 1988, como introduz uma estranha clausula de prioridade á soberania nacional sobre direitos dos povos originários, como se eles não fossem parte da Nação. Dias antes, o líder da Oposição já havia conseguido aprovar a realização de um plebiscito para definir a questão do direito ao aborto. Ora, tudo isso confronta, sim, com recentes decisões do Supremo e traz à tona uma dúvida sobre a decisão final sobre temas controversos. Diz a teoria e prática constitucionalista, sobretudo quando Barroso será o Presidente do Supremo –ele que coloca na sua Agenda temas como combate à pobreza, dentre outros mais afeitos ao campo das Políticas Públicas sob responsabilidade do Executivo, que o Supremo é o PODER QUE ERRA QUE POR ÚLTIMO, com direito à palavra final em caso de contencioso sobre questões envolvendo a interpretação da Constituição. O Projeto do Marco Temporal aprovado pelo Senado ainda deverá passar pela Câmara, onde será aprovado com facilidade até chegar à sanção presidencial. Tudo indica que Lula o vetará, correndo o risco de ter o veto derrubado pelo Congresso, com o que o assunto, suscitado por algum dos Partidos da base governista ou ONG em defesa dos índios, acabará sob o crivo do Supremo. Aí, certamente, como esta corte já tem posicionamento sobre a matéria, cairá por inconstitucional. Isso posto, restabelecer-se-á a normalidade nas relações do Congresso com o Judiciário ou novos embates entrarão em cena? Quem viver, verá. Oxalá, em algum momento se restabeleça o princípio de harmonia e independência entre os Poderes da República, sob o acicate da autocontenção de cada um deles. Sem isso, a democracia sucumbe e a paz entre os homens cede lugar á guerra de todos contra todos, na qual os mais fortes são sempre os vencedores.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 27 de setembro 23

Em busca da definição de responsabilidades sobre as inundações no Estado 

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Agora eu entendi por que tem gente que quer que o Rio Guaíba seja lago e não um rio. luizmuller-agora-eu-entendi-por-que-tem-gente-que-quer-que-o-rio-guaiba-seja-lago-e-nao-um-rio 

Prefeitura de Bento Gonçalves questiona operadora de barragem se comportas foram abertas antes da inundação. A Procuradoria de Bento Gonçalves enviou perguntas à Companhia Hidrelétrica CERAN em busca de informações sobre a enchente que afetou a região e a possível abertura de comportas pela companhia. Terra.com.br>>Prefeitura-de-Bento Goncalves-questiona-operadora-de-barragem-se-comportas-foram-abertas-antes-da-inundacao 

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Os sucessivos temporais sobre o Rio Grande do Sul que resultaram na inundação de várias cidades da Bacia do Taquari, com perdas de vidas e materiais vultosas, continua repercutindo junto a autoridades e especialistas no Estado. A primeira versão do Governador Leite de que não havia previsão de tanta chuva foi desmentida por várias instituições. A versão da abertura irresponsável de comportas das pequenas barragens na região, levantada pelo Jornalista Alexandre Garcia, também foi desmentida porque simplesmente inexistem comportas nestas barragens, apenas taipas de sustentação. 

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Barragens no Vale do Taquari (RS) não têm comportas que poderiam controlar o fluxo de água; enchente foi causada por ciclone

São falsos os posts que alegam que as barragens do Rio Taquari, que cruza a região mais afetada pelas enchentes dos dias 4 e 5 de setembro no Rio Grande do Sul, se romperam ou tiveram suas comportas abertas. As estruturas sequer têm comportas capazes de controlar o fluxo de água e, segundo a empresa que administra as hidrelétricas, elas se mantiveram íntegras durante a passagem do ciclone extratropical que atingiu a região. Autoridades estaduais, federais e meteorologistas afirmam que o grande volume de água que alagou as cidades do Vale do Taquari foi causado por eventos climáticos naturais

https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/barragens-no-vale-do-taquari-rs-nao-tem-comportas-que-poderiam-controlar-o-fluxo-de-agua-enchente-foi-causada-por-ciclone/

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Aparentemente, foram várias as causas das enchentes do Taquari e sobre todas elas se faz necessária maior investigação.

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Combinação de diferentes fatores causou cheia no Vale do Taquari, dizem especialistas

Soma da chuva com questões como aquecimento global, fenômeno El Niño, aumento das temperaturas no oceano e na Amazônia, relevo e solo da região são alguns elementos citados por pesquisadores

https://gauchazh.clicrbs.com.br/ambiente/noticia/2023/09/combinacao-de-diferentes-fatores-causou-cheia-no-vale-do-taquari-dizem-especialistas-clmb9zadf0050011sl0l134gk.html 

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Agora, a AGAPAN vem a público manifestar sua posição crítica quanto aos retrocessos na legislação ambiental. Tudo indica, enfim, que o assunto das origens e responsabilidades sobre as inundações no Taquari ainda não se esgotou. Uma CPI na Assembleia Legislativa poderia, enfim, esclarecer melhor a questão.

Leia a íntegra da carta aberta ao governador e aos deputados do Rio Grande do Sul:

Agapan publica carta aberta sobre retrocessos na legislação ambiental; leia a íntegra

A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) publicou na segunda-feira, 25, uma carta aberta ao governador Eduardo Leite e aos deputados e deputadas do Rio Grande do Sul sobre os retrocessos na legislação ambiental no estado. https://red.org.br/noticia/agapan-publica-carta-aberta-sobre-retrocessos-na-legislacao-ambiental-leia-a-integra/ 

Diante das tragédias ocorridas no Estado, continuarão insistindo em retrocessos ambientais?

No dia 22 de agosto, em artigo publicado no Jornal do Comércio, sob o título de “O gargalo do licenciamento ambiental”, um deputado do partido Republicanos, que atualmente preside a Comissão de Economia da Assembleia Legislativa, acusa o licenciamento ambiental de causar prejuízos à economia do Estado e insinua que quem defende o meio ambiente seria pertencente a um segmento que quer manter a sociedade na idade da pedra.

O deputado é autor de projetos de lei em tramitação da Assembleia Legislativa que propõem alterações na legislação ambiental, causando retrocessos na proteção. Em síntese, para o presidente da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia Legislativa, o meio ambiente preservado é um entrave ao desenvolvimento.

Cabe a pergunta a todos deputados e deputadas: o pensamento desse senhor seria uma voz destoante ou representa a da maioria dos parlamentares? A sociedade gaúcha precisa saber. Afinal, os rumos do Estado passam pela Assembleia Legislativa e as tragédias ambientais estão aí, causando mortes e danos à vida da população. Embora alguns não percebam ou ainda prefiram dar de ombros, as crescentes tragédias já demonstram ser resultados da intensificação da atual crise climática, reforçadas por ações deletérias de alguns setores da sociedade.

A Agapan considera como muito graves os reiterados ataques do deputado à legislação e às estruturas de proteção ao meio ambiente, sintetizados no conteúdo dos seus projetos de lei, no artigo e em manifestações. Assim, viemos a público colocar algumas questões para reflexão dos representantes da população no Legislativo e da sociedade gaúcha, assim como aos eleitores, que definem quem continuará nestes cargos públicos.

Para início de diálogo, é importante todos terem consciência que o que está em debate diz respeito a nós, enquanto sociedade, e isso tem severas consequências. Por coincidência, neste período, o Rio Grande do Sul, lamentavelmente, passa por uma imensa tragédia ambiental. Falamos no desastre que impactou fortemente o Vale do Taquari, principalmente os municípios de Muçum e Roca Sales, entre outros, causando dezenas de mortes, destruição das cidades, bem como perdas econômicas e culturais. Uma verdadeira tragédia anunciada. Também é importante lembrar que, há poucas semanas, houve outro evento, o ciclone extratropical que impactou a região do litoral gaúcho, com perdas econômicas na produção e na vida das famílias que ali residem. O Rio Grande do Sul passou por quatro estiagens nos últimos anos, sendo uma delas a maior em sete décadas.

Há pelo menos 30 anos, deste a conferência do Rio de Janeiro, realizada em 1992, que colocou as mudanças climáticas na pauta mundial, a Ciência tem apontado, com inúmeros estudos, que os potenciais impactos no mundo decorrentes das mudanças climáticas cresceriam em intensidade e frequência caso não se alterasse o modelo de economia predominante. No entanto, desde muito antes, enquanto entidade pioneira no Brasil, estamos buscando ecologizar a nossa sociedade, tarefa árdua da qual nunca abrimos mão e jamais desistiremos, ainda que os comandos dos governos e dos parlamentos se modifiquem. Infelizmente, os rumos apontam que tem sido para pior.

Atualmente, todas as mídias do mundo mostram, todos os dias, que a mudança do clima já é uma realidade. Negar a emergência climática se torna até vexatório, indício de alienação a respeito da realidade ou má fé com interesses escusos.

Em conjunto com outras entidades ambientalistas, e sempre com base científica, temos alertado para os prejuízos que as alterações na legislação ambiental e na precarização na gestão ambiental provocam para a sociedade. Desde o debate do Código Florestal (em 2012), passando pelo desastre da gestão irresponsável do ex-ministro Ricardo Salles (governo Bolsonaro, 2019-2022) no âmbito nacional, ainda lutamos contra a permissão criminosa do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, entre outros biomas. Aqui no Estado, nos opomos às mudanças do Código Estadual de Meio Ambiente, patrocinada pelo governador Eduardo Leite, alertamos para a devastação dos biomas Pampa e Mata Atlântica e a irresponsabilidade do governo na gestão das águas. Nossos cursos d’água estão impactados, poluídos e desprotegidos por pressões comerciais e orientações equivocadas aos nossos pequenos e médios produtores rurais.

No mesmo sentido, alertamos para a necessidade de abandonar as fontes fósseis de energia. Defendemos banir o uso do carvão – por meio da participação ativa no Comitê de Combate à Megamineração no Rio Grande – e acelerar a transição energética para fontes renováveis, com o incentivo a processos de instalações que respeitem o meio ambiente em sua totalidade, o que inclui a fauna, a flora e as comunidades tradicionais. A Agapan, há 52 anos, coloca esses temas na pauta do Estado, que é precursor do ambientalismo, bem como do Brasil e do mundo, através de suas participações nos mais variados fóruns, conselhos e coletivos de meio ambiente.

As alterações nas legislações e visão como a apresentada no artigo e ações do deputado são motivadas por pressões de setores econômicos e pensamentos egoístas e retrógrados que somente pensam em lucros e vantagens imediatistas, mas que transferem o ônus e as consequências para toda a população, que posteriormente paga a conta, inclusive com vidas, incluindo as futuras gerações, para quem pouco ou nada restará a não ser lutar para sobreviver em meio a eventos extremos. Posturas negacionistas, irresponsáveis e lesivas à proteção ambiental prejudicam a sociedade porque comprometem o futuro, a qualidade de vida e mesmo a segurança das populações, expondo as pessoas a riscos e tragédias.

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Assembleia Legislativa devem assumir a realidade da emergência climática e construir um pacto para não permitir mais retrocessos ambientais. Além disso, devem assumir o compromisso de tomar a frente em vultuosas campanhas e investimentos em recuperação de vegetação nativa, na proteção das áreas de preservação permanente, energias renováveis e sistemas de produção com uma economia industrial, comercial e agrícola de baixa emissão de carbono e em bases sustentáveis. Sem um novo modelo social, com base na sabedoria do pensamento ecológico, não há futuro.

Diante dessas considerações, solicitamos que:

Os seguintes Projetos de Lei sejam RETIRADOS de tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul por se caracterizarem por retrocessos ambientais: PL 218/2023; PL 268/2023; PL 151/2023; PL 204/2023; PL 433/2021; PL 97/2018.

Os temas Mudanças Climáticas e Transição Energética sejam colocados como prioridade da pauta da Assembleia Legislativa e do Governo Estadual.

Não se admitam mais projetos que reduzam cobertura de vegetação nativa, e que, por outro lado, se amplie as unidades de conservação no Estado.

A legislação dos recursos hídricos seja totalmente implementada, impedindo que a água seja domínio de setores econômicos (sejam produtores rurais, energia ou indústria), garantindo-a como bem público de uso de todos, com prioridades e gestão sustentável.

Os instrumentos de gestão ambiental como Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e outros instrumentos de gestão ambiental sejam implementados e aperfeiçoados para que a produção não destrua mais o meio ambiente, com garantia de participação plena da sociedade e dos movimentos socioambientais interessados na proteção da vida natural.

A Secretaria de Meio Ambiente volte a ter órgão independente da Infraestrutura, por ser inaceitável que o órgão central da gestão ambiental esteja subordinado a quem estimula projetos de mineração e infraestrutura, que sabidamente são impactantes para o ambiente natural. Essa junção é lesiva à gestão ambiental e deve ser revertida.

A Casa do Povo se abra à participação e ao debate público, atuando decisivamente para a proteção do meio ambiente. As decisões da Assembleia Legislativa têm impactos na vida da população e podem ser as responsáveis por tragédias.

Estamos consternados e solidários com as famílias que foram diretamente impactadas pelas recentes enchentes. No entanto, resta saber quem de fato em nosso Estado assumirá compromissos verdadeiros para que tragédias ambientais assim não se repitam.

A sociedade gaúcha espera do governador Eduardo Leite um pedido de desculpas sinceras por ter tomado decisões tão erradas na gestão ambiental, e que daqui em diante haja de forma diferente, que ouça os alertas da Ciência, em especial dos especialistas em Meteorologia e Clima. Nós, ambientalistas, que sempre nos dedicamos voluntariamente no RS para ajudar a preparar um futuro melhor para todos, continuamos dispostos a colaborar. Entendemos que o Estado deveria perceber e valorizar a trajetória que construímos, reconhecida internacionalmente, e abra espaço para somarmos em prol de nossa sociedade.

ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE PROTEÇÃO AO AMBIENTE NATURAL – AGAPANA Vida Sempre em Primeiro Lugar Desde 1971


 Editorial Cultural FM Torres RS 25 de setembro 23

O VOTO DE ROSA WEBER PELA JUSTIÇA REPRODUTIVA

A constatação de que o grande número de abortos no Brasil é feito por mulheres pobres e negras, maior parte delas muito jovens, inclusive meninas de 12 a 14 anos, fez a Ministra Rosa Weber, do STF, votar pela descriminalização deste procedimento quando realizado até 12 semanas do feto. Introduziu a Ministra um conceito de Justiça Reprodutiva com vista à salvaguarda destas mulheres. Abaixo o voto dela:

 

Ministra Rosa Weber vota pela descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação

portal.stf.jus-noticias=VER NOTÍCIA . - 22/09/2023 

 

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela descriminalização da interrupção voluntária da gravidez (aborto), nas primeiras 12 semanas de gestação. Ela é a relatora da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que começou a ser julgada na madrugada de hoje (22), em sessão virtual. O julgamento foi suspenso por pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso, e, com isso, prosseguirá em sessão presencial do Plenário, em data a ser definida.

A discussão sobre a descriminalização do aborto foi provocada no STF pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), autor da ação, e chegou a ser objeto de audiência pública em 2018 convocada pela ministra Rosa Weber. O objetivo era debater o tema com especialistas e representantes de entidades governamentais e da sociedade civil.

Extrema delicadeza

Em voto de 129 páginas, a ministra considera que os artigos 124 e 126 do Código Penal não estão de acordo com a atual Constituição Federal. Na sua avaliação, é desproporcional atribuir pena de detenção de um a quatro anos para a gestante, caso provoque o aborto por conta própria ou autorize alguém a fazê-lo, e também para a pessoa que ajudar ou realizar o procedimento.

A ministra ressalta que o debate jurídico sobre aborto é “sensível e de extrema delicadeza”, pois suscita “convicções de ordem moral, ética, religiosa e jurídica”. Apesar dessas conotações discursivas, porém, Rosa Weber considera que a criminalização do aborto voluntário, com sanção penal à mulher e ao profissional da medicina, “versa questão de direitos, do direito à vida e sua correlação com o direito à saúde e os direitos das mulheres”.

Início da vida

Um dos pontos destacados pela ministra é que a falta de consenso sobre o momento do início da vida é fato notório, tanto na ciência quanto no campo da filosofia, da religião e da ética. Para Rosa Weber, o argumento do direito à vida desde a concepção como fundamento para a proibição total da interrupção da gestação, como defendem alguns setores, “não encontra suporte jurídico no desenho constitucional brasileiro”.

Ela lembra que a discussão sobre direito à vida e suas formas de proteção não é nova no Supremo: ela esteve presente tanto no julgamento da Lei de Biossegurança (ADI 3510), sobre o uso de embriões humanos para pesquisas com células-tronco, quanto no da interrupção da gravidez de feto anencéfalo (ADPF 54). Nesse julgamento também foi debatida a liberdade reprodutiva e a autonomia da mulher na tomada de decisões.

Direitos reprodutivos

O Estado, portanto, segundo a ministra, tem legítimo interesse (e deveres) na proteção da vida humana configurada no embrião e no nascituro conforme a legislação civil, por exemplo. Todavia, essa proteção encontra limites no Estado constitucional, e a tutela desse bem não pode inviabilizar, a priori, o exercício de outros direitos fundamentais também protegidos pela legislação nacional e tratados internacionais de direitos humanos, incluindo-se os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

Saúde pública

A ministra destacou que, em diferentes países onde o aborto foi descriminalizado, houve redução do número de procedimentos, associada à ampliação do uso de métodos contraceptivos. Após citar vários dados e casos julgados em outros países, ela concluiu que há uma tendência contemporânea do constitucionalismo internacional de considerar o problema da saúde sexual e reprodutiva das mulheres como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. A principal nota é a interdependência dos direitos - à liberdade e à vida digna em toda sua plenitude, física, mental, psicológica e social.

Proporcionalidade

“O aborto não se trata de decisão fácil, que pode ser classificada como leviana ou derivada da inadequação social da conduta da mulher”, afirmou a ministra. Para ela, a discussão normativa, diante de valores constitucionais em conflito, não deve violar o princípio constitucional da proporcionalidade, ao punir com prisão a prática do aborto. Essa medida, a seu ver, é “irracional sob a ótica da política criminal, ineficaz do ponto de vista da prática social e inconstitucional da perspectiva jurídica”.

Autodeterminação

Segundo Rosa Weber, após oito décadas de vigência da norma no Código Penal (1940), é hora de colocar a mulher “como sujeito e titular de direito”, e não como uma cidadã de segunda classe, que não pode se expressar sobre sua liberdade e autonomia.

“Não tivemos como participar ativamente da deliberação sobre questão que nos é particular, que diz respeito ao fato comum da vida reprodutiva da mulher, mais que isso, que fala sobre o aspecto nuclear da conformação da sua autodeterminação, que é o projeto da maternidade e sua conciliação com todos as outras dimensões do projeto de vida digna”, ressaltou a ministra.

Rosa Weber lembrou que, na época da edição da lei, a maternidade e os cuidados domésticos compunham o projeto de vida da mulher. “Qualquer escolha fora desse padrão era inaceitável, e o estigma social, certeiro”. Por outro lado, a criminalização do aborto visava tutelar de forma digna a vida humana, mas não produziu os efeitos pretendidos.

Diálogo institucional

A relatora destacou que, apesar da competência do Congresso Nacional para legislar sobre o tema, o Poder Judiciário é obrigado, constitucionalmente, a enfrentar qualquer questão jurídica a ele apresentada sobre lesão ou ameaça a direitos seja da maioria ou das minorias. “Na democracia, os direitos das minorias são resguardados, pela Constituição, contra prejuízos que a elas possam ser causados pela vontade da maioria. No Brasil, essa tarefa cabe ao Supremo Tribunal Federal”, frisou.

Ela explicou que não cabe ao STF elaborar políticas públicas relacionadas à justiça reprodutiva ou escolher alternativas normativas às adotadas pelos Poderes Legislativo e Executivo, como as relacionadas às políticas de saúde pública das mulheres. “Não obstante, compete-lhe o diálogo institucional, por meio das técnicas processuais pertinentes, sejam elas para a coleta de dados e informações, como as audiências públicas, sejam as técnicas decisórias instauradoras da conversação democrática, como o apelo ao legislador”.

Diante disso, a ministra, na parte final de seu voto, fez um apelo a esses Poderes para a implementação adequada e efetiva do sistema de justiça social reprodutiva, com “a remoção dos entraves normativos e orçamentários indispensáveis à realização desse sistema de justiça social reprodutivo”.

Leia a íntegra do voto da ministra Rosa Weber na ADPF 442.


 Editorial Cultural FM Torres RS 22 de setembro 23

Senado quer avançar sobre o STF em drogas, aborto e imposto sindical

O jornal FOLHA DE S.PAULO chama a atenção para movimentação em curso no Senado, entre líderes partidários, no sentido de avançar com propostas de emendas à Constituição que enderecem temas que estão sendo objeto de julgamento pelo STF. Como pano de fundo dessas articulações, anota o jornal, está a percepção de que o Judiciário está invadindo assuntos de competência do Legislativo. Nesse sentido, a primeira ofensiva vem na PEC apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, definindo na Constituição que é crime o porte ou posse de qualquer droga ilícita, independentemente de sua quantidade - entendimento oposto ao que vem sendo indicado pelo STF em julgamento retomado há um mês, e que tende a descriminalizar o porte de maconha em pequenas quantidades. Segundo a reportagem, porém, os senadores também estão se movimentando para atuarem nessa mesma linha em relação ao imposto sindical e ao aborto. “Esses temas são muito caros aqui e a tendência é fazer algo parecido [com o caso das drogas]”, afirmou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

Também na FOLHA, reportagem mostra que “tem enfrentado resistência de tribunais do país” a proposta de resolução do CNJ que determina a alternância de gênero no preenchimento de vagas de desembargadores nos tribunais. A proposta deverá ser analisada hoje, após ser pautada pela presidente do CNJ, Rosa Weber, que está próxima da aposentadoria. Essa alternância valeria para as promoções tanto pelo critério de antiguidade quanto pelo de merecimento, e passando a valer a partir de janeiro de 2024. A resolução proposta prevê que esse sistema seja mantido até que cada tribunal alcance proporção de pelo menos 40% de mulheres em sua composição. Conforme o jornal, há expectativa de que haja pedido de vista, dada a sensibilidade do tema. No entanto, também é possível que haja antecipação de votos dos demais conselheiros em caso de pedido de vista.

Também em relação à ministra Rosa Weber, os jornais informam que a presidente do STF atendeu a pedido do ministro Alexandre de Moraes e pautou para o próximo dia 26 o julgamento do quarto réu acusado de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. O acusado, nesse caso, será julgado no plenário virtual. Moacir José dos Santos, de 52 anos, é acusado de ser um dos executores dos ataques aos palácios. Ele é o primeiro réu a ser julgado que não se encontra preso. A análise do caso começa na quarta-feira da próxima semana, dia 26. 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 21 de setembro 23

Lula surfa, o Brasil vai bem, mas o mundo nem tanto...

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Lula e Biden lançam Agenda pela defesa do trabalho digno

Também está no portal da RED o discurso de Lula na ONU. Acesse e ouça ou leia os dois. "O Brasil voltou!" https://red.org.br/noticia/assista-lula-e-biden-lancam-iniciativa-global-em-defesa-do-trabalho-digno/ 

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Quase nove meses do novo Governo e já se pode dizer que Lula III vai indo bem, obrigado. Em recente entrevista ao jornalista Breno Altman - POLÍTICA ECONÔMICA DE LULA AGRADA OS LIBERAIS? - SAMUEL PESSÔA - PROGRAMA 20 MINUTOS - YouTube, Samuel Pessoa, economista avesso `a esquerda, ativo membro da equipe econômica do ex Presidente Bolsonaro, reconheceu que as medidas do Ministro Haddad, a quem deu uma nota 9, mesmo com uma certa ‘inconsistência’ do Arcabouço Fiscal, estão corretas. Ao governo deu nota de aprovação 7,5. Com efeito, as últimas estimativas dão uma taxa do crescimento do 3,2% ao PIB deste ano, dez vezes superior à do começo do ano. O desemprego está caindo, os salários melhorando, a inflação sob controle e as vendas de fim de ano prometendo uma retomada aos melhores níveis de anos anteriores. Ou seja, é o Brasil voltando a crescer. Não obstante, o cenário externo não é nada promissor, mercê do aperto monetário frente ao recrudescimento da inflação, embora o anterior pessimismo quanto ao crescimento chinês tenha arrefecido. O PIB mundial (OCDE) deverá crescer apenas 3%, puxado pela economia da Índia 6,3%, da China 5,1%. Estados Unidos não vai muito bem – 2,2% e países europeus, nem isso. A Alemanha, aliás, que é o carro chefe da economia europeia está em recessão, isto é, com dois trimestres no negativo. Atrás dela prenuncia-se o pior para os demais países europeus

“Durante décadas a Alemanha foi a menina dos olhos da economia europeia. Seus pilares eram uma grande estabilidade monetária com um mínimo de inflação, juros baixos, um sistema de transporte muito eficiente, um padrão de consumo interno alto e estável, uma pauta de exportações e importações de alto padrão e last but not least, um equilíbrio político de espírito “conservador ilustrado” tido como inabalável, com a alternância ou combinação entre socialdemocratas (SPD), verdes (Bündnis 90/Die Grúnen) e as uniões cristãs, a social da Baviera (CSU) e a democrata (CDU) do resto do país, além da presença eventual do liberal FDP.

...

Com tais predicados, o governo de Berlim tornou-se o fiel da balança da União Europeia e do continente como um todo, exercendo uma parceria sobretudo com Paris. ... Ela e Nicolas Sarkozy tiveram uma influência decisiva para impedir que o estilo histriônico do italiano Silvio Berlusconi se tornasse a marca principal da política europeia. Ao contrário, Angela Merkel transformou a austeridade – para além da fiscal – no brasão político mais importante da Europa no começo do século XXI. Ao mesmo tempo, a Alemanha tornou-se o carro-chefe da economia continental, graças à sua variada pauta de importações e exportações. 

Dos dez países que mais importam da Alemanha, oito são europeus: os outros dois são a China e os Estados Unidos. Os mesmos números e as duas exceções se repetem na coluna das exportações. A economia continental europeia está presa à alemã como um comboio na locomotiva, ou… um peixe no anzol.

De repente, não mais que de repente, este belo edifício mostrou frinchas e rachaduras nos alicerces, e hoje ameaça desequilibrar-se, arrastando o continente inteiro. A inflação subiu meteoricamente, de quase 0% para quase 10% ao ano, em média: no setor de alimentos, 20% e na energia, 40%. A demanda interna caiu, a externa adernou perigosamente com as oscilações da economia chinesa e a pressão protecionista dos Estados Unidos. A indústria alemã, carro-chefe das exportações e importações, sobretudo de veículos, autopeças e acessórios, de produtos farmacêuticos, artefatos elétricos, aviões e helicópteros, além de outros, entrou em depressão. No começo de 2023 o FMI previu uma retração de 0,1% na economia do país. Depois aumentou-a para 0,2% e agora a previsão está em 0,4% negativos. ”

Flávio Aguiar, in A recessão alemã. A guerra na Ucrânia se prolonga, e a recessão alemã veio para ficar, afetando o continente inteiro. 19 de setembro de 2023, - • https://www.brasil247.com/blog/a-recessao-alema  

A economia ocidental, portanto, paga um preço alto ao ser arrastada `a sustentação da política externa americana de sustentação da Ucrânia contra a invasão da Rússia, a qual, entretanto, vai se reacomodando com novas alianças com China, Irã e países árabes, os quais não estão nem aí para as sanções econômicas. 

O Brasil, entretanto, ao se equilibrar diante do conflito Ucrânia/Rússia, tem conseguido receber fertilizantes necessários ao novo boom do agrobusiness e superando, gradativamente os desequilíbrios provocados tanto pela pandemia, quanto pelos erros da administração federal passada. Prova-o o calor da recepção e os aplausos a Lula em seu pronunciamento na Assembleia Geral da ONU. O problema é que, como assinala o economista P. Patnaik, abaixo, como os países avançados estão sob uma crise sem precedentes, isso acabará impactando todo o Sul Global, inclusive o Brasil. Ou seja, nas palavras de Antonio Gutierres, Secretário Geral da ONU, que associa a crise às mudanças climáticas: “ A humanidade abriu as portas do inferno”.

Anexo

Os silêncios da Declaração de Deli por Prabhat Patnaik Com as economias dos países avançados a enfrentarem uma crise sem precedentes, o seu impacto também será enfrentado no Sul global = Publicado em 19/09/2023

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A reunião do G-20 em Deli ocorreu em meio a uma crise econômica aguda na economia mundial. O FMI espera que as economias capitalistas avançadas testemunhem uma desaceleração do crescimento de 2,7 por cento em 2022 para 1,3 por cento em 2023; de acordo com uma estimativa alternativa do FMI, o seu crescimento em 2023 poderá mesmo cair abaixo dos 1 por cento. Como é provável que a taxa de crescimento da produtividade do trabalho exceda este valor, isso significaria um aumento substancial do desemprego na metrópole. Isto seria agravado, especialmente no caso da UE, por um vasto afluxo de migrantes da Europa de Leste que já ocorre há algum tempo, e de refugiados da Ucrânia, que está a ser incitada a travar a guerra por procuração da Otan contra a Rússia.

 

A tendência em direção ao fascismo na Europa, que ultimamente ganhou um impulso considerável, receberá um impulso ainda maior com este crescimento do desemprego, o qual incentivará ainda mais a animosidade em relação aos imigrantes. O neonazi AfD na Alemanha já está a obter perto de 20 por cento dos votos e está preparada para fazer acordos a fim de chegar ao poder, pelo menos nos governos provinciais, com partidos que até agora o tinham evitado. Marine Le Pen, porta-estandarte do fascismo em França, está a ter um índice de aprovação maior do que Emmanuel Macron. A Itália já elegeu um governo fascista e a Espanha, que em geral se esperava que o fizesse, acaba de obter uma trégua temporária ao apresentar um resultado inconclusivo nas suas recentes eleições. Todos estes elementos receberão um novo impulso.

Com as economias dos países avançados a enfrentarem uma crise sem precedentes, o seu impacto também será enfrentado no Sul global, em termos de abrandamento do crescimento do PIB, de aumento do desemprego, de acentuação da crise da dívida e de fortalecimento da tendência para o fascismo. A Argentina está prestes a eleger um presidente empenhado em eliminar todas as despesas sociais; e esta tendência angustiante poderá muito bem propagar-se a países ainda não afetados.

Seria de esperar que a cimeira do G-20 realizada nesta circunstância tomasse alguma iniciativa quanto à superação da crise econômica, tal como o fez a reunião do G-20 realizada pouco após o colapso da bolha imobiliária dos EUA. Em particular, esperava-se alguma iniciativa em relação à dívida externa dos países do terceiro mundo, tendo em vista que a Índia projetava a sua liderança no G-20 como um desenvolvimento favorável para a causa do Sul global – e de alguns porta-vozes oficiais indianos sinalizarem a dívida do terceiro mundo como assunto a ser discutido.

Mas nada disso aconteceu. A declaração de Deli que emergiu da cimeira disse muito pouco sobre as questões económicas candentes do momento, embora, como os delegados chineses e russos sempre enfatizaram, o G-20 devesse preocupar-se mais com questões económicas do que com questões de segurança. Sem dúvida, a declaração efetuou uma mudança de posição em comparação com a declaração da cimeira anterior em Bali, na Indonésia, em relação à guerra na Ucrânia: se bem que a Rússia ali tivesse sido alvo de críticas explícitas naquele país, em Deli evitou-se escrupulosamente que qualquer atribuição de culpa fosse colocada à porta da Rússia. Mas o seu apelo à paz, embora louvável, terá muito pouco efeito.

Todas as iniciativas em prol da paz foram frustradas pelos países da Otan, que estão determinados a usar o povo ucraniano como carne de canhão na sua luta contra a Rússia: foram os EUA e a Grã-Bretanha que torpedearam o acordo de Minsk; os mesmos países também afundaram as negociações de paz logo após o início das operações militares russas; e ainda estão ocupados a incitar a Ucrânia a persistir na guerra. A guerra só terminará, portanto, quando a Otan estiver disposta a acabar com ela e a vontade da Otan não será influenciada nem um pouco pela declaração de Deli do G-20, apesar de terem condescendido com o fraseado que não lhes é muito favorável. A declaração contém parágrafos que exaltam a tolerância religiosa e o respeito pela diversidade; mas estes objetivos, certamente louváveis, têm pouco significado efetivo. Sendo Erdogan da Turquia e Modi da Índia signatários desta declaração, mesmo quando os seus países estão a mover-se precisamente na direção oposta com a conivência dos seus governos, tais frases só podem ser vistas como platitudes piedosas.

Não que as questões econômicas não figurem na declaração; mas fazem-no apenas em termos muito gerais. Não só não existe uma proposta específica, nem mesmo uma reunião internacional para discutir o alívio da dívida dos países pobres do terceiro mundo; mas, mesmo quanto a alcançar um crescimento econômico sustentado, nem um único pensamento parece ter sido apresentado sobre os meios para isso. Pode-se argumentar que uma declaração não é o lugar para propostas concretas; mas não há provas de qualquer discussão que tenha ocorrido na cimeira sobre estas candentes questões atuais.

Isto não deveria ser uma surpresa. O interesse esmagador do governo anfitrião na cimeira era dela obter o máximo de publicidade, o que conseguiu. Os países pobres, que são as principais vítimas da crise em curso porque são eles os esmagados pela “austeridade” imposta pelo FMI, não estiveram de todo representados na cimeira. E os países avançados nem mesmo admitem o facto da crise econômica, muito menos discutem propostas para a superar, embora os “economistas do establishment” individuais tenham atestado a sua existência. Em suma, a reunião do G-20 foi um espetáculo em que participaram diferentes países pelas suas razões particulares, mas que não estava muito preocupado em resolver os problemas que o mundo enfrenta.

Contudo, isto levanta a questão: porque é que os governos dos países avançados encaram a atual crise econômica com tanta tranquilidade? O desemprego numa era anterior fora uma questão de grande preocupação para os governos capitalistas, com John Maynard Keynes, um defensor confesso do capitalismo dizendo mesmo que “o mundo não tolerará por muito mais tempo o desemprego o qual está associado… ao individualismo capitalista dos dias de hoje”. . É claro que, na época anterior, o desemprego, que era sintoma de uma recessão, era acompanhado por uma perda de lucros, de modo que tanto os trabalhadores como os capitalistas sofriam com a crise da qual o desemprego era um sintoma. No capitalismo contemporâneo, contudo, esse não é mais o caso: a produção não é a única nem mesmo a principal fonte de lucros; as operações financeiras representam um segmento substancial dos lucros, de modo que mesmo quando a economia está em recessão, os lucros dos capitalistas mantêm-se bem. É verdade que nenhuma mais-valia é gerada nas operações financeiras, mas elas criam direitos sobre recursos, de modo que, mesmo quando a produção está estagnada, esses direitos sobre os ativos públicos, sobre os ativos dos pequenos capitalistas e sobre os recursos naturais podem continuar a crescer. Dito de outra forma, a mais-valia apropriada da produção é complementada no capitalismo contemporâneo pela aquisição direta de ativos pelas grandes corporações de outros capitalistas, do Estado e de setores até então não mercantilizados (o que constituiria exemplos de centralização ou acumulação primitiva de capital). Portanto, uma recessão per se importa menos para os interesses corporativos dominantes no capitalismo contemporâneo.

Mas e quanto à instabilidade social que se gera devido ao desemprego em massa e à miséria por ele criada? Temos de olhar para o contexto em que Keynes escreveu e ver a sua diferença em relação aos dias de hoje, a fim de compreender a tranquilidade dos Estados metropolitanos face à crise. Keynes escrevia tendo como pano de fundo a Revolução Bolchevique, quando o socialismo parecia não apenas uma possibilidade, mas uma perspectiva iminente. A menos que algo fosse feito imediatamente acerca do desemprego, o descontentamento dos trabalhadores traria a transcendência do capitalismo para a agenda. Infelizmente, isso não é mais o caso. Com o retrocesso do socialismo realmente existente, os governos capitalistas metropolitanos já não estão tão preocupados quanto às perspectivas de instabilidade social. É verdade que os países capitalistas avançados enfrentam um desafio à sua hegemonia, mas este desafio não tem a nítida agudez ideológica que tinha anteriormente; e qualquer ameaça que venha da classe trabalhadora pode ser reduzida pelo uso de elementos fascistas.

No entanto, eles estão vivendo em um paraíso dos tolos. Atualmente há enormes lutas grevistas dos trabalhadores nos países capitalistas avançados; e não esqueçamos que também a Revolução Bolchevique no seu tempo surgiu “do nada”. Fonte(s) / Referência(s): Resistir.info

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 Editorial Cultural FM Torres RS 19 de setembro 23

Defender e fortalecer a PETROBRAS como vetor do desenvolvimento nacional

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PETROBRÁS, a maior realização do trabalhismo no Brasil, criada por G.VARGAS - HISTORIA DA PETROBRÁS – Autor José Augusto Ribeiro, já está disponível em PDF e no formato e-book, inteiramente grátis, em seu site (aepet.org.br).

Vão destruir a PETROBRÁS??

Felipe Coutinho, engenheiro químico e vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras - AEPET, em artigo publicado ontem, abordando o recorde de exportação de petróleo cru no Brasil, afirma que Lula conduz o Brasil na rota colonial pavimentada por Temer e Bolsonaro.

SAIBA MAIS AQUI

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A onda privatizante que varreu o mundo sob a égide do CONSENSO DE WASHINGTON de 1989 e que sobrevive teimosamente na cabeça dura de muitos economistas, comentaristas da Mídia Corporativa e governantes, como nosso governador Eduardo Leite já fez água até mesmo junto a instituições financeiras internacionais. Em vários países europeus está havendo, agora, uma desprivatização de empresas de serviços públicos como fornecimento de água e saneamento e , em alguns, casos de transporte público, à vista da introdução da tarifa zero como mecanismo de indução ao uso do transporte público. Alimentada aqui no Brasil pela Lavajato, que concentrou sua ação sobre a PETROBRAS, acabou comprometendo o elevado papel que esta empresa tem, pelo seu tamanho, nos investimentos públicos. A adoção depois do golpe contra Dilma, em 2016, a levou, inclusive, a privilegiar os interesses dos acionistas com a política de alinhamento aos preços internacionais do petróleo e desmonte de sua vigorosa estrutura corporativa. Com a eleição de Lula III e sua determinação em fortalecer a economia nacional com o incentivo á reindustrialização, embora pautada por critérios ambientais, a PETROBRÁS deve revisar toda a sua política de preços e investimentos de forma a recuperar papel estratégico nesta retomada. O ideal seria revisar a decisão que a converteu numa S.A. com ações na Bolsa do país e do exterior, o que a submete á legislação específica de proteção de pequenos acionistas, dificultando seu uso como instrumento decisivo a Política de Desenvolvimento Nacional. Isso implicaria na recompra de ações já distribuídas, num processo oneroso e praticamente inviável. Isso posto, trata-se de recuperar a estrutura horizontal que dava maior envergadura à empresa com internacionalização de economias que reverteriam na sua maior capacidade de investimento. Afinal, estamos falando da maior empresa do Brasil. Além disso, na empresa produtora de energia, vetor indispensável à afirmação da soberania de um país e vital ao aprofundamento do processo industrial. Vide, por exemplo, o que ocorreu no período 75-79, quando o então Presidente Geisel impulsionou a química fina e petroquímica com eixo na PETROBRÁS. Recompor, portanto, o amplo espectro da PETROBRÁS é um clamor de todo brasileiro, começando pela recomposição de sua frota, tal como propõe o artigo abaixo.

ANEXO:

Afretamento ou unidades próprias? A importância de retomar o papel estratégico da Petrobrás no desenvolvimento do Brasil. Precisamos rever as estratégias de priorizar o afretamento das unidades marítimas, sejam de produção ou de apoio, bem como de construí-las majoritariamente fora do Brasil, gerando empregos em outros países. Podemos e devemos fazer muito mais.

Publicado em 18/09/2023 = TelegramWhatsAppTwitterFacebookLinkedInEmail

Rosagela Buzanelli Torres- Rosangela Buzanelli Torres é engenheira geóloga formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás

O custo do petróleo e gás que são extraídos nas plataformas operadas pela própria Petrobrás, na Bacia de Campos, é mais baixo do que o da maioria das unidades afretadas, cujos serviços são terceirizados pela companhia. A informação faz parte de um levantamento realizado pelo Dieese e sua conclusão é que o afretamento não se justifica, nem mesmo sob o ponto de vista meramente econômico.

O levantamento foi solicitado pelo Sindipetro Norte Fluminense e comparou os gastos de produção nas plataformas próprias e contratadas no primeiro semestre deste ano. As unidades terceirizadas apresentaram custo maior do que o da Petrobrás em dois de três níveis de profundidade das áreas de exploração e custo igual em um terceiro nível.

O Dieese constatou que o custo médio de extração de cada barril de óleo equivalente (boe) em águas rasas foi o mesmo, de US$ 15,21, tanto nas plataformas próprias da companhia quanto nas terceirizadas. Quando avaliado o pós-sal profundo e ultra profundo, o gasto das unidades contratadas é 14,46% mais caro. O boe extraído pela Petrobrás custa US$ 12,93 e nas afretadas o valor sobe para US$ 14,80.

A diferença ganha proporção muito relevante nas reservas do pré-sal. Enquanto na operação própria da companhia o custo é de US$ 3,72 por barril, nas plataformas afretadas é de US$ 5,66, um aumento de mais de 52%.

Esses dados nos fazem refletir sobre a propalada economicidade da terceirização via afretamento. Mas essa questão vai muito além do fator econômico, como destacou o sindicato. É um tema que envolve geração e qualidade de emprego, desenvolvimento econômico e soberania nacional.

Durante muitos anos a Petrobrás manteve suas plataformas próprias, com seus trabalhadores bem treinados e preparados para operar com técnica, segurança e respeito ao meio ambiente em alto mar. As políticas de conteúdo local foram implementadas e incrementadas, gerando milhões de empregos e desenvolvendo a engenharia e indústria nacionais.

Com a operação Lava Jato, já pública e fartamente desmistificada, a situação mudou brutalmente. As empresas foram punidas e, com elas, seus trabalhadores, desempregando mais de 4 milhões de pessoas, destruindo a engenharia e indústria pesada. E esse cenário se aprofundou nos governos pós golpe.

No mês passado, a Petrobrás lançou um edital de afretamento de plataforma FPSO para revitalização dos campos de Barracuda e Caratinga, estabelecendo apenas 10% de conteúdo local e sem obrigatoriedade de cumprimento da determinação. Ou seja, o mesmo que conteúdo zero! Ainda que esse campo esteja no contexto da rodada zero de licitações e não haja obrigação de conteúdo local, realmente devemos nos limitar a isso?

O Brasil tem pressa. Aprovamos outro projeto de país e “a chave precisa virar” em todas as instâncias governamentais que regulam esse setor, retomando as políticas de conteúdo local. A Petrobrás e sua nova gestão não podem e não devem se limitar ao mínimo. Precisamos arrojar e implementar o máximo possível dessas políticas para reconstruirmos a Petrobrás e o Brasil. A parca exigência vigente não pode ser a desculpa para não avançarmos, muito menos para nos limitarmos ao mínimo ou zero.

Precisamos rever as estratégias de priorizar o afretamento das unidades marítimas, sejam de produção ou de apoio, bem como de construí-las majoritariamente fora do Brasil, gerando empregos em outros países. Podemos e devemos fazer muito mais.


 Editorial Cultural FM Torres RS dia 18 setembro 

Lula abre amanhã em N.Y. a Assembleia Geral da ONU, verdadeira plataforma da comunidade internacional

O Presidente Lula segue em sua Agenda Internacional com vistas a recolocar o Brasil no papel que lhe corresponde tanto pelo tamanho de sua população e economia, como pela tradição de resolução de conflitos pela via diplomática. Em Cuba participou da Reunião do Grupo dos 77, quando condenou o embargo àquele país, e teve encontro com o Presidente Miguel Diaz-Canel. O Grupo dos 77 nas Nações Unidas é uma coalizão de nações em desenvolvimento, que visa promover os interesses econômicos coletivos de seus membros e criar uma maior capacidade de negociação conjunta na Organização das Nações Unida. 

Na pauta com o diritente cubano, a promoção do comércio, cooperação técnica em setores como saúde e o pagamento da dívida de US$ 500 milhões que Cuba tem com o Brasil.

 Em NY Lula deverá ter vários encontros bilaterais com lideranças mundiais. Já abriu dois espaços para encontro com o Presidente da Ucrânia e deverá ter reunião com o Presidente Biden para tratar de dois assuntos: Meio Ambiente e Programa Mundial de Combate à Pobreza. A ONU, criada depois da II Guerra - 24 de outubro de 1945= é bem vista pela maioria dos brasileiros tem hoje 193 países membros que, em conjunto, definem a COMUNIDADE INTERNACIONAL, é um organismo multilateral voltado à promoção da paz no mundo, ao desenvolvimento com sustentabilidade de todas as nações e à defesa dos Direitos Humanos num conjunto de 274 atividades ao redor do mundo. É dirigida por um Secretário Geral, o português Antonio Gutierres e dispõe de um corpo técnico de alta qualificação, além de órgãos de pesquisa, educação e comunicação social. Tem dois Tribunais de Justiça. Um geral, que tratas do contenciosos entre nações, denominado Corte Internacional de Justiça e outro, mais restrito e não reconhecidos por todos os países membros, o Tribunal Penal Internacional, ao qual qualquer indivíduo ou associação podem recorrer diretamente, voltado à defesa dos Direitos Humanos e trata, particularmente, casos de genocídio. A ele recorreram algumas entidades brasileiras contra o ex Presidente Bolsonaro. Este Tribunal também condenou recentemente o Presidente Putin , da Rússia, por crimes de guerra. 

Anexo 

ONU - https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/onu.htm

A ONU é a mais importante dentre as organizações internacionais atualmente existentes, sendo responsável por atuar na diplomacia, segurança e paz mundiais.

A ONU, Organização das Nações Unidas, é uma entidade internacional com sede na cidade de Nova York e composta por 193 países-membros, dos quais 51 fizeram parte de sua fundação (entre eles, o Brasil). Essa entidade foi fundada em 24 de outubro de 1945, logo após o término da 2º Guerra Mundial (1939-1945) em substituição à antiga Liga das Nações.

Os objetivos da ONU giram em torno da promoção da paz entre as nações, além de deliberar sobre questões concernentes à segurança, diplomacia e cooperação internacionais, atuando em processos de negociações de paz ou na atenuação dos efeitos de conflitos armados em qualquer parte do mundo.

Os dois principais órgãos que estruturam a Organização das Nações Unidas são a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança, que são as instâncias máximas decisórias desse organismo internacional. A Assembleia Geral é composta por todos os países-membros da ONU, que debatem e deliberam sobre os mais diversos temas internacionais, como ajudas, cooperações e ações diplomáticas, de modo que cada Estado possui um voto. Para aprovação, as decisões precisam ser deliberadas por maioria qualificada de dois terços dos votantes.

No entanto, a Assembleia Geral encontra-se, de certo modo, subalternizada perante o Conselho de Segurança. Este é composto por apenas cinco países permanentes (Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia) e dez rotativos, além de possuir o poder de deliberar sobre questões referentes à segurança e questões de paz, temas os quais a Assembleia Geral possui apenas o poder de realizar recomendações.

Os membros rotativos são eleitos pela própria Assembleia, mas esses não possuem o poder de veto sobre qualquer decisão tomada, privilégio exclusivo dos membros permanentes. Para aprovação de qualquer determinação, é preciso um mínimo de nove votos e nenhum veto, o que evidencia a polêmica sobre as correlações de forças dentro da ONU, uma vez que ela concede maior poder a um número pequeno de países, justamente aqueles que saíram vitoriosos da 2ª Guerra Mundial somados à China, que adquiriu um crescente papel geopolítico ao longo da Guerra Fria.

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Além dessas duas estruturas, ainda compõem a ONU: o Conselho de Direitos Humanos, responsável por fiscalizar e apontar eventuais violações aos direitos humanos e liberdades individuais; o Comitê Econômico Social, que visa promover e ampliar a cooperação socioeconômica em nível mundial; o Secretariado, que administra a instituição e organiza as suas atividades; e a Corte Internacional de Justiça, com sede na cidade de Haia, na Holanda (e por isso também conhecida como Tribunal de Haia), que julga crimes de guerra e violações de países em disputas legais.

Para complementar a ação dessas estruturas, a ONU ainda conta com uma série de projetos e agências com funções específicas, como a Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância), a FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação), a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Do ponto de vista financeiro, a ONU é custeada pelos seus países-membros em uma tabela de colaboração estruturada a partir do Produto Interno Bruto de cada Estado. Dessa forma, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Inglaterra, juntos, contribuem com quase 60% do orçamento da entidade.

A grande reverência que se faz à Organização das Nações Unidas, atualmente, é o fato de ela ter sido capaz de angariar praticamente todos os Estados do mundo e ter conseguido evitar ou diminuir as possibilidades de uma guerra mundial, ou seja, um conflito armado envolvendo as grandes potências militares e econômicas do mundo, ao contrário do que aconteceu com a Liga das Nações. Por outro lado, as críticas direcionadas à ONU referem-se à sua incapacidade de controlar conflitos armados em inúmeras partes no mundo, como na África e na Ásia, além de ter sido subserviente aos Estados Unidos em ocasiões como a Guerra do Iraque, em que os norte-americanos, mesmo sem a aprovação da entidade, atacaram o território iraquiano e não foram punidos ou sequer sofreram qualquer tipo de advertência por parte da entidade.

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Anexo 2

Luiz Carlos Azedo - A cortina que encobre a viagem de Lula a Cuba

O embargo americano proíbe operações em qualquer porto nos EUA, por seis meses, de navios que atracarem em Cuba e promove retaliações financeiras às empresas que se instalam na ilha - Correio Braziliense = https://gilvanmelo.blogspot.com/.../luiz-carlos-azedo...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, na cúpula do G77 China, em Cuba, voltou a pedir que países em desenvolvimento tenham financiamento para transição energética. O petista defendeu que este grupo “não tem a mesma dívida histórica dos ricos”. Para Lula, o financiamento climático deve ser assegurado aos países em desenvolvimento “segundo suas necessidades”. Defendeu a “industrialização sustentável” e lembrou que os países ricos têm uma “dívida histórica” pelo aquecimento global.

Lula assumirá a presidência do G20 no ano que vem e pretende propor a criação de um Grupo de Trabalho em Ciência, Tecnologia e Inovação voltado para os países em desenvolvimento. A visita de Lula ocorre às vésperas de sua viagem aos Estados Unidos, para abertura da Assembleia Geral da ONU, na qual se encontrará com o presidente norte-americano, Joe Biden, e terá uma nova oportunidade de se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mas isso não consta de sua agenda.

Projetado para navios do tipo New Panamax, que transportam até 12,5 mil contêineres de 6 metros de comprimento por viagem, o Porto de Mariel nunca recebeu uma dessas embarcações. Criada nos moldes das Zonas Econômicas Especiais da China, as ZEEs, a zona de Mariel prevê incentivos fiscais, como impostos zerados sobre mão de obra e sobre a produção nos dez primeiros anos, facilidades de infraestrutura, como o fornecimento de água e energia, e acesso fácil aos mercados do Caribe.

Mas essa estratégia não deu certo. Foi concebida para um futuro diferente do mundo atual, em que os Estados Unidos e a China estão em uma guerra comercial. Em 2016, havia centenas de empresas interessadas em se instalar em Cuba, graças à sinalização de novas relações entre os Estados Unidos e Cuba, após o ex-presidente Barack Obama autorizar a instalação em Mariel de uma fábrica de tratores. Mas Donald Trump ganhou as eleições e o bloqueio econômico dos Estados Unidos recrudesceu.

Reescalonamento da dívida

No Brasil, o governo Bolsonaro só faltou romper as relações diplomáticas com Cuba. Desde o segundo semestre de 2018, Cuba não paga as parcelas dos financiamentos assinados em 2009 e 2013. A dívida atualizada de Cuba com o banco chega a US$ 520 milhões, ou seja, cerca R$ 2,5 bilhões. O embargo americano proíbe operações em qualquer porto nos EUA por seis meses de navios que atracarem em Cuba e promove retaliações comerciais e financeiras às empresas que se instalam na ilha.

No encontro de Lula com o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, a renegociação da dívida com o BNDES é a pauta principal. O governo brasileiro fala em “reescalonamento” para adequar o regime de pagamento a algo que Cuba possa cumprir. A ilha vive uma crise continuada, desde o fim da União Soviética. Recebe alguma ajuda da Rússia e da China, mas sofre com a redução dos turistas e a guerra da Ucrânia.

Quando Miguel de Cervantes mandou Dom Quixote viajar, rasgou a cortina mágica, tecida de lendas, que estava suspensa diante do mundo. A vida surgiu nua e cômica na sua prosa. “O mundo, quando corre em nossa direção no momento em que nascemos, já está maquiado, mascarado, pré-interpretado. E os conformistas não serão os únicos a ser enganados; os seres rebeldes, ávidos de se opor a tudo e a todos, não se dão conta do quanto também estão sendo obedientes, não se revoltarão a não ser contra o que interpretado (pré-interpretado) como digno de revolta”, lembra o escritor tcheco Milan Kundera (A Cortina, Companhia das Letras).

A ideia do “homem novo”, da qual tanto se jactavam os dirigentes cubanos, fora sufocada pelo anacronismo do “modelo soviético”, apesar da alegria e criatividade do povo. Havia expectativa de que a sucessão de Fidel traria mudanças, ma Raúl Castro fez tímidas aberturas, insuficientes para que o país seguisse o modelo adotado, por exemplo, pelo Vietnã. Mas Cuba está para os Estados Unidos como Taiwan para a China. A diferença é que o mais sofisticado e competitivo produto cubano é charuto artesanal da Cohiba, os melhores do mundo, enquanto o da ilha rebelde chinesa são os chips da TSMC, que também dominam o mercado mundial. A razão é política.


Editorial Cultural 15-09-2023

 A Lei é dura, mas é a Lei

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A tentativa de golpe de 8 de janeiro avalizou a ação do Supremo e o transformou, tendo Moraes como figura simbólica do justiceiro da lei, na instituição que mais protegeu a democracia nestes últimos tempos

Merval Pereira - Os limites da lei 

Democracia Política e novo Reformismo: Merval Pereira - Os limites da lei (gilvanmelo.blogspot.com) 

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A condenação, ontem, pelo STF, dos três primeiros réus do 8 de janeiro tem várias interpretações.

Em primeiro lugar a velha advertência de que se a Lei é dura, ela é a Lei. A ninguém, inclusive, é lícito alegar, quando acusado, que desconhecia a Lei ou que, como alegou, ontem, a advogada de um dos acusados, quase em lágrimas, que seu cliente era quase um menino levado inconscientemente pelos acontecimentos. A multidão, pois somaram a milhares, dos protagonistas do quebra-quebra em Brasília, mais de mil deles presos e acusados por até 5 crimes, agora começa a pagar pela suas escolhas. Não gostaram do resultado das urnas e saíram das suas casas acreditando-se heróis da pátria quando, na verdade, operaram como instrumentos de uma tentativa de golpe de Estado. Começam a pagar por estas escolhas. As primeiras sentenças dão uma espécie de arcabouço jurisprudencial do que serão os demais processos.

Em segundo lugar, o processo e respectivas sentenças condenatórias, como assinalou o Ministro Barroso, constitui um marco histórico-civilizatório em nossa trajetória política. Marca a superação do Poder Moderador, usado e abusado no Império, pelos Imperadores no período de mando que lhes correspondeu, de 1822 até 1889, e depois desta data, até a promulgação da CONSTITUIÇÃO de 88, substituído pelas Forças Armadas, no contexto de uma sociedade em formação ainda pouco amadurecida institucionalmente. Hoje percebemos que a Sociedade Organizada conseguiu resistir à ofensiva golpista, cevada pelo apoio ostensivo de militares a Bolsonaro em 2018 e desenvolvida ininterruptamente até os fatos do 8 de janeiro deste ano. Daí que a punição dos golpistas, conscientes ou não de suas ações, naqueles nefastos acontecimentos seja o marco de um novo tempo para nossa frágil democracia. 

Finalmente, os dois votos contrários à maioria na Suprema Corte que condenou os três primeiros acusados por 5 crimes, mais ou menos conexos, demonstra que a sombra do autoritarismo persiste entre nós, como herança de um governo que tentou nos remeter ao passado. Vivemos um período de afirmação dos princípios republicanos e democráticos mas no qual ainda fermentam concepções regressistas com amparo em torno de 25% do eleitorado, nada desprezível. Não se trata aqui de esquerda x direita, divisão inevitável e irrecorrível das sociedades modernas, mas de uma tendência reveladora da capacidade da extrema direita, tal como fez no passado com Hitler e Mussolini, para capitalizar os ressentimentos negativos de parte da população diante dos desafios desta própria modernidade, no nosso caso marcada por forte dependência externa e injustificável injustiça social, particularmente com a Abolição mitigada da escravatura, para aventuras personalistas. Volto aqui a recomendar o livro OS ENGENHEIROS DO CAOS como evidência da mecânica deste processo hoje intercorrente em várias partes do mundo, com o uso e abuso das Redes Sociais. 

Com o tempo seremos, certamente, capazes de avaliar mais interpretações das sentenças destes três primeiros réus e que nos ajudarão, por certo, a afirmar o caminho da democracia-entre-nós como o melhor meio de administrar política e civilizadamente nossas divergências. 

Alea jacta est...


 Editorial Cultural FM Torres RS dia 14 setembro 

Pela primeira vez na história, Suprema Corte brasileira julga civis por tentativa de golpe de Estado- https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/09/13/pela-primeira-vez-na-historia-suprema-corte-brasileira-julga-civis-por-tentativa-de-golpe-de-estado-veja-quem-sao.ghtml

O Supremo Tribunal Federal começa a julgar nesta quarta (13) as primeiras ações penais contra acusados de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Em um julgamento já considerado histórico, magistrados se reúnem presencialmente no mesmo plenário que, no início do ano, foi invadido e vandalizado por bolsonaristas que pediam intervenção militar.

Esta é a primeira vez em que a corte brasileira julga civis por tentativa de golpe de Estado.

PF reuniu imagens, celulares e banco genético de réus do 8 de janeiro

Em entrevista a Natuza Nery, a professora de Direito da FGV-SP Eloisa Machado aponta os detalhes que mostram o caráter simbólico do julgamento. Machado diz que a própria escolha do Supremo pelo plenário físico, ao invés do virtual, mostra que os magistrados querem dar um tipo de recado público em relação às práticas de crimes contra a democracia.

"Nós tivemos a ditadura militar e a violação de direitos humanos condenadas em tribunais internacionais", explica Eloisa. "Mas nós não tivemos a oportunidade de trazer a devida reparação judicial para as vítimas e as instituições no nosso sistema de justiça em razão da Lei de Anistia."

No decorrer das investigações, também devem ser julgados financiadores da tentativa de golpe, executores e seus autores e intelectuais. Há uma linha de investigação que explora eventuais crimes cometidos por militares na invasão dos prédios públicos em 8 de janeiro.

"A gente vai colocar em movimento e em interpretação uma legislação nova sobre a proteção das instituições democráticas, que substitui o entulho autoritário da Lei de Segurança Nacional e que se mostrou muito oportuna, porque os desafios vieram muito rapidamente."

As denúncias citam crimes que foram estabelecidos a partir de uma norma de 2021, que reformulou a Lei de Segurança Nacional.

Leia também:

• Projeto de lei prevê pena de até 40 anos para quem atentar contra a vida de autoridades

Quem são os réus e quais acusações enfrentam?

Entre mais de 1.300 suspeitos denunciados pela PGR, os quatro primeiro acusados julgados pelo Supremo são:

• Aécio Lucio Costa Pereira;

• Thiago de Assis Mathar;

• Moacir José dos Santos;

• e Matheus Lima Lazaro

  As acusações são:

• associação criminosa armada (pena de um a três anos de prisão, mas o MP propõe a aplicação do aumento de pena até a metade, previsto na legislação, por haver o emprego de armas);

• abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos de prisão);

• golpe de Estado (pena de 4 a 12 anos de prisão);

• dano qualificado (pena de seis meses a 3 anos de prisão) ;

• e deterioração de patrimônio tombado ( pena de um a três anos de prisão).



 Editorial Cultural FM Torres RS 13 de setembro 23

O caso Ana Moser.

Toda solidariedade a Ana Moser. Ela é uma pessoa fantástica, com clara inclinação à esquerda, linha ideológica hegemônica do Governo Lula, ligada a todo universo do Esporte e vinha fazendo um trabalho exemplar na pasta. Foi substituída por um deputado do Centrão, com o que o Presidente Lula alcança 39 Ministérios e tenta gerenciar 16 Partidos Políticos dentro do seu Governo, sem perder um mínimo de identidade programática interna e tratando de assegurar não só governabilidade a seu próprio mandato mas, sobretudo, estabilidade à conjuntura. Tudo indica que está conseguindo tudo isso, deixando-nos, porém, o travo amargo de saída de uma extraordinária mulher em sua equipe. Talvez, nos próximos dias ainda tenhamos que testemunhar a perda de mais um lugar feminino na alta cúpula dos Poderes. Já ninguém duvida que a vaga de Rosa Weber no STF será ocupada por um homem. 

 Mas deve-se compreender, diante disso, que Política de Estado, se faz no espaço próprio da Política, por políticos, através dos Partidos. Se v. não gosta dos políticos e dos Partidos, paciência, é um direito seu. Ainda assim, poderá participar da vida pública numa ONG, numa Associação de Pais e Mestres da Escola dos filhos ou, como eleitor, dos Conselhos Municipais que acompanham a vida das Administrações Municipais. Ou faça trabalho voluntário. Mas saiba que estas alternativas não o credenciam para a vida política institucional. Este, organizado pelo Estado em relativa oposição `a Sociedade Civil, não é, sequer, um campo de méritos pessoais, mas de disputa eminentemente política, mesmo quando sejam exigidos requisitos técnicos, como o preenchimento de vagas nas Cortes de Justiça. Não há concurso para alguém se tornar Ministro de Estado ou das Cortes Superiores de Justiça. Gostemos ou não estas são as regras. Hoje, aliás, a extrema direita se compraz em denunciar tudo isso apelando diretamente às massas, em busca de uma representação primordial direta, dita DEMOCRACIA DIGITAL, mas o faz com uma intervenção arbitrária nas Redes, no fundo, comandada, como explica o livro ENGENHEIROS DO CAOS, por pequenos grupos de interesse. Modelo muito mais autoritário e menos recomendável do que os sistemas parlamentares existentes. Claro que há sempre espaços na gerência governamental para celebridades ou especialistas, mas essa não é a regra. É exceção, sempre dependente das condições políticas subjacentes. Maior preocupação deveríamos ter, nestes dias, com a tramitação de novas regras eleitorais no Congresso. Na sombra da delação premiada do Ajudante de Ordens de Bolsonaro, urdem os parlamentares um retrocesso inominável na questão eleitoral. Além de anistiar os Partidos por malfeitos em eleições passadas, quando semearam laranjais de falsos candidatos com o mero intuito de trapacear a cota de candidatos, o novo regramento aponta para a eternização dos atuais ocupantes de mandatos numa estranha e pouco recomendável aliança da esquerda, direita e Centrão. Aqui, portanto, o registro tanto pela saída de Ana Moser, mas, principalmente de um cenário que vai congelando o perverso perfil identitário das funções públicas no Brasil: Homens brancos heterossexuais. 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 12 de setembro 23

“Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar os outros. Seu nome, como tudo o que depende não de poucos mas da maioria, é democracia”Péricles, Oração fúnebre, in Tucidides: A Guerra do Peloponeso, Livro II, 37. ”

 Longo, mas não deixem de assistir e divulgar 

                                                 *

Vi, semana passado, um breve mas acurado documentário sobre a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2022, ante-sala do que veríamos em Brasília um ano depois. Muito esclarecedor, sobretudo ao assinalar que vários dos líderes do movimento, os Proud Boys, de extrema direita, estão sendo condenados a severas penas. Coincidindo com isto, li também, o livro OS ENGENHEIROS DO CAOS, de autoria de dois italianos, que recomendo. Ali os autores descrevem com riqueza de detalhes a manipulação digital dos ressentimentos sociais contemporâneos por seleto grupos de extrema direita. Com isso cai por terra o mito da democracia digital, apregoado no início da INTERNET como um avanço no processo de consulta popular para o aperfeiçoamento da democracia.

A democracia virtual é mais comumente compreendida em sua interface relativa à interação entre sistema político e cidadãos, seja por meio da participação direta, seja pelo estímulo à realização de debates entre o governo e a população através da internet. 

Ver Democracia Digital – Experiências - Daniel Pitangueira de Avelino João Cláudio Pompeu Igor Ferraz da Fonseca - https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10440/1/td_2624.pdf 

e Democracia Digital mudou a forma política ESP - https://www.estadao.com.br/politica/jornadas-junho-2013-10-anos-era-digital-mudou-a-forma-de-participacao-politica-flavia-pellegrino/ 

Por trás da "espontaneidade" das massas, seja no episódio do Capitólio, como também no Brasil no 8 de janeiro deste ano, revelam-se farsas. Enraivecidas pelo ressentimento contra as mazelas de uma modernidade cínica, autoritária e excludente o que percebemos é que Senhores desta própria modernidade manipulam estas massas a seu favor , contra o pensamento, movimentos sociais e respectivos Partidos verdadeiramente críticos do stablishment e até instituições republicanas. A proclamada democracia digital instaurada pelas Redes Sociais na Internet, pela qual todo mundo se manifesta, sem os rigores da civilidade, vai, paulatinamente, se revelando como uma perigosa armadilha à democracia. Na verdade, como assinala o Sociólogo português Boaventura de Souza Santos, como isso, a democracia como sistema político vai perdendo a luta contra a própria dominação capitalista.


 Editorial Cultural FM Torres RS 11 de setembro 23

“Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar os outros. Seu nome, como tudo o que depende não de poucos mas da maioria, é democracia”Péricles, Oração fúnebre, in Tucidides: A Guerra do Peloponeso, Livro II, 37. ”

 Longo, mas não deixem de assistir e divulgar 

                                                 *

Vi, semana passado, um breve mas acurado documentário sobre a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2022, ante-sala do que veríamos em Brasília um ano depois. Muito esclarecedor, sobretudo ao assinalar que vários dos líderes do movimento, os Proud Boys, de extrema direita, estão sendo condenados a severas penas. Coincidindo com isto, li também, o livro OS ENGENHEIROS DO CAOS, de autoria de dois italianos, que recomendo. Ali os autores descrevem com riqueza de detalhes a manipulação digital dos ressentimentos sociais contemporâneos por seleto grupos de extrema direita. Com isso cai por terra o mito da democracia digital, apregoado no início da INTERNET como um avanço no processo de consulta popular para o aperfeiçoamento da democracia.

A democracia virtual é mais comumente compreendida em sua interface relativa à interação entre sistema político e cidadãos, seja por meio da participação direta, seja pelo estímulo à realização de debates entre o governo e a população através da internet. 

Ver Democracia Digital – Experiências - Daniel Pitangueira de Avelino João Cláudio Pompeu Igor Ferraz da Fonseca - https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10440/1/td_2624.pdf 

e Democracia Digital mudou a forma política ESP - https://www.estadao.com.br/politica/jornadas-junho-2013-10-anos-era-digital-mudou-a-forma-de-participacao-politica-flavia-pellegrino/ 

Por trás da "espontaneidade" das massas, seja no episódio do Capitólio, como também no Brasil no 8 de janeiro deste ano, revelam-se farsas. Enraivecidas pelo ressentimento contra as mazelas de uma modernidade cínica, autoritária e excludente o que percebemos é que Senhores desta própria modernidade manipulam estas massas a seu favor , contra o pensamento, movimentos sociais e respectivos Partidos verdadeiramente críticos do stablishment e até instituições republicanas. A proclamada democracia digital instaurada pelas Redes Sociais na Internet, pela qual todo mundo se manifesta, sem os rigores da civilidade, vai, paulatinamente, se revelando como uma perigosa armadilha à democracia. Na verdade, como assinala o Sociólogo português Boaventura de Souza Santos, como isso, a democracia como sistema político vai perdendo a luta contra a própria dominação capitalista.


 Editorial Cultural FM Torres RS 11 de setembro 23

O Assunto g1 dia Mulheres no degrau debaixo do funcionalismo

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/09/11/o-assunto-1042-mulheres-no-degrau-debaixo-do-funcionalismo.ghtml   

As mulheres são 51% da população brasileira e também são maioria entre os servidores públicos civis (61%), segundo dados da República.org, mas a proporção se inverte nos cargos de poder – neles, os homens ocupam 61% das posições. O cenário de desigualdade está disseminado pelo serviço público. Das 213 unidades diplomáticas do Brasil pelo mundo, as mulheres ocupam cargos de chefia em apenas 34, de acordo com o Itamaraty. Para entender por que a disparidade ainda persiste e discutir possíveis soluções, Natuza Nery recebe Irene Vida Gala, subchefe do escritório de representação do Itamaraty em São Paulo e presidente da Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras, e Gabriela Lotta, doutora em ciência política, professora da FGV, vice-presidente do conselho da República.org, uma organização que atua na valorização do serviço público. Neste episódio:

Irene diz que a carreira diplomática tem histórico de ser mais masculina e que, aqui no Brasil, isso tem mudado a passos lentos. Por isso, ela e outras diplomatas decidiram criar uma associação para aumentar a representatividade

Para Irene, o Brasil precisa incluir no serviço diplomático mais mulheres, negros, indígenas e todos os grupos não privilegiados, para que a política externa brasileira atenda aos anseios desta população, e não apenas aos anseios de uma elite branca e masculina

Gabriela fala sobre os fatores que explicam a desigualdade vertical nas carreiras de estado. Segundo ela, a discriminação de gênero faz com que as nomeações para cargos comissionados continuem privilegiando homens: "A rede do poder é muito masculina. Homens indicam homens, e isso vai descendo escada abaixo dentro setor público". A mulheres que são mães também são mais penalizadas e preteridas nas indicações

A cientista política também explica por que a desigualdade salarial entre homens e mulheres no serviço público é ainda maior do que no setor privado. "As mulheres estão majoritariamente nas profissões do cuidado, que são as profissões que pagam menos durante toda a carreira."

O que você precisa saber:

O Assunto #915: O déficit de mulheres na política

Brasil avança devagar na redução da desigualdade de gênero

No Brasil, 84,5% das pessoas têm pelo menos um tipo de preconceito contra mulheres, diz ONU

Mesmo salário para homens e mulheres? Por que leis para corrigir desigualdade não 'vingaram' no Brasil

Judiciário ainda é 'impermeável' à igualdade de gênero, diz Cármen Lúcia

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.


 Editorial Cultural FM Torres RS 08 de setembro 23

Luiz Carlos Azedo - O mito da Independência como ato heroico de D. Pedro I gilvan melo- blogspot - Luiz Carlos Azedo

Lula participa de desfile do 7 de Setembro com Zé Gotinha e pose com chefes das Forças Armadas. = Presidente chegou em carro aberto com a primeira-dama, Janja; governo busca mensagem de união e fim do ódio. Desfile teve temas como paz, vacinação, ciência e defesa da Amazônia.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/09/07/lula-participa-de-desfile-do-7-de-setembro-em-brasilia.ghtml  

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 Lula é de esquerda ou a esquerda é Lula?

O desfile, ontem, em Brasília, do 7 de setembro, que confirmou a união cívica dos poderes da República, aos quais se perfilaram as Forças Armadas através de seus Comandantes e do Ministro da Defesa, culminando no cruzamento de mãos ao final da cerimônia é um alívio nacional. O protagonismo do Zé Gotinha deu o ar da graça ao acontecimento, expressando, ainda, a bênção da Ciência sobre os novos rumos do país. Retornamos à legalidade e ao pleno respeito às suas instituições. Uma espécie de cachimbo da paz que reabre uma nova etapa na vida pública do país. Isso consagra o sepultamento do indiscreto Poder Moderador introduzido no Império na figura do próprio Imperador, ao qual se substituíram as Forças Armadas desde a Proclamação da República até a promulgação da Constituição de 1988 e perigosamente ressuscitado com ambições golpistas pelo governo anterior. Não passaram. Não passarão! Dentro de poucas semanas cerca de um milhar de descrentes da democracia que atentaram contra a Lei em janeiro passado estarão todos condenados. Ao mesmo tempo, justo nesta semana, o Presidente da República ampliou o espectro ideológico de sua frente de governo com a indicação de dois Ministros de Partidos até então avessos à composição mas que, doravante, lhe garantirão valiosos votos para adequada governabilidade. Consuma-se, enfim, a transição do risco regressista para um futuro de renovadas esperanças para todos os brasileiros. Comprova-se a máxima de que, em certos momentos críticos, há que ser intolerante com os intolerantes se quisermos preservar a liberdade.

Já, então, começam as especulações sobre o caráter desta transição que estamos vivendo e sobre a própria ideologia do Presidente Lula.

Bem, sobre o primeiro ponto – o caráter da transição – ele já esteve definido com Frente Democrática desde a composição da Chapa de Lula, ao indicar como Vice Presidente, um político de perfil claramente conservador, embora submetido à filiação ao Partido Socialista, o qual, no Brasil, sempre teve uma posição moderadamente de esquerda. Lembremo-nos que na sua refundação no pós Guerra um grupo significativo de chamados “udenóides”, avançados progressistas mas com reservas à ortodoxia marxista, a ele aderiram. O segundo turno das eleições, em novembro, ampliou o caráter da Frente ao incorporar à campanha expressivos nomes como Simone Tebet, MDB, terceira colocada no pleito, Marina Silva, REDE e vários nomes ligados ao PSDB e FHC. Iniciado o Governo, este caráter de Frente Democrática consolidou-se diante da ameaça golpista do 8 de janeiro, unindo indissoluvelmente Lula, como Chefe do Poder Executivo aos Chefes do Judiciário e Legislativo, com o endosso das Forças Armadas. Seus grandes projetos, apresentados ao Congresso Nacional, mesmo antes da posse, como a Emenda Constitucional que lhe garantiu os primeiros passos no ano de 2023, fortemente comprometido pelo rombo de R$ 400 bilhões legado pelo Governo anterior, como o Arcabouço Fiscal e Reforma Tributária reafirmaram-se, no Congresso Nacional, comi imperativos de Governo, independentemente de ideologia. Talvez, agora, haja algum tropeço quanto á Reforma Administrativa mas Fernando Haddad já demarcou os limites do debate pouco palatável ao PT: começar pelos altos salários do Judiciário e Legislativo. Acabará trazendo á tona os privilégios criados por Bolsonaro aos militares, um dos principais contributos do déficit previdenciário em expansão...

Resta indagar, pois, sobre Lula.

Um conhecido jornalista inclinado à esquerda assim colocou tais questões:

247 - Nassif: governo Lula não é de esquerda. Para o jornalista, Lula “é um reformador, um pacificador”- 1 de setembro de 2023. 

 Em artigo publicado nesta sexta-feira (1) no GGN, o jornalista Luís Nassif corrobora a afirmação do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), de que o governo Lula (PT) “não é um governo de esquerda”. Nassif classifica o presidente como “um reformador, um pacificador, com certeza”.

“Lula não é de esquerda, se se entender como liderança política preocupada com mudanças estruturais na vida nacional. Não é um estadista na acepção do termo – o político que muda, que molda o Estado para os novos tempos”, explica, lembrando que o presidente "nem no auge de sua popularidade ousou investir contra os pilares do conservadorismo nacional, mídia, mercado, Justiça e Forças Armadas". Leia a íntegra no GGN.

Com efeito, Lula não vem de quaisquer dos ninhos da esquerda clássica. Nunca foi de qualquer dos Partidos Comunistas, nunca se afirmou socialista e, como sindicalista, esteve muito longe das origens anarquistas que animaram, desde os primórdios, os movimentos sociais modernos. Nem falo em trotskismo, pérola teórica no seio das esquerdas cultivada em estufas acadêmicas de bom gosto. Mesmo quando Brizola retornou ao Brasil, em 1980, propondo a reconstituição do trabalhismo como um caminho brasileiro para um socialismo moreno, Lula declinou do convite. Preferiu um “Partido dos Trabalhadores”, até com certa presunção repetida exaustivamente no bordão: “Nunca antes neste país”... Tampouco foi discípulo devoto das comunidades de base da Igreja Católica, que tanto avançaram, no Brasil no último quartel do século passado, até o papado de Bento XVI. Não obstante, vindo à tona na crista das greves do ABC no ano 1978, deve ter sido influenciado por todas estas tendências, que se abrigaram à sua liderança na formação do PT, sobrepondo-se a elas por um notável instinto político. Esta foi uma vantagem não só para Lula, para o PT ou mesmo para o Brasil pois permitiu avançar um projeto político popular contra a maré vazante da crise do socialismo agudizada pelo fim da União Soviética em 1991. Lula não teve, como muitos partidos de esquerda no mundo ocidental, como por exemplo, o próprio Roberto Freire, líder do PCB, candidato â Presidente em 1989 por esta agremiação, ou o Partido Comunista Italiano. Navegou em águas de boa mina surfando, com êxito, o clima de assenso popular oriundo da luta contra a ditadura militar num contexto, anterior aos efeitos nocivos da globalização. Com isso, transformou o Brasil na última esperança de sobrevivência de ideais de justiça social, tal como vários líderes políticos e teóricos marxistas o disseram, como Barak Obama e Eric Hosbawn. 

Isso significa que Lula é de esquerda?

Ora, esse é uma discussão, hoje, meio sem sentido. Nem há consenso sobre o que significa SER DE ESQUERDA, nem produz resultados políticos, como, por exemplo, apontar um caminho ao qual um certo consenso se converta em ACONTECIMENTO histórico – Kant. A esquerda, mesmo se nos ativermos ao marxismo, já era vária, segundo um de seus grandes estudiosos, Isaac Deutscher, em meados do século XX. De lá pra cá, houve novas redivisões. A esquerda católica sofreu também um grande baque com João Paulo II e Bento XVI, mesmo ainda presente em movimentos como o MST. Perdeu seu dinamismo com o avanço dos evangélicos. O proselitismo revolucionário, na verdade, como opção da esquerda, está fora da Agenda, cedendo, até, com isso, espaço para que seus métodos e bandeiras acabem nas mãos da extrema direita. Leia-se, a propósito, o livro ENGENHEIROS DO CAOS. O importante, na atual conjuntura que vivemos nem é tanto saber se este ou aquele governo são de esquerda, mas se ele consegue ou não impedir retrocessos históricos que coloquem em risco a humanidade. Neste sentido a discussão não é tanto de se saber se Lula é de esquerda mas de se avaliar se ele se comporta no sentido da salvação e progresso sustentável desta humanidade – e o faz quando luta pela pacificação interna no Brasil e pela Paz no mundo -. O resto, diria Shakespeare, é silêncio, cortado, aqui e acolá por puristas sem qualquer senso da Política como processo e compromisso histórico, pois não compreendem que mesmo Lula não sendo de esquerda, a esquerda é ele...


 A INDEPENDENCIA COMO PROCESSO 

Paulo Timm – Publ. A FOLHA, Torres RS – 8 setembro 2023

O 7 de setembro sempre traz à tona, no Brasil, a reflexão sobre nossa Independência de Portugal, em 1822. No Império (1822-89), a data se resumia à exaltação da figura do Imperador, sem destacar, jamais, o papel da Princesa Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, quem, na verdade, tomou a decisão de proclamar o Brasil independente de Portugal.. Com a proclamação da República, o 7 de setembro passou a exaltar simbolicamente a Pátria, celebrada, sobretudo, pelos desfiles das Forças Armadas, ainda que acompanhadas, depois da Revolução de 30, por desfiles estudantis. Era o reflexo do trânsito do antigo Poder Moderador do Imperador para uma nova fase de tutela das Forças Armadas na nossa vida pública. O bacharelismo dos punhos de renda dos filhos da aristocracia escravocrata começava a ceder lugar, mesmo sob o retrocesso oligárquico do “Café com Leite” entre a saída de Floriano Peixoto e a Revolução de 1930, aos arquitetos da modernidade industrial, cujo grande símbolo, aliás, foi a “Marcha para o Oeste”, na qual a construção de Brasília ocupa lugar destacado. No começo deste longo período, República Velha, vez que a ela sucede-se a Era Varguista que se prolonga sob várias roupagens até 1979, emergem quadros e dicções que nem sempre correspondem ao que realmente ocorreu na Independência. Foi o resultado do positivismo mais afeito à valorização dos fatos do que aos processos: “Ordem e Progresso”. Contemporaneamente se percebe que nossa independência, na verdade, se constituiu num longo processo, inacabado, travado em vários lugares do Brasil, com o concurso de várias inspirações, primeiro da Revolução Americana, 1776, depois de Francesa, em 1789, e , finalmente, da Revolução Haitiana, na virada daquele Século das Revoluções, e se prolonga até hoje sob a influência dos imperativos da Doutrina dos Direitos Humanos e do princípio da Sustentabilidade do Desenvolvimento. Até os anos 50, aliás, a própria história da Independência foi contada do ponto vista do Rio de Janeiro e São Paulo, como costuma assinalar o historiador Evaldo Cabral de Mello, autor do livro "A Outra Independência", que trata das movimentações políticas entre a Revolução Pernambucana, em 1817, e a Confederação do Equador, em 1824. Poderia, a propósito, ter levado sua reflexão até 1848, última das convulsões do período, atravessado também pela Revolução Farroupilha de 1835 a 1845 no Rio Grande do Sul. Temos, também, que incorporar à análise da Independência as lutas travadas no Norte e Nordeste, dentre elas a resistência na Bahia, que só consagraria a Independência em 1823, bem como todas as iniciativas populares que tentaram melhor articular os interesses da Pátria com a Nação. A redemocratização consagrada pela Constituição de 1988, que inaugura a substituição do Poder Moderador do Imperador ou das Forças Armadas, para o império da Lei, o exige. Ressalta-se que nunca tivemos, no Brasil, uma celebração popular da Independência, como as têm alguns países latino-americanos, como , por exemplo o Chile, quando o país se cobre de “ramadas”, com danças, comidas típicas e muita euforia popular. Precisamos chegar lá...Para alguns analistas, este distanciamento popular do 7 de setembro teria sido uma consequência de ausência de uma verdadeira luta pela conquista da Independência, proclamada pelo filho do Rei de Portugal, sob a advertência de que o fizesse antes que algum outro aventureiro, o qual viria, ainda, depois de sair do Brasil, em 1831, a ser Rei Dom Pedro IV , em Portugal. “Sospechoso!” De resto, o sufocamento da Constituinte por D. Pedro I, logo após sua instauração, com o exílio das personalidades mais exaltadas do liberalismo, do qual não escapou sequer o Patriarca José Bonifácio, no período, quando não sua prisão, com “mano dura” sobre movimentos que teriam levado a Independência mais além da mera conquista da autonomia política, talvez também tenha contribuído para esse distanciamento popular. Não obstante, a data deve ser reverenciada como um marco da fundação do Brasil como Estado Nacional, embora seu encontro com seu principal conteúdo, a Nação, composta por todos aqueles que a constroem diuturnamente, ainda se constitua num desafio. Trata-se, hoje, de lutar pela afirmação da soberania deste Estado Nacional no concerto internacional segundo seus próprios interesses que contribuem para criar os pilares econômicos desta afirmação, ao tempo em que, internamente, se aprofunde a construção da cidadania como acesso à informação, organização, representação e participação de todos â confecção de nosso destino. Compreender, enfim, que a Independência nem a fez apenas o Dom Pedro às margens idílicas do Ipiranga, nem só os sulistas, nem os militares ou bacharéis, num único dia ou mesmo período, mas que se realiza historicamente, em processo, nas obras de um “um povo em fazimento”, como costumava dizer Darcy Ribeiro.


 

 Editorial Cultural FM Torres RS 06 de setembro 23

A INDEPENDENCIA COMO PROCESSO

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BRASIL II CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA 2022

H. Starling. Tiradentes - CANAL LIVRE TV BAND - ASSISTA AQUI YOUTUBE

Lilian Schwarcz – Canal Livre - Vídeo- Lilian Schwarcz É a convidada-do-Canal Livre   

José Murillo de Carvalho – Canal Livre - Um dos mais importantes estudiosos da história do Brasil e integrante da Academia Brasileira de Letras, o historiador José Murilo de Carvalho é o convidado do Canal Livre do próximo domingo. O programa faz parte do projeto "Band nos 200 anos da independência''. Autor de verdadeiros - https://www.youtube.com/watch?v=7gZT41HB4Ck 

RED -Debate Plural – II Centenário da Independência: ACESSE AQUI YouTube E ASSISTA – Dia 1º/ 09/22 - No terceiro episódio da série sobre o Bicentenário da Independência vamos abordar a formação da identidade do Brasil. Receberemos o Doutor em Filosofia pela Universidade Paris, Agemir Bavaresco; o formado filosofia e economia com mestrado em filosofia, Fabian Scholze Domingues; e o formado em história e é doutorando em História na UFRGS, Erick Kayser.

O DIA DA INDEPENDÊNCIA

Luiza Ribeiro Moraes - Brasil de Fato | Porto Alegre | 01 de Setembro de 2022 às 18:02

FONTE:brasildefators.com.br/2022/09/01/artigo-o-dia-da-in-dependencia-do-brasil 

Comemoração excludente - Por PATRÍCIA VALIM* - 04/09/2022 = A sudestinização do bicentenário do 7 de setembro de 1822 – a produção social de um vexame LEIA AQUI 

 

O Assunto g1 dia 6 de setembro A Independência para além da Corte

'Até os anos 50, a história da Independência foi contada do ponto vista do Rio de Janeiro', afirma o historiador Evaldo Cabral de Mello, autor do livro A Outra Independência. Neste episódio, ele detalha os processos históricos que levaram à emancipação do país e explica por que ela se deu a partir 'dois golpes de Estado' liderados por D. Pedro I.

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2022/09/06/o-assunto-788-a-independencia-para-alem-da-corte.ghtml 

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O7 de setembro sempre traz à tona, no Brasil, a reflexão sobre nossa Independência de Portugal em 1822. No período do Império, a data se resumia à exaltação da figura do Imperador, sem destacar, jamais, o papel da Princesa Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, quem, na verdade, tomou a decisão de proclamar o Brasil independente de Portugal. Com a proclamação da República, ela passou a exaltar simbolicamente a Pátria celebrada, sobretudo, pelos desfiles das Forças Armadas, ainda que acompanhadas, depois da Revolução de 30, por desfiles estudantis. Neste período disseminam-se quadros e dicções libertárias que nem sempre correspondem ao que realmente ocorreu na Independência. Ela se constituiu num longo processo, travado em vários lugares do Brasil, com o concurso de várias inspirações, primeiro da Revolução Americana, 1776, depois de Francesa, em 1789, e, finalmente da Revolução Haitiana, na virada daquele Século das Revoluções. Até os anos 50, aliás, a própria história da Independência foi contada do ponto vista do Rio de Janeiro, como costuma assinalar o historiador Evaldo Cabral de Mello, autor do livro "A Outra Independência", que trata das movimentações políticas entre a Revolução Pernambucana, em 1817, e a Confederação do Equador, em 1824. Poderia, a propósito, ter levado sua reflexão até 1848, última das convulsões do período, atravessado também pela Revolução Farroupilha de 1835 a 45 no Rio Grande do Sul. Temos, também, que incorporar à análise da Independência as lutas travadas no Norte e Nordeste, dentre elas a resistência na Bahia, que só consagraria a Independência em 1823. Mas nunca tivemos, no Brasil, uma celebração popular da Independência, como as têm alguns países latino-americanos, como, por exemplo o Chile, quando o país se cobre de ramadas com danças e comidas típicas. Para alguns analistas este distanciamento popular do 7 de setembro teria sido uma consequência de uma verdadeira luta pela conquista da Independência, proclamada pelo filho do Rei de Portugal, sob a advertência de que o fizesse antes que algum aventureiro, o qual viria, ainda, depois de sair do Brasil, em 1831, a ser Rei Dom Pedro IV, em Portugal. De resto, o sufocamento da Constituinte, logo após sua instauração, com o exílio das personalidades mais exaltadas do liberalismo, do qual não escapou sequer o Patriarca José Bonifácio, no período, quando não sua prisão, com mano dura sobre movimentos que levariam a Independência mais além da mera conquista da autonomia política, talvez também tenha contribuído para esse distanciamento popular. Não obstante, a data deve ser reverenciada como um marco da fundação do Brasil como Estado Nacional, embora seu encontro com seu principal conteúdo, a Nação, composta por todos aqueles que a constroem diuturnamente, ainda se constitua num desafio. Trata-se, hoje, de lutar pela afirmação da soberania deste Estado Nacional no concerto internacional segundo seus próprios interesses que contribuem para criar os pilares econômicos desta afirmação, ao tempo em que, internamente, se aprofunde a construção da cidadania como acesso à informação, organização, representação e participação de todos â confecção de nosso destino. Compreender, enfim, que a Independência nem a fez apenas o Dom Pedro às margens idílicas do Ipiranga, nem só os sulistas, nem os militares ou bacharéis, num único dia ou mesmo período, mas que se realiza historicamente em processo nas obras de um “um povo em fazimento”, como costumava dizer Darcy Ribeiro. 

VIVA A INDEPENDÊNCIA! VIVA O POVO BRASILEIRO! 

ANEXO -Democracia, Soberania e União: os três pontos do pronunciamento de Lula na Independência

https://www.brasil247.com/poder/democracia-soberania-e-uniao-os-tres-pontos-do-pronunciamento-de-lula-na-independencia?utm_source=mailerlite&utm_medium=email&utm_campaign=as_principais_noticias_desta_manha_no_brasil_247&utm_term=2023-09-06 

247 – Em um contexto de reconstrução nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara-se para um pronunciamento histórico na noite de hoje, véspera do Dia da Independência. Com a intenção de resgatar a celebração como um evento que une toda a sociedade, o presidente Lula destaca três pontos fundamentais em seu discurso: Democracia, Soberania e 

Em seu pronunciamento, o presidente Lula enfatizará a importância da democracia como um valor fundamental para a nação brasileira. Ele destacará que a democracia não é apenas um sistema político, mas um compromisso com a participação cidadã, a liberdade de expressão e o respeito às instituições democráticas. O presidente buscará reforçar a ideia de que todos os cidadãos têm o direito de expressar suas opiniões e escolher seus representantes por meio de eleições livres e justas. 

Outro ponto central do discurso do presidente Lula será a soberania nacional. Ele argumentará que o Brasil deve defender seus interesses de forma independente e autônoma no cenário global. Isso inclui a preservação de recursos naturais, a promoção do desenvolvimento sustentável e a busca por parcerias internacionais baseadas em benefícios mútuos. O presidente enfatizará a necessidade de um Brasil soberano que tome decisões que atendam aos interesses do povo brasileiro e não esteja sujeito a pressões externas.

A busca pela união da sociedade é também um dos principais objetivos do governo Lula no resgate das comemorações do 7 de setembro. O presidente argumentará que o Dia da Independência não deve ser monopolizado por nenhum grupo ou ideologia, mas sim celebrado por todos os brasileiros, independentemente de suas convicções políticas. Ele destacará a importância de superar a polarização que tem dividido o país e unir esforços para enfrentar os desafios comuns, como a desigualdade e o desemprego. O lema "Democracia, Soberania e União" reflete esse compromisso em construir uma nação mais coesa e solidária.

Ao resgatar o 7 de setembro como uma celebração de todos, o presidente Lula espera promover um sentimento de pertencimento nacional, onde os símbolos nacionais, como as cores verde e amarela, representem a unidade e a diversidade do povo brasileiro. Este pronunciamento é uma tentativa de redefinir o significado do Dia da Independência, que foi marcado, nos últimos anos, pelo golpismo bolsonarista.


Editorial Cultural FM Torres RS 0~5 de setembro 23

Lula se prepara para assumir o G20

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Jeffrey Sachs* - A guerra econômica entre EUA e China

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../jeffrey-sachs-guerra...

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O próximo dia 7 de setembro, depois da parada militar clássica em Brasília, vista por muitos como uma evidência da tutela militar sobre a vida pública do país desde a Proclamação da República, Lula viajará para a Índia. Lá, deverá assumir a Presidência rotativa do G20 , um grupo que reúne as principais economias do mundo, quando terá o poder de elaborar a pauta das reuniões do Grupo. Especialistas apontam que ELIMINAÇÃO DA MISÉRIA NO MUNDO e SUSTENTABILIDADE serão as prioridades de Lula. Mas os Estados Unidos vão insistir na condenação à Rússia. Mas encontrará, em Délhi, uma reunião esvaziada pela ausência do Presidente da China. Este país concorre com a Índia na liderança pela Ásia e, apesar de ambos participarem do BRICS, ora ampliado para 11 países, têm visões estratégicas diferentes. Têm também conflito de fronteira no Himalaia. Recentemente a Índia protestou pela divulgação de um mapa chinês atribuindo a China esta disputada área. De resto, a Índia é um país de formação profundamente religiosa, a qual transmitiu ao Ocidente, contrariamente à China, confucionista e pragmática. A Índia é ainda relativamente conservadora, governada nos últimos anos à direita e que tem se inclinado à juntar esforços de inteligência com USA, EU, Japão e Austrália para garantir a “segurança” da região, no que poderá resultar, não muito longe, numa OTAN ASIATICA. Isso contraria a China que, em razão disso, não enviará seu Presidente à reunião do G20. Os dois países concorrem, também, agora, na corrida espacial. De resto, o nível de relacionamento entre China e USA tem sido objeto de crescentes tensões, as quais deverão se restringir a foro bilateral cuidadosamente programado e não a foros multilaterais. A coisa vai de mal a pior, sobretudo depois do anúncio de que a China avançou sobre a tecnologia de microprocessadores. Outra ausência será a de Putin, que tenta evitar com isso, a obrigação de ter que se opor a eventual nota final do evento que condene a invasão da UCRANIA, um dos pontos principais da agenda internacional dos americanos. O G20, com isso tudo, sai enfraquecido e não promete grande coisa com a reunião de Délhi. 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 04 de setembro 23

EDUCAÇÃO NO BRASIL

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FSP – Mais escolarizados têm queda maior de renda na década. Segundo o IBGE quem estudou mais perdeu em média 16,7% dos rendimentos e caiu na informalidade. (Capa da Folha de São Paulo em 4 setembro 23)

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A educação pública, gratuita e universal é um dos maiores legados da modernidade e foi introduzida no mundo inteiro depois da Revolução Francesa. No Brasil ela mourejou até a Revolução de 30, quando Vargas cria, então, o Ministério da Educação. Na Proclamação da República, 85% dos brasileiros eram analfabetos. Apenas os filhos da elite tinham acesso à educação em estabelecimentos geralmente religiosos. O primeiro responsável e defensor da educação pública na Proclamação foi Benjamin Constant, severo positivista, grande defensor da República junto aos quartéis no final do século XIX. Ele acreditava na importância da educação para o progresso do país e conseguiu, mudar o currículo para matérias voltadas à modernização do país e que acabaram sendo introduzidas no COLÉGIO PEDRO II, federal, no Rio de Janeiro. Começávamos a romper com o bacharelismo e beletrismo que animava o que Celso Furtado, quando Ministro da Cultura identificava como tendência ao “bovarismo” no Brasil. Durou pouco Benjamin Constant, caiu com Deodoro da Fonseca. Mas na década de 30 já havia um movimento pela renovação do ensino no Brasil, que acabou consagrado num famoso manifesto liderado por Anísio Teixeira e que desembocou no denominado escolanovismo, uma inspiração oriunda dos ensinamentos de J. Dewey nos Estados Unidos. A mudança de regime impulsionou, então, a educação pública no país e reuniu no novo Ministério, sobretudo na gestão Gustavo Capanema, um histórico núcleo progressista, dentre eles até o poeta Carlos Drummond de Andrade. Ainda assim, ali criou-se o que seria uma característica do sistema brasileiro: A transferência da responsabilidade pela educação básica a Estados e Municípios, sem uma carreira federal de suporte ao magistério, embora amparados estes escalões inferiores da federação com programa de Apoio ao Ensino Básico. Lamentavelmente, quando mais necessitava a educação no Brasil um novo impulso, caímos no desastre do Governo passado, o qual deixou na Educação e Saúde seus mais desastrosos efeitos. Algumas conquistas, entretanto, sobreviveram, dentre elas a instituição do ENEM como instrumento de acesso ao terceiro ciclo. Mas um dos grandes problemas é a evasão escolar dos adolescentes, maioria filhos de classes mais pobres. Eles engrossam os milhões de NEM NENS que acabam sem escola e sem emprego. Ninguém vela sobre eles. As Prefeituras nem sabem quantos eles são e onde estão. Mas mesmo os que alcançam escolaridade mais alta estão cada vez mais precarizados e ganhando cada vez manos. Isso é o que aponta, hoje, a capa de um dos grandes jornais do Brasil, coincidindo com matéria também divulgada no fim da semana da REVISTA PIAUÍ mostrando o abandono do EJA.

Anexo

EDUCAÇÃO NO BRASIL

Desmantelando o Brasil de Paulo Freire - Em crise, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem o menor número de matrículas desde 2007. Em dez anos, 28 mil turmas foram fechadas. Entenda na reportagem. AMANDA GORZIZA = https://piaui.folha.uol.com.br/desmantelando-o-brasil-de-paulo-freire/?utm_campaign=a_semana_na_piaui_177&utm_medium=email&utm_source=RD+Station 

DESMANTELAMENTO ESCOLAR – CENSO ESCOLAR 2022

MATRÍCULAS EJA –

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2007 – 5,0 milhões

2018 3,5

2022 2,7

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Em dezembro de 2022, Ana Paula de Lima estava finalizando os últimos trabalhos da escola, já pensando nas festas de fim de ano, quando foi surpreendida por uma notícia: seu colégio extinguiria, no ano seguinte, todas as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) – modalidade de ensino voltada para pessoas que não puderam estudar na idade adequada. É o caso de Lima, gaúcha de 38 anos que, na adolescência, largou os estudos para trabalhar. Foi merendeira, faxineira, comerciante. Nunca mais tinha pisado numa sala de aula, até que, no ano passado, constatou que precisaria do diploma de ensino médio para prestar um concurso público. Resolveu então se matricular numa escola estadual da cidade onde mora, São Gabriel (RS), e vinha estudando com afinco. Até receber a notícia.

“Hoje em dia, todos os empregos pedem ensino médio completo”, lamenta Lima, que está desempregada, procurando trabalho há quatro meses. Com a extinção das turmas de EJA, o plano de conseguir um diploma foi adiado indefinidamente. Ela tinha acabado de concluir o equivalente ao 1º ano do ensino médio. Como o ensino de jovens e adultos é acelerado em relação ao ensino básico, Lima só precisaria estudar por mais um ano para se formar.

Em São Gabriel, onde vivem 58 mil pessoas, agora há somente uma escola pública com turmas de EJA, mas ela fica no Centro, distante do bairro onde Lima mora. Como as aulas terminam às onze da noite, horário em que não há mais ônibus circulando, a estudante teria de voltar a pé para casa todos os dias. É um trajeto de 50 minutos. “Não tem como andar sozinha a pé nesse horário, ainda mais sendo mulher. Por isso não quis ir para a outra escola, fiquei com medo”, ela justifica. “E não sou só eu. Uns quantos colegas também desistiram. ” 

A Educação de Jovens e Adultos lida, historicamente, com altos índices de evasão. Grande parte dos alunos trabalha durante o dia e, por isso, não consegue conciliar a rotina com os estudos. É comum que, pela dificuldade de aprender ou por não ver propósito em estudar, muitos desanimem no meio do caminho. Por isso, as turmas de EJA costumam encolher ao longo do ano letivo. As barreiras são muitas. Mas mesmo aqueles que conseguem superar tudo isso, como Lima, têm sido surpreendidos com problemas estruturais da educação no Brasil.

O número de matrículas da Educação de Jovens e Adultos é, hoje, o menor desde 2007. Naquele ano, havia 5 milhões de brasileiros matriculados nessa modalidade. Em 2018, o número já tinha caído para 3,5 milhões e, no ano passado, eram 2,7 milhões. A queda se deve, em boa medida, ao fechamento de vagas, como aconteceu na cidade de São Gabriel. Nos últimos dez anos, 28 mil turmas de EJA foram fechadas e 7,8 mil colégios deixaram de oferecer ensino para jovens e adultos. Em 921 municípios (16% do total), não há turmas de EJA.

A pandemia influenciou na diminuição de matrículas. A evasão no ensino público aumentou de modo geral nos anos de isolamento, e não foi diferente com a EJA. Mas, no caso dos jovens e adultos, o que está por trás desse fenômeno é também um esvaziamento de políticas públicas e, principalmente, cortes orçamentários. Um dossiê elaborado por entidades civis, entre elas a Instituição Paulo Freire, mostra que o investimento do governo federal na modalidade EJA, no ano passado, equivale a 3% do que foi investido…


 

 Editorial Cultural FM Torres RS 31 de agosto 23

A apatia dos movimentos sociais

19 de abr. de 2023 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (19 que os movimentos sociais devem aprender a se comunicar nas redes ...

O lulismo, os movimentos sociais no Brasil e o lugar social da política* Maria Orlanda Pinassi* - Resumo: Arrisco comentários sobre a maioridade burguesa da política brasileira, algo reconhecido pelos mais exigentes mentores das políticas neoliberais, não só pela eficiência com que o lulismo faz a mediação entre os interesses do grande capital e os produtos incontornáveis do padrão de acumulação ora imposto: desemprego estrutural, fome e destruição ambiental. Sua maior arte é fazer tudo isso sem provocar qualquer mudança substantiva ao país historicamente marcado pela condição de colonialidade crônica, de desigualdade social endêmica, de sua posição pífia no ranking do mercado de bens de produção, da parca geração de tecnologias, da estabilidade débil da sua economia e política internas. - pucsp.br - https://revistas.pucsp.br › article › download

file:///C:/Users/Usuario/Documents/BRASIL%20Artigos/LULA%20E%20MOV%20SOCIAIS.pdf 

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Apatia dos movimentos sociais trava demandas populares e preocupa Lula. Segundos aliados próximos, o Presidente tem se queixado de que a mobilização de movimentos sociais tem sido morna durante o seu governo. Mas o que são Movimentos Sociais?

Os princípios dos movimentos sociais, segundo o sociólogo francês Alaine Touraine, se consubstanciam nos seguintes: a identidade, oposição e totalidade.

No entanto, esses são os princípios de existência dos movimentos sociais, na medida em que têm uma identidade: quem é, um nome, de quem fala ou representa, quais são os interesses que defendem, as aspirações que procuram obter ou alcançar numa determinada sociedade, podem defender uma classe, ou grupo profissional específico, como por exemplo a classe de professores, dos médicos, dos jornalistas, ou ainda associações ambientais ou de consumo.

Quanto a oposição, isto tem a ver com aquilo que o grupo procura manifestar, têm essencialmente um carácter reivindicativo, na medida em que procuram alterar a ordem social vigente, todo o sistema social por meio de suas ideias, normas e valores que defendem.

Porém, quanto a totalidade, que vai ser por sua vez, o resultado da ação dos indivíduos organizados em grupos, pois, é um fenómeno coletivo e que por via disso, procura mudar o curso da história de uma dada coletividade humana, resultando concomitantemente numa ação histórica.

No Brasil, até bem pouco tempo, havia uma vaga noção de que nossa sociedade era gelatinosa, pouco organizada socialmente e com baixa capacidade de se movimentar como movimento. Um severo crítico da própria esquerda, Vladimir Safatle, tem compara o Brasil com países como Chile, demonstrando, lá a vitalidade dos movimentos sociais. A Argentina é outro caso concreto de forte presença de movimentos sociais. Dificilmente, por exemplo, o anarco-capitalista Milei governará aquele país diante de eventual rebelião social, já visível em ataques a supermercados. Talvez, mais do que criticar historicamente a esquerda pela sua preferência pelos gabinetes e que a leva aos contratempos de Vargas, Jango e Dilma Roussef, devêssemos compreender melhor as dificuldades estruturais para a organização de movimentos sociais numa sociedade marcada pela escravidão, com poucos laços de cooperação interna. Com exceção da ocupação colonial no Rio Grande do Sul, marcada pelo objetivo de povoamento, no resto do Brasil a colonização se resumiu na montagem de um empreendimento comercial voltado à produção para o exterior. Ora, isso é muito diferente da longa fermentação feudal vivida pela Europa, mesmo Oriental, como no caso da comuna russa do MIR, ou das organizações sociais advindas de comunidades indígenas, muito fortes no caso da Bolívia, Equador e Peru. Em todo o caso, a verdade é que, com todos os obstáculos históricos a modernização, mesmo autoritária no Brasil, acabou ensejando um forte movimento sindical, cuja maior expressão está no fato mesmo da indicação de seu maior líder ocupar, pela terceira vez, a Presidência da República. Ele, porém, se ressente, agora, da falta de mobilização social em seu próprio apoio. 

Diversos analistas se têm, então, debruçado sobre essa questão. Destaco, aqui, dois deles, amigos próximos, do Grupo Urutau, de Porto Alegre, nomes fictícios naturalmente, e que trazem algumas hipóteses para se compreender melhor o assunto na avaliação deste comentário PAINEL da FSP MOVIMENTOS SOCIAIS:

Folha.uol-PT-nao-apostou-na-relacao-com-movimentos-sociais-diz-coordenador-de-central

João da Silva 

Acho este discurso do Bonfim um pouco meio bastante muito totalmente "fácil e fofo". Um partido jovem de crescimento acelerado (e, por isso mesmo, problemático, pois acaba incorporando "Delcídios da vida") e que assume a responsabilidade de governar um país do tamanho do Brasil tem, necessariamente, que deslocar uma parcela expressiva de seus quadros para a gestão governamental. Ou será que se queria que figuras como Tereza Campello, Zeca Dirceu, Gleisi Hoffman, Lindbergh Farias, Arno Augustin ou Eduardo Suplicy ficassem fazendo trabalho de base e organizando associações de moradores? .... O problema é completamente outro. É quase o inverso. Foram as lideranças sindicais e as lideranças dos movimentos sociais de base que se acomodaram a partir de suas relações privilegiadas com quadros dos governos petistas. A elevação impositiva do salário mínimo e o controle de preços via juros-câmbio garantiu aumentos de salário real sem a necessidade de grandes mobilizações sindicais. O bolsa família e a verba das emendas parlamentares canalizadas para a petralhada do congresso e das câmaras de vereadores e estaduais de deputados passaram a ser disputadas pelos líderes de bairro. E não só para garantir a reeleição do deputado. Esta é uma relação "uma mão lava a outra". O liderzinho bairrista também se reforça. ... Mas é bonitinho e fofo dizer que o problema todo está na burocracia partidária que ignora "as basi". ... Estas "basi", não poucas vezes, são ainda mais clientelistas, cartoriais e oportunistas do que as lideranças. ... Não pactuo nem um pouco com esse discurso. .... O que ele tem de correto, do meu ponto de vista, está na versão do Lula. ... Só que ele não pode pedir mobilização se não fizer o que prometeu: a contrarreforma trabalhista. O fim do imposto sindical colocou os sindicatos num estado de penúria. Como Lula quer mobilização de rua se não há como financiá-la? Isto é urgente. É para ontem.

José de Souza - nem tanto ao mar nem tanto à terra. O problema não se explica apenas pelas dificuldades de um partido jovem e pelo fato de seus qualificados, denodados e esforçados quadros terem sido absorvidos pelas tarefas de governo (pesadíssimas, por óbvio!), a ponto de não poderem cuidar do bom comportamento das bases. As expectativas destas, resumidas, grosso modo, no dito "farinha pouca meu pirão primeiro", constituem, antes de tudo, um problema ideológico, e o partido é um agente fundamental da ideologia! Já se disse inúmeras vezes que o PT no governo apostou numa política de resolução dos conflitos sociais e dos problemas da desigualdade social via incentivo ao consumo! Isto traduz uma ideologia! Quando Lula enchia a boca para dizer "todo brasileiro tem direito de ter seu carrinho" e "todo trabalhador tem direito de querer passar férias em Bariloche" ele estava verbalizando sua visão de "luta de classes". Burlesca, para dizer o mínimo, mas coerente com a política dos seus governos, que deixou as grandes questões de políticas públicas (reforma educacional, inclusive da universidade; reforma urbana; reforma agrária, que obviamente não se resume a financiar assentamentos - enfim, a agenda dos anos 1960 estava à espera...). Ora, com isto ele apontou a nova via para as "bases": transformar a energia da mobilização coletiva (sindicatos, associações, etc.) em combustível dos "batalhadores", para empregar a expressão daquele sociólogo, o Jessé de Souza. Nada contra a política de valorização do salário mínimo, pelo amor de deus! Mas ela precisa ter o complemento de uma política de valorização da solidariedade social, através do fortalecimento das associações públicas que dão estrutura, ossatura, para o debate público autônomo em relação ao governo! E o problema não é só ter acabado com o imposto sindical. Aliás, ajudei a fundar um sindicato que rejeitou explicitamente o imposto sindical em seu estatuto, e nem por isso deixou de ser combativo e mobilizador! Perdeu sua capacidade de mobilização quando incorporou uma agenda de apoio ao governo!


 Editorial Cultural FM Torres RS Dia 30 agosto23

 - Lavajato e Deltan já eram. Moro, por um fio

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Partidos ligados a Moro são intimados e devem apresentar evidências para cassação a qualquer momento. Podemos e União Brasil devem entregar até 7 de setembro documentos que confirmem gastos do ex-juiz suspeito em valores superiores ao limite estipulado para pré-campanha ao Senado. 247 - Na última quarta-feira (23), os partidos Podemos e União Brasil receberam intimações para colaborar na coleta de provas relacionadas às ações que discutem a cassação do mandato do ex-juiz suspeito Sergio Moro, atualmente senador. A informação é da coluna do Lauro Jardim no jornal O Globo

https://www.brasil247.com/regionais/sul/partidos-ligados-a-moro-sao-intimados-e-devem-apresentar-evidencias-para-cassacao-a-qualquer-momento?utm_source=mailerlite&utm_medium=email&utm_campaign=as_principais_noticias_desta_noite_no_brasil_247&utm_term=2023-08-29 

A Operação Lava Jato foi um conjunto de investigações, promovido peo Ministério Público Federal, algumas controversas, realizadas pela Polícia Federal do Brasil, que cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão .

Data: 17 de mar. de 2014 – 1 de fev. de 2021 - https://www.mpf.mp.br/grandes-casos/lava-jato/entenda-o-caso 

 

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A operação Lavajato, cujo nome deriva de uma investigação policial sobre lavagem de dinheiro num mero lavajato em 2014, tomou vulto extraordinário no país e acabou se transformando, sob o comando de um obscuro Juiz Federal, Sérgio Moro, num libelo contra o sistema político ao revelar supostos e espúrios conluios entre grandes empresas e políticos. Com epicentro na “República de Curitiba”, espraiou-se para outros Estados, notadamente Rio de Janeiro. Resultou na prisão do ex Presidente Lula, com a consequente exclusão de sua candidatura à Presidência em 2018, vindo a se constituir num dos principais fatores da eleição de Bolsonaro naquele ano ao Planalto. Os tempos, porém, revelariam não só intenções políticas inequívocas de Sergio Moro, hoje Senador, e seu “parceiro”, do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, como desvios de conduta ao longo do processo, levando à anulação dos processos da Lavajato. A revelação de combinações entre o Juiz e o Procurador pela INTERCEPT na denominada VAZAJATO confirmaria estes desvios em 2021, sublihando a tese da defesa de Lula. Aproveitando, o atual Procurador Geral da República, Aras, indicado por Bolsonaro, fez da liquidação da Lavajato, seu principal objetivo e agora o “ajuste de contas de Justiça com a Lavajato”, título de artigo do Jorn. Luiz Carlos Azedo, do Correio Braziliense, vai às últimas consequências, ao tempo em que a Justiça Eleitoral está prestes a cassar o mandato de Sergio Moro por irregularidades em sua eleição em 2022. Vai, assim, chegando ao fim a Operação que chegou a despertar a atenção e simpatia de muitos que substituíram suas esperanças de mudanças políticas, não através da própria Política, mas da Toga. Deltan já se foi. Agora, é o mandato de Moro que está por um fio. Voltarão à planície de sua própria mediocridade, um dia iluminada por desmedida ambição. 

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Luiz Carlos Azedo - O ajuste de contas da Justiça com a Lava-Jato - Correio Braziliense - terça-feira, 29 de agosto de 2023

 

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realiza correições no Paraná, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul para investigar desvios no transcurso da Operação Lava-Jato

A desconstrução em curso da Operação Lava-Jato é o principal trunfo do procurador-geral da República, Augusto Aras, para permanecer no cargo. Embora essa possibilidade seja remota, o ajuste de contas com a força-tarefa é música para os ouvidos do presidente Luiz Inácio da Silva e o Senado, responsáveis pela escolha do chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Uma conjugação de astros opera contra os principais responsáveis pela sua condenação, que foi anulada pelo STF, o então coordenador da força-tarefa, o ex-deputado Deltan Dallagnol (Republicanos-PR), cujo mandato foi cassado pela Mesa da Câmara, e o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), à época o titular da 8ª Vara Criminal de Curitiba, que agora também está ameaçado de cassação no Senado.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realiza correições no Paraná, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul para investigar desvios no transcurso da Lava-Jato, entre os quais o uso indevido de recursos arrecadados pela operação. Em sigilo, uma correição extraordinária, conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, investiga a atuação de promotores e juízes no caso. Está sob responsabilidade do corregedor nacional de Justiça, ministro do STJ Luís Felipe Salomão, que também é candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O principal caso investigado é a proposta de criação de uma fundação para gerenciar os recursos provenientes dos acordos com as empresas envolvidas no escândalo, ideia que naufragou porque não teve apoio do Supremo. O acordo com a Petrobras previa que R$ 2,5 bilhões seriam depositados em conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, destinados ao empreendimento. Uma das cláusulas previa o fornecimento de informações ao governo dos Estados Unidos sobre os negócios da Petrobras, para que o dinheiro viesse para o fundo.

A própria PGR recorreu ao STF pedindo que fosse declarada a nulidade do acordo; no mesmo dia, o MPF anunciou a suspensão da criação do fundo. A proposta era que o fundo fosse criado com US$ 75 mil e gerenciado por um consórcio entre a Transparência Internacional e a Fundação Getulio Vargas, cujos principais dirigentes à época eram Bruno Brandão e Joaquim Falcão, respectivamente, que supostamente participaram da elaboração do projeto.

A fundação da Lava-Jato seria criada com um caixa bilionário: R$ 2,5 bilhões da Petrobras, R$ 2,3 bilhões oriundos do acordo de leniência do grupo J&F e R$ 1,4 bilhão do acordo de leniência com a Camargo Corrêa. R$ 625 milhões da multa deveriam ser pagos à força-tarefa. O plano ruiu porque, em 2019, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) detonaram o projeto. Ocorre que, antes disso, Moro havia determinado o depósito em conta da 13ª Vara Criminal Federal de US$ 100 milhões do ex-presidente da Sete Brasil Pedro Barusco e outros recursos de alguns acordos de leniência.

Correições

Segundo a AGU e a CGU, Moro não poderia homologar acordos de leniência nem contratos com órgãos dos Estados Unidos e da Suíça à revelia do Ministério da Justiça, do Itamaraty e do governo brasileiro. Num dos acordos, previa-se que dos R$ 3,1 bilhões do acerto da Braskem, R$ 2,3 bilhões iriam para o MPF; R$ 310 milhões, para o Departamento de Justiça americano; R$ 212 milhões, para a CVM dos EUA; e mais R$ 310 milhões, para a Procuradoria-Geral da Suíça. O acordo com a Odebrecht previa que, dos R$ 3,8 bilhões que seriam pagos na leniência, 82,1% iriam para o MPF; 10%, para as autoridades suíças; e 7,9%, para o Departamento de Justiça dos EUA. Cerca de R$ 10 milhões foram destinados à vara do juiz federal Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro, afastado do cargo pelo CNJ.

Correições existem para identificar e corrigir erros, eventuais excessos e abusos cometidos por magistrados. No caso do CNJ, o corregedor Luís Felipe Salomão conta com o auxílio de um desembargador e dois juízes para checar todas as fases e informações dos processos. Uma das primeiras medidas tomadas, no fim de maio, foi afastar o juiz Eduardo Appio do comando da 13ª Vara Federal, em Curitiba.

O advogado João Eduardo Malucelli, filho do desembargador Marcelo Malucelli, da 8ª Turma, recebeu uma ligação telefônica suspeita. Perícia da Polícia Federal afirmou que a voz do interlocutor poderia ser do próprio Eduardo Appio. O juiz recorreu ao CNJ para voltar ao cargo, mas o ministro Salomão decidiu mantê-lo afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba até que seja concluída a investigação sobre supostas ameaças ao filho do desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

A 13ª Vara também já foi comandada pelo juiz Luiz Bonat e pela juíza substituta Gabriela Hardt. No TRF-4, entre os gabinetes a serem auditados, está o do desembargador Malucelli, cujo filho é sócio no escritório de advocacia do senador Moro e da mulher dele, a deputada federal Rosângela Moro, ambos do União Brasil. Malucelli declarou-se suspeito para julgar o caso


 Editorial Cultural FM Torres RS 29 de agosto 23

A tragédia da educação infantil 

A educação pública e gratuita foi uma das maiores conquistas da Revolução Francesa, em 1789, que abriu a denominada Idade Contemporânea. Desde então os regimes constitucionais emergentes, sejam na forma monárquica tradicional com poderes mitigados dos soberanos, sejam nos casos republicanos os Governos foram responsabilizados pela oferta de Educação com forma não apenas de treinamento para o mercado de trabalho mas para o exercício da cidadania, incluindo nos currículos matérias indispensáveis à reflexão crítica sobre a existência e o mundo. Com o tempo, esta exigência estendeu-se à educação desde tenra idade como mecanismo indispensável à inserção dos jovens á vida em sociedade. 

No Brasil tivemos um grande impulso á Educação pública com a criação do Ministério da Educação depois da Revolução de 1930, com o advento do escolanovismo que revocionou o sistema educacional no país inteiro. No Rio Grande do Sul as brizoletas foram o emblema de um governo que disseminou escolas por todo o Estado, abrindo horizontes, inclusive, para os trabalhadores do campo. Agora, o Governador Eduardo Leite anuncia o que muitos consideram inadequado e perigoso mecanismo de PARCERIA PÚBLICO PRIVADA sobre o sistema educacional, abdicando da missão histórica da responsabilidade pública maior sobre o sistema educacional. Na verdade, ultimamente a educação tem sofrido com os cortes de recursos orçamentários, sobretudo no período de vigência do Teto de Gastos introduzido em 2016 e, em boa hora, já substituído pelo Arcabouço Fiscal. Problemas se acumularam em todo o país e vale ver com atenção a matéria do g1 , hoje, sobre Educação infantil 

Educação infantil - arma contra desigualdades

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/08/29/o-assunto-1035-educacao-infantil-arma-contra-desigualdades.ghtml 

Um levantamento inédito - e publicado em primeira mão neste episódio de O Assunto - realizado pela organização Todos pela Educação denuncia as condições das escolas públicas de educação infantil em todo o Brasil. Na lista de descobertas, identificou-se que a maioria das escolas não têm banheiros ou refeitórios adequados; 60% não têm rede de esgoto; 64% estão sem parques infantis; 70% sofrem da falta de bibliotecas. Para apresentar os dados e as conclusões do documento, Natuza Nery recebe Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação. Ela conversa também sobre o desenvolvimento das crianças com Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, instituição que trabalha pela causa da primeira infância. Neste episódio:

Priscila justifica os motivos para escolas de educação infantil não serem “escolas quaisquer” e precisarem de “infraestrutura adequada para esta faixa etária”: “É o período no qual há explosão no desenvolvimento da criança”;

Ela justifica como a desigualdade na educação pode “solucionar o maior problema do país, que é a desigualdade socioeconômica alta e injusta”. Ela avalia que parte do problema está na diferença com a qual as crianças são tratadas na primeira infância. “Quanto mais vulnerável a criança, maior deve ser a atenção e o investimento dedicados”, afirma;

Mariana descreve a importância da escola nesta faixa etária para além dos aspectos educacionais: é onde a criança garante sua segurança alimentar e são protegidas de eventuais situações de violência doméstica. “Para as populações vulneráveis, uma creche de qualidade pode gerar benefícios ainda maiores”, avalia;

Ela explica o que a neurociência já descobriu sobre o desenvolvimento cerebral das crianças de 0 a 6 anos: são 1 milhão de conexões por segundo, o que forma até “90% do nosso cérebro” e compõe o tripé de desenvolvimento infantil – cognitivo, físico-motor e socioemocional. “Todas as competências que a gente busca no dia a dia, na escola e no mercado de trabalho estão ancoradas nisso”, conclui.

O que você precisa saber:

Nobel de Economia: investir em educação na primeira infância é a melhor 'estratégia anticrime'// Primeira infância: afeto e estímulos são essenciais na formação//infância: alimentação e educação são protagonistas// IGBE: índice de crianças de 4 e 5 anos na escola cai pós pandemia

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery


 Editorial Cultural FM Torres RS 28 de agosto 23

O BRICS como revolta do Sul Global

A divisão do mundo em blocos de nações com interesses até antagônicos não é nova. Ainda temos na memória a formação de dois grupos de nações que se confrontaram na II Guerra Mundial: O Eixo, com Alemanha, Itália e Japão, de um lado, Aliados, com Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética, de outro. Sim, os comunistas, até então reduzidos apenas à URSS eram aliados das democracias ocidentais contra o nazi-fascismo. E o Brasil, embora modestamente, também fazia parte dos aliados. Deixou nos campos de batalha da Itália cerca de 300 pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, cujos sobreviventes costumavam desfilar no 7 de setembro em várias cidades do Brasil nas comemorações da Semana da Pátria. Mas já nos primórdios da I Guerra Mundial, um dos fatores que levaram à Guerra foi precisamente a corrida à formação de blocos de países com interesses diversos que acabaram levando-os ao confronto bélico. Resultados das duas grandes guerras mundiais: cerca de 100 milhões de mortos e destruição material de vários países europeus. Em 1945 três grandes países saíram intactos – a India, nesta época ainda era colônia britânica e a China destroçada pela invasão colonial e japonesa, nem contava na geopolítica mundial - : Estados Unidos , Argentina e Brasil. Pouco depois deste ano, já em 1947, começava a esboçar-se uma nova divisão do mundo em blocos, o Ocidental X Comunistas liderados por URSS dando origem ao que se convencionou chamar de Guerra Fria. Com a corrida nuclear, o confronto quase chegou à III Guerra mas o próprio custo armamentista, que saiu das trincheiras de terra para a corrida espacial esgotou a União Soviética, que acabou ruindo em 1991. Daí até 2001, quando ocorre o atentado ás Torres Gêmeas em Nova York, o mundo mergulho na Pax Americana dourada pela retórica da globalização. Parecia que tudo estava em paz sob o “Consenso de Waschington”, um conjunto de regras de governança liberais sob hegemonia do dólar, que se disseminaram como o novo caminho de paz e prosperidade para o mundo inteiro. Vã ilusão, que os atentados às Torres Gêmeas evidenciaram. A paz e a prosperidade eram não só para poucos países do mundo, com epicentro nos Estados Unidos, como mesmo dentro dos países centrais a riqueza gerada principalmente pelos grandes conglomerados financeiros era cada vez mais concentrada. Acabamos na revelação de que 1%¨da humanidade controlava os 99% restantes, empobrecidos e marginalizados. A virada do milênio começou, então, a trazer à tona a revelação de que era necessária uma revisão nas regras da governança e organização do concerto internacional das nações. O modelo da ONU, com mais de 200 nações ali representadas mas sem poder de remodelar Agências importantes para o financiamento do desenvolvimento e garantias à paz já não funcionava. Um fator novo aí começou a se destacar na geopolítica mundial: O enorme crescimento da China cuja desenvoltura econômica a transformou na segunda potência econômica mundial e a primeira no comércio internacional, sendo a principal compradora de mais de 150 país e com o Plano de deslocar o eixo do mundo do Atlântico para a velha Rota da Seda. Isso despertou o interesse de vários países do mundo para se associarem à China para impulsionarem seu desenvolvimento interno travado pela governança financeira internacional, não só onerosa como imperativa em termos de capacidade de expansão de indispensáveis investimentos públicos. A atitude, também, dos Estados Unidos, de usarem e abusarem da política de sanções contra aqueles que se insubordinavam ao Consenso de Waschington, expropriando-os de suas reservas em dólar no sistema bancário ocidental e proibindo-os de operar em seus mecanismos de operação, como ocorreu com Venezuela, Irã e mais recentemente Rússia, acabou atraindo muitos países do mundo à aproximação com a China, que já tem presença marcante na Ásia, África, América Latina e até mesmo na Itália. Lembremo-nos que o COVID, depois da irrupção em Huan, despontou justamente no norte da Itália onde já vivem mais de 200 mil chineses em torno de empresas daquele país. Uma primeira iniciativa foi a criação dos BRICS, reunindo Brasil, Rússia, Índia e China, ao qual somou-se, em seguida a Afinca do Sul, compondo o S final do BRICS. Agora o grupo incorporou mais seis países dos vários continentes e talvez venha incorporar muitos mais dentro de pouco tempo. Isso é o reflexo do descontentamento de duas centenas de países com assento na ONU mas que não são mais polarizados pela hegemonia dita Ocidental, cada vez mais reduzida, apesar da dicção própria de que se constituem a consciência e a voz do mundo. O caso das votações sobre a Guerra na Ucrânia revela isso. A grande maioria dos países na ONU até condena a invasão unilateral da Rússia mas não é favorável às sanções contra esse país. Isso não aparece no noticiário, fiel às Agências Internacionais ainda aliadas do Consenso de Waschington, mas inequívoco. A tal ponto que uma alta dignitária americana já chegou a falar em rebeldia do Sul Global contra o Norte. E até certo ponto ela tem razão. A última reunião do BRICS na África do Sul é uma espécie de resposta de inúmeros países que sofreram com a colonização ocidental, tiveram suas economias e povos destroçados por interesses europeus e americanos e que agora procuram caminhos próprios. Trata-se, enfim, não de uma Declaração de Guerra do Sul contra o Norte, dominado pelo dólar e pelos Estados Unidos, mas numa clara advertência de que há necessidade de se criar uma nova arquitetura para a geopolítica mundial que contemple a entrada de novos atores na cena econômica e isso significa mudança nos marcos da ordem institucional internacional. O mundo deve caminhar para criação de vários polos de desenvolvimento e não apenas ficar condicionado aos ditames de interesses americanos e europeus. Onde tudo isso vai dar ninguém sabe. Tudo depende da capacidade de negociação e acomodação de interesses. Se houver intolerância, não está excluída a hipótese de novo conflito mundial. Mas dado que esta hipótese tangencia o fim da civilização com o holocausto nuclear, talvez ainda subsista uma esperança de paz. Mas não será a PAX AMERICANA sonhada em 1991 por ideólogos daquele país. Será uma nova Era para a humanidade, mais diversificada econômica, monetária e ideologicamente. 

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Anexo, leitura relacionada:

Expansão do BRICS é o maior golpe já desferido contra a hegemonia do dólar, diz José Luís Fiori 

Brasil247-expansao-do-brics-e-o-maior-golpe-ja-desferido-contra-a-hegemonia-do-dolar-diz-jose-luis-fiori?utm_source=mailerlite&utm_medium=email&utm_campaign=as_principais_noticias_desta_manha_no_brasil

“A reunião de Johanesburgo antecipou a substituição do dólar nas transações energéticas entre os países membros", diz o professor; assista a entrevista ao Tutaméia

BEM-VINDO AO BRICS 11. O G7 está morto. Por Pepe Escobar

https://www.suacidadeemrevista.com.br/o-g7-esta-morto-o-que-importa-agora-e-o-brics-11-afirma-pepe-escobar/

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 Editorial Cultural FM Torres RS 25 de agosto 23

A tirania da meritocracia

A presença do Prof. Michael Sandel – Harvard USA – no Brasil, onde fez várias entrevistas, inclusive um RODA VIVA na Band News, traz à tona uma reflexão sobre os fundamentos e rumos do mundo ocidental contemporâneo. Autor de vários livros dentre eles “Justiça”, “Tirania do Mérito”, e “Democracy ´s Discontent” ele prega o retorno à pedagogia das virtudes cívicas a partir de pequenas comunidades (em substituição à valorização da concorrência acionada pelo princípio da meritocracia como caminho) para a salvação das nossas fugidias democracias. Seria um pouco como voltar às bases, numa pregação muito similar à adotada pelas Comunidades Eclesiais de Base nos anos 1960/80, decisivas na formação do PARTIDO DOS TRABALHADORES – PT numa tentativa de valorizar o produto do trabalho instigando os trabalhadores à participação na vida pública. 

A verdade é que o mundo ocidental está em crise e seu grande predicado, o sistema de livre organização e representação parlamentar como suporte do Estado de Direito Democrático já não satisfaz. Há uma rebelião visível contra o sistema político estabelecido com base em Partidos que operam estes mecanismos. Os Partidos, no advento do regime republicano, abertos a todo e qualquer cidadão de uma comunidade constitucional ao provimento de funções representativas em substituição ao direito divino dos reis, foram concebidos como Escolas de formação e qualificação dos candidatos. Não funcionaram. Na grande maioria dos países os Partidos foram empolgados por minorias oligárquicas que os administram de acordo com seus interesses particulares distanciando-os, com o tempo, das clivagens sociais que os originaram. Ao mesmo tempo, a expansão dos sistemas universitários ultrapassou de longe a capacidade dos Partidos para a formação de administradores de um mundo cada vez mais complexo. ”. Um velho líder brasileiro os qualificava como “Partidos Axilares”, visto serem controlados por grupos que detêm os respectivos Livros de Atas debaixo das axilas Neste ínterim, do final do século XIX, quando os Partidos Modernos foram fundados, até os dias de hoje, a Sociedade Civil adensou-se e se organizou, ganhando níveis cada vez maiores de reconhecimento social. Mas ficaram reféns dos Partidos. Um Presidente da FIERGS, um alto dirigente do CPERS ou do MST, o maior movimento social organizado da América Latina, um líder ambiental, indígena, ou do Movimento Negro, se quiser se candidatar, terá que se submeter à filiação num Partido Político. De resto, populações dispersas em metrópoles crescentemente favelizadas, sem acesso à informação e à cultura, além de reféns das Redes Sociais, virando-se nos mais distintos afazeres para ganhar a vida, ao contrário dos velhos bairros operários, ressentem-se com o monopólio dos “políticos” sobre a coisa púbica. Basta ver, por exemplo, qualquer Câmara de Vereadores no país. Poucos compreendem seu papel na dinâmica do poder e acompanham suas atividades, não raro sob a asa e controle dos Prefeitos. Enfim, começam a desconfiar dos predicados da Ciência, cada vez mais distante de sua vivência cotidiana. Retornam ao cataplasma e acabam acreditando que a Terra é plana... Isso tudo releva a dicção de Sandel e outros Filósofos Políticos que clamam pelo retorno às virtudes públicas como exigência da cidadania. 

Se isso já era crítico até os anos 1980, a partir daí outro fator somou-se a decadência da esfera pública. Um autor, Richard Sennet, tratou disso no seu famoso livro “O Declínio do Homem Público” e outros destacam a degradação dos próprios Governos Nacionais frente à dita Governança Global dos grandes blocos financeiros, cujo marco é o denominado “Consenso de Washington”, 1989, preocupado exclusivamente com garantias a saudável acumulação financeira. Como entender que os bilionários multipliquem seus ganhos além fronteiras, sem qualquer limitação nem muitas vezes pagamento de impostos quando ser erguem muros e barreiras cada vez mais altas para que povos pobres procurem novas oportunidades em países mais ricos? Com isso, os últimos vestígios de definição ideológica dos Partidos Nacionais acabaram se diluindo sob os argumentos da “eficiência” econômica comandada por resultados corporativos globais e não de qualidade de vida das classes assalariadas. 

Maus sinais para as democracias que, incapazes de produzirem uma sociedade cada vez mais progressista e homogênea, acabam sucumbindo aos apelos de salvadores de pátria extremistas de direita, vez que, à esquerda, até mesmo os radicais comunistas acabaram acomodando-se à práxis das mornas políticas de estabilização, ainda que defendendo, aqui e acolá, Políticas compensatórias aos menos favorecidos. 

Na verdade, vivemos um mundo estranho no qual as bandeiras e métodos de contestação, típicos dos utópicos, acabaram caindo no colo de líderes populistas de extrema direita que, com isso, procuram capitalizar a preferência eleitoral das populações marginalizadas, tal como faz o milionário Donald Trump que não se cansa de dizer: - ‘Amo os sem educação’. Pura canalhice...Hora de se prestar atenção aos conselhos do Professor Sandel. Por que não temos tantas sedes de Partido nas periferias como existem lá Igrejas? Por que os políticos não providenciam levar ao povo a pregação de suas agremiações de forma a que, à cabeceira de cada leito familiar haja, ao lado do Livro Sagrado, uma Constituição? Depois não adiantará reclamar que há excesso de “analfabetos políticos”...

Anexos

RODA VIVA – TV Cultura – dias 14 e 19 agosto – O filósofo MICHEL SANDEL, Prof. Harvard USA, Autor de A TIRANIA DA MERITOCRACIA fala sobre a crise da meritocracia e a revolta contra as elites no mundo inteiro - https://www.youtube.com/watch?v=-XhwAq6CeQo 

Michael Sandel e a democracia do cotidiano – gauchazh.clicrbs-cultura-e-lazer/michael-sandel-e-a-democracia-do-cotidiano 

Filósofo de Harvard, que estará em Porto Alegre em 9 de agosto, aponta caminhos para fortalecer as instituições e o espírito democrático

RBS BRAND STUDIO - Michael Sandel é frequentemente apresentado como um “popstar” da filosofia. E o título não diz respeito apenas à popularidade de seus livros, que já foram traduzidos em mais de 30 idiomas. Professor da Harvard, o americano consegue transformar discussões densas em conferências tão envolventes e instigantes, quanto a apresentação de um astro da música.

O filósofo político estará em Porto Alegre no dia 9 de agosto, para conversar com o público e divulgar a edição brasileira de “O Descontentamento da Democracia: Uma nova abordagem para tempos periculosos”. O livro examina os motivos pelos quais a democracia tem se fragilizado nas últimas décadas nos Estados Unidos, processo que se repete em muitos outros países.

A conferência será realizada a partir das 20h, na Casa da Ospa. Os últimos ingressos podem ser adquiridos em www.fronteiras.com (participantes da temporada do Fronteiras do Pensamento já têm seu acesso garantido).

Quando está diante de uma plateia, Sandel não se limita ao tradicional posto de palestrante. Ao contrário, questiona e ouve a plateia, estimulando a reflexão e o compartilhamento de ideias. É uma postura de quem acredita que a democracia se fortalece a partir do diálogo e do debate cotidiano.

A seguir, listamos três ideias de Sandel que demonstram o quanto a postura individual dos cidadãos no dia a dia pode influenciar o debate público e a democracia.

1) Esquivar-se da moral é esquivar-se do debate

Sandel acredita que é um equívoco esquivar-se ou ignorar convicções morais e religiosas ao discutir sobre a vida em sociedade. O filósofo afirma que essa postura é erroneamente motivada pelo receio de que o debate escorregue para a intolerância e a coerção. Ele defende um percurso contrário: “Um caminho melhor para o respeito mútuo é engajar-se diretamente com as convicções morais que os cidadãos trazem à vida pública, em vez de exigir que as pessoas abandonem suas convicções morais mais profundas do lado de fora da política. Essa é uma maneira de começar a restaurar a arte da discussão democrática”.

Para Sandel, questões que se tornaram polêmicas em algum momento, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, guardam em seu cerne perguntas como “o que é um casamento? ” Ou “para que serve um casamento? ”. As respostas para essas perguntas muitas vezes são carregadas de influência moral e religiosa. No entanto, deixar de discuti-las faz com o debate se torne ainda mais confuso e mais distante de um acordo firme e respeitoso.

2) Não acredite que o mérito é só seu

Um dos livros mais badalados de Michael Sandel é “A Tirania do Mérito”, que coloca em xeque a meritocracia como fator de organização e hierarquização econômica e social. O filósofo argumenta que a meritocracia raramente é problematizada em nossa sociedade, tanto entre os conservadores, quanto entre os liberais. A discordância entre os grupos não costuma ser a respeito da “meritocracia em si, mas sobre como alcançá-la”.

Como exemplo, Sandel aponta que os conservadores consideram políticas de ação afirmativa em concursos de admissão em universidades como “uma traição à admissão baseada no mérito”. Por sua vez, “os liberais defendem as ações afirmativas como forma de remediar a injustiça persistente e argumentam que uma verdadeira meritocracia só pode ser alcançada nivelando o campo de jogo entre privilegiados e desfavorecidos”.

Essa polarização, no entanto, ainda oportuniza que pessoas privilegiadas creditem seu sucesso exclusivamente a um esforço pessoal. Sandel afirma que essa crença fundamenta uma “arrogância meritocrática” que impede o indivíduo de perceber, por exemplo, que formar um profissional no ensino superior é resultado de um esforço conjunto da sociedade, e não o fruto de uma iniciativa individual. Dessa forma, o indivíduo observa seu sucesso como um ponto isolado, e não como uma linha dentro uma trama complexa de esforços coletivos, atitude que fragiliza o senso de comunidade e, por consequência, o espírito democrático.

3) Fortaleça o debate público – fora das redes

Nos últimos anos, Michael Sandel vem alertando leitores ao redor do mundo para a necessidade do fortalecimento dos espaços de debate público. E as redes sociais não são necessariamente os melhores fóruns para esse tipo de discussão – pelo menos não do modo como funcionam atualmente.

O filósofo aponta que há pouca discussão verdadeira nesses espaços virtuais, ocupados por “guerras culturais” que não promovem acordos, mas geram ainda maior polarização. Em uma entrevista recente ao El País, Sandel afirmou que “precisamos desafiar a maneira como as mídias sociais funcionam e criar plataformas para conversas públicas que não aceitem simplesmente o modelo de negócios baseado em anúncios das empresas de tecnologia. Um modelo de negócios que não dependa da permanência das pessoas no mundo online o maior tempo possível, para que possam coletar cada vez mais dados pessoais e vender coisas aos usuários, reforçando o ciclo de consumismo. É antitético para o tipo de conversa pública de que precisamos”.

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MERITOCRACIA E ARISTOCRACIA

09 de julho de 2014 *

Franklin Cunha – Médico, membro da Academia Riograndense de Letras

A crise de transição dos Estados-Nações diante da globalização provocou uma impotência do poder do Estado, dos partidos políticos e do sindicalismo. Diante destas condições históricas surgiu nas hostes sociais democratas uma nova linha de pensamento: o liberalismo igualitário. Seu principal representante foi o jurista americano John Rawls. A novidade desta teoria está na tentativa de dar resposta ao dilema entre liberdade e igualdade, entre os direitos individuais e a equidade social. Em sua Teoria da Justiça, Rawls afirma que todos os valores sociais deverão ser repartidos de maneira igual, desde que as naturais desigualdades sejam vantajosas para os menos favorecidos. Baseado na teoria dos jogos de John Forbes Nash que pressupunha a ignorância daqueles que intervêm numa situação de escolhas de preferências, as decisões tomadas nesses casos, sob o que Rawls chama de “véu da ignorância”, seriam justas porque os jogadores tomariam uma conduta que, sem saber todos os dados, os levaria aos melhores lugares sociais e assim ser equitativos com os que ficariam nos piores lugares, pois os privilegiados saberiam que também poderiam eventualmente ser os potenciais perdedores. Simplesmente na distribuição às cegas das cartas de um baralho, ganha a partida quem recebe os melhores naipes e souber manejá-los.

Em realidade, as teses de Rawls, aparentemente justas, escondem uma sutil maneira de defender a desigualdade sob o manto da justiça, além de desconhecer o sentido comum de que ninguém quer perder nada e de não levar em conta a vida prática onde os indivíduos raramente tomam decisões desconhecendo suas consequências. Outra condição para que os “jogadores ” aceitem a desigualdade é que todos tenham as mesmas oportunidades não prejudicadas por privilégios socioeconômicos e de castas familiares ou corporativas. E, para que esta igualdade de oportunidades seja efetiva, é preciso que sejam compensadas as desvantagens do ponto de partida. Condição que na atual conjuntura das políticas neoliberais é uma quimera expressa numa falsa meritocracia que na realidade oculta o domínio da aristocracia financeira, sólida e plenamente atuante em todos os setores da economia somadas às cruéis vicissitudes vivenciais da competitividade. Enquanto isso os grandes grupos empresariais do mundo se unem cada vez mais fraternalmente em oligopólios e “holdings” numa concentração cada vez maior de riqueza financeira, dominação de conhecimentos e poder políticos.

E aos perdedores ... nem as batatas, apenas alguns ossos descarnados e descartados ao lixo.

Transcrito e reeditado por ocasião da presença no Brasil do Prof. Michael Sandel, quem, aliás, reitera minha crítica à meritocracia


 Editorial Cultural FM dia 24 agosto 23

 *

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954 – Neste dia, suicidava-se o Presidente Getulio Vargas, vítima de insidiosa campanha da direita, deixando esta CARTA TESTAMENTO:

Mais uma vez, as forças que os interesses contra o povo coordenaram novamente se desencadeiam sobre mim.

Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam. E não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei um regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras e mal começa a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.

Assumi o governo dentro da espiral inflacionária, que destruía os valores de trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500 por cento ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de cem milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma agressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo a vosso lado. Quando a fome bater a vossa porta, sentirei em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício nos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta.

Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram, respondo com a minha vitória. Eu era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo, não mais será escravo e de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate.

Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

Getúlio Vargas (Arquivo Getúlio Vargas / Fundação Getúlio Vargas – CPDOC)

Anexos

O legado da Carta Testamento e a luta pelo socialismo do século XXI - Fonte Rede Morena

 

De 1930 a 1964 a cena política brasileira foi dominada pelo embate sobre os rumos que o Brasil deveria tomar enquanto nação para tornar-se um país desenvolvido.

De 30 a 54 a figura política de Vargas aglutinou um campo político que defendia a necessidade de um projeto de nação brasileira baseado na independência política e econômica e com um caráter nacionalista burguês. Porém, com o desenrolar da luta política e principalmente após o suicídio de Getulio e a divulgação da Carta Testamento, esse campo modifica sua composição social e vai paulatinamente assumindo a necessidade de um desenvolvimento voltado para as maiorias, socializante e com um caráter nacionalista revolucionário.

Contrapondo-se a esse projeto, conformou-se um campo que inicialmente defendia o retorno ao poder político das oligarquias agro-exportadoras afastadas na chamada Revolução de 30 que, com o passar da luta política, também modifica sua composição e caminha para a defesa de um desenvolvimento associado e dependente do capital internacional, notadamente estadunidense.

Apesar da política brasileira nesse período não se resumir a esses dois campos, a luta política entre seus projetos históricos tendeu a uma radicalização que polarizou a sociedade brasileira.

Getulio foi a principal liderança pela implantação desse projeto de nação de caráter nacionalista burguês que visava conciliar os interesses do capital industrial e do trabalho para enfrentar a poderosa burguesia agro-exportadora aliada ao imperialismo. Setores poderosos que não perderam oportunidades de tentar retomar seus espaços políticos em vários momentos, como em 32 em São Paulo, nas eleições que ocorreriam em 37, no golpe que derruba Getulio em 45, nas eleições deste mesmo ano e na tentativa de golpe em 54, que foi impedido pelas manifestações populares após o suicídio de Getulio.

Paralelamente a esse enfrentamento, agudiza-se no campo político getulista as contradições inconciliáveis entre os interesses do capital industrial e dos trabalhadores. A maior parte da burguesia industrial, que via com desconfiança a política e a legislação trabalhista defendida por Vargas, começa a ceder aos “encantos” econômicos do projeto de desenvolvimento associado e dependente ao capital internacional. Essas contradições se refletem na conjuntura de 1945, onde as forças que apoiavam Getulio não conseguem se unificar em uma única organização política, surgindo a partir dessa realidade o PSD e o PTB.

Após o desastroso governo entreguista e antipopular de Dutra, Getulio, que inicialmente havia se filiado ao PSD, ganha as eleições de 1950, como candidato do PTB e com o apoio das massas trabalhadoras que se debatiam em meio à miséria e a falta de perspectivas.

Com o objetivo de dar continuidade ao projeto histórico interrompido em 45, seu governo retoma e cria mecanismos, como o seguro agrário, o IBC (Instituto Brasileiro do Café), o Banco do Nordeste, a CACEX (carteira de comércio exterior) do Banco do Brasil e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) para incrementar uma política de estimulo às indústrias de base e a elevação da poupança interna.

Várias leis são sancionadas: lei sobre restrição da remessa de lucros das empresas estrangeiras para o exterior, a lei sobre crimes contra a economia popular, a lei que cria o monopólio estatal do petróleo através da Petrobrás e ainda é tentada a criação da Eletrobrás.

Após uma série de greves e mobilizações dos trabalhadores, o poder aquisitivo destes é garantido em face da inflação através de diferentes políticas sociais e do reajuste do salário mínimo de 100% proposto por João Goulart durante sua gestão no Ministério do Trabalho. Jango encaminhou a proposta mesmo sabendo que isso custaria o próprio cargo. Desde quando assumiu o Ministério sua prática de negociar e se antecipar às demandas dos trabalhadores, forçando, muitas vezes, os empregadores a fazer concessões, foi freqüentemente vista e denunciada pela oposição como uma maneira de "pregar a luta de classes".

Assim, Jango não era o ministro do Trabalho, mas o ministro dos trabalhadores. Para a oposição anti varguista Jango era um "manipulador da classe operária", "um estimulador de greves", "um amigo dos comunistas", que tinha como plano a implantação, com o assentimento de Vargas, de uma "república sindicalista" no Brasil.

Além de tudo isso, o governo Vargas participa de uma tentativa de retomar o Tratado do ABC, assinado em 1910 entre Brasil, Argentina e Chile, com o objetivo de buscar alternativas à condição de exportadores de matérias-primas e alimentos, apontando para a necessidade de uma maior integração latino-americana, com o intuito de fazer frente à hegemonia do imperialismo estadunidense na América Latina. Nas conversações mantidas com Perón, Vargas afirma que “Nossa Pátria é a América.”

Com a retomada de seu projeto, além da radicalização do campo opositor - hegemonizado pela burguesia agro-exportadora e cada vez mais aliado ao imperialismo americano - acirram-se as contradições com a maior parte da burguesia industrial, já seduzida pela lógica do capitalismo dependente. Em agosto de 54, Getulio está isolado politicamente, pois as massas trabalhadoras estavam atônitas e desnorteadas perante o ataque brutal da oposição ao seu governo, apoiado nos grandes meios de comunicação de massa.

Prestes a sofrer um golpe, Getulio suicida-se.

O suicídio não obedece a uma lógica de desespero, mas reflete o ato de uma liderança política consciente do momento histórico, de seu papel junto às massas trabalhadoras e do seu projeto histórico. Getulio constata o esgotamento da possibilidade de dar continuidade ao seu projeto nacionalista burguês, baseado na política de conciliação entre capital industrial e trabalho, em plena consolidação do imperialismo estadunidense na América Latina.

Com a divulgação da Carta Testamento, Getúlio entra para a história protagonizando o ato fundador de uma nova continuidade de seu projeto de nação em uma lógica antiimperialista e popular, que vai pautar uma reaproximação pela base de trabalhistas, socialistas e comunistas na década seguinte, dando conteúdo ao crescimento vertiginoso do PTB e de suas frações pela esquerda a partir da mobilização popular pela Legalidade e da ascensão da organização popular nas lutas pelas reformas de base no inicio da década de 60.

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Biógrafo Lira Neto: ao se matar, Getúlio Vargas adiou o golpe militar por dez anos

Já passava das 11 horas da noite do dia 7 de setembro de 1979, na praça Maurício Loureiro, centro de São Borja (RS), quando Leonel Brizola (1922-2004) subiu no palanque para fazer seu primeiro discurso em território brasileiro após voltar dos 15 anos de exílio que lhe foram impostos pela ditadura militar. Diante de 1500 […]

https://www.socialistamorena.com.br/biografo-lira-neto-ao-se-matar-getulio-vargas-adiou-o-golpe-militar-por-dez-anos/ 

 

Cynara Menezes - 25 de agosto de 20145

Já passava das 11 horas da noite do dia 7 de setembro de 1979, na praça Maurício Loureiro, centro de São Borja (RS), quando Leonel Brizola (1922-2004) subiu no palanque para fazer seu primeiro discurso em território brasileiro após voltar dos 15 anos de exílio que lhe foram impostos pela ditadura militar. Diante de 1500 pessoas, o trabalhista Brizola fez questão de destacar uma teoria que muitos ainda hoje ignoram ou rejeitam: o suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954 foi capaz de deter por dez anos o golpe que se abateria sobre o Brasil em abril de 1964.

Segundo Brizola, ao escrever “saio da vida para entrar na história” na célebre Carta-Testamento, Getúlio publicava “uma denúncia e ao mesmo tempo uma antevisão”. Prevendo o golpe, Vargas se matava para deter a quartelada que se desenhava com o manifesto assinado, na véspera, por 19 generais exigindo sua renúncia –entre eles, o mesmo Castelo Branco que se tornaria presidente à força dez anos depois. Aeronáutica e Marinha já haviam feito idêntico pedido.

“Isso não é aceito pelas elites de nosso país, pela maioria dos sociólogos, pela maioria dos cientistas políticos, mas estou convencido que o Presidente Vargas anteviu este regime, até pensando que viesse no dia imediato à sua morte, mas foi o impacto emocional de seu gesto que ainda permitiu que as nossas liberdades fossem respeitadas durante mais dez anos”, afirmou Brizola, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, citado no livro El Caudillo, de FC Leite Filho.

Getúlio deixara com João Goulart, seu ex-ministro do Trabalho, uma das três cópias da Carta-Testamento, sinalizando que ele seria seu principal herdeiro político. Alçado ao poder em 1961, Jango herdaria também o ódio das mesmas forças que levaram Getulio ao suicídio: os militares, o conservadorismo e a imprensa.

 

(JANGO E TANCREDO NEVES À FRENTE DO FUNERAL DE GETÚLIO EM 1954)

Procurei o autor da monumental biografia de Getúlio, Lira Neto, para averiguar se ele concorda com a visão de Brizola e também para saber de que forma, ideologicamente, ele situaria o complexo Vargas. Vejam a entrevista.

Brizola dizia que, ao se suicidar, Getúlio adiou o golpe militar em dez anos. É verdade?

Lira Neto: Mais do que uma tese defendida por Brizola, esta é uma constatação histórica, esposada por vários especialistas e estudiosos. Basta dizer que os almirantes, brigadeiros e generais que assinaram os três célebres manifestos militares exigindo o afastamento de Getúlio do poder em agosto de 1954 foram os mesmos que derrubaram João Goulart em 1964. Até o pretexto de que Getúlio planejava instaurar uma república sindicalista se repetiu na deposição de Jango. Em um e outro caso, os mesmos udenistas e setores conservadores do empresariado forneceram o apoio político-civil aos quartéis para derrubar um presidente constitucionalmente eleito.

Dá para imaginar hipoteticamente o que teria acontecido com o Brasil se Getúlio não tivesse se matado?

Lira: Ao optar pelo suicídio, Getúlio neutralizou os adversários que já se 

 

consideravam vitoriosos e com o poder nas mãos. O golpe civil-militar já estava em plena execução. Muito provavelmente, Getúlio seria retirado do palácio e levado para a prisão e, posteriormente, para o exílio. Os militares jamais repetiriam o “erro” de 1945, quando após derrubá-lo permitiram que ele permanecesse livre, em território nacional, recolhido a São Borja, articulando as circunstâncias de sua volta ao poder, o que afinal ocorreu em 1950, por extraordinária votação popular. Nos três livros, mostro como, desde sempre, já a partir de 1930, Getúlio trabalhou com a perspectiva do sacrifício pessoal como um ato político de resistência, como um protesto eloquente contra os inimigos. Ele jamais se permitiria passar à posteridade como um derrotado, exposto ao vexame, eternizado por um fracasso. Nesse sentido, encontrou, na morte, a sua vitória.

 

 

(BRIZOLA, SUA MULHER NEUSA E GETÚLIO)

Brizola e Jango eram seguidores do trabalhismo. Darcy Ribeiro via o trabalhismo como uma espécie de socialismo. Você concorda?

Lira: Na verdade, Getúlio era um homem pragmático, que se amoldava de acordo com as circunstâncias, para além das convicções ideológicas. Em 1929, em entrevista a um jornal gaúcho, disse que sua grande inspiração política era, textualmente, “a renovação criadora do fascismo de Benito Mussolini”. No momento em que a democracia e o sistema representativo se encontravam em xeque, com a quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão norte-americana, ele se posicionava como um simpatizante assumido dos regimes autoritários europeus, incluindo o nazifascismo, que surgia como pretenso antídoto para a crise do regime democrático. Chegou, inclusive, a cogitar o apoio brasileiro ao Eixo durante a Segunda Guerra, mas acabou aderindo aos Aliados por questões econômicas e estratégicas.

Alguns avanços de Getúlio na área trabalhista são modernos até hoje, tanto é que sofrem críticas dos setores mais conservadores da economia. Neste aspecto, pode-se dizer que Getúlio era “de esquerda”?

Lira: Quando Getúlio, após a queda em 1945, retornou ao cenário político em 1950, em pleno contexto da Guerra Fria, a defesa que sempre fizera do Estado intervencionista o colocou, pelo menos no plano do discurso, à esquerda do espectro político. Enquanto seus adversários pregavam a manutenção do alinhamento incondicional aos Estados Unidos, interpretando assim de modo esquemático qualquer negação ao liberalismo como uma opção pelo comunismo russo, ele passou a defender a “democracia social”, reforçando a ideia geral de que se convertera ao socialismo. Tratava-se, é claro, de uma simplificação, de um reducionismo. Getúlio sempre foi um anticomunista ferrenho. E, a rigor, com sua polca de industrialização e de urbanização do país, promoveu a gênese do próprio capitalismo no Brasil.

Mesmo seu primeiro governo tendo sido uma ditadura severa, você considera que Getúlio teve qualidades como presidente? Quais?

Lira: Getúlio, com todas as suas inúmeras contradições, deixou pelo menos dois grandes legados para o país. O primeiro foi o seu projeto nacional desenvolvimentista, que nos legou por exemplo a Petrobras, a siderúrgica de Volta Redonda e o BNDES, conduzindo assim um país agrário, semifeudal, monocultor, para o caminho da industrialização. O outro legado, sem dúvida, foi a vasta legislação trabalhista, que impôs um relativo equilíbrio na relação entre capital e trabalho e representou um inegável avanço para uma nação que, numa perspectiva histórica, se encontrava recém-saído da escravidão. Em síntese, Getúlio ajudou a modernizar o Brasil. Mas, mesmo nesse caso, é preciso evitar o pensamento simplista. As conquistas no campo do trabalhismo não podem ser entendidas como um gesto benevolente e magnânimo de um “pai dos pobres”. Elas foram conquistas da própria classe trabalhadora. Getúlio teve a sensibilidade histórica e a astúcia política de responder a uma demanda pré-existente. O movimento sindical dos anos 20, controlado por anarquistas e comunistas, pressionava por mudanças. Ao decretar leis favoráveis ao trabalhador, Getúlio tomou-lhes a bandeira e passou a tutelar o sindicalismo, por meio do Ministério do Trabalho. Bom lembrar que não havia sindicatos livres durante o Estado Novo.

Por último: por que São Paulo não tem nenhuma avenida com o nome dele?

A rusga dos paulistas com a memória de Getúlio remete, é óbvio, ao trauma da Revolução Constitucionalista de 1932. Contudo, como bem salientam vários historiadores e cientistas políticos, São Paulo acabou sendo o grande beneficiado pela política de industrialização da chamada Era Vargas. Com um detalhe: na sua volta ao poder, nas eleições de 1950, Getúlio teve a campanha financiada por membros da emergente burguesia industrial paulista.

Clique aqui para ler mais sobre Getúlio e o golpe de 1964 no especial da EBC, de onde reproduzo este vídeo com Lira Neto: https://youtu.be/dTQIbDtdEW4


 Editorial Cultural FM Torres RS – 23 agosto 2023

O Arcabouça enterra o Teto de Gastos

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Café da Manhã - ´Podcast FOLHA UOL

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/08/podcast-explica-o-que-esta-em-discussao-na-cupula-do-brics.shtml 

Podcast explica o que está em discussão na Cúpula do Brics. Encontro em Joanesburgo debate expansão do grupo e estratégias para reduzir dependência do dólar

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A aprovação, ontem, do Arcabouço Fiscal, instrumento que pretende regular os gastos públicos em substituição à PEC 95, denominada PEC da Fome, de iniciativa do ex Pres. Temer, na sua obsessão por uma PONTE PARA O FUTURO, num sentido absolutamente contrário ao que foi o Programa ESPERANÇA E MUDANÇA de Ulysses Guimarães, na Nova República que se inaugurava promissora em 1985, é um alívio para a Nação. Não se trata de instrumento nem ideal, nem definitivo. Já se imaginam alterações para o ano que vem. Mas tem o mérito de romper a inércia de um discurso que se disseminou pelo mundo e pelo Brasil que proclama a absoluta prioridade da governança ao equilíbrio das contas públicas. Veja-se, por exemplo, aqui mesmo no Rio Grande do Sul. Os dois últimos governadores – Sartori e Leite - só falam em privatizações e cortes de gastos enquanto a economia gaúcho periclita na estagnação à falta de investimentos, tal como vem denunciando o Economista CARLOS PAIVA, autor de um livro, ainda inédito, mas que tivemos oportunidade de apresentar ao público e que será lançado na Feira do Livro de POA neste ano. Esta obsessão pelo equilíbrio fiscal, desprezada por economistas do pós guerra influenciados por J.M.Keynes, veio à tona com os governos conservadores de TATCHER e REAGAN nos anos 1980 e se consolidou como regra compulsória de governança no chamado CONSENSO DE WASHINGTON, em 1989, instaurando o NEOLIBERALISMO como ideologia capaz de promover o progresso e a paz mundial. Não conseguiu nenhuma coisa , nem outra, mas persiste como inércia discursiva em obediência às exigências dos grandes blocos financeiros articulados ao dólar. A mudança ontem aprovada, enfim, é uma abertura a um novo diálogo sobre finanças públicas e governança cujos desdobramentos dependerão da capacidade da sociedade brasileira se mobilizar para a recuperação de sua soberania diante das pressões internacionais e, assim, retomar seu ritmo histórico de desenvolvimento. Coincide, no tempo, com a abertura da Reunião do BRICS na Africa do Sul, o qual emerge com grande autonomia e desenvoltura na geopolítica mundial com o peso de ter metade da sua população e 40¨% do seu PIB, além do peso inequívoco de sua potência militar, aí incluídas três potências nucleares.

O mundo, enfim, gira, a Luzitana roda e como dizemos aqui, “tudo di-muda”.

Anexo 

Arcabouço fiscal: chantagem e catastrofismo - 2/08/2023 Paulo Kliass , Doutor em Economia - Todo mundo sabe que a votação na base da tratoragem impede maior debate da matéria e dificulta a visualização de alternativas para tornar o novo arcabouço fiscal menos austero e menos prejudicial ao uso da política fiscal como instrumento de retomada do crescimento da economia

https://forum21br.com.br/todos/arcabouco-fiscal-chantagem-e-catastrofismo/ 

A dinâmica do debate a respeito da questão fiscal se assemelha às séries que pipocam por todas as telinhas, sempre apresentadas ao público com várias temporadas e muitos episódios. Se considerarmos que os principais roteiristas do tema sempre estiveram pagos e contratados pelos interesses do financismo, não é difícil perceber quais os desenhos e os paradigmas que estiveram presentes nas propostas oficiais desde o início da década de 1990.

Ao contrário das intenções da maioria dos constituintes eleitos em 1986 e que trabalharam no projeto da nova Carta Magna adotada oficialmente em 1988, as classes dominantes brasileiras em quase todos os momentos preferiram se orientar pelos comandos emanados do establishment financeiro internacional. Eram os tempos do esmagamento político e ideológico promovido pelos organismos internacionais, pelas principais instituições universitárias vinculadas ao universo empresarial e pelos grandes meios de comunicação em todos os continentes. Enfim, era a época de ouro do neoliberalismo e do então chamado Consenso de Washington. A doutrina ganhava contornos mais chiques com a sigla em inglês TINA – “there is no alternative”, para dizer que esse era o único caminho possível.

Para além das recomendações de privatização das empresas estatais, de redução da dimensão do setor público ao seu Estado mínimo e de liberalização generalizada das atividades econômicas, havia uma orientação expressa pela implementação de políticas e regras visando a austeridade fiscal. Ao longo desses quase 40 anos, o Brasil cumpriu com boa parte do seu “dever de casa”, para mencionar a famosa expressão tão ao gosto dos articuladores e lobistas vinculados ao povo das finanças. Na verdade, foram os sucessivos governos que levaram à frente tais medidas de natureza conservadora, cada um ao seu ritmo e com suas devidas particularidades.

Austeridade fiscal vem de longa data.

Assistimos ao longo processo de venda de empresas públicas e de economia mista de diversos ramos da economia, da colocação em marcha das medidas de desregulamentação de amplos setores e da adoção de medidas de arrocho na política econômica, em especial na área fiscal. Nesse último caso, um marco importante deu-se com a aprovação da Lei Complementar nº 101/2000, que ficou conhecida como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ela pretendia estabelecer regras mais duras para a dinâmica e a orientação da política fiscal, com definição de atribuições das relações do governo com o Tesouro Nacional e também das formas de relacionamento e obrigações dos tesouros estaduais e municipais.

Surgem aí as determinações oficiais de busca de superávit primário, o cumprimento das metas de indicadores de endividamento público e a orientação generalizada de um viés de ajuste pelo lado de cortes nas despesas. Por outro lado, de alguma maneira, foram lançadas também ali as bases para uma abordagem que apontava para a criminalização da política fiscal. Ao longo das primeiras décadas de vigência da nova legislação, a orientação para penalizar entes federados e gestores públicos atingiu especialmente os governos estaduais e os municípios. Mas a pressão sobre o governo federal aumentou de intensidade a partir da chegada de Lula ao Palácio do Planalto em 2003. O ápice de tal apologia à austeridade veio com o golpe perpetrado contra Dilma Roussef, cujo processo de impedimento foi iniciado com aquilo que a grande imprensa cunhou irresponsavelmente como “pedaladas fiscais”.

No final daquele mesmo ano em que Michel Temer assume a Presidência da República, tem início uma nova temporada na questão fiscal. Em dezembro de 2016 é promulgada a Emenda Constitucional nº 95, estabelecendo o teto de gastos. A partir do chamado “novo regime fiscal” ali estabelecido, o Brasil estaria condenado a atravessar 20 longos anos sem que nenhum aumento no volume de despesas primárias fosse permitido. Entre 2017 e 2036 o total de gastos orçamentários não-financeiros só poderiam ser corrigidos de acordo com a inflação de cada exercício ao longo do período.

Teto de gastos foi catastrófico.

A aprovação de tal dispositivo pelo Congresso Nacional revelou-se uma vitória das alas mais extremistas do financismo e pavimentava a rota para a privatização das empresas estatais e para a transferência ao capital privado da responsabilidade por oferecer à maioria da população as políticas públicas previstas na Constituição. Os “especialistas” papagueavam a torto e a direito a tese de que o orçamento não era capaz de dar conta das obrigações previstas na Constituição. O mais impressionante é que tais ideias equivocadas e oportunistas voltam a circular nos tempos atuais pelas bocas de integrantes do governo.

O flagrante excesso de draconismo previsto na regra colaborou para que ela tivesse uma vida mais curta do que o imaginado por seus criadores. A relação entre os poderes Executivo e Legislativo, por mais que houvesse uma figura como Paulo Guedes como superministro da economia no governo de Jair Bolsonaro, acabou construindo meios para se escapar às restrições de gastos. Essa dinâmica era ainda mais evidente em anos de eleições, quando a lógica da sobrevivência das lideranças políticas acaba falando mais alto do que eventual obediência aos ditames da ortodoxia financista. Assim, buscava-se a cada momento encontrar uma solução casuísta para agradar às bases do governo no parlamento sem que o teto de gastos fosse formalmente revogado.

A derrota de Bolsonaro em outubro do ano passado colocou um sério freio nas pretensões da extrema direita em se perpetuar no poder por meio de mecanismos golpistas e autoritários. A vitória de Lula deu-se com base em uma ampla frente contra o fascismo, mas apontava para um programa desenvolvimentista e de reconstrução do Estado e suas políticas públicas. Durante a campanha, o candidato a um terceiro mandato presidencial sempre se manifestava pela revogação do teto de gastos, com a promessa de fazer 40 anos em 4. No entanto, durante o período de transição, ele foi convencido pelo futuro Ministro da Fazenda de que a melhor estratégia seria apresentar uma PEC, onde a revogação do teto de gastos estaria condicionada à apresentação de um novo arcabouço fiscal pelo novo governo.

Lula 3.0: revogar teto de gastos e romper com austeridade

Naquele momento pode-se dizer que teve início uma nova temporada da série sobre a questão fiscal. A prioridade concedida por Fernando Haddad às negociações com o Presidente do Banco Central e com demais representantes do sistema financeiro culminou no Projeto de Lei Complementar PLP 93. Trata-se de um novo modelo de austeridade fiscal – menos calamitoso do que o teto de gastos, é verdade – mas nem por capaz de atender as reais necessidades de crescimento e desenvolvimento que a maioria do País tanto aguarda. Como o Ministro da Fazenda se recusou a ouvir as propostas de economistas não alinhados com a nata das finanças ou as sugestões das centrais sindicais e demais entidades do campo democrático e progressista, a proposta do governo Lula 3.0 terminou por ser aquela de interesse apenas dos grandes bancos.

Além disso, no afã de carimbar seu passaporte de bom mocismo junto às elites endinheiradas, Haddad colaborou para a criação de um clima enganador de uma suposta urgência urgentíssima para aprovação das novas regras ficais. A PEC dava um prazo até final de agosto para o governo apresentar ao poder legislativo sua proposição. Haddad exigiu que a matéria fosse concluída a toque de caixa, sem nenhum debate e a Exposição de Motivos acompanhando a proposição foi assinada em 17 de abril. Tamanha pressa revelou-se sem necessidade alguma e a matéria segue até agora no interior do Congresso Nacional, em um jogo de empurra entre as versões aprovadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. E nem por isso o Brasil quebrou.

No episódio atual, percebe-se uma tentativa de reanimar o clima de chantagem e catastrofismo que sempre envolveu o tratamento da questão. Por um lado, o Presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, se utiliza pela enésima vez de seu poder na definição de pautas e prioridades para reforçar a chantagem junto a Lula e obter cargos na composição ministerial e no segundo escalão do governo. Por outro lado, cresce um descontentamento generalizado com o texto, uma vez que os próprios parlamentares da base e da oposição percebem os prejuízos de entrar em ano eleitoral sem a possibilidade de se utilizar das despesas orçamentárias em suas regiões.

O financismo e os grandes meios de comunicação alardeiam para os supostos riscos de não se aprovar a matéria rapidamente. Mentira! As regras para execução do orçamento até dezembro de 2023 já estão dadas. As diretrizes do novo arcabouço fiscal previstas no PLP 93 só entrarão em vigor para o exercício de 2024 e os seguintes. Não há razão para tamanho assanhamento – a não ser a reprodução do clima pré apocalíptico caso a medida não seja votada ainda em agosto. Todo mundo sabe que a votação na base da tratoragem impede maior debate da matéria e dificulta a visualização de alternativas para tornar o novo arcabouço fiscal menos austero e menos prejudicial ao uso da política fiscal como instrumento de retomada do crescimento da economia.

A versão apresentada por Haddad não contemplava as falas de Lula quanto à retirada de saúde e educação do conceito reducionista de “despesa”. A proposta enviada não abre alternativas para se aumentar a necessária e urgente capitalização de empresas estatais. O PLP 93 insiste nas regras de superávit primário e aponta a meta de zerar o déficit em 2024, ano em que haverá eleições para prefeitos e vereadores em todos os mais de 5.700 municípios do País. Assim, mesmo os parlamentares de perfil mais conservador reagem a esse tipo de restrição de dispêndios.

Arcabouço fiscal: não há urgência nenhuma!

Além disso, o novo arcabouço fiscal continua focando na contenção das despesas como estratégia para a busca do sacrossanto equilíbrio. De acordo com a medida, os gastos só poderão crescer a um ritmo de 70% do ocorrido com as receitas. Não existe argumento plausível para tal orientação, a não ser apontar para a redução paulatina da capacidade de o Estado cumprir com suas obrigações constitucionais e atender às necessidades da maioria da população.

O mais adequado seria aguardar o retorno de Lula de sua viagem à África para buscar um novo entendimento a respeito do tema. Imagina-se que esses quase 8 meses de governo tenha sido um tempo suficiente para cair a ficha no conjunto dos partidos da base a respeito dos equívocos presentes nos dispositivos do PLP 93. O Senado Federal já incluiu algumas medidas de flexibilização da austeridade. Esse é momento para recomeçar um debate honesto e sincero a esse respeito. Não existe urgência alguma para novo atropelo de tramitação.

Trazer um pouco mais de serenidade, de luz e de oxigênio a essa discussão incomoda aqueles que não querem mudança alguma na medida enviada. Mas a sociedade tem todo segundo semestre pela frente para esclarecer as dúvidas e definir um modelo fiscal que rompa com os preceitos da austeridade burra e desnecessária. Lula sempre insiste na necessidade de oferecer a dimensão social à responsabilidade fiscal. Esse é o momento de incluir tal preocupação no projeto de lei em debate no Congresso Nacional


Editorial Cultural FM Torres RS dia 22 agosto 23

Dia 22 de agosto – Dia do Folclore Brasileiro

O Dia do Folclore Brasileiro, hoje celebrado em todo o Brasil, foi oficialmente fixado em Decreto de Lei nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, posteriormente aprovado pelo Congresso Nacional, a partir de proposta do Congresso Nacional de Folclore realizado naquele ano. O folclore se manifesta por meio de , lendas, canções, danças, artesanatos, festas populares, brincadeiras, jogos e outras manifestações, como a própria indumentária. o Brasil muitos elementos folclóricos, embora cada vez mais invadido por manifestações estrangeiras como o Dia das Bruxas, de origem irlandesa, mas há um consenso que nosso manancial se nutre da tradição indígena, africana, lusitana – como as congadas e a Festa do Divino Espírito Santos – e até de imigrantes que trouxeram na bagagem suas próprias tradições, como, por exemplo, italiano e alemães no Sul. Nossos personagens mais autênticos são, entretanto, o saci-pererê, a iara, o boto, o curupira, boi-tá-tá, mula sem cabeça e o negrinho do pastoreio.

Não existe um povo sem folclore, pois ele o identifica culturalmente e antecede a escrita, e, por isso, é considerado pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, sendo imprescindível a realização de esforços para a sua preservação. O termo folclore vem do inglês – folklore -. Palavra criada por William John Thoms, em 1846 para significar o saber popular transmitido oralmente através de gerações. Quando este saber se institucionaliza, seja pelo Estado, seja por Organizações, mesmo genuínas, como o Movimento Tradicionalista Gaúcho, voltadas à sua preservação, corre o risco de se descaracterizar, transformando-se em fantasmagoria. Daí a emergência de instituições voltadas ao seu estudo, tal como as que hoje existem em vários países do mundo, e de escritores, como Herder e irmãos Grimm que registram e imortalizam esses saberes sempre entremeados de muita fantasia e mitos. Obra imprescindível ao estudo do Folclore, nas suas diversificadas interpretações, é o livro A Invenção das Tradições, do historiador Eric Hobsbawn, até pela desmistificação que faz sobre a “originalidade” desta manifestação cultural.

 

 “Mito e invenção são essenciais à política de identidade pelo qual grupos de pessoas ao se definirem hoje por etnia, religião ou fronteiras nacionais passadas ou presentes, tentam encontrar alguma certeza em um mundo incerto e instável, dizendo: "Somos diferentes e melhores do que os outros". (Eric Hobsbawm , Sobre a História -p. 19)

 

 Aqui no Brasil, destacaram-se como folcloristas Luís Câmara Cascudo, fundador da Sociedade Brasileira de Folclore em 1941 e autor de Folclore do Brasil, e Mário de Andrade, pelo seu exaustivo trabalho de recolecção das manifestações da cultura popular, sendo de se destacar, também, o nome do cearense Leonardo Motta, dedicado editor de adágios populares (tenho-o, por doação de seu neto, velho amigo, já falecido, à cabeceira...) e o de Paixão Cortes, no Rio Grande do Sul, pela sua contribuição ao tradicionalismo gauchesco. Merecem lembrança, ainda os escritores Christopher Kastensmidt, Samir Machado de Machado e Enéias Tavares, os quais constroem tramas que misturam História, ficção e realismo fantástico, com destaque a elementos do folclore nacional. Mas veja-se também estas sugestões: 

10 livros para aprender sobre o folclore brasileiro

No Brasil, a questão do folclore é tratada no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular , ligado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, do Ministério da Cultural e periodicamente são realizados congressos nacionais para discuti-lo 

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/400

 

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) tem atuação nacional e sua missão consiste na pesquisa, documentação, difusão e execução de políticas públicas de preservação e valorização dos mais diversos processos e expressões da cultura popular. Sua estrutura abriga: o Museu de Folclore Edison Carneiro, a Biblioteca Amadeu Amaral e os setores de Pesquisa e de Difusão Cultural, além da área administrativa. 

Criado em 1958 e vinculado ao Iphan desde 2003, o Centro atua em diferentes perspectivas com o objetivo de atender as demandas sociais que se colocam no campo da cultura popular. Entre suas principais ações destacam-se os projetos de fomento da cultura popular, desenvolvidos pelo Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural (Promoart) e Sala do Artista Popular (SAP); programas de estímulo à pesquisa, como o Concurso Sílvio Romero de monografias, o Etnodoc (edital de filmes etnográficos), o Dedo de Prosa (fórum de debates) e o Projeto Memórias dos Estudos de Folclore.

Na área de difusão e formação de público, destacam-se o programa de exposições, o programa educativo, o Curso Livre de Folclore e Cultura Popular e os programas de edições e intercâmbio. E na área de documentação, o tratamento, atualização e disponibilização dos acervos museológico (14 mil objetos – MFEC), bibliográfico e sonoro-visual (300 mil documentos – BAA), parte deles disponibilizada em suas coleções digitais. 

 

No Rio Grande do Sul, reina, soberano sobre as tradições o Movimento Tradicionalista Gaúcho- MTG-, sob o qual se disseminam no país e no mundo os Centros de Tradição Gaúcha. Nos últimos anos este Movimento tem sido contestado sob o argumento da diversidade étnica da população rio-grandense. No litoral norte do Estado, de forte presença açoriana e distante do foco original e de maior peso na sociedade do Rio Grande do Sul, o tradicionalismo subsiste, mas sem o peso que tem na metade sul. 

 

 

Ainda assim, mesmo esta conquista do MTG vem sendo cada vez mais contestada pela crítica mais criteriosa do Rio Grande do Sul. A partir de 2007 começam a crescer as contestações ao caráter hermético e segregacionista do MTG, culminando na subscrição de um “Anti –Manifesto” , cuja principal mensagem é “O talibã é aqui”

 

“Um dos fenômenos socioculturais mais emblemáticos do Rio Grande do Sul, com repercussão no Brasil, começou a ocorrer em 2007. Alguns representantes da área cultural e da comunicação sistematizaram as interpretações e as opiniões de dezenas de intelectuais e artistas sobre o Movimento Tradicionalista Gaúcho.

 

Desse ponto de vista, o Manifesto condenou a militância tradicionalista para mangueirar o povo, demonstrando a insustentabilidade histórica de sua pretensão usurpadora, ao mesmo tempo em que defende um processo de inclusão na historiografia e na cultura de participação e representação republicana de todos os segmentos sociais.

Com os signatários iniciais, o Manifesto foi disponibilizado na internet. Através de um link, aqueles que concordavam com suas reflexões, passaram também a assiná-lo durante algum tempo. Multiplicou-se vertiginosamente por blogs, sites e emails. Uma repercussão extraordinária! Exceto para a mídia tradicional. Nenhum jornal impresso, rádio ou televisão pautou o assunto. Enquanto isso, as redes sociais o multiplicaram, novas interpretações apareceram, milhares de acessos ao endereço http://gauchismos.blogspot.com/ .”

           (Tau Golin - Hegemonia gauchesca - www.sul21.com.br - 15/09/11 ) 

 

Enfim, neste Dia Nacional do Folclore há que ter presente que passado e presente se entrelaçam na construção de nossa identidade, seja nacional ou regional, tal como afirma Rubem Oliven:

Nas Américas, assim como na Europa, a associação entre passado e presente foi uma constante em projetos modernizadores ligados à criação de estados nacionais ou à organização da sociedade. Se a nação é “uma comunidade de sentimento que normalmente tende a produzir um Estado próprio” (Weber, 1982, p. 207), antigas tradições reais ou inventadas - precisam ser invocadas para dar fundamento ‘natural’ às identidades em vias de criação, obscurecendo-se assim o caráter artificial e recente dos Estados nacionais. Essa dialética entre velho e novo, passado e presente, tradição e modernidade, foi uma constante nos processos que estamos analisando no Rio Grande do Sul.

(Ruben G. Oliven , Em busca do tempo perdido - O Movimento Tradicionalista Gaúcho- http://www.torres-rs.tv/site/pags/rgsul_folclore2.php?id=879" )

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Anexo

Encontro com Escritores de POA – Ondina Fachel Leal – 5 agosto 2023 - https://facebook.com/events/s/porto-alegre-250-anos-entrevis/6378318298926865/?mibextid=Gg3lNB

2021 - Lançamento do livro OS GAÚCHOS - CULTURA E IDENTIDADE MASCULINA NO PAMPA, DE ONDINA FACHEL LEAL - TOMO EDITORIAL.- Resenha

 Adeli: OS GAÚCHOS 

 Esta visualização - título com meu nome- é uma provocação para captar sua leitura. Alguns, sem dúvida, vão dizer: o que este catarinense tem a falar? 

 Não sou eu que tenho uma tese sobre quem é ou não é gaúcho. Vou falar de algo mais amplo, mais sério, que é do livro de Ondina Fachel Leal, “Os Gaúchos – cultura e identidade masculinas no pampa”. É o livro que veio para ficar, para que não se perca mais tempo com discussões esotéricas, porque a realidade do gaúcho e seu locus está nas páginas deste livro.

 Trata-se de livro da antropóloga porto-alegrense, lançado em 2021 pela Tomo Editorial. O texto deste livro tem como base sua tese de doutoramento feito nos EUA, em 1989. Ou seja, nosso acesso ao escrito em português se dá há mais de 30 anos depois.

 Aqui não temos uma resenha, nem um texto crítico, temos uma provocação para a leitura obrigatória deste texto profundo, sério, fruto de uma pesquisa exaustiva nos campos abertos do pampa, em especial na região de Alegrete e Artigas no Uruguai.

 Vou tentar mostrar com alguns tópicos as razões pela leitura, a começar pelo Prefácio – “O mais eloquente dos silêncios” – do professor titular de antropologia do Museu Nacional/UFRGS.

 Temos boas razões da leitura, insisto, também na Apresentação – Trinta anos, trezentos anos – feita pelo professor titular de Literatura no Instituto de Letras, Luís Augusto Fischer. Para mim, o Professor Fischer fez um grande bem para todos nós em convencer a autora a produzir o livro em português. Não cabe aqui falar deste tempo em que era “apenas” uma tese acadêmica em inglês. Ganhamos todos nós.

 Na Introdução, de 2020, Ondina nos explica o seu “Reencontrando os gaúchos”. 

 Vou seguir os capítulos, para pegar o fio da meada dos escritos para as pessoas terem uma ideia da pérola que agora os leitores em português em mãos. 

 Ondina começa com “O gaúcho e o Pampa – terra de fronteira sem fronteiras”, o que lembrou Artigas e Andresito, entre outros que sempre sonhavam com uma “pátria sem fronteiras”. No livro em várias passagens fica claro que para o gaúcho a “fronteira” pouco ou nada lhe diz respeito.

 Na página 39, aparece o título “Homens montados: o Sul como área cultural” para logo em seguida tratar da semântica do termo gaúcho: “guerreiro, bandido, herói, trabalhador”.

 No Capítulo seguinte: “Trabalho de campo – quando o campo é campo” – temos o “recorte” da pesquisa, das planuras da Pampa, das estâncias, dos vilarejos, do trabalho dos peões etc para ela nos falar de “Uma intrusa em um universo masculino: notas sobre o método”.

 “O galpão e suas histórias” é, em minha opinião, o início da apreciação da seiva não só do favo de mel, mas de toda a caixa dele. Ela ao escrever: “O galpão, a casa dos homens” é o toque de mestre para entender a sua busca do “ser gaúcho”: causos ali contados, payadas, chistes, ditados, “lore” (tradição) do riso etc.

 Para se entender melhor, o capítulo seguinte “Mulher, a alteridade ausente” (em contraposição a “casa dos homens, no caso o galpão. Ali, Ondina trata da ausência feminina. A autora fala á exaustão da vida das mulheres, fora da estância, em “las casas”.

 Em seguida, vamos à leitura de “Os homens e seus galos” – um título genial porque tem significados múltiplos, ali a autora fala de “Rinha de Galos”. E esta relação “homem-galo”, o rinhadeiro, o jogo, tudo com um ar de “proibido”, mostra como há clara indicação do modo de ser galo, postura, coragem, bravura, luta até a morte como um gaúcho e se vê.

 O mais chocante é quando chegamos ao capítulo “Suicídio – a morte como um discurso final” – não porque falar da morte por determinação pessoal, mas porque é um meio de ser, de mostrar que o gaúcho tem domínio sobre si e seu meio pela coragem, tanto que pode e vai tirar sua vida.

 Expus aqui um relato breve dos capítulos e seu conteúdo.

 Não poderia deixar de falar e citar aqui o poeta gauchesco, talvez o mais significativo, Vargas Netto:

 E o que o gaúcho fez!?

 Quanto caboclo bicharedo

 Chegava rindo, como num brinquedo

 e entreverava na peleia

 Como quem entra num bochincho”

(...)

 “Está na massa do sangue desse povo,

 Porque o gaúcho é como o cinamomo,

 duma ponta de raiz brota de novo

 e um outro cinamomo ficará de pé.”

(...)

 Um gaúcho se mata e não se vence”

 

 A poesia de anos e anos, bem antes dos estudos de Ondina, Vargas Netto publicou em sua Tropilha Crioula em 1925.

 A autora também se valeu da nossa literatura, das musicas, dos causos para poder afirmar o que, de fato, é O GAÚCHO. Não estamos aqui tratando como vulgarmente falamos que gaúcho é qualquer pessoa daqui, do Rio Grande do Sul. Na verdade, estamos diante de rio-grandenses. Já que gaúchos são homens da Pampa, trabalhadores da campanha, que vivem solitários nas lides da produção de gado, equinos, ovelhas, vivendo no galpão da estância, com o “seu” cavalo, sendo ele a figura mitológica do “centauro”.

 Vimos linha a linha, página a página, como é o gaúcho, o seu ser, o seu fazer, como se forja o homem trabalhador da estância, como a imagem que se tem desta mesma pessoa: homem, solitário, vivendo isolado numa fazendo, morando, alimentando-se no galpão. Homem vivendo entre outros homens, distante das mulheres que lhes metem mais medo do que qualquer outro sentimento.

 Pelos escritos de Ondina Fachel Leal nos levam a pensar na necessidade de discutirmos mais nossa cultura, nossas origens, como chegamos a este gaúcho, passando por Sepé e Andresito.

 Nada melhor do que ler o livro, pois este texto é uma mera instigação.

Adeli Sell - 2023, 17.08 – in www.cronoletespoa250.com 

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 Editorial Cultural FM Torres RS DIA 21 AGOSTO

 - “O preço da liberdade é a eterna vigilância”

O título deste Editorial não tem nada de original, nem de inspiração esquerdista. Trata-se do lema da antiga UDN, Partido que se formou no fim da ditadura Vargas em 1945 e que reuniria as forças conservadoras do país em oposição ao seu legado até o golpe militar, em 1964. Depois disso os udenistas se constituiriam no núcleo principal dos políticos que dariam sustentação ao regime ali instalado até a redemocratização em 1985, quando muitos deles já haviam morrido, estavam já fora da vida pública ou simplesmente inconformados com os rumos do regime que ajudaram a criar. Emblemático deste processo foi JOSÉ SARNEY, tido como UDN Bossa Nova nos anos 1950, quando governava o Maranhão e que presidiu o Partido governista – ARENA – até às vésperas do pleito indireto que elegeria Tancredo Neves, pelo PP, meio herdeiro do velho PSD. Sarney, então, saltou da ARENA para o MDB para ocupar a vice-presidência de Tancredo. Como todos sabem, com a morte deste, virou Presidente por cinco anos. O Presidente da Nova República, de 1985 até 1990...

O preço da liberdade, porém, entre nós, voltou a ser cobrado diante dos distúrbios da transição de Bolsonaro para Lula III, culminando nos episódios do 8 de janeiro. Seu produto rolou nas redes sociais como palavra de ordem para impor a vontade direta das mobilizações populares contra a vontade das urnas. Não poucas exortações à liberdade foram disseminadas nas ditas redes como justificativa esfarrapada para o assalto ao Poder. Muitos ingênuos, outros por convicção autoritária, outros por interesse, caíram na cantilena e se lançaram aos acampamentos à frente dos quarteis pedindo INTERVENÇÃO MILITAR, sem se aperceberem que isso conduziria, inevitavelmente, à eliminação, primeiro das liberdades públicas, depois das liberdade privadas, tal como, aliás, aconteceu em 1964 e que perduraria, com grandes sofrimentos até a reconstitucionalização do país em 85. Deu tudo errado para eles. As recentes investigações da Polícia Federal e a CPI dos ATOS DE 8 DE JANEIRO demonstram que tudo não passava de um ardiloso plano para produzir o caos social e permitir um golpe de Estado. Felizmente, as instituições vigilantes reagiram e o desastrado golpe frustrou-se. Hoje, seus inspiradores correm o risco de serem presos. A vigilância conservadora sobre a liberdade se impôs aos liberticidas de ocasião que a queriam soterrada por atos de violência. Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com apoio da Imprensa e da Opinião Pública se impuseram exemplarmente. Não seguimos o roteiro da República de Weimar que se intimidou diante das ameaças nazifascistas em 1933, ruindo aos ditames de Hitler. Saímos até melhor do que a ameaça de Trump nos Estados Unidos, o qual, ainda, pela fragilidade jurídica daquele país poderá voltar soberano ano que vem, podendo, até vir a presidir o Grande Império desde uma das celas de alguma cadeia, coisa que nenhuma literatura ousaria propor. 

O que alguns, aqui, não compreenderam - e agora pagam por isso! -, sobretudo no exercício de funções públicas em armas, sejam meros policiais civis, praças e oficiais superiores das PMs, PRF e oficiais superiores das Forças Armadas é que não é crime ser comunista, socialista, trabalhista ou petista mas é crime ser fascista e atentar contra o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITOS, duramente reconquistado depois de 21 anos de duro regime militar. Perderão seus empregos, gastarão fortunas com advogados e ainda passarão um tom tempo nas grades para aprender o significado das palavras DEMOCRACIA e CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA. Os primeiros julgamentos deverão ocorrer em setembro próximo.


Editorial Cultural FM Torres RS dia 18 de agosto 2023

 

A CASA CAIU...

 

O depoimento do hacker Delgatti, ontem, na CPI confirmou o velho dito de que sabe-se como começa uma Comisão de Inquérito, mas nunca se sabe onde vai parar. A CPI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro foi uma proposta infeliz dos bolsonaristas animados com a possibilidade de reverter o óbvio: sua própria responsabilidade sobre aquele atentado aos centros do poder republicano, atribuindo-a a falha ou até intenção do novo Governo Lula. O próprio Presidente Lula evitou a criação da CPI mas, afinal, foi tanta a pressão dos bolosonaristas que acabou liberando sua bancada a aceitá-la. Deu no que deu: A CPI vai acabar incriminando não só os seguidores do Ex Presidente, como ele próprio. Já está inelegível pelo TSE, agora corre o risco de ser preso e condenado como responsável por múltiplos crimes contra a Sociedade e o Estado Democrático. As acusações começam lá na sua recusa em administrar a pandemia, passa pela sua campanha contra as urnas eletrônicas e ataques a membros da Suprema Corte , atravessam seu comando sobre os ataques de 8 de janeiro e culminam na rocambolesca venda de jóias do Estado em benefício próprio. O pronunciamento do hacker, embora sujeito a confirmações já em curso pela Polícia Federal foi, para Bolsonaro, o que foi a entrevista à Veja por Pedro Collor, irmão do então Presidente Collor e que o levou ao impeachment em 1992; ou o que foi a revelação da participação do famoso Chefe da Guarda Pessoal de Vargas – Gregório - no atentado que levou à morte o Major Vaz, nos idos de 1954, levando o Presidente ao suicídio. Bolsonaro desmentiu imediatamente as declarações de Delgatti mas não nega o encontro com este criminoso e seu encaminhamento ao Ministério da Defesa. Inútil. Dificllmente escapará ileso. Pior, a trama do golpe contra a democracia tende a ser revelada em maiores detalhes com a revelação de conversas de Bolsonaro,, sua esposa, do General MAURO LORENA CID e do próprio CID, já autorizadas pela CPI e Supremo, entre altos membros do Governo Bolsonaro, inclusive membros do Alto Comando das FFAA. Pior, o Cel. Mauro Cid já cedeu diante do envolvimento do pai em todo este processo e decidiu falar. Está negociando uma confissão à POLICIA FEDERAL e será novamente convocado à CPI. Para ele, CONFISSÃO é melhor do que DELAÇÃO PREMIADA, que poderia leva-lo imediatamente a uma Tribunal Militar. Dirá que negociou as jóias a mando do Ex Presidente e que lhe entregou os recursos obtidos. Igual, dificilmente escapará à expulsão do Exército. Mais um mau militar na lista que começa com o próprio Bolsonaro, que recebeu do General Geisel tal acusação e que não honram Caxias , Deodoro, Floriano Peixoto, Rondon e Henrique Teixeira Lott... O indiciamento judicial de Bolsonaro, doravante, será inevitável e não está excluída sua prisão preventiva para evitar sua interferência na Justiça. Trata-se, com efeito, de um escândalo que dificilmente o poupará de desgaste político junto aos seus próprios seguidores. E um inédito momento para as FORÇAS ARMADAS diante da História que terá que enfrentar o envolvimento de oficiais superior em comando com intenções golpistas em conluio com Bolsonaro. Nem a redemocratização dos anos 80 conseguiu emparedar aqueles que prenderam e arrebentaram durante o regime militar. Agora isso pode acontecer levando à expulsão do Exército não só o CEL MAURO CID mas outros envolvidos. Terá sido o preço da vã tentativa de saudosistas das armas de tentar recuperar o irrecuperável: O Golpe de 1964. Com o ocaso Bolsonaro, 1964 e seus algozes, como o torturador Cel Brilhante Ustra, irão , enfim, definitivamente, para a lixeira da História. O Brasil , entretanto, renasce disso tudo revigorado democraticamente. Fomos mais longe do que a República de Weimar e da próprio República dos Estados Unidos em impedir a consagração do extremismo de direita. VIVA A DEMOCRACIA E SUAS INSTITUIÇÕES.

 

 


 Editorial Cultural FM Torres RS 16 de agosto 23

ADEUS LÉA GARCIA!

Atriz Léa Garcia morre aos 90 anos de infarto em Gramado - Informação foi confirmada pelo filho e empresário de Léa, Marcelo Garcia. Atriz receberia homenagem com Troféu Oscarito no Festival de Cinema de Gramado nesta terça (15).

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Morreu, na madrugada da terça feira passada, aos 90 anos, atriz Léa Garcia, que seria homenageada com o Troféu Oscarito durante a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Sempre disse que trabalharia como atriz até seu último dia. Fez-se seu sonho: Uma longa e produtiva vida sempre em meio às artes, até o suspiro derradeiro no Festival de Gramado O filho e empresário de Léa, Marcelo Garcia, disse ao g1 que a atriz teve um infarto. Ela chegou a ser encaminhada para o Hospital Arcanjo São Miguel, mas chegou sem vida. Baluarte da presença da mulher negra no palco e nas telas, dela disse, ontem, outra gigante deste protagonismo, Zezé Motta: “Doce, gentil, talentosa, uma estrela, uma pérola. Precisamos reverenciá-la todos os dias". Como Rosa Parks, nos Estados Unidos, que se negou a cumprir, muito jovem, as regras do apartheid para o uso dos ônibus nos anos 1950, virando lenda, Léa Garcia foi, aqui, um marco para atuação da mulher negra no teatro e no cinema, que deve ser sempre reverenciada. AVE LÉA!

A organização do Festival de Cinema de Gramado informou que possíveis alterações na programação serão anunciadas em breve.  

Léa Garcia teve uma história marcante nas artes cênicas no Brasil. Contabilizava mais de 100 atuações, que se iniciaram no Teatro Negro no Rio de Janeiro na década de 1940, incluindo cinema, teatro e televisão. No Festival de Gramado conquistou quatro Kikitos, com "Filhas do Vento", "Hoje tem Ragu" e "Acalanto". Teve papéis marcantes em várias novelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra", "Escrava Isaura” e "O Clone". Quando se tornou conhecida e admirada em todo o país e até no mundo, vez que muitas destas novelas foram levadas a outros países. Com “Orfeu Negro”, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Foi casada com Abdias do Nascimento, quem a descobriu como talento incorporando-a ao Teatro Experimental do Negro que levou ao Teatro Nacional do Rio uma peça clássica toda dirigida, montada e atuada por artistas negros

.Abdias Nascimento+cria+o+TEATRO+NEGRO= LEIA E CONHEÇA AQUI . 

Antes, Abdias já havia desenvolvido o Teatro do Sentenciado, em que trabalhava com penitenciária dramaturgia e escrita. Uma iniciativa que lhe trouxe experiência e sabedoria empírica para o novo empreendimento. O TEN reuniu pessoas que não tinham contato anterior com as artes cênicas. A primeira turma chegou a juntar 600 alunos, a maior parte deles vindos da classe baixa e sem escolaridade. Assim, além das leituras de textos e dos ensaios, o grupo deu aulas de alfabetização e de cultura geral. Abdias enxergava nesse contexto uma oportunidade de fazer a população afro-brasileira enxergar a discriminação que sofria e encontrar seu lugar dentro da cultura afro-brasileira como protagonista.

 Além da ação artística, o Teatro Experimental do Negro também atuou nas frentes sociais. Como defesa da mulher negra, criaram a Associação das Empregadas Domésticas e o Conselho Nacional de Mulheres Negras. Constantemente inferiorizadas, estas mulheres receberam pela primeira vez a chance de questionar as condições de trabalho que lhes eram impostas. Nas palavras de Abdias: “Teve muita “madame” que se aborreceu (…) nós estávamos botando minhocas nas cabeças de suas empregadas”. Era o empoderamento de uma classe que, historicamente, sempre teve seu protagonismo escanteado.

 

Teatro Experimental do Negro (Foto: Divulgação)

 O TEN também promovia concursos como o “Boneca de Pixe” e “Rainha das Mulatas”, que favoreciam a beleza negra. As candidatas eram selecionadas por meio de critérios como a criatividade, conhecimentos gerais e postura ética. O TEN promoveu, ainda, a Semana do Negro e o concurso de artes plásticas sob o tema Cristo Negro. Neste último, organizado pelo sociólogo Guerreiro Ramos junto a Abdias, foram promovidas terapias em grupo de modo a tratar os efeitos psicológicos do racismo em suas vítimas.

  

O grupo teatral de Abdias do Nascimento afirmava negros e negras dentro de uma sociedade cujo racismo historicamente enraizado era disfarçado pela bandeira da “democracia racial”. Fortemente ativo, Abdias do Nascimento defendia a valorização da cultura negra como meio de combate à discriminação racial. O TEN fazia o negro enxergar a exploração pela qual passava e lhe dava autoconfiança para conquistar seu espaço social. O propósito era criar uma dramaturgia de autoria negra, que focasse em temas da cultura afro-brasileira e discutisse questões que, até então, ninguém dava a devida atenção. 

A estreia da companhia nos palcos viria em maio de 1945 com a peça O Imperador Jones, no Theatro Municipal do Rio. O texto, concedido pelo próprio O’Neill a Abdias, foi protagonizado pelo ator Aguinaldo Camargo. Sua atuação rendeu a ele e à companhia elogios da crítica, que subestimaram a qualidade do TEN. Infelizmente, a companhia não pode encenar a peça outras vezes porque o Theatro só fora concedido por uma única noite. 

Nota do Festival de Cinema de Gramado

É com imenso pesar que a organização do Festival de Cinema de Gramado informa que a atriz Léa Garcia faleceu na madrugada de hoje (15), no hotel que estava hospedada em Gramado. A atriz receberia o troféu Oscarito na noite de hoje, ao lado de Laura Cardoso. De acordo com o Hospital Arcanjo São Miguel, a causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio.

Dona Léa Garcia havia chegado a Gramado no último sábado (12) acompanhada do filho, Marcelo Garcia. A atriz circulava diariamente pelo evento, onde acompanhou diversas sessões no Palácio dos Festivais. Em uma de suas passagens pelo tapete vermelho, a atriz afirmou ao portal Acontece Gramado ter “um enorme prazer em estar mais uma vez em Gramado. Esse calor, essa receptividade com a qual a cidade nos recebe. Aqui tem um leve sabor de chocolate no ar. Obrigado a todos que fazem o festival, que participam e que concorrem. Aqui me sinto sempre prestigiada”.

Léa Garcia possuía uma história antiga com Gramado, conquistando quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Aos 90 anos, a veterana detinha de um currículo com mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.

Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações.

Dona Léa seguia ativa nas artes cênicas. Em 2022, atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Pacificado e O Pai da Rita. Ontem (14) havia confirmado negociações com a TV Globo para atuar no remake da novela Renascer.

Possíveis alterações na programação do Festival de Gramado serão anunciadas em breve pela organização.


 Editorial Cultural FM Torres RS 15 de agosto 23

VIÉS DE CONFIRMAÇÃO

Tanta preocupação com a tragédia na UCRANIA! O que dizer, porém, dos 2 mil mortos no Mediterrâneo tentando fugir das guerras e da miséria na África? O que dizer dos 600 mortos no Rio de Janeiro em confrontos da Polícia com o tráfico nos últimos anos...? E o que dizer dos que morrem de fome no mundo? Oressa! Há mais de cem anos, na SEMANA DE ARTE MODERNA de São Paulo, Mario de Andrade declamava ODE AO BURGUÊS, em tom de desabafo contra a razão cínica do mundo moderno - ASSISTA AQUI>> - ; o professor Ricardo de Souza Timm, professor titular da PUC RS, o reitera, com a publicação de seu mais recente livro: “A razão cínica”. O mundo parece mergulhado numa insanidade. Agora, a Arábia Saudita, um dos regimes mais autoritários, suntuosos e regressistas do mundo árabe, acaba de contratar Neymar, como já o fez com outras celebridades do futebol, visando com esta maquiagem uma melhor imagem do país no concerto internacional das nações. A reedição do “Pão e Circo”...

23 carros McLaren por mês, 6 aviões como o usado pelo Palmeiras e 85 imóveis quadriplex: o que Neymar pode comprar após acordo com Al Hilal - Atleta acertou sua transferência para o Al Hilal, clube da Arábia Saudita, por um valor de 320 milhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão) em contrato válido por dois anos.

Me chama a atenção, diante de tudo isso, uma coisa aparentemente irrecorrível: Muitos simplesmente compram as imagens da razão cínica que recobre o mundo e naturalizam barbaridades como a morte da pequena Eloah no Rio de Janeiro, ontem enterrada entre aplausos e grande indignação dos presentes. Com os mesmos sentidos, a mesma estrutura e dinâmica cerebrais, até uma mesma cultura, cada um de nós vê, lê e ouve a tudo isso com interpretação diferente, a maioria com indiferença. Não se dão conta de que não só selecionam o que querem ver, ouver e ler - e as interpretam - conforme alguma misteriosa empatia - ou antipatia –. Com isso, acabam vítimas da denominada “visão de túnel” ou “viés de confirmação”, dois fatores, alias, causadores de graves acidentes aéreos, quando não de acidentes históricos. O preferido Milei nas primárias argentinas repete o histrionismo de Mussolini, Hitler e Trump e os hermanos parecem não se dar disso conta. 

Tem-se a impressão, até, que já não adianta falar, explicar, apontar contradições e erros do mundo. Ninguém ouve a voz da consciência crítica, relegada aos pequenos círculos de reflexão. Os “filósofos”, dizem os ideólogos desta era, os quais negam estarem eles mesmos encharcados de ideologia. Consideram-se “libertários” guiados pelo critério da “eficiência” desdenhando da ética como critério das ações humanas. Com efeito, um inebriante regime de “liberdades” mantém a razão cínica do mundo dispensando velhos mecanismos de opressão e controle. O homem unidimensional sente-se soberano ao escolher a marca do carro que vai adquirir. Tivessem os reis absolutistas este recurso e jamais teríamos assistido a Revolução Francesa e a instaurado a República…Dostoievski já percebia isso no seu tempo e acreditava na Beleza como restauradora do sonho humano. Freud mais tarde, também, meio pessimista, apostava, porém, na cultura. Haverá saída ou mergulharemos no caos? Ontem o Brasil enterrou um de seus grandes intérpretes, sempre preocupado com tudo isso – José Murillo de Carvalho -, autor de 18 livros, membro da Academia de Letras do Brasil. Ele jamais teria topado ser garoto propaganda da Arábia Saudita. Mas quem o chorou…?

Outro professor, José Gerado de Souza Jr., da Universidade de Brasília, sintetizou este descompasso no diálogo contemporânea em sua dicção na CPI do MST na Câmara dos Deputados em Brasília. em resposta á uma indagação parlamentar. Vale ver e ouvir:

JOSE GERALDO SOUZA, Prof. UnB na CPI /MST https://www.bing.com/videos/search?q=prof+JOSE+GERALDO+SOUZA+na+CPI+MST&view=detail&mid=A9BBA9B19303FA1E4239A9BBA9B19303FA1E4239&FORM=VIRE - CPI do MST ouve o professor José Geraldo de Sousa - 14/06/23 - Bing vídeo


 Editorial Cultural FM Torres RS 14 de agosto 23

“A MAIOR OPERAÇÃO MILITAR DESDE A GUERRA DA CISPLATINA” – 

 

CAFÉ DA MANHÃ- Podcast FOLHA UOL

Folha.UOL-podcast-como-operacao-sobre-desvio-de-joias-chega-mais-perto-de-Bolsonaro 

Podcast: como operação sobre desvio de joias chega mais perto de Bolsonaro. Moraes diz que apuração aponta para uso do governo para vender presentes; defesa do ex-presidente afirma que ele jamais desviou bens públicos.

Tudo começou quando um Almirante trouxe as joias da Arábia Saudita, prosseguiu com mobilização de recursos da FAB para recuperá-las na Alfândega de São Paulo e acabaram vendidas nos Estados Unidos por um alto oficial da reserva do Exército. Eis o enredo final:

A mando de seu Chefe de Ordens, já que ele era o Ajudante destas ordens, o tenente coronel Mauro Cid é escalado para vender um Rolex coberto de esmeraldas, presenteado à Bolsonaro pela Arábia Saudita e Bahrein. 

Cid então transfere o compromisso de venda ao seu pai, Coronel Lorena Cid, diretor da Apex, alta função do Governo brasileiro nos EUA, que vende o Rolex.

Aí o TCU descobre o desaparecimento do Rolex e pede devolução.

Então eles, Cid pai e filho, entregam a a missão de recuperar o Rolex ao advogado da Família Bolsonaro, Doutor Wassef, aquele que escondeu o Queiroz na sua casa, e ele vai aos EUA e recompra o dito Rolex pelo trípo do valor de venda. Volta serenamente ao Brasil, vai ao TCU e o devolve ao patrimônio público. 

Terminou ai? Não. O general Lorena Cid, que era o responsável nos EUA pela venda das joias, estátuas, quadros e outras muambas afanadas as vende e deposita o dinheiro na própria conta 

E tem muito mais. Já se sabe que Bolsonaro levou uma mala cheia de joias no avião da FAB quando fugiu para os EUA dois dias antes da posse de Lula. Delas há foto feita pelo General Lorena Cid , flagrado no reflexo do espelho. Tudo de posse da Polícia Federal.

Os Ajudantes de Ordem, Cel Cid e Ten. Crivellaro, apagaram tudo da área de trabalho, mas esqueceram de apagar da lixeira. 17 mil e-mails foram recuperados e transferidos para a PF e CPI dos ATOS GOLPISTAS. 

Assim, os crimes ficaram todos registrados 

Em uma das mensagens do Coronel Cid para o pai: "tem que repassar 25 mil dólares para Bolsonaro, mas tem que ser em dinheiro vivo" . E mais, lamenta a perda de 120 mil: “Que pena! ”

E, assim, foram todos parar na Delegacia...Agora é com a Justiça.

Agora se entende porque Bolsonaro tinha tanta certeza de que seria preso SE saísse da Presidência e que, por essa razão, tudo fez para permanecer no cargo, fosse pela manipulação do processo eleitoral ou, na sua falha, por um golpe, para o qual, no entanto, lhe faltaram estofo e coragem.

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 Editorial CULTURAL FM – DIA 11 AGOSTO xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

11 DE AGOSTO – O ADVOGADO E O BACHARELISMO =Paulo Timm 

“O lado doutor. Fatalidade do primeiro branco aportado e dominando politicamente as selvas selvagens. O bacharel. Não podemos deixar de ser doutos. Doutores. País de dores anônimas, de doutores anônimos. O Império foi assim. Eruditamos tudo. Esquecemos o gavião de penacho”

Oswald de Andradre - MANIFESTO DA POESIA PAU – BRASIL

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“Desde cedo, os cursos jurídicos nasceram ditados muito mais pela preocupação de se constituir uma elite política coesa, disciplinada, devota às razões do Estado, que se pusesse à frente dos negócios públicos e pudesse, pouco a pouco, substituir a tradicional burocracia herdada da administração joanina, do que pela preocupação em formar juristas que produzissem a ideologia jurídico- (ABREU, 1988:236)

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"De qualquer modo, ainda no vício do bacharelismo ostenta-se também nossa tendência para exaltar acima de tudo a personalidade individual como valor próprio, superior às contingências (...) O que importa salientar aqui é que a origem da sedução exercida pelas carreiras liberais vincula-se estreitamente ao nosso apego quase exclusivo aos valores da personalidade".

"O prestígio da palavra escrita, da frase lapidar, do pensamento inflexível, o horror ao vago, ao hesitante, ao fluido, que obrigam à colaboração, ao esforço e, por conseguinte, a certa dependência e mesmo abdicação da personalidade, têm determinado assiduamente nossa formação espiritual".

HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. Companhia das Letras, 26ª edição, 27ª reimpressão 2007.

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No meu tempo de universitário, o dia 11 de agosto era sempre um dia festivo em Porto Alegre. Os colegas estudantes de direito – eu estudava Economia e Ciências Sociais na URGS – passavam o dia celebrando o DIA DO ADVOGADO e articulando onde iriam dar o golpe da “ Pendura”. Os futuros advogados, curtindo uma tradição que provinha do Império, quando os comerciantes louvavam os advogados, iam aos melhores Restaurantes da cidade, comiam e bebiam à vontade e , então, saíam de fininho, sem pagar. Alegavam aos donos que esse era o “ Dia da Pendura” que celebrava o Ato do Imperador Dom Pedro I (18270 de criar os dois primeiros dois Cursos de Direito, logo da Proclamação da Independência: O de Olinda e o de São Paulo. Enquanto os Cursos de Direito eram poucos e os tempos eram áureos para os bacharéis, o Dia da Pendura foi respeitado e os jovens celebrantes cortesmente dispensados. Com o crescimento dos cursos porém, – hoje são mais de mil ! - e a própria crise do bacharelismo no país, que depois dos anos 60 reinaugurou-se cada vez mais impessoal e moderno, a tradição foi desaparecendo. E quando os estudantes de Direito tentavam seu golpe, isso acabava sempre na Delegacia... 

Falo em Advogados e Bacharelismo como se fossem quase sinônimos. Na verdade, são coisas distintas.

O Advogado, por certo é um Bacharel em Direito, cujo aparecimento se deu ainda na Grécia antiga, muito embora o Sistema Judiciário, como um Poder Autônomo, no qual pontifica o advogado seja uma instituição do Estado Moderno. Nas origens da civilização, a administração da Justiça era feita sempre, mesmo na presença de um contraditório ajudado pela presença de um advogado, pelo soberano. No caso de Roma, pelos Cônsules, Pró-Cônsules e até mesmo o Imperador. O exemplo mais conhecido popularmente é o do julgamento de Cristo por autoridades de Roma na Judeia ocupada: Poncio Pilatos e Herodes. Sabe-se hoje que a suposta transferência da decisão final aos supostos presentes – multidão de judeus - , teria sido mais um artifício dos evangelistas, de separação da cristandade do povo judeu, do que um rito típico da gestão da Justiça no Império Romano. A expressão Advogado, aliás, vem do latim – (ad=para junto, e vocatus=chamado) e significa exatamente isto: aquele que é chamado para ajudar um réu ou acusado)

No princípio o exercício da advocacia era uma honra e não podia ser remunerado. Porém, durante o reinado do imperador romano Cláudio, em 451 d.C., surgiram os "honorarium", ou seja, honorários, os tributos de honra. O senado passou a fiscalizar o exercício da profissão e, ao fim do século IV, surgia a Ordem dos Advogados.

A advocacia converteu-se em profissão organizada quando o imperador Justino constituiu, no século VI, a primeira ordem de advogados no império romano do oriente, obrigando o registro a quantos fossem advogar. Requisitos rigorosos foram impostos: ter aprovação em exame de jurisprudência, ter boa reputação, advogar sem falsidade e não abandonar a defesa, uma vez aceita.

(Rénan Kfuri Lopes, advogado in O DIA DO ADVOGADO - UM POUCO DA HISTÓRIA )

-http://www.rkladvocacia.com/…/art_srt_arquivo20080808103224… -

No Brasil os Cursos de Direito cresceram e se multiplicaram e a profissão foi gradualmente se institucionalizando, até se consagrar na Constituição Federal de 1988 que situou a Advocacia num elevado patamar, vindo o Estatuto do Advogado de 04 de abril de 1994 a lhe conferir todas as garantias e prerrogativas, com o objetivo ulterior de assegurar os direitos da cidadania à justa defesa de direitos.

Atualmente, a Constituição Federal de 1.988 alçou a advocacia ao patamar de “preceito constitucional”, preservando sua atividade estritamente privada, como prestadora de serviços de interesse coletivo, conferindo a seus atos múnus público, ex vio art. 133 da Carta Magna: "o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei". Duarte Peres foi o primeiro advogado brasileiro.

Hoje a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB –, criada em 1930, com origem no Instituto dos Advogados Brasileiros de 1843, é o instrumento de registro dos Bacharéis em Direito para o adequado exercício da Profissão e peça chave de sua valorização perante o Estado e a Sociedade. 

Numa sociedade iletrada, como o Brasil Imperial, porém, o Advogado passou a se confundir mais como parte de Poder do que peça social. Daí dizer-se que aqui o magistrado brasileiro não representa, ele julga. E é curioso que o Promotor de Justiça e o Ministério Público não sejam anunciados nos Tribunais como os Defensores do Povo, como nos Estados Unidos, mas confundidos com o Estado. 

A própria autonomização do Poder Judiciário muito contribuiu para isto. Senhor da palavra e da oratória, como requisitos da profissão, e do poder de mediação entre a Sociedade e o Estado, a figura social do Bacharel em Direito relevou em importância política e deu origem a um fenômeno : o bacharelismo. Mas o que é o bacharelismo? Eis o Aulete:

(ba.cha.re.lis.mo)

sm. - Aulete

1. Forma de falar muito e de modo pretensioso, cansativo e desinteressante; BACHARELICE; BACHARELADA

2. Bras. Valorização exagerada do bacharel, esp. o advogado, no meio sócio-político brasileiro: "...o bacharelismo que comandou a vida nacional, até quando o grupo veio a ser engordado pela tecnocracia..." (, Observatório da Imprensa, 11.02.02))

[F.: De bacharel + -ismo.]

Duas acepções, uma como um maneirismo no falar, outra no papel social do bacharel, ambas, na verdade articuladas de forma a se oferecer , na política nacional, como um equivalente do “bovarismo” nas artes, afetações que se traduzem pelos famosos “ discursos de escadaria” , cuja caricatura acabaria se redistribuindo como um estilo do fazer político como o muito dizer e nada fazer, mas sempre impressionar.

Consta que a palavra bacharel vem de “ bacharéu” , muito usado como denominação de prestigio junto à Corte. Já um vício:

Uma carta de bacharel era o caminho para o alto cargo

Relevou no bacharelismo, também, o fato de que a primeira modernização do Brasil tenha se dado não através da Revolução Industrial mas de seu complemento periférico na forma dos Modelos Primário- Exportadores em vários pontos do globo, mormente o Brasil. Ou seja, nesse contexto, o país não necessitou nem de engenheiros, nem de administradores ao longo de sua urbanização galopante, que acompanhou, entre os anos 1850 e 1930, a sofisticação urbana, comercial e institucional. Precisou de feitores na lavoura e mediadores na cidade, projetando aí o papel do advogado.

Não havia escolas públicas ou mesmo boas escolas no Brasil, no século XIX, quando os primeiros alunos, oriundos das classes altas, passaram a frequentar as faculdades de direito de Olinda ou de São Paulo, e não mais as classes da Universidade de Coimbra. Esses jovens, alfabetizados ou formados sabe-se lá como foram os primeiros juízes, advogados e burocratas que conformaram o Brasil independente, dos impérios à proclamação da república. A história não justifica, mas ajuda a entender como mecanismos arcaicos de apropriação do Estado fincaram raízes e se espalharam pelas instituições públicas.

Muitos autores analisaram o fenômeno do bacharelismo no Brasil como forma de manifestação de poder no espaço organizacional brasileiro Dois deles, entretanto, merecem um registro. Nos idos de 1936, Sérgio Buarque de Holanda, no clássico “Raízes do Brasil” , já nos falava da Praga do Bacharelismo e Gilberto Freire, em “Sobrados e Mocambos”, também o identifica e analisa,

A leitura desses dois clássicos, sob a ótica do poder do bacharel em uma sociedade segregada, emergindo do rural para o urbano, “permitiu entender o bacharelismo nos estudos organizacionais no Brasil como poder condicionado “ (GALBRAITH, apud CRUZ, Breno de Paula

Andrade; MARTINS, P. E. M. 2006, p. 02).

Nesse sentido, seus detentores, os bacharéis, possuem um capital social que legitima o exercício da autoridade e do poder perante aqueles desprovidos de distinções nobiliárquicas e/ou acadêmicas. Em Raízes do Brasil podemos correlacionar história e sociologia, num contexto nacional, de forma a problematizar questões referentes à colonização brasileira e sua influência na sociedade do século XIX.

Paralelo a essa análise, podemos buscar em Sobrados e Mocambos a interpretação acerca das questões referentes ao bacharelismo no Brasil, pois que é ali que encontramos a reflexão acerca da ascensão do portador desse título acadêmico, bem como do mulato na sociedade daquele século.

É por meio da leitura desses dois clássicos, que se pode empreender uma análise sociológica do entendimento das relações intrínsecas de poder na organização política brasileira, uma vez que ambos auxiliam na compreensão da estrutura das relações políticas num país colonizado.

( Lucas de Freitas em ''O Bacharelismo no Brasil, a bacharelice no país: uma análise sócio-histórica'' )

Mais recentemente, Roberto Gomes, no opúsculo “A Filosofia Tupiniquim” tira as consequências do bacharelismo para o modo de (não) pensar o Brasil: O homem levado a sério. Vale a pena ler: http://www.iphi.org.br/sites/filosofia_brasil/roberto_gomes_-_critica_da_razao_tupiniquim.pdf . 

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ANEXO

A tradição do "pendura"

https://jus.com.br/artigos/1916/a-tradicao-do-pendura 

 Luíz Flávio Borges D'Urso

Publicado em 08/1999. 

No dia 11 de agosto comemoramos a fundação dos Cursos Jurídicos no Brasil, criados por ato do Imperador Dom Pedro I, que estabeleceu:

"Dom Pedro Primeiro por graça de Deus e unanime aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Fazemos saber a todos os nossos súditos, que a Assembléia Geral Decretou e nós queremos a lei seguinte: Art. 1º - Crear-se-hão dous cursos de Ciências Jurídicas e Sociais, um na cidade de São Paulo e outro na de Olinda, e neles no espaço de cinco anos e em nove Cadeiras, se ensinarão as matérias seguintes...... Dada no Palácio do Rio de Janeiro aos onze dias do mês de agosto de mil oitocentos e vinte e sete, Sexto da Independência. IMPERADOR PEDRO PRIMEIRO".

A partir dessa data foram abertas as portas para que os brasileiros pudessem estudar ciências jurídicas e sociais em sua terra natal. Assim, o dia 11 de agosto tornou-se a data mais significativa para o contexto jurídico brasileiro, sempre comemorada, perpetuando a tradição do pendura entre os acadêmicos de direito.

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De origem não muito bem definida, conta-se que o pendura pode ter nascido de uma antiga prática dos proprietários que formulavam convites para que os acadêmicos, seus clientes, viessem brindar a fundação dos cursos jurídicos, no dia 11 de agosto, em seus restaurantes, oferecendo-lhes, gentilmente, refeição e bebida.

Com o passar dos tempos, os convites diminuíram e foram acabando, obrigando assim os acadêmicos que se auto-convidassem.

Graças a essa iniciativa, a tradição foi mantida até nossos dias, consistindo em comer, beber e não pagar, solicitando que a conta seja "pendurada". Tudo isso, é claro, envolvido num imenso clima de festa.

O verdadeiro pendura, segundo a tradição, deve ser iniciado discretamente, com a entrada no restaurante, sem alarde, em pequenos grupos, para não chamar a atenção. As roupas devem ser compatíveis com o local escolhido.

Deve-se procurar uma mesa em local central, quanto mais visível melhor. Prossegue-se, com bastante calma, observando-se cuidadosamente o cardápio, inclusive os preços, que sabe não irá desembolsar. O pedido deve ser normal, discreto, sem exageros, admitindo-se inclusive camarões e lagostas.

Quanto à bebida, os jovens devem ser comedidos, pois dela necessitam para "aquecer" suas cordas vocais, preparando-as para o discurso de agradecimento ao gentil "convite" da casa, todavia, a bebida em demasia, pode transformar o discurso e o pendura num desastre.

Ao final, quando satisfeitos, após evidentemente a inevitável sobremesa, pede-se a conta, lembrando-se de um detalhe que faz parte da tradição e não pode ser desrespeitado, que é o pagamento dos 10% da gorjeta do garçom.

Após isso, o líder e orador, deverá levantar-se e começar a discursar, sempre saudando o estabelecimento e seu proprietário, agradecendo o "convite" e a hospitalidade, enaltecendo a data, os colegas, a faculdade de origem, o Direito e a Justiça, tudo isso, sob o estímulo dos aplausos e brindes dos demais colegas do grupo.

Esse é o verdadeiro pendura, que pode ser aceito ou rejeitado. Caso aceito, ficará um sabor de algo faltante! Agora se rejeitado, deve partir dos estudantes de direito a iniciativa de chamar a polícia e de preferência dirigindo-se todos à Delegacia mais próxima, o que lhes dará alguma vantagem pela neutralidade do terreno.

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Existem também, outras modalidades do pendura, que são distorções da tradição, conhecidas pelas alcunhas "troglodita" e "diplomática".

A primeira, "troglodita", bastante primitiva, consiste em, após a refeição, sair correndo do restaurante, levando no peito tudo e todos que estiverem a sua frente, nivelando os estudantes ao "gatuno" que foge para não ser apanhado, cometendo algo errado. Esta modalidade deve ser evitada, pois tal conduta poderá caracterizar o crime de dano, caso algo seja destruído.

Note-se que não há crime na tradição do pendura, pois o delito preconizado pelos pendureiros frustrados – aqueles que sempre desejaram pendurar, sem coragem para tal --, confunde-se com o tipo penal no qual o sujeito realiza refeição sem que tenha condições para seu pagamento, caracterizando o crime.

No pendura, a refeição é realizada, todavia, o estudante deverá ter consigo dinheiro, cheque ou cartão de crédito, portanto, meios para pagar a refeição, descaracterizando o tipo penal e afastando o delito, de modo que, embora tenha condições para pagar, não o fará em respeito à tradição.

Na outra modalidade, "diplomática", mais pacífica, a diplomacia determina que os acadêmicos devam solicitar reservas, revelando o pendura e somente com a concordância do proprietário, fazem a refeição e saciam sua fome, mas não a tradição, posto que fica o estudante de direito nivelado ao que mendiga um prato de comida.

Todas inovações devem ser evitadas, preservando-se a tradição do pendura, com o indispensável discurso, rememorando o papel daqueles "moços" que fizeram os caminhos de nosso país, estimulando, assim, o empenho destes outros "moços", jovens, para que transformem os destinos da nação!


 Editorial Cultural FM Torres RS 10 de agosto 23

ELEIÇÕES 2024: Novas Agendas para os Prefeitos. 

Matéria da Zero Hora desta semana traz à tona um fato importante: Prefeituras não têm Políticas Municipais de Segurança Pública. Consulta feita pelo Tribunal de Contas do Estado RS entre 482 municipalidades revela que apenas 14 declararam ter alguma ação de combate à violência. Isso que vivemos numa época de intensa violência, seja sobre a vida pública, onde pontificam o tráfico em qualquer cidade do país, por menor que seja, ou milícias, sobretudo nas grandes, seja na vida privada, na qual pontifica soberano o feminicídio. Torres tem uma Guarda Municipal, voltada à defesa do Patrimônio, recentemente brindada com projeto autorizando-a a andar armada. Má notícia. Não é uma arma que faz um bom policial, é seu preparo para o exercício do arco de atribuições que lhe competem. Melhor projeto poderia definir melhor este arco. Por que não incluir aí a preservação do meio ambiente, das Praças, dos pontos vitais à valorização do turismo e das principais agências da Prefeitura? O assunto, porém, remete para uma questão mais abrangente: A Agenda das Prefeituras Municipais. 

A competência dos Municípios está devidamente definida na Constituição Federal: é um dos níveis da federação, com competência exclusiva sobre a cobrança de impostos sobre a propriedade urbana e serviços. Isso está mudando na Reforma Tributária, mas continuará o Município com as atribuições clássicas de gestão do solo urbano e cuidados de limpeza, educação até o segundo grau e administração das Unidades Básicas do SUS. Uma das reclamações, inclusive, dos Prefeitos, com apoio em suas Associações Nacionais, é que têm acumulado responsabilidade sem a correspondente transferências de recursos para delas dar cabo. Será que a Reforma Tributária vai melhorar isso? É nestas administrações municipais onde se concentra a grande parte dos servidores públicos do país, cujo salário dificilmente ultrapassa os três salários mínimos. No caso dos professores, acabam sendo vítimas de uma crueldade que compromete não só a vida destes profissionais, como a própria qualidade do ensino: o recurso à contratação de celetistas, sem a garantia do piso salarial da categoria e outras prerrogativas, no Rio Grande do Sul protegida pelo CEPERGS, segunda maior entidade sindical da América Latina, com cerca de 80 mil filiados. 

Mas não falemos destas questões da Agenda tradicional das Prefeituras. Os tempos mudaram e um novo leque de atribuições deveria ser incorporado às suas administrações. O enfrentamento à violência, que falamos acima, é apenas um deles. Outros: a crise climática, os desequilíbrios sociais extremos, geradores de miséria extrema, dentre elas os moradores de rua, os milhares de idosos em situação de risco – foram os que mais morreram na pandemia! -, as mulheres vítimas de familiares algozes, jovens nem-nem – aqui em Tores perto de 5000 -, sem emprego e sem escola, crianças desamparadas, indígenas abandonados à sua sorte – 1, 6 mil milhões no Brasil e 36 mil no RS -. Tudo isso vinha sendo debitado ao Governo Federal mas este, mercê da própria crise do endividamento, como também das transformações muito rápidas que veem ocorrendo nos processos produtivos, além do agravamento das crises internacionais que incrementaram sobremaneira as migrações externas e internas, levando ao inédito número de …milhões de asilados, faleceu nestas incumbências. Daí a necessidade de Governos Estaduais e Prefeituras terem que avançar sobre elas de forma a mitigar as tensões sociais aí implicadas.

Como exemplo, veja-se a questão social.

Aí releva o campo do emprego, cujo nível era sempre supostamente regulado pela União como resultado de sua Política de Desenvolvimento que apontava para uma certa Política Monetária (juros), um conjunto de investimentos públicos, uma ação coordenada de iniciativas públicas e privadas para a Economia. No mundo inteiro, isso ainda é feito mas seu resultado sobre o Emprego é insuficiente. Aí cabem às Prefeitura ações complementares, muito além da distribuição de cestas básicas. Em Porto Alegre, por exemplo, já existem Restaurantes Populares que oferecem refeições de boa qualidade às populações cadastradas. Foram 17,6 refeições em 2022. Em São Paulo, recente projeto do Ver. Eduardo Suplicy, dotou a Prefeituras de um conjunto de instrumentos para o desenvolvimento da Economia Solidária. Outro campo é o da Economia Criativa, na qual se podem criar instrumentos como a criação de Distritos Criativos, Programas de Apoio ao Cooperativismo, ampliação dos Espaços de Feiras e, sobretudo, criação de Parques e Festivais temáticos. Ruy Rubem Ruschel, já na década de 1990 reivindicava, por exemplo, um Parque da Mônica aqui em Torres.

Ano que vem teremos eleições. Um bom momento para se colocar na pauta dos candidatos questões de fundo para a vida comunitária, mais além das polarizações extremadas ou eternas fulanizações que pouco inovam na nossa vida cotidiana.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 09 de agosto 23

Declaração Presidencial por ocasião da Cúpula da Amazônia – IV Reunião de Presidentes dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica

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O documento com 113 pontos ao final da Cúpula de Belém, dentre eles a criação de um Parlamento Amazônico, que reuniu países da OCDA, estabelece que os países devem "iniciar um diálogo entre os Estados Partes sobre a sustentabilidade de setores tais como mineração e hidrocarbonetos na Região Amazônica, no marco da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e de suas políticas nacionais soberanas. Quatro vezes citação PONTO DE NÃO RETORNO, aquele em que, chegada a queimada a 25%, já não se reconstitui. 19 bancos de fomento, inclusive BID e BNDES, se comprometeram a cooperar para o desenvolvimento sustentável da região.

Bndes-e-bid-anunciam-r-45-bilhoes-em-credito-para-micro-pequenas-e-medias-empresas-e-pequenos-empreendedores-na-amazonia 

 

Petro ataca Lula e defende fim da exploração de petróleo

Durante discurso na Cúpula da Amazônia, o presidente colombiano fez críticas ao que chamou de "negacionismo de esquerda" - Leia mais » - 247

 

Líderes de países amazônicos fecham acordo sem bloqueio à exploração de petróleo

Declaração de Belém não contemplou o aspecto reivindicado pelo presidente colombiano Gustavo Petro e busca fortalecer cooperação regional e evitar ponto de não retorno na Amazônia - Leia mais » - 247

 

Na Cúpula da Amazônia, Lula defende combinar ‘proteção ambiental e geração de empregos’ - Presidente Lula destacou que, para resolver os problemas da região, “precisamos reconhecer que ela também é um lugar de carência socioeconômica histórica” - Leia mais » - 247

 

Com a Cúpula da Amazônia, apesar de Petro, Lula se afirma como liderança global da questão ambiental - A realização da Cúpula da Amazônia foi, sem dúvida, o fato mais importante deste ano na política externa brasileira, escreve a colunista Tereza Cruvinel = 247 - Leia mais »

 

Macron agradece a Lula pela Cúpula da Amazônia e defende desmatamento zero - "É urgente cessar, de uma vez por todas, com o desmatamento", escreve o presidente francês 247 - Leia mais »


 Editorial Bom Dia, Torres RS – DIA 8 agosto 23 

AMAZÔNIA, santuário ou habitat?

A Cúpula da Amazônia, que reúne diversos Chefes de Estado da América Latina com porções territoriais na Amazônia e membros da OCDA, observadores convidados da África e Asia, como a República do Congo, a República Democrática do Congo, Indonésia e São Vicente e Granadinas, além de especialistas e movimentos sociais, deverá emitir, hoje, uma Carta de Princípios para a defesa do bioma. O Presidente da França, que detem a Guiana Francesa na América do Sul, também inserida na Amazônia, não compareceu, frustrando os presentes. A França, na União Europeia, é um dos países mais representativo das exigências ambientais do continente frente à transição energética. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à capital paraense e fez um importante pronunciamento no qual destacou que a AMAZÔNIA não deve ser um santuário mas o habitat dos que nela habitam e necessitam ali sobreviver e realizar seus sonhos. Paradoxalmente, recente Relatório demonstra que das dez cidades com melhores índice, oito estão em São Paulo e as 15 com piores índices ficam na Amazônia.

O que aconteceu nos últimos sete anos foi um retrocesso em muitas áreas: o país voltou ao mapa da fome, aumentou o desemprego. Ao mesmo tempo, segue com uma violência muito grande, problemas na educação e saúde. Isso é refletido nos dados, diz .Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis, e acrescenta: Hoje, 75% das pessoas vivem em cidades na Amazônia sob uma terrível desigualdade social. Só vamos melhorar se tivermos mais estrutura para melhorar a vida das pessoas nas cidades. Se não melhorar a saúde, a educação, as pessoas terão uma relação com a sobrevivência maior que a com os cuidados com o meio ambiente.Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis

 O recado de Lula tanto serve para os países europeus, no sentido de reafirmar a posição do Brasil, agora escorada por outros países do continente, de oposição às excessivas exigências ambientais para nossas exportações, como para a própria Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, igualmente rigorosa quanto à defesa intransigente da Amazônia. Vejamos, enfim, o que dirá a Carta de Belém, esperada para hoje. Ontem, antes do início oficial da Cúpula, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fizeram uma declaração conjunta que aponta para o conteúdo da Nota do Encontro. Representantes dos países que compõem a OTCA, principalmente ministros, também fizeram reuniões preparatórias antes do encontro dos chefes de Estado.

 O que é a Declaração de Belém? O texto da declaração foi apresentado pelo Brasil e passou por uma série de negociações desde a última sexta-feira, dia 4. Negociadores do corpo diplomático dos países da OTCA se reúnem diariamente para chegar a consensos no documento. Apenas objetivos em comum acordo podem constar no texto.

Ver - https://www.terra.com.br/planeta/sustentabilidade/o-que-e-a-cupula-da-amazonia-e-qual-a-agenda-dos-chefes-de-estado-evento-ocorre-em-belem,d5ec361d32aabd3db98fe7973428eda9gldqext1.html?utm_source=clipboard 

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Anexo :

 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um apelo universal da Organização das Nações Unidas à ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade. - https://www.piscodeluz.org/desenvolvimento-sustentavel?gclid=Cj0KCQjwib2mBhDWARIsAPZUn_lVLcCsIFjMo860wYRDuhli0nGoNpgiTneGZR1BzNjI35o-ptoiTIkaAsMXEALw_wcB 

 

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nasceram na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro em 2012. O objetivo foi produzir um conjunto de objectivos que suprisse os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes que nosso mundo enfrenta.

 

Os SDGs substituem os objetivos de desenvolvimento do Milênio (ODM), que começou um esforço global em 2000 para combater a indignidade da pobreza. Os ODM estabeleceram objectivos mensuráveis, universalmente acordados para combater a pobreza extrema e a fome, prevenindo doenças mortais e expandir a educação primária para todas as crianças, entre outras prioridades de desenvolvimento.

 

Esses 17 objetivos, construídos sobre os sucessos de desenvolvimento do Milênio, também incluem novas áreas tais como a mudança climática, desigualdade econômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça, entre outras prioridades. Os objetivos são interligados – muitas vezes a chave para o sucesso de um envolverá a abordar questões mais comumente associadas ao outro.

 

Conosco foi assim, rodamos mais de 400 km de estradas ruins e atravessamos rios para levar Energia Acessível e Limpa a comunidades isoladas. Com isso, acabamos beneficiando outas áreas como Combate as Alterações Climáticas e Boa Saúde e Bem-estar.


 Editorial Cultural FM Torres RS 07 de agosto 23

Repúdio geral à fala do Gov. Zema diante do risco de divisão nacional na união SUL/SUDESTE contra NO/NORDESTE

Os governadores do Sul, Sudeste – maciçamente de oposição ao Governo Federal – já se preparam e se organizam no Consórcio Sul-Sudeste (Cossud). A entidade agora é presidida pelo governador Ratinho Junior e, pela primeira vez, formalmente constituída promete dar trabalho ao governo federal e atuar em bloco no Congresso sempre que possível. “Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País. Não é pouco, nê? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos - que é o que nunca tivemos - que é protagonismo político”, avisa. O Governador de Minas Gerais, R. Zema, que também lidera o movimento, com apoio do Governador Eduardo Leite do Rio Grande do Sul, disse em Entrevista ao ESP ontem, que chegou a hora de unir o SUL/SUDESTE contra o NORTE/NORDESTE, como tática de combater a esquerda. 

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/08/05/interna_politica,1541464/romeu-zema-defende-frente-sul-sudeste-contra-o-nordeste.shtml 

O ESP divulga que o Governador do RS, Eduardo Leite, aprovou a ideia.

Bloco Sul-Sudeste anunciado por Zema é defendido por Leite - https://www.estadao.com.br/politica/leite-defende-bloco-sul-sudeste-lancado-por-zema-e-governadores-do-ne-falam-em-estimulo-a-cisao/ 

Felizmente, caiu mal em todo o país esta iniciativa, mesmo na direita, sensibilizada com o risco que isso apresenta a unidade nacional. 

https://www.estadao.com.br/politica/nos-queremos-protagonismo-politico-diz-zema-ao-anunciar-frente-do-sul-sudeste-contra-nordeste/ 

Alguns analistas até acham que as declarações de ZEMA podem levá-lo a perda de mandato:

Fala de Zema pode levar ao impeachment, diz Walfrido Warde - Leia mais » 

"A fala de Romeu Zema é uma afronta ao pacto federativo e foi contemplada na Lei de Impeachment", afirmou o jurista

A reação, enfim, foi ampla e geral em todo o país.

“Políticos criticam fala de Zema sobre protagonismo do Sul-Sudeste Consórcio do Nordeste critica o que chama de indicação de “guerra entre regiões” como forma de perpetuar desigualdades As falas levaram a críticas de que Zema estaria incentivando a divisão e ao ‘lampejo separatista’”. Sérgio Lima/Poder360 - 9.abr.2020 Gabriella Soares 6.ago.2023 (domingo) - 19h15 Políticos de diferentes partidos e o Consórcio do Nordeste criticaram o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por uma fala em que ele defende “protagonismo” do Sul e do Sudeste. Governadores nordestinos indicam que a declara...

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/brasil/politicos-criticam-fala-de-zema-sobre-protagonismo-do-sul-sudeste

Para os governadores do Nordeste, a opinião do governador mineiro causa uma preocupação ao Brasil ao sugerir um movimento separatista, o que seria um prejuízo sem precedente ao desenvolvimento do País.

Leia a nota na íntegra:

O governador de Minas Gerais, em entrevista publicada no jornal O Estado de São Paulo em 05 de agosto, demonstra uma leitura preocupante do Brasil. Ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento.

O Consórcio Nordeste, assim como o da Amazônia Legal, valendo-se da profunda identidade regional, cultural e histórica, foram criados com o objetivo de fortalecer essas regiões, unindo os estados em torno da cooperação e compartilhamento de melhores práticas e soluções de problemas comuns, buscando contribuir com o desenvolvimento sustentável e a mitigação de nossas desigualdades regionais.

Negando qualquer tipo de lampejo separatista, o Consórcio Nordeste imediatamente anuncia em seu slogan que é uma expressão de “O Brasil que cresce unido”.

Já passou da hora do Brasil enxergar o Nordeste como uma região capaz de ser parte ativa do alavancamento do crescimento econômico do país e, assim, contribuir ativamente com a redução das desigualdades regionais, econômicas e sociais.

É importante reafirmar que a união regional dos estados Nordeste e, também, os do Norte, não representa uma guerra contra os demais estados da federação, mas uma maneira de compensar, pela organização regional, as desigualdades históricas de oportunidades de desenvolvimento.2

Nesse contexto, indicar uma guerra entre regiões significa não apenas não compreender as desigualdades de um país de proporções continentais, mas, ao mesmo tempo, sugere querer mantê-las, mantendo, com isso, a mesma forma de governança que caracterizou essas desigualdades.

A união dos estados do Sul e Sudeste num Consórcio interfederativo pode representar um avanço na consolidação de um novo arranjo federativo no país. Esse avanço, porém, só vai se dar na medida em que todos apostarmos num Brasil que combate suas desigualdades, respeita as diversidades, aposta na sustentabilidade e acredita no seu povo.

Assim, nós, governadoras e governadores da Região Nordeste, além de defendermos um Brasil cada vez mais forte e próspero, apelamos pela união nacional em torno da reconstituição de áreas estratégicas para o nosso país, a exemplo da economia, segurança pública, educação, saúde e infraestrutura.

Nordeste do Brasil, 06 de agosto de 2023. 

JOÃO AZEVÊDO – Presidente do Consórcio Nordeste Governador do Estado da Paraíba | Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste – Consórcio Nordeste –


 Editorial - Cultural FM, Torres RS 4 agosto 2023

Cerrado, bioma em extinção

O mundo inteiro fala em defender a Amazônia e o próprio Presidente Lula tem repercutido este clamor com a promessa de zerar o desmatamento da nossa floresta tropical até 2030. Enquanto isso, outros biomas, sobretudo o cerrado, berço de 13 bacias hidrográficas do Brasil, vai sendo paulatina e irreversivelmente destruído. No Distrito Federal, uma unidade de conservação denominada Águas Emendadas, preciosidade natural onde nascem vertentes dos Rios São Francisco, Tocantins e Paraná, definha e compromete estas nascentes, cercada pelo crescimento populacional desordenado e crescimento de lavouras à sua volta. A construção de Brasília, aliás, inaugurada em 1960 como expressão do engenho e arte do Brasil Moderno e fator de interiorização da ocupação do país foi uma ferida narcísica no Cerrado jamais redimida. Ela é sempre “nacional”, nunca “regional”. Gilberto Freire, na época, foi a única voz sensata a exigir esta adequação ambiental da cidade e postulava a consultoria de Lewis Mumford sobre isso. Não foi ouvido. Poderia Brasília ter sido um marco na defesa do cerrado e daquela cultura regional, converteu-se no seu oposto: um alheamento. A tragédia não é nova. Washington Novaes, reconhecido jornalista do centro do país que se mudou para Goiás nos anos 1980, falecido há alguns anos, devotou sua vida á denúncia da destruição do cerrado. Por ali avançou, à margem de Brasília, a fronteira agrícola, graças ao desenvolvimento da tecnologia de aproveitamento do solo pobre da região pela EMBRAPA, transformando um Estado até então isolado e ocupado dispersamente por pequenos sitiantes nas vastas fazendas de gado numa das potências do agrobusiness nacional. Hoje estas populações são expulsas de suas terras e se acumulam nos arredores de Brasília e Goiânia. E a faixa de cerrado, de Goiás até o Amapá, que permeia ,como zona de transição no Planalto, a Mata Atlântica, já destruída e a Amazônia, vai sendo igualmente destruída. Trata-se, entretanto, apesar da aparência tortuosa e pouco imponente de sua vegetação, salvo as matas ciliares, de uma das mais ricas biodiversidades do planeta. Os dados deste semestre revelam um retrocesso do desmatamento na Amazonia, o que é alvissareiro, mas, aparentemente compensado pelo aumento do desmatamento do Cerrado, o que é lamentável. Nunca é tarde, porém, para se chamar a atenção sobre mais este crime contra a natureza e a humanidade. Até porque não só o cerrado vem sendo esquecido pelo opinião pública. Também outros importantes biomas, dentre eles o nosso tradicional e recantado Pampa. Oportuno, pois, o destaque, hoje, de O ASSUNTO, g1, Podcast mais ouvido do país.

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O Assunto g1 dia 

 Cerrado - como salvar o bioma do desmatamento

Nos últimos 12 meses, mais de 6,3 mil quilômetros quadrados de Cerrado foram derrubados, de acordo com dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Trata-se do pior resultado da série histórica. E, apenas nos primeiros 7 meses deste ano, foram mais 5 mil km² desmatados do segundo maior bioma brasileiro – onde nascem 8 das 12 principais bacias hidrográficas do país. Para alertar sobre os perigos que rondam o bioma, Natuza Nery entrevista Isabel Figueiredo, mestre em ecologia e coordenadora do programa Cerrado e Caatinga no Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). Neste episódio:

• Isabel comenta o processo de acelerado desmatamento que aflige o Cerrado, e aponta a lei de preservação nativa como um “entrave” para sua proteção: “Ele é colocado como um bioma de sacrifício para poder salvar a Amazônia”;

• Ela descreve o bioma como uma "biblioteca que está sendo queimada sem que os livros tenham sido lidos ainda” devido a sua ampla biodiversidade: é a savana mais biodiversa do mundo e habitat de 5% de todas as espécies do planeta. “E tem o papel importante de ser o berço das águas para o Brasil”, reforça;

• A ecóloga compara a redução do desmatamento na Amazônia com o aumento de registros no Cerrado, onde o “governo tem menos espaço de atuação”. Isso porque no Cerrado a maior parte da destruição da mata nativa se dá em áreas privadas, onde os donos de terra falsificam autorizações para desmatar;

• Ela descreve como grileiros usam métodos violentos, com atuação até de milícias, para “acuar, cercear e expulsar” famílias tradicionais de suas terras. Essas comunidades sofrem também, relata, com contaminação de águas e solo por agrotóxicos usados nas grandes propriedades.

 

O que você precisa saber:

Desmatamento: queda na Amazônia e aumento no Cerrado//Deter: alertas de desmatamento batem recorde no Cerrado//1º semestre: alertas de desmatamento no Cerrado sobem // 21%//Maio: alertas de desmatamento no Cerrado é o maior da série//Goiás: os desafios para fiscalizar desmatamento no Cerrado//Efeito estufa: subsolo do Cerrado retém 5x mais gases que solo//Análise: desmatamento cai na Amazônia e aumenta no Cerrado

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.

 

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Washington Novaes (1934-2020) Coentário sobre a vida e a morte do jornalista e documentarista - https://aterraeredonda.com.br/washington-novaes-1934-2020/ 

 

Por MARCO ANTONIO SPERB LEITE*

Parte da gente vai embora quando um amigo nos deixa. O que permanece, se isso serve de consolo, é o que foi incorporado ao nosso ser pela convivência sem maiores interesses, pela amizade. No mistério da vida, a inexorável morte faz parte, mas como dói. Mais um amigo se foi: Washington Novaes.

Washington mudou-se para Goiânia para produzir um jornal projetado para ter padrão e repercussão de nível nacional, junto com um time de jornalistas de primeira grandeza. O projeto chegou a correr na pista, mas não decolou, bombardeado pela ditadura quando o jornalismo investigativo encontrou cadáveres no sul de Goiás, prova de execuções de militantes políticos. Seus colegas foram embora, Washington ficou. Assim ganhei um amigo, um grande contador de casos.

Com sua vasta experiência contribuiu muito para melhorar o nível do jornalismo local. Trabalhador incansável, ajudou a alavancar o Festival Internacional de Cinema Ambiental – FICA, que projetou Goiás para fora de suas fronteiras. Sua ligação com a TV Cultura de São Paulo, aprofundada ao longo de anos, lhe possibilitou realizar documentários sobre o lixo, sobre a ausência de saneamento, sobre a destruição do cerrado, da Amazônia, do Pantanal. Todos fazem parte de seu grito de alerta. Os prêmios recebidos, inclusive os internacionais, eram tratados por ele como pontos de apoio para uma luta maior.

Crítico implacável, lutador pela vida, tinha clareza de que fazemos parte do meio ambiente e, para preservar a vida, tínhamos que preservar todos os biomas. As riquezas do cerrado, suas plantas trabalhadas durante milênios pela natureza foram por ele divulgadas com afinco, pois sabia que estávamos jogando no lixo fármacos ainda não descobertos, na ânsia imbecil do lucro imediato obtido pelo plantio da soja ou da criação de gado. O bioma cerrado foi sua última paixão.

Criticava abertamente o desmonte dos órgãos ambientais nos últimos governos, assim como a construção da usina de Belo Monte, a falta de sensibilidade da Presidente Dilma, da mesma forma que não poupou Marina Silva por não lutar contra a introdução da soja transgênica no Brasil sem obedecer à precaução exigida. Em relação ao atual governo, por seus crimes cometidos, era ainda mais duro. Alertava para a necessidade de denunciar os absurdos patrocinados por um bando de imbecis perigosos apoiados por interesses maiores. Usou sua pena, sem dó ou medo, como uma espada de guerreiro.

Muitos chorarão sua partida: sua companheira de décadas, Virginia, seus quatro filhos. E também chorarão os povos indígenas do Xingu, que recentemente lamentaram a partida do cacique Aritana Yawalapiti, amigo de Washington, que a Covid levou. Todos os que lutam por um mundo mais justo, fraterno que respeite a vida – o meio ambiente nela incluso – choraremos pela perda de um grande companheiro de luta.

Em seus artigos, centenas deles, o meio ambiente foi o fio condutor nos últimos 30 anos. Um profeta que denunciava a destruição da vida. Profeta do óbvio, segundo ele mesmo dizia, pois a degradação que estamos criando é evidente para os que têm olhos para ver e coração para sentir. Os interesses econômicos, quando a terra é moeda, dizia, gera a especulação imobiliária que destrói cidades, que acaba desnecessariamente com as matas, com o cerrado. Considerava como sua missão resistir a essas forças poderosas.

O futuro sombrio que a humanidade vai enfrentar, e em vários lugares já enfrenta, era seu tema recorrente. No Brasil as políticas públicas se voltarão – a médio e a longo prazo – contra o próprio capitalismo na medida em que contribuem para o esgotamento dos recursos hídricos e para o empobrecimento do solo, alertava. As elites e seus asseclas, pelo menos os mais próximos, podem ir para lugares mais preservados e ainda não sentem a falta de ar. Será que só acordarão quando a falta de ar for generalizada? A atual pandemia mostrou que o vírus não distingue pobres e ricos.

Nos últimos tempos Washington continuava na ativa, embora cansado. O museu das águas foi um projeto não realizado. Estava abalado pela morte de amigos, como Newton Carlos, compadre que batizou um de seus filhos e de Aritana, entre outros. E ainda pelo enfraquecimento do movimento ambientalista. Aliás, detestava o epíteto “ambientalista”, pois sabia que sua luta era maior, era pela vida. “Ambientalista é a mãe”, foi o título de um artigo seu para Bundas, revista de curta duração, criada pelo amigo Ziraldo.

Para encerrar, cito um pequeno acontecimento. Estávamos, Washington e eu, indo para uma cidade do interior de Goiás para dar palestras sobre o meio ambiente, quando paramos em uma cidadezinha no meio do caminho para tomar um café. Na saída, um jovem pediu carona. No banco de trás, neste momento Washington dirigindo, ele olha bem para ele e pergunta seu nome. Ao confirmar a suspeita, disse que tinha assistido toda a série sobre o Xingu e que usava os vídeos para mostrar aos seus alunos a importância da cultura indígena. São acontecimentos que mostram estar sua obra no mundo e, como disse Pedro Casaldaliga, suas causas transcendem sua vida.

*Marco Antônio Sperb Leite é professor aposentado do Instituto de Física da UFG.

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 Editorial - O Centenário da “Revolução de 23” no RS

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100 ANOS DA REVOLUÇÃO DE 1923 | ESPAÇO PLURAL 02/08/2023 – Rede Estação Democracia - RED

Nesta edição vamos abordar o centenário da Revolução de 1923.

Receberemos o jornalista, historiador, escritor e professor Juremir Machado, e o economista e Membro da Academia de Escritores do Litoral Norte Paulo Timm.

https://www.facebook.com/redeestacaodemocracia/videos/1353078392084620

REVOLUÇÃO GAÚCHA DE 1923 

https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/REVOLU%C3%87%C3%83O%20G 

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Neste ano relembra-se, evito o celebra-se, o Centenário da “Revolução de 23”. Com efeito, desenrolou-se ao longo de quase todo aqueles idos de 1923, quando Borges de Medeiros, que virou nome de Avenida por todo o Rio Grande, começando por Porto Alegre, uma insurgência com epicentro na campanha, sob chefia de Assis Brasil, que tomou esta designação. Não foi, entretanto, uma Revolução, como frisa o historiador Giovanni Mesquita, autor de uma notável biografia de Bento Gonçalves e grande defensor do que denomina REVOLUÇÃO FARROUPILHA. Esta insurgência estava interligada â sucessão Presidencial no Brasil, que se travara em fevereiro e elegeu Arthur Bernardes, apoiado pelos estancieiros sulinos enquanto o Presidente do Estado, Borges de Medeiros lhe fez Oposição. Mesmo com franca minoria de votos no Rio Grande a vitória de Artur Bernardes animou os adversários de Borges no sentido de impedir suas já renovadas reeleições que se realizariam mais tarde. Foram preparando um clima de contestação, que hoje chamaríamos negativista, com foco na fraude das eleições abertas. Na verdade, este grupo, majoritariamente grandes estancieiros vinha sofrendo graves prejuízos econômicos desde a I Guerra Mundial e clamavam pelo apoio do Estado em seu socorro. Borges recusou, orientado por seus princípios republicanos e positivistas que recomendavam a defesa de um Estado Central equidistante dos interesses econômicos, espécie de árbitro regulador da sociedade, de resto empenhado num processo de mudança estrutural urbano-industrial do Rio Grande. Esta tensão já vinha confrontando proprietários rurais que dominavam a vida econômica e política do Estado desde o período colonial. Porto Alegre, fundada por José Marcelino de Figueiredo em 1772 ( fugido de Rio Grande, esta sim, estrategicamente situada na campanha pela sua condição de porto marítimo, no corpo do complexo da criação e indústria do boi , desde a ocupação da velha capital por Ceballos em 1763) foi, durante muito tempo, apenas um modesto centro administrativo. Robustecer-se-á depois de erigida a capital, com a articulação com a economia colonial do Vale dos Sinos em 1872 com a inauguração da via férrea até São Leopoldo. Aí as coisas começam a mudar na política rio-grandense e explodem em conflito armado na Proclamação da República, quando um grupo de republicanos radicais assumem o Poder em 1891, sob o Governo de Julio de Castilhos, cedo deposto pela fidelidade á Deodoro da Fonseca e logo devolvido pelo voto ao Poder para um período de presença castilhista com outros nomes que se estenderá até 1930. Esta facção, associada à Filosofia positivista de Augusto Comte tem um Projeto progressista, baseado na industrialização , para o Estado e o conduz através de um Partido fortemente hierarquizado e intervencionista, onde não raro a firmeza se confunde com violência. A reação não tarda e se acentua com a presença do velho líder monarquista Gaspar da Silveira Martins que deflagra a resistência armada “federalista” dando origem à bárbara rebelião de 1893-5, que se juntaria à Revolta da Armada contra o Presidente Floriano Peixoto na capital catarinense onde foi debelada pelas forças oficiais rio-grandenses. Este fato, aliás, alia incondicionalmente o Governo do Rio Grande do Sul ao Exército, o que se estenderá até a famosa Legalidade, em 1961, quando o comandante do III Exército se alia ao Governador Brizola em defesa da posse de J. Goulart como Presidente da República. A tensão, entretanto, entre Porto Alegre oficialista e o interior acentuar-se-á no Governo Borges de Medeiros que, não obstante, detém o controle político sobre todo o Estado e enfrentará a rebeldia “liberal” com uma poderosa força de 12.000 homens muito bem armados. Irrompida a rebelião, logo depois de mais uma vitória de Borges como Presidente do Estado, as tropas de Assis Brasil vão ao confronto. Sempre evitaram, porém, pela fragilidade de suas armas, o confronto campal e, por isso, partem para uma guerra de desgaste, já praticada na Revolução Farroupilha e na Federalista, na esperança de que o novo Presidente da República, seu aliado, interferisse a seu favor com a Intervenção, o que jamais ocorreu. Depois de muitas idas e vindas revoltosos se enfraquecem e aceitam a trégua na Paz de Pedras Altas em novembro de 1923, reconhecendo a manutenção de Borges até uma futura eleição. Esta paz, aliás, foi mediada pelo homem de confiança de Borges: Getúlio Vargas. Esta pacificação, aliás, selará uma união das forças políticas em torno de Vargas ao comando do Estado em 1927, culminando no apoio à sua Revolução em 1930, embora de pouca duração. Em 1932 novas cisões emergem no Rio Grande, mas já não mais armadas. Pedras Altas contibui decisivamente para o reconhecimento das divergências ideológicas que atravessarão todo o século XX sem outros atritos que não os da virulência ideológica. Este fato, importante, no entanto, leva ao equívoco de vários analistas de associarem os revoltosos de 23 aos movimentos de enfretamento às retrógradas oligarquias da I República. Ora, aqui no Rio Grande, retrógrados eram eles. A dita oligarquia no Poder, ao contrário, era surpreendentemente progressista e se projetou sobre o cenário nacional através de Vargas depois de 1930.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 02 de agosto 23

Afinal, o Brasil vai bem ou vai mal?

Não falemos da conjuntura e do Governo Lula III, que vai se firmando numa corda meio bamba. Falemos do Brasil em retrospectiva ou, como queria Cazuza: “Que país é esse? ” Ou, ainda, como indaga outro analista, Isaac Reutman: “Colonizado ou protagonista”, forma educada da expressão “escravo ou Senhor”? Antonio Callado, grande entusiasta do Brasil quando moço também foi em busca do Brasil profundo com seu QUARUP, de 1967, mas morreu em profunda depressão decepcionado com o que viu. Drummond foi mais longe e ainda perguntou no sugestivo poema Hino Nacional, “os brasileiros acaso existirão...? ”

Hino nacional

 

Precisamos descobrir o Brasil!

Escondido atrás as florestas,

com a água dos rios no meio,

o Brasil está dormindo, coitado.

Precisamos colonizar o Brasil.

...

Precisamos educar o Brasil.

Compraremos professores e livros,

assimilaremos finas culturas,

abriremos dancings e subvencionaremos as elites.

 

Cada brasileiro terá sua casa

com fogão e aquecedor elétricos, piscina,

salão para conferências científicas.

E cuidaremos do Estado Técnico.

 

Precisamos louvar o Brasil.

Não é só um país sem igual.

Nossas revoluções são bem maiores

do que quaisquer outras; nossos erros também.

E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...

os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...

 

Precisamos adorar o Brasil!

Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,

por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão

de seus sofrimentos.

 

Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!

Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,

ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.

O Brasil não nos quer! Está farto de nós!

Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.

 

Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?

A questão me vem à baila, neste dois de agosto mercurial que amanhece em Porto Alegre com 15 graus, depois de uma conversa com um velho amigo. Ele está fazendo o caminho inverso preconizado pelo velho Senador Roberto Campos que sempre dizia ser normal ser incendiário na juventude e bombeiro na fase adulta. Meio conservador quando estudante, hoje se diz encantado com a China comunista que, além de retirar 800 milhões da pobreza em 30 anos, segundo respeitáveis revistas acadêmicas – surpresa até pra mim, que pensava fosse a metade desse número -, lidera o comércio mundial e se prepara para superar os Estados Unidos. No Brasil, diz ele, mourejamos no patrimonialismo. Ele, entretanto, nem Cazuza nem Drummond são os únicos desencantados com o “Brasil, país do futuro”, dos tempos de S. Zweig. Quando eu ainda dava aula na Universidade de Brasília, há 20 anos, costumava perguntar genericamente aos alunos: Vocês acham que o Brasil deu certo? A resposta era unânime: “Nãããoooo...!” Tentava, então, ao longo do meu curso, se não convencê-los do contrário, à luz das grandes realizações do país no século XX, quando nossa população saltou de meros 15 milhões de caranguejos arranhando a costa para 190 milhões, muitos dos quais, embora minoria, já assentados no Grande Sertão, com um Estado organizado com instituições invejáveis, inclusive um Tribunal Eleitoral, uma inédita Justiça do Trabalho, um SUS com mais de 30 mil postos de atendimento gratuito, além de vigorosas instituições financeiras públicas como BNDES, BB e CEF, para não falar da diversidade cultural digna de reconhecimento internacional. Não sei se sensibilizei algum deles, mas continuo empenhado nessa missão: mostrar que, malgré tout, o Brasil deu certo e está numa nova encruzilhada. Se errar pode desaparecer. Mas vai indo, aos trancos e barrancos dos golpes em sua frágil democracia, em meio à violência herdada da escravidão mas que nos dá, entretanto, o crédito de ter uma maioria não branca do colonizador em sua população. Não somos, com efeito, a China, mas nem temos uma cultura milenar, nem fomos protagonistas de uma Revolução, como a que fizeram os chineses sob Mao Tse Tung, que lhes redefiniu a equação de poder interno com a eliminação do mandarinato. Foi a Revolução Francesa deles. Nós, com exceção do Rio Grande do Sul, não tivemos nada parecido. Fomos nos modernizando, depois da Batalha do Itararé, em 1930, por acordos tácitos que jamais permitiram mudar a estrutura agrária e enraizado patrimonialismo. E aqui estamos, com um país territorialmente imenso e com tarefas históricas ainda a se cumprirem, mas de pé, com o mérito de ter saído de suas graves crises pela interação entre mobilização popular (como na Abolição, na década de 1880, e nas redemocratizações de 1945 e 1985, bem como nas eleições de 22) e articulação das elites políticas. Como afirma enfim, a sociólogo Maria Hermínia em artigo recente na FSP: Pior seria sem o que se tem...

Maria Hermínia Tavares* - Pior seria sem o que se tem

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-herminia...

Poderíamos ir mais rápido e com mudanças mais profundas. Por certo, poderíamos e deveríamos. Mas esta não é uma questão teórica nem de postagem em Redes, é Política. Quem, enfim, à empreenderá, até que um Robespierre, um Trotsky ou um Mao, com respaldo popular, acaso apareçam...? Fiquemos com o que se tem e tratemos de desdobrá-lo historicamente. O Brasil existe! Os brasileiros existem!

 

Anexos

Que país é esse? Colonizado e periférico ou protagonista? Isaac Roitman

 Mercantil = 18:18 - 1 de junho de 2020 = ACESSE AQUI >>. 

 

Peguei emprestado como parte do título do artigo a composição musical criada por Renato Russo (Renato Manfredini Junior) em 1978 e que teve grande sucesso na banda Legião Urbana. A letra da música é questionadora e pretende tecer uma severa crítica social. Quando foi criada, no final dos anos 70, já havia a sensação de impunidade e falta de regras civilizatórias. O compositor não critica apenas a classe política, mas também a corrupção espalhada e arraigada no nosso dia a dia.

Um dos versos diz: “Nas favelas, no Senado / Sujeira pro todo lado / Ninguém respeita a Constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação”. Em um outro: “Mas o Brasil vai ficar rico / Vamos faturar um milhão / Quando vendermos todas as almas / Dos nossos índios num leilão”.

A composição criada há 42 anos parece ter sido escrita ontem. Uma questão então emerge: o Brasil melhorou? A resposta é não.

A pandemia provocada pelo Corona vírus, parafraseando, Hans Christian Andersen (o rei está nu), revelou que o país está nu e despreparado para enfrentar a grave crise sanitária que assola o planeta. Em adição, a pobreza e a fome, consequência da vergonhosa desigualdade social, condenará a morte um grande contingente das populações vulneráveis.

A demissão recente de dois ministros da saúde competentes revela que o país está à deriva. O descaso com o desenvolvimento científico brasileiro, com cortes de investimentos e redução de bolsas, revela uma falta de visão para o futuro. A crise da Covid-19 certamente nos ensinará muito. O modelo econômico planejado pelos banqueiros e seus comparsas naufragou. Por outro lado, a pandemia revelou atitudes virtuosas, como a dedicação dos trabalhadores da saúde para enfrentar os efeitos perversos da pandemia. As iniciativas solidárias, para mitigar o sofrimento das camadas mais vulneráveis é um sinal que podemos aprimorar a nossa missão com o coletivo.

Precisamos definir se queremos continuar a ser um país com o mesmo enredo, colonizado, periférico e campeão na injustiça social? Se a resposta for sim, vamos continuar na zona de conforto, acomodados e não gastar nenhum minuto pensando nas futuras gerações de brasileiros e brasileiras. Vamos continuar a eleger nas esferas do Executivo e Legislativo pessoas que não são preparadas e que não apresentam nenhuma sensibilidade para o coletivo.

No entanto, se a resposta for não, vamos ser todos protagonistas de transformações onde todos possam alcançar seus sonhos. Em uma verdadeira democracia, o Estado deve priorizar os desejos e sonhos do povo. Um modelo de desenvolvimento baseado apenas no desenvolvimento econômico é incompleto. Crescimento econômico sem desenvolvimento social resulta em falta de inclusão, indignação, descontentamento e agitação social.

É urgente conquistarmos uma educação que consolide valores e virtudes e que inclua uma educação ambiental e libertária sem espaço ao individualismo, a competição, ao consumismo e ao mercado que não respeite os princípios civilizatórios e direitos de todas as camadas sociais. Para conquistarmos o Brasil que queremos, é preciso mudar o pensamento e as atitudes das pessoas. É pertinente lembrar o pensamento de George Bernardo Shaw: “Progresso é impossível sem mudança, e esses que não podem mudar suas mentes não podem mudar coisa nenhuma. ”

A preocupação com o futuro e com o legado que deixaremos para as próximas gerações devem pautar as nossas ações no presente. Lembremos que não somos imortais e que o nosso compromisso maior é com os nossos descendentes.

No Brasil, não temos tradição de planejar a longo prazo. Nossos projetos se limitam a quatro ou oito anos de governo, e a maioria deles não são realizados. É preciso planejar a longo prazo, estabelecer projetos de Estado e construir um novo Brasil, melhor e mais justo. Vamos trabalhar para que no breve futuro possamos apreciar a bela composição de Renato Russo e a pandemia do Corona vírus como uma lembrança do passado que nunca voltará.

- Pior seria sem o que se tem

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../maria-herminia...

Maria Hermínia Tavares* =Folha de S. Paulo

Basta imaginar a passagem do ex-capitão por Brasília se ele tivesse um partido majoritário no Congresso

O sistema político brasileiro não é visto com bons olhos pela imensa maioria dos acadêmicos e dos jornalistas. Uns e outros buscam persuadir os leigos de que nada ou muito pouco presta no presidencialismo de coalizão, corolário de um sistema partidário notoriamente fragmentado. Em especial, investem contra a partilha de ministérios e cargos de primeiro escalão, vital para a formação da base governista no Congresso, e a política de liberação de recursos para emendas parlamentares, que azeita a aprovação de projetos de interesse do governo.

Muitos julgam ainda excessivo o poder dos governadores em assuntos nacionais. E se dizem preocupados com a judicialização das disputas políticas e o protagonismo das instituições judiciais, particularmente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Para os críticos, esse sistema emperra decisões; baseia-se em caro toma-lá, dá-cá; dificulta a adoção de reformas importantes; e multiplica as oportunidades para a apropriação indevida de recursos públicos —a velha e onipresente corrupção.

Talvez seja hora de contrapor às críticas as vantagens de um sistema que impede a concentração excessiva de poder no Executivo, bem como o governo de um único partido majoritário. Em consequência, obriga à negociação entre interesses diversos, à busca de consensos e, nesse processo, favorece soluções moderadas. Por último, o mais importante: o seu papel como dique de contenção a arroubos de um mandatário com vocação autoritária.

No passado recente, foram essas as instituições que impediram Bolsonaro de exercer seu despotismo, limitando o estrago de suas políticas destrutivas. Basta imaginar o que poderia ter sido a passagem do ex-capitão por Brasília, tivesse ele um partido majoritário no Congresso; a prerrogativa de indicar prepostos para administrar regiões sem autonomia frente ao governo central; e, por fim, contasse com um Judiciário subjugado.

É esse arranjo tido como mal-ajambrado, no qual a negociação política é tão crua quanto aberta, que tem permitido, pela busca de convergências, definir novas regras fiscais e a tão esperada Reforma Tributária. E mais do que permitir, requer um governo disposto e capaz de dialogar para chegar ao que a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, em recente entrevista ao jornal Valor, chamou de solução "meio-termo" ao tratar do controverso marco temporal para a demarcação das terras indígenas. Afinal, meio-termo, negociação, moderação, construção de consensos são alguns dos tantos nomes da política democrática. Antes assim.

Tiro uma semana de férias. Volto no fim do mês.

*Professora titular aposentada de ciência política da USP e pesquisadora do Cebrap.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 01 de agosto 23

Ação policial contra o crime: Confronto ou Inteligência?

Operação acontece desde sexta-feira (28) após policial da Rota ser morto no Guarujá. Governo fala em 8 mortos, enquanto ouvidoria das polícias de SP cita ao menos 10 vítimas no fim de semana. 

 

Operação da PM para prender suspeito de assassinar policial da Rota deixa 10 mortos em Guarujá, diz ouvidor - Moradores relataram que policiais torturaram e mataram um homem e prometeram matar ao menos 60 pessoas em comunidades da cidade. Suspeito de matar agente da Rota foi preso neste domingo (30).

SSP confirma mais duas mortes em ação da PM no litoral, e total chega a 10 - Ouvidoria recebe denúncias de tortura e ameaças da PM em Guarujá = 'Ação da PM não parece ser proporcional em relação ao crime', diz Dino

 

Antes de se entregar, 'sniper' suspeito de matar policial da Rota fez vídeo pedindo para Tarcísio 'parar matança' - Erickson David da Silva foi preso neste domingo. Ouvidoria da Polícia relatou que policiais mataram 10 pessoas em operação de buscas por suspeito; Secretaria de Segurança Pública informou apurar o caso.

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Meu amigo Dr. Frank Cunha, 91 anos de lucidez, sempre atento ao mundo e escrevendo com talento e erudição, me manda este grafite, colhido em Buenos Aires:

 

"CUIDADO, POLCIALES SUELTOS!!!"

A advertência poderia ser tomada como toque de humor, mas não é. É um registro da visão da sociedade – ou parte dela – sobre a imagem da Polícia em nosso tempo, pleno século XXI, no continente. Século que se prometia consagrado aos Direitos Humanos. Coincidentemente, um jovem preso no fim de semana no episódio do Guarujá, litoral de São Paulo, acusado de ter ocasionado a chacina de oito ou dez pessoas ao ter alvejado de morte um policial militar, antes de se entregar faz um vídeo em que apela ao Governador do Estado, clamando: “Parem de matar! ” Não pararão. A ação policial sobre o crime, no Brasil, consolidou-se no país inteiro, seja governado pela direita ou pela esquerda, pela política de confronto armado. Na Bahia, estado com o maior número de mortes violentas, governado há anos pelo PT, 28% das mortes violentes é resultado da ação policial. Na sequência vem Rio de Janeiro e o episódio de Guarujá demonstra que em São Paulo não é diferente.

Qual o problema da Política de Confronto Armado com o crime? É que ele não diminui a criminalidade. Ela se reproduz no calor do confronto e acaba se espalhando pela sociedade que acaba se armando por conta própria na tentativa de se defender. O resultado é mais violência. Onde vamos parar?

O crime existe e se organizou de forma inusitada depois da década de 80. O tráfico de drogas criou uma era jamais vista de poder econômico nas mãos das redes do crime. Com ramificações internacionais. A tal ponto que já há uma discussão, também internacional, sobre a conveniência da manutenção da repressão ao uso de entorpecentes, vez que os recursos públicos aí envolvidos são cada vez maiores e infrutíferos. Aliás, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, nestes dias, se debruçará sobre esta difícil matéria no Brasil Não se trata de liberar o tráfico mas de autorizar o porte limitado de drogas para uso pessoal. A questão, entretanto, é que se esta liberação evita a prisão de supostos usuários de droga, ela continuará penalizando o microtraficante, geralmente pobre, negro e morador nas periferias das cidades, que alimenta o usuário. Continuares com centenas (!) de milhares de jovens encarcerados que acabam sendo engajados nas organizações do crime, que lhes oferecem apoio financeiro e advogados. E continuarão os confrontos entre traficantes e policiais, com balas perdidas alcançando crianças inocentes.

Que fazer diante disso?

Reconhecer, primeiro, a complexidade do problema que exige esforço interdisciplinar no seu enfrentamento. Segundo, submeter a ação policial às determinações da Lei que não autoriza enfrentamentos letais com número considerável de vítimas fatais. Isso exige a mudança da Política de Confronto das polícias com o crime pela Política de Investigação capaz de prevenir danos fatos e colaterais. Isso é mais difícil? Talvez. Mas é o método democrático de enfrentar a violência do crime. Não com a violência do Estado, mas sua firmeza no cumprimento da Lei: Avaliar, Investigar, Prender e Processar. Claro que esta Política exige também revisão da Legislação sobre certos crimes: hediondos, praticados ao amparo de organizações, reincidência etc., papel que cabe, fundamentalmente ao Congresso Nacional. Nada justifica que um reincidente por 30 vezes do crime de roubo venha a ser beneficiado com a progressividade. Em todo o caso, o que deve rechaçar é que a Polícia aja, como parece ter agido no Guarujá, como retaliação ao fato de que um dos seus foi atingido por um criminoso. É compreensível que o crime atue sem critérios, mas não é aceitável que o Estado o faça, assimilando-se aos métodos criminosos. No Estado de Direito Democrático, regido como nós, por uma Constituição, ninguém está autorizado a matar por vingança ou impulso. Defesa da honra, pessoal e institucional não tem cabida em tribunais. Mister, pois, parar de matar indiscriminadamente, ainda que sob o argumento do combate ao crime. Este se faz com a Lei.

O caso concreto do Guarujá, tratado pelo Governador de São Paulo com regozijo, exige INVESTIGAÇÃO, eis que há contraditório no âmbito mesmo da força policial. A pressa em justificar a ação policial é um erro do Governador e de analistas ideologicamente comprometidos com o slogan de que bandido bom é bandido morto. Esta máxima, mínima em bom senso, acaba se alastrando como consigna num universo carregado de conflitos e vai para as paredes, como em Buenos Aires: “Cuidado, policiais soltos”, um perigo para todo mundo, pois atrás de bandido bom é bandido morto, vem “índio bom é índio morto”, negro bom é negro morto, gay bom é gay morto, “vagabunda” boa é vagabunda morta, invasor do MST bom é invasor morto, sindicalista bom é sindicalista morto...e assim por diante, como naquele conhecido poema:

Primeiro levaram os negros / Mas não me importei com isso /

Eu não era negro. / Em seguida levaram alguns operários / Mas não me importei com isso / Eu também não era operário. /Depois prenderam os miseráveis / Mas não me importei com isso / Porque eu não sou miserável. / Depois agarraram uns desempregados / Mas como tenho meu emprego / Também não me importei. / Agora estão me levando. / Mas já é tarde. / Como eu não me importei com ninguém / Ninguém se importa comigo.


 Editorial Cultural FM Torres RS 31 de julho 23

A disritmia sulina 

Raras vezes temos a oportunidade de conhecer a nossa realidade socioeconômica como no artigo abaixo do Doutor Carlos Paiva. Com base no Censo 22 compara a dinâmica populacional do RS e SC, evidenciando a tendência à estagnação de nossa economia. Segue:

 

Carlos Paiva

Artigo por RED - https://red.org.br/noticia/a-disritmia-sulina/  

29/07/2023 05:30 • Atualizado em 28/07/2023 22:40

 

⦁ Os problemas do Censo

Os primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022 deixaram o Brasil atônito. Até 2021 o IBGE estimava a população brasileira em pouco mais de 213 milhões de pessoas. Mas em 2022, o Censo “encontrou” 10 milhões de pessoas a menos no Brasil. A discrepância foi tamanha que muitos a tomaram como um indicador da baixa confiabilidade de nosso sistema estatístico. Afinal, um “equívoco” de 10 milhões não é qualquer coisa.

Há alguma razão na crítica. O IBGE viveu maus momentos ao longo dos (tristes) anos de (des) governo Bolsonaro. Sofreu com cortes de verbas, mudanças abruptas de gestão, alterações no questionário do Censo. E, como se isto tudo não bastasse, passou pelo grande desafio representado pela pandemia, que impôs mudanças no calendário; além de afetar todo o sistema de estimativa populacionais em função da elevação abrupta e inesperada do número de óbitos em 2020 e 2021.

Parte da discrepância entre a população estimada em 2021 e da população censitada em 2022 advém justamente da pandemia. Como o IBGE estima a população em cada ano antes da consolidação dos registros de óbito, o órgão projetou o impacto da covid-19 no Brasil tomando por referência a morbidade média mundial. Mas o IBGE parece não ter projetado que nós seríamos hors concours em morbidade. Além disso, aparentemente, o IBGE também subestimou o crescimento da emigração ao longo dos últimos anos. Um equívoco que também é explicável. Em 2020, no auge da pandemia, a migração de brasileiros para o exterior caiu abruptamente. Porém, em 2021 a emigração teve um crescimento astronômico, que mais do que compensou a queda do ano anterior. Além disso, parte da emigração não é computável no momento da saída do viajante. Pois ele entra nos demais países como “turista”. Neste caso, mesmo quando não tem intenção de voltar para o Brasil ele é obrigado a adquirir uma passagem de retorno; e é computado como domiciliado no país.

Mas também há um outro lado. Ao contrário do que pretende o senso comum, o fato do Censo Demográfico de 2022 ter identificado uma população menor do que a população estimada para 2021 não é a “prova” de que a estimativa estava totalmente errada. Na verdade, os Censos sempre subestimam a população real. Pois casas visitadas mais de 3 vezes sem que ninguém seja encontrado é considerada vazia. Mesmo que, na verdade, a ausência de domiciliados seja meramente casual. Assim, é de se esperar (e isto logo será averiguado) que a população brasileira se encontre, de fato, hoje, abaixo dos 213 milhões projetados para 2021, mas acima dos 203 milhões identificado no Censo de 2022. Detalhei este ponto na primeira seção de um outro artigo, cuja leitura recomendo a eventuais interessados no tema.

O que importa entender, para nossos objetivos neste texto, é que: 1) a população efetiva do Brasil e de suas regiões hoje deve ser maior do que a contabilizada no Censo e menor do que a estimada nos anos anteriores: seria razoável apostar em um valor intermediário; 2) apesar das tendências à subestimação dos Censos, esta tendência tende a se distribuir com grande uniformidade; vale dizer: os diferenciais de variação populacional não devem sofrer alterações significativas. É claro que os municípios que tiveram as maiores perdas vão protestar e, muito provavelmente, ingressarão na Justiça contra o cálculo do IBGE. Pois a perda populacional envolve perdas diversas: do repasse do ICMS à queda do número máximo de vereadores. O jus sperniandi está consagrado no Brasil. Mas ele não garante qualquer legitimidade às demandas. A maioria delas é mera protelação do inevitável.

⦁ Os determinantes da dinâmica demográfica e suas diferenças

Um dos principais focos do artigo já referido de análise do Censo que publiquei na RED no dia 15/07 foi a extraordinária diferença entre a dinâmica demográfica do RS e de SC ao longo dos últimos 12 anos. Há muito tempo que o RS é o Estado com menor taxa de crescimento demográfico do Brasil. Se tomamos o período entre 1970 e 2022, o RS ocupa exatamente a última (27ª.) colocação dentre as UFs em termos de crescimento demográfico. A população do Brasil cresceu 115% e a do RS apenas 63,5%. Mas SC cresceu acima da média brasileira no período: 159,7%, ficando em 12º. lugar entre as UFs. Mais: esta performance diferenciada é relativamente recente. Entre 1970 e 1991, a performance demográfica de SC (23,07% de crescimento) era inferior à performance do Brasil (35,93%) e pouco superior à performance demográfica do RS (cuja população cresceu 15,02% nesses 21 anos). E a similaridade nas taxas de expansão demográfica de SC e RS se impôs a despeito das discretas diferenças na estrutura etária dos dois Estados. Este ponto é importante e merece alguma consideração.

Não são poucos os demógrafos, economistas e sociólogos que buscam explicar os diferenciais (bem como as convergências) de dinâmica demográfica a partir de duas determinações básicas: estrutura etária e as referências culturais que orientam o planejamento familiar. E isto não é gratuito. Afinal, a capacidade de reprodução humana – como a de qualquer outro animal – é limitada a um dado período da vida; que vai da adolescência ao climatério. Além disso, no caso específico da população humana, o processo reprodutivo envolve, como regra geral, uma decisão dos casais, que é mediada por inúmeras determinações culturais associadas à aprovação (e/ou desaprovação) social do intercurso sexual entre casais de distintos estratos sociais e condições matrimoniais, bem como do direito dos mesmos ao controle e planejamento do número de filhos pelas vias mais diversas: do coito interrompido ao aborto.

Mas o fato da cultura e da estrutura etária serem elementos relevantes não os torna exclusivos. De sorte que não se pode reduzir a dinâmica demográfica a estas duas determinações. Quando o fazemos, estamos, de fato, abstraindo a dimensão econômica, que é fundamental para o entendimento da demografia. Mais: a abstração da dimensão econômica naturaliza (a despeito das aparências em contrário) a dinâmica demográfica, reduzindo-a, de um lado, à sua dimensão biológica (ter ou não idade para a procriação) e, de outro, a elementos “culturais” que ingressam como variáveis exógenas, não explicadas e não explicáveis, como algo da “natureza social”. O que se perde nesta redução é a capacidade de entender a dinâmica demográfica enquanto sintoma econômico, enquanto expressão privilegiada de um elemento central na dinâmica econômica: a capacidade de inclusão da população pelo trabalho gerador de uma renda minimamente satisfatória.

O ponto central a entender é que os processos migratórios são tão relevantes para a dinâmica demográfica dos territórios quanto o crescimento vegetativo da população. E os fluxos migratórios são determinados, primariamente, pela busca de melhores condições de reprodução material. Mais: com a crescente integração do mundo patrocinado pela universalização da ordem mercantil capitalista, os processos migratórios tornaram-se cada vez mais intensos e relevantes. Ao ponto de se tornarem uma das principais causas das diferenças nas estruturas etárias de regiões e nações. Senão vejamos.

Países e regiões que não oferecem oportunidades de trabalho e renda para a sua juventude em termos consistentes com suas expectativas, tendem ser abandonados pelos mesmos, que migram para regiões e nações onde encontram melhores condições de reprodução social. E estes processos migratórios são a verdadeira raiz do envelhecimento relativo da população. Aliás, é muito comum que os países e regiões que expulsam seus jovens apresentem, num primeiro momento, uma elevação do percentual de idosos e de crianças. Pois os pais partem para outras regiões deixando seus filhos pequenos com os avós. O que importa entender é que a estrutura etária não pode ser tomada como um ponto de partida absoluto. Muitas vezes ela é um desdobramento do processo migratório. E isto não é tudo: ela pode estar revelando, também, diferenciais de longevidade. E, como se sabe, a longevidade é um indicador da qualidade e universalidade do sistema sanitário e, em especial, dos serviços médicos de saúde.

Um exemplo concreto pode ajudar a entender este ponto. Entre 1970 e 1980 a população brasileira aumentou em 26,6 milhões de habitantes, o que implicou uma expansão de 28,19%. Em 1970, São Paulo contava com 19% da população total do país, mas com 22% da população entre 40 e 60 anos e (coincidentemente) 22% da população com mais de 60 anos; vale dizer: a idade média dos paulistas era maior do que a do Brasil. Não obstante, em 1980 SP passou a contar com 21% da população do país. Entre 1970 e 1980, a população de SP cresceu 41,3%, vale dizer, 13 pontos percentuais acima da média brasileira, o que o colocou em 8º. lugar entre as UFs com maior crescimento populacional. De outro lado, o PR era a UF do Sul com maior percentagem de população jovem. O PR contava com 7,5% da população total do país, mas com meros 5,5% da população acima de 60 anos. Não obstante, sua taxa de crescimento demográfico foi a menor de todo o Brasil nos dez anos (10,75%). Em 1980, o Paraná contava com apenas 6,4% da população do país: havia perdido 1,1 ponto percentual em participação. A despeito de sua estrutura etária “promissora” no início dos anos 70, a crise da economia cafeeira do Paraná em meados da década e o elevado dinamismo da indústria paulista (impulsionada pelo Milagre Econômico e, posteriormente pelo II PND de Geisel) cobraram o seu preço, alavancando as taxas de imigração do PR em direção a SP.

Um outro exemplo tão ou mais significativo: entre 2000 e 2022 a população brasileira cresceu 19,74% e a população gaúcha cresceu apenas 6,8%. Porém, nesse período, o Corede Litoral Norte, no RS, apresentou um crescimento populacional de 53,08%. Este crescimento espantoso foi capitaneado pela migração de aposentados (vale dizer, de pessoas de idade elevada) para o território que adotaram o domicílio de veraneio como domicílio permanente. Este processo redundou, inicialmente, numa verdadeira revolução da estrutura etária dos domiciliados no Litoral, com o aumento significativo da percentagem da população idosa. Porém, o movimento inicial logo foi contrastado pela crescente imigração de jovens para a região. Por quê? Porque a população aposentada alimenta um desequilíbrio significativo entre oferta e demanda de bens e serviços. Pois trata-se de uma população com elevado poder de compra, com grande demanda por serviços (que é o setor mais empregador da economia) mas que não ingressa no território como ofertante, seja de bens, seja de serviços, seja de mão de obra. O desequilíbrio entre oferta e demanda que resulta deste movimento, se resolveu pela atração de empresas, empresários e trabalhadores em idade ativa para o Litoral.

Por fim, é preciso entender que a clivagem entre determinações “socioculturais” e “econômicas” envolve uma simplificação. E as simplificações só têm alguma utilidade quando as tomamos pelo que são: instrumentos de raciocínio, que podem e devem ser descartados quando buscamos ir além de modelos simples e avançamos em direção ao concreto pensado. Talvez a forma mais adequada de explicar este ponto (sem ingressar em debates teóricos infindáveis) seja a maiêutica socrática, o método de ensinar perguntando.

A despeito de algumas oscilações significativas e “booms” eventuais, a taxa de crescimento vegetativo da população dos países capitalistas desenvolvidos tem sido decrescente. Pergunta-se. Até que ponto este fenômeno resulta de uma mudança cultural associada ao exacerbamento do hedonismo e do individualismo no capitalismo avançado, em detrimento dos mores culturais do século XIX, em que a família e a Igreja eram o centro da sociabilidade e a descendência era a expressão primeira da realização pessoal? E até que ponto este fenômeno é derivado da insegurança econômica dos jovens casais nos dias atuais? Qual o papel do individualismo e qual o papel das expectativas com relação à qualidade de vida e condições de trabalho de seus filhos no futuro? Ou, tomando o meu próprio caso pessoal: eu tenho três filhos, todos casados e com mais de 30 anos. Mas não tenho netos. Isto se deve ao fato de meus filhos serem hedonistas, egocêntricos e autocentrados ou se deve ao fato de que nenhum deles tem qualquer estabilidade ou segurança nos seus empregos? Ou será que os dois fatores andam de mãos dadas?

⦁ Por que é central entender as determinações econômicas da dinâmica demográfica?

Pedimos desculpas ao nosso leitor mais preocupado com os “achados” – vale dizer: com as novidades trazidas pelo Censo Demográfico de 2022 – do que com os “perdidos” – vale dizer: com os infindáveis debates teóricos e conceituais e os inúmeros exemplos do passado para a explicitação dos determinantes da dinâmica demográfica. Mas, infelizmente, a digressão acima se mostrou essencial em função das críticas feitas ao meu trabalho publicado na RED há duas semanas atrás por alguns colegas de profissão. O centro de seus argumentos encontrava-se na pretensão de que a dinâmica demográfica não seria bom indicador da dinâmica econômica; pois estaria referida primariamente à estrutura etária e a padrões culturais associados ao planejamento familiar. No fundo, do meu ponto de vista, aqueles que esgrimem esta interpretação não o fazem por ignorar o componente econômicos associado à migração. Mas porque acreditam que a economia gaúcha está “muito bem, obrigado”. Ou, ainda: acreditam que, se ela vai mal, é apenas porque a economia brasileira vai mal. E não há nada que mudar nas políticas econômicas em curso no Rio Grande Amado.

Há anos que me oponho a esta tese. E busco demonstrar que a decadência econômica do RS não pode ser explicada exclusivamente pelo baixo dinamismo econômico brasileiro nos últimos 40 anos. É preciso atentar também para nossos erros.

E, aqui, vale esclarecer um ponto. Eu sei – e, creio, qualquer economista sabe – que há um componente nacional no fraco desempenho do RS. Talvez ainda mais importante: há um componente setorial (ou estrutural). Em que sentido: ao longo de muitas décadas, o RS se manteve em segundo lugar na participação nacional do VAB da Indústria de Transformação (IT). SP (com mais de 40%) e RS (com quase 10%) correspondiam a mais da metade do VAB da IT nacional. Ora, o Brasil vem se desindustrializando aceleradamente desde os anos 90; e os Estados mais industrializados (SP, RS e RJ) vêm sofrendo mais neste processo.

No entanto, há um terceiro componente na determinação da dinâmica de uma região: o componente diferencial. Este componente está associado à capacidade de uma região deslocar sua estrutura produtiva em direção àqueles setores que apresentam uma taxa de crescimento mais elevada. Se a conquista de novos nichos de mercado é realizada antes de potenciais concorrentes, o território ganha vantagens competitivas, pois percorre a curva de aprendizado (o know-how associado ao learning by doing) e adquire vantagens de escala (internas e externas) antes dos demais.

Mas é importante atentar para um ponto crucial para que se possa entender efetivamente o papel do componente diferencial na taxa de crescimento. Um ponto para o qual, acredito eu, raríssimos analistas e planejadores econômicos gaúchos atentam: o ingresso em novos setores só alcança dinamizar a economia se houver demanda significativa e crescente para a nova produção. Ao contrário do que usualmente se pensa no RS, o crescimento diferencial não se dá tão somente porque se ingressa em setores que ninguém antes ingressou. Em especial, não se dá quando ingressamos em setores nos quais não temos qualquer tradição e conhecimento. A trajetória normal de inovação em produto é o aproveitamento de conhecimentos e equipamentos já existentes para a diversificação de mercados. Assim, uma indústria de cola para sapato deve buscar desenvolver outras colas (para madeira, por exemplo). Uma firma de embalagens para calçados deve buscar novos nichos, como embalagens para alimentos, por exemplo.

O ingresso em um setor radicalmente novo, pode ser da maior relevância para a nação. Por exemplo: dominar a tecnologia de prototipagem de microprocessadores é fundamental para qualquer país que pretenda contar com um mínimo de autonomia e capacidade inovativa na área de computação. Neste sentido, mostra-se crucial sustentar e apoiar o CEITEC, localizado no RS. Mas seria uma falácia sustentar este apoio argumentando que o CEITEC poderia ser a base para um crescimento expressivo no emprego e na renda dos trabalhadores assalariados no RS. E isto simplesmente porque este é um setor de altíssima competitividade e não há como prever qual será a fatia de mercado que uma única empresa criada com apoio do Estado justamente para dar início ao longo e complexo processo de aprendizado virá a conquistar.

Aqueles que se revoltam com o fato do Brasil estar se especializando, de forma crescente, em atividades agroindustriais se esquecem que a produção que cresce aceleradamente e que gera emprego e renda de forma substantiva é a produção que conta com um mercado: 1) em expansão; 2) ao qual somos capazes de atender ao menor custo nacional e/ou internacional. Não se trata – insistamos – de negar o papel estratégico de investimentos onde o país não tem tradição. Trata-se apenas de não confundir objetivos distintos – gerar emprego e renda para a população e estar up to date com a tecnologia de ponta no mundo – como se ambos fossem irmãos siameses. Este é o maior erro daqueles que confundem inovação com ingresso em searas caracterizadas por tecnologia de ponta. E confundem tecnologia de ponta com desenvolvimento socioeconômico. A inovação é central? Claro que sim! Mas ela não é um atributo restrito a alguns poucos setores. Todo e qualquer setor tem a sua fronteira tecnológica e gerencial específica. Todo e qualquer setor carrega consigo o potencial de inovar. Se não entendemos isto, não entendemos mais nada. E não podemos planejar o futuro do nosso Estado. Santa Catarina entendeu. E está nos dando um rolê.

⦁ RS e SC: uma disritmia para lá de surpreendente

Tomando por base as informações dos Censos Demográficos, entre 2010 e 2022 a população brasileira cresceu 6,45%. A população do RS cresceu apenas 1,74% (um quarto do crescimento nacional). E a população de SC cresceu 21,78% (3,4 vezes mais que o Brasil). SC ocupou o segundo lugar em taxa de crescimento demográfico do país, abaixo apenas de Roraima. Por quê?

Se tomamos os dados do crescimento vegetativo (nascimentos menos óbitos) do SC e do RS entre 2015 e 2022 (período de vigência da Lei da Transparência) temos o seguinte quadro:

 

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Importante observar que: 1) o saldo do crescimento vegetativo absoluto de SC é superior ao saldo do RS, a despeito da população gaúcha superar a população catarinense em quase 50%; 2) este resultado é fruto tanto da maior morbidade no RS (em média, 0,79% da população total ao ano) em relação a SC (média de 0,61% ao ano) quanto da taxa de natalidade inferior do RS (1,15% a.a.) com relação a SC (1,37% a.a.).

Que motivos podem ser aventados para tamanha diferença nas taxas de natalidade, mortalidade e crescimento vegetativo? Será que a estrutura etária é capaz de explicar o fenômeno? Para responder à questão apresentamos, no Quadro 2, abaixo, os dados do número de habitantes no Brasil, SC e RS por faixa etária.

Tal como se pode observar, SC e RS apresentam uma percentagem menor que o Brasil de crianças e adolescentes (entre 0 e 19 anos), uma percentagem maior de adultos em fase reprodutiva (entre 20 e 59 anos) e o RS apresenta uma percentagem significativamente maior de pessoas com mais de 60 anos.

 

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Porém, o ponto realmente importante é que o RS contava, em 2010, com uma população muito superior a SC em todos os grupos de idade. Se tomamos a faixa entre 20 e 59 anos como a faixa de idade reprodutiva masculina (a feminina se encerra um pouco antes), a população do RS superava a de SC em 66%. O mesmo ocorre se incluirmos os adolescentes entre 15 e 19 no grupo em fase reprodutiva: SC contava, em 2010, com 545 mil pessoas nesta faixa etária e o RS contava com 876 mil, superando SC em mais de 60%. Ora, mesmo que admitamos que a maior percentagem de idosos no RS ampliasse a taxa de morbidade, supondo uma taxa de natalidade similar nos grupos em idade reprodutiva, o saldo absoluto anual de crescimento da população deveria ser similar. Mas não foi. Apesar da população ser 60% maior, o número de óbitos no RS é mais do que o dobro de SC. E o número absoluto de nascimentos no RS supera o número de nascimentos em SC em apenas 30%. O resultado é aquele apresentado no Quadro 1: o saldo absoluto da variação populacional vegetativa (nascimentos menos óbitos) do RS correspondeu a 75% da variação populacional vegetativa de SC. A pergunta que fica é: será que jovens e adultos no RS têm menos filhos por “diferenças culturais” com SC ou por “diferenças econômicas”? … Evidentemente, a pergunta é essencialmente retórica. Afinal, o padrão de colonização dos dois Estados o extremo sul do Brasil foi muito similar e, na essência, comungam da mesma cultura. O elemento econômico parece ser preponderante neste caso. E há uma prova bastante clara desta preponderância. Vejamos abaixo.

Não dispomos de dados sistematizados sobre nascimentos e óbitos para o período anterior a 2015. Obtê-los envolveria um trabalho de pesquisa não desprezível. Mas o período disponível não é pequeno: contamos com 8 anos de informação entre 2015 e 2022. O que nos permite adotar uma proxy estatística para calcular o crescimento vegetativo da população de SC e RS entre 2010 e 2022: tomamos a média dos últimos 8 anos e multiplicamos por 12, vale dizer, pelo número de anos entre os dois Censos. Esta operação não é precisa e tende a subestimar o crescimento vegetativo da população gaúcha. Para que se entenda o ponto, basta voltar ao Quadro 1. A Covid não foi neutra, e ceifou mais vidas entre os idosos do que entre os jovens. De sorte que o RS, por ter uma percentagem maior de população idosa passou por um crescimento notável do número de óbitos durante a pandemia, que levou a um saldo vegetativo de apenas 7.663 pessoas em 2021, 20% do saldo vegetativo de SC no mesmo ano.

Não obstante, a subestimação da taxa de crescimento vegetativo da população gaúcha é útil para o nosso argumento. Pois vamos tentar calcular a taxa de emigração do RS e de imigração para SC. Se o crescimento vegetativo da população gaúcha tiver sido maior do que aquela calculada pela multiplicação da média entre 2015 e 2022 (como, provavelmente, foi) seremos obrigados a reconhecer que a diáspora gaúcha foi ainda maior. O que nos levaria a concluir que os problemas de inclusão socioeconômica da população gaúcha são ainda mais graves do que nossas hipóteses simplificadoras nos levam a perceber. Sigamos, pois, em nosso raciocínio e argumentos “otimistas”.

 

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Como se pode observar no Quadro 3, quando projetamos o crescimento vegetativo médio anual de SC entre 2015 e 2022 para todo o período entre os dois últimos Censos Demográficos, concluímos que sua população teria crescido em torno de 652 mil pessoas. Mas, de fato, o crescimento populacional foi 1 milhão e 361 mil pessoas. O que nos leva a concluir que esta UF recebeu, no período, mais de 700 mil pessoas como imigrantes. Por oposição, ao extrapolarmos o crescimento vegetativo anual do RS para os 12 anos entre os Censo Demográficos, concluímos que ele deveria ter passado por um acréscimo populacional de quase 500 mil pessoas. Porém, o crescimento real, de acordo com o Censo, foi inferior a 200 mil indivíduos. O que nos leva a concluir que algo em torno de 300 mil pessoas optaram por abandonar os pagos, buscando melhores oportunidades de vida em outros rincões.

⦁ Conclusão: a quem serve cantar “sirvam nossas façanhas”?

Como comentei acima, há muitos anos que venho tentando chamar a atenção para o fato de que o Rio Grande Amado tomou o caminho errado e vem crescendo como rabo de cavalo: só para baixo. Com isto quero dizer apenas que não precisaríamos destas “revelações” do Censo 2022 para entender algo que já estava manifesto por diversos indicadores levantados anteriormente. Mas, a despeito da longa e rica tradição de produção teórica em Economia e em Planejamento deste torrão amado, na porção Oriental do Rio Uruguai, tão brasileiro quanto platense, aparentemente temos uma enorme dificuldade em reconhecer nossas dificuldades e problemas.

Ao longo do texto procurei demonstrar que a diferença abissal da dinâmica demográfica de SC e do RS não pode ser reduzida a determinações “naturais”, sejam elas de estrutura etária, sejam de formação histórica e, por extensão, de padrões culturais “herdados”. Mas, agora, ao término dessa jornada investigativa, podemos reconhecer que nossos argumentos não foram 100% honestos. Há, sim, uma diferença cultural notável entre gaúchos e nossos vizinhos sulino-nortenhos (SC e PR). O RS não é apenas um Estado de colonos europeus (como SC). Nem é um Estado que se criou no meio do caminho entre SP e o extremo sul (como o PR). O RS também é um Estado platense. Temos muito de argentinos e uruguaios. A começar pela dificuldade em reconhecer que não somos europeus, que não estamos sempre certos e que não fazemos parte do primeiro mundo.

Há uma piada sobre o Mercosul que me parece muito reveladora da personalidade gaudéria. Segunda ela, o verdadeiro mercosulino tem a “modéstia” do argentino, a “alegria e autoestima” do uruguaio, a “honestidade” do paraguaio, e a “sobriedade, elegância e confiabilidade” do brasileiro.

O gaúcho é isto tudo. O que mais chama a atenção dos nossos vizinhos ao norte é a “modéstia” argentina que carregamos no peito. E que nos faz ter certeza de que estamos sempre no passo certo independentemente do que no informe a realidade. O fato de SC, Paraná, Paraguai e o Uruguai estarem crescendo muito mais do que o RS não passa de “sorte de principiante”. Afinal, eles estão apostando no passado, na agroindústria, e nós TODOS sabemos que o futuro está na tecnologia de ponta. Pois somos muito mais cultos e espertos que os outros.

O que os nossos colegas brazucas nem sempre percebem é que também somos uruguaios. Pois somos soturnos e desesperançados. Não acreditamos em acordos, pactos e progresso. E adoramos o nosso pago. Não há nada mais lindo que o Pampa e suas coxilhas (que só nós alcançamos enxergar). E é por isso que eu gosto lá de fora porque sei que a falsidade não vigora. O gaúcho é Pampa Tech.

E, por favor, entendam que em um Estado de fronteira (especialmente de fronteira seca) contrabando não é crime. É da natureza das coisas abastecer o carro em Rivera e fazer compras em Passo de los Libres sempre que os preços estiverem melhores do outro lado. Entendemos perfeitamente nossos irmãos paraguaios. E somos solidários aos seus discursos contra a corrupção. Corrupção é visitar triplex e não comprar. Contrabando e privatização de patrimônio público a preço de banana é ação benemérita e honrada. Na dúvida, pergunte à Zero Hora. … Que não me deixa mentir sozinho.

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*Doutor em economia e professor do mestrado em desenvolvimento da Faccat (Faculdades Integradas de Taquara).

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 Editorial Cultural FM Torres RS 28 de julho 23

Os pretos no Brasil. Por eles mesmos.

 

MUNDO NEGRO - Número de brasileiros que se autodeclaram pretos atinge número recorde, mas a maioria se diz parda 

Mundonegro-numero-de-brasileiros-que-se-autodeclaram-pretos-atinge-numero-recorde-mas-a-maioria-se-diz-parda 

O número de brasileiros que se autodeclaram pretos aumentou no Brasil nos últimos 10 anos. Se em 2012 eram 7,4 % da população, em 2022 eles foram 10,6% dos entrevistados, sendo o grupo racial que mais cresceu. Nunca na história do país tantas pessoas se declararam pretas. Entre os que se declaram pardos não houve variações significativas. Foram 45,3% em 2022 (45,6% em 2012). É o maior grupo racial brasileiro. 

 

 

MUDANÇA NO COMPORTAMENTO REFLETE NO CENSO

Os números do censo fazem sentido quando olhamos a História do Brasil, o último a abolir a escravatura. Foram quase 400 anos de escravidão e o reflexo disso, se traduz na cor do seu povo. 

Com a chegada da Internet no começo dos anos 2000, ao se ver e se reconhecer se tornou possível e a força da representatividade foi um fator impulsionador no número de pessoas negras aumentando nas pesquisas do censo. Para o colunista do Mundo Negro, o professor Ivair Augusto Alves dos Santos, Mestre em Ciências Políticas pela Unicamp e Doutor em Sociologia pela UnB, a potência da mídia, cultura e movimento negro, especialmente em espaços de poder, foi fundamental na influência da autodeclaração. 

“A força do movimento negro, a mídia, novelas com mais representações negras, espaços de poder com mais negros, ações afirmativas, crescimento dos números de parlamentares negras e as plataformas com conteúdo sobre negros é importante. Poderia continuar uma lista grande, mas a existência de uma figura como Vinicius Jr, não é por acaso, é fruto do trabalho de muitos ativistas”, detalha o ex-diretor do Departamento de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos da Presidência da República.

Como a pessoa constrói essa identidade racial também é outro aspecto que deve ser considerado. “A tendência geral do censo do IBGE é que as pessoas têm um processo longo de construção da sua autodeclaração. São pessoas que vivem em espaços que não prevalecem os mecanismos identitários não negros. Estão em comunidades onde é mais comum a presença negra e em função deste circuito de vulnerabilidade criado pelo racismo no Brasil, são pessoas deste circuito que vão criando mecanismos de solidariedade, que vão tendo relações familiares dentro deste núcleo e com o passar do tempo vão construindo uma identidade”, comenta o professor e vice-diretor da Unesp, Juarez Xavier. 

AUTODECLARAÇÃO E HETEROIDENTIFICAÇÃO 

A ditatura removeu dados sobre questões raciais do censo e quando este tema retorna a coleta de dados do IBGE, a atuação do movimento negro é fundamental para o surgimento da autodeclaração. 

“A autodeclaração se constituiu, sendo parte de um grande processo de debate, de discussão que consumiu parte do final dos anos 70, 80 e a partir dos anos 90, porque a ditadura civil militar tirou os dados relativos à questão racial do censo”, explica o professor Juarez. Ele detalha que quando raça e cor voltam a ser discutidos, mais de 100 denominações surgiram para identificar a cor das pessoas não brancas.

“Foi necessário então se criar um mecanismo, muito bom, pautado na autodeclaração e optou-se em trabalhar com os conceitos étnico-raciais. Por exemplo: preto, pardo, branco e amarelo são questões étnicas, e indígenas questões raciais. Isso foi definido depois de várias testagens feitas pela equipe do IBGE”, detalha o acadêmico que destaca a insistência do Movimento Negro para implementação deste método.

Sobre a heteroidentificação, há uma mudança no que se entendia anteriormente como pardo, que basicamente era toda pessoa que não se identificava nem branca e nem preta, como amarelos, cafuzos e mamelucos. “Começou-se a partir de 2012 a evitar este tipo de conceito, passou-se a considerar, para efeitos de políticas públicas de heteroidentificação, que pardo são as pessoas que têm ascendência negra”. A fenotipia das pessoas negras (cabelo, traços e tom de pele) é um dos critérios usados ao se cruzar dados para decidir se uma pessoa é considerada de ascendência negra e portanto, candidata a usufruir de ações afirmativas. 

O professor ainda explica que a declaração do censo do IBGE tem um grande fator espontaneidade porque quem responde, não usufrui de nenhum benefício imediato, porém, não é possível saber, se quem se declarou pardo, realmente é uma pessoa de ascendência africana, sem se fazer uma “mineração desses dados”. Já na heteroidentificação, por haver um caráter de interesse, há uma tendência maior da autodeclaração ser duvidosa, e aí os fatores da heteroidentificação são o que determina quem realmente merece entrar, por exemplo, em uma universidade pelo sistema de cotas. 

 

Total de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas cresce no Brasil, diz IBGE - g1.globo.com/jornal-nacional/noticia     

 

A pesquisa de domicílios do IBGE mostra que em dez anos aumentou 32% o número de brasileiros que se declaram pretos e 11% os que se declaram pardos, nomenclatura usada pelo Censo IBGE.

 

A historiadora e guia de turismo, Luana de Oliveira Ferreira, que hoje se considera negra, lembra que durante a adolescência se enxergava como uma pessoa branca.

“Investimento em política pública, ações afirmativas - tanto a questão da reparação, educação, levar isso para sala de aula - foi a base da mudança”, afirma.

 

Pelos números atualizados, pretos e pardos representam, agora, 56% da população. Já o percentual de pessoas que se declaram brancas caiu para 43%.

“Eu tenho ouvido falas de pessoas assim: 'eu descobri que eu era preto'. O que eu acho muito engraçado. Aí eu pergunto: 'como é que foi isso?'. E a pessoa me diz assim: 'eu cresci ouvindo que eu era moreninho, que eu não era preto, porque ser preto era ser feio e, hoje em dia, eu me sinto acolhido. Eu sinto que o meu cabelo é legal, que eu sou aceito'. E a pessoa passa a se autodeclarar preto ou parda. Ela se assume”, conta Dirlene Silva, economista e especialista em diversidade

 

FORUM 21 – O portal das esquerdas – SP - https://forum21br.com.br/ 

 

Brasil contabiliza pela primeira vez sua população quilombola: 1,32 milhão de pessoas - 27/07/2023 Tatiana Carlotti - Brasil-contabiliza-pela-primeira-vez-a-sua-populacao-quilombola-13-milhoes-de-pessoas 

 

Os dados são do Censo Brasileiro de 2022 do IBGE e foram divulgados nesta quinta-feira (27/07). Os quilombolas, membros de comunidades afro-brasileiras, fundadas por africanos vítimas da escravização no Brasil, estão em 1.696 municípios brasileiros, a maioria (68,2%) no Nordeste, confira a reportagem no britânico The Guardian. (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)


 Editorial Cultural FM Torres RS 27 de julho 23

Para que serve a Política?

Se v. está, nestes tempos de grande polaridade sobre a vida pública no Brasil, em dúvida sobre o que a Política e para que servem os Políticos, vai espiar o Google e encontra essa definição:

O que é a definição de política?

Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil; Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados".

 

Esta definição não ajuda muito. Muito abstrata. Daí pronunciamentos recorrentes que emergem nas telas de televisão e mesmo nas Redes, na qual, indignados alguns perguntam:

-Para que servem, afinal, os políticos? O que fazem, sempre carregados de privilégios = ganham bem, têm assessores, etc. etc.? 

 

Voltemos, então, à definição acima, cujas origens estão nos primeiros filósofos na Antiga Grécia, nascedouro das Sociedades Políticas. Platão e Aristóteles, discípulos de Sócrates, se debruçaram sobre o assunto. Platão em seu livro A REPÚBLICA, no qual percorre uma longa discussão sobre o caráter da Justiça entre os homens e como alcançá-la. Acaba propondo uma solução “técnica”: Só os filósofos podem administrar a Justiça porque não teriam interesses. Está na base de muitos que creem que, em lugar de Políticos, o Estado fosse gerenciado por técnicos. Um exemplo bem concreto desta inspiração é a que levou à autonomia do Banco Central. Há uma corrente de pensamento que acredito que é possível uma VERDADE no campo da Economia e que técnicos são melhores gerentes do que políticos. Aristóteles em sua POLITICA foi mais para a ideia de bem estar. “Na filosofia aristotélica a Política é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na pólis) e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis). Esta concepção orientou os Pais da Pátria nos Estados Unidos que inscreveram a busca da felicidade na Constituição daquele país. Entre Platão e Aristóteles reside, talvez, uma controvérsia que chega aos nossos dias:

- É possível existir um fazer político que se restrinja à Técnica ou ele sempre está condicionado moralmente aos valores? Os primeiros advogam a possibilidade de uma CIENCIA POLÍTICA, desenvolvida, sobretudo nos Estados Unidos e que foi muito responsável pelo estudo das Instituições e pelo aprimoramento dos processos de Pesquisa de Opinião. Tem um viés conservador. Outros, porém, acreditam a Política implica em VALORES e que estes são particulares e irredutíveis à razão, embora sujeitos, sim, às mudanças no tempo e no espaço, em articulação com a Cultura dos Povos. 

Com isso voltamos à pergunta: Para que servem a Política e os políticos?

Não há aí resposta unânime, pois os valores tanto dividiam Platão e Aristóteles, como dividem os homens em qualquer lugar do mundo. Uns sonham com uma Cidade Tecnificada, à luz de recomendações da razão soberana. Culminam na convicção que ficou conhecida como FIM DA HISTÓRIA, na qual se nega a competitividade de valores. Outros, mais morais, partem desta competividade para a moldagem do Estado. É mais democrática e progressista. Há, portanto, uma correlação entre VALORES, FILOSOFIA DA HISTÓRIA, NATUREZA DO ESTADO. Para os primeiros, os Políticos deveriam dar lugar aos Administradores; para os segundos, a Administração deve repousar sobre a Política. Claro que aqui, neste caso, espera=se que a Política e o controle do Estado saiam das mãos de iluminados pelo sangue azul ou pelo saber supremo e se desloque para qualquer membro da Sociedade Civil. Esta é a ideia básica da criação da República, aberta pela Revolução Francesa em 1789 e que é reverberada cotidianamente pelo Presidente Lula quando diz que é ele, como Presidente, que precisa dos Deputados e não o contrário. Evidente que há subjacente à esta ideia republicana que os candidatos à Política devam obedecer a certos regramentos, como registro num Partido, Ficha Limpa, Reconhecimento Social etc. e que moldam, em última análise o Sistema Político de um país. Nesta concepção, a Política é uma arte nobre voltada à gestão dos interesses públicos e seus titulares, cidadão aptos ao exercício da mesma pelo recurso ao voto, direto, secreto e universal. A eles, enfim, cabe a função de articular interesses nem sempre convergentes com vistas à criação de um mínimo de consenso sobre os rumos da Sociedade Democrática, na gestão do Estado como uma espécie de Caixa de Ferramentas voltadas à produção de Políticas Públicas. Estas, em última análise, legitimarão ou não suas ações e condutas que serão julgadas no rodízio eleitoral. Este o papel, portanto, da Política: impedir que a “guerra de todos contra todos”, fundada apenas no interesse individual, não raro animado pelo ódio ao Outro, acabe levando ao caos social/. Um desafio. 

 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 26 de julho 23

Rumo aos 200 anos da Imigração Alemã no RS em 2024

Iniciaram, ontem, em Porto Alegre e São Leopoldo os preparativos para a celebração dos 200 anos da chegada dos primeiros colonos alemães no RS. Eles chegaram em Lomba Grande, São Leopoldo, no dia 24 de julho de 1824, passando dias antes pelo Porto de Porto Alegre. Produziram uma tal mudança na região do Vale dos Sinos que já em 1872 era inaugurada uma ferrovia ligando a Colônia, produtora de alimentos, à Capital. Com isso, Porto Alegre começa a receber um número crescente de descendentes alemães, os quais contribuem para a mudança da fisionomia e cultura na cidade, hoje considerada a mais europeia cidade brasileira. Em 1826 alguns destes imigrantes se deslocam para o Torres e darão origem a dois municípios: Três Forquilhas e Dom Pedro de Alcântara. 

Um balanço deste processo foi feito em 2014 e publicado em A FOLHA. Segue abaixo:

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Dia 25, 190 anos da imigração alemã.

                   Paulo Timm – A Folha - Torres julho 25-2014 

Perdoem os leitores, mas há temas sobre os quais volto sempre. Um deles, um imperativo para mim: a imigração alemã - http://www.tonijochem.com.br/bibl_livros.htm 

Há 190 anos, 39 colonos alemães chegavam, exangues, depois de penosa viagem transatlântica na qual muitos não resistiam, à Feitoria do Linho Cânhamo, onde hoje é São Leopoldo. Antes, Dom João VI já vinha estimulando a vinda de colonos europeus que viriam a se localizar entre a Bahia e Rio de Janeiro. Mas em 1824, teve início a aventura da imigração teuta no Sul do Brasil. Pela importância do fato, o dia 25 de julho ficou consagrado como “Dia do Colono”, (Lei Nº 5.496, 05/09/1968). Contudo, o maior significado da data não está no fato em si da chegada de colonos livres em solo brasileiro, mas de que este seria um marco do fim da escravidão no Brasil. Contribuiria, também, sobremaneira para a personalização mui peculiar da sociedade riograndense, marcada pela pequena propriedade familiar, pelo artesanato que viria a dar origem à indústria doméstica, pelo estímulo às letras e à música, como frisa Angelita Kasper em sua pesquisa http://angelitakasper.blogspot.com/ .

 Depois desta leva de alemães para o Rio Grande do Sul, que logo se alastrou de São Leopoldo para Torres (S. Pedro de Alcântara e Três Forquilhas-1826) e daí para outras cidades e países, mais de 50 milhões de europeus pobres seriam expatriados, entre 1824 e 1924. Isto está contado em várias épicos da literatura e do cinema, merecendo destaque o já quase esquecido “América, América”, do diretor Elia Kazan e o magnífico nacional “ O Quatrilho”, de Fábio Barreto, uma saga dos italianos aqui no Estado. No Brasil, tivemos a oportunidade de perceber este processo graças a algumas novelas e séries, algumas memoráveis, da Rede Globo, tanto sobre a imigração italiana, como japonesa. Falta-nos, ainda, uma grande obra de ficção, de alcance nacional, sobre os alemães. Merece destaque o romance de Rui Nedel “Te arranca alemão batata”, Ed. Tchê, e “A ferro e fogo: tempo de solidão” e “A ferro e fogo: tempo de guerra”, de Josué Guimarães L&PM Editora, POA - - http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_010/artigos/artigos_vivencias_10/li1.htm  

Os nomes destes primeiros colonos alemães ficaram registrados nos Livros da época e permanecerão inscritos na memória de seus descendentes, hoje plenamente integrados na sociedade rio-grandense:

“A primeira leva de imigrantes era formada pelas seguintes pessoas, num total de 39: Miguel Kräme e esposa Margarida (católicos). João Frederico Höpper, esposa Anna Margarida, filhos Anna Maria, Christóvão, João Ludovico (evangélicos). Paulo Hammel, esposa Maria Teresa, filhos Carlos e Antônio (católicos). João Henrique Otto Pfingsten, esposa Catarina, filhos Carolina, Dorothea, Frederico, Catarina, Maria (evangélicos). João Christiano Rust (Bust?), esposa Joana Margarida, filha Joana e Luiza (evangélicos). Henrique Timm, esposa Margarida Ana, filhos João Henrique, Ana Catarina, Catarina Margarida, Jorge e Jacob (evangélicos). Augusto Timm, esposa Catarina, filhos Christóvão e João (evangélicos). Gaspar Henrique Bentzen, cuja esposa morreu na viagem, um parente, Frederico Gross; o filho João Henrique (evangélicos). João Henrique Jaacks, esposa Catarina, filhos João Henrique e João Joaquim (evangélicos). Essas 39 pessoas, seis católicos e 33 evangélicos, são as fundadoras de São Leopoldo, nome e lugar então inexistentes, porque tudo se resumia à Feitoria do Linho-Cânhamo. ”

           (Telmo Lauro Müller- UM MARCO NA HISTÓRIA GAÚCHA)

Eu tenho a honra de ser o sexto na descendência de Heinrich Timm. 

Este pequeno grupo, ao qual se seguiram outros, para outras partes do mundo, drenando a região alemã de cerca de 250 mil homens, venceu os obstáculos e se impôs como uma nova realidade no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Alemanha de Hitler até sonhou em fazer destes núcleos um ponto de apoio do III Reich, o que levou o Presidente Getúlio Vargas, em1939, a proibir o funcionamento das Escolas alemãs e circulação de jornais entre os colonos. Finda a guerra, porém, restabeleceu-se a concórdia, mas se perdeu o fio da meada de um rico patrimônio literário teuto-brasileiro, só acessível em raros trabalhos acadêmicos como “A Literatura da imigração alemã e a imagem do Brasil” da Prof. Dra. Valburga Huber – F. Letras/UFRJ- http://www.letras.ufrj.br/liedh/media/docs/art_valb2.pdf .

Mas foi de tal ordem o impacto da imigração alemã, seguida mais tarde da vinda de italianos, poloneses e outros que se pode dizer que a história do Rio Grande do se divide em dois períodos: antes e depois de 1824, marco da imigração. Aleluia!

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Lula fala em fechar Clubes de Tiro 

 

Campos Neto vira alvo de investigação do TCU após falar sobre terceirização no Banco Central

Sousa - Atualizado em 24 de julho de 2023 às 22:37

 

PETIÇÃO PARA RETIRAR CAMPOS NETO DA PRES. DO BANCO CENTRAL: https://chng.it/v6RbgzzX 

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em resposta a declarações recentes feitas por ele sobre a possibilidade de terceirizar a gestão de ativos da instituição financeira. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado solicitou a abertura da investigação, argumentando que essa pretensão de Campos Neto representa um risco para a capacidade do país em honrar seus compromissos financeiros.

Segundo o UOL, Furtado destacou que é necessário “apurar os indícios de irregularidades noticiados a despeito do interesse do atual presidente do Banco Central em terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil”.

Ele enfatizou ainda que a gestão dessas reservas é uma “atividade tipicamente estatal”, o que impede a interferência do setor privado nessa área e coloca em risco a “soberania” do país

“Diante de todos os riscos, no meu entender, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil. A referida possibilidade reclama, pois, a obrigatória e pronta atuação do TCU, de forma a se determinar a detida e minuciosa apuração dos fatos”.

As reservas internacionais funcionam como uma poupança para o Brasil, utilizada em momentos de crise financeira. Atualmente, essas reservas somam US$ 345,8 bilhões, conforme informado pelo Banco Central.

O ministro Benjamin Zymler foi designado para relatar o caso no TCU. Até o momento, o Banco Central optou por não se manifestar sobre o assunto

As declarações de Campos Neto que motivaram a investigação foram feitas durante uma entrevista concedida ao canal Black Rock Brasil, na última quinta-feira (20). O presidente do Banco Central afirmou que ele está aberto “a essa terceirização, vamos dizer assim, à gestão externa. A gente teve um programa grande de gestão terceirizada. Hoje, grande parte da gestão é terceirizada, mas a gente está aberta a fazer a gestão terceirizada porque a gente está olhando novas classes de ativos”.

A investigação conduzida pelo TCU visa esclarecer as questões levantadas pelas declarações do presidente do Banco Central e determinar se há alguma irregularidade ou risco associado à terceirização da gestão de ativos da instituição financeira.

 

Imoralidade, Negócios obscuros e ligações indecorosas na privatização da CORSAN exigem apuração! #CPIdaCORSAN Já! https://luizmuller.com/2023/07/24/imoralidade-negocios-obscuros-e-ligacoes-indecorosas-na-privatizacao-da-corsan-exigem-apuracao-cpidacorsan-ja/

Negócios obscuros e ligações indecorosas na privatização da CORSAN, "Estudos econômico-financeiros do SINDIÁGUA/RS mostram que o real valor de mercado da CORSAN estaria na casa dos oito bilhões de reais", diz Miola - 24 de julho de 2023, 11:16 h - A pedido do governo Eduardo Leite/PSDB-MDB, a privatização da CORSAN foi protegida por sigilo no Tribunal de Contas do Estado/TCE. Existem denúncias graves, que precisam ser apuradas. Afinal, a discrepância acerca do valor de venda atinge a cifra de bilhões de reais.

O sigilo, no entanto, retira a transparência pública essencial para o escrutínio do processo e para a apuração das irregularidades denunciadas que, se confirmadas, representam importante lesão ao interesse público. A falta de transparência legitima, portanto, as suspeitas sobre o negócio.

Entregue à empresa AEGEA por R$ 4,1 bilhões, a Companhia foi subavaliada em mais de um bilhão de reais na privatização, conforme manifestação da conselheira do TCE Ana Moraes na sessão de 20 de julho.

Estudos econômico-financeiros do SINDIÁGUA/RS mostram que o real valor de mercado da CORSAN estaria na casa dos oito bilhões de reais.

Além das irregularidades e ilegalidades apontadas pelo TCE, que inclusive motivaram a conselheira Ana Moraes a recomendar a investigação da privatização da CORSAN pela Polícia Civil, o processo também traz à tona as teias de influência e as relações promíscuas e indecorosas de funcionários públicos com agentes e grupos privados. AEGEA detinha informações privilegiadas a AEGEA atua na CORSAN desde 2012, e atuou na modelagem de Parcerias Público-privadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, aspecto chave na formação do valor de mercado da empresa.

Durante o primeiro governo Leite [2019/2022], a AEGEA ainda se associou à CORSAN nas PPP’s e assumiu o controle do setor comercial da Companhia.

De acordo com a Resolução 44 da Comissão de Valores Mobiliários, a AEGEA sequer poderia ter participado da licitação para a compra da CORSAN. Curiosamente, no entanto, foi o único consórcio participante do certame.

A Resolução da CMV diz que “É vedada a utilização de informação relevante ainda não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso, com a finalidade de auferir vantagem, para si ou para outrem, mediante negociação de valores mobiliários”.

Com base neste dispositivo legal, no seu parecer de 2 de maio de 2023 o procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCE, Geraldo da Camino, destacou esta ilegalidade concernente à AEGEA, pois a empresa detinha informações privilegiadas que automaticamente inabilitariam sua participação na “negociação de valores mobiliários”.

Consultoria trabalhou ao mesmo tempo para a CORSAN e para a AEGEA. As consultorias privadas têm um capítulo próprio no esquema nebuloso de privatização da CORSAN. Foram contratadas sem licitação e por valores exorbitantes, mesmo o governo podendo contar com o trabalho de servidores qualificados do próprio Estado para arbitrar, com confiabilidade e observância ao interesse público, o valor correto da CORSAN.A bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa gaúcha apurou que apesar disso, no entanto, o governo Eduardo Leite pagou pelo menos R$ 40,8 milhões a 16 consultorias privadas.

Dentre as contratadas constam o Banco Genial, que subestimou o valor da Companhia em R$ 1 bilhão de reais, e recebeu R$ 5,6 milhões; a PricewaterhouseCoopers, que embolsou R$ 5,4 milhões; e outras mais, dentre elas a Alvarez & Marsal Consultoria, agraciada com R$ 10,3 milhões.

O caso da Alvarez & Marsal [A&M], empresa na qual o ex-juiz suspeito e ainda senador Sérgio Moro trabalhou, é emblemático da promiscuidade obscena e ilegal na relação entre o público e o privado.

Contratada pela CORSAN desde 19/9/2020 para a modelagem da privatização, a partir de julho de 2021 a A&M passou a prestar serviço, simultaneamente, também à AEGEA, que arrematou a Companhia em dezembro de 2022.

Ainda conforme apurado pela bancada do PT na ALERGS, tem outro caso escabroso, de Rafael Bicca Machado, sócio fundador da consultoria Carvalho, Machado e Timm Advogados, que recebeu R$ 5,3 milhões, e é irmão de André Bicca Machado, Diretor da AEGEA Saneamento.

Porta giratória: ex-procurador-geral do MP virou Diretor da AEGEA, em 7 de dezembro de 2022 o ex-procurador-geral do Ministério Público Estadual Fabiano Dallazen anunciou sua exoneração do MP, quando inclusive disputava a indicação a desembargador do Tribunal de Justiça do RS pelo quinto constitucional, a renda milionária que parasita nas privatizações do patrimônio público.

Numa rapidíssima passagem pela porta giratória, Dallazen pulou para o balcão da AEGEA menos de duas semanas depois de anunciar a exoneração do MP. Sem cumprir qualquer quarentena.

Em 20 de dezembro de 2022, dia do leilão em que seu novo empregador arrematou a CORSAN com um ágio ínfimo de 1,15%, Dallazen já figurava nos quadros da AEGEA.

Em artigo no Estadão de 21/12/2022 o Oficial do MP/RS Rodrigo dos Reis destaca que “a situação em si chama bastante atenção, já que o Ministério Público é a instituição responsável por fiscalizar os Planos Municipais de Saneamento Básico e os respectivos contratos dos 497 municípios do Rio Grande do Sul”. Apesar disso, escreve Reis, o MP “não foi autor de nenhuma medida judicial e tampouco instaurou procedimento investigatório para apurar eventual irregularidade no processo de venda do patrimônio público”.

Para Arilson Wünsch, presidente do SINDIÁGUA, o fato de Dallazen assumir como dirigente da AEGEA deixa “mais evidente porque todas as ações encaminhadas ao MP/RS para impedir a venda da Corsan foram arquivadas”. Wünsch recorda que o MP teve uma postura institucional estranhamente “diferente dos procedimentos de outros órgãos públicos, como o Ministério Público de Contas do Estado, o TCE, o TJ/RS e o TRT, que emitiram posicionamentos liminares que exigem a garantia da legalidade e transparência nesse processo”.

Irmão gêmeo do presidente do TCE é Diretor do BANRISULO presidente do TCE, o ex-deputado emedebista Alexandre Postal/MDB, foi decisivo para a consolidação da privatização da CORSAN, como desejava o governo Leite.

No dia 7 de julho passado, em decisão considerada ilegal e antirregimental por alguns dos seus pares e pelo procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCE, Postal derrubou monocraticamente a medida cautelar que impedia o governo do Estado assinar contrato com a AEGEA enquanto as supostas ilegalidades e irregularidades do processo não fossem julgadas pelo Tribunal. Após tal decisão do presidente do TCE, o governador Leite finalmente pôde assinar o contrato que sacramentou a entrega da CORSAN para o Grupo AEGEA.

Escuta-se nos corredores da ALERGS que a contestada decisão de Postal tenha a ver com o fato do seu irmão gêmeo Fernando Postal ser Diretor Comercial de Distribuição e Varejo do BANRISUL, instituição controlada pelo governo do Estado, que tem um emedebista como vice-governador. A privatização da CORSAN, do mesmo modo como se observa em praticamente em todos processos que envolvem a apropriação privada do patrimônio público, está envolta em suspeitas, interesses cruzados e lógicas que ferem os princípios legais, éticos e republicanos e lesam o interesse público.

 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 25 de julho 23

O Brasil perde duas estrelas 

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Despedida no Theatro Municipal = 

Leny Andrade e Dóris Monteiro serão veladas juntas no Rio

SAMBALANÇO - Mocinho Bonito por Doris Monteiro - ASSISTA AQUI => 

TALENTOS MUSICAIS – Leni Andrade – Câmara Deputados

SAIBA MAIS 

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Se o dia de ontem nos trouxe a esperança de chegarmos, enfim, depois de cinco anos, ao mandante do crime de Marielle e Anderson, nos deu também a nota trágica da perda de duas de suas maiores intérpretes da música brasileira: Leny Andrade e Doris Monteiro. Já estão brilhando no firmamento. Os últimos tempos têm sido pesados com o mundo artístico. Levou-nos a incomparável Gal Costa em novembro do ano passado, a Rainha do Rock, Rita Lee no mês passado e neste mês o indefectível Jose Celso Martinez e João Donato, mestre dos mestres. Rios de lágrimas...

A sofisticada Leni Andrade, carioca, foi um fenômeno da interpretação feminina, tendo começado com o samba, encantou a tal ponto os Estados Unidos com sua genial e longa capacidade vocal, que se tornou uma das principais cantoras de jazz. Consta que Tony Bennet e Frank Sinatra compareciam a seus shows. Ela trouxe para a música brasileira o scatting e o vocalize do jazz americano, inspirados nas divas Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan, porém com um toque muito brasileiro

Doris Monteiro foi mais paroquial, também carioca mas de origem humilde e moradora de Copacabana, deu à bossa nova um swing indispensável às pistas de dança, identificado como sambalanço, com músicas que se consagraram no tempo, como Mocinho Bonito. Ela também, muito bonita, figurou, em vários filmes. 

O Brasil das artes e da cultura, porém, está voltando com a retomada da normalidade institucional do país. Além das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, em implantação, novos horizontes emergem com a recriação do Ministério da Cultura no país. Momentos como o que estamos atravessando, de tensão entre o avanço na modernidade e o retrocesso exigem das artes e da cultura em geral um grande esforço pela sua capacidade de comunicação com o grande público. Lembremo-nos dos anos 50 da importância da revolução cultural daquele tempocomo emulação dos Anos Dourados: Cinema Novo, Bossa Nova, João Cabral de Mello Neto, Guimarães Rosa. Não foi menor a importância da música e do teatro como resistência nos anos sombrios da ditadura militar. Agora, com a saudade dos que se foram, abre-se uma nova era de renovações em todos os campos. Que venham e apareçam os talentos, únicos capazes de sufocar com cantos libertários a onda reacionária dos que pretendem com seus odiosos preconceitos que o sol não se levante para todos e que tudo se renove permanentemente. Pois o mundo gira, a Luzitana roda e tudo “dimuda”...

Adeus Leny e Doris!


Editorial Cultural FM Torres RS 24 de julho 23

Os descaminhos da Inteligência Artificial

O mundo está dividido entre deslumbrados e preocupados com a Inteligência Artificial. E não é apenas pelo seu impacto no emprego de várias profissões. A substituição de mão de obra por máquinas, mecânicas ou eletrônicas, é uma característica essencial do regime econômico advindo com a Revolução Industrial. Agora a questão é mais conceitual na qual despontam dois pontos à discussão, ambos interligados: eficiência e ética. 

A eficiência se refere ao aumento da produtividade trazida pela inovação tecnológica. Robôs aumentaram incrivelmente a produtividade em todos os setores da Indústria, deixando às humanas tarefas de gestão e tomada de decisões. Será que a IA, que se refere a processos, também substituirá os trabalhadores nas tarefas de gestão? As respostas ainda são incertas porque, no entender de Chomsky ““Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como a programação de computadores, por exemplo, ou para sugerir rimas para versos rápidos), sabemos pela ciência da língua e a filosofia do conhecimento que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, codificando-os com falhas inerradicáveis

A outra questão é ética. A Filosofia, como mãe das ciências inaugurou-se na Antiga Grécia como um grande esforço para substituir a afirmação dos sofistas de EM TUDO NO MUNDO HÁ O JUSTO E O INJUSTO E AMBOS SÃO IGUALMENTE JUSTIFICÁVEIS Á LUZ DA CAPACIDADE DE ARGUMENTAR por uma revelação da VERDADE através da procura de suas causas. Não há jamais consequência sem causa. E os Pais da Filosofia, Sócrates, Platão e Aristóteles, dos quais derivaram inúmeras escolas, dividiram a Filosofia em três grandes campos: LOGOS, ÉTICA E ESTÉTICA. Até divergiram sobre eles, mas os sistematizaram de forma a dar CONTA E RAZÃO de questões fundamentais de seu tempo. A Ética, que é a codificação disciplinar da moral, define as regras da convivência humana, sem as quais beiramos a barbárie. Teve longo e histórico desenvolvimento que culminou no Renascimento com a conquista do conceito de DIGNIDADE HUMANA por Picco dela Mirandola, que acabou culminando na DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM na Revolução Francesa e depois na DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS pela ONU, na sua criação depois da II GUERRA. Hoje tudo isso gira em torno da Doutrina de Direitos Humanos, um conjunto concêntrico de Direitos Civis, Políticos, Sociais e Ambientais. Ora, a Inteligência Artificial não tem nenhuma capacidade de julgamento moral. Apenas expõe soluções sem atentar para consequências morais de suas conclusões. No limite, é a realização suprema da ORDEM TECNOCRÁTICA, tão ao gosto do fascismo. 

Dois autores consagrados Miguel Nicollelis e Noam Chomsky tratam destas questões. Fundamental conhecer o que dizem:

 

MIGUEL NICOLLELIS E A INTELIGENCIA ARTIFICIAL

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O que CHOMSKY pensa sobre I.A.

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O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky escreveu um artigo sobre o assunto no New York Times. Com o apoio de seu colega Ian Roberts e do especialista em IA, Jeffrey Watumull, decifrou as chaves dessa questão.

Noam Chomsky: sua alarmante visão sobre a inteligência artificial do ChatGPT

Para o intelectual e seus colaboradores, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.

No primeiro caso, porque podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que no segundo “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e o conhecimento”.

Embora tenham reconhecido que são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, não possuem uma “inteligência” como a das pessoas.

“Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como a programação de computadores, por exemplo, ou para sugerir rimas para versos rápidos), sabemos pela ciência da língua e a filosofia do conhecimento que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, codificando-os com falhas inerradicáveis”.

Nesse sentido, detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.

A “capacidade crítica” dos programas que funcionam com IA

Para sustentar essa premissa, exemplificaram com o caso das crianças quando estão aprendendo um idioma, cenário em que a partir do pouco conhecimento que possuem conseguem estabelecer relações e parâmetros lógicos entre as palavras e orações.

“Essa gramática pode ser entendida como uma expressão do sistema operacional inato geneticamente instalado, que dota os seres humanos da capacidade de gerar frases complexas e longas cadeias de pensamento”, disseram, para depois acrescentarem que “é completamente diferente ao de um programa de aprendizado automático”.

Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.

“Suponhamos que você tenha uma maçã em sua mão. Então, você a solta, observa o resultado e diz: “A maçã cai”. Isso é uma descrição. Uma previsão poderia ser a afirmação: “cairá se eu abrir minha mão”. As duas afirmações são valiosas e podem estar corretas. Contudo, uma explicação significa algo a mais, inclui não apenas descrições e previsões, mas também conjecturas contrafactuais como “qualquer objeto deste tipo cairia”, mais a cláusula adicional: “devido à força da gravidade” ou “devido à curvatura do espaço-tempo”.

Desta maneira, acrescentaram que “isto é uma explicação causal: a maçã não teria caído, se não fosse pela força da gravidade (...) isso é pensar”.

E ainda que as pessoas também podem cometer erros de raciocínio, enfatizaram que errar faz parte do pensamento, pois “para ter razão, deve ser possível se equivocar”.

“O ChatGPT e programas semelhantes são, por projeto, ilimitados no que podem 'aprender' (ou seja, memorizar). São incapazes de distinguir o possível do impossível. Ao contrário dos humanos, por exemplo, que são dotados de uma gramática universal que limita os idiomas que podemos aprender àqueles com um certo tipo de elegância quase matemática, esses programas aprendem idiomas humanamente possíveis e humanamente impossíveis com a mesma facilidade”.

A perspectiva moral da inteligência artificial

Outro fator que Chomsky, Roberts e Watumull consideraram em sua análise é que os sistemas de IA carecem de ponderação na perspectiva moral, portanto, são incapazes de distinguir sob marcos éticos o que se deve ou não fazer.

Para eles, é fundamental que os resultados do ChatGPT sejam “aceitáveis para a maioria dos usuários” e que se mantenham “distantes de conteúdos moralmente censuráveis” (como as declarações de “atos destrutivos” do chatbot do Bing).

E embora os desenvolvedores dessas tecnologias tenham acrescentado restrições para que seus programas não reproduzam determinadas afirmações, os estudiosos ressaltaram que até o momento não foi possível alcançar um equilíbrio efetivo. Em suas palavras, sacrificam a criatividade por “uma espécie de amoralidade” que faz com que se distanciem ainda mais das capacidades dos seres humanos.

“Em síntese, o ChatGPT e seus irmãos são constitutivamente incapazes de equilibrar a criatividade com a restrição. Ou extrapolam (produzindo tanto verdades quanto falsidades, apoiando tanto decisões éticas quanto antiéticas) ou, então, simplificam (mostrando falta de compromisso com qualquer decisão e indiferença com as consequências) ”, sentenciaram.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 21 de julho 23

Brasil, a tristeza da violência: 47 mil assassinatos em 2022, fora as mortes no trânsito, outro tanto

 

 

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou, ontem, os dados da violência no Brasil: 47 mil mortos, perto de 75 mil estupros, explosão de fraudes eletrônicas, mas indica que os assassinatos estão caindo, embora a ritmo menos, pois foram já 64 mil em 2007. Os números falam por si mesmo. Um horror! Se somar às mortes violentas as vítimas fatais no trânsito, até maiores, chegamos à conclusão que é como se estivéssemos em guerra. Aqui, a eterna pergunta de um milhão de dólares: Por que tanta violência? Afinal não somos um povo pacífico, amante da paz, alegre, gentil e que adora festas populares. Até certo ponto. Esses talvez sejam estereótipos que não coincidem com a realidade.

No começo do século passado, um dos grandes intérpretes do Brasil, Paulo Prado, filho de uma pródiga família paulista escreveu um livro que já dizia o contrário: “Retrato do Brasil” / Ensaio sobre a tristeza brasileira. Seu livro abre com esta frase “Numa terra radiosa vive um povo triste, e aí, ao contrário de outros grandes intérpretes que partem da matriz colonial da grande propriedade acionada por escravos para produzir para o exterior, ou da dinâmica das instituições do país, ele discorre sobre o caráter de nossa gente, destacando sobre seu romantismo, luxúria e outros vícios. Mais tarde, outro grande antropólogo, em seus trabalhos no Brasil, Lévi Strauss, deixou seu registro em “Tristes Trópicos”. Parece, pois, que escondemos sob nossos sorrisos, alardeados por marqueteiros do turismo, um mundo de solidão e tristeza. Ela talvez seja o resultado de uma sociedade que sempre foi violenta, porque fundada sobre dois fundamentos: o colonialismo, que se sobrepôs com violência sobre os povos originários da terra, como já denunciava o Pe. Vieira em meados do sec. XVII e o escravismo, que trouxe na rota trágica dos navios negreiros milhões de braços obrigados, sob o acicate do chicote, ao trabalho no eito. Viajantes do século XIX, aliás, ficavam espantados com a crueldade da sociedade brasileira e com a insalubridade dos nossos portos. Saíam dizendo que jamais aqui voltariam, tamanha a barbárie. Portanto, esse clima de violência, que tinha na BOA SOCIEDADE um método, deve estar no DNA da nossa História e acaba se prolongando até os dias de hoje. O Estado é violento. Veja-se que na Bahia, tão caloroso e até dirigida há anos por elites politicamente progressista, tem a Polícia mais letal que a do Rio de Janeiro, não por acaso, aliás, duas cidades que foram capitais do Brasil. Que capitais...! Que exemplos! Isso tudo, enfim, desemboca nestes índices de violência ontem divulgados. O ASSUNTO do g1, Podcast mais lido do país trata, com propriedade da matéria e fica a sugestão de sua audiência. 

Anexo - O Assunto g1 dia 21 de julho de 23

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/07/21/o-assunto-1008-o-brasil-mais-perigoso-para-mulheres-e-criancas.ghtml

O Brasil mais perigoso para mulheres e crianças

Em 2022, o país registrou mais um de seus trágicos recordes de violência: foram quase 75 mil casos de estupro. E 6 em casa 10 casos têm como vítima crianças de até 13 anos. De acordo com as informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), isso representa 205 casos de violência sexual por dia, 8 casos a cada hora. Soma-se a isso o aumento de diversos índices de violência contra mulheres: feminicídio, violência doméstica e as medidas protetivas tiveram alta na incidência de casos. Para analisar esses dados, Natuza Nery recebe Samira Bueno, diretora-executiva do FBSP. Neste episódio:

Samira informa que apenas 8,5% dos casos de estupro são notificados às autoridades – isso significa que em 2022 houve, de fato, mais de 880 mil casos. E 70% desses casos acontecem dentro de casa, cometidos por familiares ou pessoas próximas. “Vítimas de violência sexual têm dificuldade em denunciar por causa do medo e do constrangimento”, justifica;

Ela detalha o que significa estupro de vulneráveis, à luz da legislação, e como uma mudança na lei, em 2009, colaborou para que mais crianças fossem protegidas contra o abuso sexual. "Mas a pandemia ampliou a vulnerabilidade das crianças”, afirma. “Sem a mãe em casa e com a escola fechada, para onde essas crianças correm? ”;

Ela também lamenta que o “Brasil tenha se tornado mais violento para as mulheres”: há mais casos de homicídios contra mulheres, mais feminicídios, mais agressões, mais ameaças e mais perseguições. “São crimes cometidos por parceiros íntimos, dentro de casa e que podem ser evitados”, afirma;

Samira comenta as recentes prisões e condenações de artistas e esportistas por abuso sexual: “Revela espaço para lutar por justiça e tem efeito pedagógico para os homens”.

O que você precisa saber:

Em 2022: Brasil registra maior número de estupros da história//Anuário da Violência: número de armas em circulação dispara//Pesquisa: Brasil Segurança: uma mulher é vítima de violência a cada 4 horas//Feminicídio recorde: 1 mulher morta a cada 6 horas no Brasil

O Podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Guilherme Romero e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.


 

 Editorial Cultural FM Torres RS 20 de julho 23

Sobre a Tolerância 

 

A Guerra “na” Ucrânia há tempos já deixou de ser um conflito regional ou de mera “operação especial O” da poderosa Rússia sobre o país vizinho, cuja capital, Kiev, aliás, é o núcleo originário da intervenção da Rússia e as sanções econômicas, dentre as quais o “congelamento” de cerca de Há algumas décadas, quando a desorganização do mundo se antecipava nas telas de cinema com “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrik, a ONU voltou-se ao tema da Tolerância. Chegou a adotar uma Carta da Tolerância, aprovada em Assembleia Geral e dedicou o ano de 1995 para divulgá-la e implementá-la através da promoção da educação para a Paz. Não funcionou muito bem. Alguns críticos, inclusive, alegaram que a convivência humana precisa mais do que tolerância. Requeria Respeito à diversidade e sua consagração através da conquista de direitos. Começava a nascer uma geração que, sem negar o caráter de classe das sociedades contemporâneas, voltava-se à afirmação das identidades: Mulher, Negro, Índio, LGBT etc. A própria esquerda, no mundo inteiro, desfalcada de sua histórica vertente sindical pelas mudanças tecnológicas operadas na Indústria e crescente favelização dos grandes centros urbanos descaracterizando tradicionais bairros operários, além de abalada pelo colapso da União Soviética, entregava-se a esta Agenda. Aqui no Brasil, inclusive, há um acirrado debate entre mais e menos ortodoxos na esquerda sobre esta questão e que antagonizou, em 2021, o sociólogo baiano Antonio Rizziére com vários intelectuais da esquerda. A questão da intolerância, entretanto, voltou ao debate nos últimos anos, agora associada mais à intolerância política do que às intolerâncias pessoais. Isso porque a crise econômica se aprofundou e elevou a fermentação social em todo o mundo. O atentado às Torres Gêmeas de N. York, em 2002, é um marco neste processo. Ele traz à tona a realidade da insatisfação de algumas partes do globo com a proclamada e glamourizada globalização e desencadeia uma sucessão de ofensivas militares sobre Oriente Médio que só fez elevar os níveis de violência no mundo inteiro, com reflexos na intensificação do movimento de vastas correntes populacionais dos lugares afetados pelas guerras e pela crise em direção à Europa Ocidental, Turquia e Estados Unidos. A intolerância, com isso, se aprofundou. Nos países receptores destes asilados cresceu a xenofobia, alimentando a extrema direita que hoje governa não só a Hungria e Itália mas até países escandinavos, tendo estendido sua dicção, com suas respectivas adaptações regionais, aos Estados Unidos de Trump e Brasil de Bolsonaro. Candidatos de extrema direita intolerante emergem, também, em vários países da América Latina e um deles já é o terceiro colocado para as próximas eleições, em outubro, na Argentina. A pergunta que fica no ar é, pois, por que o recrudescimento da INTOLERÂNCIA que se dissemina em fake news pelas redes, alimentando ódios e alarma incautos com descrições ameaçadoras sobre o caráter negativo da presença de árabes na Europa, de latinos nos Estados Unidos, de pobres em viagens internacionais, de gays por todos os lugares – onde já se viu dois homens de mãos dadas? – 

. Um clássico dos anos 30 apontava como causa deste processo, bem descrito por Stefan Zweig sem seu livro recém publicado no Brasil, “O mundo que vivi”, o pequeno-burguês alarmado com as mudanças e desafios da época: “Escuta Zé Ninguém”, de Willelm Reich. Hoje este processo se reedita, mas mais complexo, até pela repercussão das Redes Sociais na vida das pessoas. A velocidade das coisas e sua incidência na sociedade são muito maiores. Mas as análises também são mais complexas. A Psicologia Social, hoje, complementa a análise sociológica e vê na rejeição ao Outro uma manifestação de dois processos: Um, defendido pelo filósofo dinamarquês P. Sloderdijk, que sustenta ter a cultura uma espécie de sistema imunológico que rejeita o Outro; outro, que percebe na natureza humana uma tendência a se supervalorizar como mecanismo de defesa, sempre nos marcos de um conservadorismo homeostático que a mantém em equilíbrio instável, pronto para explodir. Eis aí, talvez, a origem do medo às mudanças, mesmo quando racionalmente percebidas como necessárias, seja na economia, seja na sociedade, seja no confronto com o Outro.

Neste Admirável Mundo Novo da Aldeia Global, aliás, as grandes mobilizações sociais do passado se deslocam da contestação de classe ao stablishment às coloridas primaveras convocadas pelas Redes Sociais, sob sospechosa manipulação externa, impondo a necessidade cada vez maior de intervenções pontuais como mecanismo de conquista efetiva de garantias sociais: Micro Política do Cotidiano e Gris. Aí releva a atenção de Foucault à micro política, aliás, reverberada por outra importante filósofa do século XX, Agnes Heller.

 A verdade, pois, é que talvez tenhamos que voltar, senão aos sermões à confraternização universal de Cristo, à Carta da Tolerância da ONU como mecanismo de descongestão do ódio à diversidade.

Anexo – Declaração de Princípios sobre a Tolerância aprovada pela Conferência Geral da UNESCO em sua 28ª reunião

Paris, 16 de novembro de 1995

Os Estados Membros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura reunidos em Paris em virtude da 28ª reunião da Conferência Geral, de 25 de outubro a 16 de novembro de 1995

Preâmbulo

Tendo presente que a Carta da Nações Unidas declara " Nós os povos das Nações Unidas decididos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, e com tais finalidades a praticar a tolerância e a conviver em paz como bons vizinhos",

Lembrando que no Preâmbulo da Constituição da UNESCO, aprovada em 16 de novembro de 1945, se afirmar que "a paz deve basear-se na solidariedade intelectual e moral da humanidade",

Lembrando também que a Declaração Universal dos Direitos do Homem proclama que "Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião"(art. 18), "de opinião e de expressão"(art. 19) e que a educação "deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos étnicos ou religiosos" (art.26),

Tendo em conta os seguintes instrumentos internacionais pertinentes, notadamente:

O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos;

O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais;

A Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial;

A Convenção sobre a Prevenção e a Sanção do Crime de Genocídio;

A Convenção sobre os Direitos da Criança;

A Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados, seu Protocolo de 1967 e seus instrumentos regionais;

A Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher;

A Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, desumanos ou degradantes;

A Declaração sobre a Eliminação de todas as Formas de Intolerância e de Discriminação fundadas na religião ou na convicção;

A Declaração sobre os Direitos da Pessoas pertencentes a minorias nacionais ou étnicas, religiosas e linguísticas;

A Declaração sobre as Medidas para Eliminar o Terrorismo Internacional;

A Declaração e o Programa de Ação de Viena aprovados pela Conferência Mundial dos Direitos do Homem;

A Declaração de Copenhague e o Programa de Ação aprovados pela Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social;

A Declaração da UNESCO sobre a Raça e os Preconceitos Raciais;

A Convenção e a Recomendação da UNESCO sobre a Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino;

Tendo presentes os objetivos do Terceiro Decênio da luta contra o racismo e a discriminação racial, do Decênio Mundial para a educação no âmbito dos direitos do homem e o Decênio Internacional das populações indígenas do mundo,

Tendo em consideração as recomendações das conferências regionais organizadas no quadro do Ano das Nações Unidas para a Tolerância conforme a Resolução 27 C/5.14 da Conferência Geral da UNESCO, e também as conclusões e as recomendações das outras conferências e reuniões organizadas pelos Estados membros no quadro do programa do Ano das Nações Unidas para a Tolerância,

Alarmados pela intensificação atual da intolerância, da violência, do terrorismo, da xenofobia, do nacionalismo agressivo, do racismo, do antissemitismo, da exclusão, da marginalização e da discriminação contra minorias nacionais, étnicas, religiosas e linguísticas, dos refugiados, dos trabalhadores migrantes, dos imigrantes e dos grupos vulneráveis da sociedade e também pelo aumento dos atos de violência e de intimidação cometidos contra pessoas que exercem sua liberdade de opinião e de expressão, todos comportamentos que ameaçam a consolidação da paz e da democracia no plano nacional e internacional e constituem obstáculos para o desenvolvimento,

Ressaltando que incumbe aos Estados membros desenvolver e fomentar o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de todos, sem distinção fundada sobre a raça, o sexo, a língua, a origem nacional, a religião ou incapacidade e também combater a intolerância, aprovam e proclamam solenemente a presente Declaração de Princípios sobre a Tolerância.

Decididos a tomar todas as medidas positivas necessárias para promover a tolerância nas nossas sociedades, pois a tolerância é não somente um princípio relevante mas igualmente uma condição necessária para a paz e para o progresso econômico e social de todos os povos,

Declaramos o seguinte:

Artigo 1º - Significado da tolerância

1.1 A tolerância é o respeito, a aceitação e a apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos. É fomentada pelo conhecimento, a abertura de espírito, a comunicação e a liberdade de pensamento, de consciência e de crença. A tolerância é a harmonia na diferença. Não só é um dever de ordem ética; é igualmente uma necessidade política e jurídica. A tolerância é uma virtude que torna a paz possível e contribui para substituir uma cultura de guerra por uma cultura de paz.

1.2 A tolerância não é concessão, condescendência, indulgência. A tolerância é, antes de tudo, uma atitude ativa fundada no reconhecimento dos direitos universais da pessoa humana e das liberdades fundamentais do outro. Em nenhum caso a tolerância poderia ser invocada para justificar lesões a esses valores fundamentais. A tolerância deve ser praticada pelos indivíduos, pelos grupos e pelo Estado.

1.3 A tolerância é o sustentáculo dos direitos humanos, do pluralismo (inclusive o pluralismo cultural), da democracia e do Estado de Direito. Implica a rejeição do dogmatismo e do absolutismo e fortalece as normas enunciadas nos instrumentos internacionais relativos aos direitos humanos.

1.4 Em consonância ao respeito dos direitos humanos, praticar a tolerância não significa tolerar a injustiça social, nem renunciar às próprias convicções, nem fazer concessões a respeito. A prática da tolerância significa que toda pessoa tem a livre escolha de suas convicções e aceita que o outro desfrute da mesma liberdade. Significa aceitar o fato de que os seres humanos, que se caracterizam naturalmente pela diversidade de seu aspecto físico, de sua situação, de seu modo de expressar-se, de seus comportamentos e de seus valores, têm o direito de viver em paz e de ser tais como são. Significa também que ninguém deve impor suas opiniões a outrem.

Artigo 2º - O papel do Estado

2.1 No âmbito do Estado a tolerância exige justiça e imparcialidade na legislação, na aplicação da lei e no exercício dos poderes judiciário e administrativo. Exige também que todos possam desfrutar de oportunidades econômicas e sociais sem nenhuma discriminação. A exclusão e a marginalização podem conduzir à frustração, à hostilidade e ao fanatismo.

2.2 A fim de instaurar uma sociedade mais tolerante, os Estados devem ratificar as convenções internacionais relativas aos direitos humanos e, se for necessário, elaborar uma nova legislação a fim de garantir igualdade de tratamento e de oportunidades aos diferentes grupos e indivíduos da sociedade.

2.3 Para a harmonia internacional, torna-se essencial que os indivíduos, as comunidades e as nações aceitem e respeitem o caráter multicultural da família humana. Sem tolerância não pode haver paz e sem paz não pode haver nem desenvolvimento nem democracia.

2.4 A intolerância pode ter a forma da marginalização dos grupos vulneráveis e de sua exclusão de toda participação na vida social e política e também a da violência e da discriminação contra os mesmos. Como afirma a Declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais, " Todos os indivíduos e todos os grupos têm o direito de ser diferentes" (art. 1.2).

Artigo 3º - Dimensões sociais

3.1 No mundo moderno, a tolerância é mais necessária do que nunca. Vivemos uma época marcada pela mundialização da economia e pela aceleração da mobilidade, da comunicação, da integração e da interdependência, das migrações e dos deslocamentos de populações, da urbanização e da transformação das formas de organização social. Visto que inexiste uma única parte do mundo que não seja caracterizada pela diversidade, a intensificação da intolerância e dos confrontos constitui ameaça potencial para cada região. Não se trata de ameaça limitada a esse ou aquele país, mas de ameaça universal.

3.2 A tolerância é necessária entre os indivíduos e também no âmbito da família e da comunidade. A promoção da tolerância e o aprendizado da abertura do espírito, da ouvida mútua e da solidariedade devem se realizar nas escolas e nas universidades, por meio da educação não formal, nos lares e nos locais de trabalho. Os meios de comunicação devem desempenhar um papel construtivo, favorecendo o diálogo e debate livres e abertos, propagando os valores da tolerância e ressaltando os riscos da indiferença à expansão das ideologias e dos grupos intolerantes.

3.3 Como afirma a Declaração da UNESCO sobre a Raça e os Preconceitos Raciais, medidas devem ser tomadas para assegurar a igualdade na dignidade e nos direitos dos indivíduos e dos grupos humanos em toda lugar onde isso seja necessário. Para tanto, deve ser dada atenção especial aos grupos vulneráveis social ou economicamente desfavorecidos, a fim de lhes assegurar a proteção das leis e regulamentos em vigor, sobretudo em matéria de moradia, de emprego e de saúde, de respeitar a autenticidade de sua cultura e de seus valores e de facilitar, em especial pela educação, sua promoção e sua integração social e profissional.

3.4 A fim de coordenar a resposta da comunidade internacional a esse desafio universal, convém realizar estudos científicos apropriados e criar redes, incluindo a análise, pelos métodos das ciências sociais, das causas profundas desses fenômenos e das medidas eficazes para enfrentá-las, e também a pesquisa e a observação, a fim de apoiar as decisões dos Estados Membros em matéria de formulação política geral e ação normativa.

4. Artigo 4º - Educação

4.1 A educação é o meio mais eficaz de prevenir a intolerância. A primeira etapa da educação para a tolerância consiste em ensinar aos indivíduos quais são seus direitos e suas liberdades a fim de assegurar seu respeito e de incentivar a vontade de proteger os direitos e liberdades dos outros.

4.2 A educação para a tolerância deve ser considerada como imperativo prioritário; por isso é necessário promover métodos sistemáticos e racionais de ensino da tolerância centrados nas fontes culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas da intolerância, que expressam as causas profundas da violência e da exclusão. As políticas e programas de educação devem contribuir para o desenvolvimento da compreensão, da solidariedade e da tolerância entre os indivíduos, entre os grupos étnicos, sociais, culturais, religiosos, linguísticos e as nações.

4.3 A educação para a tolerância deve visar a contrariar as influências que levam ao medo e à exclusão do outro e deve ajudar os jovens a desenvolver sua capacidade de exercer um juízo autônomo, de realizar uma reflexão crítica e de raciocinar em termos éticos.

4.4 Comprometemo-nos a apoiar e a executar programas de pesquisa em ciências sociais e de educação para a tolerância, para os direitos humanos e para a não-violência. Por conseguinte, torna-se necessário dar atenção especial à melhoria da formação dos docentes, dos programas de ensino, do conteúdo dos manuais e cursos e de outros tipos de material pedagógico, inclusive as novas tecnologias educacionais, a fim de formar cidadãos solidários e responsáveis, abertos a outras culturas, capazes de apreciar o valor da liberdade, respeitadores da dignidade dos seres humanos e de suas diferenças e capazes de prevenir os conflitos ou de resolvê-los por meios não violentos.

Artigo 5º - Compromisso de agir

Comprometemo-nos a fomentar a tolerância e a não violência por meio de programas e de instituições no campo da educação, da ciência, da cultura e da comunicação.

Artigo 6º - Dia Internacional da Tolerância

A fim de mobilizar a opinião pública, de ressaltar os perigos da intolerância e de reafirmar nosso compromisso e nossa determinação de agir em favor do fomento da tolerância e da educação para a tolerância, nós proclamamos solenemente o dia 16 de novembro de cada ano como o Dia Internacional da Tolerância.

Aplicação da Declaração de Princípios sobre a Tolerância

A Conferência Geral,

Considerando que em virtude da missão que lhe atribui seu Ato constitutivo nos campos da educação, ciência - ciências exatas e naturais, como também sociais -, cultura e comunicação, a UNESCO tem o dever de chamar a atenção dos Estados e dos povos sobre os problemas ligados a todos os aspectos da questão essencial da tolerância e da intolerância.

Considerando a Declaração de Princípios da UNESCO sobre a Tolerância, proclamada em 16 de novembro de 1995,

1. Insta os Estados Membros

(a) a ressaltar, a cada ano, o dia 16 de novembro, Dia Internacional da Tolerância, mediante a organização de manifestações e de programas especiais destinados a pregar a mensagem da tolerância entre os cidadãos, em cooperação com os estabelecimentos educacionais, as organizações intergovernamentais e não-governamentais e os meios de comunicação;

(b) a comunicar ao Diretor Geral todas as informações que desejariam compartilhar, sobretudo os conhecimentos extraídos da pesquisa ou do debate público sobre os problemas da tolerância e do pluralismo cultural, a fim de ajudar a compreender melhor os fenômenos ligados à intolerância e às ideologias que pregam a intolerância, como o racismo, o fascismo e o antissemitismo e também as medidas mais eficazes para enfrentar tais problemas;

2. Convida o Diretor Geral:

(a) a assegurar ampla difusão do texto da Declaração de Princípios, e para tal fim, a publicar e fazer distribuir esse texto não somente nas línguas oficiais da Conferência Geral, mas também no maior número possível de outras línguas;

(b) a instituir um mecanismo apropriado para a coordenação e avaliação das ações realizadas no âmbito do sistema das Nações Unidas e em cooperação com outras organizações para fomentar e ensinar a tolerância;

(c) a comunicar a Declaração de Princípios ao Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, solicitando-lhe que a apresente, como convém, à Assembleia Geral das Nações Unidas em sua quinquagésima primeira sessão, de acordo com a Resolução 49 313 da Assembleia Geral.

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 Editorial - O Rio Grande do Sul vai mal, obrigado! Mas tem jeito

A divulgação dos primeiros resultados do Censo 2022, se trouxe a informação de que está acabando o bônus demográfico da maioria de jovens que fazia do Brasil “O país do futuro”, trouxe, também más notícias sobre o movimento populacional no RS: Além de mais velhos, as várias regiões do Estado, com exceção do Litoral Norte, estão perdendo população. Isso, sem elevação da produtividade e boas taxas de crescimento do PIB regional, é mau sinal. Pode levar à estagnação histórica, com perda não só de oportunidades como de qualidade de vida. É importante, porém, que se ressaltem duas questões: 1o – Há uma diferença ente Economia propriamente dita e Finanças Públicas, correspondente, esta, à capacidade de organização interna do Estado. A economia reflete o vigor histórico da capacidade empresarial e profissional, enquanto a segunda reflete a lucidez dos líderes políticos para gerenciar os imperativos da própria História; 2º - A economia, medida tanto pelo PIB como termômetro do Valor Agregado no processo produtivo e de serviços, e sua estrutura interna, vale dizer, conjunto diversificado de atividades dos setores primário, secundário e terciário, ainda faz do RS um dos principais suportes da economia brasileira, pois é bem superior a do Uruguai, Bolívia e Paraguai juntos. Ainda assim, é mister avaliar todo este processo de forma a formular e desenvolver a capacidade política de planejamento para um futuro mais promissor às próximas gerações, retomando a tradição de intervenção do Estado tal como ocorreu na I República, de 1889 a 1930, no Governo Brizola de 1958 a 1962 e na abertura deste século. O artigo abaixo, de CARLOS PAIVA, faz uma radiografia dos dados do Censo. Um valioso Seminário sobre o Desenvolvimento do RS foi realizado ano passado por iniciativa da REDE ESTAÇÃO DEMOCRACIA e FACAT/Taquara, coms importantes intervenções de diversos analistas e gestores públicos dos últimos governos estaduais, disponível neste site 

https://www2.faccat.br/portal/sites/default/files/ckeditorfiles/e-book_2023_Desigualdades_Regionais_com.pdf 

 

 


Editorial CULTURAL FM Torres RS Dia 18 julho 23

Judiciário e seus membros na berlinda

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Café da Manhã Podcast Folha Uol https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/07/podcast-discute-politizacao-do-judiciario-e-hostilidades-a-magistrados.shtml 

Podcast discute politização do Judiciário e hostilidades a magistrados. Posicionamentos recentes de ministros do Supremo esquentaram debate sobre limites de manifestação de juízes

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A judicialização da Política, resultado do recorrentes recursos de Partidos e políticos à Justiça para dirimir querelas internas ao Congresso Nacional ou de confronto com decisões do Poder Executivo acabou dando ao Poder Judiciário um tal papel que já se fala na sua politização. O tema não é novo mas recrudesceu nos últimos quatro anos em virtude da virulência da polarização entre bolsonarista e não-bolsonaristas. No último fim de semana , por exemplo, o Ministro Gilmar Mendes, do STF, criticou abertamente a Lava Jato e seus principais condutores, sobretudo Deltan Dalagnol, deputado federal que teve seu mandato cassado pelo TSE. O Ministro Barroso, também do STF, compareceu a um congresso da União Nacional dos Estudante-UNE- no dia 4 último e excedeu-se no verbo, afirmando “nós derrubamos o bolsonarismo”, gerando forte reação do Presidente do Senado. Acabou se retratando. Mas o fato mais marcante dos últimos dias foi a agressão física e verbal sofrida pelo Ministro Alexandre Moraes no Aeroporto de Roma por uma família de brasileiros. Ele, aliás, foi o alvo preferido do ex Presidente Bolsonaro em várias ocasiões, particularmente no famoso “comício” do 7 de setembro de 2021 em São Paulo e, desde então, vem sendo visto pelos cegos seguidores de Bolsonaro como a peça chave da vitória de Lula. Teria tirado ele da cadeia, manipulado às urnas eletrônicas, feito o jogo político a favor de um lado do processo político eleitoral. Lembremo-nos que na minuta de golpe encontrada na casa do ex Ministro da Justiça de Bolsonaro, sob investigação da Polícia Federal, falava na prisão de Moraes, como substituição de vários ministros do Superior Tribunal Eleitoral com vistas à anulação do resultado eleitoral. A judicialização, portanto, acabou politizando a Justiça preocupando cada vez mais a Sociedade. Embora se compreenda que a democratização implica precisamente o deslocamento da política das ruas para as instituições e que a elas corresponda o papel de garantia em última instância do regime constitucional , isso nem sempre ocorre de forma automática e mecânica. Assim como se exige dos militares que abdiquem de seu papel “moderador” que acabou levando a várias intervenções no período republicano , também se exige dos membros do Judiciário o senso de auto-contenção de forma a dar-lhes a imagem exigida de imparcialidade . Maior recato diante da Mídia, evitando posicionamentos pessoais estranhos aos autos dos processos sob julgamento também é recomendável. Ninguém gosta muito de generais rabugentos brandindo gritos e relhos como costumava fazer um deles no ocaso do regime militar, nem de ver desfilar juízes pops na crônica política. Pode parecer conservador, mas o papel do Judiciário e seus membros, régia e polpudamente pagos em suas promissores e estáveis carreiras, é necessariamente discreto pela própria função que ocupam. Até em defesa de seus próprios membros para que não se ofereçam como alvos fáceis tanto daqueles que eles julgam, como dos que os julgam com base em convicções ideológicas. Não obstante, a Sociedade não pode aceitar a agressão feita a Alexandre de Moraes e sua família em Roma e os agressores devem ser julgados e punidos na forma da Lei. Se a politização da Justiça deve ser refreada, a justiça pelas próprias mãos, com muito mais razão deve ser severamente coibida, sobretudo numa sociedade que nos últimos anos armou-se de forma inusitada sob inspiração e amparo do Governo que chegava ao cúmulo de justificar este processo como garantia de segurança pessoal e “política”. Ora, esse sempre foi o argumento dos extremistas deste e de outros tempos , para os quais o ideal consiste na relação direta do Governante com o povo, assim como do Mercado com os consumidores, sem a mediação de instituições reguladoras desta relação. “O Estado sou eu”, dizia Luiz XIV no auge do absolutismo. “Há um só Governo e um só povo”, dizia Mussolini, o primeiro fascista. Na democracia contemporânea isso não cabe. Nem se admite


 Editorial Cultural FM- 17/07/2023 

A Geografia da Fome

Combate à fome - a importância da agricultura familiar

A retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma das principais ferramentas do governo federal nos mandatos petistas para acabar com a fome no país, foi aprovada no Congresso. A nova versão tem orçamento previsto de R$ 500 milhões e garante a compra de alimentos de propriedades rurais familiares – que passam a ter também crédito de R$ 71 bilhões oferecidos pelo Plano Safra. Para explicar o funcionamento do PAA, seu impacto para a agricultura familiar e seu papel no combate à insegurança alimentar, Natuza Nery conversa com Julian Perez-Cassarino, professor de agroecologia da Universidade Federal da Fronteira Sul e pesquisador da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Penssan). 

O que você precisa saber:

Fome: mais de 21 milhões de brasileiros não têm o que comer//Brasil: tem 70,3 milhões de pessoas em insegurança alimentar//Projeto de Lei: Câmara aprova proposta para agricultura familiar//Senado: aprova projeto que retoma o PAA no Governo FederalR$ 510 mi: orçamento para programa de compra de alimentos// Cozinha Solidária: iniciativa contra a fome é premiada na ONU//VÍDEO: Lula relança o programa de aquisição de alimentos

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO – Mercado de seguros para baixa renda vive “boom” no país. Micro empreendedor individual e autônomos recorrem ao modelo

O ESP- Super salários custam R$ 3,9 bilhões aos cofres públicos. Remuneração acima do teto é paga a 25 mil servidores. Novo “penduricalhos” engrossam ganhos além do limite constitucional.

FSP – IVA do Brasil pode chegar a 28% e se tornar o maior do mundo. Manutenção de benefícios e isenções na Reforma Tributária pressionam imposto, aponta estudo do IPEA

ZH- Setor de serviços lidera avanço na economia do Estado em 2023


 Editorial Cultural FM Torres RS 14 de julho 23

O mundo por um fio na Ucrânia

A Guerra “na” Ucrânia há tempos já deixou de ser um conflito regional ou de mera “operação especial” da poderosa Rússia sobre o país vizinho, cuja capital, Kiev, aliás, é o núcleo originário da própria nação russa em sua formação nacional, que fez parte da antiga URSS, tendo-lhe, inclusive dado um importante dirigente: Kruchev. A ideia, aliás, de Putin, Presidente russo, ao determinar a ocupação militar da UCRANIA, epílogo de uma lenta fermentação de tensões com este país em razão de sua repressão a russos lá residentes, na região do Donbass, fronteira com a Rússia, além da inclinação da UCRANIA ao Ocidente, era reeditar o feito de 2014, quando ocupou a Crimeia. A situação política interna da Ucrânia era instável e baixa a popularidade de seu Presidente, um antigo ator, sem maior densidade política e parecia indicar que cairia diante da pressão militar russa. Isso não ocorreu. O Presidente teve inusitada capacidade de reação e conseguiu forte apoio das Forças Armadas para resistir. Obteve também, imediato apoio do Presidente Biden, o qual já tinha fortes relações com o país, quem acabou arrastando a União Europeia e outros países sob sua influência para a ajuda militar à UCRANIA. Vieram as moções de censura da ONU à intervenção da Rússia e as sanções econômicas, dentre as quais o “congelamento” de cerca de 300 bilhões de dólares de reservas russsas em bancos ocidentais. Expedientes que têm sido usados ultimamente como mecanismo de intimidação a governos que se rebelam contra o CONSENSO DE WASHINGTON. O fortalecimento da resistência ucraniana travou o avanço russo que, não obstante, se consolida na região do DONBASS onde já foram proclamadas Repúblicas autônomas inclinadas à Rússia. Com isso o conflito se arrasta e vai ganhando novas proporções. A OTAN, como organização militar de “defesa” do Ocidente vai expandindo sua ação na Europa, tendo, nestes dias encerrado novo encontro, com a presença de Biden, na Lituânia, antigo satélite soviético. Simultaneamente, chegam a Ucrânia as bombas de fragmentação enviadas pelos Estados Unidos e outros armamentos pesados que devem prolongar indefinidamente o conflito. A Rússia reagiu com veemência a esta nova ofensiva da OTAN e novos armamentos. Tudo isso deixa a paz mundial por um fio. Um incidente entre tropas da OTAN x Rússia pode deflagrar a III Guerra Mundial, da qual todos sairemos derrotados. Toda atenção e cuidado são pouco. Urge fortalecer o movimento pela cessação das hostilidades na região, tal como ocorreu na COREIA em 1953, já que a Paz será algo de longo prazo e difícil consecução. A Rússia é uma potência militar com farto arsenal nuclear. Atacada, reagirá, com o apoio da China e Irã. O resto do mundo, mais de 160 países com assento na ONU observam, evitando se envolver no conflito, dentre eles quase todos os países da América Latina, Ásia e África. Temem o pior. Na verdade, aguardam a passagem do tempo para ver como se sairá Biden nas eleições do ano que vem. Se perder, os republicanos resolvem o conflito em 24horas, reconhecendo o direito de força da Rússia em delimitar sua área de segurança estratégica. Mas o dito Ocidente, sob Biden, ainda força sua capacidade hegemônica mundial. Quem viver, verá. “Velhos fantasmas”, como diz o jornalista gaúcho, residente na Alemanha, em artigo recente, ainda assombram a humanidade.

 

Referência 

 

Fórum 21 e Diálogos AMSUR - Conjuntura Geopolítica Mundial – JMFiori ASSISTA A LIVE AQUI >>>>

 

JOSÉ LUÍS FIORI MOSTRA COMO A GUERRA NA UCRÂNIA TORNOU-SE UM CONFLITO MUNDIAL NO QUAL A RÚSSIA NÃO PODE RECUAR -- POIS O QUE ESTÁ EM JOGO É A SUA PRÓPRIA SOBREVIVÊNCIA COMO NAÇÃO -- E, POR OUTRO, OS ESTADOS UNIDOS SE OPÕEM Á PAZ POR TODOS OS MEIOS, PORQUE O QUE ESTÁ EM JOGO É A MANUTENÇÃO OU NÃO DE SUA SUPREMACIA = Diplomatique-critérios-narrativas-guerras-hegemônicas  

 

A destruição de um Império – M. Hudson 

https://aterraeredonda.com.br/a-destruicao-de-um-grande-imperio/ 

Velhos fantasmas - Flávio Aguiar - AEPET- VELHOS FANTASMAS


 Editorial Cultural FM Torres RS 12 de julho 23

Editorial – O RS no Censo 22

 

 

RS – Censo 2022 IBGE – Variação População 2010 – 2022

Por Carlos Paiva

 

A publicação dos primeiros resultados do Censo IBGE 2022 na semana passada continua promovendo muitas análises e mesmo críticas. No Rio Grande do Sul se confirmam as informações sobre perda de dinamismo demográfico e envelhecimento de sua população, exceção à região Litoral Norte, que teve crescimento considerável. O mapa acima, elaborado pelo Economista Carlos Paiva para exposição no dia 11 passado (julho/23) sobre o Censo na Fundação Perseu Abramo POA classifica e evidencia quatro situações paradigmáticas no Estado: a maior parte do Estado, metade sul e oeste, onde a situação é mais crítica, inclusive com perda de população em vários municípios; uma pequena área central com crescimento entre zero e 1,7¨%; áreas esparsas com crescimento de 1,7% até 6,5% e, finalmente, o Litoral Norte, com projeções para o interior, onde há franco dinamismo, com crescimento populacional de até 25%. Nesta região, onde Torres se situa está a merecer melhor atenção das autoridades não só quanto ao atendimento de serviços públicos mas também quanto à abertura de oportunidades de investimentos compatíveis com suas peculiaridades vocacionais e clima. A FACAT, em Taquara, graças à iniciativa de Carlos Paiva, professor e pesquisador desta Instituição universitária, vem trabalhando na formulação de diretrizes para o planejamento governamental do Litoral Norte e deve propor a abertura de encontros com a COREDE/Litoral Norte e Associação dos Municípios do Litoral Norte com vistas a chamar a atenção sobre as necessidades da região. Considerada como área de menor desenvolvimento no Rio Grande do Sul e com baixa densidade de articulação de seus interesses, Litoral Norte, se oferece, agora, como uma janela de oportunidades para a reanimação da economia gaúcha, não só como lugar de veraneio ou repouso, à la Flórida, nos Estados Unidos, ou Portugal, na Europa, mas também como campo de investimentos em segmentos específicos do agro, da indústria e serviços. Já é, aliás, um centro de referência na produção de orgânicos, com mais de 200 produtores com elevada produtividade e boa rede de distribuição de seus produtos, na qual se destaca, aqui em Torres, a ECOTORRES. 

Anexo

O censo e os desafios da nossa sociedade.

Renato Steckert de Oliveira - oliveira.remar@gmail.com – Publ.FOLHA DE TAQUARI

Após uma série de dúvidas sobre sua realização, dados os impactos da pandemia e a desorganização sofrida pelo IBGE durante o governo Bolsonaro, saíram os resultados preliminares do Censo de 2022, que deveria ter sido realizado em 2020. A grande surpresa, já comentada longamente na imprensa, foi o fato de que, nos doze anos desde o último censo, a população brasileira cresceu menos do que se esperava: somos agora 203 milhões de pessoas vivendo no país, um aumento de 6,4% em relação a 2010. 10 milhões a menos do que imaginava o próprio IBGE. Para se ter uma ideia da queda do crescimento populacional no Brasil, entre 1980 e 1990 esse crescimento foi de 22,68%.

O RS continua ponteando a fila dos que menos crescem: entre 2010 e 2022 crescemos meros 1,74%, e hoje somos 10.693.929 pessoas vivendo no RS. Quase 1 milhão a menos do que o IBGE esperava encontrar. Nesse crescimento praticamente nulo, a maioria dos municípios gaúchos perdeu população, acentuando uma tendência que vinha se verificando há mais de duas décadas. Um caso paradigmático é Cruz Alta, que hoje, com 58.913 habitantes, tem uma população menor do que em 1980, quando esse número era de 61.476 pessoas. Taquari acompanhou a tendência, diminuindo a população de 26.092 para 25.198 entre 2012 e 2022, praticamente igualando o número de habitantes de 1991, quando havia 25.039 pessoas em solo taquariense.

Em suma, o Brasil está em plena transição demográfica, acompanhando a tendência mundial de diminuição do crescimento populacional. Os demógrafos preveem crescimento negativo nas próximas décadas, com a população mundial estabilizando em torno de 10 bilhões de pessoas a partir de 2050. Estamos no caminho, portanto. E o RS, meio que a trote.

Se isto tem um lado positivo, diminuindo a carga que a humanidade representa sobre os recursos naturais do planeta, há também um lado preocupante. A transição demográfica exige uma transição econômica. A lógica é simples: menor crescimento populacional significa menor número de jovens relativamente à população total, o que implicará numa população economicamente ativa igualmente menor nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a população está envelhecendo: de 1950 para cá, a expectativa média de vida dos brasileiros aumentou em mais de 20 anos, e continuará aumentando nos próximos anos. Portanto, menos gente para trabalhar e mais gente necessitando consumir. Esta equação não fecha no atual modelo econômico. Sobretudo no Brasil, e no RS em particular, onde o setor da economia que efetivamente gera riqueza para a sociedade, a indústria, vem diminuindo seu peso relativo na economia como um todo. O agronegócio, do qual nossa economia depende cada vez mais, é o que menos gera emprego e o que menos distribui renda para a sociedade. Se não reindustrializarmos o país empobreceremos como sociedade. 

Para isto, precisamos urgentemente de uma política que incentive uma economia inovadora, capaz de gerar mais riqueza com menos trabalho físico, e precisamos urgentemente de uma política educacional que prepare nossos jovens para essa nova economia. Pois, além de termos cada vez menos jovens relativamente à população total, eles são cada vez mais despreparados.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 11 de julho 23

Crise climática, El Niño e seca no Pampa

 

 NATUREZA E MEIO AMBIENTE – URUGUAI: Pior seca em mais de 70 anos deixa Montevidéu quase sem água Oliver Pieper - 05/07/2023= DW]

LEIA MAIS >>>>>>>> 

Reservatório que abastece a região metropolitana da capital do Uruguai, onde vive mais da metade da população do país, está praticamente vazio. Crise hídrica motiva protestos contra o governo.

Como o El Niño pode prolongar a inflação dos alimentos

Fenômeno climático já voltou e ameaça o planeta com inundações e secas. Suas temporadas anteriores geraram trilhões de dólares de prejuízo à economia global.

NATUREZA E MEIO AMBIENTE18/06/202318 de junho de 2023

 

Níveis baixos e temperaturas excessivas ameaçam rios europeus

Calor contínuo e falta de chuva em grande parte da Europa fazem secar diversos grandes rios. As consequências são graves para a flora, fauna, economia e vidas humanas ao longo do Danúbio, Tâmisa, Reno e outros.

CLIMA11/08/202211 de agosto de 2022

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O planetinha Terra registrou as mais baixas temperaturas médias na semana passada enquanto o calor e a seca castigam a Europa neste verão. Fala-se já no comprometimento dos rios da Espanha. E informações sobre a ANTÁRTIDA dizem que o continente gelado perdeu mais gelo do que em outras épocas. Isso já seria a MUDANÇA CLIMÁTICA ou é apenas uma questão da passagem de EL NIÑO? Os analistas divergem mas vai crescendo o consenso no mundo inteiro de que se a temperatura média subir dois graus acima do que era antes da Revolução Industrial podemos entrar em colapso no mundo porque, daí, o aumento da temperatura poderá descontrolar tudo, começando pelas safras, que já oneradas pelos preços da energia, elevarão os preços agrícolas às alturas, com inevitáveis distúrbios sociais e políticos. Daí as preocupações com as remanescentes florestas tropicais e, em especial, da Amazônia. Em visita recente à Letícia, na fronteira do Brasil com Colômbia, o Presidente Lula renovou o compromisso de zerar o desmatamento na região até 2030, ressaltando já haver baixado o índice em seus primeiros seis meses de governo em 33% - apesar do aumento do desmatamento do cerrado que tem uma importância estratégica para as grandes bacias brasileiras – e conclamou os dirigentes sulamericanos com áreas na Amazônia para se unirem num PACTO no mesmo sentido. 

Mas precisamente porque a questão climática é mundial ela também atinge o Rio Grande do Sul. Nosso Estado, aliás, tem na sua metade sul uma imensa área integrada no Grande Pampa, para o qual concorre o Uruguai inteiro e partes do Paraguai e Argentina. A seca nesta região é evidente. O Rio Grande padece seu terceiro ano de seca e isso se refletirá, mais uma vez, no PIB do Estado, vez que ainda somos muito dependentes da agropecuária. O Governo Federal já prometeu mais de 400 milhões de ajuda aos agricultores mas o que Estado precisa é um amplo programa de irrigação, capaz de prevenir futuras secas e garantir o papel tradicional do Rio Grande como grande produtor de alimentos. No Uruguai, não é diferente. O abastecimento de água em Montevidéu já é crítico e não há solução rápida à vista. Deviam ter providenciado mecanismos de suporte há mais tempo. Civilizações antigas sabiam da importância da água, como cidades da Mesopotâmia, Roma e até os maias, aqui na América, e construíram, com a engenharia disponível invejáveis canalizações de rios e lagos. Roma ficou até famosa por suas fontes. Quando, a propósito, estes canais não foram suficientes para abastecer aqueles povos, eles entraram em decadência. Desapareceram por falta de água, que por sua vez, deve ter acirrado conflitos internos e disputas políticas que acabaram varrendo aquelas civilizações. 

O Rio Grande do Sul, entretanto, é o segundo ou terceiro Estado com maior disponibilidade hídrica no país. Tem não apenas grandes lagoas internas e rios como elevados índices de precipitação pluvial em algumas regiões, eis que detentor de grande variedade geográfica, ao contrário do Uruguai. Basta atentar para o problema e prevenir, através de um planejamento adequado de uso das bacias hidrográficas e fortalecimento das redes de irrigação. Não parece, entretanto, que autoridades estaduais estejam atentas à isso. Urge acordarem.

Rio Grande do Sul tem terceiro ano de seca e “isso não é normal’, diz professor. Região sofreu com dois fenômenos La Niña seguidos, e redução das chuvas trazidas do norte, por conta dos desmatamentos na Amazônia, intensificam estiagem

Juliana Elias Carolina Ferraz*da CNN - em São Paulo - 25/02/202 3

O Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores agrícolas do país, caminha para completar em 2023 seu terceiro ano seguido de estiagem severa. Isso é decorrência de uma sucessão de eventos climáticos que, de acordo com o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEE-USP), Pedro Côrtes, não é normal.

“Desde meados de 2020, o Rio Grande do Sul vem enfrentando com diferentes intensidades essas estiagens e isso se deve ao fenômeno La Niña”, disse em entrevista à CNN neste sábado (25).

Um fenômeno natural e recorrente no continente, o La Ninã, explica Côrtes, é responsável por, ao mesmo tempo, causar chuvas nas regiões Norte e Nordeste, com reflexos no Sudeste – como as chuvas da semana passada no litoral de São Paulo -, e seca na região Sul.

Seca no RS prejudica culturas de soja, milho e arroz, alerta agrometeorologista

É a frequência e a duração que, desta vez, estão chamando a atenção.

“Começamos com esse período de La Niña no segundo semestre de 2020, foi a até a metade de 2021, teve um pequeno intervalo e, depois o La Niña retornou por mais um ano e meio”, disse.

“Não é um evento normal, dois La Niñas na sequência, e isso tem castigado muito o Rio Grande do Sul e levado a perdas na safra de soja e milho pelo segundo período consecutivo em diversos casos. ”

Côrtes também afirmou que o desmatamento na Amazônia é outro problema que agrava, entre outras coisas, as estiagens na região sul, já que as nuvens trazidas da região norte são uma das fontes de abastecimento das chuvas no sul.

“Está faltando chuva das duas frentes do estado: as que vêm do sul, e também as que poderiam vir da Amazônia e que têm escasseado em função do desmatamento, que reduz a umidade colocada na atmosfera pelas grandes árvores”, disse.

Veja a entrevista completa no vídeo acima.

*(sob supervisão de Letícia Brito)

Nacional/rio-grande-do-sul-tem-terceiro-ano-de-seca-e-isso-nao-e-normal-diz-professor. 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 10 de julho 23

Nação de Idosos

Temos chamado a atenção sobre o envelhecimento da população brasileira agora confirmada pelo Censo 22. Tal envelhecimento, dado o nível tecnológico contemporâneo, não é um problema em si, mas suscita a atenção das autoridades públicas para esta nova realidade demográfica que aponta para Políticas Públicas específicas. É falso o argumento de que o envelhecimento é um ÔNUS a sociedade, tal como foi falsa a tese de Malthus no século XIX. Este tipo de raciocínio conduz ao maior dos preconceitos em nossa sociedade – CONTRA OS IDOSOS – e que os leva à marginalização e desprezo. Destacamos no ano passado a ausência de falas dos candidatos à Presidência sobre a Terceira Idade e condenamos, ao logo da pandemia, o sumiço dos Conselhos Nacional e Municipal da Pessoa Idosa na identificação e cuidados especiais com estas pessoas. Resultado: Morreram em massa. Agora, com o Censo 22, o tema volta à tona e é tempo de nos voltarmos ao assunto da Pessoa Idosa. 

 

Nação de idosos

O rápido envelhecimento da população brasileira é um enorme desafio para os gestores públicos

Fabíola A. Mendonça = https://www.cartacapital.com.br/politica/nacao-de-idosos/ 

Com dois anos de atraso e marcado por problemas ideológicos e sanitários, o Censo Demográfico 2022, cujos primeiros números foram divulgados pelo IBGE no fim de junho, tem despertado dúvidas quanto aos resultados. Em meio às incertezas, ao menos um fenômeno captado pela pesquisa parece ser consensual entre os especialistas: a população brasileira está envelhecendo em ritmo mais acelerado que o previsto.

 

Embora os quantitativos em relação à idade, sexo, raça e escolaridade ainda não tenham sido revelados, a forte desaceleração do crescimento populacional nos últimos 12 anos indica a possibilidade de o País chegar a ter 40% de idosos na segunda metade deste século, o que vai exigir dos gestores públicos e da sociedade em geral atenção especial para esse público.

 

Os números do Censo revelam o menor crescimento populacional dos últimos 150 anos, com uma taxa inédita de expansão inferior a 1%. Até a década de 1960, a taxa de fecundidade no Brasil era muito alta, uma característica que começa a mudar a partir dos anos 1970 e continuou num crescente até os dias de hoje, sendo definidor para a desaceleração do crescimento populacional e aumento no número de idosos. Nos anos 1970, o número de habitantes crescia, em média, 2,8% ao ano.

 

Entre os Censos de 2010 e 2022, esse porcentual despencou para 0,52% ao ano.

 

Não é tudo. Em 2018, o IBGE estimava a existência de 214 milhões de brasileiros em 2022, 10 milhões a mais do que revelou o novo Censo. O instituto também previa redução populacional a partir de 2047, vaticínio antecipado em mais de 20 anos.

 

"Esse número de 203 milhões de habitantes está muito abaixo do esperado. Não estou falando que está errado, mas a população de 2010 era de 191 milhões e, se eu somar todos os nascimentos do período e subtrair todas as mortes, isso dá 18 milhões de pessoas. Se eu tinha 191 milhões e somo 18 milhões, dá 209 milhões. O número não bate. Mas é preciso lembrar que, no crescimento vegetativo, não entram os fluxos migratórios, então esse número pode ser menor mesmo", pondera José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo e pesquisador aposentado do IBGE.

 

O especialista reconhece que vários problemas atrapalharam a pesquisa de campo. Desde que assumiu o comando do País em 2019, o governo Bolsonaro colecionou ataques ao IBGE, começando pela desqualificação do instituto, passando pelo corte de verbas e não reposição de pessoal, até a suspensão do Censo. Em meio ao boicote e ataques ao órgão, veio a pandemia de Covid-19, mais um motivo de adiamento da pesquisa demográfica.

 

Só em 2021, depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que obrigou o governo a destinar recursos para a realização do Censo, o estudo saiu e, mesmo assim, aconteceu em meio à eleição mais polarizada da história recente do Brasil, no segundo semestre de 2022.

 

Considerando a série histórica do Censo Demográfico, o crescimento populacional tende a cair ainda mais nas próximas décadas, até alcançar o nível de decrescer, ou seja, registrar mais óbitos que nascimentos, consolidando o envelhecimento da sociedade brasileira. Esse dado tem gerado até especulação sobre uma nova proposta de reforma da Previdência.

 

"O País não aguentaria mais", alerta Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Unicamp. "As sucessivas reformas já tornaram a aposentadoria pelo INSS algo inatingível para a grande maioria da população. Até porque metade da população economicamente ativa está desempregada, desalentada ou na informalidade. Os outros 50% têm acesso restrito, uma vez que a aposentadoria integral é praticamente inalcançável, exige dos homens 65 anos de idade e 40 de contribuição e, das mulheres, 62 anos de idade e 35 de contribuição. Propor uma nova reforma é desumano e uma hipocrisia. Na próxima década, a grande maioria dos idosos não terá direito à aposentadoria. Será um caos social", emenda o economista, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho da Unicamp e coordenador da rede Plataforma Política e Social.

 

Para o especialista, os dados do Censo não têm impacto substancial de imediato na vida dos idosos, porque esse público já é vítima de regras excessivas no tocante à aposentadoria e, caso a situação se acentue, o Brasil pode passar a ter um grande número de idosos nas ruas na condição de mendicância, como já acontece em países como México e Chile.

 

Jorge Félix, professor de Gerontologia da USP e autor do livro Economia da Longevidade -O Envelhecimento Populacional Muito Além da Previdência, lembra que, desde a década de 1990, as reformas são apontadas como resposta para a dinâmica demográfica que indica o envelhecimento da população, independentemente de governo ou partido político. "Na verdade, não são reformas. A intenção é privatizar o sistema previdenciário, empurrar as pessoas cada vez mais para a previdência privada. No INSS, mais de 70% dos aposentados e pensionistas ganham até um salário mínimo. Teremos uma população idosa no futuro próximo com renda muito baixa, devido a essas reformas. A previdência pública está se metamorfoseando em um sistema de assistência social.

 

Menos de 1% dos benefícios chega ao teto, a grande maioria só recebe o mínimo", explica, acrescentando que a tendência de muitos idosos é depender do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Se alcançar a aposentadoria é quase uma utopia para a grande maioria dos brasileiros, manter-se no mercado de trabalho na chamada terceira idade é o maior dos desafios. Depois de 50 anos - às vezes até mais jovem - o trabalhador vem sendo enxotado dos seus postos de trabalho. Para José Dari Krein, doutor em Economia Social e do Trabalho e professor da Unicamp, é preciso aproveitar a janela da oportunidade, porque o Brasil ainda tem uma população ativa maior do que a aposentada.

 

Com o envelhecimento de seus habitantes, a tendência é de que, a partir das próximas décadas, o número de pessoas com trabalho formal vai ser menor que o de aposentados.

 

"É preciso redistribuir as atividades úteis para a sociedade, o que significa reduzir o tempo laboral dos trabalhadores. Tem de repensar um pouco todo o processo de reorganização da vida social, para que as pessoas possam trabalhar menos e usufruir de uma qualidade de vida melhor na terceira idade. O Estado vai precisar injetar recursos no INSS para garantir que as pessoas se aposentem." José Eustáquio Diniz Alves defende um terceiro bônus demográfico como alternativa à inclusão dos idosos no mercado de trabalho. Segundo explica, há 30 anos, o Brasil contava com apenas com 5% da população com mais de 60 anos, enquanto a maioria maciça era formada pelos grupos economicamente ativos, dentro do que se configurou chamar de o primeiro bônus demográfico.

 

"Todo país que enriqueceu no mundo passou por esse bônus demográfico, dando um alto padrão de vida à população", diz. Agora, a população em idade ativa vem diminuindo e, por volta de 2030, vai ter menos gente em idade de trabalhar. "Aí será preciso investir na educação, na produtividade e na tecnologia, para que essa população consiga produzir mais com menos gente. Isso chamamos de segundo bônus demográfico, ou bônus da produtividade." 

O terceiro, segundo Alves, caracteriza-se pelo aumento do volume de idosos na sociedade e do aproveitamento desse contingente. "Isso pode ser benéfico se contarmos com o envelhecimento saudável e ativo. O grande número de pessoas da terceira idade deve ser encarado como ativo, e não como passivo", defende, salientando que o Japão vive essa fase, criando condições para a população idosa contribuir com a sociedade.

 

Para Jorge Félix, os dados revelados pelo IBGE forçam o Poder Público a priorizar as três principais áreas que afetam a população idosa: alimentação, habitação e saúde, setores que sugam a maior parte da renda das pessoas acima de 60 anos. "As futuras gerações de idosos terão uma renda muito baixa, não serão capazes de honrar com esses compromissos. Além disso, essa população já está endividada", alerta.

 

A antropóloga e professora aposentada do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e em Ciências Sociais da Unicamp Guita Grin Debert chama atenção para um público específico de idosos, os quais deveriam ser priorizados pelas políticas públicas. Debert refere-se às pessoas acima de 60 anos que têm algum tipo de dependência. Ela explica que o Brasil tem uma legislação avançada para o idoso, mas que só contempla as pessoas com independência funcional. 

 

"Temos o Estatuto do Idoso, uma política nacional, o Brasil assinou programas internacionais voltados para essa população, os municípios têm programas voltados para pessoas da terceira idade... Mas me parece que essas políticas mobilizam principalmente os jovens idosos, pessoas que têm alto grau de autonomia funcional. Ainda são poucas as instituições de longa permanência para idosos que dependem de cuidados especiais. Essa realidade precisa ser olhada com mais carinho, com mais atenção." 

 

 

 

 

MAIS UMA JABUTICABA

 

A população brasileira envelhece em ritmo muito superior ao verificado na Europa, alerta a demógrafa Suzana Cavenaghi.

 

Os dados do Censo 2022 apontam para forte desaceleração do crescimento populacional, números que vêm sendo contestados por alguns especialistas, surpresos com a totalidade de 203 milhões de brasileiros revelada pela pesquisa.

 

Para ajudar a decifrar o fenômeno, CartaCapital entrevistou Suzana Cavenaghi, doutora em Demografia e professora da pós-graduação da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Ela confia nos dados do IBGE, mas reconhece que o instituto pode revisar alguns deles.

 

CartaCapital: Como a senhora avalia o novo Censo do IBGE?

Suzana Cavenaghi: O Censo teve uma trajetória conturbada por questões políticas. Países que dão importância às políticas públicas baseadas em evidências sabem da relevância de se fazer um censo, sobretudo nos anos terminados em zero. A pandemia não impediu a realização de Censos em muitos países. Nenhuma pandemia anterior ou mesmo situação de guerra fez com que os institutos de estatística desistissem de realizá-los. O IBGE já vinha passando por dificuldades para obter recursos, a contagem populacional do meio da década não foi realizada. Fora isso, o quadro funcional despencou de cerca de 7 mil servidores para pouco mais de 4 mil. Não bastasse, o trabalho de campo ocorreu em meio à campanha mais polarizada da história recente do País. Os técnicos do IBGE e os recenseadores fizeram um milagre. Temos aí um Censo com alguns problemas, mas que servirão para o planejamento das políticas públicas.

 

CC: Então existem fragilidades nos dados apresentados?

SC: O primeiro problema que a gente aponta, como demógrafos, é que o Censo não deveria demorar mais que quatro meses em campo. Estava previsto para ser concluído em três meses, mas demorou muito mais. E ainda teve a conjunção da falta de entrevistadores no momento adequado, além de uma resistência maior de alguns grupos populacionais em responder. Esse atraso é um dos maiores problemas e a gente vai ver o que isso pode ter causado na hora que olhar os dados mais internamente.

Porque a gente tem visto uma diminuição de populações de capitais, algumas muito mais do que aquilo que já se estava esperando. Informações sobre migração vão ajudar nisso, assim como informações sobre fecundidade que ainda vão ser divulgadas. Eu acreditava que a população brasileira estava entre 207 e 211 milhões de pessoas. Temos de confiar nesses números e olhar com atenção onde tiver alguma dúvida. O IBGE tem ferramentas hoje em dia para isso.

 

CC: Ainda que os dados sejam preliminares, é possível afirmar que o Brasil está se tornando um país mais idoso e menos urbano. O que isso significa?

SC: A população vai começar a decrescer em valores absolutos, vai chegar a uma taxa negativa a partir da próxima década. Eu acho que os gestores já deveriam estar olhando para esses dados. O aumento da expectativa de vida com uma diminuição da mortalidade causa, na população, o que a gente chama de transição demográfica, muda a estrutura etária. O recado para os políticos é: "Prestem atenção nas estruturas etárias da população sob sua administração”. Num período de 40 anos, baixou muito a fecundidade e o envelhecimento populacional vem em ritmo acelerado. Ele é muito mais rápido do que ocorreu na Europa e em outros países desenvolvidos, que levaram às vezes 100, 150, até 200 anos para chegar a esse patamar.

 

Precisamos colocar no mercado de trabalho os jovens que estão aí, as pessoas de meia-idade com capacitação, e tornar essa população mais produtiva. A gente não pode cuidar da população idosa só quando ela ficar idosa. A gente sabe que saúde é um processo de bem-estar, que precisa ser iniciado antes. Se a população na idade de trabalhar tem mais saúde, envelhece mais saudável.

 

Fonte CARTA CAPITAL 8 2023


 Editorial Cultural FM Torres RS 07 de julho 23

Enfim, a Reforma Tributária. Possível

A propalada PEC da Reforma Tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados em Brasília, depois de décadas de fermentação, mudará a essência da cobrança de impostos no Brasil, mas está longe de ser o Imposto Único sonhado por muitos. Continuaremos com Imposto de Renda e sobre Patrimônio como Impostos Rural e IPTU, ITBI, IPVA, certamente extensivo a donos de jatinhos e helicópteros, INSS e algum outro. Mas os Impostos IPI, PIS e COFINS, da União, ICMS dos Estados e ISS dos Municípios serão englobados num só imposto –Imposto sobre Valor Agregado – IVA - a ser cobrado pela União sobre o Consumo de Bens e Serviços, com três alíquotas, cuja extensão deverá ser melhor explicitada em Lei Complementar. Um Conselho Federativo, cuja composição e atribuições ainda serão oportunamente definidas, fará a distribuição do produto da arrecadação deste novo imposto. Trata-se de uma mudança estrutural, similar à que já vigora em países desenvolvidos já há algum tempo e que será implementada gradualmente- de 2026 a 2036. Não se sabe, ainda, quais os reflexos deste processo para o desenvolvimento do país e, sobretudo, para regiões com distintos níveis de renda. O IPEA, órgão oficial do Ministério do Planejamento, calcula que a Reforma elevará, por si só, 2,9% do PIB. Tomara...! Alguns Governadores, como o de Goiás, foi radicalmente contra a mudança e vários Prefeitos o acompanham. Alegam que perderão autonomia. Na verdade, perderão mesmo pois o futuro sistema vai centralizar ainda mais a competência da União sobre a Política Tributária. Perderão, inclusive, a capacidade para negociar benefícios fiscais, os famosos subsídios que caracterizam gastos tributários a empreendimentos privados. Políticos bolsonarista de raiz também são contra, não com argumentos, mas porque são contra tudo o que for aprovado pelo Governo Lula, daí sua ira com o Governador de São Paulo, favorável à Reforma e que foi hostilizado em reunião do PL, especialmente pelo ex presidente lá presente, e com o Presidente da Câmara, Artur Lira. Este, assumiu pessoal e rigorosamente a Reforma Tributária como importante ponto em seu currículo político. Economistas mais ortodoxos também apoiam a mudança e chegaram, até, a lançar recentemente, um Manifesto em seu apoio. Os heterodoxos, independentes, mais à esquerda, distantes de funções governamentais, evitam críticas abertas, mas apontam que esta reforma vai ajustar cada vez mais a economia brasileira aos desígnios da globalização. Lula e o PT de forma geral deixaram o barco correr sem grande empenho, embora hoje se reúnam com o Ministro Haddad no Planalto para celebrar o feito. Muitos dos críticos à esquerda afirmam, que não está claro como ficará a atual isenção de impostos trazida pela Lei Kandir e que acabou destruindo muitas plantas de beneficiamento de commodities agrícolas em benefício de sua exportação. Tentaram, inclusive, sem sucesso, ontem, no Plenário da CÂMARA, a aprovação de um destaque que retiraria insumos agrícolas identificados com herbicidas e pesticidas da tarifa menor do Imposto que incidirá sobre produtos agrícolas. Aliás, comércio exterior não é um similar do mercado interno. Continuará exigindo cuidados especiais, sobretudo se tivermos em mente a reindustrialização do país. É o caso da economista Ceci Juruá, RJ, que afirma:

“Destaco essa questão para manifestar minha crença derivada da observação histórica. Um país soberano não exporta commodities vinculadas à alimentação, enquanto seu povo tiver fome. Exportação deve dirigir-se, prioritariamente, à venda de excedentes no mercado exterior. Salvo uma ou outra “especialidade” constituída como commodities - caso do café, da borracha -. É um grave erro exportar cereais como arroz e feijão, comida básica do brasileiro há séculos, e carnes, enquanto o povo não tem o mínimo necessário para se alimentar. ”

Outra crítica, embora meia velada, vem do sistema financeiro, reverberado pelo advogado Antônio Carlos Amaral, da OAB/SP, temeroso de que o novo Imposto Federal desemboque no antigo Imposto sobre Transações Financeiras (oxalá!), aliás, suculento mecanismo de geração de receitas para o Governo. A eles Bernard Appy, principal responsável pela elaboração da atual Reforma Tributária, rebateu afirmando que a expressão "operação com bens" existe na legislação europeia e ninguém lá fez a CPMF. A propósito, talvez por isso mesmo, incapacidade de captar o excesso extremamente concentrado de riqueza pelo deslocamento cada vez maior da acumulação de capital no âmbito exclusivamente financeiro, que os Estados, no mundo ocidental acabaram se enfraquecendo. 

A Reforma Tributária, enfim, saiu do papel e deu um primeiro passo para se tornar realidade. Falta, ainda a apreciação pelo Senado e, se esta Casa fizer alguma mudança, o que é possível, voltará à Câmara para a última versão. Agora é ver no que dará, mas, junto com o Marco Fiscal também aprovado em substituição ao Teto de Gastos, são trunfos políticos de Lula que apontam para uma reconfiguração da direita no país. Os 108 votos contrários à Reforma estão a indicar a marginalização dos bolsonaristas e a emergência de novos líderes neste campo. As imagens colhidas, ontem, na Câmara demonstram que a Política como instância de negociação para a resolução de conflitos que concernem à vida nacional, voltou a funcionar, com seus vícios e virtudes, mas indispensável à democracia. Lula, inclusive, afirmou nestes dias: “Não somos senhores da razão. ” Tem razão. O apelo direto ao povo, sem a mediação das instituições e o reconhecimento do conflito, é uma tentação dos demagogos autoritários. Sempre acaba mal. A atual Reforma Tributária não é nem ideal, nem a que a esquerda gostaria, mas foi a reforma possível. O futuro, já dizia um velho político, a Deus pertence...


 Editorial Cultural FM Torres RS 06 de julho 23

Nova ofensiva de Israel sobre Palestina

O tema do dia no Brasil é, indiscutivelmente, a Reforma Tributária. A ela dedicaremos nossa reflexão amanhã e depois, pois está ainda pendente de aprovação na Câmara dos Deputados em Brasília. Hoje nos debruçamos sobre o brutal – mais um! – ataque de Israel sobre a Palestina, com o resultado de vários mortos e a sombra de uma ocupação militar e colonizadora sobre a região que vai se alastrando, mesmo sob o acicate de Resoluções contrárias da ONU, e comprometendo a possibilidade de criação de um Estado Palestino. A questão se arrasta há décadas, desde que as Nações Unidos, em sessão presidida por um brasileiro, o ilustre gaúcho Osvaldo Aranha, criou, sob o impacto do holocausto nazifascista, um Estado judeu no Oriente Médio. O enfrentamento com populações regionais que também ambicionavam um Estado próprio, sob a tutela dos princípios já vigentes das Nações Unidas para a descolonização do mundo, com base na autodeterminação dos povos, a saber, o respeito às linhas herdadas do período colonial e um Partido representativo destes interesses, foi inevitável. E de guerra após guerra, com injustificável expulsão dos moradores tradicionais sobre a Palestina e espoliação de seus bens, Israel vem expandindo seu território. Nos últimos tempos, sob o comando da extrema direita no Estado israelense, os judeus vão colonizando áreas que não lhes pertencem e provocando uma histórica diáspora dos palestinos no mundo inteiro. No exterior, mesmo em países árabes, continuam discriminados, sem fazer parte da cidadania destes países, morando precariamente. No Brasil, milhares deles alimentaram a imigração árabe e tem no Rio Grande do Sul um dos seus maiores redutos, objeto, recentemente, de um premiado filme do Diretor Omar Barros Filho – “A Palestina no Brasil”, por ele mesmo aqui em Torres apresentado em 2020, em sessão do Cineclube de Torres. Curiosamente, essa bruta agressão de um país rico e fortemente armado sobre uma população civil desarmada não ganha o mesmo tipo de apoio que recai sobre a Ucrânia nos dias atuais. Pelo contrário, Estados Unidos, à frente da indignação ocidental contra Putin e Rússia, é a principal sustentação de Israel no Oriente Médio. A consciência crítica, entretanto, não pode calar diante deste ignominioso processo neocolonizador. Hoje mesmo, o ASSUNTO, mais lido Podcast do país, do g1, trata da matéria e adiante todas as explicações necessárias ao seu melhor entendimento por parte do público. 

Anexo 

A ofensiva histórica de Israel na Cisjordânia

OUÇA Podcast/o-assunto-a-ofensiva-histórica-de-Israel-na-Cisjordânia 

O saldo da maior operação militar israelense em duas décadas, na região de Jenin, foi de 12 mortos, dezenas de feridos e uma retaliação violenta de um integrante do grupo radical Hamas em Tel Aviv. O novo e sangrento capítulo da tensão histórica foi engatilhado quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a construção de novos assentamentos em território reivindicado pela Autoridade Palestina. Para explicar o cenário do conflito, Natuza Nery recebe Guga Chacra, comentarista da Globo e da GloboNews em Nova York e colunista do jornal O Globo. Neste episódio:

Guga descreve o que é a Cisjordânia, a composição de sua população e como seu território está dividido atualmente: Israel controla 60% e é responsável pela administração e controle militar; e apenas 18%, separados em agrupamentos “ilhados”, está completamente sob domínio palestino. “Isso inviabiliza completamente a possibilidade de um Estado palestino ali”, afirma;

Ele explica como o governo de Netanyahu se aliou aos setores da extrema-direita e se tornou o “mais radical de todos os tempos” em Israel. E como, do outro lado, a liderança da Autoridade Palestina é “incompetente e enfraquecida” e vê partes do território submetidas ao Hamas;

O jornalista avalia quais são as perspectivas reais para a resolução do conflito. “Sou do grupo dos céticos”, afirma. Para ele, na prática, há dois caminhos: a manutenção do status quo ou a criação de um Estado palestino. “Israel já decidiu que quer o status quo, mas pros palestinos é uma situação insustentável”, conclui;

O que você precisa saber:

Cisjordânia: maior operação de Israel em 20 anos mata doze//Israel: usa drones e atinge campo de refugiados em ataque//Jenin: exército israelense começa a retirada após operação//Manifestações: israelenses vão às ruas mesmo com ataques//Pesquisa: maioria de jovens palestinos é contra dois Estados//VÍDEO: o que é a Cisjordânia e por que a região está sob ataque

O Podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Guilherme Romero e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery


 Editorial Cultural FM Torres RS 04 de julho 23

Da Conjuração Baiana à Luta pela Independência, o fervor patriótico da Bahia

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Neste domingo, 2 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou das celebrações do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. - ASSISTA AQUI

BRASIL 2022 - II CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

H.Starling. Tiradentes - CANAL LIVRE TV BAND - CANAL LIVRE - YouTube

Lilian Schwarz – Canal Liver - Lilian Schwarz – Canal Livre YouTube

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 Neste 2 de julho Salvador celebrou, com a presença do Presidente Lula e grandes festejos populares, a vitória dos baianos contra as forças portuguesas que resistiram à Independência do Brasil, proclamada a 7 de setembro de 22. Importante registrar que esta luta pela Independência estava ligada à então recente Conjuração Baiana ou Revolução dos Alfaiates que lutaram pela Independência vindo seus líderes, muitos deles populares, serem brutalmente perseguidos, alguns condenados à morte. 

A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates foi um movimento político popular ocorrido em Salvador, Bahia, em 1798. Tinha como objetivos separar a Bahia de Portugal, abolir a escravatura e atender às reivindicações das camadas pobres da população. Dentre os participantes desta revolta estava Cipriano Barata, detido a 19 de setembro de 1798, solto em Janeiro de 1800, que mais tarde representará o Brasil nas Cortes de Lisboa e teria sido o fundador do Movimento Farroupilha que se disseminou pelo Rio de Janeiro e, particularmente, no Rio Grande do Sul.

 A diferença já percebida, então, com a Inconfidência Mineira é que no caso baiano, como também em Pernambuco, a inspiração libertária provinha mais da Revolução Francesa do que da Independência Americana. Há um pequeno detalhe revelado pelos historiadores num fragmento colhido de Tiradentes no qual ele fala no “no direito à felicidade”. Numa clara alusão ao ideário americano. A Conjuração Baiana, enfim, tinha uma clivagem social mais profunda e maior alcance ideológico ao propor claramente a República e a Abolição da Escravatura. Este ímpeto sobreviveu nas décadas posteriores e acabou alimentando a luta a favor Independência do Brasil entre 1822 e 23. O itinerário desta luta é traçado pelo artigo abaixo, de Ceci Juruá, que transcrevemos, antes emoldurado pelas Conclusões sobre o desfecho da Conjuração baiana.

Conclusão Wikipédia: O movimento envolveu indivíduos de setores urbanos e marginalizados na produção da riqueza colonial, que se revoltaram contra o sistema que lhes impedia perspectivas de ascensão social. O seu descontentamento voltava-se contra a elevada carga de impostos cobrada pela Coroa portuguesa e contra o sistema escravista colonial, o que tornava as suas reivindicações particularmente perturbadoras para as elites. A revolta resultou em um dos projetos mais radicais do período colonial, propondo idealmente uma nova sociedade igualitária e democrática. Foi barbaramente punida pela Coroa de Portugal. Este movimento, entretanto, deixou profundas marcas na sociedade soteropolitana, a ponto tal que o movimento emancipacionista eclodiu novamente, em 1821, culminando na guerra pela Independência da Bahia, concretizada em 2 de julho de 1823, formando parte da nação que emancipara-se a 7 de setembro do ano anterior, sob império de D. Pedro I

2 de julho em Salvador da Bahia 

Ceci Juruá 

 1808, a Corte portuguesa chega à Bahia

Em 22 de outubro de 1807, D. João aceitou negociar com a Inglaterra uma Convenção Secreta, acatando a possibilidade da vinda da Corte portuguesa para o Brasil, caso se concretizasse a invasão de Portugal pelos exércitos de Napoleão. Contudo, D. João evitou comprometer-se com a entrega de licença para que cidadãos ingleses ocupassem alguma área litorânea no Brasil, perto da bacia do Prata, para fins de construção de um porto. Pouco depois (em 27 de outubro), França e Espanha assinaram o Tratado de Fontainebleau, retalhando o território de Portugal entre aliados; do lado francês houve a promessa de futuro reconhecimento do Rei da Espanha como Imperador das Duas Américas....

Assim, através de tratados mantidos em segredo entre as três principais potências europeias -França/Espanha e Inglaterra- e Portugal, um aliado sob dependência da Inglaterra desde 1661, foi dada a partida para eventos futuros que trariam o fim do status colonial do Brasil. 

D. João, futuro D. João VI, sua corte e familiares embarcaram na esquadra inglesa que bloqueava a barra do Tejo, em 27 de novembro de 1807. Dois dias depois, partiu dali “a esquadra de sete naus, cinco fragatas, dois brigues e duas charruas, além de vários navios mercantes, levando cerca de 8.000 a 15.000 pessoas..., zarparam para o Brasil, pouco antes que as tropas de Junot (...) alcançassem e invadissem Lisboa”. Aqui chegando, seguiram-se: a abertura dos portos do Brasil aos países amigos, o Alvará real autorizando início da industrialização, o Tratado de Livre Comércio Brasil/Inglaterra, a criação do Banco do Brasil, a adoção dos primeiros impostos... E, enfim, um novo status para o Brasil, em dezembro de 1815, quando se adotou nova organização: o REINO UNIDO DE PORTUGAL, BRASIL E ALGARVES. 

Quando chegaram os portugueses à Bahia, em 1808, esta província já fora palco de movimento insurrecional importante, visto por alguns historiadores como o início do processo de emancipação política do Brasil. Aquele movimento, a Conspiração dos Alfaiates, foi “sem dúvida mais importante do que a de 1789”, afirma LAMB).

 1549, Tomé de Souza organiza o governo-geral / Bahia 

Tomé de Sousa fixou-se na Bahia, em busca do Eldorado, há 476 anos (LAMB, p. 121 e seguintes). Designado por Tomé de Souza, governador daquelas terras, como um agregado encarregado da vigilância do litoral baiano, Garcia d’ Ávila recebeu sesmaria de grande extensão, tratou de organizar sua tropa e procurou um local para servir de ancoradouro e para a construção de um porto. Encontrou-o a dois quilômetros ao norte da foz do Rio Pojuca, em costa protegida por cadeia de arrecifes de coral. Ali ergueu, então, a sua base militar e os aposentos residenciais.  

Naquele local, que Garcia d´Ávila denominou Torre de São Pedro de Rates, foi iniciada uma criação de gado com animais originários das ilhas de Cabo Verde. Tal atividade foi de grande sucesso pois, na época, vaqueiros não recebiam soldo, sua recompensa consistia em bezerros e terra. Em três anos o gado de Garcia d´Ávila somou 200 cabeças, o que lhe permitiu solicitar outras terras em regime de sesmaria. Naquele local, da Torre, ocorreu em 1808 o primeiro contato da Esquadra Real que transportou a Família Real Portuguesa para o Brasil. 

(Bahia já A torre singela de São Pedro de Rates por Christovão de Ávila

Em 1557, “Garcia d´Ávila já era senhor de fato e, em parte, de direito, de quase toda a região que se estendia de Itapoã para além de Tatuapara, onde antes Caramuru predominara. ” (LAMB, p. 126). Para este autor, Garcia d’ Ávila foi um herdeiro de Tomé de Souza, proprietário de muitas terras na Bahia e no Espírito Santo. Quando ali chegou Pedro Álvares Cabral, a área era habitada por indígenas, cuja população foi estimada entre 2,5 e 5 milhões por Jorge Couto (cf. A CONSTRUÇÃO DO BRASIL, Lisboa: Ed. Cosmos, 1997).

A Casa da Torre e o morgado dos Garcia d´Ávila

Na região onde se instalou o primeiro Garcia d´Ávila, combates entre índios e portugueses eram permanentes. “Por isto, em carta régia de 20 de março de 1570, o rei D. Sebastião... proibiu seu cativeiro, salvo daqueles capturados em “guerra justa” determinação que nunca foi de fato cumprida (LAMB, p.132).

Garcia d´Ávila teve algumas mulheres. Uma de suas filhas, Isabel, fruto de união com uma índia tupinambá, casou-se com Diogo Dias, neto de Caramuru. Dessa união nasceu o neto e herdeiro de Garcia d´ Ávila instituído como morgado da Casa da Torre de Garcia d´Ávila.

A Casa da Torre, embrião desse morgado sacramentado em cartório quando morreu o primeiro Garcia d´Ávila (fato ocorrido em 1609), era uma espécie de mansão senhorial de estilo manuelino, erguida em 1551 para funcionar como sede dos domínios da família. Suas ruinas ainda existem, na Praia do Forte. Segundo a Wikipédia, “dali partiram as primeiras bandeiras sertanistas que introduziram a pecuária no Nordeste do Brasil. Francisco Dias d´Ávila II (1646-1694), bisneto de Garcia d´Ávila, foi quem dominou os índios Cariris e levou as fronteiras do latifúndio familiar até Pernambuco. ” 

Foi o terceiro morgado, Garcia de Ávila Pereira, quem mandou construir o Forte de Tatuapara, em substituição ao Forte da Praia. Ali funcionou um regimento responsável pela defesa da costa no trecho entre o rio Real e o rio Vermelho. O último descendente dos Garcia d´Ávila, Garcia de Ávila Pereira de Aragão, faleceu em 1805. A partir dessa data, o morgadio da Torre passou para os Pires de Carvalho e Albuquerque, heróis da resistência que expulsou de Salvador as tropas comandadas por Madeira de Melo, garantindo a adesão da província da Bahia ao novo Império governado por D. Pedro I.

“As propriedades dos Ávila se localizavam, da Bahia ao Maranhão, dentro de uma área de cerca de 800 mil quilômetros quadrados, equivalente a 1/10 do território brasileiro de hoje, o que equivale às áreas, somadas, de Portugal, Espanha, Holanda, Itália e Suíça. ” (Wikipédia, www.casadatorre.org.br. Consultado em 15-03-2016 e 20-06-2023).

A extensão das propriedades dos d´Ávila, bem como suas formas de expansão e dominação, foi vista por historiadores brasileiros como estrutura social similar à dos feudos europeus. Daí o entendimento de que, também no Brasil, tivemos um passado feudal extemporâneo ao Feudalismo europeu, em certas áreas de nosso território.  

 1821/Bahia, Resistência heroica e adesão a D. Pedro 

Segundo LAMB, após a derrota de Napoleão, surgiram na América do Sul, e especialmente no Brasil, competidores do monopólio comercial atribuído à Inglaterra. Em Portugal, por outro lado, havia grande descontentamento com as perdas financeiras sofridas pelo comércio local após a saída da Família Real. 

Os anos que antecederam a partida de D. João VI, do Brasil para Portugal, foram anos politicamente difíceis nos dois países. Lá e cá, era grande a insatisfação. Reclamava-se, sobretudo, quanto ao poder de fato desfrutado por súditos de Sua Majestade a Rainha Vitória, mas também queixavam-se da perda de receitas em benefício do local onde se instalara a Corte Portuguesa. No Brasil, desde 1817, Pernambuco e Bahia enfrentaram clima de insatisfação crescente, separatista e pró-liberal, apoiados pela maçonaria e pelos Estados Unidos, dizia-se. Com a Revolução constitucionalista de 1820 em Portugal, cresceram os pedidos de volta à Europa da Corte de D. João VI e a adoção de novo status jurídico para as províncias do Brasil. 

Derrotados em Pernambuco os revolucionários, a sublevação chegou à Bahia, “onde muitos moradores procediam do norte de Portugal” (LAMB, p.428). A notícia da Insurreição baiana e do juramento que ali se fizera de apoio à Constituição elaborada em Lisboa, chegou ao Rio de Janeiro, em 17 de fevereiro de 1821. Durante alguns meses, discutiu-se quem ficaria no Brasil e quem retornaria a Portugal, se o pai ou o filho. Mas também ficou pendente a questão dos laços jurídicos de Portugal e do Brasil. Um só império? Ou a separação?

Após o Dia do Fico (6-01-1822), a nova junta provisória eleita na Bahia, presidida por Francisco Vicente Viana, foi integrada, entre outros nomes, por um membro do morgadio da Casa da Torre: Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque.

À medida que os combates se desenrolavam, foi ficando cada vez mais evidente a participação dos senhores da Casa da Torre na resistência à dominação de Portugal, bem como sua aliança com o Imperador Pedro I. Já na devassa realizada sobre a Conspiração dos Alfaiates, de 1798, alguns nomes vinculados ao morgadio da Casa da Torre se haviam destacado como ligados à Conspiração. Dentre estes, os nomes de José Pires de Carvalho e Albuquerque, Secretário de Estado e Guerra do Brasil, e José Inácio Siqueira Bulcão, ambos sobrinhos do Senhor da Torre de Garcia d´Ávila. Daí a afirmação de LAMB:

“Ao que tudo indicou, a conjuração de 1798 na Bahia configurou uma tentativa da nobreza da terra, visando mobilizar os militares e a plebe, de modo que, respaldada e legitimada por uma insurgência popular, pudesse conquistar a soberania e a autodeterminação... aquela aristocracia rural, encarnada fundamentalmente pelos senhores de engenho, passara a representar uma comunidade de interesses e constituía então a classe social que, a desenvolver a Nationalbevufstsein (consciência nacional) mais rapidamente do que as outras camadas da população, tinha condições de assumir a organização do estado, cujo território se conformara no curso da colonização.” (LAMB, p. 642).

 1822, homenagem ao Barão da Torre de Garcia d´Ávila 

Em minha tese de doutorado sobre a importância do Estado brasileiro na construção de estradas de ferro pioneiras, destaquei a homenagem prestada por D. Pedro I ao Coronel do Regimento de Milícias e Marinha da Torre, Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, ofertando-lhe o título de Barão da Torre de Garcia d´Ávila, durante a cerimônia de sua coroação como Imperador do Império do Brasil (01.12.1822). Na ocasião, o então titulado Barão da Torre de Garcia d´Ávila assim respondeu ao Imperador:

 “Nada me resta, Senhor, que de novo possa oferecer à Vossa Majestade, porque honra, vida e fazenda há muito dediquei à defesa da Pátria. ” (Ceci Juruá. Tese de doutorado, UERJ/2012: Estado e construção ferroviária: quinze anos decisivos para a economia brasileira, 1852/1867)

Este gesto de D. Pedro I designando ali o primeiro nobre do período imperial não foi bem recebido por figuras importantes. Foi ainda mal visto por historiadores respeitados como Jose Honório Rodrigues que, percebe-se, não dispunha de informações como aquelas coletadas mais tarde por LAMB. Alguns anos depois, em 12 de outubro de 1826, o coronel Santinho foi elevado a Visconde, e com honras de Grandeza a 18 de julho de 1841, durante a coroação de D. Pedro II. 

A homenagem foi muito justa. Tudo indica que sem a adesão da província da Bahia à regência de D. Pedro, ficaria difícil, muito difícil, manter a unidade do território nacional. Mas, já nos primeiros meses de 1822 despontava na província da Bahia um cenário de guerra civil, pois um brigadeiro português, Inácio Luís Madeira de Melo, fora escolhido e nomeado governador das armas daquela província, gesto entendido como sinal das intenções das cortes de Portugal, isto é, a recolonização de províncias do Brasil.  

“Sabiam todos que ali, liderados pelo brigadeiro Madeira de Melo, portugueses organizavam uma praça de guerra a fim de resistir à independência. O próprio brigadeiro já comunicara ao rei de Portugal que a cidade da Bahia “pela sua situação geográfica, pelo seu comércio, população e outras particularidades” era um daqueles portos que convinha “conservar...” (LAMB, p. 460). 

Em 19 de fevereiro, enfrentaram-se violentamente, em Salvador, brasileiros e portugueses. Enfrentamento que resultou na invasão do Convento de N. Sra. da Lapa, onde soldados das forças brasileiras se haviam refugiado. Em perseguição aos brasileiros, soldados da tropa portuguesa invadiram o Convento, e foi então que um soldado da tropa de Madeira de Melo “traspassou a abadessa, soror Joana Angélica, com um golpe de baioneta...” (LAMB, p.441-2).

Na linha da resistência portuguesa, chegou a Salvador, em fins de março, o navio S. José Americano trazendo, em reforço, tropas que haviam sido expulsas do Rio de Janeiro. A partir daí, as ruas de Salvador passaram a ser patrulhadas por tropas de Portugal, ficando a Câmara de Vereadores impedida de reunir-se. 

Pelos dados apresentados na obra O FEUDO, justifica-se a convicção de LAMB “que foi a partir do Recôncavo, onde os senhores de engenho dominavam, que se firmou e cresceu a resistência às tropas portuguesas(...)”. Por outro lado, fica igualmente claro que coube às milícias da Casa da Torre de Garcia d´Ávila o papel decisivo no cerco de Salvador (p. 636), [pois]

“o coronel Santinho, Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque , foi o primeiro baiano que efetivamente mobilizou um batalhão de nacionais, para os quais arregimentou, entre os seus soldados, índios seminus, armados de arco e flechas, com experiência de emboscadas, e em 18 de julho acampou em Pirajá, bloqueando a estrada das Boiadas por onde o gado, que abastecia Salvador, descia do sertão até do Piauí, para a Feira do Capuame, e de lá desencadeou as operações de guerrilha contra as forças portuguesas.” (p.636-7).

A obra O FEUDO, que utilizei como fonte principal, quase exclusiva, para este texto com o qual quero, simplesmente, prestar homenagem à grandiosidade da terra e da gente da Bahia, deveria ser de leitura obrigatória em nossas escolas. Ele é preciso nas informações, apresenta as fontes utilizadas, enaltece o Brasil e os brasileiros de todas as cores, religiões e etnias, mostra a importância da unidade do povo de todas as classes, frente às ambições estrangeiras de usufruto em proveito próprio daquilo que nos pertence – o território, com seus distintos climas e um solo rico em água, florestas e minerais.

Enfim, a data de 2 de julho é motivo de festa e de orgulho, para os baianos e para os brasileiros, pois foi a data em que o general Madeira de Melo abandonou Salvador, acompanhado de suas tropas, resultando da vitória do povo brasileiro. 

Nas comemorações do primeiro centenário (1922), o bairro de Ipanema (RJ) homenageou, merecidamente, os baianos que passaram à História do Brasil como heróis da Independência, dando seu nome a ruas do bairro. Surgiram assim as ruas Barão da Torre, Visconde de Pirajá, Barão de Jaguaripe, Garcia d´Ávila, Joana Angélica, Maria Quitéria (Brasil Gerson/História das ruas do Rio). 

Entre os que se opuseram à continuidade da dominação de Portugal sobre terras brasileiras, na Bahia, destacaram-se os senhores de engenho do interior do Recôncavo Baiano, os grandes proprietários agrícolas, pois eram os que “compunham a única classe em condições de deter o poder e construir a nação (...) qualquer que fosse a forma pela qual a separação de Portugal se processasse, conforme Celso Furtado salientou (FEB/1961) ” (LAMB, p.461). 

Mais adiante, e praticamente concluindo, lemos:

“Os descendentes da Casa da Torre que detinham na Bahia, a maior força política e militar entre os proprietários de terra e senhores de engenho, empenharam-se na sustentação da monarquia e da unidade territorial do Brasil. Entre eles, o visconde de Pirajá foi o que mais se destacou... em 1837 o visconde de Pirajá combateu ainda a insurreição separatista, a célebre Sabinada... Tal como em 1822 acontecera, não houvessem os senhores de engenho e outros proprietários da terra, desde o início, tomado as primeiras medidas (...) difícil, ou mesmo impossível seria, para a regência, ao mesmo tempo que empregava todos os esforços para tentar destruir a República Rio-grandense, sufocar o levante separatista deflagrado naquela cidade da Bahia. (...)” (LAMB, p. 642-643). 

“Os senhores de engenho e outros proprietários da terra, no entanto, possuíam a consciência da nação (natio), da sua integridade territorial, e não defendessem eles a realeza que a unificava, a implantação da república na Bahia implicaria a fragmentação do Brasil, uma vez que o governo imperial não teria aí condições de impedir a secessão do Rio Grande do Sul e outras províncias seguir-lhe-iam o exemplo. ” (LAMB, p. 643).

Rio de Janeiro, 23 de junho de 2023 – Ceci Juruá


Editorial Cultural FM Torres RS 03 de julho 23

Centro-Oeste muda a cara do Brasil

Desde 2010, o número de cidadãos que vivem no Centro-Oeste avançou, em média, 1,2% ao ano, mais que o dobro da média nacional, de 0,52% — a menor da história, segundo o IBGE

Os dados do Censo de 2022 confirmaram o Centro-Oeste como a nova fronteira econômica do Brasil. Não por acaso, a região tem atraído cada vez mais habitantes, destoando das demais áreas do país, que veem a população estagnar ou mesmo encolher. Desde 2010, o número de cidadãos que vivem no Centro-Oeste avançou, em média, 1,2% ao ano, mais que o dobro da média nacional, de 0,52% — a menor da história, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse processo de interiorização do Brasil, dizem especialistas, é irreversível. Além de trabalho, as pessoas estão buscando melhores condições de vida.

O Centro-Oeste está sendo impulsionado pelo agronegócio, que cresce a taxas expressivas ano a ano. O Brasil figura entre os três principais produtores de alimentos do mundo e é na região que está a maior área agricultável do planeta. Para sustentar o plantio e a colheita, os produtores têm sido obrigados a investir cada vez mais na tecnologia e na contratação de mão de obra especializada. Em determinadas cidades, há falta de trabalhadores, ao contrário do que ocorre nas periferias das grandes cidades, em que o desemprego encosta nos 10% e a violência é uma rotina que atormenta as famílias.

Dois dos principais exemplos de debandada da população são Salvador, que, em uma década, perdeu quase 10% de sua população, e Rio de Janeiro, que encolheu em quase 110 mil habitantes. Essas capitais estão entre as mais violentas do país e as que ostentam índices de desocupação acima da média nacional. Em contrapartida, duas das quatro cidades que mais cresceram em termos populacionais estão no Centro-Oeste — Senador Canedo (Goiás), onde o número de habitantes avançou 84,3%, e Sinop (Mato Grosso), com salto de 73,4%. Os outros dois municípios ficam em regiões produtoras de grãos: Luís Eduardo Magalhães (Bahia), que ganhou 79,5% a mais de moradores, e Fazenda Rio Grande (Paraná), com alta de 82,3%.

O agronegócio não movimenta apenas o campo. Com a renda gerada pelo plantio, toda a economia dos municípios produtores de alimentos se movimenta, puxando, sobretudo, o setor de serviços, com especial destaque para o comércio. O impacto também se irradia pelo setor público, que é obrigado a ampliar o quadro do funcionalismo para atender a demanda maior por serviços. É aí que reside o principal desafio das administrações: garantir que, com o afluxo maior de pessoas, as condições de vida que todos valorizam não se degradem. Saúde, educação, infraestrutura e segurança exigem cada vez mais investimentos.

Encravada na região, Brasília também se beneficia do potencial agrícola, registrando os maiores índices de produtividade de grãos por hectare do país. A cidade já é a terceira do Brasil em termos populacionais, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro. É fundamental, portanto, que o Congresso mantenha os repasses para o Fundo Constitucional do Distrito Federal. Qualquer alteração na transferência de recursos por parte da União significará menor capacidade do governo local de garantir atendimento em hospitais, postos de saúde, escolas e bem-estar social. A geografia do Brasil mudou e isso deve ser levado em conta pelos gestores

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 Editorial Cultural FM Torres RS 30 de junho 23

Depois dos séculos ibérico, inglês e americano, preparem-se para o século asiático

O mundo gira, a Luzitana roda e tudo “dimuda”. No universo nada se cria, tudo se transforma, já dizia Lavoisier o Pai da Química moderna. Do pó ao pó, dizem as homilias sagradas quando um de nós sai da vida e vai para o reino encantado da História. Seus nomes, entretanto, ficam registrados em algum lugar. Os mórmons, por exemplo, se dedicam a juntar e reunir estas memórias muito bem guardadas em arquivos depositados debaixo de montanhas: Memória... Para os egípcios antigos deixar o nome registrado era uma obsessão. Na vida social é a mesma coisa. “Tudo di muda”... O mundo moderno veio à tona com as Grandes Navegações, amadureceu com o Iluminismo, construiu-se como um desdobramento do momento grego no Renascimento e na Revolução Industrial, amparado por um par de requisitos à ação: Razão e Liberdade. Sucederam-se como centros do mundo os Países Ibéricos, no século XVI, mas a Invencível Armada de Espanha foi derrotada pelos ingleses em 1585 que passaram a dominar um império onde o sol nunca se punha até o final da I Guerra Mundial em 1918. 

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A Armada Invencível (português europeu) ou Invencível Armada (em português brasileiro) (em castelhano: "Grande y Felicísima Armada"), também referida como "la Armada Invencible" (castelhano) ou "the Invincible Fleet" (inglês), com certo tom irônico, pelos ingleses no século XVI, foi uma esquadra reunida pelo rei Filipe II de Espanha em 1588 para invadir a Inglaterra. A Batalha Naval de Gravelines foi o maior combate da não declarada Guerra Anglo-Espanhola e a tentativa de Filipe II de neutralizar a influência inglesa sobre a política dos Países Baixos Espanhóis e reafirmar hegemonia na guerra nos mares.

A armada era composta por 130 navios bem artilhados, tripulados por 8 000 marinheiros, transportando 18 000 soldados e estava destinada a embarcar mais um exército de 30 000 infantes. No comando, o Duque de Medina-Sidônia seguia num galeão português, o São Martinho. No combate no Canal da Mancha, os ingleses impediram o embarque das tropas em terra, frustraram os planos de invasão e obrigaram a Armada a regressar contornando as Ilhas Britânicas. Na viagem de volta, devido às tempestades, cerca de metade dos navios se perdeu. O episódio da armada foi uma grave derrota política e estratégica para a coroa espanhola e teve grande impacto positivo para a identidade nacional inglesa – wikipedia

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Sobreveio a era americana dos arranha céus que acabariam apontando os Estados Unidos para o domínio dos ares. Agora o mundo se prepara para um salto de seu centro para o outro lado do mundo: A Ásia, dominada por países imensos como Índia e China. Será o século XXI, século asiático, oriundo de um Modo de Produção muito especial e de uma dinâmica ideológico-cultural distinta do Ocidente, mas nem por isso alheia aos seus feitos, sobretudo no campo tecnológico. Lá, Índia e China, cada qual com seus devires e derivas, a primeira mais mística e religiosa, com Buda como inspiração, a China mais filosófica e pragmática segundo os ensinamentos de Confúcio, disputarão importância na condução da civilização. Ainda é cedo para se saber qual das duas culturas se imporá neste processo mas já se sabe que serão âncoras do século que XXI e que o dito Ocidente, com todas as suas glórias, acabará abrindo-lhes espaço, oxalá por bem: um outro mundo, certamente menos concentrado do que os últimos 500 anos, tanto interna como externamente. Tudo indica que teremos, enfim, não a reconstituição da Aldeia Global unificada como imaginou Maculam nos anos 1970, mas um conglomerado de centros que configurarão uma geoeconomia despolarizada e uma geopolítica mais aberta a um verdadeiro concerto internacional de Nações livres e soberanas. Tudo por vir. “Tudo dimuda...” Ninguém é dono de ninguém, nenhum povo é eleito de Deus, nenhum país é portador de um Destino Manifesto que o faz Senhor do Universo. Viva a mudança. Viva a diferença!

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Anexo

Assis Moreira - O século dos asiáticos? = Valor Econômico- 

gilvanmelo.blogspot- Assis Moreira o seculo dos asiaticos 

Estados Unidos, com 4% da população mundial, geram 25% da produção global, posição mantida desde 1980, observa “The Economist”

Acompanhei recentemente a Beyond Expo 2023, uma das maiores exposições asiáticas de tecnologias de consumo, saúde e sustentabilidade, na região administrativa especial de Macau, China. Durante o evento, alguns membros da elite intelectual da Ásia manifestaram uma análise comum sobre rumos que o mundo pode tomar.

Kishore Mahbubani, ex-diplomata de Cingapura que foi presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (janeiro 2001-maio 2002) e é membro do Ásia Research Institute, deu o tom, não hesitando em listar “quatro certezas” futuras, em meio às turbulências atuais.

Para ele, a primeira certeza é que o século XXI será o século asiático, assim como o século XIX foi o século europeu, e o século XX foi o século americano. O século asiático será “um retorno à norma”, porque na maior parte do tempo as duas maiores economias do mundo sempre foram as da China e da Índia. “Os 200 anos de domínio ocidental na história mundial foram anormais”, insistiu.

Mahbubani acha que o Ocidente está “se preparando psicologicamente” para um século asiático, que terá o crescimento impulsionado pelo que chama de nova CIA - não a Agência Central de Inteligência, mas China, Índia e Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático, com dez países incluindo Indonésia, Malásia, Tailândia, Filipinas e Cingapura). Os países da CIA representam 3,5 bilhões de pessoas, ou 44% da população mundial.

Andrew Sheng, ex-banqueiro central, assessor-chefe da Comissão de Regulamentação Bancária e de Seguros da China e professor da Universidade de Hong Kong, observou que China e Índia responderam por metade do crescimento global em 2022. E previu que ao longo desta década o Japão pode crescer 2% ao ano, e a China, por volta de 4% (após de 12% no passado), enquanto economias da Asean, com 700 milhões de pessoas, deverão expandir de 5% a 8%. O motivo é o fluxo de dinheiro para essa região.

No ano 2000, apenas 150 milhões de pessoas na CIA pertenciam à classe média. Em 2020, o número cresceu para 1,5 bilhão, ou seja, aumentou nove vezes em 20 anos. A projeção é de que deverá dobrar para 3 bilhões em 2030. Essa classe média vai impulsionar esse crescimento.

A segunda certeza para Mahbubani é má notícia: a disputa geopolítica entre EUA e China ganhará força nos próximos dez anos. É impulsionada por uma “lei de ferro” da geopolítica, pela qual sempre que a principal potência emergente do mundo, que hoje é a China, ameaça ultrapassar a principal potência, que hoje são os EUA, a reação é forte. Ou seja, a confrontação tende a acelerar entre Washington e Pequim, com riscos reais para o mundo.

A terceira certeza é que a mudança climática está se acelerando. Basta ver o número de pessoas que passará para a classe média no século asiático. Quanto mais elas consomem, mais a emissão de gases-estufa aumenta.

A quarta certeza é que a ciência e a tecnologia continuarão a se desenvolver e a se fortalecer. E isso leva o analista de Cingapura à grande incerteza: se a humanidade será sábia para usar todos os dados disponíveis, toda a compreensão acumulada da ciência e da tecnologia para salvar o planeta. Em teoria, todos estamos nos tornando mais inteligentes.

Para Andrew Sheng, o mundo “foi dominado” pelo Ocidente com um paradigma que se expandiu a partir de uma pequena parte do mundo para colonizar o resto. Mas a situação está mais do que nunca abalada com o aprofundamento de desequilíbrios sociais, climáticos, desigualdade social, pessoas envelhecendo rapidamente e diferenças regionais, economias de crescimento rápido, economias de crescimento lento e algumas economias em colapso.

Para ele, a tecnologia é a solução para muitos dos desafios atuais. “Tecnologia é o conhecimento humano acumulado. Aqueles que não entendem de tecnologia correm o risco de serem deixados para trás”, repetiu ele. A solução, para Sheng, passa pela mudança no paradigma do poder mundial, explorando a interação entre filosofia, tecnologia e cooperação em um mundo em transformação. E nisso, acha que os asiáticos têm grande chance, por serem práticos e menos individualistas. Mahbubani completou dizendo-se “muito feliz” que o presidente chinês, Xi Jinping, tenha lançado o conceito de uma “comunidade com um futuro compartilhado”.

Jian-Wei Pan, diretor da Academia de Ciências da China, focou no progresso da China na computação quântica. Nela, as informações são codificadas usando bits quânticos (qubits), e o princípio da superposição pode ser usado para obter uma computação paralela ultrarrápida, resultando em aceleração exponencial. Cálculos que hoje demoram anos poderão ser resolvidos em alguns segundos, no futuro. Os computadores quânticos podem ser usados para resolver uma variedade de problemas em campos como criptografia clássica, previsão do tempo, análise financeira, design de medicamentos, sem falar do campo militar.

A Ásia se desenvolve, mas o poder da economia dos EUA está realmente em declínio? A revista “The Economist” observou que os EUA, com 4% da população mundial, geram 25% da produção global, posição mantida desde 1980, e nenhum outro grande país é tão próspero ou inovador.

Em artigo sobre as potências econômicas do futuro, também o professor Charles Wyplosz, do Geneva Graduate Institute, uma das melhores escolas de relações internacionais do mundo, considerou o declínio ocidental um mito. Exemplificou com os debates atuais sobre inteligência artificial, essencialmente impulsionada pelos EUA. As transformações em curso serão fonte de crescimento e de maior vantagem competitiva. A Europa segue de perto os americanos na tentativa de continuar na ponta da inovação em diferentes áreas científicas.

Para Wyplosz, salvo mudança radical, a economia chinesa vai simplesmente cessar seu “catch-up” (perseguição) em relação ao mundo rico, até em razão de ações de Xi Jinping para restaurar a supremacia do Partido Comunista chinês que resultam em desaceleração na abertura da economia.

Em Macau, um provérbio árabe em todo o caso foi repetido mais de uma vez: “Aquele que fala sobre o futuro mente mesmo quando diz a verdade”.

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 Editorial CULTURAL FM Torres RS – Dia 29 junho 23 

Censo 22 – Somos menos do que pensávamos

O IBGE anunciou, ontem, os primeiros resultados do Censo 22. A instituição, sua direção e funcionários merecem o aplauso dos brasileiros pelo empenho que tiveram para levar a cabo este Censo, atrasado dois anos pela pandemia e que quase não se realiza por falta de recursos. Parabéns. Os resultados apontam para um número de brasileiros – 203 milhões – menos do que as estimativas previam. Ainda não sabem as razões, algo que especialistas doravante se dedicarão . O importante é que agora temos dados atualizados sobre nós mesmos: quem somos, quantos somos, onde estamos. Aqui o importante é saber o tamanho da população no município em que moramos porque isso determina o valor das transferências constitucionais a que tem direito como RECEITA PRÓPRIA CONSTITUCIONAL: o Fundo de Participação dos Municípios – FPM. Quando compramos qualquer coisa os impostos federais e estaduais estão embutidos nos preços e comporão a Receita da União e Estados mas sobre estes montantes os municípios fazem jus a uma participação, que são importantes para a complementação de sua receita com os impostos municipais, atualmente IPTU e ISS. Isso vai mudar com a Reforma Tributária em curso no Congresso mas por ora e durante uma transição que durará mais de uma década esta informação sobre nosso tamanho é estratégica. Abaixo a transcrição de matérias de imprensa de hoje que ilustram os números do Censo 22.

ANEXO:

O Assunto g1 dia 30 de junho 23

Censo - o impacto da população crescer menos

O Brasil conheceu, depois de 12 anos, a resposta para a pergunta: quantos somos? Depois de ser adiado por dois anos devido à pandemia e a problemas orçamentários, o Censo foi realizado apenas em 2022 – e teve alguns de seus dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo IBGE. A descoberta mais importante é a contagem de habitantes: somos 203 milhões de brasileiros, um número quase 5 milhões abaixo das estimativas. Para explicar o que isso significa e destrinchar os dados disponíveis, Natuza Nery entrevista Suzana Cavenaghi, doutora em demografia pela Universidade do Texas (EUA) e ex-coordenadora, professora e pesquisadora da pós-graduação da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Neste episódio:

• Suzana chama a atenção para a menor taxa de crescimento populacional em 150 anos: “Daqui a pouco precisamos chamar de [taxa de] variação, porque ela vai ficar até negativa”. E projeta que já na próxima década não só o crescimento vai ser reduzido como a população total irá diminuir. “Vamos ter que ajustar a economia, a educação, o mercado de trabalho e o acesso à saúde”, reforça;

• Ela lamenta o “péssimo trabalho” feito pelo país nas últimas décadas de bônus demográfico. E aponta dois motivos: mercado de trabalho incapaz de absorver toda força produtiva e falta de investimento adequado para a educação. “O problema é que se passarmos a ser um país envelhecido antes de dar um salto à renda alta, nunca mais vamos conseguir isso”, afirma;

• A demógrafa comenta o baixo índice de resposta ao questionário do IBGE, um fenômeno que se repete em todo o mundo e demonstra a “exaustão das pessoas” em atender pesquisas. “Falta consciência de cidadania”, avalia. “[Responder] ajuda o país a se conhecer e a garantir o bom uso dos recursos públicos”.

 

O que você precisa saber:

Censo 2022: abaixo do esperado, Brasil tem 203 mi de habitantes// Migração: crise econômica, força do agronegócio e custo de vida// Demografia: 5% dos municípios concentram 56% da população//Cidades: os 10 que mais ganharam e mais perderam população//Estados: compare aumento da população ao longo das décadas

INFOGRÁFICO: consulte a população brasileira cidade por cidade

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Guilherme Romero e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.

 

Censo: como a contagem da população influencia o planejamento das cidades - Lula sanciona lei que ameniza corte de repasses por perda populacional

 

 

Café da Manhã Podcast Folha Uol 

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/06/podcast-debate-tendencias-indicadas-pelo-censo-2022.shtml 

Podcast debate tendências indicadas pelo Censo 2022. Menor ritmo de crescimento da população em 150 anos deverá ser analisado pelo IBGE


 Editorial Cultural FM Torres RS 28 de junho 23

Inegebilidade de Bolsonaro em curso no TSE

 

Relator vota no TSE para tornar Bolsonaro inelegível; julgamento retorna na quinta g1 - Corte eleitoral julga se Jair Bolsonaro cometeu abuso em reunião com embaixadores; análise foi suspensa. Outras 15 ações de investigação podem levar à inelegibilidade do ex-presidente.

 

Parlamentares governistas e da oposição acusam coronel de mentir em CPI: 'Não convence ninguém' g1 - Militar Jean Lawand Júnior prestou depoimento em razão de mensagens com tom golpista enviadas a Mauro Cid. À comissão, ele negou pressionar por golpe e disse que queria fala de Bolsonaro após eleição para 'apaziguar' país.

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Bolsonaro. Indícios disso, aliás, são os comportamentos de seus bons seguidores, começando pelo seu ex Ministro da Justiça, A. Torres e ex ajudante de Bolsonaro está a um passo de ser removido da vida pública no Brasil. Ontem, o relator do seu processo no TSE, Benedito Gonçalves, leu durante três horas e meia as razões de seu voto favorável à condenação do ex presidente. O ex presidente, a se confirmar pelo plenário o voto do relator, ficará inelegível por oito anos o que, dada a sua idade o exclui de um provável retorno às eleições. Restar-lhe-á, doravante, o papel de cabo eleitoral da direita, vestindo um papel de vítima das instituições supostamente aliadas à Lula e à esquerda. Narrativa. Ainda tentará, por certo, situar seus diletos filhos neste espectro ideológico que tenderá a se mover mais ao centro com personalidades como os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Tem início, pois, a dinâmica do “ bolsonarismo” sem ordens, ainda preso, Cel Mauro Cid, como também outros defensores da INTERVENÇÃO MILITAR, como o Cel. Lawande que ontem compareceu à CPI do Congresso sobre os fatos e responsabilidades do 8 de janeiro, todos eles negando a defesa que fizeram do golpe antidemocrático. Este, aliás, ontem, provocou até unanimidade de governistas e oposicionistas neste CPI pela desfaçatez com que procurou se safar das próprias palavras gravadas no celular do Cel. Cid. Humilhou a instituição que representa ao não assumir com coragem o risco a que suas convicções o levaram. Será certamente punido, talvez com expulsão do Exército, como aliás, já o foi o próprio Bolsonaro. “Maus soldados”, diria o General Geisel, vivo estivesse. Vergonha! Importante, aliás, que se diga que a partir do Grande Chefe, que também se esconde de suas ameaças à democracia, agora na planície (do foro) dos mortais, o golpe não foi perpetrado no Brasil – e que certamente teria curta vida no poder usurpado – pela pusilanimidade de seus maiores defensores. Estimularam a saída às ruas de populares insuflados, deixando-os no sereno da Justiça. Hoje, mais de 1.300, mais de cem presos, respondem por seus atos terroristas no 8 de janeiro, enquanto eles se escondem com narrativas e evasivas. A DEMOCRACIA venceu. O Brasil voltou! A condenação dos golpistas é oportuna e necessária, começando pela de Bolsonaro pelo “conjunto da obra”, como ele próprio admitiu. 

Anexo: 

Merval Pereira - Punição necessária

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../merval-pereira...

O Globo

Desacreditar o processo eleitoral é um claro passo na direção do golpe pretendido, que mais adiante ficou explícito, tanto nas minutas golpistas quanto nas ações de 8 de janeiro

É possível discutir se o fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter aceitado incluir no processo contra Bolsonaro a minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres significa uma mudança de jurisprudência para prejudicar o ex-presidente. As mudanças constantes no pensamento do Supremo, variando de acordo com as circunstâncias de momento, são prejudiciais ao papel que a mais alta Corte do país tem exercido, de fato, na defesa da democracia.

É o caso específico de Bolsonaro, que, como vimos em diversas evidências, seria uma ameaça à democracia se reeleito. O indiscutível, no entanto, é que, mesmo sem o acréscimo, a situação de Bolsonaro não se sustenta diante da realidade de ter reunido o corpo diplomático para falar mal das urnas eletrônicas.

Bolsonaro há algum tempo trocou os ataques frontais aos tribunais superiores pela lamentação retórica de que é perseguido. Em sua defesa, seu advogado argumenta que merecia no máximo uma multa, já admitindo que houve infração naquele encontro. Se a discussão parte do princípio de que o então presidente cometeu um erro ao chamar ao Palácio da Alvorada embaixadores para relatar críticas às urnas eletrônicas, passa a ser uma questão subjetiva o tamanho da punição.

Ele alega que a minuta do golpe não poderia ter sido inserida no processo, mas há uma explicação técnica do TSE para isso: o documento é desdobramento da acusação original, e não uma prova nova. Mas a apresentação aos embaixadores seria, por si só, suficiente para puni-lo com a inelegibilidade, porque ele exorbitou do poder político em causa própria. O detalhe de que reuniu representantes estrangeiros para falar mal do país que dirigia só acrescenta ao delito cometido a infâmia.

Desacreditar o processo eleitoral é um claro passo na direção do golpe pretendido, que mais adiante ficou explícito, tanto nas minutas golpistas quanto nas ações de 8 de janeiro. Não é preciso ter nenhum documento assinado por Bolsonaro falando de golpe para entender que a linha do tempo em que a reunião dos embaixadores está inserida passa por diversos fatos estimulados, ou convocados, por ele. Eles incluem não apenas a minuta encontrada nos guardados de Anderson Torres, mas também documentos registrados no celular do tenente-coronel Mauro Cid no mesmo sentido, sinal de que o tema era frequente nos círculos do poder bolsonarista.

Mesmo com tantos indícios, acredito, no entanto, que Bolsonaro poderá ter sucesso na manobra de se dizer perseguido. Seus seguidores não têm visão crítica, ou por acreditar em tudo o que diz, ou por achar que é benéfico para a causa da direita. Não creio que mude muito o fato em si. Ele ficará inelegível e terá de atuar como cabo eleitoral. Será seu papel nas próximas eleições.

Bolsonaro agora está visitando futuros aliados para uma possível reação partidária nas eleições, mostrando força política, tentando eleger muitos prefeitos e vereadores. No papel de vítima, como estima Valdemar Costa Neto, o dono do PL, poderá eleger mais vereadores e prefeitos que na situação atual. Na verdade, é mais útil aos seus no papel de perseguido político, pois a direita civilizada espera ampliar o eleitorado sem ele, que manterá a liderança entre os radicais da extrema direita.

A provável condenação de Bolsonaro será exemplar para outros líderes políticos não usarem a Presidência como trampolim para campanhas eleitorais não permitidas por lei. Servirá de alerta para todos os mandatários que pensem em usar seu poder para influenciar eleitores. Não puni-lo, ou puni-lo simbolicamente com multa, será um sinal de leniência não compatível com o nível de risco em que ele colocou a sociedade brasileira.

 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 27 de junho 23

O saldo negativo do Governo Bolsonaro

O ex Presidente Bolsonaro estará com seu futuro comprometido caso venha a ser condenado à inegebilidade pelo Superior Tribunal Eleitoral nesta semana. Considera-se, entretanto, desde já, perseguido pela Justiça, no entendimento dele e seguidores, em conluio com os interesses do lulo-petismo. Independentemente do resultado e consequências do processo do TSE, sempre sujeito à estigmatização pelos bolsonarista, o que deveríamos analisar e julgar é o próprio governo Bolsonaro entre 2019 e 2022. O mínimo que se pode dizer é que foi uma tragédia, começando pelo colapso de quatro setores importantes para a sociedade: Meio Ambiente, Educação, Saúde e Cultura. Em todas estas áreas verificou-se a desmontagem interna de planejamento, gestão e fiscalização sob o comando de Ministros e Secretário, no caso da Cultura, não só estranhos às respectivas pastas, como avessos aos seus objetivos do ponto de vista dos interesses sociais aí envolvidos. O General Pazzuelo, quando Ministro da Saúde, chegou a afirmar que não conhecia o SUS. Ora, o SUS, com seus mais de trinta mil postos ao longo do país é a espinha dorsal das políticas de saúde pública. Ricardo Salles, que saiu do Ministério do M. Ambiente acossado por envolvimento com traficantes de madeira ilegal, ficou famoso por ter defendido, em reunião Ministerial no começo do Governo, que “deveríamos aproveitar (a pandemia) para passar com a boiada” sobre a Amazônia. Na Educação, houve uma sucessão de Ministros aloprados preocupados com o que denominavam “marxismo cultural” nas Escolas e Universidades, para não falar do escândalo dos pastores com trânsito livre no Gabinete Ministerial encarregados de distribuir verbas para comunidades de seu interesse com divulgação de Bíblias com a foto de um dos Ministros. Horrores, enfim, de uma gestão tão improdutiva quanto retrógrada. A Administração Federal foi sumariamente sucateada, o que levou, agora, à abertura de concursos para o preenchimento de 10 mil vagas em aberto. 

Mas agora se conhecem, também, os resultados econômicos e financeiros da gestão Bolsonaro. O PIB praticamente rastejou no período, com perda na posição do Brasil no ranking internacional, passando para 12º. Lugar e redução da renda percapita dos brasileiros, simultânea à grande fuga de capitais e cérebros no período. Deixou, também, internamente, um rombo fiscal de R$ 400 bilhões no ano passado, cujas consequências se refletem no ano em curso imobilizando a gestão orçamentária do atual Governo. Recentes notícias dão conta, também, do aumento considerável das despesas do Governo no ano passado, mesmo sem aumento de salários a servidores, nem preenchimento de vagas correspondentes a aposentados: A Despesa Total do Governo Central passou de 30,7 para 32,7%. Veja-se

 

• Despesa do Governo Central em relação ao PIB sobe de 30,7% em 2021 para 32,7% em 2022.

 

• Investimento bruto atingiu R$ 20,1 bilhões no ano, sendo 32,2% dessa execução na função Defesa.

 

• Publicado em 23/06/2023 11h00.

 

Entre 2021 e 2022, a despesa total do Governo Central passou de 30,7% para 32,7% do Produto Interno Bruto (PIB), influenciado principalmente por maiores despesas com juros da dívida pública e aumento nas transferências entre os diferentes níveis de governo. Em valores correntes, a despesa passou de R$ 2,73 trilhões em 2021 para R$ 3,246 trilhões em 2022 (variação nominal de +18,9%).

 

Os dados fazem parte da edição relativa a 2022 do Boletim de Despesas por Função do Governo Central (Cofog), publicação anual de estatísticas fiscais elaborada pelo Tesouro Nacional em parceria com a Secretaria de Orçamento Federal, seguindo a metodologia estabelecida pelo Manual de Finanças Públicas do Fundo Monetário Internacional (FMI) (Government Finance Statistics Manual 2014 – GFSM 2014).

 

No período analisado, a função que apresentou aumento mais expressivo em relação ao PIB foi a despesa do Governo Central com serviços públicos gerais, que passaram de 11,76% em 2021 para 13,74% do PIB em 2022. Em valores correntes, essa função apresentou acréscimo nominal de 30,2% no ano, passando a representar 42% da despesa total em 2022.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 26 de junho 23

Capas dos grandes jornais do centro do país.

O GLOBO – Crescem oferta e demanda por imóveis até 30 metros. Apartamentos ganham versões sofisticadas em bairros de classe média e alta e atraem por proximidade a trabalho

O ESP – Pressão das big techs no Congresso por 14 dias segurou PL das fake news. Estadão investigou por dois meses e mapeou a pressão.

FSP – Plano Diretor de São Paulo leva mais moradias a bairros mais caros

ZH – Número de adolescentes na Fase cai 69% em quatro anos no Estado. Eram 1252 em maio de 19 contra 385 neste ano. Especialistas citam o mérito de Políticas Públicas de prevenção ao ingresso de menores no crime mas também alertam para um fator brutal: Muitos morreram nas guerras entre facções

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O Assunto g1 dia 26 de junho 23 

Paulo Pelegrino tem 61 anos, e viveu os últimos 13 sob contínuos tratamentos para se livrar do câncer. Em 2023, conseguiu. Durante 1 mês, Paulo foi submetido a uma terapia experimental que está sendo desenvolvida e aplicada no Brasil pela USP, em parceria com o Instituto Butantã e o Hemocentro de Ribeirão Preto. Trata-se da CAR-T Cell, tecnologia celular aplicada em alguns pacientes na Europa e nos EUA - lá, o tratamento custa cerca de R$ 2 milhões; aqui, o SUS irá disponibilizá-la gratuitamente assim que for aprovada pela Anvisa. Paulo relata a Natuza Nery o que ele passou nos últimos anos. Participa também o médico Dimas Covas, diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto, professor da USP na mesma cidade e coordenador do Centro de Terapia Celular da instituição. Neste episódio:

Paulo conta o que sentiu ao ver as imagens de seus exames antes e depois da terapia: a primeira mostra um corpo tomado por tumores, e a segunda “era como se tivessem passado uma borracha naquilo”. “A ficha não caiu ainda”, celebra;

Para Paulo, o desfecho de sua história é uma “ressureição”. Ele diz se sentir “envaidecido” de ter sido um dos 14 pacientes cobaia deste experimento, realizado gratuitamente pelo SUS e que devolve às pessoas “a crença na ciência e a esperança na cura”;

Dimas Covas explica o que é a terapia CAR-T Cell e descreve seu funcionamento: as células T do paciente são extraídas e, no laboratório, são modificadas geneticamente para perseguirem e atacarem as células cancerígenas. De volta ao corpo, ele afirma, “essas células conseguem em 15 a 20 dias destruírem completamente o tumor”;

Ele anuncia que “o próximo desafio é levar o tratamento aos pacientes do SUS”. Para isso, o primeiro passo é registrar a terapia na Anvisa e, depois, “em um prazo máximo de um ano e alguns meses” poderemos ver este tratamento disponibilizado no SUS. “O CAR-T Cell será a nova fronteira do tratamento de câncer em geral”, conclui.

 

O que você precisa saber:

Paulo: Paciente com câncer há 13 anos tem remissão completa// Car-T Cell: veja terapia experimental celular contra câncer// Unicamp: projeto pioneiro no Brasil da terapia CAR-T Cell// Anvisa: aprova terapia genética para tratamento de câncer// São Paulo: produção em larga escala de terapia genética// Dimas Covas: responde a perguntas sobre terapia experimental

O Podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Guilherme Romero e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery.


 Editorial Cultural FM Torres RS 23 de junho 23

Para entender os anos 19/22: Sociologia do bozo-nazismo

 

Paulo Brondi, Promotor de Goiás, faz um resumo do que é o 'bolsonarismo'

Promotor-de-goiás-faz-um-resumo-do-que

BOLSONARISMO: Gramática e Literatura

ASSISTA AQUI

 

O FUTURO DO BOLSONARISMO – Nov. 28 /2022 -BBC

O futuro de Bolsonarismo

Bolsonaro, uma história que teremos vergonha de contar - Por Ivan Lago

2020 – Central de jornalismo- Bolsonaro-uma-historia-que-teremos-vergonha-de-contar-por-ivan-lago

Bolsonarismo – Coletânea Paulo Timm org. 

https://files.comunidades.net/torrestv/Bolso_narismo.pdf 

 

 

Começou, ontem, no TSE, o julgamento do ex Presidente Bolsonaro, com eixo em sua convocação a Embaixadores para denunciar o sistema eleitoral eletrônico do Brasil, que poderá leva-lo a inelegibilidade por oito anos. Isso significa o fim político do ex presidente, bastante isolado desde que perdeu o poder da caneta. Ontem, em sua chegada em Porto Alegre, nenhuma apoteose, nem motociatas, nem delírios de multidões. Sequer um “cercadinho”. Os especialistas discutem o mérito da ação provocada pelo PDT contra Bolsonaro e sustentada pelo Ministério Público Federal. Para o Advogado de Defesa dele, é incabível a ação porque sequer estávamos em período eleitoral. Muitas ações, entretanto, entram na pauta da Justiça Eleitoral justamente porque se referem a ações feitas fora da campanha. O eixo, na verdade, da ação em curso, no caso, é abuso de poder no exercício do cargo e uso indevido da rede pública de comunicação no interesse pessoal, isto é, divulgação de denúncias, sem provas, do sistema eleitoral brasileiro. Tudo indica que Bolsonaro, portanto, dificilmente escapará. Restar-lhe-á o jus esperneandi, já presente na sua exigência de que o TSE use no seu caso as mesmas regras que conduziram o julgamente da chapa DILMA-TEMER em 2014. Ora, na Justiça, cada caso é um caso. E o abuso de Bolsonaro no comando do país e seus exageros verbais, para não falar, conceituais, sempre à revelia da ciência e das regras democráticas, como no caso do combate ao COVID, forem evidentes. 

Trata-se, agora, de ver como funcionará e quais as perspectivas da direita no Brasil sem o MITO. Indícios já verificados na votação de ZANIN no Senado demostram que seus seguidores já procuram um caminho mais ameno, em busca da normalização institucional no país. O líder da Oposição no Congresso, Rogério Marinho, neto do histórico Senador Josepha Marinho, ex Ministro de Bolsonaro, que queria uma atitude mais forte no Senado contra Zanin, ficou praticamente isolado. Políticos, enfim, não gostam do suicídio. No caso, procuram a sobrevivência. Ou como dizia o Mestre do Suspense no Cinema, Alfred Hitchkock:

“Nem um assassino vive apenas de seus assassinatos. Ele precisa de algum carinho, abrigo e um prato de comida quente quando chega em casa”.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 22 de junho 23

Um novo Ministro do Supremo à vista

O Senado aprovou, ontem, com larga margem, a indicação do Advogado Zanin para o Supremo por 58 x1u votos. Até o Senador Flavio Bolsonaro enalteceu Zanin almejando que ele leve para a mais Corte do país o senso de justiça e a defesa da Constituição. Os bolsonaristas aliás, mesmo sem contestar Zanin, preferiram evitar o que poderia ser uma vitória estrondosa. Na verdade, todo mundo, agora defende a Constituição esquecendo-se que durante 4 anos tivemos ataques sistemáticos contra as instituições, culminando no estímulo à intolerância que resultou no 8 de janeiro. O futuro Ministro é um advogado de ofício o que enaltece todos estes profissionais que dedicam sua vida à defesa dos direitos inalienáveis do cidadão, sem desdouro, naturalmente, a outros profissionais do Direito, como Defensores, Procuradores e Juízes das várias instâncias do Sistema Judiciário. Zanin é um paulista do interior do Estado, que guarda na sua atuação o cuidado com os valores caros à classe média tradicional, moderadamente conservador mas vigoroso “garantista”, isto é, defensor das garantias legais de todo e qualquer cidadão brasileiro na forma da Lei. Por isso mesmo, recebeu uma aprovação quase unânime do Senado, colocando-se acima das divergências ideológicos e prometendo independência frente aos interesses do Presidente que o indicou ou mesmo do Poder que ele chefia.

Da reunião da CCJ, entretanto, prévia à apreciação pelo 

Plenário do Senado, ficou a péssima impressão deixada pelo Senador Sérgio Moro, ex Juiz da Lava Java, contra quem Zanin, na defesa de Lula, se confrontou no duro processo que o levou à prisão. Todos sabem, hoje, que deste processo, apesar dos revezes, Zanin consagrou-se vencedor conseguindo a anulação de todas as sentenção proferidas pela Lava jato contra Lula. Hoje, mais uma vitória na sua condução ao Supremo, cargo sonhado por Moro hoje definitivamente soterrado. 

Moro tentou constranger Zanin, embora sem agressividade, com 14 questões, quase todas de uma notória platitude jurídica. Destaco três delas:

Indagou, primeiro, com base em informação das Redes, se Zanin, por ter sido padrinho do recente casamento de Lula com Janja, não ficaria dependente do Presidente. Bola fora. Zanin simplesmente negou o fato e ainda afirmou que não priva com Lula, tanto que só o viu desde que voltou à Presidência, no dia em que o Presidente o convidou para o Supremo.

A segunda questão de Moro foi relativa ao uso de provas ilícitas em processos judiciais. Zanin respondeu sem agressões, que até caberiam, eis que foi Moro quem recorreu a tais expedientes ao longo da lava jato, em conluio com Deltan Dalagnol, de forma simples: provas ilícitas servem para absolver, jamais para condenar um réu. Outra bola fora de Moro.

A terceira questão de Moro a Zanin foi a indagação se ele se omitiria de julgar empresas e outros envolvidos na lava jato. Zanin aí foi didático. Deu a Moro uma lição de Direito Processual dizendo que não é a etiqueta, mas os autos do processo, que informam sobre cada caso de suspeição. Irá ler estes autos...

Saindo da sala, diante do vexame a que ficou exposto diante da Nação e vergonha do Senado, Moro, no seu isolamento político e pessoal cada vez mais evidente só uma declaração a fazer à imprensa: “Fiquei desconfortável com as respostas do Dr. Zanin”.

O Brasil, enfim, parece que “voltou” mesmo. Os procedimentos legais quanto á indicação de Zanin foram preenchidos, as sessões do Senado, tanto da CCJ quanto do Plenário foram tranquilas, o novo Ministro do Supremo será brevemente empossado. Até o fim do ano, nova substituição deverá acontecer. Espera-se de Lula, então, a indicação de uma mulher. Mulher negra... 

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 Editorial Cultural FM Torres RS 21 de junho 23

11,5 milhões de jovens meio perdidos-21 jun

O número de jovens entre 15 e 29 anos, no Brasil, que não trabalham nem estudam é alarmante: 11,5 milhões. Veja-se, acima, o título de recente matéria de O ESTADO DE SÃO PAULO, merecedora, aliás, de elogios. Pouco se lê na Mídia sobre estes jovens. Pergunte-se, a propósito, a qualquer Prefeito se sabem o número de jovens em sua cidade nesta condição NEM NEM e talvez a maior parte deles nem saiba do que se trata...Estes jovens, em princípio, deveriam estar na Escola, preparando-se para uma inserção digna na sociedade política e na economia. Mas, oriundos de famílias mais pobres, acabam abandonando os estudos em busca de auxílio em casa e, ao final, nem estudam, nem trabalham. Em países como CORÉIA DO SUL o índice desta faixa etária na Escola é superior a 90%. No Brasil, dificilmente passa de 15%. Calculando-se, por alto, a participação deste segmento na população brasileira de 220 milhões, na ordem de 20%, teríamos em torno de 44 milhões de jovens, os quais estão na População Economicamente Ativa mas praticamente fora da Força de Trabalho efetiva, de 105 milhões de brasileiros. A questão é que estes jovens ficam fora das Políticas Públicas de apoio às famílias carentes, como o BOLSA FAMÍLIA, pois são adultos e tomam decisões por conta própria. Governos de Estado e Prefeituras deveriam velar por eles, identificando-os, acompanhando-os em seus primeiros passos no mundo, formulando Políticas Públicas específicas para eles, como orientação especial para os diversos aspectos da vida. Administrações Municipais, entretanto, não se sentem comprometidas com esta Agenda. Custam a compreender que tanto a realidade estrutural no país, com 120 milhões ganhando até um salário mínimo, sendo que, destes, 50 milhões vivam com meio mínimo e 20 com menos de dois dólares por dia, como as mudanças tecnológicas e da comunicação social estão a exigir novas missões no campo do Emprego e da Renda. Suas Secretarias de Ação Social se limitam, mais das vezes, à gestão de programas federais como distribuição de cestas e promoção de ajuda emergencial, não raro “sopões”. A realidade, porém, exige mais. Exige conhecimento da realidade social de cada municipalidade, acompanhando das populações vulneráveis como moradores de rua, jovens NEM NEM, idosos etc. Um caminho difícil, mas cada vez mais indispensável. Um filme colombiano, no entanto, país que inaugurou a criação de Bibliotecas Parque como espaços de convivência juvenil com acesso à cultura e Internet, como medida de combate às drogas e delinquência juvenil, nos traz, agora, um interessante filme sobre o tema da juventude. Vejamos:

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Filme mostra a perversidade capitalista contra a juventude trabalhadora

Longa colombiano “Os Reis do Mundo” em cartaz na Netflix retrata a luta da juventude marginalizada contra a opressão do capitalismo

O filme colombiano, Os Reis do Mundo (2022), dirigido por Laura Mora Ortega (Matar Jesus), tem como tema principal a perversidade do capitalismo sobre a juventude da classe trabalhadora. Em cartaz na Netflix o longa conta a saga de cinco adolescentes moradores de rua em Medellín, uma das maiores cidades da Colômbia.

Com roteiro de Laura e Maria Camila Arias, a trama mostra a dificuldade enfrentada pelos meninos analfabetos, sobrevivendo como podem na marginalidade, à base de pequenos delitos com todos os riscos das ruas de grandes cidades. Quando um deles recebe um documento do governo sobre um pedaço de terra deixada por sua avó. Essa terra transforma na utopia dos garotos como uma grande chance de mudar de vida.

Começa a peregrinação ao destino com os cinco amigos, Rá (Carlos Andrés Castañeda), Culebro (Davison Florez), Sere (Brahian Acevedo), Winny (Cristian Campaña) e Nano (Cristian David Duque), enfrentando todo o tipo de agressões pelo caminho.

O filme colombiano, Os Reis do Mundo (2022), dirigido por Laura Mora Ortega (Matar Jesus), tem como tema principal a perversidade do capitalismo sobre a juventude da classe trabalhadora. Em cartaz na Netflix o longa conta a saga de cinco adolescentes moradores de rua em Medellín, uma das maiores cidades da Colômbia.

 

Com roteiro de Laura e Maria Camila Arias, a trama mostra a dificuldade enfrentada pelos meninos analfabetos, sobrevivendo como podem na marginalidade, à base de pequenos delitos com todos os riscos das ruas de grandes cidades. Quando um deles recebe um documento do governo sobre um pedaço de terra deixada por sua avó. Essa terra transforma na utopia dos garotos como uma grande chance de mudar de vida.

 

Começa a peregrinação ao destino com os cinco amigos, Rá (Carlos Andrés Castañeda), Culebro (Davison Florez), Sere (Brahian Acevedo), Winny (Cristian Campaña) e Nano (Cristian David Duque), enfrentando todo o tipo de agressões pelo caminho.

O filme aponta a necessidade de um olhar sobre as pessoas que vivem do trabalho, seja no campo ou na cidade para ao menos diminuir a sofreguidão. E mais ainda de como é essencial cuidar das crianças e dos adolescentes para que haja possibilidade de mudança. Por mais clichê que isso pareça, não o é, porque “ao vivo é muito pior”, como canta Belchior (1946-2017), em Apenas um Rapaz Latino-Americano.

Toda a situação da Colômbia, agora pela primeira vez com um governo de esquerda, está em cena com a violência do narcotráfico, por muito tempo ancorado pelo Estado colombiano e a luta por terra, trabalho e pão de quem só conta com a sua força de trabalho, em meio a tanto desmando e opressão.

Pelo encadeamento do filme vislumbra-se a importância de políticas públicas para valorização da educação, da cultura, do esporte, da saúde e de tudo o que as pessoas precisam para viver bem. Afinal a juventude só quer levar a vida do seu jeito, em liberdade e sem medo.

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 Editorial Cultural FM Torres RS 20 de junho 23

Juros altos e endividamento paralisam economia e traumatizam famílias

Endividamento das famílias faz saques na poupança superarem depósitos em R$ 6 bilhões no mês de março – g1 = Endividamento da população faz saques na poupança superarem os depósitos em R$ 6 bilhões no mês de março O aperto no orçamento... 

Dívida pública sobe em abril e atinge R$ 6,03 trilhões, diz Tesouro/ ...) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em março, o endividamento estava em R$ 5,892 trilhões. A dívida pública federal é a contraída... — ... com impostos e contribuições. Os valores incluem o endividamento no Brasil e no exterior. Porém, a maior parte da dívida brasileira... 

Inadimplência com bancos e cartões representa 30% dos endividamentos

Média de endividamento dos catarinenses atinge 51% = Média de endividamento dos catarinenses atinge 51%  

Endividamento atinge a maioria das famílias 

Cresce índice de endividamento de famílias

Renegociação de dívidas = Com alta do endividamento em Santa Catarina, consultora financeira esclarecer como deve funcionar programa de renegociação de dívidas

Endividamento de bares e restaurantes preocupa setor no RS = Pesquisa aponta que 8 em cada 10 estabelecimentos estão com dificuldades para pagar empréstimos.

Endividamento causa impactos emocionais: Psicóloga dá dicas de como lidar. Endividamento causa impactos emocionais: Psicóloga dá dicas de como lidar                                                                            

A questão dos altos juros no Brasil chegou ao paroxismo. A dívida pública aumenta em razão do maior custo de sua difícil rolagem, os Bancos chiam, as empresas estão em risco e as famílias, cada vez mais endividadas, em verdadeiro choque psicológico. Nesta semana o órgão responsável pela definição dos juros, o COPOM, se reúne e já transpiram rumores de que não baixará a Taxa Básica, SELIC. Que fazer? Do ponto de vista legal, a autonomia do BANCO CENTRAL, aprovada no Governo Bolsonaro, dá ao Banco o poder de definir a Política Monetária que tem nos juros estratégica alavanca. Para o Banco Central do Brasil, ao contrário dos Bancos Centrais dos países centrais, a ameaça de inflação, provocada por pressões de DEMANDA, ainda persistem no Brasil e exigem “sacrifícios”. As reclamações, entretanto, que começaram com o Presidente Lula, se alastram e colocam em cheque o Presidente do Banco Central, Campos Neto. Ontem foi a vez de uma importante economista, insuspeita de ser de esquerda ou lulista, se manifestou e afirma categoricamente: “O Banco Central está atrasado”. Vejamos:

Banco Central está atrasado na queda de juros, analisa Monica de Bolle.

Mercado financeiro só prevê redução de juros a partir de agosto, o que reduz capacidade de pagamento da população e das empresas. Em entrevista a Natuza Nery, a economista Monica de Bolle avalia por que o BC brasileiro "já está atrasado" no processo de redução dos juros, levando em consideração o quadro interno e diz que a postura de "extrema cautela" pode prejudicar a economia do país.

"A gente sabe que as famílias brasileiras estão endividadas, que as empresas brasileiras estão endividadas e que essa taxa de juros é danosa para as empresas e famílias", diz.

Mônica ainda adianta que a redução da taxa de juros não deve acontecer nesta semana. Ela ressalta a necessidade de comunicação prévia, via atas do Copom, e o “cenário turvo” que os bancos centrais de todo mundo enfrentam diante da resistência da inflação nos países desenvolvidos.

"O Banco Central faz parte do governo. Acho que ás vezes isso é esquecido no Brasil", destaca. "Na tentativa de preservar sua independência o Banco Central só resolveu tomar uma atitude um tanto extrema de fincar o pé nessa Selic de 13,75%, e assegurar que só ia mexer na taxa quando lhe conviesse, para não dar a impressão de que estava fazendo uma redução de juros porque havia pressões vindo de outras partes do governo. No Brasil, isso teve uma importância enorme, o que no final das contas é um grande infortúnio para nós."

Ouça a entrevista completa no Podcast.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 19 JUNHO 23

 

JUNHO VIOLETA: DEFESA DOS IDOSOS

O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

  

A ser observado em 15 de junho de cada ano, foi instituído em 2006 pela Organização das Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. As campanhas têm como objetivo conscientizar e combater a violência contra a pessoa idosa.

 

É importante lembrar que existem diversos tipos de violência, tais como:

• Abandono

• Violência física

• Violência psicológica

• Violência patrimonial

• Negligência

• Violência Institucional

• Abuso financeiro

• Violência sexual

• Discriminação

 

Escrevi, a propósito, há três anos, em minha coluna A FOLHA, Torres, o que segue – pouco teria a acrescentar: 

Todo mundo já sabe do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, movimento internacional com vistas ao controle do câncer de mama; foi criado no início da década de 1990. Sabe, também, do novembro azul , maior campanha, igualmente global, sobre câncer de próstata e a saúde do homem. Mas poucos ouviram falar do JUNHO VIOLETA, mês consagrado à luta contra a violência sobre os idosos, numa projeção do dia 15 deste mês, dedicado, no mundo inteiro, com apoio da ONU, à causa.

Como quase tudo relativo à velhice, poucas autoridades governamentais mencionaram o fato. Li, estarrecido, outro dia, no Facebook, que uma das Secretárias do (então) Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou ingenuamente à imprensa sua impressão a respeito da vulnerabilidade da terceira idade diante do COVID-19: - “Até acho bom porque assim alivia o déficit da Previdência”. Meu Deus! Imagine-se onde ela não terá ouvido tamanho disparate? Pouca coisa, também, na Imprensa. E fico me perguntando: Onde andam os Conselhos Municipais do Idoso? O que terá sido feito do respectivo Conselho Nacional que deveria ter sido mobilizado, desde os primeiros casos de COVID, como importante instrumento de informação e mobilização deste segmento da população? Não sei. Ninguém sabe. Uma cortina de silêncio isola a terceira idade em sua vulnerabilidade e solidão. Falemos dela, começando pelo grande equívoco que veio à tona com a Reforma da Previdência: “Os idosos são um ônus.” E arrematam com arrogância: “Que recai sobre o maior bônus da sociedade que são os jovens”. Daí ao preconceito, um pulinho.

Comecemos, pois, por aí: o ônus.

O que move o cosmos, o planeta, a vida e sua luta pela sobrevivência e reprodução? Por certo, a energia. Logo, ao perder a energia, o Homem perde capacidade de trabalho. Ao final da vida é, literalmente, carregado. Em algumas culturas, sempre muito primitivas, (quando) o fardo fica muito pesado, é deixado aos ursos. Isso, porém, como tudo, tem que ser visto in flux, como gostava de dizer Florestan Fernandes. Mais do que na natureza, os fatos sociais não são só explicados, são interpretados. O empirismo, tão ao gosto do pensamento anglo-saxão, graças ao qual desenvolveu-se a Física não esgota as Ciências Humanas -(somos feitos de histórias...). Precisamos de Descartes e Hegel, sobretudo o último, ao introduzir sobre a realidade a ideia de processo. Então, este velho alquebrado que hoje engrossa a pirâmide etária, onerando, como diz a Secretária do Guedes, a Previdência, já foi moço e, como tal, ajudou a colocar um tijolinho na obra histórica do Economia. Em termos técnicos, por anos a fio contribuiu, com sua energia, em forma de trabalho, para o incremento de produtividade do sistema onde atuou. Graças a isso, a quantidade de produto por homem ocupado, nesta economia, elevou-se, o que se traduz, no mundo moderno por índices mais elevados de salário e renda per capita, qualidade de vida (IDH), esperança de vida, além dos confortos da tecnologia. O idoso foi, portanto, decisivo para que as atuais gerações vivam a vida que vivem – (e ganhem o que ganham). Se hoje ele é improdutivo, há que se convir que não foi inútil. Muito se confunde, a propósito “aposentaria”, regulada pelo instituto da previdência, de “beneficio continuado”, destinado a pessoas sem condições de trabalhar, na forma da Lei Orgânica de Assistência Social, esta , sim, uma transferência de renda por improdutividade estrutural. Tem direito, pois, o idoso, ao reconhecimento social, na forma de aposentadoria e apoio, que por ser oneroso é transferido (parcialmente) para o Estado. Como o Estado vai financiar esta conta é uma questão de razão consensual na sociedade e não um assunto de “peritos contadores”. Aqui, uma observação pertinente dos Psicólogos: A questão da velhice não deve ser vista do ponto de vista da Empatia Emocional, muito menos como uma questão de solidariedade ou compaixão cristã, mas do ponto de vista da Empatia Cognitiva, perpassa pelo reconhecimento de direitos.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 16 JUNHO 23

 Trumpistas: “Nós achamos o réu culpado mas o defenderemos se for candidato”

 

O fim das sociedades. O fim do Homem?

A morte do sociólogo Alain Touraine, francês latinoamericanista, eis que por aqui sempre esteve presente e fez da América Latina um de seus objetos de reflexão, traz à tona uma questão existencial mais profunda do que a conjuntural: o fim dos tempos. Reverbere em outros termos a famosa proclamação de Wiliam Faulkner ao receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1959: "Recuso-me a Aceitar O Fim do Homem". 

Em seus dois últimos livros ele se mostrou pessimista quanto ao futuro da Humanidade: A civilização estaria em colapso. l“La Fin des sociétés” (Seuil, 2013) ou “Le Nouveau Siècle politique” (Seuil, 2016), ele constata que “depois de se terem concebido em termos religiosos, em seguida políticos e depois sociais, as sociedades de hoje têm dificuldade de se identificar a um novo paradigma, Na verdade, ele próprio aponta este paradigma: O capitalismo incontrolável. Este sistema ou Modo de Produção, como alguns preferem, desde que se instituiu e se impôs com sua devastadora capacidade para transformar radicalmente as condições técnicas de produção e relações sociais correspondente mudou o mundo. Enraizado nas Grandes Navegações do século XVI que ampliaram consideravelmente o âmbito dos mercados e novos produtos nos fluxos de comércio global, o capitalismo amadureceu a tal ponto no século XIX que mudou as concepções sobre a origem da riqueza das nações. A obra clássica de Adam Smith, fundador da Economia como reflexão científica, “Um inquérito sobre a origem da riqueza das Nações” desloca a origem do “valor” da pilhagem colonial para o próprio trabalho humano. É o homem – e suas instituições, dentre elas o sacrossanto mercado – que enriquece os povos e gera o desenvolvimento. Daí a valorização deste mercado como um prolongamento da natureza, livre de qualquer limitação, como instrumento da mudança. A consequência foi a substituição dos valores tradicionais da religião, do sangue azul e até das antigas hierarquias que regulavam os ofícios para o que se denominou “livre iniciativa” aberta a todos os que quisessem dar vazão a seus ímpetos empreendedores. Daí as atividades humanas começarem a se medir, crescentemente, pela eficiência capaz de produzir resultados do que pela capacidade de atender satisfatoriamente necessidades humanas. Este o fundamento da substituição da velha produção de valores de uso para a produção de valores de troca. Isso trouxe uma revolução no mundo inteiro que desembocou na explosão demográfica no século XX quando a população mundial saltou de 1,2 bi para 7 bilhões de pessoas. O sucesso deste modelo foi de tal ordem, ainda que às custas da neoescravização de trabalhadores livres sob o regime da Lei de Bronze dos Salários e das redefinições do colonialismo, que seu veículo, o dinheiro, acabou se transformando em objeto de acumulação própria, reeditando o velho ditado que diz que quando a esperteza é muito grande ela cresce e come o dono. Lentamente, o dinheiro, que era apenas um instrumento da economia de mercado passou a ser ele próprio O MERCADO, daí se transformando neste Capitalismo Incontrolável que nos fala Touraine. É o salto da velha economia industrial, produtiva, que remodelou as formas de produzir, para o atual capitalismo financeiro que se constitui em fim próprio do sistema e o subverte, abandonando, cada vez, as preocupações com as cadeias produtivas e os valores fundamentais que as acompanhavam na construção de uma sociedade democrática. Veja-se a charge acima. Ela expressa a decadência da Política quando eleitores admitem que um candidato à Presidente da República nos Estados Unidos seja efetivamente culpado em processo judicial mas ainda assim se dispõem a votar nele...Pior ainda quando uma economia ancorada numa moeda internacional, sem qualquer lastro, o dólar, emitida por um só país, acaba se militarizando através de poderosas organizações como OTAN e mais de 800bases militares no mundo, como instrumento de defesa de seus interesses próprios: O complexo industrial militar, como já advertia o Presidente Eisenhower em 1959. Enfim, neste momento, a civilização entra em crise e aponta para os desafios levantados por Touraine.  

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Anexo

O FIM DAS SOCIEDADES - Por Alain Touraine

O sociólogo francês Alain Touraine explicou que o domínio do capitalismo financeiro põe em dúvida e torna inúteis todas as construções sociais do passado.

Durante muitos anos, Alain Touraine se impôs como um dos observadores mais atentos e finos do futuro da nossa sociedade. O sociólogo francês analisa os caracteres e as transformações de um mundo que, de pós-industrial, se tornou “pós-social”.

O fim das sociedades, um ensaio onde explica que o domínio do capitalismo financeiro põe em dúvida e torna inúteis todas as construções sociais do passado.

Diante deste verdadeiro "fim da sociedade", onde até os movimentos sociais parecem não ter assidero no real, tudo o que nos resta, segundo este estudioso que completou recentemente oitenta e oito anos, é confiar na resistência ética, única capaz de devolver um sentido ao viver e ao agir coletivo.

ARTIGO COMPLETO: https://bit.ly/3X1N2UC

 

ENTREVISTA COM ALAIN TOURAINE: “OS MUITO RICOS NUNCA PAGARAM IMPOSTO NO BRASIL”

Nascido em 1925 e falecido em 9 de junho deste ano, Alain Touraine era um socialdemocrata que afirmou numa entrevista pouco tempo antes de sua morte: “Hoje, quando tudo é manipulado pelo dinheiro, as categorias sociais como a família, a escola e a cidade são esvaziadas de sentido. É preciso encontrar outra coisa que tenha a força necessária para superar o capitalismo incontrolável”. Fiz uma entrevista com o sociólogo francês Alain Touraine em janeiro de 2004 para a revista Carta Capital. O governo Lula I tinha começado um ano antes e na entrevista Touraine fez excelentes análises do que já fora feito e falava de suas expectativas.

Nascido em 1925 e falecido em 9 de junho deste ano, Alain Touraine era um socialdemocrata que afirmou numa entrevista pouco tempo antes de sua morte: “Hoje, quando tudo é manipulado pelo dinheiro, as categorias sociais como a família, a escola e a cidade são esvaziadas de sentido. É preciso encontrar outra coisa que tenha a força necessária para superar o capitalismo incontrolável”.

Autor de diversas obras sobre a centralidade das mulheres para a democracia do futuro, que ele expressou sobretudo em seus últimos livros “La Fin des sociétés” (Seuil, 2013) ou “Le Nouveau Siècle politique” (Seuil, 2016), ele constatava que “depois de se terem concebido em termos religiosos, em seguida políticos e depois sociais, as sociedades de hoje têm dificuldade de se identificar a um novo paradigma, confrontadas a um capitalismo cada vez mais especulativo, que pavimenta as pulsões mais antidemocráticas.”

A última vez que o ouvi foi em 2019, numa conferência na Maison de L’Amérique Latine, da qual participaram Fernando Henrique Cardoso e Alain Rouquié, atual presidente da MAL e ex-embaixador da França no Brasil.  

No encontro, o mais contundente e pertinente foi Touraine que afirmou:

« Não é preciso ser muito esperto para saber que na América Latina há sempre a mão dos Estados Unidos em alguns momentos históricos »

E vaticinou:

« No século 21 as mulheres serão os principais atores na vida social e política do mundo ocidental. Primeiramente, lutamos pela cidadania, depois pelos direitos dos trabalhadores, agora é o momento de apagar a dominação masculina ».

A entrevista de janeiro de 2004: politica/entrevista-com-alain-touraine-os-muito-ricos-nunca-pagaram-imposto-no-brasil

 

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 15 JUNHO 23

 

Os riscos da febre maculosa

Embora pouco ou nada se fale aqui no sul sobre febre maculosa, uma doença provocada pela picada de um carrapato que se aloja em grandes mamíferos, principalmente capivaras, ela, volta e meia, provoca mortes no Sudeste do país. Há alguns anos houve vários casos no Rio de Janeiro. Agora, um grupo de pessoas que participaram de um evento em Campinas, São Paulo, foram contaminadas e vieram a óbito. O tema vem sendo objeto de advertências das autoridades sanitárias daquele Estado mas é importante que saibamos mais sobre a doença. Ela pode ser combatida quando corretamente diagnosticada e tratada com antibióticos já em desuso, diante dos novos e potentes atuais. Estes, entretanto, não são adequados ao tratamento da febre maculosa. Simplesmente não funcionam. Faz-se necessário, portanto, protocolos mais específicos para o Sistema de Saúde para evitar novos casos fatais. O carrapato não afeta os animais nos quais se aloja. Eles, entretanto, os dispersam pelos terrenos onde transitam e ali depositam a pequeníssima bactéria, muitos vezes invisíveis a olho nu. Passeando por estes locais, tanto humanos como seus pets podem se contaminar com o carrapato e daí serem submetidos a suas mordidas. Os sintomas da febre maculosa são similares à dengue e viroses: febre alta, manchas no corpo, dores e diarreia. Não tratada, tem uma mortalidade de até 70%. Todo cuidado, portanto, é recomendável em regiões alagadas e pantanosas como as nossas no litoral norte do Estado do RS. O Podcast do grupo Folha Uol trata, hoje, deste assunto.

 

Feijoada do Rosa: festa onde três contraíram febre maculosa em Campinas tinha 3,5 mil pessoas e acontece há 22 anos - Evento foi realizado na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio. Um homem e duas mulheres que estiveram na festa morreram com a doença; Campinas aguarda resultado de exame da adolescente com morte suspeita. 

Jornal da EPTV 2ª Edição - Campinas/Piracicaba

Noivo de ex-professora morta com febre maculosa questiona atendimento em Hortolândia

Evelyn está entre as 3 pessoas que contraíram a doença após festa na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP), no dia 27 de maio.

G1-podcast-risco-brasil-melhora-e-alerta-sobre-febre-maculosa 

 

Café da Manhã Podcast Folha Uol 

Podcast explica gravidade do surto de febre maculosa e como prevenir a doença. Doença transmitida por carrapato é causa confirmada de três mortes em São Paulo nesta semana; região de Campinas trata casos como surto


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 14 JUNHO 23

 

A CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro

Ontem, dia 13, começaram os trabalhos da CPI que deverá investigar e apontar responsabilidades sobre o quebra-quebra de 8 de janeiro passado. A relatora desta CPI, Senadora Liziane, já afirmou que aqueles fatos, assistidos por todo o mundo, não se encerra em si mesmo, tem raízes e um processo por trás. Não foi, enfim, uma explosão espontânea de massas indignadas –no caso indignadas com os resultados da eleição que consagrou a vitória de Lula, que já estava até empossado. Houve uma fermentação antidemocrática centrada no Palácio do Planalto e agudizada pelo não reconhecimento do derrotado Bolsonaro, o qual, inclusive, ausentou-se do país, sem agenda oficial, em avião da FAB e com comitiva presidencial, antes desta posse. Isso ensejou, aliás, a histórica e apoteótica subida da rampa do Planalto para a colocação da faixa presidencial em Lula de um grupo representativa de segmentos vulneráveis da população, ganhando primeira página dos jornais nacionais e internacionais. Os milhares que chegaram à Brasília já em dezembro, acomodados e protegidos no Setor Militar Urbano, já vinham de mobilizações visíveis em várias cidades do país. Eram contestadores da ordem legal que dera a vitória a Lula. Por que? Porque defenderam Bolsonaro e estimulados pela narrativa da fraude das urnas eletrônicas saíram às ruas na esperança de que um ato de força pudesse reverter o processo eleitoral. Já no 12 de dezembro, num ensaio de quebra-quebra saíram às ruas desafiando a Policia Federal. As Redes estavam inundadas de convocações à “resistência”, financiadas por grupos e até parlamentares extremistas que se jactam destes feitos, como o deputado golpista de Goiás Amauri Ribeiro. Se o ex Presidente Bolsonaro deve ou não ser responsabilizado por tudo o que aconteceu, seja política, jurídica ou civilmente, cabe a este CPI, `a Polícia Federal e à Justiça avaliar. O Governo Lula evitou o quanto pode a CPI, sempre incerta. Ao final a aceitou como desafio e lá está, através de seus parlamentares, membros da Comissão, tratando-a com cuidado. Não que haja qualquer dúvida de que os atos foram praticados por contestadores da ordem, a serviço da causa bolsonarista, anti democrática e extremista. Mas porque o andamento da carruagem traz complicações, exige explicações sobre narrativas etéreas, exposições constrangedoras ao Governo, como a atitude do Chefe do GSI, General G. Dias, já substituído, mas sobretudo, de confronto com militares. A prisão do Ajudante de Ordens de Bolsonaro e a revelação dos conteúdos de seu celular o conduzem, cada vez mais, â estigmatização e envolvimento de membros das Forças Armadas na tentativa frustrada de golpe. Como diz a jornalista Malu Gaspar do g1, em matéria abaixo transcrita, “Eu acho que isso é interessante de a gente observar até onde foi a degradação do Exército e como os caras se permitiram enredar em tramas que nada tem a ver com o estado de direito, com a função das Forças Armadas, nada disso."

Vá o feito, agora não há mais como escapar do confronto da CPI com os militares. E só Deus sabe no que isso pode resultar. Delicada para o Governo, no entanto, cedo a CPI dos Atos Golpistas, como a denomina Eliane Cantanhede em sua coluna de ontem, cairá no colo de Bolsonaro com a convocação de militares: “Se oficiais e sargentos saem muito mal e apontam para a responsabilidade de Bolsonaro na trama golpista, as mensagens comprovam que o golpe não deu certo porque as Forças Armadas jamais caíram na esparrela de enveredar por esse caminho sem volta. Agora, cada um que se vire. Inclusive, ou principalmente, quem era o comandante em chefe dos golpistas”.

 

CPI dos Atos Golpistas põe 'lenha na fogueira' porque precisa ouvir militares, o que governo não quer, avalia Malu Gaspar

Para colunista do jornal O Globo e da rádio CBN, momento agora é calma entre governo e militares. CPI deve votar os primeiros pedidos de convocação e convites para depoimento nesta terça-feira (13). 

Uma CPI empurrada, entre governo e oposição, com cada um querendo manobrar para o seu lado. Assim avalia Malu Gaspar, colunista do jornal O Globo e da rádio CBN, sobre o desenrolar da CPI dos Atos Golpistas, instalada a contragosto do governo.

"O que fica evidente para quem está assistindo é que embora os atos golpistas de 8 de Janeiro tenham sido claramente fomentados por bolsonaristas, é o governo que parece acuado", disse Malu em entrevista ao podcast O Assunto desta terça-feira (13).

Para ela, há, ainda, um "outro complicador", nas suas palavras, que entra em cena no momento em que a situação entre militares, que estiveram em peso no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece "acalmar".

"Nessa CPI tem ainda um outro complicador, que é uma CPI que, se ela quiser de fato avançar, ela tem que ouvir e, muito possivelmente, indiciar militares, generais."

"É uma coisa muito séria que o governo Lula queria evitar desde o início, [evitar] colocar mais lenha na fogueira desse tumulto militar agora que tá conseguindo acalmar a situação", complementa.

A CPI dos Atos Golpistas deve votar os primeiros pedidos de convocação e convites para depoimento nesta terça-feira (13). Também está prevista a análise de requerimentos para compartilhar informações sobre os ataques do dia 8 de Janeiro.

A comentarista também falou ao podcast sobre como a perícia no celular de Mauro Cid, tenente-coronel, filho de general e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pode interferir na CPI. No início de junho, a Polícia Federal encontrou a minuta de uma operação de garantia da lei e da ordem e menção a estado de defesa no celular de Cid.

"Eu acho que isso é interessante de a gente observar até onde foi a degradação do Exército e como os caras se permitiram enredar em tramas que nada tem a ver com o estado de direito, com a função das Forças Armadas, nada disso."

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Álvaro Costa e Silva - O golpista vaidoso – FSP 

GilvanMelo-costa-e-silva...

Enquanto isso, a CPI do 8 de Janeiro está em banho-maria

O celular de Mauro Cid continua entregando a rapadura. Depois do desvio de dinheiro, das investidas antidemocráticas no 7 de setembro de 2021 e no 8 de janeiro de 2023 e da fraude no sistema de vacinação, a Polícia Federal encontrou no aparelho do ajudante de ordens de Bolsonaro uma minuta golpista e estudos para dar suporte jurídico a um golpe de Estado.

A perícia na nuvem do Google Drive e do iCloud do tenente-coronel identificou um esboço para decretação da Garantia da Lei e da Ordem, que permite ao presidente da República convocar as Forças Armadas em caso de esgotamento das tropas de segurança em graves perturbações. Exatamente o que se viu na invasão das sedes dos Três Poderes. A instalação da GLO, segundo investigações da PF, poderia facilitar a decretação da minuta golpista –mais uma! – escondida na casa de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro.

Enquanto o rastreio dos federais avança, os trabalhos da CPI do 8 de Janeiro estão em banho-maria. "Eu não conheço nenhuma razão para convocar o ex-presidente da República", disse Arthur Maia, que preside a comissão, em entrevista à Folha. Eleitor de Bolsonaro e aliado de Arthur Lira, Maia parece mais empenhado em aprovar o marco temporal com o argumento de que quem defende reservas indígenas quer "implantar o socialismo" no país.

Na mira da CPI estão o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, e o ex, Anderson Torres, que pediu para adiar a oitiva por não ter condições psicológicas. Quem está louco por uma convocação é o deputado Amauri Ribeiro. Ele discursou na Assembleia de Goiás em defesa do coronel da PM Benito Franco, investigado pela Operação Lesa Pátria: "Pode me prender, eu sou um terrorista, eu sou um canalha. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro".

É de conhecimento geral que nos últimos anos o Brasil perdeu o pudor de ser burro. Subimos um degrau e agora temos o golpista presunçoso.

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Eliane Cantanhêde - A trama golpista = ESP 8 junho 23

Eliane-cantanhede...

Quem terá prioridade nos depoimentos na CPI do Golpe? Mauro Cid e Anderson Torres

A CPMI do Golpe começa a definir hoje quais serão os primeiros depoentes e a oposição bolsonarista terá ainda mais motivos para se arrepender de ter insistido tanto nessa comissão para investigar, divulgar e mostrar ao Brasil e ao mundo quem tentou dar um golpe no dia 8 de janeiro. Alguma dúvida? Zero.

Os dois mais cotados para abrir os trabalhos são o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel da ativa Mauro Cid. Ambos foram presos, sabem de tudo e são o que se chama de “batom na cueca” de Bolsonaro.

Não é trivial um ex-ministro justamente da Justiça guardar em casa uma minuta de golpe, prevendo o fechamento do TSE e a criação de comissão interventora, metade civil, metade militar. E menos ainda um oficial da ativa, com gabinete no Planalto, guardar no celular uma minuta para pôr o Exército nas ruas.

São movimentos combinados: fecha o TSE, cria uma comissão interventora, impede a posse de Lula, vitorioso nas urnas, e convoca Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para pôr o Exército e, quem sabe, os tanques, na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, para sufocar reações populares e “manter a ordem”, com Bolsonaro eternizado no poder.

O enredo tem como epicentro o próprio gabinete presidencial. Torres saiu da Justiça e se meteu na Secretaria de Segurança Pública do DF, responsável pela segurança das sedes dos três Poderes. Foi dali que ele desarticulou qualquer possibilidade de reação aos terroristas que invadiriam Planalto, Congresso e Supremo e embarcou para a Flórida, onde Bolsonaro estava.

Mauro Cid, que tinha sido destacado por Bolsonaro para o comando do Batalhão de Ações e Comando, em Goiânia, perto de Brasília, até Lula assumir e sustar a nomeação, foi mentor e executor da falsificação de atestados de vacina contra Covid de Bolsonaro e da filha e comprova que a quadrilha das vacinas se embolava com a do golpe.

O ex-capitão Ailton Barros, expulso do Exército, o sargento Luís Marcos dos Reis, unha e carne com Mauro Cid no Planalto, e o coronel Élcio Franco, do Ministério da Saúde durante a pandemia, se sentiam à vontade para trocar mensagens sobre o golpe com o ajudante de ordens de Bolsonaro.

Se oficiais e sargentos saem muito mal e apontam para a responsabilidade de Bolsonaro na trama golpista, as mensagens comprovam que o golpe não deu certo porque as Forças Armadas jamais caíram na esparrela de enveredar por esse caminho sem volta. Agora, cada um que se vire. Inclusive, ou principalmente, quem era o comandante em chefe dos golpistas

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 12 JUNHO 23

 

A Reforma Tributária

A Reforma Tributária constitui um dos principais pontos da Agenda Econômica do Presidente Lula e está em fase final de avaliação pelo Congresso Nacional. O tema é visto como de primordial importância para a racionalização do complexo sistema tributário no Brasil e indispensável à retomada do crescimento econômico. Aliás, as últimas previsões sobre o PIB neste ano, tanto do Governo, Banco Central e Mercado já estimam um número próximo a 2¨%, o dobro do que se previa no início do ano. Com o impulso nos próximos meses à retomada do setor automobilístico, mercê do Plano de Descontos seletivos nos impostos sobre carros até 120 mil, ônibus e caminhões pode, até, ultrapassar este número, o que seria um grande êxito para este difícil primeiro ano de Lula III. Abaixo, uma descrição do Projeto, por Caíque Lima e uma crítica da economista Ceci Juruá.

Fusão de impostos, mudança no IPVA e cashback: veja as diretrizes da reforma tributária – 

 

Por Caíque Lima - publicação do DCM 08-06-2023

O relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou nesta terça (6) as linhas gerais de sua proposta. O texto traz temas que são consenso entre parlamentares, mas a criação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ainda depende de novas conversas com as bancadas.

“Essa não é uma reforma de governo. Não é uma reforma ideológica. Não é reforma de direita, não é reforma de esquerda, é uma reforma estrutural do Estado brasileiro”, afirmou o deputado ao iniciar a leitura do relatório. Ele ainda elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que o petista “tem real dimensão da importância de uma reforma tributária para o país”.

Um dos pilares do relatório é a fusão de PIS, Cofins e IPI (tributos federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal) em um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que será chamado de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), caso haja aprovação do texto. O sistema ainda terá uma parcela da alíquota administrada pelo governo federal e outra, por estados e municípios.

O documento propõe a criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), já que estados e municípios não poderão mais definir sozinhos suas alíquotas. A ideia é que o fundo assegure a existência de instrumentos de incentivo à atividade econômica. O relatório sugere que o FDR seja financiado “primordialmente” por recursos da União e que o repasse anual seja classificado como despesa obrigatória, fora do limite instituído pelo novo arcabouço fiscal.

Um dos pontos que mais travava as negociações sobre o texto, a Zona Franca de Manaus, também foi tratado. O relatório propõe que os benefícios sejam mantidos. O polo industrial prevê isenção ou redução do imposto sobre importação e isenção ou crédito do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

O Simples Nacional, usado para recolher tributos de micro e pequenas empresas, será mantido, mas deixará que as companhias tenham maior flexibilidade por aderir ou não ao novo sistema. Com o IVA, o recolhimento dos impostos é feito sobre o preço da mercadora, descontados os custos de produção.

O relatório também propõe mudanças sobre a tributação de renda e patrimônio. Uma das recomendações do texto é estender o IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para iates, lanchas e jatos particulares. Outra alteração prevista é a possibilidade de o tributo ser progressivo a depender do impacto ambiental do veículo.

Entre outras diretrizes da reforma estão adoção de alíquota padrão, com possibilidade de valores reduzidos para saúde, educação, transporte público, aviação regional e produção rural; tratamento específico para operações com bens imóveis, serviços financeiros, seguros, cooperativas, combustíveis e lubrificantes; Imposto Seletivo para desestimular consumo de bens e serviços considerados nocivos; e sistema de cashback para devolver parte dos impostos a pessoas mais vulneráveis.

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Comentário da ECON. Ceci V. Juruá, RJ - Escuto muito YouTube, leio e tenho vários grupos com os quais me correspondo. Todos a favor de Lula, embora não petistas (como eu), e a favor da equipe comandada por Haddad (meu caso). Estou desagradavelmente impressionada com os debates da área tributária. Segundo leitura de jornais, parece que esse/nosso governo aderiu a um modelo de tributação tipicamente neoliberal, do estilo norte-americano. Por isto resolvi começar a (re)organizar as ideias nesse terreno, que estudo há meio século. 

 

A primeira pergunta que me faço é: PARA QUE SERVEM IMPOSTOS EM SOCIEDADES CAPITALISTAS E NEOLIBERAIS?  

 

1- Servem para financiar os gastos necessários do Estado.

Assumindo que preservar soberania e paz social são as primeiras obrigações do Governo, digo que os gastos necessários a todo Estado capitalista, são a defesa das fronteiras e a garantia de paz social. Isto significa priorizar forças armadas e polícia interior. Mas também um aparelho estatal (funcionários concursados) que garanta o bom funcionamento dos órgãos estatais vistos como essenciais, pela sociedade. O presidente anterior quis atacar nessas duas frentes, vejam as reformas que ele introduziu.  

2- Relações entre Estado e sociedade civil são relações políticas, de poder. Portanto irão depender da correlação de forças e da ideologia predominante. 

O Estado, nesse modelo de sociedade, não pode combater o capitalista e as forças do mercado. A não ser que haja forte corrente social combatendo o próprio capitalismo. Não é o caso do Brasil. Amplos setores da esquerda, entre nós, preferem combater a escravidão (que acabou há mais de 130 anos) e não combatem outros inimigos poderosos (o imperialismo ocidental e o capitalismo norte americano e europeu, proprietários de nossos principais ativos produtivos, na atualidade).

3- Necessário estabelecer a diferença entre impostos sobre setores do mercado nacional, e impostos sobre comércio exterior. 

 

Destaco essa questão para manifestar minha crença derivada da observação histórica. Um país soberano não exporta commodities vinculadas à alimentação, enquanto seu povo tiver fome. Exportação deve dirigir-se, prioritariamente, à venda de excedentes no mercado exterior. Salvo uma ou outra "especialidades" constituídas como commodities - caso do café, da borracha -. É um grave erro exportar cereais como arroz e feijão, comida básica do brasileiro há séculos, e carnes, enquanto o povo não tem o mínimo necessário para se alimentar.  

 

No momento corremos um grave risco, alimentado pelos "tubarões" do exterior, sobretudo dos países imperialistas ocidentais. Exportar principalmente commodities, de produtos para alimentação básica, exportar esses produtos a preços vis para os países ricos - América do Norte e Europa ocidental e setentrional, e exportar com isenção de impostos, impostos necessários à sustentação financeira do nosso Estado nacional. GRANDE ERRO. Getúlio fez o contrário. Mas também o Império no século 19, em várias ocasiões.  

 

Nossa Constituição de 1988 - proibiu conceder isenção tributária para produtos do setor primário e semi-industrializados. Incentivos dessa categoria só poderiam ser concedidos a produtos industrializados. Porque já éramos uma nação de economia industrializada (graças à dupla GG) e queríamos defender a industrialização via comércio exterior, isto é, ampliando os mercados para produtos da indústria nacional. 

 

A LEI KANDIR ABORTOU ESTA VONTADE NACIONAL. UMA LEI QUASE CRIMINOSA, INTRODUZIDA SORRATEIRAMENTE EM EMENDAS CONSTITUCIONAIS NÃO LEVADAS AO DEBATE PÚBLICO. O presidente do Brasil, naqueles tempos em que rasgaram totalmente a Constituição Cidadã, encontra-se hoje condenado a anos de prisão...

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 09 JUNHO 23

 

O MARCO TEMPORAL E OS POVOS ORIGINÁRIOS DO BRASIL

 

Raquel Dodge explica o absurdo do Marco Temporal

Raquel Dodge - Marco Temporal 

CULTURAL FM no CAMPO BONITO cobre reunião de comunidade indígena

Cultural FM - na Aldeia Nhu Porã

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Nossas elites copiam vorazmente o modelito americano. Um povo que saiu da barbárie e entrou na decadência sem passar pela civilização, como dizia Bernard Shaw. “Viva o arranha-céu! Viva o automóvel! Viva o agrobusiness! Isso é progresso!”

Hoje visitei a comunidade indígena do CAMPO BONITO. Lá, uma comunidade fraterna, reunida debaixo das árvores, está preocupada com o MARCO TEMPORÁL. Se isso for efetivado pelo SENADO eles poderão perder a morada. Quem se interessa por eles...? E eles estavam aqui muito antes dos colonizadores, imigrantes e cruéis bandeirantes. Milhares de anos. Mas não tinham TITULO DE PROPRIEDADE. Não tinham Cartórios. Não dominavam o AÇO. Não tinham canhões.

Em outros tempos, um valoroso oficial do Exército Brasileiro, filho de índia, CÂNDIDO RONDON, um dos militares que participaram do funeral do funesto Império Escravocrata que fez do Brasil um dos lugares mais odiosos do mundo, foi encarregado de fixar as linha telegráficas pelo interior remoto do Brasil. A República florescia. Neste processo, defrontou-se com muitas populações indígenas e acabou formulando a frase lapidar que marcou historicamente a Política Indigenista brasileira: “Morrer se for preciso; matar nuca”. Ainda assim, o progresso dito civilizatório continuou deslocando e matando povos originários. Muitos deles se embrenharam na mata, no interior da Amazônia, de medo do branco. Perderam seus territórios. No regime militar isso se acentuou ainda mais mas a redemocratização, com a Constituinte lhes garantiu o retorno e novas garantias. O Marco Temporal aprovado pela CAMARA DOS DEPUTADOS coloca estas conquistas em cheque. Eles estão mobilizados em sua defesa mas não são suficientes para manter estas garantias, honrando o Marechal Rondon e uma sequência de sertanistas que deram a vida na FUNAI em defesa deles. O último foi Bruno, assassinado no Vale do Javari, junto com um jornalista inglês. E é sempre assim: Primeiro eles levam o cara de esquina e v. não diz nada porque nem sabe o nome dele. Depois, eles levam o seu vizinho com quem v. conversava aos fins de tarde. E o dia em que vierem buscá-lo, a quem recorrer...? Defendamos os nossos índios sob o primado da Lei e da Constituição. Unidos venceremos! E estaremos livres da escravidão aos preconceitos. Há, contudo, sinais de que estamos podemos estar criando filhos para serem escravos: 12 sinais de que estamos criando filhos para serem novos escravos: https://www.portalraizes.com/filho-em-escravo/

 

Qual e a principal lei que garante os direitos indígenas no Brasil?

L6001. LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Art. 1º Esta Lei regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional- L6001 – Planalto - planalto.gov.br - http://www.planalto.gov.br  

 

Quem defende os direitos dos povos indígenas?

A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os direitos indígenas é atribuição do Ministério Público Federal (Art. 129, V). Já a competência de legislar sobre populações indígenas é exclusiva da União (Art. 22.19 de abr. de 2017

O que diz a Lei sobre os indígenas?

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

 

Os povos originários no mundo

1 - Existem cerca de 370 a 500 milhões de indígenas no mundo, espalhados por 90 países. Eles vivem em todas as regiões geográficas e representam 5 mil culturas diferentes.

2 - Povos indígenas criaram e falam uma grande maioria das 7 mil línguas mundiais.

3 - Indígenas têm maior probabilidade de serem pobres e vulneráveis. Apesar de serem menos de 5% da população mundial, representam 15% dos mais pobres.

4 - Povos indígenas vivem vidas mais curtas. A expectativa de vida dos povos indígenas é até 20 anos menor do que outras pessoas.

5 - Mulheres indígenas têm maior probabilidade de sofrer discriminação e violência. Mais de uma em cada três são agredidas sexualmente durante a sua vida, e também têm taxas mais altas de mortalidade materna, gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis.

6 - Os Jogos dos Povos Indígenas do mundo unem atletas para celebrar tradições indígenas. Atletas de 566 comunidades aborígenes de todo o mundo participaram da primeira edição, realizados em 2015 no Brasil.

7 - Comunidades indígenas são líderes na proteção do meio ambiente. Quase 70 milhões de mulheres e homens indígenas dependem das florestas para sua subsistência, e muitos mais são agricultores, caçadores ou pastores.

8 - Os povos indígenas lutam contra a mudança climática todos os dias. As suas florestas armazenam pelo menos um quarto de todo o carbono das florestas tropicais, cerca de 55 trilhões de toneladas métricas. Isso equivale a quatro vezes o total de emissões globais de carbono em 2014.

9 - Povos indígenas são fundamentais para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Desde proteger o meio ambiente, a combater a desigualdade e lutar pela paz e a segurança, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável não serão alcançados sem povos indígenas.

10 - A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adotada em 2007, é um marco. Pnud.0 

Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos ... - acnur.org - https://www.acnur.org › português › BDL › De...

PDF sobre os Direitos dos Povos. Indígenas. NAÇÕES UNIDAS. Rio de Janeiro, 2008. UNIC/ Rio/ 023 - Mar. 2008. 107ª Sessão Plenária. 13 de setembro de 2007 ...- 12 páginas

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 07 JUNHO 23

 

Plataformas Tecnológicas: Meios de Comunicação ou Veículos de Comunicação?

A Internet, associada a disseminação do uso dos celulares, revolucionou a comunicação social no mundo inteiro. Plataformas tecnológicas como Google, Twitter, Instagram, Face Book e outras têm bilhões de usuários e disputam entre si este mercado. O Brasil tem 424 milhões de dispositivos digitais em uso e 252 milhões de celulares. 

“A pesquisa aponta que hoje vende-se quatro celulares por televisão, uma televisão por computador, tanto no Brasil, Estados Unidos e no mundo. “Através dos resultados divulgados, podemos observar que está cada vez mais comprovado o processo de Transformação Digital das empresas e da sociedade.”

 

Brasil tem 424 milhões de dispositivos digitais em uso, …

Para conhecer melhor este novo mundo digitalizado, basta uma rápida olhada nestes números:

Ícone da Web global = Digital 2021: estatísticas e números no Brasil | Insights pagbrasil.com

Ícone da Web global = Panorama do Uso de TI no Brasil - 2022 | Portal FGV

portal.fgv.br - Ícone da Web global

Retrospectiva 2021: Brasil tem dois dispositivos digitais = portal.fgv.br 

Ícone da Web global = Brasil é 5º país em ranking de uso diário de celulares no mun…

agenciabrasil.ebc.com.br = Ícone da Web global

92% dos brasileiros possuem ou usam smartphones com frequência - mobiletime.com.br

Tratando-se de um fenômeno relativamente novo, ainda não há um consenso sobre a natureza das plataformas tecnológicas que se apoiam sobre este universo. No Brasil, recentemente, no processo eleitoral do ano passado, o Judiciário, através do TSE interveio sobre as plataformas para evitar a disseminação de fake news. O Congresso Nacional também se debruçou sobre Projeto que pretendia regulamentá-los. As plataformas se pronunciaram emitindo Notas a seus clientes e postando=as em mensagem considerando-se vítimas de tentativa de censura. Resistem, enfim, a qualquer tentativa de controle público e insistem em se apresentar à sociedade como meios de comunicação, sobre os quais deve reinar a liberdade de expressão. A regulamentação, entretanto, avança nos países democráticos e os considera, cada vez mais, como empresas de veiculação de propaganda, não de notícias, pois não dispõem das tradicionais instrumentos de produção e divulgação de notícias. Apenas as reproduzem. O assunto ganha cada vez mais debates e tende a voltar, no Brasil, a consideração legislativa no Congresso Nacional. 

Um exemplo de que tais plataformas são veículos de propaganda e não de notícias vem ocorrendo com o Twitter desde que o milionário autoritário Elom Musk assumiu seu controle acionário prometendo liberar geral seu conteúdo. O resultado foi desastroso à empresa e Musk já entregou seu comando para evitar um desastre empresarias. Veja-se, por exemplo, na matéria abaixo, o que vem ocorrendo com a Twitter:

 

Efeito Musk: receita de publicidade do Twitter despenca 59% em um ano 5 de junho de 2023, 14:15 =Fonte Tecnologia

Cada vez mais caracterizado, que essas empresas são de comunicação e os usuários seus instrumentos. Vide: https://portalmatogrosso.com.br/efeito-musk-receita-de-publicidade-do-twitter-despenca-59-em-um-ano/ 

 

UNSPLASH/JEREMY BEZANGER Twitter perde receita em publicidade

A receita do Twitter adquirida com publicidade foi de US$ 88 milhões em abril, 59% a menos do que no mesmo período do ano passado, de acordo com um comunicado interno da empresa obtido pelo jornal The New York Times.

Embora Elon Musk venha afirmando que os negócios de publicidade do Twitter estão em alta e que quase todos os anunciantes já voltaram para a rede social, a realidade é diferente. Funcionários da empresa ouvidos pelo New York Times afirmam que há previsão de que a situação piore.

De acordo com cálculos internos, o Twitter espera que a receita publicitária nos Estados Unidos caia pelo menos 56% a cada semana em junho, em comparação com o ano anterior. Cerca de 90% da receita do Twitter depende de publicidade.

Desde que Musk assumiu o controle do Twitter, em outubro do ano passado, muitos anunciantes deixaram a plataforma por conta do aumento de publicações com discurso de ódio e pornografia. Isso porque o bilionário afrouxou a moderação de conteúdo na rede social e trouxe de volta contas que já tinham sido banidas por desinformação e discurso de ódio, o que não agradou as empresas que compravam publicidade no Twitter.

Na última semana, a gestora de fundos Fidelity avaliou o Twitter em US$ 15 bilhões, cerca de um terço dos US$ 44 bilhões que Musk pagou na companhia. Ao New York Times, Jason Kint, executivo-chefe da Digital Content Next, uma associação de editores, disse que a empresa está cada vez mais “imprevisível e caótico”.

“Os anunciantes querem veicular em um ambiente onde se sintam confortáveis e possam enviar um sinal sobre sua marca”, disse.

De acordo com funcionários do Twitter, marcas como Apple, Amazon e Disney estão gastando menos em anúncios na plataforma do que no ano passado. Grande parte das metas de anúncios perseguidas pelos funcionários não são preenchidas.

Em meio aos resultados negativos, importantes nomes têm deixado a plataforma. Na última semana, Ella Irwin, executiva responsável pela política de conteúdo do Twitter, se demitiu, assim como AJ Brown, executivo de qualidade e segurança e marcas.

Leia também - Nova CEO do Twitter diz se inspirar na ‘visão de futuro’ de Elon Musk// Musk defende que inteligência artificial vai trazer paz mundial// Instagram se prepara para lançar concorrente do Twitter; confira

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 06 JUNHO 23

 

Os Programas de Governo no Dia Mundial do Meio Ambiente

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Plano de Marina apresentado a Lula para o Meio Ambiente prevê interdição de metade da área desmatada em reservas na Amazônia. Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, divulgado nesta segunda, também projeta a criação até 2027 de novas unidades de conservação em 3 milhões de hectares.

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Ao lado de Marina Silva e Sônia Guajajara, o Presidente Lula fez um duro pronunciamento ontem, DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, em defesa da Amazônia, divulgando um amplo programa que deterá o desmatamento e advertiu os infratores ambientais de que além dos rigores da Lei não serão beneficiados com crédito público. O Plano anunciado abrange quatro pontos: controle ambiental, ordenamento fundiário e territorial, promoção de atividades produtivas sustentáveis e criação de instrumentos normativos e econômicos, dirigidos à redução do desmatamento e à concretização das ações dos demais eixos. “O plano traz mais de 130 metas para serem alcançadas até 2027, algumas com indicadores bem específicos, como fiscalizar 30% da área desmatada ilegalmente identificada pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – hoje estima-se que apenas 6% do que foi desmatada passa por fiscalização. A ideia é fazer cinco vezes mais do que vinha sendo feito. Outras metas são embargar 50% da área desmatada ilegalmente em unidades de conservação federais e aumentar em 10% o número de autos de infração ambiental julgados em primeira instância” conforme a Agência Pública que fez a melhor e mais completa cobertura do evento, que transcrevemos abaixo:

EM DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, LULA E MARINA LANÇAM UM PLANO QUE MERECE ELOGIOS -https://apublica.org.

 

5a. Fase do PPCDAm, o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. 

 

Compartilhem, amigos-as, vamos colaborar divulgando e procurando fiscalizar coletivamente. 

Olá! O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lançaram nesta segunda-feira (5) – Dia Mundial do Meio Ambiente – plano com caminhos para zerar desmatamento da Amazônia até 2030. Atenciosamente, Equipe da Agência Pública - https://apublica.org.

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Atenção para as regras de republicação da Agência Pública:

 

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Lula e Marina lançam plano com caminhos para zerar desmatamento da Amazônia até 2030

ACESSE O PLANO AQUI

Fonte: Agência Pública - https://apublica.org.

Resumo: Foco das ações até 2027 visa incentivar bioeconomia e aprimorar controle da devastação e responsabilização dos crimes

Por Giovana Girardi

Após duas semanas de intensos ataques por parte do Congresso à área socioambiental do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lançaram nesta segunda-feira (5) – Dia Mundial do Meio Ambiente – o principal instrumento para colocar nos trilhos a meta de zerar o desmatamento da Amazônia até 2030.

Em cerimônia conjunta, que contou com a presença no palco também do vice-presidente Geraldo Alckmin (ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Fernando Haddad (Fazenda) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e dos governadores Helder Barbalho (Pará) e Antônio Denarium (Roraima), foi assinada a quinta fase do PPCDAm, o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. 

Considerado fundamental para a queda de 83% no desmatamento obtida na região entre 2004 e 2012 – e abandonado durante o governo Bolsonaro –, o plano volta agora repaginado e com a expectativa ambiciosa de pôr fim ao problema ao longo da década.

Lula e Marina durante cerimônia de lançamento do novo PPCDAM

A nova versão busca retomar e reforçar ações que deram certo no passado, aprimorar as que não foram bem sucedidas, mas também vai além com estratégias que visam adaptar os instrumentos existentes para o contexto atual do desmatamento. 

O plano traz mais de 130 metas para serem alcançadas até 2027, algumas com indicadores bem específicos, como fiscalizar 30% da área desmatada ilegalmente identificada pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – hoje estima-se que apenas 6% do que foi desmatada passa por fiscalização. A ideia é fazer cinco vezes mais do que vinha sendo feito.

Outras metas são embargar 50% da área desmatada ilegalmente em unidades de conservação federais e aumentar em 10% o número de autos de infração ambiental julgados em primeira instância. Todas já para este ano. Para o ano que vem, espera-se desenvolver um mecanismo para aprimoramento da rastreabilidade dos produtos agropecuários. Há a previsão também de suspender/cancelar 100% dos registros irregulares de CAR (Cadastro Ambiental Rural) sobrepostos a terras públicas federais até 2027.

O problema da regularização fundiária, considerado hoje um dos vetores de desmatamento, também deve ser atacado. O PPCDAm prevê incorporar 100% das terras devolutas ao patrimônio da União; fazer a regularização fundiária de 50 mil ocupantes de terras públicas; destinar 29,5 milhões de hectares de florestas públicas federais ainda não destinadas e criar 3 milhões de hectares de unidades de conservação. 

Dentro desse bloco de ações, há uma preocupação em alinhar o planejamento dos grandes empreendimentos e projetos de infraestrutura com as metas nacionais de redução do desmatamento, de modo que eles também sejam planejados para reduzir o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa decorrentes da mudança no uso do solo em suas áreas de influência.

A ideia do programa é atuar em quatro principais frentes. Os exemplos dos dois parágrafos acima se situam nos eixos de monitoramento e controle ambiental e de ordenamento fundiário e territorial. Os outros dois são em torno de promover atividades produtivas sustentáveis e criar instrumentos normativos e econômicos, dirigidos à redução do desmatamento e à concretização das ações dos demais eixos. Tudo isso até o fim de 2027 (período que coincide com o Plano Plurianual de planejamento orçamentário que será implementado pelo governo entre 2024 e 2027). 

Em 2004, o PPCDAm possibilitou pela primeira vez uma queda gradual na devastação da Amazônia

A intenção principal do PPCDAM é “estabelecer bases sólidas para alcançar o desmatamento zero até 2030”, a partir de 12 objetivos, que passam por, entre outros tópicos: garantir a responsabilização pelos crimes e infrações administrativas ambientais ligados ao desmatamento e degradação florestal; aprimorar a capacidade de monitoramento do desmatamento, incêndios, degradação das cadeias produtivas; avançar na regularização ambiental com o aprimoramento do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural; garantir a destinação e a proteção das terras públicas não destinadas; e criar, aperfeiçoar e implementar instrumentos normativos e econômicos para controle do desmatamento.

Há uma preocupação maior, desta vez, em conseguir impulsionar a bioeconomia, trazendo alternativas econômicas de desenvolvimento sustentável para a região a fim de trazer valor para a floresta em pé. 

Esse era um eixo do PPCDAm desde sua primeira fase, em 2004, mas foi o que menos se desenvolveu. Muito se avançou na primeira década do plano nos mecanismos de comando e controle, que de fato promoveram a redução da devastação, mas não foram oferecidas saídas de desenvolvimento, o que foi avaliado como uma das dificuldades para continuar contendo o avanço da motosserra.

Agora há uma série de objetivos e metas com esse intuito, como, por exemplo, elaborar o Plano Nacional de Bioeconomia, criar o “Selo Amazônia” para certificação de produtos da bioeconomia e instituir projetos de ecoturismo. Um dos focos é promover o manejo florestal sustentável e a recuperação e restauração de áreas desmatadas ou degradadas. Para isso está previsto ampliar a área de floresta pública federal sob concessão florestal em até 5 milhões de hectares, incluindo a restauração florestal e silvicultura de espécies nativas.

Da origem bem-sucedida ao abandono

Criado originalmente em 2004, no primeiro mandato de Lula, quando Marina também estava à frente do Ministério do Meio Ambiente, o PPCDAm possibilitou pela primeira vez uma queda gradual e consistente na devastação da Amazônia. A taxa anual saiu de 27.772 km2 em 2004 (a segunda maior do registro histórico) para 4.571 km2 em 2012 (a menor desde o início do monitoramento do sistema Prodes, do Inpe). 

Nos anos seguintes, porém, a taxa começou a oscilar para cima, retomando uma trajetória de alta nos últimos quatro anos, sob o governo Bolsonaro. Entre 2018 e 2022, o desmatamento subiu 54%. Em 2021, chegou ao pico de 13 mil km2, o maior nível desde 2006.

O plano original teve como um dos méritos, segundo especialistas, ter sido interministerial – e não somente um esforço da área ambiental do governo. Essa configuração, que refletia em força política das ações, se perdeu com o passar dos anos, especialmente a partir do segundo governo Dilma, e chegou a ser apontada como um dos motivos para que, depois de 2013, o desmatamento retomasse uma trajetória de alta. 

Agora essa formulação está de volta. A comissão que aprovou o novo plano foi composta por 19 ministérios, reforçando o aspecto transversal defendido por Marina e endossado por Lula. O plano, inclusive, traz metas específicas para todos os órgãos e ministérios envolvidos, como a própria Casa Civil, que faz a coordenação política do plano. Tem papel fundamental nessa integração as pastas da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, de Minas e Energia, da Justiça, da Ciência e Tecnologia, só para citar alguns.

“A nova fase resgata o espírito original do PPCDAM de ter ações que transcendem a lógica exclusiva de criar unidade de conservação e fazer o monitoramento e a fiscalização, mas com várias novidades”, disse à Agência Pública o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima.

“Estamos focando no uso de tecnologias para fiscalização, priorizando embargos remotos, para aumentar o alcance do que hoje se faz, aumentando significativamente as sanções. Alguns ministérios estão entrando com mais disposição. A Fazenda, por exemplo, está com muito interesse. O próximo Plano Safra (de financiamento do agropecuária) deve vir com novidades importantes, de trazer constrangimento de dar crédito para quem está ilegal. E agora vamos avançar no que não se conseguia nas fases anteriores, que é a agenda positiva”, explica o secretário.

Lima, que responde no ministério justamente pela operacionalização do plano, destacou que toda a operação vai ter como base um tripé para se alcançar o desmatamento zero: eliminar o desmatamento ilegal, criar incentivos econômicos para evitar mesmo a supressão de vegetação passível pela lei e promover atividades de restauração como forma de compensar as áreas que forem inevitáveis de serem abertas.

A situação atual, lembra ele, traz outros níveis de dificuldade em relação à enfrentada há quase 20 anos. Apesar de naquela época as taxas de desmatamento serem muito mais altas que as atuais, hoje o aumento da violência e as pressões político-econômicas apresentam novos desafios.

O documento faz um diagnóstico do que se tem a enfrentar, como a interiorização do desmatamento, com invasão de terras públicas; a reconcentração do desmatamento em grandes áreas; a redução da capacidade da governança em áreas protegidas e assentamentos; a persistência do desmatamento ilegal nas cadeias produtivas e o aumento da degradação florestal. 

“A fronteira do desmatamento subiu. Não é só mais o arco do desmatamento. A soja e a pecuária estão subindo”, afirma Lima. Em 2004, o desmatamento se concentrava principalmente no sudeste do Pará, no eixo da rodovia BR-163 no estado de Mato Grosso e em Rondônia. Agora avança para o interior da Amazônia, pelos estados do Pará, Acre e Amazonas, em especial ao longo das rodovias federais BR-163, a BR-230, a BR-319 e a BR-364.

“Merece destaque em relação à alteração da dinâmica de ocupação de áreas de floresta nativa ocorrida nos últimos anos é a associação entre o desmatamento, a intensificação dos conflitos pela posse da terra e a violência, potencializados pela presença cada vez mais proeminente do crime organizado associado ao tráfico de drogas na Amazônia e seu papel de domínio no território”, aponta o documento. 

O lançamento do PPCDAm coincide com a data de um ano do assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no Vale do Javari, no oeste do Amazonas, fato lembrando logo na abertura do evento. As viúvas dos dois, Alessandra Sampaio e Beatriz de Almeida Matos, e Maria Luiza Araújo Pereira, filha de Bruno, estavam na primeira fila da cerimônia.

Créditos de imagens Reprodução: TV Brasil

 Vinícius Mendonça/Ibama - Bruno Fonseca/Agência Pública

*Esta reportagem faz parte do especial Emergência Climática, que investiga as violações socioambientais decorrentes das atividades emissoras de carbono – da pecuária à geração de energia. A cobertura completa está no site do projeto.

Reportagem originalmente publicada na Agência Pública


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 05 JUNHO 23

 

A Guerra aos olhos de Erico Veríssimo

 

China diz que busca diálogo e que confronto com EUA seria 'desastre insustentável'

'É inegável que um conflito ou confronto severo entre a China e os EUA será um desastre insuportável para o mundo', afirmou o ministro de Defesa da China, Li Shangfu.

 

A Guerra na Ucrânia está muito distante do Brasil. Tornou-se, certamente, mais próxima depois que o Presidente Lula, logo de sua posse, começou a falar sobre o assunto, aliás, com certa independência, gerando forte reação da Mídia, dos aliados ocidentais aos Estados Unidos e grande parte dos políticos de Oposição, hoje predominantes no Congresso Nacional. A opinião pública ainda vê tudo isso com perplexidade, sensibilizada, claro, com as abundantes imagens de destruição de cidades ucranianas, mortes de civis e saída forçada de mais de 4 milhões daquele país para um exílio incerto. Já Bolsonaro mantivera a mesma atitude, chegando, mesmo a visitar Putin em Moscou com grande comitiva, inclusive militares, evitando o confronto com a Rússia que poderia colocar em cheque a importação de fertilizantes. Felizmente, estes insumos chegaram e podemos, hoje, comemorar um safra recorde de grãos de mais de 300 mil toneladas, embora todo este êxito tenha se dado sem o indispensável acompanhamento de órgãos ambientais, naquele clima da “boiada” de Ricardo Sales...

 

As guerras, enfim, sempre comovem corações e mentes e, como estamos do “lado de cá do mundo”, embora debaixo do Equador e parceiros do rebelado Sul Global, assim denominado recentemente por alta autoridade americana, tendemos a nos inclinar, desde a I Guerra Mundial, à causa “aliada”. Na II Guerra Mundial chegamos a participar do conflito enviando gloriosa a FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA- FEB-, um contingente de 25 mil “pracinhas”, que deixou nos campos da Itália, para onde foram designados, 500 mortos. 

Recolho, casualmente, este fragmento do livro de Erico Veríssimo – Solo de Clarineta -, no qual conta sua formação em Cruz Alta RS, esta passagem que bem denota nosso envolvimento emocional com a I Guerra:

 

Veio depois a Guerra de 1914 e a Primeira Guerra...

Por esse tempo fundei uma revista – A Caricatura – que constava de um único exemplar em duas folhas de papel almaço, e na qual eu fazia desenhos e escrevia pequenas notas. Em suas páginas apareciam caricaturas do odiado Kayser, com seus insolentes bigodes retorcidos para cima, o seu capacete agressivo. Mas havia também retratos feitos a bico de pena e simpatia de generais franceses como Jofre, Pétain, Weigand, Foch.

Tratávamos o conflito com espírito maniqueísta. Era o Bem contra o Mal. O Direito contra a Tirania. Bandidos contra Mocinhos como nos fitas de cinema. (...) Achávamos que Deus não podia deixar de ser aliadófilo, pois aquela era a guerra da Civilização contra a Barbárie.

(...)

Nunca pude entender um socialista italiano que um dia me disse, cripticamente apontando para os remédios que se enfileiravam nas prateleiras da farmácia do meu pai. “É uma guerra comercial, menino, não se iluda. (...) A França e principalmente a Inglaterra não podem aguentar a concorrência alemã no mundo.” (Pg. 101 –Edição especial MPM Propaganda, 1973)

 

Ora, tal como ontem, a Alemanha, hoje a Rússia emerge em nosso inconsciente, alimentado pela Mídia e outros formadores de opinião, como reedição da barbárie. Mais uma vez, depois dos 100 milhões de mortos em duas guerras mundiais, vamos entrando, mais uma vez num conflito que desbordar a fronteira da Rússia/Ucrânia e se transformar numa Guerra Global. Muitos já acreditam que estamos nela e evidenciam o conflito como um conflito do Eixo do Mal, ancorado na aliança Rússia/China como reedição da luta, como diz Erico Veríssimo, “da Civilização conta a Barbárie”. É importante, pois, tomar um certo distanciamento para se compreender que, no fundo, isso tudo é o fruto do “homo pugnat” em sua luta por afirmação de interesses, território, comércio e mesmo valores. O que está por trás da Guerra na Ucrânia é uma acirrada disputa, que relembra as políticas de Aliança os anos anteriores da I Guerra Mundial, entre Centros Hegemônicos e Novos Protagonistas em busca de um lugar ao sol na Geopolítica Mundial. Curiosamente, os centros hegemônicos de hoje foram potências coloniais e neocoloniais no passado e os novos protagonistas, desta vez, estão, grosso modo no Sul Global. Não por acaso América Latina em peso, África e Países da Ásia, com exceção do Japão, evitam entrar na Guerra da Ucrânia ao lado dos “ocidentais”. Leia-se, por exemplo, esta extensa análise de um atento observador da conjuntura internacional:

Crepúsculo: a erosão do controle dos EUA e o futuro multipolar - por Tricontinental

https://www.thetricontinental.org/wp-content/uploads/2021/01/20201223_Dossier-36_PT_Web.pdf 

 

Eis outro exemplo na análise do jornalista brasileiro Pepe Escobar, mais inclinado “ao lado de lá”, neste comentário, que difere diametralmente do que ouvimos e lemos diariamente em nossa imprensa:

 

Marino Boeira comenta fala de PEPE ESCOBAR no Canal 247 no dia 1º. Junho passado–Rússia, China e a revolta do Sul Global - https://www.youtube.com/watch?v=6jML7UYzgBE : Vale a pena assistir edição de ontem (1/6/2023) do 247 com Pepe Escobar falando sobre o conflito OTAN/ USA/ Ucrânia contra a Rússia. O Escobar é daqueles caras que sabem de tudo e de todos e se diz amigo do principal assessor do Putin, do Xi Jiping ou de qualquer outra personalidade citada, o que deixa a gente com um pé atrás sobre suas especulações. Dando crédito as suas falas, em síntese, o que ele disse ontem foi: 1) A vitória russa na guerra é apenas uma questão de tempo. 2) Putin aceitaria uma paz negociada com a Ucrânia, mas seus principais assessores militares advogam uma vitória completa 3) Os americanos já estão a fim de se livrar do Zelensky por causa da sua corrupção sem limites. 4) A guerra contra a Rússia é o preâmbulo de um conflito maior com a China 5) Pepe repetiu pela milésima vez que o fim da hegemonia mundial dos Estados Unidos está próximo com a China recuperando uma liderança comercial secular no mundo e que só terminou há 200 anos com a exploração colonial do Ocidente na Ásia e na África. Capítulo especial no programa foi a preocupação, evidente desde o início do Leonardo Attuch de exaltar o papel de Lula na reunião de Hiroxima. Constrangido, Escobar, acabou falando no tema, mas sem deixar de ressaltar o papel dúbio do presidente brasileiro no tema e sua pequena margem de manobra na sua pretensão de se transformar num mediador para o assunto. Escobar vem ainda esse mês ao Brasil patrocinado pelo 247 para duas conferências e visivelmente não quis se opor ao esforço do Attuch em valorizar o papel de Lula no Japão.

 

Um grande estudioso da diplomacia mundial, Von Clausevitz, disse que a guerra é a continuação da política por outros meios. Hoje isso é muito discutido. Dois autores franceses, em livro ainda não publicado no Brasil, invertem a equação e até afirmam que as guerras já não são necessárias porque a própria Política incorporou meios de dominação que a dispensam. Em todo o caso, aí está a Guerra na Ucrânia e sobre ela somos obrigados a pensar e nos posicionar, ainda que cautelosamente e colocando, acima de tudo, além da prudência que é olho das virtudes, umbral da sabedoria, os interesses nacionais.


 

 Editorial: O automóvel, meu bem, meu mal...

Seu bolso

Por que as famílias estão gastando menos e como isso impacta no PIB do Brasil

Mesmo após o governo aumentar salário mínimo e Bolsa Família, orçamento familiar segue apertado e destinado a contas básicas.

 

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A despedida da Ford em 2021, depois de quase um século no Brasil foi um sinal de que o sistema automobilístico, sobretudo com motores à explosão – e não apenas a FORD - se esgotou como alavanca da industrialização brasileira. Em 1956, sob a égide de JK, competia com Brasília como símbolo do desenvolvimentismo. O automóvel como produto, Brasília como Meta Síntese de uma Era de grandes transformações, hoje carente de substitutos.. Na verdade, como observou o Jornalista André G. Stumpf há tempos: “O dinamismo da indústria de São Paulo se deveu, em boa parte, às montadoras de automóveis, importantes geradoras de postos de trabalho. Não são mais. Os trabalhadores estão sendo substituídos por robôs. A indústria, contudo, nunca amadureceu, no Brasil....(ademais) Nas grandes cidades, o carro é algo que complica a vida. É caro, exige espaço para estacionar perto do trabalho, obriga garagem em casa. Com a ascensão do home office, ninguém mais precisa sair para o escritório. Trabalha em casa. Além disso, é mais fácil e barato andar em carro de aplicativo*,

Além disso tudo, estamos diante de uma transição energética em decorrência da crise climática. É verdade que o petróleo ainda perdurará como fonte de energia barata até mais uns 50 anos, mas ao longo deste período perderá força para fontes alternativas. Tanto isso é verdade que a União Europeia já decretou o fim da circulação dos carros movidos a energia fóssil em meados da próxima década. E as montadoras estão se voltando cada vez mais para o carro elétrico. Em vinte anos dominarão o mercado como resultado das inovações tecnológicas relativas ao peso das baterias e sua duração. 

Diante disso é perfeitamente válido se indagar sobre a propriedade das isenções fiscais sobre o carro popular brasileiro, que de popular, na verdade tem muito pouco, pois variam de 90 a 120 mil reais. Da mesma forma, é discutível subsidiar o preço da gasolina para uma classe média já privilegiada. Basta ver o número de Declarações de Imposto de Renda neste ano: 41 milhões, para uma força de trabalho de 105 milhões de brasileiros, na qual, inclusive, mais de 50 milhões estão ausentes. E veja-se que quem ganha de 2 a 5 mínimos e que declarou Imposto de Renda está longe de ser classe média, tanto que Lula promete até o final de seu atual mandato dispensá-los deste recolhimento. O Ministro Haddad se apressa em afirmar que esta não é uma Política (baixar impostos federais) de longo prazo, apenas um suspiro ás fábricas por poucos meses para retomar o nível de atividade muito baixo. Mas mesmo que um carro popular zero venha a custa 70 mil reais, este preço ainda está muito alto mesmo para um metalúrgico do ABC cuja salário médio pode chegar a 3 mínimos. Precisaria de quase dez meses deste salário para comprar este carro. Se compararmos com a grande massa de trabalhadores brasileiros, isto é , 120 milhões que ganham até um mínimo, nem pensar. Só para se ter uma base de comparação com o que ocorria há cem anos com a mesma FORD nos Estados Unidos. Ela produzia cerca de um milhão de modelos T por ano, ao preço final de 400 dólares, equivalente a 4 meses de salário de seus empregados. Isso fez a grandeza indústria dos Estados Unidos àquela época pois ingressava, com o automóvel, na era do consumo de massas. O carro zero, no Brasil, com ou sem subsídios, ainda é um produto de luxo. Nosso grande mercado ainda são produtos de subsistência e, no máximo, a denominada linha branca cuja venda é dominada pelos grandes magazines. Isso porque os bons e seguros empregos no Brasil são insuficientes, os salários em geral baixíssimos e o que é pior: este ano cresceremos – PIB – não mais do que 2%, nível a que estamos condenados há 40 anos.

O grande desafio à indústria automobilística é sua entrada no carro elétrico, assim como o da indústria em geral, a abertura de novas frentes com fortes investimentos na economia verde, em novos materiais como grafeno, em novos processos. Depoimentos revelam, por exemplo, a superioridade dos carros voltaicos. Ainda o citado jornalista:

“Este é o cenário do mercado brasileiro. Na questão energética, surgem novas tecnologias que ajudam a tornar ainda mais caótica a situação dos automóveis. A energia eólica, a dos ventos, está progredindo de vento em popa no país, me perdoem o trocadilho. E a energia solar vai no mesmo caminho.

A venda de sistemas fotovoltaicos para residências disparou no país. Quem pagava, digamos, mil reais por mês na conta de energia, passou a pagar R$100. O carro elétrico cabe como uma luva neste novo desenho. O cidadão liga o carro na tomada e vai dormir. No dia seguinte tem a sua disposição 400 ou 500 quilômetros de alcance, a custo quase zero. É tudo muito novo.

Já estão à venda no país as telhas do sistema fotovoltaico, que tornam o conjunto ainda mais barato, porque dispensam os painéis solares, que hoje são importados da China. Ou seja, o telhado da casa, além de proteger o morador do sol e da chuva, também produz energia elétrica. O pessoal que trabalha no setor de petróleo e gás sabe disso.”

A recente visita de Lula à China trouxe alguma alento no sentido de que aquele país traga para o Brasil sua tecnologia para a produção de voltaicos. Espera-se, contudo , que não se repita o modelo inaugurado pela Ford e Volkswagen que, depois de quase cem anos, abandonam o país em busca de melhores ventos. Urge que o país se associe aos chineses e que produza um carro nacionalizado num período razoável de tempo necessário à absorção da tecnologia. 

Além disso, é importante que se diga que nossas cidades não precisam de mais automóveis. Em São Paulo – e daqui a pouco em várias outras capitais – já há um sistema de rodízio para o ingresso deles no centro da cidade. Não cabem mais em nossas ruas. Precisamos nos voltar, sim, para a substituição do carro por outras modalidade de transporte, sejam de transporte de tração humana, como a bicicleta fartamente usada pelas classes populares, sejam de transporte coletivo.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 01 JUNHO 23

 

Tensão em Brasília

O dia de ontem, em Brasília, foi de grande tensão, não por ameaça de golpe ou quebradeira, mas pelo confronto entre os Poderes Executivo e Legislativo, em torno da aprovação da Medida Provisória da reorganização do Governo Federal, após 4 derrotas de Lula sobre temas importantes, um deles, o Marco Temporal, que aponta, ainda, para um embate da Câmara dos Deputados com o Supremo. O projeto governamental acabou aprovado, mas a um preço alto em emendas parlamentares e incertezas sobre o futuro da governabilidade. Analistas culpam o Governo por falta de articulação política e, sobretudo, ausência de Lula. Na verdade, embora hajam, sim, questões pontuais, a crise expressa, de um lado uma mudança estrutural nos tempos vividos nos últimos vinte anos, nos quais Lula esteve afastado do Poder, que criaram um novo espaço público - as manipuladas Redes Sociais - que alimenta a extrema direita, e de outro, no fortalecimento da Câmara no Governo Bolsonaro, que acabou instituindo um regime de parlamentarismo de coalizão que garroteia o Planalto. Lula não é Bolsonaro e resiste. A questão está em toda a imprensa. Vejamos a abordagem do Podcast O ASSUNTO, do g1:

 Lula, a desarticulação e o poder de Lira

Foi aos 45 do segundo tempo, mas o governo conseguiu aprovar na Câmara a Medida Provisória que mantém a atual estrutura do Planalto, com 37 ministérios. O texto final recebeu alterações, enfraqueceu os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas e correu o risco de ficar fora da pauta no dia limite para a votação. Tarde da noite desta quarta-feira (31), véspera do dia em que perderia a validade, a MP passou com 337 votos a favor e 125 votos contrários. Agora, o texto será votado nesta quinta (1) no Senado – e a expectativa é que seja aprovado. Para explicar as vitórias e derrotas do Executivo diante do Congresso e a tensa relação entre Lula (PT) e Arthur Lira (PP-AL), Natuza Nery conversa com Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, comentarista da rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, na TV Cultura. Neste episódio:

Vera imputa a Lira “responsabilidade total” na resistência da Câmara em aprovar a MP governista: “Lira é uma entidade que detém a maioria dos deputados” - e ganha mais poder diante de um “governo fraco” politicamente no Parlamento;

Ela comenta a “ausência de Lula na articulação política”, que resulta de sua atenção excessiva com as relações exteriores e que pode “inviabilizar o governo na largada”: assim como enquadrou Bolsonaro com dezenas de pedidos de impeachment na mão, Lira pode colocar o atual presidente contra a parede ao pautar as CPIs;

Vera também revela a conversa que teve com um influente parlamentar: “Ele falou: ‘ganhou a eleição por 80% a 20%? Não, foi por 51% a 49%’. E é essa ideia que vai nortear tudo nesses quatro anos”, afirma. Assim, avalia, Lula corre o risco de ter um governo mais regressivo do que o do próprio Bolsonaro - “estão achando mais confortável passar a boiada sem o Bolsonaro para atrapalhar”;

A jornalista analisa a pressão do Congresso sobre o STF na questão do marco temporal das terras indígenas. “A Corte está dividida”, revela, sobre o julgamento em relação à constitucionalidade do tema, pautado para 7 de junho.

 

O que você precisa saber:

MP do governo: chega ao último dia sem acordo para votação// Marco temporal: Câmara aprova MP que limita terras indígenas// Por telefone: Lira alerta Lula sobre erros na articulação política// Lira: 'insatisfação generalizada' contra o governo na Câmara// Rota de colisão: o risco de Lula-Lira virar Dilma-Cunha


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 31 MAIO 23

 

ENCONTRO DE PRESIDENTES DA A.SUL EM BRASILIA- 23

 

De moeda comum a mobilidade estudantil: as 10 propostas de Lula em fórum com presidentes da América do Sul

Presidente discursou na abertura do evento, nesta manhã, e reforçou necessidade de integração para desenvolvimento da região. Ao todo, 10 chefes de estado participam do encontro em Brasília.

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Reunião em Brasília contou com participação de 11 chefes de Estado, criou grupo de trabalho para definir integração dos países do continente e emitiu a CARTA DE BRASÍLIA, abaixo, na íntegra. O encontro patrocinado pelo Presidente Lula cumpriu os objetivos de mobilizar os dirigentes sulamericanos para a questão da integração continental frente aos desafios econômicos e ambientais contemporâneos. Os chanceleres destes 11 países manterão contatos com vistas a um novo encontro dentre de 120 dias quando os objetivos do grupo deverão estar melhor alinhados. A ideia da retomada da UNASUL, por ora, foi afastada, embora sete países mais afinados com a esquerda continuem se reunindo e acreditando que este organismo ainda poderá contribuir para a integração da América do Sul. 

Dividida em nove pontos, a carta diz que os presidentes "reconheceram a importância de manter um diálogo regular, com o propósito de impulsionar o processo de integração da América do Sul e projetar a voz da região no mundo". Os signatários propõem uma discussão mais ampla sobre formas concretas de cooperação em torno de um grupo permanente, ainda não definido. "Decidiram estabelecer um grupo de contato, liderado pelos chanceleres, para avaliação das experiências dos mecanismos sul-americanos de integração e elaborar um mapa do caminho para a integração da América do Sul, a ser submetido à consideração dos Chefes de Estado."

"Temos que parar com essa tendência: a criação de organizações. Vamos nos basear em ações", afirmou o presidente do Uruguai, Luís Lacalle Pou, em discurso na cúpula. "Quando nos tocou assumir o governo, nos retiramos da Unasul. Em seguida, nos convidaram para o Prosul [bloco criado em 2019 em contraponto à Unasul], e dissemos que não. Porque senão terminamos sendo clubes ideológicos que têm vida e continuidade apenas enquanto marchemos com nossas ideologias", acrescentou o uruguaio. 

No Encontro o Presidente Lula voltou a propor a criação de uma moeda de referência para o comércio dos países do continente justificando a medida com a ideia da criação do Euro pela União Europeia. Sua defesa e deferência ao Presidente Maduro, da Venezuela, entretanto, recebeu fortes críticas dos Presidentes do Uruguai e do Chile. 

A Agência Brasil, em edição de Nádia Franco, assim resumiu o Encontro de Brasília 2021 e divulgou a íntegra da Carta assinada pelos 11 Presidentes:

Desafios comuns

agenciabrasil EBC Presidentes criam grupo para definir integração na América do Sul 

O Consenso de Brasília registra também "a visão comum de que a América do Sul constitui uma região de paz e cooperação, baseada no diálogo e no respeito à diversidade dos nossos povos, comprometida com a democracia e os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável e a justiça social, o Estado de direito e a estabilidade institucional, a defesa da soberania e a não interferência em assuntos internos".

Em outro ponto, o documento enumera temas como crise climática, ameaças à paz e à segurança internacional, pressões sobre as cadeias de alimentos e energia, risco de novas pandemias, aumento de desigualdades sociais e ameaças à estabilidade institucional e democrática como os problemas e desafios da região.

Ainda sobre integração, a carta cita o fortalecimento da democracia, combate discriminação, a promoção da igualdade de gênero, gestão ordenada, segura e regular das migrações como outros desafios comuns dos países sul-americanos. O Consenso de Brasília cita o compromisso dos países de trabalhar para o incremento do comércio e dos investimentos, a melhoria da infraestrutura e logística, o fortalecimento das cadeias de valor regionais, a aplicação de medidas de facilitação do comércio e de integração financeira, a superação das assimetrias, a eliminação de medidas unilaterais e o acesso a mercados por meio de uma rede de acordos de complementação econômica.

Consenso de Brasília – 30 de maio de 2023 

1. A convite do Presidente do Brasil, os líderes dos países sul-americanos reuniram-se em Brasília, em 30 de maio de 2023, para intercambiar pontos de vista e perspectivas para a cooperação e a integração da América do Sul.

2. Reafirmaram a visão comum de que a América do Sul constitui uma região de paz e cooperação, baseada no diálogo e no respeito à diversidade dos nossos povos, comprometida com a democracia e os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável e a justiça social, o Estado de direito e a estabilidade institucional, a defesa da soberania e a não interferência em assuntos internos.

3. Coincidiram em que o mundo enfrenta múltiplos desafios, em um cenário de crise climática, ameaças à paz e à segurança internacional, pressões sobre as cadeias de alimentos e energia, riscos de novas pandemias, aumento de desigualdades sociais e ameaças à estabilidade institucional e democrática.

4. Concordaram que a integração regional deve ser parte das soluções para enfrentar os desafios compartilhados da construção de um mundo pacífico; do fortalecimento da democracia; da promoção do desenvolvimento econômico e social; do combate à pobreza, à fome e a todas as formas de desigualdade e discriminação; da promoção da igualdade de gênero; da gestão ordenada, segura e regular das migrações; do enfrentamento da mudança do clima, inclusive por meio de mecanismos inovadores de financiamento da ação climática, entre os quais poderia ser considerado o ‘swap’, por parte de países desenvolvidos, de dívida por ação climática; da promoção da transição ecológica e energética, a partir de energias limpas; do fortalecimento das capacidades sanitárias; e do enfrentamento ao crime organizado transnacional.

5. Comprometeram-se a trabalhar para o incremento do comércio e dos investimentos entre os países da região; a melhoria da infraestrutura e logística; o fortalecimento das cadeias de valor regionais; a aplicação de medidas de facilitação do comércio e de integração financeira; a superação das assimetrias; a eliminação de medidas unilaterais; e o acesso a mercados por meio de uma rede de acordos de complementação econômica, inclusive no marco da Aladi [Associação Latino-Americana de Integração], tendo como meta uma efetiva área de livre comércio sul-americana.

6. Reconheceram a importância de manter um diálogo regular, com o propósito de impulsionar o processo de integração da América do Sul e projetar a voz da região no mundo.

7. Decidiram estabelecer um grupo de contato, liderado pelos Chanceleres, para avaliação das experiências dos mecanismos sul-americanos de integração e a elaboração de um mapa do caminho para a integração da América do Sul, a ser submetido à consideração dos Chefes de Estado. 

8. Acordaram promover, desde já, iniciativas de cooperação sul-americana, com um enfoque social e de gênero, em áreas que dizem respeito às necessidades imediatas dos cidadãos, em particular as pessoas em situação de vulnerabilidade, inclusive os povos indígenas, tais como saúde, segurança alimentar, sistemas alimentares baseados na agricultura tradicional, meio ambiente, recursos hídricos, desastres naturais, infraestrutura e logística, interconexão energética e energias limpas, transformação digital, defesa, segurança e integração de fronteiras, combate ao crime organizado transnacional e segurança cibernética.

9. Concordaram em voltar a reunir-se, em data e local a serem determinados, para repassar o andamento das iniciativas de cooperação sul-americana e determinar os próximos passos a serem tomados.

Edição: Nádia Franco

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 30 MAIO 23

 

A CÚPULA DA AMÉRICA DO SUL EM BRASÍLIA

 

América do Sul

A América do Sul é um continente que compreende a porção meridional da América. Também é considerada um subcontinente do continente americano. A sua extensão é de 17 819 100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre e 6% da população mundial. Wikipédia

Área: 17.840.000 km²

População: 422,5 milhões (2016)

Idiomas: Português, espanhol, guarani, inglês, holandês, francês, aimará e quéchua, Línguas tupis

Ver evolução territorial e política

Evolução territorial e política 

Políticas de integração regional

Diversas instituições foram criadas entre países da América do Sul com finalidade de integração regional. A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), que incluí países da América Central e do Norte, foi criada em 1980 para promover o desenvolvimento econômico e social da região, de forma gradual e progressiva, para o estabelecimento de um mercado comum latino-americano. Integram a associação Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. A Nicarágua está em processo de adesão. Em conjunto somam uma área de vinte milhões de km², cerca de quinhentos e trinta milhões de habitantes e um PIB superior a 5 trilhões de dólares.

O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado em 1991 pelos países fundadores Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, para promoção de dois pilares fundamentais da integração regional: a democracia e o desenvolvimento econômico. A Venezuela iniciou um processo de adesão em 2012, como Estado Parte, mas encontra-se suspensa desde 2016, e a Bolívia encontra-se em processo de adesão. Além dos países membros, são Estados Associados do Mercosul todos os demais países da América do Sul. O bloco pode ser caracterizado como uma união aduaneira em fase de consolidação, favorecendo a circulação dos fatores de produção, com a adoção de política tarifária comum em relação a terceiros países. Os membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países fundadores, e Venezuela) abrangem, aproximadamente, 72% do território da América do Sul; 70% da população sul-americana e 77% do PIB da América do Sul em 2012, segundo dados do Banco Mundial. Se tomado em conjunto, o Mercosul seria a quinta maior economia do mundo. 

A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), criada em 2011, herdeira das Cúpulas de Chefes de Estado e de Governo da América Latina e Caribe (CALC), inclui trinta e três países e objetiva a cooperação para o desenvolvimento e a concertação política. 

A Aliança do Pacífico, que incluí países da América Central e do Norte, foi criada em 2012 pelos países fundadores Chile, Colômbia, México e Peru, tendo a Costa Rica sido incorporada ao grupo em 2013. Objetiva a formalização dos Tratados de Livre Comércio de bens e serviços, a livre circulação de pessoas, a integração financeira e de capitais e a integração física. Em números, esses países representam, juntos, cerca de 35% do PIB e 55% do total das exportações da América Latina.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) foi criada em 1948, possui trinta e cinco Estados membros e tem por finalidade a construção da paz e da justiça no continente americano, além da promoção da solidariedade e da cooperação mútua entre os Estados da região, defendendo a soberania, a integridade do território e a independência de seus associados.

A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), criada em 2008, chegou a incluir todos os doze países da América do Sul, com o objetivo construir um espaço de integração dos povos sul-americanos. A UNASUL previa a cooperação entre os Estados-membros em diversas áreas, incluindo política, integração física, energia, saúde e defesa. A partir de abril de 2018 os governos do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru decidiram de forma conjunta suspender a sua participação na organismo, devido a uma crise iniciada em 2017, quando não houve consenso para eleger um novo secretário-geral. Em março de 2019, o Equador, onde fica a sede do organismo, além de anunciar sua saída definitiva, pediu a devolução do edifício sede para o governo do país. O Parlamento da Unasul, sediado na Bolívia, nunca chegou a eleger representantes. Em 22 de março de 2019, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru assinaram um acordo para constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (PROSUL), em substituição à UNASUL. O novo foro terá estrutura leve e flexível, com regras de funcionamento claras, defesa da democracia e o respeito aos direitos humanos. 

 

Diversos Presidentes da República preocuparam-se com o fortalecimento das relações continentais a partir de meados do século passado. JK, por exemplo, defendia o Panamericanismo - Dissertações- panamericanismo de JK um estudo acerca das reacoes provocadas na America Latina . Sarney dedicou-se ao fortalecimento do Mercosul, pondo um fim às tensões há tempos alimentadas pelos militares com a Argentina –

Noticias especiais - Há 30 anos criação do Mercosul pôs fim as tensões históricas entre Brasil e Argentina. Lula, agora, se volta à União da América do Sul e recebe em Brasília 10 chefes de Estado. A pedra no sapato são as relações com Venezuela mas Lula aposta na reaproximação com este país não só por razões comerciais mas na esperança de influenciar na recuperação do processo democrático naquele país.

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CAFÉ DA MANHÃ FOLHA UOL 

Podcast discute reaproximação entre Brasil e Venezuela e integração na América do Sul. Lula recebe Maduro com agenda extensa, em encontro que antecede reunião de países sul-americanos                                            

Lula e Maduro: 'Faz sentido normalizar relação, mas alinhamento não pode ser ideológico', avalia professor de relações internacionais na FGV-SP

Visita do líder venezuelano mobilizou críticas ao governo Lula. Em entrevista a Natuza Nery, Oliver Stuenkel explica por que decisão é 'pragmática' e ao mesmo tempo 'ideológica'.

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/05/30/lula-e-maduro-faz-sentido-normalizar-relacao-mas-alinhamento-nao-pode-ser-ideologico-avalia-professor-de-relacoes-internacionais-na-fgv-sp.ghtml 

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O Presidente Lula continua, enfim, em seus esforços concentrados para recuperar a imagem do Brasil no exterior, reforçando sua capacidade de diálogo com vários governos no mundo inteiro. Consegue bom reconhecimento tanto à esquerda como à direita, com exceção, claro de governantes de extrema direita os quais evita, ainda assim com cuidado, como no caso dos países árabes. Isso se traduz, naturalmente, na abertura do Brasil para investimentos externos e maior abertura comercial, embora tais resultados não se percebam no curto prazo. Note-se, porém, que a entrada de capitais vem aumentando neste ano. Até abril de 2023 (Lula) houve entrada líquida (captação) de US$ 13,3 bilhões. Com Bolsonaro, virtude do isolamento a que reduziu o Brasil, quando seu primeiro chanceler gaba-se de que o Brasil ficaria melhor como pária internacional, o Brasil gerou uma saída líquida (fuga) de US$ 71,4 bilhões. Agora Lula se volta ao fortalecimento dos laços entre os países da América do Sul, um bloco não estritamente latino, eis que contempla países de colonização anglo-saxã, como Suriname e Guiana, acreditando na possibilidade de formar uma área econômica com maior capacidade de barganha no mercado mundial. Com efeito, nosso tamanho corresponderia ao da União Europeia, em torno de 400 milhões de pessoas, no qual o Brasil ocupa lugar privilegiado demográfico e economicamente. Não se trata de um processo fácil, nem natural. Enquanto a Europa se articulara em redes de caminhos, migrações internas e até guerras sangrentas desde o Império Romano, na América do Sul, com povos originários superpostos por colonizadores de origens diversas e diversificados pontos de penetração, esta articulação ainda está por se realizar. Esta interpenetração de povos, culturas e instituições trouxe à América do Sul distintos processos políticos. Temos países com grande influência indígena, como a Bolívia, inclinados a um socialismo primitivo (nada primário), temos uma Argentina, notadamente Buenos Aires que, no passo em falso do Presidente Fernandes “veio do mar”, temos o Brasil, com forte presença negra que dificilmente poderíamos identificar, temos Guiana e Suriname, com grande presença asiática, a tal ponto que dificilmente podemos nos identificar como “ocidentais”. O célebre Huntington, autor de A GUERRA DAS CIVILIZAÇÕES, que teve grande impacto no final do século passado, já advertia que América Latina era um caso excepcional, uma “cultura” própria. Aliás, para grande parte de sua população, sobretudo mais pobre, o Ocidente não é senão o conjunto de países que os subjugaram ao ponto do genocídio de seus povos. Não obstante, a independência precoce de nossos países no século XIX, num soluço das potências colonizadoras sob o acicate do exército napoleônico, entregou-nos formações nacionais comandadas por elites afinadas com a cultura ocidental que acabaram configurando um cenário ocidentalizado na região. A longa fermentação social interna, porém, vai modificando este cenário e entregando uma nova fisionomia política ao continente que, não por caso, tem apenas três dirigentes mais à direita – Uruguai, Paraguai e Equador -. Recentes pesquisas, inclusive, apontam que a imagem da China é melhor, por aqui, que a dos americanos... 

É neste campo complexo que Lula pretende intervir conclamando ao fortalecimento dos laços na região, chamando os dirigentes sulamericanos para uma cúpula em Brasília. O Itamaraty já confirmou a presença de 10 deles. A Presidente do Peru não estará em razão da crise interna naquele país que a impede de viajar. Mas já chegou a Brasília o Presidente Maduro, da Venezuela e Lula está eufórico com o Encontro de Presidentes. 

Anexo

Cúpula: governo recebe 10 presidentes da América do Sul

 

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta sexta-feira (26) a participação de 10 presidentes de países da América do Sul na cúpula de líderes da região prevista para a próxima semana, em Brasília.

Segundo o Itamaraty, estarão presentes os chefes de governo: da Argentina; da Bolívia; do Chile; da Colômbia; do Equador; da Guiana; do Paraguai; do Suriname; do Uruguai e da Venezuela.

 

Somente a presidente do Peru, Dina Boluarte, não estará presente. Segundo a secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan, o país deve enviar um representante.

O país enfrenta uma crise interna desde o ano passado, quando o então presidente, Pedro Castillo, foi preso após tentar fechar o Congresso local.

Com isso, na prática, a expectativa no governo brasileiro é que todos os demais presidentes participem, incluindo o da Venezuela, Nicolás Maduro – cujo embaixador entregou nesta semana ao presidente Lula suas cartas credenciais, documento que formaliza a atuação do diplomata no país (leia detalhes mais abaixo).

"Do lado Brasil, queremos integração permanente. Não temos um modelo, é apenas um desejo, que os 12 países, que não seja uma integração fracionada. Buscamos mecanismo, uma instância permanente, inclusiva e moderna", disse Gisela em declaração à imprensa nesta sexta.

"Estamos vendo a reunião não como chegada, mas partida, de retomar o diálogo. Temos consciência de diferença de visões, orientações ideológicas. Mas é um começo para que os chefes sentem na mesa e dialoguem sobre pontos em comum", explicou.

A cúpula 

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a cúpula acontecerá no próximo dia 30, em Brasília.

O objetivo do encontro, afirma o ministério, é promover o diálogo "franco" entre todos os países, identificando "denominadores comuns", discutindo perspectivas para a região e "reativando a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave".

Essas "áreas-chave", de acordo com o governo brasileiro, são:

Saúde;

Mudança do clima;

Defesa;

Combate aos ilícitos transnacionais;

Infraestrutura;

Energia.

"É imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas para fazer frente ao desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social", afirmou o presidente Lula, em mensagem publicada pelo Itamaraty.

Venezuela

As relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela se deterioraram nos últimos anos, principalmente durante o governo Jair Bolsonaro (2019-2022).

Crítico do regime de Nicolás Maduro, Bolsonaro, à época em que esteve no Palácio do Planalto, não o reconhecia como presidente, mas, sim, o autoproclamado presidente, Juan Guaidó, opositor de Maduro.

Em 2020, o Brasil determinou que os diplomatas brasileiros em Caracas deixassem a capital venezuelana e que os representantes da Venezuela em Brasília também fossem embora.

Desde que assumiu o governo, em 1º de janeiro, o presidente Lula tem buscado a reaproximação entre os dois países.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 29 MAIO 23

 

A Sétima Arte em Cannes 

O século XX foi, no dizer de Norberto Bobbio, um dos filósofos políticos mais importantes de nossa época, o “Século dos Direitos”, no qual o cidadão deixou de ser apenas um sujeito de deveres perante o Estado mas também de direitos, mas foi também o Século do Cinema, que teve na França seu primeiro grande passo. Auguste e Louis Lumière foram os criadores do cinematógrafo, responsável por filmar e ao mesmo tempo projetar imagens do cotidiano ao público e responsáveis pela primeira projeção de cinema da história, em 1895. Os alemães logo lhe seguiriam os passos e já na segunda década do século XX o cinema se transformava numa grande indústria que exigia, mais do que o Teatro uma conjugação de esforços tecnológicos, empresariais e artísticos. Ao final da década ganharia a sonorização que passaria a empolgar plateias no mundo inteiro. As gerações do pós-guerra, sobretudo, tiveram no cinema não apenas um divertimento, como local de socialização, como de ilustração, complementando os denominados “romances de formação”, muitos deles levados à tela. Nisso acabou cumprindo, também, estratégica função ideológico, principalmente ao disseminar pelo mundo inteiro, pelo peso do cinema americano produzido em Hollywood, do american way of live. Mas o neorrealismo italiano, que redimiu a Itália perante o Ocidente do pecado fascista com MAMMA ROMA, de Rosselini, a nouvelle vague francesa e as várias manifestações do estilo Cinema Novo do Brasil, que teve em Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha seus principais diretores foram o contraponto da grande indústria cinematográfica. Instituíram a proposta de “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” como denúncia política e afirmação cultural. O Festival de Cannes, neste processo, ao lado do Festival de Veneza e do Oscar americano cumpriram importante papel de premiação e divulgação de grandes obras. Cannes marcou, antes de mais nada, com seu 1º.Festival em 1946, a grande vitória da democracia sobre o nazi-fascismo - https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Cannes_1946 . Sábado passado encerrou-se mais um Festival de Cannes e a BANDNEWS nos deu, com sua correspondente Flávia Guerra, a melhor cobertura. O Brasil esteve presente mais uma vez, recebendo o prêmio dos Comentaristas Internacionais com o filme “Levante”. Nelson Pereira dos Santos, diretor de RIO 40 GRAUS, Vidas Secas e A Terceira Margem foi lembrado com um documentário feito em cooperação com o g1. Também foram premiados pela associação “Los Colonos”, na mostra Um Certo Olhar, e “The Zone of Interest”, na competição oficial. Este é o segundo prêmio que o Brasil leva edição do Festival de Cannes. O longa brasileiro A Flor do Buriti, produzido pela brasileira Renée Nader Messora e pelo português João Salaviza, foi premiado na noite de sexta-feira (27) com a Palma de Ouro.

O Festival marcou a grande diversidade de origens e tendências de diretores e atores, nos quais se destacaram as presenças clássicas de Wim Wenders, que deu a um japonês o prêmio de melhor ator, Scorsese e R.F. que brindou com provável última edição de suas aventuras, ao lado de outros mais jovens, dentre eles, a grande vencedora ,Justine Triet, a terceira mulher, francesa, a ganhar, com “Anatomia de uma queda” a Palma de Ouro, depois de Jane Campion, com “O Piano” (1991), e Julia Ducournau, com “Titane” (2021).

Abaixo um panorama do evento.

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Longa “A Flor do Buriti” sobre a resistência indígena no Brasil é premiado em Cannes

Cultura por RED 27/05/2023 15:11 FacebookTwitterWhatsAppMessengerCompartilhar

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O longa-metragem A Flor do Buriti recebeu o prêmio de Melhor Equipe na mostra Um Certo Olhar no Festival de Cinema de Cannes na noite de sexta-feira, 26. O filme fala da resistência do provo Krahô no norte do Tocantins.

O longa foi dirigido pelo português João Salaviza e pela brasileira Renée Nader Messora. A produção foi de Julia Alves e Ricardo Alves Jr. pela produtora Entre Filmes.

Segundo o g1, o filme é uma colaboração de muitos anos entre os diretores com a comunidade indígena. Em 2017, eles venceram o Prêmio Especial do Júri com o longa “A Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” também sobre os Krahô.

“É importante sublinhar que o nosso projeto com os Krahô não é um projeto artístico, é um projeto de vida”, afirmou o diretor João Salaviza.

Vencedor da crítica

Além de A Flor de Buriti, o filme Levante venceu o prêmio de Melhor Filme concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) durante a mostra Semana da Crítica.

Dirigido por Lillah Halla e protagonizado por Ayomi Domenica, o longa se passa em São Paulo e conta a história da adolescente Sofia que tem uma gravidez indesejada e vai em busca do aborto legal fora do Brasil.

Brasil em Cannes

O diretor cearense Karim Aïnouz está em Cannes com o longa em inglês Firebrand que conta a história da rainha inglesa Catherine Parr, a sexta e última esposa do rei Henrique VIII. O filme foi exibido na sessão Mostra Competitiva e conta com a atuação de Jude Law e Alicia Vikander.

Também presente na mostra está La Chimera, filme italiano dirigido por Alice Rohrwacher e protagonizado por Josh O’Connor, Isabella Rossellini, Alba Rohrwacher, Vicenzo Nemolato e a brasileira Carol Duarte. O longa conta a história de uma arqueólogo inglês que se envolve em um esquema internacional de artefatos etruscos roubados.

Já o diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho teve seu documentário Retratos Fantasmas, sobre o centro de Recife a partir do século XX, exibido durante a semana na Sessão Especial do festival. O longa chega nos cinemas brasileiros na segunda metade do ano.

O Brasil também marcou presença com a exibição do documentário Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema, coproduzido pela GloboNews, Globo Filmes e Canal Brasil sobre a vida e a obra do cineasta que ajudou a fundar o Cinema Novo. O filme foi exibido na sessão Cannes Classics e também será lançando aqui no país no próximo semestre.

Falando em coproduções, Os Delinquentes, de Rodrigo Moreno, foi feito em conjunto por Argentina, Brasil, Luxemburgo e Chile. O longa mostra o plano de dois bancários para cometer um roubo e deixar de trabalhar. O filme foi exibido na sessão Um Certo Olhar.

BAND NEWS – Flavia Guerra dia 20 maio = Destaques Festival CANNES

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Bing Vídeos

A Fipresci, Federação Internacional de Críticos de Cinema, premiou o longa brasileiro “Levante ” com outro troféu de melhor filme de estreia nas mostras paralelas do Festival de Cannes, neste sábado 27

 

“LEVANTE”, Filme brasileiro premiado em CANNES

May 27, 2023 - “LEVANTE”, Filme brasileiro premiado em CANNESA longa-metragem de Lillah Halla foi reconhecida por emocionar e dizer que direito ao aborto é direito humano. A Fipresci, Federação Internacional de Críticos de Cinema, premiou o longa brasileiro “Levante” com outro troféu de melhor filme de estreia nas mostras paralelas do Festival de Cannes, neste sábado 27. Exibido na Semana da Crítica, o filme da Lillah Halla foi premiado por combinar performances atraentes, montagem vibrante, música cativante e uma narrativa emocionante, mandando a mensagem de que o direito ao aborto são direitos.

 

O corajoso cinema brasileiro em Cannes

Artigo por RED - 27/05/2023 05:30 • - O corajoso cinema Brasileiro em cannes 

De LÉA MARIA AARÃO REIS*

Cannes este ano é uma festa para o cinema brasileiro. Não é nada, não é nada, o Festival de Cinema está emplacando sua 76ª edição. É o segundo mais antigo do mundo que perde apenas para o Festival Internacional de Cinema de Veneza criado sob o domínio do fascismo de Mussolini em 1932.

Mas nesse retorno ao tapete vermelho do Palais – o edifício-sede atual da festa, que sucedeu ao cinema instalado no prédio do cassino da cidade –; depois de exorcizada a pandemia e do isolamento imposto pela Covid, depois da retração econômica do nosso país, do desemprego em massa e de todas as desgraças frutos de um governo funesto instalado em Brasília, é surpreendente que o cinema nacional se faça presente, com força e qualidade, e chame a atenção na Croisette com os filmes que lá estão sendo exibidos até hoje, quando será anunciado o Palmarès.

Eles são quatro e mais uma produção Brasil-Argentina e outros países. Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema; Firebrand, de Karim Aïnouz; Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho; A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora; Levante, de Lillah Halla e Os Delinquentes, de Rodrigo Moreno, coproduzidos por Argentina, Brasil, Luxemburgo e Chile, presente na mostra Un Certain Regard com a história de dois bancários que odeiam o trabalho que fazem e resolvem cometer um roubo.

Um “poema de saudade” é como vem sendo chamado o doc sobre Nelson Pereira dos Santos de autoria da produtora Ivelise Ferreira, viúva do cineasta e da professora da UFF Aída Marques, e apresentado na última sexta-feira na sala Buñuel durante a mostra paralela Cannes Classics. O filme disputa o L’Oeil d’Or, prêmio concedido a produções de não ficção e analisadas por um júri à parte.

“A costura que as duas fazem nesse filme é um primor”, escreveu o crítico Rodrigo Fonseca depois de assisti-lo. “É comovente ouvir Nelson se abrir, elas deixando que ele conte a sua própria história através de entrevistas, na primeira pessoa, desde Rio 40 Graus, de 1955″.

Outro filme brasileiro selecionado para Cannes este ano é Retratos Fantasmas, o novo trabalho do celebrado diretor Kleber Mendonça Filho, um filme-ensaio sobre salas de cinema de antigamente, em sua cidade, no Recife, e integrante da Seleção Oficial de Cannes, mas fora da competição.

O diretor pernambucano é veterano de Cannes: já fez parte do júri do festival em 2021, competiu pela Palma de Ouro em 2019 com Bacurau (dirigido com Juliano Dornelles), e com Aquarius, em 2016. Retratos Fantasmas é o resultado de sete anos de pesquisas, filmagens e montagem. O personagem principal é o centro de Recife como espaço histórico e humano revisitado através dos grandes cinemas que atravessaram o século 20 como espaços de convívio.

Na Croisette desta semana, pelas notícias que chegam de lá, a interpretação de Jude Law como o Henrique VIII de Firebrand,* do diretor Karim Aïnouz, é uma sensação. O diretor cearense é outro veterano de festivais europeus e concorre à Palma de Ouro.

Disputou o Urso de Ouro da Berlinale com o belo Praia do Futuro 1, em 2014, e brilhou duas vezes na mostra Orizzonti, do Festival de Veneza: com o clássico O Céu de Suely, em 2006, e com Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (codirigido por Marcelo Gomes) em 2009. Em Cannes, Aïnouz ganhou o Prix Un Certain Regard, em 2019, pelo seu excelente A Vida Invisível e é o diretor do célebre Madame Satã, de 2002, do poético ensaio Aeroporto Central, de 2018 e do recente Marinheiros da Montanha, de 2021.

Firebrand é o primeiro filme em língua inglesa do brasileiro, é roteirizado pelas irmãs Henrietta e Jessica Ashworth e rememora os embates entre a rainha Katherine Parr e o rei Henrique XVIII, com quem ela foi casada. No pano de fundo, lances das intrigas palacianas e amorosas da época desta sexta e última mulher do rei vivida pela atriz sueca Alicia Vikander, também ela motivo de elogios entusiasmados pelo trabalho nesse papel.

Karim disse, em recente entrevista, que Firebrand foi gestado em meio à crise política vivida no Brasil em 2016, “embora eu não tenha feito nenhuma alusão direta a Dilma Rousseff”, ele ressalta. E comenta que o que o atraiu na personagem foi a sua relação com as figuras de (e no) poder: “É como se eu estivesse falando de uma mulher que se casou com o Trump e foi amiga do Che Guevara. Uma mulher em um trapézio político”.

Uma mulher que enfrentou o machismo e a intolerância do fedorento Henrique, o qual, por causa de uma ferida permanente e de uma prótese na perna, usava um forte e enjoativo perfume de flores para disfarçar o odor nauseabundo dele emanado.

A maternidade de Katherine Parr – acrescenta o cineasta – foi um ponto central na vida dela. Criou os filhos do rei, que não eram frutos legítimos dela, e toda a prole real se encantou com sua maneira maternal de ser e a via como uma mãe. Nessa tarefa que Katherine se impôs de educar uma nova realeza ela encontrou um caminho de moderação política.

Neste sábado, dia 27, o júri presidido pelo cineasta sueco Ruben Östlund vai anunciar os prêmios do Palmarès. Estimamos que ao menos um dos três cineastas brasileiros de excelência que se encontram na vitrina de Cannes, este ano, ganhe um ramo da palma de ouro maciço.

Será importante para reforçar, no mercado internacional de cinema, a resiliência e o vigor da arte e da nossa cultura diante da estúpida negação e do desprezo aos quais foram submetidas durante o tempo de ignorância fascista que acabamos de deixar para trás.

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*Jornalista carioca. Foi editora e redatora em programas da TV Globo e assessora de Comunicação da mesma emissora e da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Foi também colaboradora de Carta Maior e atualmente escreve para o Fórum 21 sobre Cinema, Livros, faz eventuais entrevistas. É autora de vários livros, entre eles Novos velhos: Viver e envelhecer bem (2011), Manual Prático de Assessoria de Imprensa (Coautora Claudia Carvalho, 2008), Maturidade – Manual De Sobrevivência Da Mulher De Meia-Idade (2001), entre outros.

Artigo publicado originalmente no portal Fórum21, disponibilizado pela autora que é leitora da RED. - Tradução de firebrand: agitador(a), militante, revolucionário(a). - Imagem em destaque: Cena de ‘Firebrand’, de Karim Aïnouz (Divulgação/Sony Pictures).

1 Praia do Futuro está disponível na Claro TV+

2 A vida invisível está disponível na Claro TV+

3 Aeroporto Central está disponível no Globo


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 26 MAIO 23

 

A AGONIA DO OCIDENTE

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Mundo Ocidental = https://pt.wikipedia.org/wiki/Mundo_ocidental

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A ONU é uma aliança de 193 estados membros de todas as regiões do mundo. As Nações Unidas são uma organização global que não se confunde com OCIDENTE nem com o que a IMPRENSA denomina CONCERTO INTERNACIONAL, geralmente referindo-se ao OCIDENTE. As tarefas da ONU são assegurar a paz, e proteger os direitos humanos e internacionais e promover o desenvolvimento sustentável de todas as nações do mundo com respeito à sua soberania territorial, seus valores e modos de ser. Todos os estados membros juntos cobrem uma área de 133,81 milhões km² e 7,88 bilhões pessoas.

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É muito comum ouvirmos nos meios de comunicação a expressão “mundo ocidental,” sempre com a conotação de que este não só é o centro do mundo como também aquele mais capaz de conduzir o progresso da humanidade sobre o primado da razão e da liberdade. Talvez tudo tenha começado lá na Antiga Grécia que acabou transferindo tais valores, sucessivamente, a Roma e depois do colapso daquele Império, a suas projeções sobre a Europa. No começo do século XIX a Doutrina Monroe, dos Estados Unidos, começou a tomar para aquele país, então emergente, uma certa “responsabilidade” sobre todo o continente americano, logo expandida por uma pretensão bem maior sob a égide do “Destino Manifesto”. O destino manifesto foi a crença de que os americanos deveriam expandir o território das Treze Colônias em direção ao oeste, rumo ao Pacífico. O termo foi criado pelo jornalista John Louis O'Sullivan, em 1845, para incentivar a ocupação das terras a oeste, expandindo o domínio americano para a costa do Pacífico. Em princípios do século XX os Estados Unidos começam a disputar com a Velha Europa a herança do dito Ocidente. Ted Roosevelt deu os primeiros passos no sentido de projetar internacionalmente os Estados Unidos, mas a consumação da hegemonia americana só iria se consolidar depois da I Guerra Mundial. Desde então, mas principalmente depois do fim da guerra fria, em 1991, Estados Unidos dão as cartas no mundo inteiro, graças à uma economia próspera, uma ubiquidade militar assegurada por mais de 800 bases no mundo e a capacidade de emitir uma moeda de referência para o mercado mundial, o dólar, sem qualquer lastro. Graças a isso, o american way of life se redistribui sobre várias áreas do globo conferindo aos americanos uma ascendência inequívoca mesmo no longínquo oriente, ou no extremo norte da Escandinávia, sem falar nos países da Oceania que desde seu nascimento já se identificavam com o mundo anglo saxão do Comonwealth. O Ocidente, enfim, cresceu e multiplicou-se sob o toque americano, diplomaticamente desastrado e economicamente prepotente. Claro que já não são usuais as canhoneiras da era britânica que singravam os mares do mundo para cobrar do domínio inglês. Agora, os mecanismos de dominação subjacentes à “cultura ocidental” vão se sofisticando, das intervenções militares à promoção de “revoluções coloridas” promotoras da liberdade em países pouco afeitos à governança do Consenso de Washington. Se necessário, aos rebeldes aplicam-se sanções devastadoras com vistas ao comprometimento de suas economias. É a “real politik” do mundo contemporâneo. A ela, entretanto, vão se somando ressentimentos que acabam afastando muitos países do dito “concerto internacional” do mundo regulado por regras, supostamente debitadas à Carta das Nações Unidas, mas não raro excepcionalizadas de acordo com interesses superiores: ameaça terrorista, eixo do mal, avanço do comunismo, populismo etc. Isso tem provocado o que muitos já denominam agonia do Ocidente, cada vez mais reduzido a interesses americanos. O caso da China é exemplar. Tomada como inimiga até o Governo Nixon, passou a importante campo de cooperação econômica na Era Clinton e hoje volta, novamente, pelo poder econômico que adquiriu como principal compradora em 160 países, a inimiga novamente. No seu rastro, diversos países asiáticos vão se afastando do “Ocidente” e isso fica evidente na questão da Ucrânia. A grande maioria dos países membros da ONU não acompanha os Estados Unidos e Europa Ocidental, sempre vistos, aliás, pelo “resto do mundo”, como potências coloniais ou neocoloniais. Daí que a África e América Latina em peso não validem na ONU as sanções contra a Rússia, mesmo condenando a invasão sobre a Ucrânia. Tudo como consequência da incapacidade de Washington manter-se fiel aos valores que proclama. América Latina, aliás, hoje tem apenas 3 governos mais à direita, próximos aos americanos. Culturalmente, nossa cultura, embora encoberta pelos “colonizadores”, sempre vicejou nas entranhas da Poesia contrapondo-se às tentativas de racionalização de Estados Nacionais superpostos. Hoje isso tudo vem à tona como afirmação identitária e nacional. O resultado, precipitado pela Guerra na Ucrânia, pois que ali se trava, na verdade, um confronto entre “Ocidente” e o resto do mundo, episodicamente expresso pela ação russa, é um crescente definhamento do dito mundo ocidental. É inquestionável o deslocamento do centro dinâmico do mundo do Atlântico para a Eurásia e o papel que aí cumpre a China em sua recuperação da potência que teve em tempos imemoriais. Quer isso dizer que o futuro será “amarelo”? Não necessariamente, até porque a China se concentra em negócios, não em ideologia. É muito comum dizer=se, até, que se o mundo indo-europeu que representamos é “religioso”, o mundo chinês é “´prático”, guia-se por máximas confucionistas e taoístas, Estamos, sim, diante do descongelamento de um bloco histórico cevado na Antiguidade Clássica e que caminha, certamente, para o realdeiamento, volta às aldeias, mais conformes aos costumes e tradições de cada povo. Muitos veem nisso retrocesso. Outros, ao contrário, a única chance da sobrevivência da paz entre os homens de boa vontade....

En su intento de perjudicar a la economía rusa, Europa pagará "un precio sorprendentemente alto"

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Aunque Occidente se esfuerza por encontrar algunas pruebas del agotamiento de la economía rusa debido a la operación militar y las sanciones impuestas, hay muchos indicios de que el deseo de los críticos de Rusia se vuelve contra ellos mismos.

Un artículo del periódico japonés Daily Shincho recuerda cómo los medios occidentales intentaron aprovechar el formato reducido del desfile del Día de la Victoria en Moscú, pero prefirieron ignorar que ese mismo año se inauguró en Moscú la línea de metro más larga del mundo, lo que requirió una inversión financiera mucho mayor que la emblemática conmemoración.

Ante esta discrepancia, la publicación resalta que la economía rusa obviamente mantiene su resiliencia. El artículo destaca perspectivas de producción futura ventajosas, junto con el índice de actividad empresarial del S&P Global que para Rusia fue muy intenso con un umbral que estuvo por encima de 50 puntos por duodécimo mes consecutivo. Al mismo tiempo, los pronósticos de producción futura alcanzaron su máximo por segunda vez en los últimos cuatro años.

Varios países del mundo optaron por continuar negocios beneficiosos con Rusia en lugar de sumarse a las sanciones occidentales que ahora dañan a los que las impusieron. Ejemplos claves constituyen China y la India, que aumentaron sus importaciones del país euroasiático y representaron casi el 45% de sus ganancias el año pasado, de acuerdo con el Instituto Peterson estadounidense.

 

 

Economía

El comercio entre Rusia y la India recibirá un "nuevo impulso" con la liquidación en yuanes chinos

16 de mayo, 19:10 GMT

La falla grave en términos de la eficacia de las restricciones económicas bajo los que está sometida Rusia es reconocida por una cantidad de instituciones extranjeras. El Centro de Estudios Estratégicos e Internacionales de EEUU admitió en su informe que "las efímeras esperanzas de un colapso de la economía rusa provocado por las sanciones se han visto disipadas por la recuperación de las instituciones financieras y el tipo de cambio de la moneda rusa".

Al mismo tiempo, Europa ya tiene que afrontar las consecuencias de sus decisiones, ya que al imponer restricciones, se han reducido notablemente sus propias oportunidades para el desarrollo. Sucede mientras la estrategia elegida de la destrucción total de la economía rusa mediante las herramientas de presión económicas y financieras "ha fracasado totalmente".

El tope de precios a los recursos energéticos solo ha estallado una grave crisis de energía en Europa, obligando a sus países a buscar en todas partes gas licuado para comprar. La publicación destaca que el invierno de 2022 ha sido el más templado en la historia de las observaciones, lo cual fue uno de los factores salvadores para el continente europeo y advierte de la alta probabilidad de que el invierno de este año agrave el estado de cosas para los europeos.

Mientras tanto, el Fondo Monetario Internacional prevé que la economía rusa crezca un 0,7% este año, lo que representará un mejor resultado en comparación con Alemania y el Reino Unido, que se contraerán un 0,3%, destaca el texto. Entre los Estados desarrollados de la Unión Europa, Alemania se ve como uno de los más afectados por sus propias decisiones y tiene que enfrentarse en marzo con la caída de la producción industrial a un 3,4% intermensual, lo cual es un indicador sustancialmente más alto de lo esperado, destaca el medio.

"Con un crecimiento negativo en el cuarto trimestre del año pasado, la posibilidad de una recesión en Alemania es cada vez más real", profundiza el artículo. 

EEUU "se asoma a la recesión económica" que podría producirse este año

17 de mayo, 08:47 GMT

Con la verdadera crisis bancaria que florece hoy en día en EEUU, Europa está bajo el peligro de agravamiento de sus problemas económicos. La inflación fuerza una revisión de los tipos de interés, lo que lleva a una situación en la que, al igual que en EEUU, los bancos de la UE sufren el deterioro de los márgenes. Como consecuencia, se detalla, las entidades financieras de la eurozona necesitaron reducir el crédito más de lo previsto en el primer trimestre de este año.

"En EEUU, cada vez se ven más situaciones en las que no se devuelven los préstamos inmobiliarios comerciales. Europa se enfrentará sin duda a un problema similar", reconoce el texto.

Teniendo este hecho en cuenta, se hace claro que "la burbuja inmobiliaria" se apodera en la eurozona. Sin embargo, Europa carece de los mecanismos de su aliado estadounidense para prestar ayuda a sus bancos en quiebra.

De este modo, el artículo concluye, que Europa podría acabar pagando "un precio sorprendentemente alto" como consecuencia de la situación en Ucrania


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 25 MAIO 23

 

🔆Temos um convite especial para você! Nos dias 24, 25 e 26 de maio, acontecerá o Seminário 100+50: Desafios do Governo Lula

RIO DE JANEIRO, com transmissão on line

 

Depois de quatro anos de desmonte e obscurantismo, assume o governo Lula com o desafio de deflagrar o processo de Reconstrução Nacional como transição para a implementação do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Neste seminário, promovido por 15 entidades reunindo destacadas lideranças brasileiras, vamos analisar este processo e debater os desafios que se apresentam ao atual governo.

A construção deste seminário, que reúne fundações de partidos políticos, entidades sindicais e estudantis, resulta de um processo de construção coletiva e unitária de forças políticas e sociais comprometidas com a retomada do desenvolvimento do país.

O evento terá 5 principais eixos temáticos: 

1. O DESMONTE

2. OS PRIMEIROS DIAS

3. O ARCABOUÇO FISCAL

4. A RECONSTRUÇÃO NACIONAL

5. A RETOMADA DO DESENVOLVIMENTO

Confira a programação:

⚡Dia 24 - Mesa 1 | O desmonte de Bolsonaro e os primeiros dias do governo Lula. (Às 19h no Sindicato dos Jornalistas - Rua Rego Freitas, 530)

Link de transmissão: youtube.com/@sindicatodosjornalistaspro3807 

⚡Dia 25 - Mesa 2 | O arcabouço fiscal e a política de reconstrução nacional do governo Lula - (Às 19h na sede da UMES - Rua Ruy Barbosa, 323)

Link de transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=22Xo_6oZ16c 

⚡Dia 26 - Mesa 3 | A reconstrução nacional e o novo projeto nacional de desenvolvimento = (Às 19h, no Sindicato dos Engenheiros - Rua Genebra, 25)

Link de transmissão: https://www.youtube.com/live/GEyCFIAE-cM?feature=share 

A decisão, ontem, do Relator da Medida Provisória que reorganizou o Governo Federal para o exercício do mandato Lula III, aprovada pela Câmara dos Deputados, fere uma tradição de deixar o Governo organizar a estrutura administrativa com vistas à melhor cumprir suas promessas de campanha. Tudo indica que, na iminência de caducar dita MP, a articulação política do Planalto engoliu em seco as modificações que retiraram poder estratégico de Marina Silva no M. Ambiente e Sonia Guajajara, no Ministério dos Povos Indígenas. A confirmar. Mas preocupante pois já não basta a tensão com Marina com relação aos poços da Petrobrás na Foz do Amazonas, agora lhe retiram mais atribuições. Veremos como ela reagirá. Sonia Guajajara já chiou dizendo que lhe arrancaram o coração do novo Ministério: a demarcação das terras indígenas. Além disso, a decisão do Congresso, repercutida em toda a imprensa, traz à tona a questão da concertação dos Poderes no interior da República. No Governo passado, o confronto do Executivo com o Judiciário foi uma constante. E, com relação ao Legislativo, sobretudo Câmara dos Deputados, cujo Presidente sentava-se em cima de uma centena de pedidos de Impeachment de Bolsonaro, a fórmula foi mais simples: Orçamento Secreto. Com este instrumento o Governo entregou o Orçamento para os deputados federais que passaram a consubstanciar um novo regime no Brasil: O parlamentarismo de coalizão. Uma inversão do Presidencialismo de coalizão, feliz expressão de Fernando Abrucio, cientista político da FGV, para caracterizar o regime de gestão da União advindo da Constituição de 88. O Presidente passou a ser, rigorosamente, uma Rainha Vitória, com o que, aliás, ajustou-se Bolsonaro, pouco afeito ao duro trabalho da administração diuturna do Governo. Sempre preferiu o palanque e acabou transformando o cargo numa plataforma eleitoral. Agora, com a eleição de Lula, este parlamentarismo de coalizão, sob a égide de Artur Lira, o Imperador, resiste ao retorno do Presidencialismo. Não é que Lula não compreenda as transformações ocorridas no país nos últimos 20 anos. Ele compreende mas não aceita. Quer de volta, na forma de Lei, o Presidencialismo. O Congresso reage. Ontem, modificando a MP da reestruturação do Governo , agora procrastinando, no Senado a aprovação do Arcabouço Fiscal. Lira, inclusive, não brinca e manda recados ao Governo:

 

Veja quatro recados de Arthur Lira ao governo Lula

Presidente da Câmara já criticou a articulação do governo no Legislativo. E disse que o Executivo precisa 'entender' que Congresso conquistou 'maior protagonismo' nos últimos anos.

 

É preciso, portanto, refletir sobre este processo. Afinal, queremos Presidencialismo ou Parlamentarismo?

O parlamentarismo é um sistema de governo de caráter representativo, no qual a direção dos assuntos de interesse público é atribuída a um gabinete ministerial que é formado no parlamento, a quem o voto de confiança ou desconfiança é submetido. Atribui o Governo a um representante do Congresso e a Chefia do Estado a um Presidente, eleito, seja indiretamente pelo Congresso, seja por voto direto. O Brasil já se pronunciou através de plebiscito duas vezes reafirmando a vontade dos eleitores de permanecerem no Presidencialismo. Mas lentamente o Congresso foi ganhando força e hoje, simplesmente, confronta-se com o Poder Executivo. E se confronta com inequívoca capacidade representativa eis que expressa com maior fidelidade e diversidade as características de distintos segmentos da população, hoje aglutinada em torno de uma infinidade de interesses. Daí dizer-se que o Congresso tenha se transformado numa imensa Câmara de Vereadores, sem qualquer viés e afinidade com as estratégias nacionais de desenvolvimento. O próprio Artur Lira defende isso, dizendo que, assim, os parlamentares se aproximam das aspirações locais e regionais e se legitimam como seus representantes. Mas, com isso, também, vão pelo ralo as concertações que fizeram a grandeza de mandatos como o de Vargas e JK, ambos ancorados na ideologia desenvolvimentista transformadora do país. No modelo do parlamentarismo de coalização de Lira, o Congresso vira um puxadinho dos Municípios.

Há, pois, que se trazer esta questão do regime do governo à tona. Ou reafirmamos a vontade do povo pelo presidencialismo ou capitulamos a este modelo que reproduzirá o país como a democracia do II Império o fez no Século XIX: Um modelo liberal de conservação, quando o país necessita de mudanças estruturais.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 24 MAIO 23

 

O PETRÓLEO É NOSSO; A AMAZÔNIA TAMBÉM...

O governo Lula III começou, em 8 de janeiro, com um grande embate contra a tentativa frustrada de golpe perpetrada por bolsonaristas num plano primário, sem qualquer apoio internacional e sem comando efetivo. Se tivesse vingado, Bolsonaro e seus acólitos, todos distantes e meio escondidos, sem afirmar claramente o propósito da tomada do poder, seriam as primeiras vítimas. Recorde-se o 31 de março 1964, aplaudido até por JK, para não falar dos governadores Carlos Lacerda e Ademar de Barros, RJ e SP, respectivamente. Acabaram cassados. Lula obrou bem, melhor do que Biden nos Estados Unidos, e consolidou, com o apoio do Legislativo e Judiciário, além da Imprensa, o caminho democrático. Resta, agora, aos bolsonarista implicados no 8 de janeiro, as penas da Lei e aos que os representam no Congresso os gritos na CPI do MST. Nada de novo. Esta é a quarta ou quinta CPI contra um Movimento que mais do que ocupar terras, embora o tenha feito garantindo o assentamento de 1 milhão de famílias hoje dedicadas ao cultivo orgânico, tem o caráter de Movimento Social Organizado, aliás, devidamente organizado. Os cães ladram e a caravana passa...

Depois Lula enfrentou pequenos contratempos, como o que o levou a substituir o Comandante do Exército e a demitir o general Ministro Chefe da DSI, que o acompanhava há muitos anos. Nada demais. Limpeza do terreno para a boa e fiel governança.

Agora Lula tem pela frente um verdadeiro dilema: Arbitrar a questão da extração de petróleo na foz do Amazonas, na qual se antepõem, numa reedição de Belo Monte, Marina Silva, contra e a PETROBRÁS, a favor da abertura de poços que podem duplicar a produção brasileira de petróleo convertendo-o num dos grandes produtores mundiais. Aparentemente, o conflito coloca ambientalistas e desenvolvimentistas em confronto. Mas a presença de MARINA SILVA, Ministra do M. Ambiente à frente dos ambientalistas, torna a decisão de Lula, aparentemente favorável à PETROBRÁS, mais grave. Marina tem um reconhecimento nacional e internacional imbatível. Se Lula optar pela PETROBRÁS e ela sair do Governo, Lula perde o encanto que o envolve na defesa da Amazônia, que hoje, importa tanto pela sua importância para o clima do mundo, quanto pelas repercussões sobre os povos originários. Será uma decisão difícil para Lula que tem se comportado no tom e ritmo da Frente Ampla que sustentou durante a campanha e sem a qual jamais teria batido Bolsonaro. Nisso lembra Tancredo Neves, de quem ouvi várias vezes no Senado, a proclamação de que devíamos ser sempre radicais na análise e moderados na ação política. Lula faz isso como poucos. Veja-se o caso do preço dos combustíveis. Poderia ter simplesmente dito que romperia com a paridade internacional e “abrasileiraria” ditos preços. Optou por afirmar que incluiria novas variáveis aos preços internacionais. Saída pelo centro. Fez o mesmo com o Teto de Gastos, ontem sepultado na CÂMARA DOS DEPUTADOS, em favor do Novo Arcabouço Fiscal, verdadeira jóia centrista. Poderia ter seguido na ação o que até diz diariamente: Precisamos de equilíbrio fiscal com justiça social. Mas fortaleceu Haddad com uma saída ao centro: “Arcabouço Fiscal”. Na questão do GSI também optou pela solução intermediária, mantendo um general no comando e evitando fazer o que Dilma fez: fechá-lo. Este o estilo de Lula e que deverá prevalecer na questão, agora, do petróleo na foz do Amazonas. Foi colhido de surpresa pelo anúncio, precipitado, da PETROBRÁS. Agora procurará ganhar tempo, vai exigir novos estudos, cozinhar o galo e anunciar ao mundo que o Brasil vai duplicar sua produção de petróleo. Com isso mantém altas as cotações das ações da Petrobrás, satisfaz os desenvolvimentistas e ainda reforça a dicção da âncora cambial do país, que é uma das nossas particularidades entre os emergentes, mas não deixará abrir os poços na foz do Amazonas imprudentemente. Poucos países, aliás, exceção aos exportadores de petróleo, diga-o a Argentina, têm a capacidade de exportação que lhes garanta um avanço seguro em direção à novas fronteiras da tecnologia, da transição energética e do mercado global, como o Brasil. Lula tudo fará para não perder o “encanto” que a presença de Marina Silva lhe confere como defensor da Amazônia aos olhos do mundo e dos brasileiros. Vai ganhar tempo e tem tempo para ganhar. Está no começo do governo.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 23 MAIO 23

 

Vini Jr: A gota d´água

 

Racismo no futebol - 4 suspeitos pelo boneco que representou Vini Jr. enforcado são detidos - A repercussão dos ataques racistas dentro e fora do futebol

 

Governo repudia ataques racistas a Vini Jr. e pede providências às autoridades da Espanha e à FIFA

Nota repudia racismo de torcedores contra jogador do Real Madrid 'nos mais fortes termos' e pede punição e ações preventivas. No Japão, Lula também cobrou providências.

 

Vini Jr.: Itamaraty cobra embaixadora da Espanha por telefone; persistência dos crimes espanta, diz secretária-geral

O Brasil expressou posição de repúdio e cobrança em relação ao caso de racismo contra o jogador, durante partida pelo campeonato espanhol neste domingo (21). Ataques racistas ao atleta são contra todos os afrodescendentes e toda a humanidade, diz secretária-geral do Itamaraty.

 

Real Madrid denuncia crimes de ódio e discriminação contra Vinícius Jr. ao Ministério Público espanhol

Brasileiro, que joga no clube madrilenho, paralisou jogo contra o Valencia para denunciar torcedores que o chamavam de 'macaco'. Chefe da liga espanhola negou haver racismo na Espanha, mas presidente da federação espanhola de futebol pediu que CBF ignore 'comportamento irresponsável' da La Liga.

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O episódio de Vinicius Jr., vítima de recorrente ataque racista de uma torcida adversária em partida de futebol da Espanha, traz à tona a questão do racismo e repercute internacionalmente. Em boa hora governo brasileiro repudiou ataques e pede providências às autoridades espanholas e à FIFA. Não é por acaso, porém, que a vítima seja um brasileiro e que este brasileiro se tenha indignado perante o ataque vindo a seguir ser expulso de campo. Por que não é acaso ser um brasileiro? O Brasil é um país de maioria negra, fruto de mais de 300 anos de escravidão africana. De nada adiantaram as políticas de branqueamento da população trabalhadora tomadas pela Boa Sociedade branca e escravocrata no século XIX. Negros constituíam o grosso da população do país e mesmo sob intensa mestiçagem projetaram-se como maioria entre-nós. Mesmo no Rio Grande do Sul, cuja presença negra é costumeiramente negada, os negros constituíram cerca de 30% de nosso contingente demográfico e tiveram decisivo papel, inclusive, na formação e desenvolvimento da cultura gaúcha. No Brasil, apesar da marginalização a que foram expostos os escravos libertos, atirados às margens das cidades, sem qualquer indenização histórica pelo seu cativeiro, a cultura negra afirmou-se e ganhou um relevo hoje evidente em todos os campos da vida nacional. O carnaval e o futebol foram os refúgios deste segmento da população que aí demonstrou seu talento, mas mesmo assim, sempre ocupando papel de protagonista, jamais dirigente. Não há pretos cartolas, embora, por primeira vez um baiano negro presida a CBD. Verdadeira exceção. Mas já nos anos 1930, graças à ação de intelectuais negros como Abdias do Nascimento, patrono do Movimento Negro no Brasil, este povo saiu dos guetos e começou a questionar o racismo estrutural reinante no país. Conheci-o quando deputado federal e dele ouvi, várias, vezes que foi aquela centelha, na qual teve decisivo papel, que incendiou o movimento negro nos Estados Unidos, ao contrário do que muitos dos críticos pensa. Todas as manifestações da cultura afro-brasileira foram oficialmente reconhecidas, sobretudo na religião, verdadeiro coração de sua identidade. O Teatro Negro cresceu e teve espaço com autores e diretores negros até no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, embora, lamentavelmente, não tenha tido o papel que já merecia na Semana de Arte Moderno de São Paulo, em 1922. Outro passo importante foi a criação de cotas em Universidades e empregos públicos para a população negra, cujo balanço positivo é hoje reconhecido. O reflexo disso se percebe hoje no comportamento indignado de Vini Jr. O Movimento Negro amadureceu e já se projeta fortalecendo a consciência deste povo onde ele se encontre. Ora num campo de futebol, ora num avião quando uma passageira negra é expulsa pela Polícia, ora nas ruas, quando são vítimas de preconceito e ataques. Hoje, a questão do racismo é fundamental ao aprofundamento da democracia entre nós. O caso Vini Jr. O demonstra e exige não apenas simpatia à causa que longe de ser “negra”, é uma causa da defesa civilizacional. O Brasil negro despertou e pede passagem no concerto democrático da Nação. 

Anexos:

O Assunto g1 dia 23 de maio 2023

Vinícius Jr. e a reação contra o racismo na Espanha 

No último domingo (21), a partida entre Real Madrid e Valencia, pelo Campeonato Espanhol, foi o cenário do mais grave ataque racista contra o atacante brasileiro. Nos últimos minutos do jogo, Vini Jr. identificou os torcedores que iniciaram os gritos e cânticos criminosos, e exigiu alguma reação da arbitragem. No meio da confusão, trocou agressões com um adversário e foi expulso pelo árbitro - ele foi o único punido em campo. Para explicar por que Vini Jr. é o principal alvo de uma cruel campanha de ódio racial na Espanha e o que vem sendo feito para punir os criminosos, Natuza Nery conversa com dois jornalistas: Fernando Kallás, correspondente de esportes da Reuters na península ibérica, e Paulo Cesar Vasconcellos, comentarista da TV Globo e do Sportv. Neste episódio:

Kallás descreve as dez denúncias de racismo contra Vini Jr. abertas apenas nesta temporada do futebol espanhol – e como esses casos “foram arquivados e nunca foram julgados como delito de ódio”. Dentro do contexto esportivo, ele afirma que “nenhum clube sofreu nenhuma punição” pelos atos racistas de seus torcedores;

Ele relata que, pela primeira vez desde que a onda de ataques racistas começou, o atleta está “mais do que arrasado, está revoltado”. Além das ofensas, Vini Jr. precisa lidar com a inação da La Liga (organizadora do campeonato espanhol) e com o racismo velado da imprensa local. “Tudo isso começou em um programa de televisão, com racismo e xenofobia”;

PC Vasconcellos analisa "o silêncio e a omissão” de diversos atores sociais para que o racismo chegasse ao atual estágio no futebol espanhol. E destaca as “boas notícias” que resultam deste caso: o posicionamento do presidente brasileiro, o acordo de colaboração entre Brasil e Espanha contra o racismo e a xenofobia e o fato de “um jovem preto de 22 anos se manifestar e chamar a atenção do mundo”;

PC relaciona o crescimento no número de episódios de racismo ao “avanço da extrema direita pelo mundo”, e afirma que as punições “se mostram insuficientes para a situação ser modificada”. “A minha razão é de pessimismo, mas quando vejo um comportamento como o do Vinícius passo a ficar mais otimista”, conclui.

 

O que você precisa saber:

La Liga: jogo é interrompido por racismo contra Vinícius Jr.// Vini Jr: 'Não foi a 1ª, nem 2ª e nem 3ª'; 10 casos de racismo// Governo: repudia ataques a Vini Jr. e pede providências// Lula: cobra ações contra racismo sofrido por Vinícius Jr.// Espanha: primeiro-ministro repudia ódio e xenofobia// Real Madrid: denuncia crimes de ódio e discriminação


Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 22 MAIO 23

 

Os párias da Boa Sociedade

 

'Vim para desaparecer': a perigosa cidade subterrânea onde vivem centenas de pessoas em Las Vegas

Centenas de pessoas em situação de vulnerabilidade vivem embaixo do glamour dos cassinos de Las Vegas.

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Toda sociedade tem seus párias, gente excluída e discriminada que acaba excluída das oportunidades. Reportagens dão conta de que mesmo em cidades milionárias do centro do mundo há gente morando em subterrâneos. No Brasil os mais visíveis nas grandes cidades são os moradores de rua, em número crescente e sem qualquer solução por parte do poder público. Antigamente era usual a prática de higienização que consistia na proibição sumária deles pelas vias públicas. Em alguns casos, na década de 1960, no Rio, ficou famoso o caso de mendigos jogados no Rio Guandu. Contemporaneamente, eles são tolerados com base numa interpretação cristã liberal dos Direitos Humanos e perambulam como zumbis pelas cidades. A sociólogo Maria Hermínia de Almeida, tratou deste assunto recentemente num artigo publicado na FSP sob o título “No centro da maior cidade brasileira o horror impera” - 

Colunas: Maria Hermínia Tavares/2023- Centro-da-maior-cidade-brasileira-o-horror-impera - e destaca:

“Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vivem nas ruas pelo menos 280 mil brasileiros —uma Governador Valadares (MG). Os sem-nada cresceram mais de 200% entre 2012 e 2022, ou 20 vezes o aumento da população em geral no período. Tamanho inchaço tem relação direta com a prolongada crise econômica da última década e a explosão do mercado de drogas.

É de pasmar: só no fim da primeira década deste século o Brasil definiu uma linha de ação para lidar com a tragédia, dando origem à chamada Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPR), de 2009. Compreende uma visão atualizada de inclusão e garantia de direitos, além de estabelecer programas e formas de cooperação entre o governo federal e os municípios. No ano seguinte, o público-alvo foi incorporado ao Cadastro Único que dá acesso ao Bolsa Família; em 2011, teve abertas as portas do SUS.”

Não obstante, as ações das Administrações Municipais, envolvidas na gestão de escolas, saúde e problemas urbanos, ainda não incorporou devidamente em suas Agendas a Questão Social, seja na promoção do emprego, seja no atendimento de necessidades sociais dos vulneráveis. Os Conselho Municipais de Ação Social deveriam ser ampliados no seu escopo e mais aparelhados como instrumentos de consulta e intervenção sobre estes segmentos. Por que não se criar, à semelhando do CONSELHO TUTELAR um instrumento de ação mais eficaz sobre os vulneráveis?

Outro segmento pária é o dos detentos e ex detentos. O número de encarcerados, no Brasil, é alarmante: quase 1 milhão. Maior parte de jovens pilhados como traficantes de menor porte e que acabam levando suas companheiras também para a prisão. Ficam os filhos abandonados à própria sorte e acabarão aumentando as fileiras dos moradores de rua. Os donos do tráfico, porém, mercê de seus recursos, mesmo quando presos acabam com melhor sorte. 

Duas matérias neste fim de semana me chamaram a atenção sobre o ex detentos. Um Editorial da FSP de ontem, abaixo transcrito, revela que superlotação reduz expectativa de sobrevida dele. Pasmem: 

“Um ano e meio: esse é o tempo médio de vida de egressos do sistema penitenciário brasileiro. Segundo pesquisa contratada pelo Conselho Nacional de Justiça, saúde e vinculação ao crime são os principais fatores de risco de pessoas que saem da prisão.

O levantamento, feito por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e do Insper, analisou um escopo de 1.168 processos judiciais de todos os estados entre 2017 e 2020.”

Outra matéria, da Agência Pública, de São Paulo, revela uma situação paradoxal: detentos saem à liberdade com vultosas e impagáveis multas geradas nas suas ações judiciais, pois além da pena são-lhe imputadas multas e custas. Os depoimentos ali relatados são constrangedores. A matéria explica que antes da Lavajato estas dívidas eram perdoadas mas o Supremo passou a exigir o pagamento diante dos casos de condenação por corrupção. Ora isso se estendeu a todos os ex detentos dos quais se espera uma ressocialização. Impossibilitados de pagar dívidas que chegam a 30 mil reais e ainda sujeitos aos preconceitos da sua condição, são barrados no mercado de trabalho.” Segundo dados do Tribunal de Justiça (TJ-SP), no estado de São Paulo, os casos passaram de 06 em janeiro de 2020 para 208 mil em março de 2023. (...)A experiência de fazer essa reportagem me mostrou que, sob o argumento de estarem aplicando a lei, os juízes que aplicam as penas de multa têm contribuído para dificultar a ressocialização de pobres condenados.” 

 

Ora, são questões como dívidas dos ex detentos, preconceitos contra eles e baixa capacidade das Prefeituras lidarem com eles que acabam levando=os ao desespero do álcool, da droga e da reincidência no crime. Hora de se chamar a atenção sobre esta chaga aberta da sociedade se não quisermos ver disseminados pelo país as cracolândias da vida e morte dos Severinos urbanos.

 

Anexos

Morte em liberdade = Editorial Folha de S. Paulo 21 de maio 23 - CNJ revela que superlotação reduz expectativa de sobrevida de ex-detentos.

Um ano e meio: esse é o tempo médio de vida de egressos do sistema penitenciário brasileiro. Segundo pesquisa contratada pelo Conselho Nacional de Justiça, saúde e vinculação ao crime são os principais fatores de risco de pessoas que saem da prisão.

O levantamento, feito por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e do Insper, analisou um escopo de 1.168 processos judiciais de todos os estados entre 2017 e 2020.

Foram analisadas mortes dentro do sistema prisional e fora dele, quando a pessoa ainda tinha algum vínculo com a Justiça criminal.

No primeiro caso, prevalecem como causas doenças do aparelho circulatório, sepse e pneumonia, além de traumas violentos como enforcamento e estrangulamento.

A contumaz superlotação dos presídios contribui para condições de vida degradantes que geram problemas de saúde e estimulam a violência. De acordo com dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 566.396 condenados pela Justiça viviam em regime fechado em 2021, e o sistema tinha um déficit de vagas de 180.696 —ou 1,3 preso por vaga.

Ademais, em 70,43% dos casos de óbito no cárcere, não há informações sobre a instauração de algum tipo de investigação. Há também precariedade de dados sobre cor, comorbidades, escolaridade etc.

O quadro é igualmente preocupante no ambiente externo. A morte acompanha o ex-detento, seja pelas consequências da superlotação de presídios, como as doenças, seja porque a liberdade não rompeu o vínculo de vulnerabilidade ante o crime, dada a ausência de políticas sociais de reinserção.

Ferimento por arma de fogo e hemorragia de causa não especificada são os dois principais fatores que levam egressos do sistema ao óbito, seguidos de doenças do aparelho circulatório. Esses dados, combinados com o baixo tempo médio entre a saída da prisão e o falecimento (1,5 ano), revelam o impacto do encarceramento em massa mesmo em liberdade.

O Estado é responsável pela segurança dos apenados e também tem o dever de prover condições dignas de vida no sistema prisional.

Acabar com a superlotação, melhorar a infraestrutura do cárcere e promover políticas de reinserção do ex-detento à sociedade são medidas que não só seguem princípios básicos dos direitos humanos como beneficiam toda a sociedade, ao contribuir para a queda de índices de criminalidade e violência.

 

Poluição ideológica - O Estado de S. Paulo

PRISÃO COM DÍVIDA – Agencia Pública

 

“Salve, José, meu aliado. Na paz? Mano, você que trabalha nessa parada de jornalismo, tem uma fita esquisita que tá acontecendo com um conhecido aqui da quebrada. Vai vendo: tem um parceiro que saiu da cadeia e depois de uma cota ficou sabendo que estava devendo uma multa de R$ 30 mil pro estado. O mano tá em choque. Tá ligado o que é isso?”

Foi assim, numa conversa por telefone com um amigo, que me deparei, pela primeira vez, com a informação de que pessoas condenadas estavam saindo da prisão com dívidas, mesmo após cumprirem a pena privativa de liberdade. Na época, a princípio, me pareceu absurdo, sem sentido e de se tratar de uma situação específica. No entanto, quando o assunto envolve pobre e justiça, há de se considerar que algo errado ou injusto pode estar acontecendo.

 

Comecei a pesquisar o tema. Em pouco tempo, vi que de fato há alguns crimes em que a pessoa pode ser condenada à prisão e ainda ter que pagar uma multa. Então entrei em contato com ele para pedir o telefone do rapaz que havia relatado sobre a dívida, para entender a história a partir do seu ponto de vista. 

 

“Meu parça, lembra daquela história do seu amigo que saiu da cadeia com uma multa? Você tem o contato dele?”, perguntei.

 

 

“Mano, não tenho. Mas amanhã vou num projeto social lá na Favela da Felicidade encontrar uma rapaziada que saiu do sistema. Se quiser colar, me dá um salve. Você é bem-vindo”, ele respondeu.

 

No dia seguinte, cheguei na sede da associação às 9h30 e algumas pessoas já estavam por lá. Naquela manhã eles se reuniram para participar de um projeto de arte relacionado à vivência no cárcere. Dali, uma van iria levá-los para o ateliê de um artista plástico. Antes de saírem, sentamos em cadeiras organizadas em um círculo, e fui convidado a falar o motivo da minha presença.

 

Diante do pouco tempo para me explicar - a van estava a caminho -, fui direto ao ponto: “Rapaziada, primeiro, agradeço o espaço e a oportunidade. Meu nome é José, sou repórter e trabalho para um site, um veículo de comunicação independente, que se chama Agência Pública. Estou começando a fazer uma reportagem sobre pena de multa. Alguém sabe o que é? Tem multa para pagar ou conhece alguma pessoa que está nessa situação?”, indaguei aos presentes. 

 

Sem demora, diversas pessoas começaram a contar experiências que elas mesmas ou conhecidos estavam passando. O assunto foi crescendo, vários relatos surgiram. Alguns contaram que estavam com dívidas de R$ 16 mil, e até de R$ 30 mil. Enquanto algumas pessoas se mostravam revoltadas, outras se diziam prejudicadas com os valores cobrados pela Justiça. Logo notei que, se naquele espaço com apenas dez egressos havia tantos casos, tudo indicava que a situação era mais grave do que eu pensava. Por conta do tempo curto, tomei nota dos relatos, peguei alguns contatos e saí de lá para continuar apurando a reportagem. 

 

Nos 4 meses após aquela ligação, encontrei diversos outros casos, ouvi relatos de quem acompanha o assunto de perto, levantei dados, apurei informações e conversei com uma série de especialistas. Descobri que o número de pessoas que precisam pagar multas para o Estado é muito maior do que aquele pequeno grupo que conheci na sala do projeto social. Segundo dados do Tribunal de Justiça (TJ-SP), no estado de São Paulo, os casos passaram de 06 em janeiro de 2020 para 208 mil em março de 2023. 

 

O crescimento vertiginoso tem a ver com o julgamento de réus em dois conhecidos casos que deram vários nós no sistema de Justiça e na política brasileira: a operação Lava Jato e o Mensalão. No passado, a pena de multa era aplicada, mas a Fazenda Pública deixava de executar a maioria das cobranças por considerar que o custo que a pessoa condenada tinha com o processo era maior do que a quantia a ser paga. 


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 19 MAIO 23

 

A economia melhora mas há desafios

Lu Aiko Otta - Secretário do PPI fala sobre o novo PAC

Gilvanmelo- Lu Aiko

Eduardo Rocha* - Economia informal e saúde fiscal: a contradição em busca da superação

Gilvanmelo/ Eduardo Rocha... 

 DOCUMENTO

ESTADAO entrevista Mariana Mazzucato ‘Os governos ficaram viciados em consultorias e pararam de investir em pessoal’, diz economista.doc • versão 1

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Os últimos indicadores da economia para este ano indicam uma ligeira melhora. O IPEA e mesmo alguns grandes bancos indicam um crescimento do PIB perto de 2%, o que seria um grande êxito diante dos percalços gerados pelo alto nível dos juros que levam não só a um recorde na inadimplência de famílias e empresas, como ao anúncio de apertos no emprego de grandes magazines como Lojas Marisa. A Magazine Lu, aliás, apresentou uma perda de cerca de R$ 170 milhões no primeiro trimestre. A inflação também está relativamente contida, sendo de se esperar um alívio menor nos meses de maio e junho em razão da baixa nos preços dos combustíveis. Governo promete 5% neste ano, Mercado 6%, números mais baixos que vigentes na União Europeia e sinalizadores de que estamos muito melhor do que Turquia e Argentina. O câmbio é outra variável positiva: o dólar caiu abaixo dos R$5,00 e, à vista da safra recorde de grãos para o ano, superior a 330 milhões de toneladas, tudo indica que não teremos nenhum susto. Continuamos como um dos poucos países emergentes com elevadas reservas internacionais e fluxos positivos de comércio exterior. O emprego, enfim, ainda oscila muito. Os empregos criados tampouco são animadores. No RS houve uma queda nos últimos meses mas tem a vantagem de estar voltando aos níveis anteriores à pandemia. De outra parte, a aprovação do regime de urgência para o novo marco fiscal e a perspectiva de aprovação ainda neste ano da Reforma Tributária são alentadoras para a retomada do crescimento. A economia, enfim, não é aquele paraíso da retomada do crescimento prometida por Lula na campanha, mas apresenta indicações de que reage bem. Aliás, já no último trimestre do ano passado vinha dando indicações positivas. Mas há desafios: Um deles é a persistência dos altos juros que não deverão baixar significativamente neste ano, embora se preveja algum alívio em agosto. Outro, o programa de investimentos governamentais, ainda um pouco emperrado. Muitos reclamam que não basta o “Projeto Lula III”. Faz-se necessário uma grande marca para seu governo atual, mais além da retomada da Política Social com o Bolsa Família, Minha Casa/Minha Vida e Valorização do Salário Mínimo, tal como os Presidentes clássicos como Vargas e JK, tiveram. A abertura dos novos campos do pré-sal na foz do Amazonas, aliás, a 500 km desta foz, que poderia dar um grande impulso aos investimentos da Petrobrás em sustentação à reindustrialização parece estar comprometida com o óbice do IBAMA. E os Acordos com a China não serão implementados ainda neste ano. De qualquer forma, há que se salientar a relativa vitória do Ministro Haddad no comando cauteloso da pasta que, enfim, tem papel fundamental para a tão almejada retomada do desenvolvimento.


 Editorial: NOVA POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS

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Assunto g1 dia 17 de maio 23

Petrobras e a nova política de preços

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/05/17/o-assunto-962-petrobras-e-a-nova-politica-de-precos.ghtml 

Café da Manhã Podcast Folha Uol 

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/05/podcast-explica-como-mudanca-na-politica-da-petrobras-chega-as-bombas-de-gasolina.shtml 

Podcast explica como mudança na política da Petrobras chega às bombas de gasolina. Estatal anuncia redução de preço nas refinarias, mas queda ao consumidor depende de postos e distribuidoras

TV 247 Últimas notícias Poder Brasil 

Folha e Estadão choram o fim da PPI, que sugava a renda dos brasileiros para favorecer acionistas privados da Petrobrás; Imprensa tradicional demonstra novamente que não está a favor da população brasileira = Leia mais »

Lula: decisão da Petrobrás de mudar política de preços é "vitória do povo"=A nova estratégia da estatal deixa de seguir o preço de paridade de importação de combustíveis, que contribuiu para o encarecimento dos insumos Leia mais »

Após fim do PPI, Petrobrás anuncia redução de R$ 0,44 no litro do diesel e de R$ 0,40 na gasolina -Também nesta terça-feira, a companhia anunciou uma mudança em sua política de preços, com o fim dos Preços de Paridade de Importação Leia mais »

Em quase sete anos de PPI, o gás de cozinha aumentou 223,8% na refinaria, custando R$ 108, em média, para o consumidor. Antes do PPI, o botijão custava R$ 55 = Leia mais »

 

fup.org.br = https://fup.org.br › Destaque Principal - O pesadelo chegou ao fim. Um dia para ser comemorado', diz FUP sobre nova política de preços de combustíveis. 16 maio 2023 

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Enfim, uma nova política de preços da PETROBRÁS, com vistas ao “abrasileiramento” dos preços dos combustíveis, compatível com o fato de que somos um dos grandes produtores mundiais de petróleo, prestes ao ingresso na OPEP. Nada propriamente inédito, nem surpreendente, tanto que o dito Mercado já havia “precificado”, como eles dizem, esta decisão e nem se abalaram com o anúncio. No mesmo dia, a Bolsa de Valores de São Paulo caiu, por razões externas, enquanto o valor da ação da PETROBRÁS subia. Nenhum susto tampouco no câmbio. O dólar tem flutuado numa faixa bem mais baixo daquela que havia no final do reinado de Paulo Guedes/Bolsonaro. Isso porque a coligação vencedora nas eleições do ano passado e que consagrou o terceiro mandato de Lula sempre foi crítica ao sistema de paridade internacional e o próprio candidato havia se comprometido a mudar a política de preços da PETROBRÁS. Ontem, ele exultou e afirmou tratar-se do cumprimento de mais uma promessa de campanha. A chiadeira, portanto, contra a nova politica da PETROBRÁS nem é do mercado, nem é da Oposição, eis que ficaria muito mal se ficasse frontalmente contra a queda de preços dos combustíveis. O mesmo ocorreu, aliás, em 2021, diante das gestões de Bolsonaro para cortar os impostos federais e estaduais – ICMS – com vistas à redução de preços do gás, dieses e gasolina. A bancada de esquerda no Congresso não teve como ficar contra. E , talvez, até, a iniciativa, embora eleitoralmente motivada por Bolsonaro e aplicada sem mediações no tempo, tenha sido oportuna e conveniente, vez que impediu a explosão de preços que ainda castiga, por exemplo, Europa e Estados Unidos. Dita chiadeira vem da Grande Imprensa Corporativa – movida a dogmáticos defensores do neoliberalismo, sempre propensa a criticar iniciativa estatal com vistas a intervenção, muitas vezes, necessária, nos mercados. Importantes analistas, porém, como ILDO SAUER, aplaudem a notícia e dizem que isso já foi feito antes: Sauer aplaude volta da estabilidade nos preços da Petrobrás. 'Já fizemos isso', destaca" - https://horadopovo.com.br/sauer-aplaude-volta-da-estabilidade-nos-precos-da-petrobras-ja-fizemos-isso-destaca/ .

Ainda não se sabe ao certo como será a planilha de cálculo dos novos preços da PETROBRAS, nem como ficarão, diante dela, outras empresas fornecedoras de combustíveis no país e que são mais dependentes do petróleo importado do que a PETROBRÁS. Mas, seguramente, deu-se um passo importante para o realismo de preços, mais ajustado à realidade nacional, com vantagens para o consumidor nacional. Outros países produtores de petróleo já há tempo têm o mesmo sistema de preços, “nacionalizados”, com vistas à oferta de derivados a preços mais baixos que o preço internacional. Muitas outras questões, entretanto, subjazem: Como tratar no futuro a PETROBRÁS, maior empresa do país, hoje com ações na Bolsa de NY? Mantê-la como S.A. com os imperativos legais que regulam as empresas abertas ou recomprar ações com vistas à recondução da empresa para o status de empresa pública voltada exclusivamente ao interesse nacional e não de acionistas privados? Haveria vantagens nisso? Enfim, o país necessita discutir com mais profundidade a questão energética que não se resume ao petróleo, mas se abre, crescentemente para novas fontes de energia, todas problemáticas – e caras!


 Editorial: 

O CORONEL E O LOBISOMEM

O tÍtulo é de um romance de J.Cândido de Carvalho. O enredo de "O Coronel e o Lobisomem" aborda a vida de Ponciano de Azeredo Furtado. O protagonista, que narra a trama em primeira pessoa, é neto de Simeão Furtado, um ex-oficial da Guarda Nacional de muito sucesso e que se tornou uma espécie de herói lendário na cidade de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. O romance, segundo deste autor, mescla elementos do romance regionalista brasileiro da década de 1930 e o realismo mágico das obras de Gabriel García-Márquez e Carlos Fuentes, célebres na década de 1960. O assunto vem à tona, agora, diante do caso do Ajudante de Ordem do ex Presidente Bolsonaro, preso, envolvido em artimanhas que podem comprometer sua carreira. A honra, já perdeu. E ainda arrastou a família. A esposa, também implicada, por ter seu cartão de vacina adulterado, será ouvida pela PF. Dito coronel, como no romance de J.CANDIDO DE CARVALHO, também é de família militar. Pai general reformado, supostamente dono de grandes empreendimentos nos Estados Unidos, onde serviu como adido do Brasil, com polpudo salário de US 50 mil mensais. O avô, também militar. 

O que espanta no caso do coronel Mauro Cid é que, ao contrário de outros militares reformados envolvidos e até presos pelo envolvimento na tentativa de golpe, igualmente ligados ao Bolsonaro, é que ele é um oficial de escol. Primeiro colocado na AMAN, distinguido nos cursos da carreira, ESAO e Estado Maior, graças ao quais estava na mira de uma promoção a general. Mas precisamente por isso é lamentável ver a que tarefas, indignas de um Oficial do Exército, se dispôs a fazer o referido coronel, transformado em bedel do Palácio, a atender demandas da primeira dama. Simplesmente lamentável. Uma desonra para o Exército. Isso demonstra a que níveis de degradação uma pessoa pode chegar, por mais honrada e qualificada que seja, quando submetida aos delírios da ideologia política.. Feriu o pundonor militar, virtude importante na caserna. Faltou, talvez, ao coronel CID a formação para a cidadania e boas lições de ética no cumprimento do dever, para não se falar das lacunas que se percebe em falas de muitos oficiais generais quanto ao entendimento da Geopolítica Mundial, com suas implicações econômicas que afetam o Brasil, e a própria realidade nacional, fruto da má formação em Ciências Humanas nas Escolas Militares, assunto espinhoso mas indispensável à construção de mentalidades mais abertas no processo de construção da democracia.

O PODCAST FOLHA UOL trata hoje deste tema

Café da Manhã Podcast Folha Uol dia 16 maio 23

Compartilhar nas redes sociais "Café da Manhã: Podcast: O peso de Mauro Cid em investigações que envolvem Bolsonaro"- https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/05/podcast-o-peso-de-mauro-cid-em-investigacoes-que-envolvem-bolsonaro.shtml 

Podcast: O peso de Mauro Cid em investigações que envolvem Bolsonaro. Devassa em telefones do militar e de outros assessores tem baseado apurações que apertam cerco ao ex-presidente


 Editorial: Tempos Perturbadores

Já dizia Cícero na Velha Roma, com Cesar às suas portas depois de beber água no Rubicão e seguir o curso de seu destino como coveiro da República: “Ó tempos!Ó costumes!” Pouco depois, morria assassinado...Imagino se visse os tempos atuais. Saltamos no último século do otimismo desenfreado da razão como Senhora do Destino para um pessimismo incontrolável quanto ao futuro da humanidade. Da utopia `a distopia. Do mundo em construção para a possibilidade de destruição da civilização. Para muitos, já estamos, inclusive na III Guerra Mundial, ao fim da qual só sobrarão as baratas. E se não houver a guerra total, sobrarão fragmentos da globalização, mesmo em sociedades altamente tecnificadas, como já escrevia Arthur Clark, um dos grandes da ficção no século passado, em “A Cidade e as Estrelas”. Daí a pergunta: O sonho acabou? Abaixo, ilustrando esta indagação, transcrevemos dois artigos recentes que melhor a situam em meio às fake news transmitidas pela imprensa e quejandas da Inteligência Artificial. 

Martin Wolf * Mentiras da mídia ameaçam a democracia

Valor Econômico - quarta-feira, 3 de maio de 2023- Democracia Política e novo Reformismo: Martin Wolf * Mentiras da mídia ameaçam a democracia (gilvanmelo.blogspot.com)

Uma mentira sobre o resultado de uma eleição é uma ameaça à democracia. É uma tentativa de destruir as eleições como mecanismo de arbitragem do poder. Foi isso o que Trump tentou fazer, e todos os que o apoiam tentaram fazer

No mês passado, a Fox, empresa controlada por Rupert Murdoch e seu filho Lachlan, aceitou formalmente pagar US$ 787,5 milhões à Dominion Voting Systems para encerrar com acordo o processo de difamação, de US$ 1,6 bilhão, movido contra si. Justin Nelson, o advogado da Dominion, insistiu, em resposta a esse acordo, que ele demonstra que “a verdade tem importância” e “as mentiras têm consequências”. Isso é verdadeiro, mas apenas até certo ponto. O modelo de negócios revelado em detalhes assombrosos em trocas de comunicações entre executivos da Fox e estrelas depende de proporcionar aos espectadores as fortes emoções que eles desejam. Se isso incluir informações falsas, tudo bem. Perguntado se poderia ter dito aos altos executivos da Fox que deixassem de colocar no ar Rudy Giuliani (um dos mais assíduos promotores de mentiras sobre a eleição americana de 2020), Rupert Murdoch respondeu: “Eu poderia ter feito isso. Mas não fiz”. Sua inação disse tudo.

Como afirmou o falecido senador Daniel Patrick Moynihan: “Você tem direito a sua opinião. Mas não tem direito aos seus próprios fatos”. Os fatos às vezes podem ser discutidos. Mas, muito frequentemente, como nesse caso, informações falsas não podem: elas não são “fatos alternativos”, e sim mentiras. Na obra “Truth and Politics”, Hannah Arendt conta uma história sobre Georges Clemenceau, líder da França no fim da Primeira Guerra Mundial. Perguntado sobre quem era o responsável pela guerra, ele respondeu: “Não sei. Mas sei com certeza que eles não vão dizer que a Bélgica invadiu a Alemanha”. Donald Trump não venceu a eleição de 2020. Suas acusações de fraude são mentiras.

É desnecessário dizer que regimes totalitários tanto de esquerda quanto de direita promoveram informações falsas livremente. Para eles a mentira era (e é) um instrumento de controle. Espera-se que as democracias sejam diferentes e, nesse caso, eram, sob um aspecto importante. O mecanismo independente de revelação da verdade da lei obrigou a Fox a pôr à mostra sua consciência de que estava propagando informações absolutamente falsas.

Será que essas mentiras têm importância? Decididamente, têm. Na ausência de concordância em torno dos fatos, a discussão democrática não pode começar. Mas essas mentiras têm um significado especialmente poderoso, porque eram (e são) uma tentativa de derrubar a própria democracia.

A democracia pode ser definida como uma guerra civil civilizada. Reconhece a existência de diferenças de opiniões, mas as soluciona pacificamente, por meio de eleições, que são a instituição fundamental da democracia representativa. As eleições determinam a legitimidade. Mas, para isso, têm de ser reconhecidas como idôneas. Uma mentira sobre o resultado de uma eleição, em vista disso, é mais do que uma mentira. Nem chega sequer a ser, simplesmente, uma mentira política. Ela ameaça diretamente a democracia. É uma tentativa de destruir as eleições como mecanismo de arbitragem do poder. Foi isso o que Trump tentou fazer. Foi isso o que todos os que o apoiam ou lhe deram condições de agir tentaram fazer. Foi isso o que a cobertura da Fox da eleição, especialmente a interminável promoção de mentiras sobre a segurança da votação, tentou fazer.

Esse não é um delito de menor importância que o mundo deveria esquecer facilmente. A democracia corre risco de extinção em boa parte do mundo, enquanto os EUA são a democracia mais importante do mundo. Tentativas de subverter a principal instituição da democracia em seu âmago são imperdoáveis. Mas, infelizmente, não surpreendem. Como argumenta o jornalista britânico Matthew d’Ancona na revista “Prospect”, a Fox “lembra o escorpião da famosa fábula, ao picar o sapo da democracia que o carregava, o que fez com que ambos se afogassem em um lodaçal de desonestidade, desinformação e desordem. Ela simplesmente estava sendo fiel à sua natureza. Ainda está”.

Um advogado de defesa pode argumentar que nada disso foi culpa da Fox. Ela apenas fez o que tinha de fazer, a fim de dar aos seus clientes o que eles queriam. Esse, poderia se observar, seria o argumento de um traficante de drogas. Nesse caso, além disso, a Fox não estava só satisfazendo um desejo preexistente. Teve papel significativo na criação da dependência em relação à demagogia da extrema direita, da qual Trump é um tão brilhante expoente. Como observou Jim Sleeper na “Columbia Journalism Review”: “A Fox renuncia ao jornalismo, ou o redireciona, não apenas para entreter como também para engrossar e canalizar filetes de fúria e medo públicos de modo a transformá-los em correntes torrenciais de poder político”.

Imaginemos o que aconteceria se a eleição presidencial futura estivesse ainda mais próxima. As instituições poderiam então estar sobrecarregadas para além do ponto de ruptura. Mas, talvez, já seja tarde demais para tentar mudar esse quadro. Em vista das profundas divisões atuais, qualquer tentativa de atualizar a velha “doutrina da idoneidade” (suspensa em 1987) de modo a cobrir as emissoras atuais seria inaceitável e inviável. Pode-se argumentar também que é impossível evitar a ampla disseminação de mentiras, em vista das nossas redes sociais. Resta apenas a esperança de que o eleitorado e o Poder Judiciário permaneçam robustos contra os futuros esforços de subversão.

Para os países que ainda não caíram nesses lodaçais, no entanto, é vital proteger o financiamento e a independência das emissoras públicas, como a BBC, e insistir que todas as emissoras têm a obrigação de não mentir. Se descumprirem essa obrigação, devem imediatamente perder suas concessões, que são um privilégio, não um direito. Essas concessões não dão o direito às emissoras de pregar a sublevação contra o regime democrático que lhes deu origem.

Temos que nos lembrar de três grandes coisas sobre a economia de mercado. A primeira e mais fundamental é que não se pode fazer tudo o que é lucrativo. Aliás, tem de haver uma longa lista de atividades que as pessoas não têm o direito de praticar. A segunda é que algumas das coisas que as pessoas não podem fazer talvez sejam legais ou, se contrárias à lei, difíceis de evitar. A última e mais importante, consequentemente, é que a sobrevivência de uma sociedade civilizada depende da contenção moral, principalmente da parte de suas principais personalidades. Em 1954, Joseph Nye Welch, principal assessor do Exército dos EUA, respondeu à pecha de comunista atribuída pelo senador Joe McCarthy com a pergunta: “O senhor não tem noção de idoneidade?” Sociedades livres morrerão se as pessoas dotadas de influência, riqueza e poder forem desprovidas dessa virtude. (Tradução de Rachel Warszawski)

*Martin Wolf é editor e principal analista de economia do Financial Times

Postado por Gilvan Cavalcanti de Melo às 08:13:00   

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Um futuro próximo surpreendente 

Paulo Ormindo de Azevedo - | Facebook-: A Tarde, 14/05/2023

 

Nunca fui um aficionado da ficção científica e de outras manifestações de futurologia, mas tenho que reconhecer que muitas de suas profecias se tornaram realidade. Em 1946, um jornalista perguntou a Einstein qual seria a próxima arma de guerra depois da bomba atômica e ele respondeu o arco e a flecha, sinalizando o retorno à barbárie. 

O historiador inglês Toynbee previu que depois da Modernidade, com sua ênfase na razão e na ética, teríamos um novo período de obscurantismo. É o que estamos vendo com o avanço do esoterismo e do neofascismo. A vigilância global prevista por George Orwell no livro 1984 foi assumida pelos estados ditos democráticos à pretexto de combater o terrorismo, e pela avidez da indústria do consumo. O Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley se transformou no Admirável gado novo, como canta Zé Ramalho: povo marcado é povo feliz!

O cinema tem sido outra fonte de profecias distópicas. Vivemos Fahenheit 452 durante o golpe de 1964 com queima de livros. Androides chamados de replicantes, criados pela bioengenharia, são banidos da Terra, mas voltam e são aposentados (mortos) em Blade Runner – o caçador de andróides, num futuro que não parece estar muito distante com as pesquisas sobre o genoma humano e as conquistas espaciais privadas. 

Mas o filme mais profético e atual é de Stanley Kubrick em parceria com o ficcionista científico Arthur Clark, 2001- uma odisseia no espaço, que mostra a evolução da humanidade das cavernas até à conquista do espaço e criação da inteligência artificial. Produzido há 55 anos, ele é de uma atualidade desconcertante. Numa viagem da nave Discovery One da Base Clavius na Lua a Júpiter, o computador Hall apresenta um erro por “falha humana” na sua construção e resolve assumir o controle da nave cortando o suprimento de oxigênio de todos os membros da tripulação. 

A inteligência artificial pode ter algumas aplicações interessantes, mas sem controle da sociedade pode ser um tiro pela culatra na chamada civilização. Vai ficar difícil distinguir o que é ficção e realidade, o que é autoral e adulteração, e possivelmente teremos um pensamento único sacralizado pela infalibilidade da máquina. Haverá sempre um pensamento crítico nas universidades, mas sem poder político e decisório. 

Politicamente a inteligência artificial pode ser uma ferramenta de lavagem cerebral das massas por algumas poucas empresas privadas. A questão é tão grave que os próprios donos dessas plataformas estão pedindo uma moratória de seis meses para a normatização da inteligência artificial. Que instituição internacional pode normatizar e fiscalizar o uso desse aplicativo e do espaço cósmico por empresas privadas? A desmoralizada ONU? Melhor que Não olhem para cima, nem confiem no computador.

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 12 MAIO 23

As Mães Nossas de Cada Dia

As mães são seres imensuráveis, indescritíveis num único traço, num único fio, pois elas não se aquietam, não se conformam, não desistem, não se rendem, seja diante dos desafios domésticos, seja frente aos desafios da luta pela sobrevivência, levando-as ao mercado profissional e do empreendedorismo, seja diante de situações inusitadas que as retiram de casa transformando-as em protagonistas políticas, até mesmo em situações de guerra. Foram as mulheres que provocaram, no Brasil, a luta pela Anistia nos anos 70. Foram as mulheres que saíram às ruas na Argentina em busca dos filhos “desaparecidos”.

A história registra a luta de muitas mães em busca de seus filhos que foram detidos, presos, torturados, sequestrados e desaparecidos nas ditaduras de latino-américa. As Mães da Praça de Maio, em Buenos Aires, foram um exemplo de amor e coragem de dezenas de mães à procura de seus filhos desaparecidos pela ditadura argentina nos anos 1976/83, numa época em que poucos se atreviam a desafia aquele regime. “Las Madres de la Plaza de Mayo” usavam lenço branco na cabeça, simbolizando as fraldas de seus filhos. Nossa homenagem às mães na lembrança de Hebe de Bonafini, que criou este memorável Movimento.

Hebe de Bonafini era uma dona de casa que cursou unicamente a escola primária. Casou-se em 29 de dezembro de 1942, aos 14 anos, com Humberto Alfredo Bonafini, com quem teve três filhos, Jorge Omar, Raúl Alfredo e María Alejandra. Em 8 de fevereiro de 1977, seu filho mais velho Jorge Omar foi sequestrado e desaparecido, em La Plata, e em 6 de dezembro desse ano ocorreu o mesmo a seu outro filho homem, Raúl Alfredo, em Berazategui. Em 25 de maio de 1978, desapareceria também seu nora, María Elena Bugnone Cepeda, esposa de Jorge.

Hebe de Bonafini foi presidenta da Associação Mães da Praça de Maio desde 1979, onde se destacou pela luta contra a impunidade dos culpados de delitos de lesa humanidade, bem como por reivindicar a vida dos desaparecidos, rendendo homenagens a seus atos ainda em vida e não só a seu desaparecimento.

Seu esposo, Humberto Bonafini, morreu em setembro de 1982.

Em 1987, quando o músico britânico Sting visitou o país, convidou a organização a subir ao palco do estádio do River Plate. Durante a canção They dance alone, as Mães passearam no palco ao compasso da canção que tinham inspirado. (Wikipedia)

A banda irlandesa U2 em 1987 no álbum/The Joshua Tree, dedicou a faixa 11 às Mães da Plaza del Mayo, com a música "Mothers of The Disappeared" e em 1998 quando a Banda realizou show em Buenos Aires Bono Vox encontrou com Bonafini.

Diz a letra: 

Meia noite, nossos filhos e filhas foram

cortados e tirados de nós 

Mas ouvimos seus corações ...

 

Não nos cansemos jamais de lembrar e contar a história destas mães, é nosso dever.

Em 1991, Bonafini numa emissão do programa El Perro Verde que era conduzido pelo jornalista espanhol Jesús Quintero, a líder das Mães chamou ao então presidente Carlos Menem de «lixo», pelo qual o mandatário lhe processou por «desacato». Em 1998, a Câmara de Apelações considerou que a causa se encontrava prescrita e que o ex-presidente devia pagar os custos, que chegavam a 4500 pesos. O expediente foi elevado por Menem à Corte Suprema em 1999. 

Em 1996 ― durante o menemismo ― Hebe de Bonafini foi ferida na cabeça pela polícia numa manifestação universitária em repúdio à reforma do estatuto da Universidade Nacional de La Plata e à Lei de Educação Superior, quando o Corpo de Infantaria da Polícia Bonaerense exercia uma brutal repressão. Ficou gravemente ferida e ficou com seu lenço branco tingido de vermelho, mas declarou: «O sangue do lenço é a ameaça mais forte deste governo para dizer que paremos. [...] Não vão nos parar! Nem um passo atrás, carajo!

Em 1998, quando a banda U2 visitou a Argentina, seus integrantes estiveram na organização das Mães e as convidaram a subir ao palco em sua apresentação. Ali, Hebe de Bonafini presenteou seu lenço branco a Bono. Em várias oportunidades, Hebe de Bonafini sofreu ataques contra sua pessoa, pessoas próximas e a associação, desde insultos, ameaças de morte até torturas. Em 2001, duas pessoas invadiram a casa de Bonafini e, não encontrando Hebe, torturaram a sua filha Alejandra, golpeando-a brutalmente e queimando-a com cigarros. 

Bonafini foi convidada a dar conferências e palestras, tanto na Argentina quanto no exterior. Alguns dos lugares onde proferiu discursos são: num acampamento dos Sem Terra, no Mato Grosso (no Brasil); em Chiapas (no México) com o convite para apoiarem o Subcomandante Marcos; na Universidade da Califórnia, em Riverside (Estados Unidos) ao receber um título Honoris Causa; Havana (Cuba), onde numa das oportunidades foi oradora nas comemorações de Primeiro de Maio; Astúrias (na Espanha), convidada pelo Grupo de Apoio do País Basco; Caracas (Venezuela) na Segunda Jornada de Saúde Mental; Porto Rico, na assembleia do Colégio de Advogados; Milão, Brescia, Verona, Turim, Rivoli, Riccione e Módena (na Itália), convidada pelo Comitê de Solidariedade Internacionalista Arco Íris; Paris (França), quando a fundação recebeu o Prêmio UNESCO de Educação pela Paz; Belgrado (Iugoslávia), para participar de um ato de repúdio à guerra.

Desde 2004 difundiu seu pensamento em programas de rádio, como Transformaciones del Pañuelo Blanco (desde 2007) ou La Voz de las Madres. Desde 2008 as Mães da Praça de Maio administram o chamado Centro Cultural Nuestros Hijos, no antigo campo de concentração ESMA (Escola Superior de Mecânica da Armada) em Buenos Aires.

Em 2009 começou a dar aulas de culinária e política nesse mesmo centro. Bonafini morreu em 20 de novembro de 2022, aos 93 anos de idade. (Wikipedia)

O que você precisa saber sobre ECONOMIA DO CUIDADO DOMÉSTICO que, se somado seria um dos maiores PIBs do mundo: US $ 10 tri anual – g1

Mercado de trabalho: cai participação de mulheres com filhos// Mães em home office: 92% são responsáveis pelos filhos// Tarefas domésticas: mulheres passam 2x o tempo dos homens//Sebrae: 7 a cada 10 mulheres empreendem depois de ter filhos// Economia do cuidado: mulheres movimentam US$ 10 tri/ano

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 11 MAIO 23

Julian Assange

Julian Assange é um jornalista australiano que se encontra preso no Reino Unido há dez anos, depois de um longo asilo na Embaixada do Equador, por haver revelado ao público informações estratégicas dos Estados Unidos. Responde à ação judicial nos EUA, onde poderá ser condenado à vida por traição. Neste ínterim, vê sua saúde deteriorar-se gradualmente na prisão. No coroamento de Charles III divulgou a Carta abaixo, que por solidariedade ao jornalista e em defesa do real direito de todos à verdade e ao livre exercício da profissão de jornalista, transcrevemos:

Carta de Julian Assange ao rei Carlos III

À Sua Majestade Rei Carlos III,

No momento da coroação do meu soberano, achei por bem fazer-vos um convite sincero para comemorar este importante evento visitando o vosso próprio reino dentro de um reino: a prisão de Belmarsh de Vossa Majestade.

Sem dúvida recordareis as sábias palavras de um famoso dramaturgo: "A qualidade da misericórdia não é imposta. Ela cai como a suave chuva do céu sobre os lugares abaixo".

Ah, mas o que saberia aquele bardo de misericórdia diante do acerto de contas no alvorecer do vosso histórico reinado? Afinal, pode-se verdadeiramente conhecer a medida de uma sociedade pelo modo como trata os seus prisioneiros, e o vosso reino certamente esmerou-se a este respeito.

A Prisão de Belmarsh de Vossa Majestade situa-se na prestigiada morada de One Western Way, em Londres, apenas a uma curta distância do Old Royal Naval College, em Greenwich. Quão deleitoso deve ser ter um estabelecimento tão estimado a portar o vosso nome.

“Pode-se verdadeiramente conhecer uma sociedade pelo modo como trata os seus prisioneiros”.

É aqui que 687 dos vossos leais súbditos são mantidos, apoiando o registo do Reino Unido como a nação com a maior população encarcerada da Europa Ocidental. Como o vosso nobre governo declarou recentemente, o vosso reino está atualmente a passar pela "maior expansão de vagas prisionais em mais de um século", com as vossas ambiciosas projeções a mostrarem um aumento da população prisional de 82.000 para 106.000 nos próximos quatro anos. É, na verdade, um grande legado.

Como prisioneiro político, detido ao bel-prazer de Vossa Majestade em nome de um soberano estrangeiro envergonhado, sinto-me honrado por residir entre os muros desta instituição de classe mundial. Na verdade, o vosso reino não conhece limites.

Durante a vossa visita, tereis a oportunidade de banquetear-vos com as delícias culinárias preparadas para os seus fiéis súbditos com um generoso orçamento de duas libras por dia. Podereis saborear as cabeças de atum misturadas e as omnipresentes formas reconstituídas que supostamente são feitas de galinha. E não vos preocupeis, porque, ao contrário de instituições menores como Alcatraz ou San Quentin, não há refeições coletivas num refeitório. Em Belmarsh, os prisioneiros comem sozinhos nas suas celas, garantindo a máxima intimidade com a sua refeição.

Para além dos prazeres gustativos, posso assegurar-vos que Belmarsh oferece amplas oportunidades educativas aos vossos súbditos. Como diz Provérbio 22:6: "Educai a criança no caminho em que deve andar, e até envelhecer dele não se desviará". Observai as filas baralhadas no guichê dos medicamentos, onde os reclusos recolhem as suas receitas, não para uso diário, mas para a experiência de expansão de horizonte num "grande dia fora" – tudo de uma vez.

Também tereis a oportunidade de prestar as vossas homenagens ao meu falecido amigo Manoel Santos, um homem gay que enfrentava deportação para o Brasil de Bolsonaro, o qual tomou a sua própria vida a apenas oito jardas da minha cela usando uma corda grosseira feita com lençóis. Sua refinada voz de tenor agora silenciou para sempre.

"Meu falecido amigo Manoel Santos... o qual tomou a sua própria vida a apenas oito jardas da minha cela".

Aventurai-vos nas profundezas de Belmarsh e encontrareis o local mais isolado dentro das suas muralhas: Os cuidados de saúde (Healthcare), ou “Cuidados do inferno” ("Hellcare"), como o chamam carinhosamente os seus habitantes. Aqui, ficareis maravilhado com as regras sensatas concebidas para a segurança de todos, tais como a proibição do jogo de xadrez, se bem que permitindo o muito menos perigoso jogo de damas.

Nas profundezas do Hellcare encontra-se o lugar mais gloriosamente edificante de toda a Belmarsh, ou melhor, de todo o Reino Unido: a sublimemente denominada Belmarsh End of Life Suíte. Ouvi com atenção e podereis escutar os gritos dos prisioneiros: "Irmão, estou a morrer aqui", um testemunho da qualidade de vida e de morte dentro da vossa prisão.

Mas não temais, pois há beleza a encontrar dentro destes muros. Deleitai os vossos olhos com os pitorescos corvos que fazem ninho no arame farpado e com as centenas de ratos famintos que chamam Belmarsh de casa sua. E se vierdes na Primavera, podeis mesmo ter um vislumbre dos patinhos postos pelos patos selvagens no terreno da prisão. Mas não vos demoreis, pois as ratazanas vorazes asseguram que as suas vidas são efémeras.

Imploro-vos, Rei Carlos, que visiteis a Prisão de Belmarsh de Vossa Majestade, pois é uma honra digna de um rei. Ao embarcardes no vosso reinado, lembrai-vos sempre das palavras da Bíblia na versão do Rei James: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mateus 5:7). E que possa a misericórdia ser a luz orientadora do vosso reino, tanto dentro como fora das muralhas de Belmarsh.

O vosso mais devotado súbdito,

Julian Assange, [*] Jornalista e preso político. - A9379AY - 05/Maio/2023

O original encontra-se em declassifieduk.org/a-kingly-proposal-letter-from-julian-assange-to-king-charles-iii/

Este artigo encontra-se em resistir.info


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 10 MAIO 23

 

Rita Lee, foi-se minha adorável Rainha 

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Podcast discute legado de transgressão de Rita Lee dentro e fora dos palcos.

Pesquisadora musical analisa marcas que a artista, morta aos 75 anos, deixa na cultura e na sociedade - Podcasts O legado de transgressao de Rita Lee entro e fora dos palcos 

 

Rita Lee, rainha do rock brasileiro, morre aos 75 anos; relembre carreira

Com quase 60 anos de carreira, Rita Lee foi referência de criatividade e independência feminina. A cantora acumula sucessos como 'Mania de você' e 'Lança perfume'. - g1.globo.com-Podcast Adeus a Rita Lee e nova lei no futebol 

 

Em autobiografia, Rita Lee deixou 'profecia' sobre sua morte: 'Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório'; leia trecho

Rainha do rock brasileiro também escreveu que haveria palavras de carinho de quem a detesta, rádios tocariam suas músicas sem cobrar jabá e que ela estaria no céu 'tocando autoharp e cantando para Deus'. Rita Lee morreu nesta segunda-feira aos 75 anos.

Roberto de Carvalho publica homenagem à Rita Lee - Cantora morreu na noite desta segunda-feira (8). Os dois estiveram juntos por 46 anos.

'Cabeças vão rolar', 'me deixa de quatro no ato' e mais: conheça as letras proibidonas de Rita Lee, censuradas pelos militares

Doutora Norma Lima, pesquisadora da Uerj, reuniu lista de músicas que foram censuradas durante ditadura militar. Biógrafo de Rita Lee, Guilherme Samora, conseguiu documentos que alegam que Rita Lee incitou à rebelião.

 

Lula lamenta morte de Rita Lee: 'Jamais será esquecida' - Cantora faleceu na noite de segunda-feira (8), aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.

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Como definir Rita Lee, um produto híbrido de descendentes gringos e italianos oriundi de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo, que carregou no nome, sem constrangimento, o signo de um odioso general confederado da Guerra Civil americana do século XIX. Transgressora confessa, que encontrou no rock a melhor expressão musical para sua atitude libertária, Rita foi um dos melhores símbolos da resistência no século passado quando o clima se tornou irrespirável. “Naquele tempo”, como digo ao meu neto, anos 60, diante da bestialidade do regime militar ancorado na Boa Sociedade da Tradição “Deus, Pátria e Família”, que lhe pariu, a consciência crítica tinha três alternativas: Conformar-se com um cargo na Universidade, sair atirando ou desbundar. A maior parte, eu inclusive, se conformou como professor ou pesquisador. Raros, neste campo, ganharam notoriedade. FHC foi um deles. Era uma alternativa que resguardava um mínimo de dignidade frente ao que acontecia nos porões do regime. Os que saíram atirando – e foram muitos e os mais heroicos – se deram mal: prisões, sumiços e exílio. Só para o Chile, onde eu vivi entre os anos 1970 e 73, chegaram mais de cinco mil. Todos muito jovens. Meninas e meninos. Esboroaram-se na muralha da repressão. Os demais, como se dizia, “desbundaram”, numa época que era quase impensável, numa boa, ir para o exterior. Estes atravessaram vários caminhos, muitos deles entrecruzados, mas a música, o teatro e o cinema foram os mais construtivos deles. Os Festivais de Música da Record, em 67 e 68 – e lá já estava Rita Lee com Os Mutantes” - , há documentários excelentes sobre eles, representaram um sopro de vida nos campos de Marte: A Tropicália. Com isso, ganhou a identidade brasileira, atravessada em nossas raízes tamboris com a guitarra elétrica e a performance inusitada de Rita Lee, Novos Baianos, Ney Mato Grosso, para não falar dos conjuntos musicais que os acompanharam. Agora, perdemos a Rainha, não só do rock brasileiro, mas de todo este tempo de rebeldia que tanto nos enriqueceu. Sua obra monumental, 55 milhões de discos vendidos, cerca de 300 composições, mais de 600 interpretações fica como registro - https://pt.wikipedia.org/wiki/Rita_Lee . Uma inspiração libertária para as novas gerações. Como ela própria se definiu: “Não fui um bom exemplo. Mas fui uma boa pessoa.” Na verdade, muito mais do que isso, um patrimônio cultural imorredouro.

 

O Assunto g1 dia 10 maio: Rita Lee, a majestade do rock, por Ney Matogrosso

Morreu aos 75 anos a voz mais importante do rock ‘n roll brasileiro – mas que não se limitava ao gênero e experimentou diversos ritmos ao longo de 5 décadas de carreira e 40 álbuns publicados, que renderam a ela mais de 55 milhões de exemplares vendidos. Rita Lee nasceu em São Paulo e explodiu para a cena musical na década de 1960, durante o movimento tropicalista, quando integrava os Mutantes. Depois, em carreira solo – mas sempre em parceria com seu companheiro de vida, Roberto de Carvalho, com quem teve três filhos – colecionou hits e sucessos. Além do talento, deixa um legado de autenticidade e liberdade. Para dar conta de contemplar diversos aspectos desta rica personalidade, Natuza Nery conversa com Ney Matogrosso, uma das maiores vozes da música brasileira e amigo de Rita. Neste episódio:

Ney conta que observa a Rita Lee desde antes de ser artista e o quanto a imagem dela de “noiva grávida” na década de 1960 imprimiu nele uma marca da revolução e da transgressão. “Me fez sentir como sua alma gêmea”, afirma;

Ele recorda as características da cantora que a faziam “diferente” e algumas das canções que a parceira escreveu para que ele cantasse: “Ela me sacava. Eu via a letra e pensava que era eu. Mas era ela também”;

Ney também fala sobre a forma como Rita Lee fazia questão de se mostrar uma representante de São Paulo: “Ela era uma representação dessa cidade desvairada”;

Ele explica como a artista venceu a resistência de um cenário “careta” na música brasileira e “reforçou a visão de que a música brasileira é antropófaga”.

 

O que você precisa saber:

Rita Lee: a rainha do rock brasileiro, morre aos 75 anos// Autobiografia: Rita Lee deixou 'profecia' sobre sua morte// Rock'n roll: 'vou fazer com meus ovários e com meu útero'// Música: as letras proibidonas, censuradas pelos militares// Tristeza: artistas e famosos lamentam a morte da cantora// Repercussão internacional: 'ícone do rock brasileiro' e mais// Velório: corpo de Rita Lee será velado no Planetário em SP// VÍDEOS: relembre as parcerias da rainha do rock brasileiro

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 05 MAIO 23

O BALONISMO: Dos eventos ao acontecimento

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Alô Comunidade / CULTURAL FM Torres RS – Entrevista com Tommaso Mottironi sobre o 33º. Festivas do Balonismo

Alô Comunidade-02/05/2023

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O Festival de Balonismo de Torres teve seu marco em 1989 quando apareceram em caráter promocional na antiga Feira da Banana, evento agrícola da cidade. Os balões fizeram tanto sucesso que logo ganharam um evento próprio. O balonismo vem de longe: ocorreu no ano de 1783, quando dois irmãos franceses, Etiene e Joseph Montgofier, realizaram o primeiro teste com um balão. O vôo foi um sucesso e visto por quase toda a população de Paris da época. Já no Brasil o primeiro vôo de balão aconteceu no ano de 1885. Um antecedente importante do balonismo foi o fato de que ele inspirou Santos Dumont às alturas, fazendo-o pioneiro da aviação. Um belo depoimento dele pode ser encontrado no seu memorável relato “Os meus balões” , Biblioteca do Exército1973, no qual conta seu fascínio em voar e suas peripécias com a série de balões dirigíveis entre 1900 e 1904 , em Paris, cuja íntegra juntei ao meu último livro “Século XX – O Século dos Séculos”, Ed. Mottironi, Torres, 2022. Eis um pequeno fragmento:

“Às 11 horas os preparativos estavam terminados. Uma brisa fresca acariciava a barquina, que se balançava suavemente sob o balão. A um dos cantos dela, com um saco de lastro na mão, eu aguardava com impaciência o momento da partida. Do outro, o Sr. Machuron gritou:

- Larguem tudo!

No mesmo instante, o vento deixou de soprar. Era como se o ar em volta de nós se tivesse imobilizado. É que havíamos partido, e a corrente de ar que atravessávamos nos comunicava sua própria velocidade. Eis o primeiro grande fato que se observa quando se sobre num balão esférico.

Esse movimento imperceptível de marcha possui um sabor infinitamente agradável. A ilusão é absoluta. Acreditar-se-ia, não que é o balão que se move, mas que é a terra que foge dele e se abaixa.

No fundo do abismo que se cavava sob nós, a mil e quinhentos metros, a terra, em lugar de parecer redonda como uma bola, apresentava a forma côncava de uma tigela, por efeito de uma fenômeno de refração que faz o círculo do horizonte elevar-se continuamente aos olhos do aeronauta.”

Volto aos balões e ao balonismo para concelebrar com organizadores, competidores e grande público presente o sucesso do 33º. Festiva de Balonismo de Torres no último fim de semana. Quis o bom Deus nos brindar, naqueles dias, com um clima excepcional. Embora não tenha assistido a todos os Festivais tenho para mim que este se excedeu em beleza e organização. O balonismo preencheu uma lacuna na vocação turística da cidade e já pode ser considerado o maior de seus eventos, justificando os elevados custos em dinheiro público nele envolvido. Por isso mesmo, justifica-se pensá-lo melhor numa estratégia de desenvolvimento da cidade. Sua realização comprova, sobretudo, a necessidade de se complementar o cronograma de verão com eventos da mesma ordem que se sigam ao longo do ano. Ruy Rubem Ruschel, patrono dos historiadores da cidade, já escrevia fartamente sobre isso há mais de 30 anos: - “Precisamos mais do que o veraneio”, chamando a atenção para a importância de parques temáticos na cidade, maior apoio à cultura e ao turismo rural. Tem até uma crônica que ilustra sua visão e que aponta para ações ainda não descartadas: “Um parque da Mônica poderá salvar Torres”.

Pois bem, tudo isso para dizer que muito devemos a empresários que deram os primeiros passos para o balonismo na cidade e outros tantos desportistas que se lançaram ao balonismo. Hoje, segundo Tommaso Mottironi, que concedeu uma entrevista à Cultura FM sobre o evento, Torres é uma cidade privilegiada com o número de equipes. Destaca o Professor Roni Dal Piaz, também, em sua Coluna em A FOLHA de 29 de abril passado, que nosso Festival já está entre os dez maiores do mundo. Resta, agora, não deitar sobre os louros conquistados, mas planejar melhor para os futuros Festivais. Um evento desta magnitude e com as projeções que adquiriu não pode ser organizado apenas pela Prefeitura Municipal nas últimas semanas de sua realização, com as inevitáveis tensões que isso provoca. Mister se criar uma Comissão Mista Permanente, com membros da sociedade civil, para tratar do assunto, com assento no Conselho Municipal de Turismo e capacidade de diálogo com todos os interessados. Uma das reclamações, por exemplo, se refere ao contingenciamento do local dos balões. Há necessidade de mais espaço. Talvez se possa pensar em outra e mais ampla área, até para evitar o congestionamento do trânsito ali onde está. Mottironi, urbanista, destaca a importância de um novo lay out na área do balonismo, com a criação, inclusive de galpões para as várias equipes e oficinas. Ao mesmo tempo, pela natureza da atividade, aérea, ela se desdobra além dos limites da cidade, sugerindo a necessidade de se incorporar ao evento pelo menos Passo de Torres. Isso, aliás, aponta para a importância de fazer do balonismo um instrumento de valorização de todo o Vale do Mampituba, igualmente privilegiado em termos de paisagem. Com tudo isso, ir-se-ia deslocando o olhar sobre os balões para um olhar dos balões para pontos importantes da nossa realidade: o rio, lagoas, parques, artesanato etc. Palestras, Seminários, Encontros Temáticos e Concertos poderiam completar o ciclo. Um bom Plano de Comunicação Social do evento, com a produção final de um Vídeo Institucional da Prefeitura consagraria e divulgaria estes esforços. Finalmente, parece ter chegado a hora de transformar o evento balonismo num acontecimento, no sentido que cientistas sociais dão a este termo: a capacidade do evento produzir resultados além do seu tempo. A Economia do Balonismo. Sua capacidade de gerar renda e empregos além do período do Festival. Fica o desafio.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 04 MAIO 23

FECHA-SE O CERCO SOBRE O EX PRESIDENTE BOLSONARO

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Cartão de vacina de Bolsonaro: veja os principais pontos da investigação sobre suposta fraude

Quais os possíveis crimes? Como era o esquema? Entenda

Dos indícios de fraude a buscas contra ex-presidente: veja a cronologia 

 

Veja quem são e o que dizem os alvos da operação contra fraude em dados de vacinação de Bolsonaro e ajudantes

 

Tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente foi preso na ação. Segundo PF, grupo falsificou dados em sistemas do Ministério da Saúde para acessar locais onde vacinação contra Covid-19 era obrigatória.

 

Bolsonaro é alvo de operação da PF por suspeita de fraudar cartão de vacinação; leia análise dos colunistas

Ex-presidente não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta na PF, em Brasília.

 

Como suspeita de fraude dos cartões de vacina envolve 'troca de favores' relacionada ao caso Marielle Franco

Ex-vereador do Rio de Janeiro, Marcello Siciliano aparece nos dois inquéritos e teria ajudado Mauro Cid com cartões de vacina. Ele não é tratado pela polícia como suspeito ou investigado pela morte da vereadora, mas estava com o visto de entrada nos EUA travado após ter sido acusado como mandante do crime em 2018.

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O ex presidente Bolsonaro, depois de concelebrar com seus correligionários uma vitória na retirada de pauta na terça feira do PL das fake news, logo após sua consagração na Agrishouw, teve ontem um sério revés. 

Fraude no cartão de vacina e batida da PF foram os piores eventos para Jair Bolsonaro nas redes até agora, aponta Quaest: 464 mil posts negativos. 

Uma operação da PF recolheu seu celular enquanto ex assessores eram presos, com autorização judicial, em alentado documento do Ministro Alexandre de Moraes - Supremo: a decisão de Alexandre de Moraes_ Ultimas notícias , suspeitos de participarem em ato de falsificação do cartão de vacina do ex Chefe, dentre eles o Major da ativa, Coronel MARUO CID. 

Cid tentou esconder dinheiro vivo dos investigadores, ficou nervoso no depoimento e não respondeu às perguntas. Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro tinha US$ 35 mil em cédulas. 

Ao autorizar buscas, Moraes determinou também a apreensão do passaporte de Bolsonaro e demais investigados. Bolsonaro já responde a 17 processos na Justiça, o mais grave, que poderá leva-lo à cassação de direitos, sua ação contra as urnas eletrônicas, mas ainda lhe pesam outros dois processos importantes: O incitamento aos atos golpistas em janeiro e a tentativa de se apropriar dos valiosos presentes da Arábia Saudita. A todos estes processos Bolsonaro sempre responde que é inocente e que, na verdade, vem sendo perseguido. O episódio de ontem, porém, se reveste de características ignominiosas pois não só revela suposta ilegalidade dos atos mas expõe a escrutínio público a palavra do ex presidente, que sempre se disse contra o uso de vacinas e que, inclusive, retardou o processo de sua compra e uso contra o COVID durante seu governo. Provas colhidas entre seus assessores presos na operação de ontem, Major Ailton, revelam, também, uma nova pista no caso Marielle: - “Eu sei quem foi o mandante desta p...”. Hoje, a imprensa nacional repercute maciçamente a ação da PF e todas as implicações dos primeiros depoimentos e colheita de provas.

 

O Assunto g1 dia 4 maio 23: Bolsonaro e a carteira de vacinação

g1.globo.com- Bolsonaro e a carteira de vacinação 

Na manhã desta quarta-feira (3) a Polícia Federal bateu à porta do ex-presidente da República. Os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão na casa dele em Brasília, onde passaram três horas e apreenderam o celular do ex-presidente. A operação da PF – que atendeu a mais 15 mandados e prendeu 6 suspeitos, entre eles o tenente-coronel Mauro Cid, o faz-tudo de Bolsonaro (PL) – agiu em busca de indícios e provas da suposta fraude no cartão de vacinação de Jair e de sua filha de 12 anos. Trata-se do resultado de uma investigação iniciada dentro do inquérito das milícias digitais que envolve troca de favores com políticos regionais e até um diálogo sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Para explicar o que levou a PF à casa de Bolsonaro e o futuro dele e de Cid na Justiça, Natuza Nery conversa com Bruno Tavares, repórter da TV Globo, e Eloísa Machado, doutora em Direito pela USP e professora de Direito na FGV-SP. Neste episódio:

Bruno descreve como a investigação chega a Mauro Cid e o episódio de fraude da carteira de vacinação dele, da mulher e das filhas: “Havia ansiedade e insistência em cometer esses crimes”. Depois de uma tentativa frustrada em Goiás, ele apelou a um “aliado político de Bolsonaro em Duque de Caxias”;

Ele avalia a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação Venice e sugere que o ex-presidente tinha total ciência do esquema fraudulento. Um dos indícios, afirma, é que o acesso ao sistema ConecteSUS para emitir o certificado de vacinação de Bolsonaro foi realizado via “um ID de acesso atribuído a Mauro Cid”;

O jornalista também recupera o diálogo entre o militar da reserva Ailton Barros e Mauro Cid, no qual suspeita-se “uma troca de favores”: Ailton intermediaria a emissão de um cartão falso de vacina em Duque de Caxias, valendo-se da influência do ex-vereador Marcello Siciliano; então Cid agiria para facilitar a obtenção de um visto americano para Siciliano;

Eloísa lista a série de crimes nos quais Jair Bolsonaro pode ser incriminado por sua conduta na resposta à Covid. “Nos casos de crimes mais graves, pode ter como resultado uma condenação à pena de prisão”;

Ela também comenta a atuação “ínfima” da PGR para “obstar as medidas equivocadas” do governo Bolsonaro. “Houve a colaboração do principal órgão de controle para que a pandemia fizesse o estrago que fez no Brasil”, afirma.

O que você precisa saber:

CRONOLOGIA:

a linha do tempo do caso

PF: faz buscas na casa de Bolsonaro e prende Mauro Cid

Bolsonaro: 'sem adulteração da minha parte, não tomei vacina'

Fraude: suspeitos acessaram sistema para inserir dados falsos 

Mauro Cid: quem é o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro 

Moraes: 'é pouco provável que Bolsonaro não soubesse' 

10 min: diferença na emissão dos cartões de Bolsonaro e da filha 

Caso Marielle: 'sei a p**** toda', disse Ailton Barros a Mauro Cid 

QUEM É QUEM: todos alvos da PF na operação 

O Assunto #917: Coronel Cid, o faz-tudo de Bolsonaro


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 03 MAIO 23

 

A GUERRA CONTRA A DESINFORMAÇÃO

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O Assunto g1 dia 3 de maio 23: A guerra em torno do PL das Fake News - https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/05/03/o-assunto-952-a-guerra-em-torno-do-pl-das-fake-news.ghtml

CAFÉ DA MANHÃ dia 3 maio 23: 

Podcast explica como disputa de lobbies afeta discussão do PL das Fake News. Ante risco de derrota, Arthur Lira adia votação na Câmara após governo e big techs intensificarem ofensivas - https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/05/podcast-explica-como-disputa-de-lobbies-afeta-discussao-do-pl-das-fake-news.shtml 

 

Ministros do STF avaliam ação do Google contra PL das Fake News como abuso de poder econômico- Blog do Valdo Cruz

 

Líderes religiosos declaram apoio ao PL das Fake News contra extremismo e violência

Posição foi externada após integrantes da bancada evangélica na Câmara se declararem contra a proposta. Votação do projeto está prevista para esta terça-feira (2).

Merval Pereira - Interesses de cada um

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../merval-pereira...

Gustavo Binenbojm - Remédio e veneno nas redes sociais

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../gustavo-binenbojm...

Álvaro Costa e Silva - O golpismo nas mídias sociais

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../alvaro-costa-e-silva...

Dora Kramer - Transgressão premiada

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../dora-kramer...

Míriam Leitão - Plataformas contra a lei = O Globo

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../miriam-leitao...   

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A disseminação das Redes Sociais com base na INTERNET revolucionou o processo de formação da Opinião Pública sobre os mais diversos assuntos nos últimos anos. No Brasil, por exemplo, um dos maiores mercados do mundo nestas redes sociais, cerca de 100 milhões de internautas frequentam a INTERNET e depositam e disseminam opiniões pessoais sobre assuntos da Ciência, Religião, Costumes e Política. Uma verdadeira revolução na comunicação social, aparentemente democrática, eis que universalmente acessível, com direito a memes, injúrias, desabafos e até proclamações com diretrizes de ação à violência. Neste processo são estimulados por dois processos: De um lado, um sistema diabólico de manipulação dos usuários das Redes, a partir das próprias plataformas que se dizem meros territórios mas que, nos bastidores usam e abusam dos algoritmos dirigidos para aumentar seus lucros; de outro por influencers, geralmente jovens sem qualquer formação profissional adequada à função de coachs que se pretendem e que arrastam multidões em suas contas, com ganhos publicitários que acabam transformando-os em profissionais da comunicação social. É verdade que a formação da Opinião Pública jamais foi um lugar angelical onde cada um seguia sua própria consciência. Depois da invenção da imprensa e com a disseminação dos Meios de Comunicação de Massa no século XX, jornais, rádios e televisões se substituíram aos púlpitos das Igrejas e das Escolas na formação de consensos públicos. Mas assumiam-se como empresas de comunicação social comprometidas com algumas premissas éticas e técnicas quanto ao seu funcionamento. Ainda assim, eram também corresponsáveis pelo que seus empregados e articulistas ali escreviam. Nas Redes Sociais isso não acontece. As plataformas são orgulhosas de se mostrarem como Big Techs cujas maiores receitam advêm da venda de publicidade. Se um post tem boa aceitação, imediatamente lhe são oferecidos impulsos de forma a ganharem maior visibilidade e com isso se tornarem espaços publicitários de excelência. A questão, entretanto, é que este processo desembocou no uso das plataformas para manipulação de processos eleitorais em várias partes do mundo, senão, a ele associado, para a disseminação de ideias extremistas com orientação para ação deletéria sobre pessoas, instituições republicanas e correntes ideológicas consideradas inimigas. O Brexit, que retirou o Reino Unidos da União Europeia, as eleições e atitudes de Trump nos Estados Unidos e o atentado aos Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro passado são exemplos deste processo. Os atentados à Escolas e situações de desafios com epílogos fatais, têm sido, também, comprovadamente estimulados por sites provocadores como o mais recente DISCORD - Discord: o submundo de violência extrema no aplicativo

. Não obstante, o PL de Bolsonaro, o Partido Novo e, surpreendentemente, o Portal de Esquerda 247 são contra o Projeto de Lei das Fake News. 

Diante disso, o mundo inteiro se volta ao regramento das plataformas das Redes Sociais em defesa do direito de expressão responsável com vistas à preservação das instituições democráticas ameaçadas. Isso já ocorre em vários países da Europa, na Nova Zelândia e está sendo tratado pelas Nações Unidos. Ontem mesmo, dia em que a CÂMARA DOS DEPUTADOS deveria ter apreciado o Projeto de Lei das Fake News, afinal, retirado de pauta, representantes do Governo se encontraram em NY, EUA, com especialistas da ONU para tratar do assunto. Tudo indica que dentro em breve a ONU vai propor um conjunto de regras sobre o uso das REDES SOCIAIS. 

Em ação internacional, governo articula com ONU combate à desinformação

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/05/02/em-acao-internacional-governo-articula-com-onu-combate-a-desinformacao.htm  

Depois de quatro anos de uma relação tumultuosa e repleta de atritos, o Brasil busca uma aproximação com as Nações Unidas para combater a desinformação. Nesta terça-feira, o governo terá reuniões em Nova York para estreitar cooperação entre a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, liderada pelo ministro Alexandre Padilha, e as áreas-chave da ONU sobre o tema de liberdade de expressão e combate à desinformação 

Enquanto o regramento não vem, o Governo brasileiro, através do Ministério da Justiça e o Supremo Tribunal Federal se antecipam e já tomam decisões que visam exigir das Big Techs responsabilidade sobre seus “territórios”. Ontem mesmo o GOOGLE, uma delas, que havia inserido uma publicidade em seu buscador, a título de “Editorial”, como se fosse um órgão de comunicação social e não de publicidade, contra a Lei das Fake News, foi intimado a prestar esclarecimentos à Polícia Federal. Tenta o Google, com falsos argumentos, influenciar os parlamentares brasileiros em sua própria defesa, alegando direito dos usuários à livre manifestação de suas ideias. Abriu-se, com isso, uma guerra. A guerra entre os interesses republicanos da democracia e os interesses privados das Big Techs. Aliás, uma curiosidade: 

Sem Bolsonaro, defensor das Redes Sociais, em cem dias, o Brasil ganha 18 lugares em ranking de liberdade de imprensa... 

 

Tudo indica, enfim, que este assunto, não se esgotará no Brasil. É um desafio contemporâneo do processo civilizador.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 02 MAIO 23

 

O 1º. de MAIO

 

Dia do trabalhador: conheça origem do feriado de 1° de maio

Data tem reconhecimento internacional e retoma história de opressão vivida pela classe operária durante revolução industrial.

EDUARDO MOREIRA - A notícia mais revoltante do dia. O mundo está perdido… - https://fb.watch/kcPTqPGbkO/?mibextid=CqVNaf 

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O primeiro de maio, ontem celebrado no mundo inteiro, com manifestações como em Paris que reuniu um protesto de 550 trabalhadores contra as Reformas da Previdência do Presidente Macron que hoje estará na coroação do Rei Charles III, em Londres, merece alguma reflexão:

Data tem reconhecimento internacional e retoma história de opressão vivida pela classe operária durante revolução industrial.

Por Daniela Ramos*, g1 DF - 01/05/202 –

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/05/01/dia-do-trabalhador-conheca-origem-do-feriado-de-1-de-maio.ghtml#G1-FEED-SOFT-item,rec-cfi-nrt-user-needs,6b62f3fe-4d4f-47ce-9637-0411b4af8a86 

 

O Dia do Trabalhador, comemorado nesta segunda-feira (1º), é feriado nacional no Brasil. Mas, apesar de fazer parte do calendário oficial do país, uma pesquisa realizada pelo g1 com cerca de 150 pessoas na região centro-oeste do país, revelou que 98% delas, desconhece a origem ou o real motivo por trás da data.

"O Dia do Trabalhador surgiu de uma greve operária, nos Estados Unidos da América (EUA), em 1886, durante a revolução industrial, com objetivo de conseguir melhores condições de trabalho. O movimento sindical começou isolado em Chicago/EUA, mas ganhou força rapidamente, levando milhões de pessoas a protestarem nas ruas, por melhores condições de trabalho", diz a historiadora

Segundo Stephany (historiadora), o ato, que começou pacífico em 1 de maio, ganhou caos e violência quatro dias depois, quando a opressão policial começou a ferir e até matar os participantes nas ruas. No dia 4 de maio, uma manifestação foi convocada na Praça Haymarket, em Chicago, e durante o evento, um homem não identificado lançou uma bomba contra os policiais deixando 15 pessoas mortas.

"A polícia local prendeu e julgou os supostos acusados de promoverem a revolução, seis deles foram condenados sem provas concretas e receberam pena de morte, um deles cometeu suicídio antes da execução. O acontecimento ficou conhecido como a Revolta de Haymarket" pontua a historiadora.

Três anos depois, em 1889, um congresso organizado pela Segunda Internacional — ação que representou a solidariedade aos trabalhadores de todos os países — reuniu, em Paris, na França, partidos socialistas, trabalhistas e anarquistas do mundo todo, onde instituíram o dia 1° de maio como o dia do trabalhador, em homenagem aos mártires do movimento operário.

No Brasil a data passou a ser vivamente celebrado durante o Governo Vargas, quem, aliás, instituiu, há 80 anos, a CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, CLT, que ainda hoje regula as relações de trabalho no país, mesmo ferida pelas recentes alterações que, aliás, conduziram não só à precarização do trabalho, com milhões de pessoas jogadas no mercado informal, como à situações análogas à escravidão, fartamente documentadas pela imprensa nos últimos anos, particularmente no Rio Grande do Sul. Vide esta matéria:

No primeiro de maio é tradição, também, no Brasil, anunciar medidas de proteção aos trabalhadores e definição da Política de Salário Mínimo, cujo novo valor, incorporando não só o índice de inflação mas também a média de crescimento do PIB foi fixado, ontem, em R$ 1.240,00, ficando, ainda, isentos de IRENDA os que ganham até dois mínimos. A reação conservadora à Política de valorização do mínimo, acusando-o de aumentar o déficit público não se sustentam. Veja-se:

Reajuste do salário mínimo custará R$ 40,8 bi em 2023

Cálculo inclui alta total sobre 2022; só com alta de R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de maio governo terá custo extra de R$ 4,8 bilhões. - https://www.poder360.com.br/economia/reajuste-do-salario-minimo-custara-r-408-bi-em-2023/ 

Qual o peso disso, R$ 40,8 bilhões, frente a outras despesas?

Vejamos com relação ao custo da dívida pública, a qual foi rolada no último ano à taxa de juros de 11% a.a. Dado que a dívida pública em ORTN está na ordem de R$ 6 trilhões de reais, metade da qual repousa no patrimônio de 200 mil famílias brasileiras, tem-se um custo da mesma de 660 bilhões de reais ano. Isso não é factício, é grana real que vai direto pra conta de quem tem investimentos em ORTN ou outros ativos que o incorporam. Ora, o que são 4,8 bilhões, que beneficiam 120 milhões de brasileiros que ganham até um salário mínimo, frente a isso? Se dividirmos 330 bilhões de reais, metade do custo total da dívida, por 365 dias do ano, isso corresponde a 1 bi de reais para cada uma destas bilionárias famílias num só dia. Em 5 dias uma só destas família recebe do Governo, via juros das ORTN, o custo da recente elevação do salário mínimo neste ano. E ainda tem gente que acha que o aumento do salário mínimo vai quebrar a economia brasileira. 

VIVA O 1º. MAIO! VIVA O TRABALHADOR BRASILEIRO!


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 28 abril 23

JUROS ELEVADOS ESTRANGULAM A ECONOMIA

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Se economia seguir desacelerando em razão dos juros, haverá 'problemas' na arrecadação, diz Fernando Haddad

Ministro da Fazenda deu a declaração sentado ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sessão no Senado sobre juros, inflação e crescimento econômico.

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O Presidente Lula voltou a reclamar, em Portugal, dos juros elevados e cobra dos integrantes do governo alternativas que possam compensar desaceleração da economia por conta da Selic alta, inclusive com o uso dos bancos públicos para subsidiar taxa de juros. E o Senado registrou, ontem, um debate histórico, com grande repercussão, entre o Presidente do Banco Central, Campos Neto, e os Ministros Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamanto. Não há possibilidade de convergência entre eles. Campos Neto se diz técnico e afirma compreender as exigências políticas sobre os juros, mas afirma que a taxa de inflação no Brasil ainda impõe juros altos. 

Na última ata do Copom, o BC disse que o uso de políticas parafiscais eleva o juro neutro da economia (patamar que não acelera nem desestimula economia). A declaração sinaliza que, se o governo puxar de um lado com o fiscal, está agravada a queda de braço: o BC puxará do outro com a monetária.

Fala de Campos Neto repercute mal e aumenta pressão por uso de bancos públicos para baixar juros | Blog da Julia Duailibi | G1 (globo.com) 

 

 Como não deverá haver qualquer alteração dos juros na reunião do COPOM de maio e julho não haverá nova reunião, tudo indica que qualquer revisão do Banco Central sobre juros só ocorrerá em agosto. Haddad e Tebet, no entanto, justificam o apelo por juros mais baixos como indispensável à retomada do crescimento e emprego. Enquanto isso, o moureja e a retomada de ocupações é menor da que houve no primeiro trimestre do ano passado. Com isso aumenta a inadimplência de famílias e pequenos empreendedores. Veja-se

247 -Números divulgados pelo Banco Central (BC) mostraram que dois em cada 10 trabalhadores formais e informais que recorreram ao microcrédito estavam com as contas atrasadas em fevereiro. De acordo com o BC, a inadimplência na modalidade atingiu 20,7%, patamar recorde em um cenário de juros elevados, com Selic de 13,75%. O microcrédito é oferecido a empreendedores formais - como MEIs (microempreendedores individuais) - e informais que buscam empréstimos de pequeno valor.

Segundo a Folha de S.Paulo, a escalada da inadimplência nessa linha de crédito aumentou a partir de setembro do ano passado, acumulando alta de 16,6 pontos percentuais em 12 meses até fevereiro, quando a taxa média de juros cobrada estava em 49,9% ao ano, valor próximo ao limite de 60% ao ano (4% ao mês).

O micro crédito é uma forma de crédito direcionado em que instituições financeiras destinam parte de seus recursos dos depósitos à vista (representando 2% da média dos saldos). Nos últimos quatro anos, o crescimento anual médio da modalidade foi superior a 24%.

Parte da sociedade civil e opinião pública acompanham a fala do Presidente e denunciam os altos juros responsabilizando-o pela elevada inadimplência no país e já procuram falhas jurídicas no processo que aprovou a autonomia do Banco Central. Argumentam que um órgão com tal importância sobre o ritmo do emprego e do crescimento não pode ficar à margem da governabilidade política. Segue, portanto, o impasse que poderá comprometer o primeiro ano do Governo Lula III. A questão dos juros, porém, não se restringe ao Brasil. Juros altos estão comprometendo a retomado do crescimento e melhor distribuição de renda no centro do sistema. Veja-se, por exemplo, este recente artigo publicado na RED/POA de ANDRÉS FERRARI HAINES* e MIRELLI MALAGUTI sobre a matéria:

As falências do SVB e do CreditSuisse são… Crises bancárias? https://red.org.br/noticia/as-falencias-do-svb-e-do-creditsuisse-sao-crises-bancarias/ 

Segundo a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, 2023 será um ano difícil “com o crescimento global caindo abaixo de 3%, à medida que os efeitos do conflito na Ucrânia e o aperto monetário continuam se consolidando”. Os países ocidentais, induzidos pela Federal Reserve dos EUA, têm mantido taxas de juros elevadas para controlar a inflação, justificada pelos efeitos das sanções econômicas aplicadas à Rússia. Essa perspectiva foi agravada pelos temores de uma crise financeira de dimensões semelhantes à de 2008, após o colapso do Silicon Valley Bank, do Signature Bank e do Silvergate.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 27 ABRIL 23

O ROTEIRO DO GOLPISMO ANTIDEMOCRÁTICO 

O tempo passa, as gerações se sucedem, as lembranças da II Guerra Mundial vão se apagando e as pessoas se esquecem dos horrores do nazi-fascismo. Mussolini, na Itália, em 1922, chegou ao poder e acabou inspirando um fracassado artista, Adolf Hitler e outros líderes mundiais para a implantação de regimes autoritários que acabariam se oferecendo como modelo alternativo às democracia liberais. Em associação conhecido como “Eixo” três países – Itália, Alemanha, Japão - desafiaram o mundo e provocaram a II Guerra Mundial, contra a qual se organizaram as Forças Aliadas que, com o apoio do Brasil e presença de pracinhas brasileiros, junto com Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética, os venceram em 1945. Foi-se, então, o mal, mas a maldade fascista continuou rondando o ideário político contemporâneo com o que o célebre ensaísta italiano denominou “Fascismo eterno”. Volta e meia ele volta à carga, com nova roupagem, e tenta se insinuar como alternativa aos ideais democráticos. Ultimamente, diante das contorções das mudanças estruturais da economia mundial, com a redefinição da geoeconomia mundial provocada pelo peso já dominante do bloco oriental e com as consequências da dita Inteligência Artificial nos processos produtivos as sociedades ocidentais enfrentam graves crises políticas e sociais. Neste ambiente de crise crescem os apelos salvacionistas da extrema direita, alheia aos reais fatores da crise, culpando os imigrantes, os mais pobres, quando não minorias de todo tipo pelos dissabores porque passam os trabalhadores nacionais. A consequência se traduz como perda de confiança da população em suas instituições, começando por aqueles que o representam no sistema político: A República, com sua divisão de Poderes como regra de equilíbrio de governança, os Partidos Políticos, o Parlamento, até mesmo os processos eleitorais. Em tudo isso criam-se laços de interconexão internacional destes extremistas que acabam concertando estratégias de ataques à democracia que se reproduzem em vários países do mundo: Trump, no EUA, Orban/Hungria, Erdogan/Turquia, Le Pen/França, Bolsonaro/Brasil, Partido CHEGAPortugal (O Chega (sigla: CH; oficialmente estilizado como CHEGA) é um partido político português, de ideologia populista, de direita radical, nacionalista, conservador e economicamente liberal, espectro político definido como sendo de direita a extrema-direita).

A redemocratização no Brasil, iniciada com a Nova República em 1985 e consolidada com a promulgação da Constituição Cidadã em 1988 parecia ter deixado para trás um passado de intervenções antidemocráticas. O regime militar jamais havia conseguido projetar uma ideologia positiva de sua experiência capaz de se oferecer como alternativa aos destinos do país. A própria reação violenta de seus defensores, com recurso ao terrorismo que provocou diversas vítimas civis e um horror no episódio do Riocentro, quando uma bomba explodiu no colo de um agente do aparelho repressivo do Estado, sempre restrita a segmentos militares, contribui para o isolamento nacional do autoritarismo. Não obstante, no reduto dos quartéis persistiu sempre a defesa do regime de 64/85 com reiteradas Ordens do Dia em sua defesa. Não por acaso, daí emerge um ex capitão – Jair Bolsonaro - que acaba ganhando visibilidade nacional e, mercê de várias circunstâncias chega à Presidência da República em 2018. Em seu governo procurou politizar o conjunto das FFAA para seu projeto de poder ressuscitando o fantasma da possibilidade da intervenção militar. Seus ataques às instituições se sucederam ao longo de todo seu governo, culminando em momentos simplesmente paradoxais, como o 7 de setembro de 2021, quando atacou o Supremo Tribunal Federal e seus Ministros e no momento, em 2022, quando convida os Embaixadores acreditados em Brasília para denunciar o processo eleitoral brasileiros das urnas eletrônicas. Mas há uma característica na atuação de Bolsonaro: Ele nunca assume seus objetivos golpistas até as últimas instâncias. Ataca e recua, sempre procurando se proteger contra eventuais consequências. Falta-lhe coragem e determinação para assumir seus propósitos. Foi assim no caso do 7 de setembro quando acabou pedindo o apoio de Temer para emitir uma Nota justificativa. Está sendo, agora, quando aperta o cerco contra os golpistas de 8 de janeiro e ele está sendo responsabilidade pelo incitamento àqueles atos. Ontem mesmo, em seu depoimento na PF, procura se safar. Diz que “reconhece o resultado das urnas” e que as eleições de 22 “são águas passadas”. Quanto a sua postagem nas redes no dia 10/janeiro afirma que foi tudo “acidental”, que logo a apagou e que, na verdade, estava sob efeito de medicamentos que teriam alterado seu discernimento. Fuga, mais uma vez. Não assume o que pensa e que faz. Sempre tergiversando, o que acabará desmoralizando-o junto aos próprios seguidores que

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 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 26 ABRIL 23

 

Regras para as fake News

 

A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, regime de urgência para a apreciação da chamada Lei das Fake News, a qual deverá ser apreciada pelo Plenário sem passar por Comissões. O Projeto tem um certo consenso entre Governo e Oposição, com apoio da maior parte da Opinião Pública. A ABERT, instituição que reúne órgãos de imprensa aprova o Projeto. Não obstante, as grandes plataformas das big techs está preocupada e tenta ganhar tempo para influenciar os parlamentares. Alegam a defesa da liberdade de opinião, tentando, inclusive, sugerir a liberação das redes aos mesmos sob o critério da imunidade parlamentar. Na verdade, o que é crime na vida real não pode deixar de ser crime no mundo virtual. Estimular o ódio, a violência e o crime não pode ser tolerado pela sociedade. Europa Ocidental, cuja legislação sobre as fake news orientou o projeto brasileiro em pauta, já cuida com atenção do assunto: fake news disseminadoras de mentiras com o objetivo de repeti-las à exaustão com o recurso da disparada de mensagens via robôs com vistas à convertê-las em verdade, tal como Gôring o fez no nazismo, é um absurdo. Cabe, agora, pois, aguardar o que decidirá o Congresso Nacional. Várias entidades promovem nestes dias debates que visam ilustrar o debate. Veja-se:

BRANT: “PRECISAMOS OLHAR PARA A DIMENSÃO SOCIAL E COLETIVA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO” - HTTPS://FORUM21BR.COM.BR/COMUNICACAO/BRANT-PRECISAMOS-OLHAR-PARA-A-DIMENSAO-SOCIAL-E-COLETIVA-DA-LIBERDADE-DE-EXPRESSAO/ 

João Brant, Secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, SECOM, participou da abertura do primeiro Seminário Nacional “Comunicação, desinformação e reconstrução democrática do Brasil”, organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e pelo Observatório das Eleições. Assista ao primeiro dia de discussão. - A questão da desinformação surge nos últimos dez ou quinze anos, quando os valores Modernidade, que organizaram a esfera pública do pós-Guerra até 2010, são abandonados e, “de repente, essa esfera pública passa a ser organizada por engenheiros e programadores que buscam o engajamento como uma métrica chave” lançando-nos “em um experimento behaviorista de longo prazo em termos de direitos individuais e de compra de direitos coletivos”.

Esse é o cenário apresentado na manhã desta terça-feira (25) por João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a SECOM, durante a abertura do primeiro seminário nacional sobre Comunicação, desinformação e reconstrução democrática do Brasil”, organizado pelo Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé e pelo Observatório das Eleições.

Defendendo a orgânica conexão entre comunicação e democracia, “uma abordagem que nos permite compreender, desde a imprensa de Gutemberg ao Chat GPT, as estruturas que organizam a esfera pública”, o secretário de Políticas Digitais lembrou que a democracia “não sobrevive sem uma sociedade bem-informada para a tomada de decisões”.

Quando os ambientes informacionais são tomados pela desinformação, nós não temos apenas um problema de “coalizão de direitos entre liberdade de expressão vs. outros direitos”, mas um problema “de colisão da dimensão individual com a dimensão coletiva da liberdade de expressão” e, neste momento, “nós estamos entregando a bandeira da liberdade de expressão para um campo que está promovendo a desinformação”, acrescentou.

Na avaliação de Brant, nós “precisamos olhar para a dimensão social ou coletiva da liberdade de expressão que se materializa na possibilidade de uma sociedade bem-informada”, afinal, a desinformação não é apenas “estar bem ou mal informado para a tomada de decisões”, ela vai além e “afeta a confiança da sociedade na própria democracia”. Esse é o seu poder de desestruturação.

Quando o sistema de votação ou o resultado eleitoral são questionados, como se viu em 2016 e entre 2022 a 8 de Janeiro de 2023, dissemina-se a desconfiança na própria lógica da democracia “pela qual o derrotado precisa aceitar a derrota”. Essa é a dimensão da gravidade do que estamos enfrentando, apontou Brant ao abrir as discussões durante o seminário que vai até a próxima sexta-feira (28), trazendo 50 expositores em doze mesas de trabalho.

Com as discussões, explica a coordenadora do evento, a jornalista Eliara Santana (VioMundo), pretende-se “entender as interfaces entre comunicação, desinformação e democracia no Brasil, após os últimos cinco anos de consolidação de um ecossistema de desinformação que causou tantos danos”. Autora de Jornal Nacional, um ator político em cena sobre a cobertura do jornal da Rede Globo entre 2013 e 2019.

Eliara divide a coordenação do evento com Altamiro Borges, o Miro (Barão de Itararé) que, por sua vez, frisou a importância das discussões frente à votação da PL2630, “o primeiro passo de um debate muito complexo que está acontecendo em várias partes do mundo”; na iminência de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos terroristas de 8 de janeiro, e “estamos em uma situação em que os terraplanistas conseguiram inverter o que foi aquele ato”. E, também, acrescentou Miro, em meio à Operação Escola Segura, “que já prendeu 302 neonazistas brasileiros e talvez tenha ajudado a evitar outra tragédia como a de Blumenau”.

Além dos coordenadores, acompanharam o secretário na mesa de abertura desta terça-feira, os professores Leonardo Avritzer (UFMG) e Maria Luísa Alencar Feitosa (UFBP) e a jornalista Cristina Serra (ICL Notícias) que mediou a segunda mesa da manhã sobre o papel do jornalismo em tempos de resistência, com a participação de Helena Chagas (Brasil 247), Solon Neto (Sputnik Brasil), Alceu Castilho, do Observatório De Olho nos Ruralistas, e Elaíze Farias, cofundadora da Amazônia Real.

Acompanhe abaixo a programação do seminário e clique nos títulos para não perder nenhuma discussão:

26/04 – QUARTA-FEIRA

11h às 13h – Inteligência artificial, plataformas e o que vem por aí. Com Sergio Amadeu, Renata Mielli, Helena Martins e Eduardo Barbabela – Mediação: Gustavo Conde

14h às 16h – As heranças da Lava Jato. Com Amanda Rodrigues, Ricardo Coutinho e Márcia Lucena – Mediação: Conceição Lemes

16h30 às 18h30 – Letramento midiático e direitos humanos. Com Claudia Wanderley, Eduardo Reina e José Carlos Moreira – Mediação: Cristina Serra

 

27/04 – QUINTA-FEIRA

11h às 13h – Papel do TSE nas eleições de 2022. Com Marjorie Marona, Fábio Kerche e Gisele Ricobom Mediação: Letícia Sallorenzo

14h às 16h – Lawfare e Lava Jato. Com Gisele Cittadino, Cleide Martins, Pedro Serrano – Mediação: Maria Luiza Alencar Feitosa

16h30 às 18h30 – Pauta feminina/questão de gênero e eleições 2022. Com Anna Christina Bentes, Elizângela Bare e Luciana Santana – Mediação: Vanessa Lippelt

 

28/04 – SEXTA-FEIRA

11h às 13h – Desinformação, papel da escola e formação em cidadania. Com Adail Sobral, Júnia Zaidan e Juliana Alves Assis – Mediação: Haroldo Ceravolo

14h às 16h – Democracia e participação social. Com Leonardo Avritzer, João Paulo Rodrigues e Wagner Romão – Mediação: Natália Satyro

16h30 às 18h30 – Comunicação pública e democracia. Com Juarez Guimarães, Franklin Martins e Altamiro Borges – Mediação: Luís NassiParte inferior do formulário


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 25 ABRIL 23

 

A entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque de Hollanda

A entrega do Prêmio Camões, a mais alta distinção conferida a escritores da língua portuguesas, a Chico Buarque de Hollanda, ontem, em Lisboa, foi um momento de grande significado político. Aliás, mais político do que literário: Lá estavam as maiores autoridades do Brasil e Portugal, de inclinações ideológicas distintas mas avessas ao fascismo, para entregar a Chico o prêmio por ele conquistado em 2019 e que não lhe fora entregue pela negativa do então Presidente Bolsonaro em assiná-lo, como de praxe. A cerimônia foi tocante. O discurso de Chico um libelo contra o obscurantismo, que ele encerra dedicando o prêmio a todos os intelectuais e artistas humilhados no último governo. O evento voltou a reunir, também, Portugal e Brasil, no fortalecimento da comunidade lusofônica no mundo. 

 

ÍNTEGRA DO DISCURSO DE CHICO BUARQUE AO RECEBER O PRÊMIO CAMÕES 

Boa noite excelentíssimos senhores presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; primeiro ministro de Portugal, António Costa; ministra da cultura brasileira, minha amiga, Margareth Menezes; ministro da Cultura português, Pedro Adão e Silva; querida Janja da Silva; presidente do júri, professor Frias Martins; e tantos amigos e amigas aqui presentes, Fafá de Belém, Carminho, Mia Couto, Miguel de Sousa Tavares, Pilar del Río, meu editor brasileiro Luiz Schwarz, minha editora portuguesa, Clara Capitão, e minha mulher, Carol. 

Eu estou emocionado porque hoje de manhã ela saiu do hotel, atravessou a avenida e foi comprar essa gravata. (Risos) Isso me emociona. 

Ao receber esse Prêmio eu penso no meu pai, o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, de quem herdei alguns livros e o amor pela língua portuguesa. Relembro quantas vezes interrompi seus estudos para lhe submeter meus escritos juvenis, que ele julgava sem complacência e sem excessiva severidade, para em seguida me indicar leituras que poderiam me valer numa eventual carreira literária. 

Mais tarde, quando me bandeei para a música popular, não se aborreceu, longe disso, pois gostava de samba, tocava um pouco de piano e era amigo próximo de Vinicius de Moraes, para quem a palavra cantada talvez fosse simplesmente um jeito mais sensual de falar a nossa língua. Posso imaginar meu pai coruja ao me ver hoje aqui, se bem que, caso fosse possível nos encontrarmos neste salão, eu estaria na assistência e ele cá, no meu posto, a receber o prêmio Camões com muito mais propriedade. 

Meu pai também contribuiu para minha formação política, ele que durante a ditadura do Estado Novo militou na esquerda democrática, futuro Partido Socialista Brasileiro. No fim dos anos 60 retirou-se da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em solidariedade a colegas cassados pela ditadura militar. Mais para o fim da vida participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, sem chegar a ver a restauração democrática do nosso país, nem muito menos pressupor que um dia cairemos num fosso, sob muitos aspectos, mais profundo. 

O meu pai era paulista, meu avô pernambucano, meu bisavô mineiro e meu tataravô baiano. Tenho antepassados negros e indígenas, cujos nomes meus antepassados brancos trataram de suprimir da história familiar. Como a imensa maioria do povo brasileiro, trago nas veias o sangue do açoitado e do açoitador, o que ajuda a nos explicar um pouco. 

Recuando no tempo, em busca das minhas origens, recentemente vim a saber que tive por avós paternos o casal Shemtov ben Abraham, batizado como Diogo Pires, e Provida Fidalgo, oriundos da comunidade barcelense. A exemplo de tantos cristãos novos portugueses, sua prole exilou-se no nordeste brasileiro do século XVI. Assim, enquanto descendente de judeus sefarditas perseguidos pela inquisição, pode ser que algum dia, eu também alcance o direito à cidadania portuguesa a modo de reparação histórica. (Risos) 

Já morei fora do Brasil e não pretendo repetir a experiência, mas é sempre bom saber que tem uma porta entreaberta em Portugal, onde mais ou menos me sinto em casa e esmero-me nas colocações pronominais. Conheci Lisboa, Coimbra e Porto em 1966 ao lado de João Cabral de Melo Neto, quando aqui foi encenado seu poema “Morte e vida Severina” com músicas minhas. Ele, um poeta consagrado e eu um atrevido estudante de arquitetura. 

O grande João Cabral, o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Camões, sabidamente não gostava de música e nem sei se chegou a folhear algum livro meu. 

Escrevi meu primeiro romance “Estorvo”; em 1990, e publicá-lo foi para mim como me arriscar novamente no escritório do meu pai em busca de sua aprovação. Contei dessa vez com padrinhos como Rubem Fonseca, Raduan Nassar e José Saramago, hoje meus colegas de Prêmio Camões. De vários autores aqui premiados, fui amigo de outros tantos de Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde... Sou leitor e admirador. Esqueci de citar antes o nosso grande Manuel Alegre, aqui presente, que também foi premiado com Camões. 

Por mais que eu leia e fale de literatura, por mais que eu publique romances e contos, por mais que eu receba prêmios literários, faço gosto de ser reconhecido no Brasil como compositor popular, e em Portugal como o “gajo” que um dia pediu que lhe mandassem um cravo e um cheirinho de alecrim. Valeu a pena esperar por esta cerimônia marcada, não por acaso, para a véspera do dia em que os portugueses dessem a avenida Liberdade a festejar a revolução dos cravos.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 24 ABRIL 23

COMO ANDA A CABEÇA DOS NOSSOS JOVENS

As mudanças estruturais da sociedade contemporânea refletidas nas disputas geopolíticas mundiais em desequilíbrio, , com o a interação crescente com Redes Sociais e desafios da dita Inteligência Artificial, as mudanças comportamentais ditadas pela afirmações identitárias e ainda por cima o longo período de recolhimento, com ameaça de morte iminente, ditado pela pandemia trouxe inquietação inusitada em todo mundo. Entre os brasileiros, onde a tristeza foi diagnostica já no início do século XX por um de seus melhores intérpretes, Paulo Prado (SP-1928), o quadro parece se agravar entre os jovens. Hoje, matéria de capa da ZERO HORA sobre o avanço das ameaças de violência contra Escolas, afirma que nossos jovens se sentem “tristes” e acabam extravasando este desamparo em compulsões: Redes, Internet, drogas, ódio, violência. Quase 5 mil crianças e adolescentes foram vítimas de crimes em 2022, aponta relatório. Dissemina-se a 'ecoansiedade', angústia pelo planeta que atinge mais crianças e adolescentes.

 O ASSUNTO, Podcast da Globo, o mais ouvido no país, também, fala da importância da saúde mental neste momento difícil que estamos atravessando e também aponta para o desânimo dos jovens: “Ansiedade, depressão, síndrome do pânico... Antes mesmo da pandemia, um terço dos adolescentes de 13 a 17 anos já se diziam tristes “na maioria das vezes” ou “sempre”. Cenário agravado pelo período de isolamento pela Covid, quando escolas ficaram fechadas e jovens foram “empurrados” para as telas. Somado ao uso irrestrito de redes sociais, fatores que criaram uma “bomba relógio”.”

O tema é complexo e não comporta simplificações, tais como a recorrer ao princípio da “autoridade”, com policiais nas escolas ou até mudança do caráter civil das mesmas através da disseminação de escolas “cívico-militares”, sujeitas a disciplina mais rigorosa. É sempre bom que aumente a presença de policiais nas vias públicas, sobretudo perto das Escolas, mas levar estes profissionais, sem o devido preparo para lidar no ambiente escolas com jovens, é um desastre anunciado. Já a ideia de reverter escolas civis para o modelo militar, disseminadas pelo bolsonarismo, é simplesmente assustadora. Os militares, indispensáveis à segurança nacional, não devem ser desviados de suas funções constitucionais precípuas. Não se confundem nem com segurança pública, nem com segurança civil, muito menos com responsabilidades educacionais, sempre complexas e exigentes de interdisciplinaridade e especialização. Até por uma razão financeira: o custo de um servidor militar ou policial militar para a sociedade é sempre mais alto, em média, do que um servidor civil, principalmente professores. A verdade é que nestes períodos de transição cultural e política da humanidade, as tensões são inevitáveis e exigem muito cuidado para seu encaminhamento. 

Uma das questões cruciais, nestes períodos, é a SAÚDE MENTAL. Desenvolver capacidade de atendimento psicológico à sociedade e, em especial, às Escolas, é tarefa urgente da Sociedade, através do melhor aparelhamento do Estado e orientação às famílias, muitas delas, esfaceladas pela pobreza endêmica, morando em periferias desassistidas sem qualquer equipamento de recreação e formação cultural. As administrações municipais continuam apostando na cultura como diletantismo animado pela contratação de espetáculos milionários, à revelia da própria legislação nacional. Em Torres, por exemplo, não temos uma Casa de Cultura, o Museu está fechado, a Biblioteca não abre. Onde os espaços para a interação da juventude com a Poesia, a Músicas, as Artes, tão fundamentais à formação da espiritualidade como a Religião? 

Vale, então, não como solução, mas lembrança, os conselhos de O ASSUNTO de hoje, para uma vida menos estressada:

5 dicas para manter a saúde mental no topo em 2023

De atenção com o sono ao contato com a natureza: especialistas compartilham recomendações a serem seguidas no próximo ano para manter a saúde mental em dia. - Por Darlan Helder, g1 

Pandemia, guerra, eleições e outros problemas pessoais podem ter impactado no seu humor e na saúde mental em 2022. Mas, para iniciar 2023 com mais leveza, é possível adotar algumas medidas simples na rotina para favorecer o bem-estar.

O g1 ouviu psicólogos e outros especialistas que compartilham a seguir dicas para quem deseja manter a saúde mental em dia neste novo ano:

Busque equilíbrio na utilização de redes sociais: elas são boas para contatos, especialmente com parentes e amigos que estão distantes. Especialistas dizem que não há nada de errado em usá-las, mas é importante encontrar um equilíbrio e lembrar que as plataformas não substituem o contato presencial. Se descontar por um tempo também é aconselhável.

"Tanto os serviços de streaming quanto as redes sociais são organizados pelos princípios da economia da atenção. Com isso, teremos mais tempo para voltar a termos relações autênticas com os outros, examinar e cuidar de nós mesmos", diz Caio Maximino, professor do curso de psicologia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Esteja em contato com a natureza: caminhar no parque, ir à praia e respirar ar fresco são atividades aliadas do bem-estar. E há muitos efeitos positivos já comprovados pela ciência, como redução no nível de estresse, restauração da atenção, aumento do nível de células que combatem o câncer, diminuição dos níveis de ansiedade e depressão, além de melhorar o sistema imune.

"Além dos fatores biológicos, sociais e psicológico, nós temos o fator ambiental, que é outro pilar para se trabalhar visando melhor qualidade de vida. Caminhar em ambientes arborizados, tomar banho de cachoeira, por exemplo, ajudam muito no bem-estar", reforça Andrea Valéria Steil, professora do departamento de psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Visite o seu médico regulamente e mantenha os exames em dia: fazer check-ups é muito importante para saber como anda a sua saúde. Segundo a professora da UFSC, os exames de rotina podem ajudar a analisar questões hormonais, que podem influenciar no nosso humor. Além disso, se tiver condições financeiras, faça acompanhamentos no nutricionista. É esse profissional que poderá informar os nutrientes necessários para você e que ajudarão na qualidade de vida.

"Muita gente acha que sabe se alimentar, mas acaba se alimentando como a família sempre se alimentou e não necessariamente da forma mais saudável. Faz muita diferença fazer um acompanhamento profissional. Mas se a pessoa não tem condições de consultar um nutricionista, vale ir atrás de informações sobre nutrição e busque segui-las no dia a dia", diz a profissional.

Busque fazer terapia: a psicoterapia não é para quem está com problemas mentais e sim um processo de autoconhecimento. Segundo Andrea Valéria Steil, o tratamento é capaz de desenvolver elementos protetivos da saúde mental.

"Infelizmente, a psicoterapia é muito negligenciada pela população, mas, se a pessoa puder fazer, faça, porque não é para quem tem problemas mentais. É para a pessoa se autoconhecer e encontrar respostas", diz Andrea.

Tenha atenção com a qualidade do sono: um adulto precisa ter em média 6-8 horas de sono por noite. Isso porque o ideal é completarmos cerca de 5 ciclos de sono por noite, cada ciclo leva em média 90 minutos, explica Janaina Weissheimer, pesquisadora do AprendiLab no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). É importante frisar que essa é a média e não a regra, ou seja, as 6-8 horas não valem para todo mundo e o ideal é sempre fazer um acompanhamento com um especialista, reforça Fernando Louzada, doutor em neurociências e professor titular do departamento de fisiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

"O sono é fundamental para a manutenção do sistema imunológico e no controle do metabolismo energético. Quando a gente dorme menos, acaba ficando mais predisposto a doenças e infecções. Ele [o bom sono] ainda é importante para a cognição, para a memória, atenção e, consequentemente, para o bom desempenho acadêmico e no trabalho", diz Fernando Louzada.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 20 ABRIL 23

A CPI DO ABSURDO OU UM NOVO GOLPE? 

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https://www.youtube.com/watch?v=PM9CSVMuk1A&ab_channel=R%C3%A1dioBandNewsFM 

 

Gonçalves Dias pede demissão do GSI após vídeo em que aparece no Planalto durante invasão - Pedido foi feito após reunião de Dias com Lula e outros ministros no Palácio do Planalto. Imagens mostram atuação do ministro durante atos golpistas de 8 de janeiro.

 

GSI justifica presença de ministro no Planalto no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro  

Vídeo divulgado pela CNN Brasil mostra ministro Gonçalves Dias dentro do Palácio do Planalto no momento da invasão. Lula convocou reunião de emergência com ministros para esta tarde.

 

Gonçalves Dias havia dito a Lula que imagens em que aparece durante invasão em 8 de janeiro estavam indisponíveis - Ministro do GSI pediu demissão nesta quarta-feira (19) após reunião com o presidente. General aparece em vídeos circulando entre extremistas.

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Teatro do absurdo foi a designação criada em 1961 pelo crítico húngaro radicado na Inglaterra, Martin Esslin, tentando sintetizar uma definição que agrupasse as obras de dramaturgos de diversos como o escritor romeno, radicado na França, Eugène Ionesco (1909 - 1994), o irlandês Samuel Beckett (1906 - 1989), o russo Arthur Adamov (1908-1970), o inglês Harold Pinter (1930-2008), o espanhol Fernando Arrabal (1932), o francês Jean Genet (1910-1986) e o estadunidense Edward Albee (1928). No Brasil, um gaúcho, de Porto Alegre, também é apontado como um baluarte precoce desta abordagem> José Joaquim de Campos Leão = 1829/1883, conhecido pelo nome de sua principal obra Qorpo Santo. 

Principais características wiki

Embora o termo seja aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: um sentido tragicómico, estrutura muitas vezes semelhante ao do Vaudeville, com quadros não necessariamente conectados; alternância entre elementos cômicos e imagens horríveis ou trágicas; personagens presas a situações sem solução, forçadas a executar ações repetitivas ou sem sentido; diálogos cheios de clichês, jogo de palavras e nonsense; enredos que são cíclicos ou absurdamente expansivos; paródia ou desligamento da realidade e artifícios da well-made play (peça bem-feita, regras dramáticas do século XIX de como se fazer uma peça).

Esta abordagem do Teatro faz par no início do século XX com outras variantes da literatura, das artes plásticas e da música, todas marcadas pela desconstrução da harmonia do real, com suas equilibradas proporções, em resposta às profundas e velozes mudanças da sociedade industrial moderna. Hoje parece que chegamos aonde estes autores todos prenunciaram: Uma Era da Pós Verdade. Tudo é narrativa. O REAL SE DEFEZ...

A ideia de uma CPI para “investigar” a quebradeira do 8 de janeiro, proposta por defensores de quem as instigou – bolsonaristas indignados com a vitória e posse de Lula – é simplesmente um absurdo. Até as paredes sabem que houve uma conclamação por bolsonaristas pelas Redes, com financiamento de interessados num golpe, para que houvesse uma grande manifestação no dia 8 de janeiro. Arredores de quarteis nas capitais estavam concentrando partidários do golpe com o tácito apoio de comandantes militares contagiados pelo discurso antidemocrático. Então houve a explosão do dia 8, com milhares de pessoas politicamente motivadas, usando camisetas indicativas de sua filiação a Bolsonaro, ocupando a Praça dos Três Poderes e fincando, no patamar do CONGRESSO NACIONAL a faixa: “Intervenção Militar”. O resto todo mundo viu pela televisão. A reação dos Poderes constituídos foi rápida e o golpe frustrado, com mais de um milhar de manifestantes presos, hoje respondendo a processo por danos ao patrimônio público e atentado ao Estado de Direito Democrático. Salvou-se a democracia e as investigações sobre responsabilidades políticas e criminais estão em curso sob a égide do Supremo Tribunal Federal. Não obstante, todas as evidências do REAL, a extrema direita, responsável pelos atos, frustrada em seu intento golpista, tenta safar sua aventura criando uma narrativa ABSURDA: Foi o Governo que estimulou o quebra- quebra para se vitimar perante a opinião pública e com isso firmar-se no Poder. Esta narrativa foi retomada ontem diante da revelação de um malfadado e talvez editado vídeo colhido naquele dia no Palácio do Planalto, no qual o General Gonçalves Dias, então Chefe do GSI, encarregado da Segurança da Presidência da República, passeia entre manifestantes, ao lado de outro militar. De nada adiantaram as explicações do referido general, da estrita confiança de Lula, de que lá estava tentando retirar os manifestantes do terceiro andar, à espera das forças de segurança que, afinal, os retirariam do recinto. Gonçalves Dias não só ficou mal como abriu uma grave crise política no Governo, com reflexo nas relações de Lula com os militares. Seu maior erro foi ter calado sobre sua presença no Palácio no momento da invasão da turba associado à não divulgação imediata de todos os vídeos do ocorrido. Expôs o Governo à narrativa oposicionista, que se fortaleceu no propósito de criar uma CPI para investigar os atos de 8/1, já agora defendida, também, por líderes governamentais. Esta CPI a essas alturas já não tem nada a investigar. Os atos daquele dia não só já foram investigados como seus perpetradores já estão sendo incriminados em processo judicial como réus: Todos confessadamente golpistas. A CPI do Absurdo servirá apenas como manobra diversionista, dificultando, mais uma vez a entrada em ação do novo governo, hoje com pautas importantes a serem apreciadas pelo Congresso, como ANCORA FISCAL e REFORMA TRIBUTÁRIA. Contudo, é um direito da Oposição, reivindicá-la fazendo de seu curso o ESPETÁCULO da narrativa absurda de que o Governo tinha um pé no quebra-quebra. Como diria Guimarães Rosa: ORESSA!

Bernardo Mello Franco – A estranha CPI do golpismo

https://gilvanmelo.blogspot.com/.../bernardo-mello-franco...

O Globo

Comissão é defendida por quem deveria temê-la e temida por quem deveria defendê-la

Apesar dos apelos do governo, o Congresso deve instalar uma CPI sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Se sair do papel, a comissão nascerá sob o signo da estranheza. Sua criação é defendida por quem deveria temê-la e temida por quem deveria defendê-la.

A CPI foi proposta pelo deputado André Fernandes, integrante da tropa de Jair Bolsonaro. Ele é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal, sob suspeita de incentivar a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes.

O dublê de político e youtuber ajudou a convocar os extremistas a Brasília, a pretexto de divulgar o “primeiro ato contra o governo Lula”. Depois do quebra-quebra, voltou às redes sociais para fazer piada com a destruição de patrimônio público.

Na noite do dia 8, Fernandes compartilhou a foto da porta de um armário do ministro Alexandre de Moraes. A peça havia sido arrancada pela turma que quebrou cadeiras, urinou em gabinetes e tentou atear fogo no plenário do Supremo. “Quem rir, vai preso”, debochou o deputado do PL.

A extrema direita tem seus motivos para defender a CPI. A comissão pode desviar o foco da investigação de verdade, conduzida pela Polícia Federal. De quebra, ameaça dar palanque a uma teoria conspiratória: a de que o governo teria facilitado os ataques para se fazer de vítima.

A tese é delirante, mas convém não subestimar a máquina de desinformação bolsonarista. Para uma fatia expressiva do eleitorado, os vândalos de verde e amarelo eram petistas infiltrados — ainda que nenhum deles tenha sido desmascarado até hoje.

As fake news não são o único fantasma que assombra o governo. O Planalto também teme que a CPI tumultue o ambiente político, atrapalhando a votação da pauta econômica.

O risco é real, mas a distribuição de cargos e emendas não parece a tática mais inteligente para combatê-lo. Até aqui, a operação no varejo não produziu efeitos práticos — só ajudou os bolsonaristas a insinuarem que Lula teria algo a esconder.

Como a oposição já reuniu as assinaturas necessárias, o governo deveria se organizar para não ser coadjuvante na CPI. Para isso, será necessário perder o medo e trocar a defesa pelo ataque.


 uma especialista em sua obra, a Economista Ceci Juruá, RJ:

Relembro a homenagem de Celso Furtado. - Por Ceci Juruá 

 

Na obra Análise do Problema Brasileiro (Civilização Brasileira, 1972), Celso Furtado prestou justa homenagem ao nosso maior estadista no século XX, Getúlio Vargas. No texto intitulado VARGAS E A CONSOLIDAÇÃO DO PODER CENTRAL (pg.20), CF opina relativamente ao adjetivo “ditador” que direitistas pró-norte-americanos e esquerdistas pró-partido comunista colaram na testa de Getúlio. Transcrevo a seguir.   

Vargas e a consolidação do poder central (p.20)

(...)

“Assim, a crise do café seria também a crise do poder central e a abertura de um processo de transformação do Estado nacional. Como sempre ocorre nessas fases de transição, o autoritarismo se apresenta e legitima como uma opção à anarquia (sic), isto é, à ausência de todo poder estável. Coube a Vargas estabelecer uma aliança entre a classe política tradicional (ou pelo menos uma parte significativa desta) e as forças armadas, o que permitiu que se instaurasse o Estado novo (sic) na estrutura tradicional de poder. (...) A opção que se configurava em 1937 era uma ditadura militar, e Vargas surge como o homem que a evita (grifo meu), conseguindo preservar para a classe política um papel que de outra forma lhe teria sido negado.” (p.21)

Em seguida, CF enfatiza que a partir de 1937 Getúlio exerceu o poder com elevado grau de independência, como jamais se vira até então. Tal independência facilitou a emergência de um Estado nacional que se comportou como “fator importante no sistema econômico brasileiro”, com amplo grau de independência relativamente a interesses regionais ou de grupos econômicos. Transcrevo:

“A política de câmbio, tradicionalmente subordinada aos interesses do serviço da dívida externa, transforma-se em poderoso instrumento de fomento à formação de capital. Evolução não menos significativa ocorre no plano fiscal: sob múltiplas formas a política fiscal passa a ser a principal alavanca dos investimentos. Através de uma política de investimentos diretos que se vai definindo progressivamente, o Estado dota o país de importantes complexos industriais nos setores da mineração, do petróleo, da geração e transmissão da energia elétrica, da siderurgia e da química básica.” (p.23)

Em seguida, CF refuta a ideia (incorretamente aceita até hoje) que a industrialização da economia brasileira tenha sido mera decorrência de decisão do Estado e, como bom leitor ou aluno de Marx, explica que o “impulso principal originou-se nas próprias forças econômicas.” Evidente. Lembremos que após a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1930, verificou-se uma crise de grandes proporções que se manifestou, no Brasil, como esgotamento das reservas internacionais e impossibilidade de cumprir compromissos derivados da dívida externa, tornando inacessíveis muitos bens e serviços provenientes do exterior. Havia ainda, em formação, uma mini burguesia nacional tentando produzir bens industrializados desde o início do século XX. Além disso, explica CF, foram gravemente afetadas “as fontes tradicionais de financiamento do Estado, obrigando este a escapar pelos incertos caminhos da inflação” (p.23)

Recomendo vivamente a releitura desta obra aos amigos e companheiros de nossa jornada cívica e nacionalista, sobretudo àqueles preocupados com as necessidades atuais de reindustrialização da economia brasileira. A história econômica da Pátria é conhecimento indispensável, é sempre excelente mestra e conselheira, ajuda a contornar as dificuldades do momento presente.  

Aproveito para manifestar minha oposição aos que julgam que o endividamento atual do Brasil não é preocupante, pois se trata de dívida em moeda nacional. Lembro que os tempos são outros. Diferentemente da década de 1930, quando operávamos em economia com fronteiras, a globalização atual derrubou fronteiras. Por isto não é difícil passar da moeda nacional para a divisa internacional, e vice versa. 

Para se ter uma ideia correta, ou aproximada, da capacidade atual de pagamento das dívidas em curso, é necessário somar dividas internas e externas, públicas e privadas, deduzindo as reservas internacionais e calculando em seguida a dívida líquida. Tanto faz usar dólar ou Real. O resultado é negativo e motivo de preocupação, como ocorreu logo no início da década de 1980, quando o Estado brasileiro foi chamado a assumir as dívidas privadas externas, pois eram nacionais antes de qualquer outra consideração, e quem responde por dívidas nacionais é o Estado nacional. Sobretudo quando a nação e a economia nacional se encontram sob ataque de forças internacionais.   

Celso Furtado não está ultrapassado. Sua obra merece permanente atenção, pois ele foi o maior historiador da economia brasileira. Em outras palavras, foi ao mesmo tempo um excelente economista e observador atento às peculiaridades históricas de todos os momentos e fases do desenvolvimentismo brasileiro.


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 18 ABRIL 23

O BRASIL E A GUERRA NA UCRÂNIA

Para Casa Branca, Brasil 'papagueia propaganda russa e chinesa' sobre a Ucrânia = O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, afirmou que Lula estava 'papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto'.

 

Após reunião no Itamaraty, Lavrov diz que Brasil e Rússia têm visões 'similares' = Chanceler da Rússia se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que criticou sanções contra a Rússia. Aproximação de Lula da China e da Rússia tem gerado reações dos Estados Unidos.

 

Gerson Camarotti: Comentários de Lula no exterior criam enorme desconforto - A viagem ao Brasil do ministro das Relações Exteriores da Rússia acontece num momento de repercussão das declarações do presidente Lula durante viagem à Ásia; confira o comentário no Bom Dia Brasil.

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CAFÉ DA MANHÃ folha uol dia 18 de abril 23

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2023/04/podcast-como-visita-de-lavrov-impacta-visao-sobre-postura-geopolitica-do-brasil.shtml 

Podcast: como visita de Lavrov impacta visão sobre postura geopolítica do Brasil. EUA e Europa criticam movimentos de Lula após declarações na China e encontro com chanceler de Putin

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Reação em cadeia da Grande Mídia Corporativa contra a posição de Lula na questão da Guerra na Ucrânia, ontem reafirmada diante do encontro do Presidente e autoridades do Itamaraty com o chanceler russo, Sergei Lavrov. Merval Pereira, do grupo Globo é até condescendente ao classificá-lo como “ingênuo”. Artigos de opinião e Editoriais de hoje são bem mais cáusticos na crítica à Lula. Repercutem, na verdade, as críticas dos Estados Unidos e União Europeia ao realismo do Presidente Lula diante do conflito na Ucrânia. Lula simplesmente diz que há necessidade de paz e denuncia as ações de americanos e europeus de fomentarem a guerra enviando armas, reiterando que não permitirá o envio de munições produzidas no Brasil para os tanques alemães a serviço dos ucranianos. Nada de novo quanto ao que já dissera em sua visita à China e Emirados Árabes: PAZ E NÃO GUERRA. 

O “Ocidente”, porém, sob severa hegemonia americana, assegurada não só pela potência do dólar, com a garantia das diretrizes de governança mundial baseadas no CONSENSO DE WASHINGTON (1989), mas pela forte presença de 800 bases militares dos Estados Unidos mundo afora, quer a condenação da Rússia como potência invasora da Ucrânia e a aplicação de sanções contra este país de forma a debilitar sua economia e seu atual governo. É a PAX AMERICANA em curso desde o fim da URSS, em 1991. Alegam que o equilíbrio internacional deve ser baseado em regras que respeitem o direito inalienável dos povos à sua autodeterminação e soberania. Tudo muito edificante em Teoria mas simplesmente contestável na prática pois as grandes potências oriundas do triunfo na II Guerra Mundial, sobretudo Estados Unidos, controlam o Conselho de Segurança da ONU e instituições internacionais, desconhecendo a realidade emergente de novas nações no cenário internacional e, pelo seu poder, acabam impondo sua vontade. Foi o que aconteceu na invasão americana no Afeganistão, Iraque e Líbia, levando ao esfacelamento destes países. Só no Iraque calcula-se que tenham morrido cerca de 300 mil civis. A Rússia, mais asiática, desde sempre, do que Ocidental, apesar da fé cristã ortodoxa que a empolga, é também potência militar oriunda do mesmo processo que erigiu os Estados Unidos: a vitória sobre Alemanha nazista em 1945. Quer ter sua área de influência e segurança estratégica da mesma forma que os americanos também o querem, bem mais restrita, aliás, do que a dos americanos que se estende por todos os mares, eis que restrita às suas fronteiras. Isso não condiz, claro, com os princípios do direito internacional mas é a REALPOLITIK do mundo. O mesmo faz a China, agora, com maior vigor pela sua potência econômica e comercial. Mais dia, menos dia, vai ocupar Taiwan, província rebelde, que faz parte da Nação reconstruída por Maio Tse Tung, depois da Longa Marcha, em 1949. 

Ora, como seria belo um mundo sem Grandes Potências convivendo em equilíbrio de forças! Mas isso não existe. E confrontar Rússia e China com base em princípios quando os mesmo são diuturnamente desrespeitados no próprio Ocidente através das sucessivas intervenções americanas, das quais nós, na América Latina temos sido vítimas há 200 anos, é puro cinismo. O recurso a tais princípios, aliás, ressoa uma velha consigna dos americanos que se consideram eleitos como condutores de um Destino Manifesto a favor da “civilização”, como se ainda fosse possível no século XXI falar-se em “superioridade” de uns sobre outros. Apoiar a ação militar da Rússia, enfim, sobre a UCRANIA, é uma coisa, tal como faz a Belarrus, mas apoiar incondicionalmente a posição belicista ocidental sob a égide americana é igualmente ruim. O Brasil não está apoiando nem um, nem outro. Está propondo a cessação das hostilidades de forma a dar um tempo à construção da paz, até em reconhecimento de que a vitória propalada do Ocidente sobre a Rússia é simplesmente impossível. A Rússia, com ou sem razão, mas com força para tal, pode, em última instância, revidar com ofensiva tática nuclear desencadeando um conflito mundial. Ali não estamos diante de países militarmente fracos do Oriente Médio, da América Latina ou Ásia. Estamos diante de uma das maiores potências bélicas do mundo. Todo cuidado é pouco. Lula tem razão. VIVA A PAZ!


  Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 17 ABRIL 23

NOVO TEMPO NA GEOPOLÍTICA MUNDIAL

Geopolítica é um ramo da ciência que aborda a relação entre a geografia, acontecimentos históricos e políticos, com o objetivo de interpretar fenômenos globais. Para isso, a área estuda temas como guerras, movimentos migratórios e acordos entre países. É também a congruência entre demasiados grupos de estratégias adotadas pelo Estado para administrar seu território, e anexar a geografia cotidiana com a história. Geopolítica e geografia se aproximam mas enquanto esta se refere à situação aquela se volta às interações entre vários campos do conhecimento e ação humanas. Muito comum, por exemplo, se falar em Geopolítica do Petróleo de forma a se compreender melhor não só a ocorrência de jazidas e explorações mas o intrincado jogo dos produtores de petróleo para controlar preços e mercados. Eis como um site educacional a define:

"Geopolítica é um termo utilizado para designar tanto a prática quanto os estudos das relações e disputas de poder entre Estados e territórios. Esse campo do conhecimento se dedica aos estudos dos conflitos diplomáticos, políticos e territoriais, das crises, da evolução histórica do ordenamento político do espaço mundial, da articulação entre os Estados nacionais e da atuação das organizações internacionais e blocos econômicos.

De grande importância para a análise das relações internacionais e do ordenamento territorial em diversas escalas, a geopolítica permite desenvolver uma visão crítica acerca do passado histórico e principalmente dos acontecimentos atuais.

Resumo sobre geopolítica

*Geopolítica é uma área do conhecimento que se dedica ao estudo das relações de poder entre Estados e territórios, bem como a forma como se organizam no sistema-mundo.

*A geopolítica aborda temas como os conflitos diplomáticos, disputas territoriais, crises internacionais, questões separatistas e ainda a atuação e importância dos organismos internacionais e blocos econômicos na articulação dos Estados.

*Johan Rudolf Kjellén (1864-1922), cientista político sueco, foi o primeiro a utilizar o termo “geopolítica” para tratar dos Estados nacionais enquanto agentes atuantes no espaço.

*Conhecer a geopolítica é muito importante para a compreensão de como evoluiu o ordenamento espacial do mundo sob uma perspectiva política, além de possibilitar o desenvolvimento de uma visão crítica acerca de eventos atuais.

*É importante saber que geopolítica e Geografia Política, embora semelhantes, apresentam abordagens distintas.

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/geopolitica.htm 

Importante registrar que o estudo da GEOPOLÍTICA MUNDIAL registrou uma divisão bipolar do mundo entre USA x URSS que perdurou do Pós II Guerra Mundial, mais precisamente, 1947, até 1991. Neste ano o regime comunista instaurado na Rússia em 1917 foi substituído por um regime de tipo ocidental, com pluralidade de Partidos e apoio na economia de mercados, com o nome de FEDERAÇÃO RUSSA. A partir de então o mundo entrou numa nova fase sob absoluta hegemonia dos Estados Unidos que prometia, sob a GLOBALIZAÇÃO uma era de PAZ E PROSPERIDADE para todas nações. Alguns até se apressaram e proclamaram o FIM DAHISTÓRIA, no sentido de que estariam sepultadas as disputas ideológicas típicas do século XX. O CONSENSO DE WASHINGTON, em 1989, acabou, inclusive confirmando o que seriam as NOVAS REGRAS DA GOVERNANÇA MUNDIAL, em obediência a uma rígida Doutrina dita neoliberal. O ataque às Torres Gêmeas de N.Y., no entanto, demonstraria que havia insatisfação no mundo. Ato contínuo, o ataque dos americanos no Oriente Médio, destruindo as bases sobre as quais erguia-se na região um precário equilíbrio, levaram à destruição da Líbia, virtual esfacelamento do Iraque, reforço do Talibã no Afeganistão, guerra civil na Síria. A Guerra na Ucrânia antepondo toda a Europa, ora integrada à OTAN, à Rússia, agora coloca em risco e própria paz mundial. Enquanto isso, a China, revigorando-se economicamente nos últimos 40 anos já detém a primazia econômica do mundo em termos de paridade poder de compra e domina o comércio mundial, transformando-se de campo de cooperação à globalização em forte concorrente, já perto do confronto, dos americanos. Isso alterou substancialmente a geoeconomia mundial e se reflete na geopolítica, ora em vias de debilitamento da hegemonia americana. Não se trata, aqui, de confronto bélico, como foi a GUERRA FRIA, até porque a China não apoia movimentos revolucionários a seu favor nem incita comunistas do mundo inteiro a defenderem seu modelo, no estilo da SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL dos tempos da União Soviética. Trata-se, para os milenares chineses, de ganhar musculatura para penetrar mais fundo nos mercados mundiais. Dispõem, para tanto, de recursos para investimento e capacidade de compra. Têm a maior RESERVA EM DOLARES do mundo, algo em torno de 3 trilhões de dólares, de oito a dez vezes mais do que o Brasil, embora não possam usar tais reservas que estão constituídas em TITULOS DO GOVERNO AMERICANO em dólares sem qualquer lastro. Tudo deve ocorrer nos marcos da prudência oriental. Nada aconselha um alinhamento automático do Brasil com a China, embora sempre sensível aos olhos do DPTO. ESTADO EU, mas nada impede que líderes do mundo inteiro percebam as mudanças em curso e procurem defender interesses de seus respectivos Estados e Nações. É tempo, enfim, de mudanças. UM NOVO TEMPO, como disse Ivan Lins nesta sugestiva canção que acompanhou, aliás, sob os acordes de uma banda chinesa, os passos de LULA e XI, na sexta-feira passada.

Novo Tempo

Ivan Lins

No novo tempo

Apesar dos castigos

Estamos crescidos

Estamos atentos

Estamos mais vivos

Pra nos socorrer

Pra nos socorrer

Pra nos socorrer

No novo tempo

Apesar dos perigos

Da força mais bruta

Da noite que assusta

Estamos na luta

Pra sobreviver

Pra sobreviver

Pra sobreviver

Pra que nossa esperança

Seja mais que vingança

Seja sempre um caminho

Que se deixa de herança

No novo tempo

Apesar dos castigos

De toda fadiga

De toda injustiça

Estamos na briga

Pra nos socorrer

Pra nos socorrer

Pra nos socorrer

No novo tempo

Apesar dos perigos

De todos pecados

De todos enganos

Estamos marcados

Pra sobreviver

Pra sobreviver

Pra sobreviver

Pra que nossa esperança

Seja mais que a vingança

Seja sempre um caminho

Que se deixa de herança

No novo tempo

Apesar dos castigos

Estamos em cena

Estamos na rua

Quebrando as algemas

Pra nos socorrer

Pra nos socorrer

Pra nos socorrer

No novo tempo

Apesar dos perigos

A gente se encontra

Cantando na praça

Fazendo pirraça

Pra sobreviver

Pra sobreviver

Pra sobreviver

Composição: Vitor Martins / Ivan Lins

 


 Editorial – CULTURAL FM – Bom Dia, Torres RS – Dia 14 ABRIL 23

Apoteótica presença de Lula na China

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AO VIVO Brasil e China

SIGA: Lula se encontra com Xi Jinping em Pequim

AO VIVO: Lula se encontra com presidente da China, Xi Jinping, nesta sexta | G1 / Política | G1 (globo.com)

 

Mais cedo, presidente brasileiro se reuniu com lideranças chinesas

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A esperada viagem de Lula à China teve seu ápice hoje cedo, horário do Brasil, com a recepção oficial do governo chinês à Lula e sua comitiva. Esta é a segunda vez que Lula vai à China pois lá esteve em 2009 –

China e Brasil emitem comunicado conjunto para impulsionar ...

china-embassy.gov.cn

http://br.china-embassy.gov.cn › por › zbgx

 

A importância da viagem de Lula se explica pelo fato da China ser o maior comprador de produtos do Brasil, num valor superior às vendas conjuntas aos Estados Unidos e União Europeia. 

Lula depositou flores aos heróis chineses, passou em revista as tropas chinesas, ao lado de XI GINPING e foi saudado por um grupo de crianças portando bandeirolas dos dois países, num espetáculo comovente. Ato continuo, sítios históricos em Pequim, Neste momento os dois Presidentes, China e Brasil, estão reunidos para discussão de temas importantes como a Paz na Ucrânia e a construção de um mundo multipolar com maior independência financeira e maior complexidade geopolítica, bem como assinatura de 20 Acordos bilaterais sobre comércio e investimentos chineses na infraestrutura e tecnologia. Ontem, Lula visitou várias indústrias, dentre elas a ............., onde foi saudado em sua entrada pela música Gar